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A Biblioteca Pública de Olinda receberá, a partir desta quinta (6), uma oficina que visa contribuir na qualificação de profissionais que atuam com a formação de leitores. Serão quatro dias de evento, com foco na produção sobre povos tradicionais, guiados pela pedagoga e ativista Érica Verçosa.

A Oficina Mediação de Leitura e Formação é voltada para professores, escritores, poetas, bibliotecários, contadores de histórias e qualquer outro educador que trabalhe com incentivo à leitura.

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O evento acontecerá nos dias 6, 7 e 13 de outubro, das 8h até ao meio-dia e das 13h até às 17h. Já no dia 14, das 8h às 12h e das 13h às 15h.

Serão 20 vagas, com direito a certificado para todos que participarem do evento. Para participar, basta ter 18 anos ou mais, e entrar em contato com a organização pelo email oficinas.pelllb@gmail.com.

A oficina está sendo oferecida gratuitamente pela Secretaria Estadual de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), por meio da Coordenadoria de Literatura e tem foco na produção de povos tradicionais.

Mediadora

Érica Verçosa é contadora de histórias há mais de 13 anos, ativista na luta pela democratização do livro, da leitura e da literatura com a criação de bibliotecas. Érica também é pedagoga e se especializou em Literatura Infantil e Juvenil.

Por Mariana Ramos, com informações da assessoria

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Uma das consequências da pandemia da covid-19 foi o isolamento social, fator que incentivou a população a procurar formas de se adaptar ao novo normal. Muitos buscaram na leitura uma maneira de passar o tempo, e descobriram um grande fascínio pelos livros.

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A estudante Luciana Capela aproveitou a quarentena para desenvolver o hábito da leitura. Com maior tempo livre, Luciana relata que adquiriu muitas vantagens em ler, sendo uma delas a construção do senso crítico. “Algumas obras literárias, como ‘Dom Casmurro’, de Machado de Assis, são muito citadas por conta das suas particularidades para o vestibular. Então, quando escutamos sobre elas, adquirimos curiosidades que nos levam a querer ler e tirar nossas próprias concepções”, afirmou.

A leitura tornou-se uma prática frequente durante a pandemia. De acordo com os dados divulgados pelo 4° Painel do Varejo de Livros no Brasil em 2020, as buscas por e-books e livros físicos aumentaram. Com as vendas on-line, Luciana relata que obteve mais de 20 livros físicos durante a quarentena. “Comprava livros em perfeitas condições, ou até lançamentos, por R$10,00. O valor conta bastante.”

Outra pessoa que leu bastante durante esse período foi a estudante Camilly Serrão, que sempre nutriu o fascínio pela leitura, porém lia pouco. Na pandemia, ela encontrou nos livros de ficção uma espécie de “fuga” da realidade e controle da ansiedade. “Os livros me levavam pra outra realidade e outro mundo. Eles me acalmavam”, afirma.

A estudante prefere o e-book, em comparação com o livro físico. Esse novo formato tem se tornado um dos mais procurados, principalmente pela praticidade de ter o acesso em qualquer lugar, basta possuir um dispositivo eletrônico em mãos. Entretanto, muitos ainda optam pelo livro físico, como Luciana, pois permite leitura menos cansativa que os meios eletrônicos. “A gente já fica tanto tempo com o celular, acho que nessa hora de ler deveria ser um pouco distante da tecnologia”, disse Luciana.

O fato de que a leitura possibilita conhecer diversas perspectivas de mundo foi um atrativo imenso para os novos leitores. A experiência de Camilly lhe agradou de tal modo que a estudante afirma que pretende continuar com o hábito de ler frequentemente.  “Só me trouxe benefícios.”

O livreiro e responsável pelo setor de literatura nacional e estrangeira da Livraria Saraiva, Lutty Vilhena, afirma que, nesse momento, as lojas buscaram aprimorar medidas para manter as vendas. “Por conta dos veículos de venda on-line, mesmo com as livrarias fechadas, não deixamos de atender aos consumidores”, enfatizou.

Com alta procura por livros em versões digitais, as livrarias investiram para se adaptar às demandas crescentes dos consumidores. Foi necessário agir rápido. Segundo Lutty, “houve um movimento maior dos leitores migrando para o formato digital, e as editoras investindo ainda mais nessa linguagem”.

Para manter o público fiel ao universo da leitura, além de atrair novos clientes, Lutty afirma que as ações estão focadas em “indicar outros livros para agregar à compra do cliente, manter a loja sempre arrumada e com seleções de livros de acordo com o feeling de interesse atual”.

Por Gabriel Pires, Painah Silva e Vitória Reimão.

 

 

 

Segundo um levantamento feito pelo Instituto Pró-Livro em parceria com o Itaú Cultural, apenas pouco mais da metade dos brasileiros têm o hábito da leitura: 52%. A pesquisa apontou, inclusive, uma diminuição desse percentual entre 2015 e 2019, período em que o Brasil perdeu 4,6 milhões de leitores. O estudo foi realizado em 208 municípios de 26 estados entre outubro de 2019 e janeiro de 2020.

Os números podem até não impressionar dado o senso comum de que brasileiros não gostam de ler, somado a um outro que estigmatiza os livros como artigos de luxo caros, sendo assim, inacessível para grande parte da população. No entanto, uma breve volta pelo centro do Recife, pode servir de  alento aos que preferem desacreditar em tais  teorias. 

