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Classificação dos 10 melhores países ou territórios em matemática, compreensão escrita e cultura científica dos alunos de 15 anos escolarizados, segundo o novo relatório Pisa da OCDE, publicado nesta terça-feira (5).

Matemática

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Neste caso, trata-se de "formular, aplicar e interpretar a matemática em diferentes contextos".

1/Singapura (575 pontos), 2/Macau (552), 3/Taiwan (547), 4/Hong Kong (540), 5/Japão (536), 6/Coreia do Sul (527), 7/Estônia (510), 8/Suíça (508), 9/Canadá (497), 10/Holanda (493).

Compreensão escrita

Os jovens precisam demonstrar que são capazes de "compreender e utilizar textos escritos, e também refletir sobre eles".

1/Singapura (543 pontos), 2/Irlanda (516) e Japão (516), 3/Coreia do Sul (515) e Taiwan (515), 4/Estônia (511), 5/Macau (510), 6/Canadá (507), 7/Estados Unidos (504), 8/Nova Zelândia (501), 9/Hong Kong (500), 10/Austrália (498).

Ciências

Inclui conhecimentos de física, ciência e vida na Terra e no Universo, além de noções de iniciativas e explicações científicas.

1/Singapura (561), 2/Japão (547), 3/Macau (543), 4/Taiwan (537), 5/Coreia do Sul (528), 6/Estônia (526), 7/Hong Kong ( 520), 8/Canadá (515), 9/Finlândia (511), 10/Austrália (507).

Uma diferença de poucos pontos é considerada não significativa devido às margens de erro típicas de um estudo realizado com amostras populacionais.

Passo necessário para a sabatina de indicados, as leituras dos relatórios das indicações de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) e de Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR) ocorrem na quarta-feira (6), às 10h, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que votará as indicações antes de seguirem ao Plenário do Senado. Após a leitura, deverá ser concedida vista coletiva (tempo para os senadores analisarem o texto). Os dois serão sabatinados no dia 13. 

O atual ministro da Justiça, Flávio Dino, que é senador licenciado, é o segundo candidato a ministro do Supremo indicado por Lula em seu terceiro mandato presidencial. O primeiro foi Cristiano Zanin, aprovado pelo Senado por 58 votos a 18 em junho.

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Dino foi indicado para a vaga decorrente da aposentadoria da ministra Rosa Weber. O relator da indicação (MSF 88/2023), senador Weverton Rocha (PDT-MA), apresentou nesta segunda-feira (4) seu parecer, onde avalia o currículo do indicado. 

“Trata-se de uma figura reconhecida e admirada nos mundos jurídico e político. Ex-professor de duas universidades federais (UFMA e UnB), mestre em direito, ex-juiz, senador, ministro de Estado, ex-governador, alguém que teve experiências exitosas no exercício de funções dos três poderes da República”, diz o relatório.

Já o procurador Paulo Gonet é o primeiro indicado ao cargo de procurador-geral da República no novo mandato do petista (MSF 89/2023). A atual ocupante do cargo é Elizeta Ramos, que exerce a função interinamente desde o fim do mandato de Augusto Aras, em setembro. O relator da indicação é o senador Jaques Wagner (PT-BA).

Projetos

Além das leituras dos relatórios, a CCJ pode analisar uma série de projetos de lei. Entre eles, o PL 2.628/2022, do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que cria regras para aplicativos, jogos eletrônicos, redes sociais e outros produtos e serviços de tecnologia da informação dirigidos ao público infanto-juvenil. O objetivo é proteger a autonomia, a privacidade e o desenvolvimento intelectual e emocional de crianças e adolescentes.

O colegiado também pode aprovar em definitivo dois projetos que estão na pauta: o PLS 430/2018, do ex-senador Telmário Mota, que obriga a instalação de banheiro familiar e fraldário em estabelecimentos coletivos; e o PL 2.494/2019, da senadora Leila Barros (PDT-DF), que inclui em lei federal a possibilidade de utilização das parcerias público-privadas e concessões de bens e serviços públicos para a adoção de equipamento urbano como praças, parques e quadras.

