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A Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Assembleia Legislativa de Pernambuco realizará uma escuta, nesta sexta-feira (1º), do senhor John Shipton Assange, pai do jornalista e criador do Wikileaks, Julian Assange, durante reunião extraordinária da Comissão. A atividade, que será coordenada pela presidenta do colegiado, a deputada Dani Portela (PSOL-PE), está marcada para às 10h e será aberta ao público. 

Julian Assange, jornalista e criador do WikiLeaks, encontra-se preso em Londres e com solicitação de extradição para os EUA. O senhor John Shipton Assange, pai de Julian Assange, coordena uma campanha mundial para que seu filho não seja extraditado, bem como para que o processo, que nesse momento está na última instância da Suprema Corte inglesa, seja extinto.

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Grandes jornais mundiais, como Le Monde, El País, Der Spiegel, The Guardian e New York Times, já se posicionaram em editorial e se somaram à campanha “Free Assange”, que tem apoio de entidades sindicais, movimentos sociais, de direitos humanos e personalidades políticas de todo o mundo, entre elas, o presidente Lula.

O filme “Ithaka - A Luta de Assange”, será lançado em todo o Brasil e vem tendo pré-estreias em cinco capitais; Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife. O senhor John Shipton Assange está no Brasil entre os dias 21 de agosto e 02 de setembro, para acompanhar as sessões do filme, bem como se reunir com autoridades políticas, artistas, jornalistas e entidades sindicais e de direitos humanos.

 

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, recebeu, na manhã desta terça-feira (22), John Shipton, pai do fundador do site Wikileaks, o jornalista e ativista australiano Julian Assange, no Palácio do Planalto.

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Shipton veio ao Brasil para a pré-estreia do filme "Ithaka – A Luta de Julian Assange", que estreia nos cinemas no dia 31 deste mês. Ele estava acompanhado do diretor-geral da Associação Amigos do Cinema e da Cultura (AACIC), Nilson Rodrigues.

Depois de Brasília, Shipton viajará a Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife nos próximos dias para divulgar o longa. Em todas as cidades, ele participa de encontros com autoridades e movimentos sociais vinculados à defesa da liberdade de expressão.

No encontro no Planalto, o ministro Paulo Pimenta relatou que informou a visita por telefone ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em Joanesburgo, África do Sul, onde participa da 15ª Cúpula do BRICS – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

“Quando falei ao presidente Lula que ia recebê-lo, Lula pediu para transmitir para o senhor o respeito por sua luta e o sentimento de inconformidade dele diante do silêncio da mídia sobre o caso”, disse Pimenta.

O fundador do Wikileaks vive desde 2019 numa prisão de segurança máxima no Reino Unido, sob a ameaça de ser extraditado para os Estados Unidos.

“A gente agradece muito sua vista, Shipton, e reafirmamos o compromisso do nosso governo com a sua luta, a do Assange, e o nosso compromisso com a liberdade de expressão. Defendemos quem tem coragem de buscar um mundo melhor”, completou o ministro.

Shipton agradeceu o apoio e lembrou que já esteve com o presidente Lula pessoalmente em Genebra e em Paris. “Lula tem sido um advogado e um amigo formidável”, disse. Como a maior parte dos líderes sul-americanos, o presidente do Brasil também defende a liberdade de Assange.

“A postura do presidente Lula é muito importante para mim. É um grande conforto para a nossa família. Sei da importância de ele estar na reunião do BRICS, então agradeço ao ministro a generosidade, em meu nome e do Julian. Desejo tudo de melhor para o futuro do Brasil e que em breve a gente possa celebrar”, completou Shipton.

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O papa Francisco recebeu, nesta sexta-feira (30), em audiência privada, a mulher do fundador do Wikileaks Julian Assange, que está à espera do resultado de seu recurso contra a decisão do governo britânico de extraditá-lo para os Estados Unidos.

O papa "recebeu em audiência Stella Assange e membros de sua família", indicou o Vaticano em um comunicado.

No Twitter, Stella Assange confirmou ter mantido essa audiência privada com o pontífice argentino de 86 anos. "Estamos sobrecarregados", acrescentou.

Preso pela polícia britânica, em 2019, após sete anos confinado na embaixada do Equador em Londres para evitar ser extraditado para a Suécia por acusações de assédio sexual, Julian Assange permanece em uma prisão de alta segurança no leste da capital britânica.

O fundador do Wikileaks, de 51 anos e nacionalidade australiana, é alvo de acusações nos Estados Unidos por ter divulgado segredos militares americanos, em 2010, sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão.

Caso seja condenado nos Estados Unidos, poderá passar anos na prisão.

Em uma manifestação recente em Londres contra a extradição do marido, Stella Assange disse que o envio de Julian aos Estados Unidos poderia acontecer em breve.

"Julian poderá ser extraditado daqui a algumas semanas. Não temos um calendário preciso, mas realmente é a fase final", disse à imprensa.