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Ladeando determinado ponto da Avenida Dantas Barreto, dois pontos tradicionais agregam livreiros de rua. Um deles, batizado de Praça do Sebo, conta até com a escultura de um célebre escritor; Mauro Mota, jornalista, poeta, ensaísta e membro da Academia Brasileira de Letras, falecido em 1984. Seguindo pela Avenida Guararapes, no coração do centro da capital pernambucana, é preciso desviar dos livros de diversos vendedores que montam seus sebos nas calçadas mesmo. 

São pessoas como Crisgibe, que há dois anos vende gibis e livros de diversos gêneros em uma dessas calçadas, ocupando a cidade de maneira tal que já tornou-se parte do visual dela. A história de Cris e de outros profissionais, tem sido documentada pelo pernambucano Elizeu Espíndola, ele próprio um livreiro de rua, proprietário do Seborreia. 

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Crisgibe é uma das sebistas que ocupam o centro do Recife. 

Elizeu transformou sua paixão por livros e sebos em trabalho há cerca de dois anos. Educador Social de profissão, acostumado às mais diversas vivências encontradas pelas ruas da metrópole, ele conta que foi preciso uma certa dose de “coragem” para colocar o seu sebo na rua. “O livreiro de rua é uma espécie de ambulante, de comércio informal, eu precisei vencer essa etapa do medo”, contou o sebista em entrevista ao LeiaJá. 

Até o dia em que ele colocou “uma canga da companheira” na bolsa, mais alguns livros, e desembarcou na Estação Recife de metrô, no Bairro de São José, área central da cidade A partir dali, a experiência acumulada em suas próprias andanças e relações construídas com os livreiros do centro, aliadas à vontade de promover uma “ocupação literária” daqueles espaços, deram vida ao Seborreia. “A cidade sempre foi palco de experiências encantadoras, então ocupar aquele local era fundamental”, afirma.

O Seborreia começou no Pátio de São Pedro, passou pela Casa da Cultura - antiga casa de detenção transformada em equipamento cultural -, e passou um tempo na Avenida Guararapes, em frente ao prédio dos Correios. Elizeu conta que seu estímulo sempre foi o de oportunizar a livre circulação de informação e promover uma “libertação” através dos livros, usando-os como munição contra a violência urbana e a precarização da educação no país. A ideia era “armar” as pessoas com esse “novo arsenal” e assim “contribuir com a formação de jovens”. 

Elizeu, idealizador do Seborreia e  condutor do "trem bala", como ele chama o sebo. Foto: Reprodução/Instagram

O acervo do Seborreia passa por uma fina curadoria que atende a um eixo central: cultura e ciências humanas. Garimpando em outros sebos e fazendo parcerias com livreiros, escritores e outros clientes, Elizeu disponibiliza obras de história, política, filosofia, diferentes linguagens artísticas e poesia, entre outros temas correlatos. O diferencial não é obra do acaso, o propósito do sebista é expandir os conhecimentos existentes em tais livros para além dos espaços acadêmicos. “É uma realidade que a princípio nos é dada, não sei se é pra nos colocar no lugar da comodidade, a gente sai da escola pública, sobretudo quem vem da periferia e é ligado a uma classe mais trabalhadora, e a leitura vira algo de luxo. A escolaridade deve cumprir a função básica para lhe deixar apto ao trabalho e às vezes a gente frustra uma experiência potencialmente rica.  Isso mais atrapalha do que ajuda nesse processo de dar às pessoas esse acesso ao conhecimento. Onde você vai ser provocado fora da universidade a ter contato com isso?”

Para além dessas questões educacionais, o livreiro exalta a possibilidade das trocas de experiências, vivências e histórias somente possíveis no convívio com o cotidiano da própria cidade e seus frequentadores. Os transeuntes acabam virando compradores, amigos, parceiros e multiplicadores de “experiências concretas”, como ele próprio chama. Tudo isso sem contar na carga afetiva contida apenas nos livros usados, instrumentos de resistência não só ao hábito da leitura - ao qual teimamos em acreditar não fazer parte do nosso povo -, como à magia e riqueza contida nos sebos de rua.

Resistência

O Seborreia passou cerca de dois anos ocupando uma ds calçadas da Avenida Guararapes, no centro do Recife. Foto: Reprodução/Instagram

Resistir é a palavra de ordem para sebistas, sobretudo aos que trabalham nas ruas da cidade. A pandemia do novo coronavírus trouxe um desafio ainda maior à sobrevivência de todos eles. O próprio Seborreia passou a investir mais no trabalho via redes sociais para continuar na ativa. A presença no meio virtual trouxe mais leitores e estabeleceu novas conexões, mas é na rua mesmo que o sebo existe de forma plena.

Sendo assim, Elizeu levou seu acervo para um novo ponto no centro do Recife. O Seborreia está funcionando em um espaço compartilhado com o Bazar da Cidadania, promovido pela Ação Cidadania, na Rua Imperatriz, no Pátio da Matriz da Boa Vista, bairro da Boa Vista. Um lugar que, para ele, faz todo “sentido” pelo “arsenal cultural e pela ideia do consumo consciente”. O sebo funciona às segundas, quartas e sextas, das 14h às 17h.  

Uma nova proposta de imposto do governo federal prevê uma taxa de 12% em cima dos livros. A ideia não agradou os autores, que recebem 10% das vendas de suas obras, nem o consumidor final, que poderá pagar mais caro pelo livro.

A assistente jurídica Juliana Kowalski, 28 anos, é apaixonada por livros e sempre espera os títulos entrarem em promoção para poder comprá-los. Mas, o novo imposto pode dificultar ainda mais a aquisição de novas obras para sua coleção. "Às vezes, eu preciso junta dinheiro ou esperar o salário melhorar para comprar uns dois livros por R$ 20 ou R$ 30", relata.