Os dois projetos já foram aprovados na forma de textos alternativos dos relatores — respectivamente, Mara Gabrilli (PSD-SP) e Marcos do Val (Podemos-ES) —, mas precisam passar por turno suplementar de votação, quando serão analisadas emendas aos textos. Se confirmados, ambos poderão seguir diretamente para a Câmara dos Deputados.

*Da Agência Senado

 

Uma bisavó indiana de 92 anos aprendeu a ler e escrever ao frequentar uma escola pela primeira vez, inspirando outros a seguirem seu exemplo, informaram nesta quarta-feira (27) autoridades e a imprensa local.

Salima Khan, nascida em 1931 e casada as 14 anos, sonhou por toda sua vida poder ler e escrever.

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Originária de Bulandshahr, no estado de Uttar Pradesh, Khan conta que em sua infância não havia escolas para meninas em sua cidade.

Há seis meses começou a estudar com alunos décadas mais jovens, ao lado da esposa de seu neto. Sua história ficou conhecida depois que um vídeo no qual aparece contando até cem viralizou.

"Meus netos me enganavam para que eu lhes desse mais dinheiro porque eu não sabia contar", declarou ao jornal Times of India. "Esses dias acabaram".

Seguindo seu exemplo, 25 mulheres de sua cidade começaram a frequentar aulas de alfabetização, disse a diretora da escola Pratibha Sharma ao Times of India.

O Guinness World Records registra o falecido Kimani Ng'ang'a Maruge, do Quênia, como a pessoa mais velha a concluir o ensino fundamental, após ingressar em 2004 aos 84 anos.

A taxa de alfabetização na Índia é de cerca de 73%, segundo o censo de 2011.

Após usuários reclamarem do limite de leitura no Twitter anunciado por Elon Musk mais cedo, o empresário voltou a se manifestar nas redes sociais dizendo que, em breve, esse número será aumentado.

Segundo ele, o máximo de tweets diários que usuários poderão ler será de 8.000 para contas verificadas, de 800 para contas não verificadas e de 400 para novos usuários sem verificação. Mais cedo, Musk havia informado que, temporariamente, os limites seriam de 6000, 600 e 300 posts diários, respectivamente.

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Internautas reclamaram da mudança, dizendo que se beneficiaria só quem tem a marca azul - sinal que indica que a conta é verificada. A verificação, antes gratuita, passou a ser adquirida mediante assinatura em abril, após o bilionário comprar a rede social em outubro do ano passado.

De acordo com Musk, a rede social aplicou as limitações para lidar com "níveis extremos" de extração de dados e manipulação do sistema. Alguns usuários já relataram ter visto uma mensagem informando "limite de taxa excedido" neste sábado, 1.

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Belém ganha uma nova livraria de rua. A livraria Travessia, localizada na avenida Alcindo Cacela, tem como público-alvo, segundo o idealizador, o professor Pedro Gama, pessoas que estão atrás de uma boa história e também aquelas que estão em busca de conhecimento, filosofia e artes.

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O acervo da Travessia é variado. Vai desde um espaço com livros infantis até literatura clássica e filosofia, entre outros. O ambiente também conta com música, plantas, livreiros e atendentes dispostos a dar dicas e a ouvir a necessidade do cliente. Tudo isso torna o ambiente mais aconchegante.

“O diferencial da Travessia é o acervo. Desde que eu pensei esse projeto, eu imaginava assim, uma livraria de sensibilidade. Não vendemos livros de autoajuda, direito ou religiosos. Nós vendemos boas histórias”, afirmou o professor. “Nossa proposta de negócio é promover esse acesso a uma literatura que fique com o leitor. Histórias temporárias ensinam lições permanentes."

Docente do ensino médio, o professor Pedro Gama enfatiza que, apesar de sempre ter sido um sonho seu trabalhar com livros, a Travessia nasceu como uma necessidade. “Senti que nossa cidade estava órfã de um lugar onde o acervo é a prioridade. Eu precisava montar uma livraria nesse formato, pois eu me sentia só. A livraria é um lugar para combater a solidão’’, disse Pedro.