Seus partidários o apresentam como um mártir da liberdade de imprensa.

Diretores de importantes sindicatos de jornalistas pediram nesta quarta-feira em Genebra, Suíça, a libertação do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, "em nome da liberdade de imprensa".

Em 17 de junho, o governo britânico anunciou que assinou o decreto de extradição para os Estados Unidos do australiano de 50 anos, detido há três anos na penitenciária de segurança máxima de Belmarsh, perto de Londres.

Assange enfrenta a possibilidade de uma pena de 175 anos de prisão nos Estados Unidos pelo vazamento em 2010 de quase 700.000 documentos militares e diplomáticos americanos secretos, em particular sobre o Iraque e o Afeganistão.

Os signatários do texto - que inclui diretores de sindicatos de jornalistas britânicos, franceses, alemães, espanhóis e australianos - consideram que a decisão do governo britânico é uma "violação flagrante dos direitos humanos" e demonstra um "desprezo total pela liberdade de imprensa".

A extradição de Assange "terá consequências graves para o jornalismo investigativo, pois qualquer uso de documentos confidenciais ou secretos poderia ser perseguido". Isto levaria a não "revelar informações de interesse público de fontes oficiais protegidas".

O fundador do WikiLeaks passou sete anos na embaixada do Equador na capital britânica, onde se refugiou em 2012. Ele também foi alvo de acusações de estupro na Suécia, que foram abandonadas.

O governo britânico anunciou, nesta sexta-feira (17), que assinou o decreto de extradição do fundador da plataforma WikiLeaks, Julian Assange, para os Estados Unidos, onde é acusado de ter divulgado documentos confidenciais.

O WikiLeaks e pessoas próximas a Assange anunciaram que vão recorrer da decisão e lamentaram um "dia sombrio para a liberdade de imprensa e para a democracia britânica".

Em abril, a Justiça britânica emitiu a ordem formal para entregar o fundador do WikiLeaks a Washington, após uma saga judicial de vários anos, mas cabia à ministra do Interior, Priti Patel, assinar o decreto, algo que ela fez nesta sexta-feira.

"Em virtude da lei de 2003 sobre a extradição, a ministra assinará uma ordem de extradição, se não houver motivo para proibi-la", disse um porta-voz do Ministério do Interior.

Segundo o porta-voz, "os tribunais britânicos não consideraram opressivo, injusto, ou um abuso processual extraditar Assange. Também não consideraram que a extradição era incompatível com seus direitos, incluindo o direito a um julgamento justo, e com liberdade de expressão e (garantiram) que durante sua estada nos Estados Unidos ele será tratado adequadamente, inclusive no que diz respeito à sua saúde".

Os Estados Unidos querem julgá-lo por espionagem e podem sentenciá-lo a até 175 anos de prisão se for considerado culpado de publicar no WikiLeaks a partir de 2010 cerca de 700.000 documentos militares e diplomáticos secretos, principalmente sobre o Iraque e o Afeganistão.

Assange está preso desde 2019 na prisão de Belmarsh, em Londres. Foi detido pela polícia britânica na embaixada equatoriana em Londres, depois que o então presidente Lenín Moreno retirou a proteção que seu antecessor Rafael Correa havia-lhe concedido.

Violando as condições de sua liberdade condicional no Reino Unido, o fundador do WikiLeaks se refugiou na legação equatoriana em 2012 para evitar ser extraditado para a Suécia por acusações de estupro que foram posteriormente retiradas.

Na época, negando essas acusações, já afirmava que tudo não passava de uma estratégia para entregá-lo aos Estados Unidos.

- "Início de uma nova batalha" -

Em janeiro de 2021, a Justiça britânica decidiu a seu favor: a juíza Vanessa Baraitser rejeitou a extradição sob o argumento de que o australiano, com saúde física e psicológica frágil, corria risco de cometer suicídio no sistema prisional americano.

Em dezembro de 2021, porém, Washington conseguiu que a Alta Corte de Londres anulasse essa decisão, garantindo que ele não seria encarcerado na prisão de segurança máxima ADX de Florence, Colorado, onde estão detidos membros da organização jihadista Al-Qaeda.

Garantiu-se, ainda, que ele receberia os cuidados clínicos e psicológicos necessários, inclusive mencionando a possibilidade de permitir que ele cumprisse sua pena em sua Austrália natal.

Organizações de liberdade de imprensa como Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e Anistia Internacional se opõem a essa extradição, porque temem que Assange seja submetido a confinamento solitário na prisão, o que aumentaria o risco de suicídio.

Para a secretária-geral da Anistia, Agnès Callamard, a extradição de Assange corre o risco de colocá-lo "em grande perigo e enviaria uma mensagem aterrorizante aos jornalistas de todo mundo".

Stella Assange, advogada e esposa de Assange, havia pedido ao governo britânico que não assinasse o decreto de extradição para os Estados Unidos.