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Juliana lamenta que são poucas as pessoas que têm o hábito de ler e diz que o novo imposto pode desestimular ainda mais esse público, livrarias físicas enfrentarão dificuldades, e o consumidor terá que optar entre comprar um livro ou pagar as contas do mês, isso sem falar no desânimo dos autores. "Não sei onde vai parar a cultura e a educação, isso desanima qualquer leitor", desabafa.

Juliana Kowalski, na escadaria da Livraria Cultura, em SP | Foto: Arquivo Pessoal

A proposta de reforma tributária atinge quem escreve, edita, publica, vende e, sobretudo, quem lê. "Esse novo imposto é uma ofensa à integridade intelectual. Ler mudou a minha vida e, por conta disso, comecei a escrever. Escrever é terapêutico e prazeroso por si só e me deu a oportunidade de tocar o coração das pessoas", comenta a escritora e fundadora do Grupo Bendita, Samantha Silvany, conhecida pelos livros "500 Dias Sem Você" (2019) e "Manual do Borogodó" (2019).

Na lista dos prejudicados com esta possível situação estão os autores iniciantes, já que, por se tratar de um investimento de risco, as editoras serão muito mais rigorosas para publicar novos nomes no mercado. "Escritores já reconhecidos também serão prejudicados, afinal, o livro encarecerá para o consumidor, o que dificulta a conquista de ser um best-seller. Também diminuirão as oportunidades de um novo contrato", prevê Samantha.

No atual modelo de publicação das editoras, o autor recebe em média de R$ 2 a R$ 3 reais por livro, e a nova taxa pode diminuir ainda mais esse lucro. "Também dificultará muito a democratização da leitura e o acesso à informação, especialmente entre aqueles que já não têm tantas condições", explica a escritora.

Outro medo de Samantha é de que o livro se torne um artigo de luxo, quando deveria ser um direito de todos. "Precisamos defender o livro. Precisamos defender o Brasil. Precisamos nos defender contra a ignorância. Precisamos de meios para facilitar o acesso à leitura, e não o contrário", finaliza.

Incentivar a leitura desde cedo pode ajudar o Brasil a aumentar o número de leitores, de acordo com especialistas entrevistados pela Agência Brasil. A estimativa é de que quase metade dos brasileiros não seja leitor regular. Entre os motivos apontados estão a falta de tempo e a falta de paciência. 

Hoje (7) é o Dia do Leitor, criado em homenagem ao suplemento literário do jornal O Povo, do Ceará, que ficou famoso por divulgar o movimento modernista cearense. O jornal foi fundado em 7 de janeiro de 1928 pelo poeta e jornalista Demócrito Rocha. 

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Desde então, o Brasil melhorou as taxas de analfabetismo, mas ainda hoje enfrenta o desafio de fazer com que as pessoas tenham o hábito de ler. De acordo com a última pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro, 44% dos brasileiros com mais de 5 anos de idade não são leitores, o que significa que não leram nenhum livro nos últimos três meses. 

A pesquisa mostra também que ler está ficando mais difícil para os brasileiros, seja por falta de tempo ou de paciência. O índice dos que afirmam que não têm nenhuma dificuldade para ler diminui a cada edição da pesquisa. Eram 48% dos entrevistados em 2007, passando para 33% em 2015. Entre as dificuldades está a falta de paciência. Em 2007, 11% disseram não ter paciência para ler. Em 2015, esse percentual subiu para 24%.

"Acho que o desafio da próxima década é mostrar a importância da leitura, o prazer da leitura, começar a criar uma nova sociedade leitora. É difícil convencer um adulto que nunca teve o hábito de ler a começar a ler, [o desafio] é atrair as crianças", diz o presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), Marcos da Veiga Pereira. 

Para chegar às crianças, a Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, organizada pelo Snel, iniciou, neste ano, o projeto Bienal nas Escolas, que leva autores para escolas públicas. A intenção é que os encontros ocorram também neste ano e em 2021, até a próxima Bienal. "Se quer transformar o Brasil, tem que começar a investir nas crianças", defende Pereira.

Acesso aos livros

A gerente de Cultura do Departamento Nacional do Serviço Social do Comércio (Sesc), Elisabete Veras, também considera fundamental a leitura desde a infância. De acordo com ela, a relação com os livros começa com a proximidade. "O encantamento se dá pela relação, pelo contato com os livros, pela oportunidade de tocar, de vivenciar esse universo da imaginação. Por isso o acesso [aos livros] é tão importante", diz. 

Esse contato se dá, para muitos brasileiros, em escolas e nas bibliotecas. Elisabete defende as bibliotecas como espaços de diálogo, de palestras, de eventos, de exibições de cinema. "O acesso [aos livros] não pode ser pontual, tem que ter continuidade, para criar hábito. Para que se crie hábito, é preciso fazer parte da rotina, estar inserido no contexto [das crianças] e não ser uma eventualidade". 

Uma das metas da Rede Sesc de Bibliotecas para este ano é a criação de uma grande rede de clubes de leitura, valorizando a cultura de cada localidade e aproximando os autores dos leitores, sobretudo do público infantil. A Rede conta hoje com 309 bibliotecas fixas e 57 unidades móveis (BiblioSesc), nas quais estão inscritos 272 mil leitores. Segundo Elisabete, já existem iniciativas locais, agora a intenção é integrar os projetos.