Pedro diz que considera desleal a comparação entre o conceito de livraria física e espaços no ambiente digital, pois são propostas divergentes. A livraria, segundo o professor, não é um supermercado, é um espaço de encontros, um local que vai muito além de algoritmos. “Aqui não temos livreiros, temos farmacêuticos literários. Para cada dor, uma história.’’

O professor também fala sobre a leitura ser um autocuidado. “A impressão que tenho é que a leitura é um momento de autocuidado, é um momento em que você precisa aceitar sua companhia. O processo de leitura é quando você dá nome aos seus sentimentos”, disse Pedro Gama.

Sobre os obstáculos enfrentados para o incentivo à leitura, o professor afirmou que o que mais o preocupa hoje em dia é a ausência de políticas públicas que formem novos leitores. “Nós vivemos em um país onde o preço do livro é equiparado ao resto do mundo. Temos muitas desigualdades sociais que são irrevogáveis e essas desigualdades sociais transformam o livro em um objeto de luxo. A minha preocupação em relação à leitura são as políticas públicas que incentivam o acesso ao livro’’, ressaltou Pedro.

Pedro Gama revelou que Travessia não é um nome aleatório, mas uma referência a seu livro preferido. “Travessia é uma alusão ao livro da minha vida, ‘Grande sertão: veredas’ (de Guimarães Rosa): o real não acontece nem na chegada nem na saída, acontece no meio, e é uma palavra forte na obra, pois é a última palavra do livro”, finalizou.

Serviço

A livraria Travessia fica na avenida Alcindo Cacela, 1404, entre José Malcher e Magalhães Barata. Horário de funcionamento: das 9 às 20 horas, de terça a sábado. O espaço também promove encontros e leituras em grupo, no porão (veja aqui).

Da Redação do LeiaJá Pará (com produção e reportagem de Fernanda Santos).

 

O jornalista James Akel assumiu que se lançou na disputa por uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL) após saber da candidatura do quadrinista Mauricio de Sousa. Em uma perspectiva polêmica, ele apontou que a Turma da Mônica não pode ser considerada literatura e gibis não são "livros de verdade".

Em entrevista à Veja, o escritor disse que a eleição de famoso como Gilberto Gil e Fernanda Montenegro não surtiram o efeito de atrair o público.

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"O que realmente me motivou foi a candidatura de Mauricio de Sousa. Em sua carta, ele diz que 'quadrinhos são literatura pura'. Isso me deixou zangado e decidi me inscrever imediatamente", afirmou.

Para o concorrente, os quadrinhos fogem do tradicionalismo, o que ele classificou como "liturgia", da literatura.

"Histórias em quadrinhos estão no campo do entretenimento, não da educação, como ele defende. No dia em que acabarem os livros, acabou a literatura. A ABL não pode perder sua essência", opinou.

Com três peças de teatro escritas, a grande obra do jornalista é um livro "Marketing Hoteleiro com Experiências", publicado em 2021.

"O Mauricio só publicou gibis. Tá quatro a um para mim", comparou James, que disse se assustar ao ouvir que brasileiros se alfabetizaram com a obra do quadrinista. "Defender isso é uma incongruência", disparou.

A Universidade Guarulhos (UNG) reúne, nos dias 14 e 15 de abril, no Anfiteatro F, 50 escritores da cidade e editoras independentes durante a 1ª edição do Festival Literário (FliUNG). Além de ser um espaço para o fomento à leitura, o evento com entrada gratuita, tem como objetivo divulgar e valorizar o trabalho de autores locais. Para abrir a programação no dia 14, às 19h, o Festival recebe, em parceria com a Academia Guarulhense de Letras (AGL), o I Encontro Castelo Hanssen de Jornalistas Escritores.

 

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A cerimônia é em homenagem ao poeta, escritor, jornalista, membro da AGL e um dos fundadores do grupo literário Letraviva, Aristides Castelo Hanssen (1941-2020). Durante o encontro, painéis serão mediados pelas jornalistas e escritoras Karla Maria e Fátima Gilioli. Os temas são “Livros-reportagem e a pesquisa acadêmica, possibilidades de ampliar vozes e realidades ‘esquecidas’, marginalizadas e apagadas da história”; “Quando a realidade é matéria-prima da ficção (crônicas, contos e romances)”; e “As tantas possibilidades de atuação no jornalismo na promoção da cultura, da literatura e da memória: livros corporativos, autoconhecimento, jornalismo cultural e o ghostwriter ampliam a atuação do jornalista”.  