"Qualquer país que se preocupa com a liberdade de expressão deveria ter vergonha de ver que a ministra do Interior aprovou a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos, o país que conspirou para assassiná-lo", denunciou Stella em um comunicado divulgado nesta sexta.

"Julian não fez nada de errado. Não cometeu nenhum crime, não é um criminoso. Ele é jornalista, editor e é punido por ter feito seu trabalho", disse a advogada, com quem se casou em março, e com quem tem dois filhos, concebidos durante a estada de Assange na embaixada do Equador em Londres.

Stella Assange garantiu que este não é o fim da batalha, mas "o início de uma nova batalha legal".

A Justiça britânica autorizou, nesta segunda-feira (24), o fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, a recorrer à Suprema Corte da decisão judicial de dezembro sobre sua extradição para os Estados Unidos.

Em um novo episódio desta longa saga judicial, no mês passado, a corte de apelações de Londres havia aprovado a entrega do australiano à Justiça americana.

Os Estados Unidos querem julgar Assange pelo vazamento, desde 2010, de mais de 700.000 documentos confidenciais sobre atividades militares e diplomáticas americanas, especialmente no Iraque e no Afeganistão.

Em 10 de dezembro, o governo dos EUA obteve uma grande vitória quando um tribunal de apelações de Londres revogou uma decisão anterior de não entregá-lo.

No entanto, no Reino Unido, para recorrer ao Supremo Tribunal, o juiz deve primeiro autorizá-lo. Em primeira instância, a juíza londrina Vanessa Baraitser havia impedido a extradição em janeiro de 2021, considerando que Assange, de saúde mental frágil, poderia cometer suicídio se fosse entregue ao sistema judicial dos Estados Unidos.

Mas em outubro, os advogados de Washington apelaram dessa decisão. Eles garantiram que o australiano de 50 anos não seria mantido em isolamento punitivo em uma prisão federal de segurança máxima e que receberia tratamento médico adequado.

Considerando essas garantias suficientes, o tribunal de apelação decidiu no mês passado que o caso fosse enviado ao Ministério do Interior, que tem a palavra final sobre qualquer extradição.

- Liberdade de expressão ou espionagem? -

O caso de Assange tornou-se uma causa para os defensores da liberdade de expressão, para quem o WikiLeaks tem os mesmos direitos que outras mídias de publicar material secreto, se for de interesse público.

Mas o governo dos EUA, que o indiciou por 18 acusações, incluindo espionagem, diz que Assange não é um jornalista, mas um hacker e que a divulgação de documentos não editados coloca em perigo a vida de seus informantes. Se extraditado, ele pode ser condenado a um máximo de 175 anos, embora a sentença exata seja difícil de calcular.

Uma coalizão de associações antiguerra e milhares de defensores da paz assinaram uma declaração na sexta-feira pedindo sua libertação imediata. "O governo (do presidente dos EUA, Joe) Biden enfrenta os adversários da América por suas deficiências na liberdade de imprensa, mas deve abordar sua própria hipocrisia", disse Nathan Fuller, diretor da Courage Foundation.

O australiano está detido na prisão de alta segurança de Belmarsh, perto de Londres, desde que foi preso de surpresa em abril de 2019 dentro da embaixada equatoriana depois que o então presidente Lenín Moreno retirou o asilo concedido por seu antecessor Rafael Correa.

Primeiro, foi em cumprimento a uma sentença britânica por ter violado as condições de sua liberdade condicional ao se refugiar na legação para evitar ser extraditado para a Suécia, onde enfrentava acusações de agressão sexual.

O australiano alegou temer ser enviado de lá para os Estados Unidos. Mais tarde, ele foi mantido em prisão preventiva enquanto sua extradição é decidida, pois o juiz considerou que ele poderia tentar fugir novamente se fosse libertado.

Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, assinaram uma carta que pede liberdade para Julian Assange, fundador do WikiLeaks. O documento, divulgado nesse domingo (12), pela organização de esquerda Grupo de Puebla, afirma que a prisão de Assange é um "triunfo da opressão, do silêncio e do medo".

O texto foi assinado por líderes da esquerda de diversos países da América Latina, incluindo o ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper e o ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo. Entre os brasileiros, também assina a carta o ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante.

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Assange ficou mundialmente conhecido em 2010, quando divulgou milhares de documentos diplomáticos e militares americanos. Em 2016, publicou milhares de mensagens secretas da campanha da democrata Hillary Clinton, rival de Donald Trump nas eleições daquele ano.

Na última sexta-feira (10), a Justiça do Reino Unido determinou que o criador do WikiLeaks pode ser extraditado para os Estados Unidos para responder a acusações de espionagem. O australiano, que tem 50 anos, é alvo de pelo menos 17 acusações criminais e pode ser condenado a até 175 anos de prisão.