Crianças que leem

Não são apenas os adultos que estão preocupados com a leitura das crianças e jovens. O projeto Pretinhas Leitoras é prova disso. O projeto nasceu em outubro de 2018, no Morro da Providência, no Rio de Janeiro, com as irmãs Helena e Eduarda, de 11 anos, e Elisa, 5 anos. 

Supervisionadas pela mãe, Elen Ferreira, e por Igor Dourado, elas compartilham leituras e pesquisam literatura negra. O que aprendem, as irmãs compartilham com outras crianças e jovens tanto em clubes de leitura, que reúnem também autores e contadores de história, quanto pela internet.

"A literatura é a oportunidade de acessar e compartilhar um pouco daquilo que somos e sabemos. Quando essa interação acontece, criamos uma forma nova de acolher a história que era do outro e passa a ser também nossa de um jeitinho único", dizem as irmãs, por e-mail, à Agência Brasil.

Para a equipe do Pretinhas Leitoras, a internet é uma grande aliada no incentivo à leitura. “Compartilhamos discussões sobre obras literárias por meio do cyberespaço para potencializar o acesso à leitura e sua divulgação pelas redes". 

A internet significa também, para elas, acesso. “Há que se pensar também sobre a importância que a internet assume ao democratizar o acesso à narrativas distintas e secularmente ignoradas no cenário literário brasileiro. Outro ponto é o acesso à ebooks, que estão diminuindo o preço de aquisição de muitos títulos e possibilitando descobertas dos mesmos. Isso é muito importante em um país no qual o mercado literário é elitista e caro, enquanto a massa populacional é pobre".

Incentivo familiar

O Ministério da Educação (MEC) lançou, no mês passado, o programa “Conta pra Mim”, que estimula a leitura de livros infantis no ambiente familiar. A pasta disponibilizou uma cartilha para orientar os pais e responsáveis.

A Escola Professor Leal de Barros, localizada no Engenho do Meio, recebe, na próxima sexta (8) e sábado (9), a quinta edição do Festival Literário da Periferia (Flipe). O objetivo do evento é estimular a formação de leitores das periferias fortalecendo a importância da leitura na vida de jovens e adolescente além de revelar novos talentos literários. 

Realizado pelo projeto Periferia & Cidadania, o festival promove uma programação diversificada com palestras, oficinas de moda e produção de cordéis, sarau, exposição de fotografia, apresentações culturais e lançamentos de livros, entre outras atividades. Este ano, o evento homenageia as escritoras Bárbara Oliveira, Fabiana Faria, Fátima Silva e Sandra Santana. 

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Abrindo o festival, que nesta edição traz o tema Quem sou, quem quero ser, na próxima sexta (8), o escritor e poeta Samaroni Lima irá compor uma mesa junto às homenageadas. Os convidados vão falar sobre suas trajetórias na literatura

Serviço

Flipe 2019

Sexta (8) e sábado (9) - 8h às 20h

Escola Prof. Leal de barros - Engenho do Meio

Gratuito

A 19ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, que acontece a partir do próximo dia 30, no Riocentro, pretende ajudar na grande missão dos professores de levar cultura aos estudantes por meio da leitura. A Bienal preparou o Fórum de Educação, a ser realizado nos dias 2 e 3 de setembro. “A gente resolveu que era necessário investir também no professor”, disse à Agência Brasil a diretora da Bienal, Tatiana Zaccaro.

O fórum é focado no profissional de sala de aula, no professor, no educador, “para que ele possa levar para dentro da escola o que ele vai aprender na Bienal, para disseminar a importância do hábito da leitura”, disse Tatiana.

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As inscrições já estão abertas. Para ajudar o professor a educar em um mundo em transformação, estão programadas palestras, entre outros, do monge zen budista Haemin Sunim; do educador português José Pacheco, e do ex-judoca, fundador e presidente do Instituto Reação, Flávio Canto.

Jovens

Para os adolescentes, foi preparado um espaço denominado Arena #SemFiltro, o antigo Arena Jovem, onde os jovens poderão ter encontros com escritores, youtubers e personalidades admirados por essa geração conectada nas redes sociais. O ambiente tem acesso próprio e traz uma diversidade de assuntos que permeiam a vida dos adolescentes. Haverá mesas para debates sobre esperança, fé, amor, poesia, biografias, games, filmes, empoderamento, beleza, humor, LGBTQIA+, entre outros.

Na última edição da Bienal, em 2017, a procura pelos debates de interesse dos jovens cresceu 344% em relação à edição de 2015, enquanto a capacidade subiu de 90 para 400 lugares no mesmo período.

Pela primeira vez, todo o conteúdo da Bienal vai ser captado e disponibilizado em um canal específico, para que os debates com mais de 300 autores nacionais e estrangeiros em mais de 120 horas de programação não se percam, disse Tatiana. “A programação está incrível e pode ser acessada no site da Bienal”, disse a diretora.

Boulevard

No espaço lançado este ano e denominado Boulevard do Livro, editoras de todos os portes vão mostrar seus títulos em cerca de 16 estandes mobiliados de 15 metros quadrados cada.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), Marcos da Veiga Pereira, algumas editoras, principalmente as sediadas fora do estado do Rio de Janeiro, não teriam condições financeiras de participar da Bienal durante todos os dias. Com o Boulevard do Livro, elas têm a oportunidade de expor seus catálogos. Ali, eles contam com promotor próprio e com “operação comercial e logística de um parceiro muito conceituado”.