 

Já no dia 15, das 10h às 16h, o FliUNG contará com a exposição de outras obras literárias em diversos gêneros, lançamentos e comercialização de livros, no saguão do Prédio F. Os visitantes poderão ainda participar de um bate-papo com os escritores, das 13h às 16h. O prédio F está localizado na rua Soldado Basílio Ponto de Almeida, 96 – Vila Almeida, Guarulhos.

 

“Precisamos valorizar a literatura guarulhense. É uma grande satisfação para a UNG receber e promover espaços de diálogos com escritores da cidade e editoras independentes. Que os alunos, professores e toda a sociedade possam aproveitar a oportunidade em nosso campus e compartilhar conosco deste grande evento literário”, ressaltou o reitor da Instituição, Yuri Neiman.  

 

Para Karla Maria, membro da AGL desde 2020, a homenagem ao jornalista Castelo Hanssen incentiva a leitura das obras literárias, o acesso à cultura e valoriza o bom jornalismo. “O encontro será um momento para dialogarmos com estudantes da UNG, futuros jornalistas, para que possamos voltar a valorizar e mostrar para a sociedade qual é o papel social do jornalista. Não há outro caminho para melhorar a nossa realidade e a do nosso país sençao pela cultura, pela leitura”, afirmou a jornalista autora de três livros-reportagem. 

 

 

 

Incentiva o hábito da leitura nas crianças desde cedo é uma das formas de despertar a curiosidade, desenvolver o raciocínio lógico e habilidades de comunicação. Ler com os pequenos em casa é válido, entretanto, a escola também tem participação fundamental nesse processo. A biblioteca escolar tem como principal função complementar o planejamento pedagógico das escolas, ao atuar como recurso principal no processo de aprendizagem. 

Segundo o manifesto elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em parceria com a Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA), “a biblioteca escolar promove serviços de apoio à aprendizagem e livros aos membros da comunidade escolar, oferecendo-lhes a possibilidade de se tornarem pensadores críticos e efetivos usuários da informação, em todos os formatos e meios”. O documento também relata a contribuição da biblioteca no ambiente da escola.  

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Além de fornecer suporte aos professores e conteúdos aplicados em sala de aula, a biblioteca escolar possui diversos objetivos como desenvolver as crianças no hábito da leitura; apoiar a comunidade estudantil e na prática de avaliação; dar acesso à diferentes ideias e desenvolvimento de habilidades socioemocionais. A princípio, a biblioteca aparenta ser um recurso básico em qualquer escola, porém, dados do Censo Escolar de 2019 mostram que o Brasil ainda tem muito a evoluir neste quesito. Isso porque, apenas 36,5% das escolas brasileiras possuem uma biblioteca escolar. 

De acordo com a pesquisa do Ministério da Cultura, 420 cidades brasileiras ainda não têm bibliotecas municipais. O índice representa 7,54% dos 5.565 municípios em todo o país. O estado do Amazonas é o pior em termos destes percentuaios. Com o intuito de mudar essa realidade, foi criado o Projeto de Lei 9484/18. O texto aprovado adia a universalização das bibliotecas escolares no país para 2024, prazo que encerra também a vigência do Plano Nacional de Educação (PNE). Segundo o projeto, a biblioteca deve contar com o acervo mínimo de um livro para cada aluno matriculado e um bibliotecário por instituição de ensino. 

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Fundada em 1846, a Biblioteca Arthur Vianna (BPAV) comemorou 152 anos de história a serviço da comunidade paraense, no último sábado (25), com programações especiais gratuitas, no Centur – Centro Cultural e Turístico Tancredo Neves, em Belém. Atualmente, a biblioteca existe como uma instituição pública que tem o objetivo de promover o acesso à informação e difundir bens culturais paraenses.