Segundo a carta assinada por Lula e Dilma, a determinação do tribunal britânico é um "grave erro judicial" que abre precedentes contra a liberdade de expressão e os direitos humanos. "A decisão do Tribunal de Westminster (Reino Unido), de 10 de dezembro de 2021, que possibilita a extradição de Julian Assange aos EUA, não é apenas um grave erro judicial que põe em risco sua vida, como sua advogados de defesa, mas sim uma decisão que abre sérios precedentes na violação do direito humano à liberdade de expressão e informação", diz o documento.

O fundador da WikiLeaks, Julian Assange, sofreu um pequeno acidente vascular cerebral na prisão no final de outubro, em plena batalha judicial contra sua extradição do Reino Unido para os Estados Unidos, declarou sua companheira Stella Moris.

Moris, mãe de dois filhos que teve com Assange, declarou que aconteceu em 27 de outubro, o primeiro dia de análise da apelação dos Estados Unidos contra a rejeição de extraditar Assange, que Washington quer julgar por espionagem.

"Tem que ser libertado. Agora", tuitou Moris no sábado à noite.

O jornal Mail on Sunday informou que Assange, de 50 anos, sofreu um "acidente isquêmico transitório", durante o qual o fluxo de sangue de uma parte do cérebro foi brevemente interrompido.

Isso provocou perda de memória, sinais de danos neurológicos e a queda de sua pálpebra direita. Desde então, está tomando medicamentos, segundo o jornal.

"Acredito que este constante jogo de xadrez, batalha após batalha, este estresse extremo, é o que causou este derrame cerebral em Julian em 27 de outubro", disse Stella Moris, acrescentando que teme que seu companheiro seja vítima de um episódio mais grave.

Esta informação sobre a saúde de Assange chega dois dias depois que os Estados Unidos conquistaram uma vitória importante em seu processo para obter sua extradição.

Os advogados de Assange anunciaram, entretanto, que vão recorrer ao Tribunal Supremo britânico e a tribunais internacionais se for necessário.

Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, poderá ser extraditado para os Estados Unidos, decidiu nesta sexta-feira (10) a Justiça do Reino Unido, ao aprovar um pedido de recurso do governo americano. O australiano de 50 anos enfrenta nos Estados Unidos ao menos 17 acusações criminais, incluindo uma violação da lei de espionagem, e conspiração para invadir computadores do governo.

As revelações do WikiLeaks expuseram crimes de guerra dos EUA no Iraque e no Afeganistão, detenções extrajudiciais na prisão de Guantánamo, em Cuba, e telegramas de diplomatas revelando abusos de direitos humanos em diferentes partes do mundo. A decisão representa um golpe para os esforços de Assange de evitar sua extradição para os EUA para enfrentar acusações de espionagem, embora as opções de recurso permaneçam abertas para sua equipe jurídica.

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"O tribunal permite o recurso", disse o juiz Timothy Holroyde, revertendo uma decisão de janeiro deste ano que impedia a extradição. As autoridades dos Estados Unidos acusam o australiano de divulgação de uma vasta coleção de registros militares confidenciais americanos e informações diplomáticas que, segundo eles, colocaram vidas em perigo.

O advogado que representa o governo americano, James Lewis, insistiu nas garantias dadas por Washington de que Julian Assange não será submetido a medidas especiais nem ficará detido no temido centro penitenciário de altíssima segurança ADX Florence, no Colorado, conhecido como "Alcatraz das Montanhas Rochosas".

O advogado James Lewis afirmou que a Justiça americana vai garantir que Assange receba os cuidados clínicos e psicológicos necessários e que poderá solicitar cumprir sua pena na Austrália, seu país de origem.

Assange está sob custódia no Reino Unido desde abril de 2019. Antes, ele tinha ficado sete anos na embaixada do Equador na capital britânica para evitar uma extradição para a Suécia, pedida em 2010, em um caso de agressão sexual que viria a ser arquivado em 2017. Ele está há dois anos e meio na penitenciária de segurança máxima de Belmarsh.

O australiano, considerado por seus simpatizantes uma vítima de ataques contra a liberdade de expressão, havia conquistado um resultado positivo em janeiro. Na ocasião, a Justiça rejeitou o pedido de extradição de Washington, alegando que existia a risco de Assange cometer suicídio. Nos Estados Unidos, ele pode enfrentar uma pena de 175 anos de prisão.

Em seu recurso, Washington questiona a confiabilidade de um especialista que testemunhou a favor de Assange sobre a fragilidade de sua saúde mental atual.

O psiquiatra Michael Kopelman reconheceu que enganou a Justiça ao "ocultar" o fato de que seu cliente se tornou pai durante seu confinamento na embaixada do Equador em Londres.

O australiano, que conta com o apoio de várias organizações de defesa da liberdade de imprensa, é procurado pelos Estados Unidos por espionagem, após a publicação de cerca de 700.000 documentos militares e diplomáticos confidenciais.