Tatiana Zaccaro disse que a expectativa é que a visitação do público fique em torno de 600 mil pessoas durante os dez dias do evento. “Mas acaba sempre passando”, estimou. Na 18ª edição, em 2017, foram registrados 640 mil visitantes. Cada um deles deixou o evento com, pelo menos, seis livros. Este ano, 5,5 milhões de exemplares estarão disponíveis para venda.

Segundo os organizadores, a Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro é um dos quatro maiores eventos da capital fluminense. Os outros são o réveillon, o carnaval e o Rock in Rio.

O festival literário funcionará de 30 de agosto a 8 de setembro, no horário de 9h às 21h, nos dias de semana; de 9h às 22h, na sexta-feira; e de 10h às 22h, nos finais de semana. Os bilhetes têm valor de R$ 30, inteira, e R$ 15, meia entrada.

Com a crise das livrarias e o fechamento de unidades em diversas partes do país, alguns leitores estão órfãos do lugares que costumavam ser seu refúgio. Além de ser espaço para o intecâmbio cultural, alguns desses estabelecimentos chamam a atenção seja por sua estrutura e por seu acervo. O LeiaJá mostra cinco livrarias e bibliotecas que oferecem uma experiência diferente para o leitor.

1 – Biblioteca Acqua Alta, na Itália

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Localizada em Veneza, na Itália, essa livraria não chama atenção por sua localização ou pelo belo prédio que a abriga. Ela é famosa por reunir volumes usados, cujos os leitores podem encontrar dispostos em móveis clássicos, banheiras e até dentro de gondolas.

2 – The Last Bookstore, nos Estados Unidos

Imagine fazer uma visitação no estilo "Alice no País das Maravilhas". Essa é a proposta dessa livraria localizada em Los Angeles, que abriga os livros das formas mais inusitadas. Alguns, estão guardados de maneira que formam arcos, labirintos e túneis. Outros, estão pendurados como se estivessem voando sobre os visitantes. Grande partes dos volumes para venda são de livros usados.

3 – Livraria Zaccara, em São Paulo, no Brasil

Localizada no bairro de Perdizes, essa livraria é praticamente um achado. No jardim, é possível passar algumas horas do dia folheando livros de diversos temas. No andar de cima, os visitantes podem assistir os saraus e debates organizados pelos donos da livraria e únicos funcionários, que abordam temas desde a psique feminina a cursos que ensinam a ouvir e a apreciar o jazz. O local ainda conta com um pequeno café que oferece expressos e bolos.

4 – El Ateneo, na Argentina

Localizada em um antigo teatro de Buenos Aires do século 20, ela é uma das mais belas e famosas livrarias da América do Sul. O local é tão conhecido que mais de um milhão de pessoas visitam a biblioteca todos os anos. O palco e os bastidores foram transformados em salas de leitura que chamam atenção por conta de sua beleza.

5 – Word on the Water, na Inglaterra

A livraria que está instalada em um barco de madeira desde a década de 1920, se localiza em Londres e está ancorada nas proximidades da estação de King’s Cross. A biblioteca virou um ponto de referência cultural, graças ao evento que organiza, desde os encontros com escritores até apresentações de jazz.

por Junior Coneglian

Recife recebe, no próximo sábado (19), A Incrível Máquina de Livros. A peça se propõe a transformar livros já lidos em outros livros, num sistema de trocas que o público pode fazer de forma gratuita. Na capital pernambucana, a máquina ficará localizada no Boulevard Rio Branco, no Bairro do Recife.

O sistema é simples. A pessoa insere um livro, usado ou novo, na máquina, e aperta um botão escolhendo por infantil ou adulto; em seguida, a máquina fornece um outro livro para uma nova leitura. O limite de trocas é de três por pessoa, para que um número maior de leitores possa der beneficiado. Os livros devem estar em bom estado e não serão aceitos gibis nem livros didáticos e técnicos. 

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Depois do Recife, A Incrível Máquina de Livros passará por Salvador, Rio de Janeiro, Niterói, Goiânia, Brasília, Porto Alegre, Florianópolis, Blumenau, Curitiba, Londrina, São Paulo, Guarulhos, Campinas, Barueri, São Bernardo do Campo e Ribeirão Preto. O propósito da iniciativa é contribuir com a formação de leitores incentivando a leitura. 

Serviço

A Incrível Máquina de Livros

Sábado (19) e domingo (20) | 11h às 20h

Segunda (21) | 9h às 18h

Boulevard Rio Branco - Bairro do Recife

Gratuito 

Muitos são aqueles que enxergam o universo dos quadrinhos como sendo 'coisa de nerd'. Para tantos outros, esse tipo de literatura é restrita às crianças, que consomem as 'revistinhas'. Mas, aqueles que fazem parte e se assumem fãs das HQ's discordam dessas opiniões e garantem que os quadrinhos são bem mais democráticos do que podem parecer.

Thony Sillas é quadrinista e, além de produzir, consome muitas HQ's. Ele garante que os quadrinhos são ferramenta imprescindível pra quem quer aumentar seu universo: "Esse preconceito acaba quando você passa a ler e vê que são pessoas escrevendo. E o que as pessoas mais querem? É aprender com outras pessoas. Quadrinho é comunicação de seres humanos para seres humanos". O leitor Lucas Rigaud endossa Sillas: "O quadrinho pode chamar a atenção de qualquer tipo de gente porque ele envolve todos os temas como cultura, esporte, política. É um mercado que pode atrair crianças, idosos, adultos, todos".