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O espaço costumava receber, aproximadamente, mil usuários por dia. Após a pandemia de covid-19 (2020-2022), esses números caíram. Hoje, a frequência é de, em média, 600 a 700 pessoas por dia.

Tainara Cardoso, bibliotecária que atua na Fonoteca Satyro de Mello, um dos departamentos da biblioteca Arthur Vianna, falou sobre projetos da instituição. “São desenvolvidos projetos de incentivo e promoção da leitura, como: Múltiplas Visões, Literatura para Gente Miúda, Varandas Literárias, Ilustra, Pesquisa em Pauta e Sonoridades, dentre outros realizados nos diversos espaços da biblioteca", explicou. Alguns dos projetos também são realizados nas bibliotecas setoriais do Curro Velho, Casa das Artes e Casa da Linguagem.

A biblioteca Arthur Vianna possui um acervo físico de aproximadamente 800 mil volumes, com uma vasta variedade de formatos. Segundo a bibliotecária Tainara, a BPAV disponibiliza ao público Obras Raras, com acesso em endereço eletrônico. "Esse é um trabalho importante para que pesquisadores, estudantes e comunidade em geral possam ter acesso a obras de valor para a história do Pará e do Brasil. Além disso, é possível fazer consultas ao acervo físico pela internet”, diz.

Novos papéis

As bibliotecas vêm assumindo outros papéis para a sociedade, além do local propriamente para acesso à informação, afirma Tainara. "Pela necessidade emergente de espaços de convivência e interação social, em que o aspecto cultural também possa ficar em evidência", disse.

Tainara usa como exemplo as Usinas da Paz, em que o Estado do Pará, por meio do projeto Ter Paz, disponibiliza diversos serviços para a população, e a biblioteca é um ambiente confortável para estudo. Também ali são desenvolvidos projetos de leitura, de acesso a cursos e oficinas, de projetos pedagógicos, dentre outros.

"A Biblioteca Pública é um equipamento eminentemente cultural, de fomento e relacionamento entre diversas pessoas, grupos e comunidades da sociedade", destaca a bibliotecária.

Entre os serviços ofertados estão um acervo de livros e revistas em braille, audiolivros, além de outros recursos tecnológicos, como programas de computador com acessibilidade, óculos de leitura, lupa eletrônica e piso tátil para usuários cegos e de baixa visão.

História

A Biblioteca homenageia Arthur Otávio Nobre Vianna, farmacêutico, nascido em 11 de novembro de 1973, em Belém do Pará. Ainda na escola, Arthur Vianna escrevia artigos para o jornal estudantil “A Mocidade”. Também publicava artigos na imprensa.

Foi fundador da Mina Literária, da Sociedade de Estudos Paraenses, do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico do Pará e da Academia Paraense de Letras. Renunciou à cadeira número 1 por julgar-se sem competência literária. Em 1889, Arthur Vianna foi nomeado diretor da Biblioteca Pública do Estado – atual Biblioteca Arthur Vianna, localizada no Centur.

A BPAV teve sua origem no Liceu Paraense, atual colégio estadual Paes de Carvalho. Em 1871, foi transferida pelo político Joaquim Pires Machado Portela, que viria a ser seu primeiro diretor.

Por David Nogueira e Kátia Almeida (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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Será na sexta-feira (31), a partir das 19 horas, na Casa da Linguagem (Av. Nazaré, 5, esquina com Assis de Vasconcelos), em Belém, a Viração Literária, um evento artístico e cultural que terá na programação o lançamento do livro "Conta de mentiroso", do poeta e professor Paulo Nunes, com ilustração da artista plástica Claudia Cruz. Também será lançada a segunda edição do livro "Insagrado das traquinagens", do mesmo autor, ilustrado por Tadeu Lobato, mestre das artes plásticas paraenses. Ambos os livros foram editados por Andréa Pinheiro, da Amo! Editora.

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A programação do evento constará de performances literárias, tendo a contadora de histórias Ana Selma Cunha como âncora, além de exposição varal das ilustrações de Tadeu Lobato e Cláudia Cruz. Haverá, ainda, declamação de poemas, bate-papo com os artistas e outras maquinações lúdicas.