Ele foi detido pela polícia britânica em abril de 2019, depois de passar sete anos na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou quando estava em liberdade sob fiança. Ele temia a extradição para os Estados Unidos, ou para a Suécia, cuja Justiça o denunciou por estupro. Desde então, estas acusações foram retiradas.

WikiLeaks e as acusações contra Assange

O WikiLeaks ficou famoso em 2009 quando publicou centenas de milhares de mensagens enviadas por pagers em 11 de setembro de 2001, o dia do atentado nos Estados Unidos contra as Torres Gêmeas e o Pentágono. A ONG, fundada em 2006 por Julian Assange, permite a publicação online de documentos secretos sem identificar quem os vazou.

Pouco a pouco, suas revelações se tornaram mais controvertidas, como quando publicou um vídeo em que soldados americanos aparecem cometendo abusos no Iraque ou quando divulgou milhares de documentos militares sobre o Afeganistão.

Em novembro de 2010, o WikiLeaks publicou, com a ajuda de cinco jornais internacionais (The New York Times, The Guardian, Der Spiegel, Le Monde e El País), mais de 250 mil documentos secretos que revelavam segredos da diplomacia americana. Este episódio, depois batizado como "cablegate", transformou o australiano em inimigo número 1 dos EUA.

Ao todo, o WikiLeaks diz ter publicado "mais de 10 milhões de documentos" sobre vários assuntos, incluindo o mundo das finanças, do entretenimento e da política. (Com agências internacionais).

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, pode se casar na prisão em que está detido nos arredores de Londres, onde aguarda a decisão sobre sua extradição para os Estados Unidos, segundo sua companheira Stella Moris.

"Boas notícias: o governo do Reino Unido recuou 24 horas antes do prazo. Julian e eu temos permissão para nos casar na prisão de Belmarsh", tuitou a advogada sul-africana, que teve dois filhos com Assange enquanto ele esteve refugiado na embaixada do Equador em Londres.

"Estou aliviada, mas continuo revoltada, porque uma ação legal foi necessária para impedir a interferência ilegal em nosso direito básico de casamento", acrescentou ela.

Nos últimos dias, Moris apresentou uma ação contra a recusa das autoridades em permitir a união. A data do casamento ainda não foi marcada.

Também não há data para a decisão do tribunal britânico sobre o recurso dos EUA contra a recusa do Reino Unido em extraditar Assange, apresentado em janeiro.

A justiça britânica rejeitou em primeira instância o pedido de extradição de Washington, alegando um possível suicídio.

No final de outubro, a Suprema Corte de Londres considerou o recurso de Washington.

O governo dos EUA acusa o australiano de 50 anos de espionagem e o vazamento de mais de 700.000 documentos confidenciais, crimes pelos quais ele pode ser condenado a até 175 anos de prisão.

Ele foi preso pela polícia britânica em abril de 2019, depois de passar sete anos na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou quando estava em liberdade sob fiança.

Ele temia a extradição para os Estados Unidos ou a Suécia, que o denunciou por estupro, acusação que já foi retirada.

Os advogados de Julian Assange, que o Reino Unido se recusou na segunda-feira (4) a extraditar para os Estados Unidos pelo temor de que cometa suicídio, pedem nesta quarta-feira à justiça britânica a liberdade sob fiança do fundador do WikiLeaks.

Dois dias depois de sua primeira vitória judicial, o australiano, de 49 anos, que a justiça dos Estados Unidos deseja julgar por espionagem após a publicação de quase 700.000 documentos militares e diplomáticos secretos, compareceu novamente ao tribunal.

Assange está preso na penitenciária de segurança máxima de Belmarsh desde sua detenção em abril de 2019 na embaixada do Equador em Londres, onde passou sete anos refugiado.

A audiência começou pouco depois das 10h00 (7H00 de Brasília) no tribunal londrino de Magistrados de Westminster.

Como argumento contra a libertação sob fiança, a Promotoria afirma que Assange tem "recursos" para fugir e destacou a oferta de asilo político feita na segunda-feira pelo presidente do México, Andrés Manuel López Obrador.

No mesmo dia, alegando o risco de suicídio do fundador do WikiLeaks caso fosse enviado ao sistema penitenciário americano, a juíza britânica Vanessa Baraitser decidiu não extraditar Assange aos Estados Unidos.

Após a decisão, as autoridades americanas notificaram o tribunal sobre a intenção de apelar. Porém, à espera do resultado, o sistema de justiça britânico deve decidir se vai libertar Assange sob fiança ou mantê-lo na penitenciária.

Quando se refugiou na embaixada equatoriana em 2012, o australiano violou uma liberdade sob fiança imposta pela justiça britânica enquanto aguardava a análise do pedido de extradição da Suécia, que o solicitava por suspeitas de estupro, acusações que foram arquivadas desde então.