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Para Bento Gomes, fã dos HQ's, eles são uma oportunidade de dialogar com outros tipos de cultura: "É uma mídia que está interligada com o cinema e a literatura, é muito importante". O leitor acredita que há uma falta de informação a respeito: "Existe o preconceito, aquela galera que não conhece esse universo, não se familiariza e fica criando estereótipos". Mas Orlando Oliveira, o Odin, que vende quadrinhos de todo tipo há mais de 40 anos na Banca Guararapes, no centro do Recife, acrescenta taxativo: "Ler quadrinho é você ler um romance, é assistir cinema. É a nona arte. Quadrinho é coisa de todo mundo".

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Nina Brondi de Andrade Zinsly, de 34 anos, é professora de leitura no Colégio Santo Américo, na zona sul de São Paulo. Na biblioteca da escola, vive cercada de livros e recebe diariamente visitas especiais: crianças de 1 a 7 anos ávidas por ler. Cada uma lê de um jeito e, para atraí-las, Nina precisou ao longo do tempo reinventar as estratégias.

"Fui percebendo que o vínculo com o livro tinha a ver com quem apresentava e como apresentava. Só deixá-lo disponível na sala era pouco. Hoje faço o que chamo de indicação literária: conto um pouco da história e não revelo o final, para eles ficarem com 'gostinho de quero mais' e levarem a obra", diz Nina.

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Parece simples, mas o trabalho não era somente uma relação professor/adulto e aluno/criança. Na dinâmica da atividade, a volta do livro emprestado rendia as indicações dos pequenos leitores, do jeito possível de comunicação de cada um. "Eles podem mostrar uma ilustração que mais gostaram ou até contar como e com quem leram em casa", afirma Nina, revelando que qualquer memória criada com a prática de leitura fortalece a ligação com o livro.

Da colaboração no processo da apropriação da escrita ao desenvolvimento emocional da criança, o livro passou, ao longos das últimas décadas, a ser presença necessária no mobiliário das escolas. Há 30 anos como educadora na Escola Vera Cruz, na zona oeste de São Paulo, Licia Breim Tavares Pedrosa, de 59 anos, viu isso na prática. "A leitura foi entrando cada vez mais como um lugar de compartilhar, sobretudo de diálogo mesmo", conta Licia, hoje orientadora pedagógica da educação infantil do Vera Cruz. Lá, o lugar está na biblioteca e na sala de aula, com acesso fácil da criança de qualquer idade, sem a dependência do adulto.

Na conquista dos leitores, o repertório é central. "Ao montar o acervo, tentamos garantir uma diversidade grande de gêneros: contos de fadas, lendas, poemas, livros sem imagem, livros sem texto, fábulas. E buscamos recontos de qualidade de autores clássicos, como os dos Irmãos Grimm, Charles Perrault e Hans Christian Andersen", conta Vivian Alboz, de 35 anos, coordenadora pedagógica da educação infantil do Colégio Lourenço Castanho, na zona sul.

Entre a variedade de livros sempre há os hits, aqueles que nunca falham, principalmente os que trabalham as possibilidades de exercício de linguagem. "Entre as crianças menores, os livros que fazem mais sucesso são os contos cumulativos, como A Casa Sonolenta e A Bruxa Salomé (ambos de Audrey Wood e Don Wood). Os pequenos também adoram os da Suzy Lee e o Telefone sem Fio (de Ilan Brenman e Renato Moriconi)."

Muito além da leitura - No Vera Cruz, o livro também é meio para outro tipo de encontro: os alunos do ensino fundamental vão ler para os pequenos da educação infantil. "Esses dias foram ler o Você Troca, da Eva Furnari, que é um jogo de palavras bem divertido. Os pequenos adoram e os maiores ficam até nervosos, foi lindo: uma criança sendo mediada por outra."

Os livros também sugerem outras caminhadas. O Colégio Equipe, em Santa Cecília, na região central, fica perto da Biblioteca Municipal Infantil Monteiro Lobato, de 80 anos, única da cidade dedicada somente à literatura infantojuvenil. Por isso, os educadores de lá têm como parte do projeto pedagógico visitas ao espaço com os alunos, como complemento às práticas diárias com o livro na escola. "Quando entra no início do processo de alfabetização, fazemos sempre a visita. Vamos a pé, trabalhamos a apropriação do bairro, do espaço público que podemos frequentar", diz Luciana Gamero, de 45 anos, coordenadora pedagógica da educação infantil e do 1.º ano do Equipe.

Outra estratégia de alguns colégios é a presença do escritor ou do ilustrador na escola. "Conhecer o autor é um marco: sai do lugar do imaginário, as crianças se encantam de verdade", diz Luciana. Tino Freitas, autor cearense com vários livros publicados e mediador de leitura, acredita que o encontro potencializa a leitura. "O contato valoriza o reconhecimento da obra e vai além: pode fazer com que a relação com a leitura ultrapasse as paredes da sala e alcance os pais e o próprio cotidiano." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma iniciativa do Serviço Social do Comércio (Sesc) promete levar o universo da leitura para mais de 50 mil pessoas. Nesta terça-feira (6), o Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa-PE) receberá uma biblioteca móvel que ofertará mais de 4 mil livros aos comerciantes e visitantes do local. As obras contam com classificações que atendem desde o público infantil ao adulto.

A ação é fruto de uma parceria entre o Sesc e a Associação dos Usuários e Comerciantes do Ceasa (Assucere). Jornais, gibis, literatura e livros didáticos estão entre os exemplares disponíveis ao público, que poderão ler ou levá-los para casa de forma gratuita.

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Interessados em pegar livros emprestados deverão apresentar foto no formato 3x4, documento de identificação e comprovante de residência para a confecção da carteira de usuário do Sesc. De posse dos livros, os leitores apenas deverão devolver na próxima quinzena, quando a biblioteca móvel retornará ao Ceasa. O horário de atendimento será das 9h às 15h.    

Serviço: BiblioSesc na Ceasa

Data: a partir de terça-feira (06/06)

Horário: 9h às 15h

Valor: gratuito

Um site norueguês decidiu colocar um filtro para as mensagens mal intencionadas em sua página por meio de um método inovador e eficaz: obrigar os leitores a realmente lerem as matérias antes de comentá-las.

Desde meados de fevereiro, a NRKbeta, filial da NRK, empresa de radiotelevisão pública especializada em mídia e tecnologia, exige que os visitantes respondam três perguntas após a leitura do texto para que possam deixar comentários nas matérias.

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"Geralmente, vemos que muitos leem apenas o título e algumas linhas antes de começarem a comentar para participar do debate", contou nesta quinta-feira (02) à AFP o redator-chefe da NRKbeta, Marius Arnesen. "Fazendo três perguntas baseadas no texto, temos certeza de que a discussão ocorrerá com uma base de conhecimentos em comum", ressaltou.

Dessa forma, o site pretende elevar o nível do debate, além de moderar reações inadequadas. "Se há algo na matéria que não lhe agrada, você ao menos é obrigado a fazer uma pausa, refletir um pouco e ler a matéria, caso não o tenha feito ainda. Assim, esperamos evitar o mal-estar provocado pelos comentários desagradáveis", disse Arnesen.

O experimento ainda é muito recente para se obter conclusões definitivas, explicou Arnesen. Ele afirma, porém, que o número de comentários se manteve estável, e a reação dos leitores regulares foi em geral positiva.

"Boa iniciativa", comentou um internauta no site, "embora minha fé na humanidade não vá tão longe a ponto de me fazer deixar de acreditar que todos os debates acabarão derrapando para coisas como Adolf Hitler, a imigração, os políticos corruptos, as teorias da conspiração...".

A Oracle, gigante americana de software para empresas, confirmou nesta segunda-feira (8) que leitores de cartões de crédito Micros foram pirateados em restaurantes e hotéis ao redor do mundo. "Oracle Security detectou um vírus em certos sistemas micros", revela uma carta enviada aos clientes obtida pela AFP.

"Oracle solicita aos seus clientes que modifiquem suas senhas para todas as contas micros", informou a empresa. O gigante do software para empresas comprou o sistema Micros há dois anos, em uma operação avaliada em US$ 5,3 bilhões.

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No momento da aquisição, o Micros era utilizado em mais de 330 mil restaurantes, lojas e hotéis, de 180 países. Oracle não revelou a extensão do ataque, que o site KrebsOnSecurity.com atribui a um grupo russo do crime organizado com reputação de hackear bancos e lojas.

Na carta aos clientes, Oracle diz que seus sistemas internos e outros serviços na nuvem não foram violados, e que os dados dos cartões de crédito estão codificados. A empresa sediada na Califórnia disse que elevou suas medidas de segurança.

Está disponível o edital do Programa Leitorado, que tem como objetivo selecionar leitores brasileiros para atuar em universidades do exterior. A iniciativa é da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Uma das ideias do Programa é promover língua a portuguesa com as características brasileiras, além da cultura, leitura e estudos brasileiros. As candidaturas devem ser feitas até 27 de setembro, por meio do site do Leitorado.

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Segundo informações da Capes, os pré-selecionados serão anunciados a partir de outubro e a previsão de início é para janeiro do próximo ano. Outras informações sobre o Programa podem ser obtidas no edital.

Nesta quarta-feira (10), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) tornou público o edital que seleciona leitores brasileiros para atuarem em instituições universitárias do exterior. A ideia é promover a língua portuguesa, além da cultura, literatura e estudos brasileiros.

As inscrições para o processo seletivo podem ser feitas por meio do endereço virtual da seleção, até o dia 28 do próximo mês. De acordo com a Capes, os candidatos selecionados receberão vários benefícios, tais como bolsa mensal, passagem aérea de ida e volta e outros benefícios definidos de acordo com a universidade de destino.

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Ainda segundo a Coordenação, a partir de setembro, será divulgada a lista dos leitores pré-selecionados. Já a indicação dos leitores pré-selecionados será anunciadas até o dia 31 de outubro deste ano. Outros detalhes informativos podem ser conseguidos pelo edital do processo seletivo.



Pelo segundo ano consecutivo, o Sesc Pernambuco realiza a Jornada Literária Chapada do Araripe no sertão do estado. De 18 a 27 de abril, mais de 100 escritores circulam por seis cidades, como Bodocó, Granito, Exu, Ouricuri, Araripina e Trindade, além de dois distritos realizando um intercâmbio cultural e estimulando a leitura e a escrita.

Entre os escritores que participam desta edição estão Luce Pereira, Raimundo Carrero, Ronaldo Correia de Brito, Marcelino Freire, Cida Pedrosa, Chico Pedrosa, Cícero Belmar, Lenice Gomes, Lourival Holanda, Meca Moreno, Miró, Sidney Rocha (que ganhou o último Prêmio Jabuti) e Xico Sá.