A justiça britânica decidirá nesta segunda-feira (4) se autoriza a extradição do fundador do WikiLeaks, o polêmico Julian Assange, para os Estados Unidos, que deseja julgá-lo por acusações de espionagem, o que poderia resultar em uma pena de até 175 anos de prisão.

O australiano, de 49 anos, será informado durante um audiência na corte penal de Londres se a juíza Vanessa Baraitser considera pertinente o pedido de extradição apresentado pela justiça americana, em um caso que seus defensores consideram crucial para a liberdade de imprensa.

A decisão da juíza pode ser objeto de recurso pelas duas partes, o que poderia prolongar a saga judicial que envolve Assange desde 2010, quando o site WikiLeaks publicou centenas de milhares de documentos militares e diplomáticos confidenciais que deixaram Washington em situação difícil.

Entre os documentos estava um vídeo que mostrava helicópteros de combate americanos atirando contra civis no Iraque em 2007. O ataque matou várias pessoas em Bagdá, incluindo dois jornalistas da agência de notícias Reuters.

Antes do pronunciamento, a justiça inglesa examinou de maneira detalhada a solicitação americana para ter certeza de que não é desproporcional ou incompatível com os direitos humanos.

As audiências celebradas em setembro, após meses de atraso devido à pandemia de coronavírus, foram marcadas por protestos na porta do tribunal, onde partidários do australiano exibiram cartazes com frases como "Prendam os criminosos de guerra, libertem Julian Assange!".

Alegando o temor de que Assange, cuja saúde física e mental pareceu muito debilitada, cometa suicídio, sua companheira sentimental, Stella Moris, entregou em setembro ao gabinete do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, uma petição com 800.000 assinaturas contra a extradição.

Mantido em uma penitenciária de segurança máxima de Londres desde sua detenção em abril de 2019 na embaixada do Equador, onde permaneceu refugiado por sete anos, Assange poderia ser condenado a 175 anos de prisão caso a justiça americana o declare culpado de espionagem.

Washington alega que Assange colocou em perigo as vidas de seus informantes com a publicação dos documentos secretos sobre as ações militares americanas no Iraque e Afeganistão, que revelaram atos de tortura, mortes de civis e outros abusos.

Mas para o comitê de apoio ao australiano, estas são "acusações com motivação política que representam um ataque sem precedentes à liberdade de imprensa".

A defesa do australiano denunciou que o presidente americano Donald Trump queria transformá-lo em um castigo "exemplar" em sua "guerra contra os jornalistas investigativos" e que Assange não teria um julgamento justo nos Estados Unidos.

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, terá de esperar até depois das eleições presidenciais dos Estados Unidos para saber se será extraditado para aquele país, que deseja julgá-lo por espionagem - informou nesta sexta-feira (25) a juíza britânica responsável pelo caso.

Assange enfrenta 18 acusações nos Estados Unidos relacionadas à publicação em 2010, por parte do WikiLeaks, de centenas de milhares de documentos confidenciais. Entre outras coisas, telegramas diplomáticos e outros documentos expunham suas ações militares no Afeganistão e Iraque, incluindo mortes de civis, tortura e outros abusos.

A Justiça britânica analisa atualmente se concede o pedido de extradição dos EUA do australiano de 49 anos, que está em uma prisão de segurança máxima desde sua detenção na embaixada do Equador em Londres, em abril de 2019.

A apresentação de provas neste julgamento, que começou em 7 de setembro, termina na próxima semana. Hoje, a juíza Vanessa Baraitser concordou em dar ao advogado de Assange mais tempo para preparar seus argumentos finais.

"Minha decisão provavelmente virá depois das eleições nos Estados Unidos", reconheceu a magistrada, dando à defesa quatro semanas para preparar seus argumentos e mais duas para os representantes legais do governo americano.

"Parece improvável que possamos obter um veredicto antes de 4 de novembro", data das eleições presidenciais dos Estados Unidos, ressaltou o advogado de Assange, Edward Fitzgerald.

Os defensores do australiano afirmam que a tentativa de extraditar e julgar seu cliente nos Estados Unidos é politicamente motivada e conduzida pelo presidente Donald Trump.

Washington afirma que Assange ajudou a analista de Inteligência Chelsea Manning a roubar os documentos confidenciais e o repreende por ter exposto os nomes de seus informantes aos olhos do mundo inteiro, colocando suas vidas em perigo.

Nos Estados Unidos, o fundador do WikiLeaks pode enfrentar uma pena máxima de 175 anos de prisão.

Mais de 40 organizações de defesa dos direitos humanos e da liberdade de imprensa pediram nesta sexta-feira (3) a libertação "imediata" de Julian Assange, detido no Reino Unido e solicitado pela justiça dos Estados Unidos, que deseja julgá-lo por acusações de espionagem.

O governo dos Estados Unidos quer julgar o fundador dos Wikileaks, que completa 49 anos nesta sexta-feira, pela divulgação a partir de 2010 de mais de 700.000 documentos confidenciais sobre suas atividades militares e diplomáticas, em particular no Iraque e Afeganistão.