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Além de propiciar a aproximação dos leitores com os escritores e um intercâmbio entre as produções do interior e da capital, a Jornada Literária investe também em formação, com oficinas antes e durante a jornada. De 1° a 17 de abril, a cidade de Bodocó recebe a Pré-Jornada, com a visita do escritor Pedro Américo de Farias às escolas da cidade para uma conversa com os alunos, e as oficinas Poesia em Grafite, com o artista plástico e grafiteiro Gallo de Souza, e Grafite em Cinema, ministrada pelo fotógrafo Rodolfo Araújo. Os recitais, cantorias e ações formativas também estão presentes nesta edição.

Outras ações que o projeto vai promover são as exposições Poeta João, uma livre criação a partir da obra de João Cabral de Melo Neto, em Bodocó, e Cem Rosas para Guimarães, em Araripina, com curadoria de Naruna Freitas e montagem de Sandra Lira. 

Confira programação completa aqui no site do Sesc Pernambuco

Serviço

Jornada Literária Chapada do Araripe

De 18 a 27 de abril

Neste mês de março, moradores do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, recebem o programa BiblioSesc. O intuito da ação é oferecer à população consultas e empréstimos de livros, jornais e revistas.

O programa é promovido pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), em trabalho conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do município. Instalada em um caminhão baú, a BiblioSesc é uma biblioteca móvel que expõe 5 mil livros. De acordo com a assessoria de comunicação do município, o público terá livre acesso às obras, podendo escolher qualquer exemplar, desde que tenha um cadastro gratuito e informatizado.

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Os bairros receberão o caminhão a cada 15 dias, com o objetivo de recolher os livros emprestados e cadastrar novos leitores. O bairro da Cohab foi o primeiro a receber o serviço, nessa sexta-feira (1º). Na próxima segunda-feira (4), o centro do Cabo de Santo Agostinho recebe a BiblioSesc, às 9h, no Pátio da Estação Ferroviária, na Avenida Historiador Pereira da Costa. Os interessados em se cadastrar no programa deverão apresentar comprovante de residência e um documento de identificação.

A 22ª Bienal Internacional do Livro espera receber 800 mil visitantes, boa parte deles composta por crianças. Somente da rede estadual de ensino paulista, 20 mil alunos de 466 escolas irão em 500 ônibus para a feira. O objetivo principal das excursões escolares é despertar, no público infantil, o gosto pela leitura.

No Brasil, a média de livros lidos por crianças e adolescentes é superior à dos adultos, como mostrou pesquisa feita pelo Ibope para o Instituto Pró-Livro, em parceira com a Câmara Brasileira do Livro (CBL). A média geral anual de leitura em 2011 foi quatro livros por brasileiro; a faixa etária de 5 a 10 anos leu 5,4 livros; a de 11 a 13 anos leu 6,9 livros e de 14 a 17 anos, 5,9 livros.

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Para o diretor da CBL, Mansur Bassit, o contato das crianças com os livros tem um importante papel na formação de novos leitores no país. “É de pequeno que a gente começa a motivar, estimular a descoberta do mundo, da imaginação, o poder criativo e o mundo mágico que o livro traz”, observou.

Na capital paulista, a CBL tem um programa em parceria com a Secretaria Municipal de Ensino chamado Minha Biblioteca, no qual cada criança recebe dois livros por ano e, ao final do ensino fundamental, terá formado a sua própria biblioteca com 18 livros. “É um esforço conjunto, um trabalho de formação de professores e conscientização da família”, explicou Bassit.

Maria José Coelho, professora e coordenadora da Escola Estadual Daily Resende Fonseca, que fica na zona norte da capital paulista, acompanhou a excursão da turma da 4ª série pela bienal nesta semana. Ela acredita que a criança leitora desenvolve a capacidade de se comunicar e escrever melhor, além de expandir o senso crítico. “É a formação de um cidadão. Acredito que a leitura é a base para tudo”, avaliou.

Para ela, a bienal serve de complemento no despertar do interesse pela leitura, mas a escola precisa ser a maior responsável por esse trabalho. “Desde os primeiros anos, os alunos são incentivados por rodas de leituras, bibliotecas, empréstimos de livros e pelos professores que contam histórias todos os dias. É um trabalho de formação de leitores intenso”, conta. A professora disse que, durante suas aulas, foca seu trabalho em autores de clássicos infantis como Rute Rocha, Eva Furnari, Monteiro Lobato, Ziraldo e Ana Maria Machado.

Felipe Freitas, de 10 anos, aluno da escola Daily Resende, é um exemplo do trabalho desenvolvido pelos professores para criar o hábito da leitura entre as crianças. Ele se diz apaixonado por leitura, tanto que leu dez livros este ano por meio da roda de livros organizada pela sua escola. Na bienal, ele aproveitou o vale-livro no valor de R$ 20, fornecido pelo governo do estado, para comprar duas revistas e um livro.

Fã da escritora brasileira Ana Maria Machado, Gabriela Batista, de 10 anos, contou que um dos livros mais marcantes que leu foi A Viagem de Théo, de Catherine Clement. A história do garoto que adoece e é levado pela tia para uma viagem pelo mundo encantou Gabriela, que leu as 632 páginas do livro em apenas uma semana. Ao visitar a bienal pela primeira vez, a pequena leitora mostrou-se encantada pela grande quantidade de títulos à venda no evento. “O que mais gostei aqui foi da variedade”, disse.

A bienal ocorre no Pavilhão de Exposições do Anhembi. O horário de visitação é das 10h às 22h, de 9 a 18 de agosto. No dia de encerramento, 19 de agosto, a feira vai funcionar das 10h às 20h, com entrada até as 18h.

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