Em uma carta ao ministro da Justiça britânico, Robert Buckland, os signatários pedem ao governo de Boris Johnson que liberte "imediatamente" Assange e impeça a extradição para os Estados Unidos, onde ele poderia ser condenado a até 175 anos de prisão.

Entre as signatárias estão a ONG Repórteres Sem Fronteiras, PEN International e a Federação Internacional de Jornalistas.

As organizações afirmam que a "perseguição" a Assange "contribuo para a deterioração da liberdade de imprensa no Reino Unido" e prejudica a imagem do país no cenário internacional.

Um tribunal britânico deve retomar em 7 de setembro a análise do pedido de extradição das autoridades americanas.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos reforçou na quarta-feira (24) a ação contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, ao apresentar novas provas sobre um suposto recrutamento de hackers.

Assange enfrenta 18 acusações criminais nos Estados Unidos e a mais recente não aumenta o número, mas amplia as já existentes. A acusação atualizada alega que Assange conspirou com indivíduos dos grupos de hackers LulzSec e Anonymous.

Também afirma que ele obteve "acesso não autorizado a um sistema de computadores do governo de um país da Otan". Assange enfrenta acusações de espionagem pela divulgação em 2010 de uma série de arquivos secretos que detalhavam aspectos de campanhas militares americanas no Afeganistão e no Iraque.

Washington afirma que o australiano de 48 anos ajudou a analista de inteligência Chelsea Manning a roubar os documentos antes de expor o material confidencial ao mundo.

O Wikileaks publicou na quarta-feira no Twitter que a nova acusação contra Assange "é uma nova tentativa patética do DoJ (Departamento de Justiça) de enganar a opinião pública".

Assange está atualmente na penitenciária de segurança máxima de Belmarsh, sul de Londres, enquanto luta contra um pedido de extradição apresentado pelos Estados Unidos.

Ele permaneceu refugiado na embaixada do Equador em Londres de 2012 a 2019, quando foi retirado do edifício diplomático pela polícia britânica.

A Justiça britânica decidiu nesta segunda-feira (27) adiar a análise do pedido de extradição apresentado pelos Estados Unidos contra o fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange - detido na região de Londres -, e que pode acontecer apenas em novembro.

Após uma primeira semana de audiências judiciais em fevereiro, os tribunais britânicos suspenderam o julgamento sobre a extradição até 18 de maio.

Em uma audiência de procedimento celebrada nesta segunda-feira em Londres, a juíza Vanessa Baraitser aceitou, porém, o pedido de mais tempo apresentado pela defesa do australiano.

A nova data será anunciada em 4 de maio, mas a juíza advertiu que o processo pode não acontecer até novembro, pela pouca disponibilidade para três semanas consecutivas, tempo previsto para o julgamento.

A Justiça americana deseja julgar Assange por espionagem, devido à publicação a partir de 2010 de quase 700.000 documentos confidenciais sobre as atividades militares e diplomáticas dos Estados Unidos, especialmente no Iraque e no Afeganistão.

O australiano, que não compareceu à audiência desta segunda-feira, permanece detido na penitenciária de segurança máxima de Belmarsh, perto de Londres.

"Com a epidemia de coronavírus, não é possível preparar este caso", afirmou o advogado Edward Fitzgerald, antes de destacar que não tem acesso direto a seu cliente há mais de um mês.

O governo dos Estados Unidos acusa o fundador do WikiLeaks de ter colocado em perigo as fontes de seus serviços secretos. Os advogados de Assange denunciam um processo político baseado em "mentiras".

Assange foi detido em abril de 2019, depois de passar sete anos na embaixada do Equador em Londres. Violando as condições de sua liberdade condicional no Reino Unido, ele se refugiou na missão diplomática por temer uma extradição para a Suécia e, deste país, para os Estados Unidos.

Mais de 60 médicos manifestaram preocupação com o estado de saúde do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, detido em Londres e contra quem pesa uma ameaça de extradição para os Estados Unidos, que o acusam de espionagem, em carta aberta divulgada nesta segunda-feira (25), horário local.

"Escrevemos esta carta aberta, como médicos, para expressar nossa grande preocupação com o estado de saúde físico e mental de Assange", assinalam os médicos na carta, endereçada à ministra do Interior britânica, Priti Patel, e à encarregada do assunto no Partido Trabalhista (oposição), Diane Abbot.

Tomando como base vários relatórios, incluindo o do Relator Especial da ONU sobre a Tortura, Nils Melzer, que, no começo de novembro, afirmou que a vida de Assange corria risco, os signatários expressaram sua "séria preocupação coletiva, para chamar a atenção do público e do mundo para esta grave situação".

"Avaliamos que Assange precisa urgentemente de uma avaliação médica do seu estado de saúde físico e psicológico", reforçaram os médicos, que atuam em Estados Unidos, Austrália, Reino Unido ou Suécia. Eles sugerem que Assange seja atendido em um hospital, por profissionais qualificados. "Tememos verdadeiramente, com base em elementos disponíveis, que Assange possa morrer na prisão."

No começo de novembro, o relator especial da ONU sobre a Tortura expressou à AFP preocupação com "novas informações médicas, transmitidas por fontes confiáveis, que afirmam que a saúde de Assange entrou em um círculo vicioso de ansiedade, estresse e impotência típico de pessoas expostas a um isolamento prolongado e a uma arbitrariedade constante".

O secretário do Interior do Reino Unido, Sajid Javid, revelou nesta quinta-feira (13) que aceitou a ordem de extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para os Estados Unidos.

Segundo ele, no entanto, a decisão final caberá à Justiça. Em entrevista a um programa de rádio da BBC, Javid disse que o australiano está "preso justamente". "Há um pedido de extradição dos Estados Unidos que será levado ao tribunal amanhã [14], mas ontem [12] assinei a ordem de extradição", contou.

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O caso terá sua primeira audiência nesta sexta-feira (14), e ainda não se sabe se Assange estará presente no tribunal, dadas as suas precárias condições de saúde.

Ele está na ala hospitalar da penitenciária de segurança máxima onde cumpre uma pena de 50 semanas de prisão por violar as regras de sua liberdade condicional em 2012, quando se refugiou na Embaixada do Equador em Londres.

A decisão final da Justiça sobre a extradição deve ser dada apenas dentro de alguns meses. O fundador do WikiLeaks foi denunciado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos por "conspirar" com a ex-analista militar Chelsea Manning e por receber e publicar informações confidenciais.

De acordo com os procuradores, Assange agiu ao lado de Manning para obter arquivos secretos, incluindo documentos diplomáticos e relatórios sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão.

Da Ansa

O departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira 17 novas denúncias contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, principalmente relacionadas a leis contra a espionagem.

Os Estados Unidos responsabilizam Assange por ter colocado em risco algumas de suas fontes com a publicação, em 2010, de 750 mil documentos militares e diplomáticos.

Washington também acusa Assange de "conspirar" com a ex-analista de informática americana Chelsea Manning, condenada em 2013 por vazar milhares de documentos.

Segundo o comunicado da Justiça, Assange é suspeito de "ajudar a obter informação confidencial ciente de que poderia ser utilizada em detrimento dos Estados Unidos e em benefício de uma nação estrangeira".

Austrália e seus partidários afirmam que Assange não pode ser perseguido por publicar tais documentos, com base no princípio de liberdade de imprensa.

"O departamento leva a sério o papel dos jornalistas em nossa democracia, mas Julian Assange não é um jornalista", declarou o vice-secretário de Justiça, John Demers.

"Nenhum jornalista responsável publicaria deliberadamente os nomes de fontes confidenciais em zonas de guerra sabendo que as colocaria em perigo".

Já o Wikileaks avaliou que "é o fim do jornalismo sobre temas como segurança nacional e o fim da primeira emenda" da Constituição dos Estados Unidos, que garante a liberdade de expressão.

As denúncias "representam uma ameaça direta à liberdade de imprensa e ao jornalismo investigativo", denunciou a Repórteres sem Fronteiras (RSF), enquanto a organização Freedom of the Press advertiu para "um grande perigo para os jornalistas".

Assange, que está preso na Grã-Bretanha, foi detido em 11 de abril na embaixada do Equador em Londres, onde estava refugiado há sete anos, após um pedido de extradição dos Estados Unidos.

As novas denúncias podem acarretar em dez anos de prisão cada uma.

A Suécia também reabriu o caso contra Assange por estupro.

O Equador autorizou a apreensão em sua embaixada de Londres do equipamento de informática usado durante anos por Julian Assange, para entregá-lo aos Estados Unidos, informou nesta segunda-feira a defesa do fundador do WikiLeaks com base em um documento atribuído à justiça equatoriana.

Segundo o documento, o Ministério Público do Estado equatoriano autoriza que seja realizada a apreensão do equipamento, uma concessão feita dentro da ajuda penal internacional requerida pelas autoridades americanas e iniciada com o governo de Lenín Moreno em 2018.

O advogado de Assange no Equador, Carlos Poveda, afirmou que apresentou um ofício para pedir que a diligência seja suspensa e, em caso da promotoria insistir, garantir ao menos a presença de seu cliente durante a revista.

O texto - um e-mail assinado pela Procuradoria Geral do Equador, cuja autenticidade não pôde ser confirmada pela AFP com outras fontes - autoriza o "registro e apreensão" de "documentos, arquivos e material similar que possam ser relevantes para esta investigação".

Da mesma forma, autoriza a apreensão de "dispositivos de armazenamento eletrônico em qualquer forma que exista", como computadores, tablets, telefones celulares, drives USB, CDs ou discos rígidos.

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