Segundo Paulo Nunes, doutor e pesquisador de literatura, professor da UNAMA - Universidade da Amazônia, a Casa da Linguagem foi escolhida a dedo para o evento, visto que “é o templo da palavra poética em Belém”. “Na Casa, temos encravadas as energias criativas de Max Martins, Maria Lúcia Medeiros, mestres de muitas gerações”, afirmou.

A entrada é gratuita. Os livros serão autografados durante o evento.

Da Redação do LeiaJá.

Na era digital, é comum avistar pessoas dividindo livros em pdf ou comprando um ‘kindle’, produto que serve para ler livros digitais. Apesar da grande popularização destas obras na web, os livros físicos não são apagados, é o que defendem os bibliotecários. Bibliotecas públicas e comunitárias são espaços que se mantêm carregando cultura, aprendizado e intelecto nos dias de hoje.

Bibliotecas públicas

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As bibliotecas públicas são ofertadas e mantidas pelo poder público, aberta para todos, de todas as faixas etárias, e que disponibilizam livros para estudo no local e empréstimo. Parte da rede de 'bibliotecas pela paz', Deborah Echeverria representa as bibliotecas municipais do Recife, em Pernambuco.

“Elas são importantíssimas para o combate à desigualdade, porque elas são democráticas. Então qualquer cidadão de qualquer classe social, idade, sexo, podem usufruir daquele espaço”, afirma.

Deborah explica que existem tipos diferentes de bibliotecas. A mais conhecida é a biblioteca do silêncio. Segundo a profissional, esse tipo foi importado para o Brasil e trabalha apenas para um público leitor e estudioso, muito comum nas universidades, o que não é o público principal do país.

Já o sistema da biblioteca viva, além de disponibilizar os serviços tradicionais, se torna um centro cultural que acolhe o público. Não é feito para receber leitores, mas para criar leitores e oferecer cultura, lazer e educação informal dentro desse mesmo espaço. Um local de convivência é o sistema que se tornou mais comum pelas bibliotecas públicas.

“As bibliotecas nunca foram muito valorizadas, é como eu digo, as bibliotecas públicas no sistema tradicional que é de silêncio, ela não é muito acessada porque a gente não tem uma população muito leitora. Então ela fica muito restrita às pessoas que vão fazer pesquisa para trabalho de escola, para universidade… Essa biblioteca que estamos mudando o formato para ser uma biblioteca mais de acordo com o que o país precisa, com o que o nosso povo precisa, é mais ampla e com mais oportunidade”, defende Deborah.

“A sociedade e o poder público tem que ter a percepção da importância biblioteca para uma cidade da força e da potência que esse equipamento tem para cidade. Principalmente no combate à desigualdade social. Porque é um espaço como ele diz, democrático, de livre acesso e que você disponibiliza ali um espaço de expansão de conhecimento de forma gratuita”, conta a profissional.

A bibliotecária reforça que o modelo de biblioteca do silêncio não é tão usado pelo governo como antes. As bibliotecas públicas contam, além dos livros disponíveis, com mostras de cinema, música, apresentações, musicais, sarau literário, oficinas de artesanato e disponibilizam computadores e wi-fi. “Isso tudo pode acontecer dentro de uma biblioteca, sempre mediando um pouco os livros nessas atividades. Começa a ler uma história para depois a gente desenvolver uma outra atividade”, explica.

Bibliotecas comunitárias

Criada e mantida por algum membro da comunidade nas áreas mais periféricas das cidades, as bibliotecas comunitárias não contam propriamente com o apoio do governo para continuar na ativa. “No intuito de modificar um pouco a realidade local, e que por vezes é o único equipamento cultural daquela região, está em locais onde o poder público não consegue chegar”, é o que diz Juliana Albuquerque, bibliotecária.

Juliana é mestranda em Ciências da Informação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e é membro da rede de bibliotecas comunitárias em Recife que conta com nove bibliotecas diferentes, a Releitura. A profissional conta que toda biblioteca comunitária tem uma proximidade com seus usuários e dá a segurança de estar em um espaço em que ele tem pertencimento.

Assim como algumas bibliotecas públicas, as bibliotecas comunitárias também não se encaixam no modelo do silêncio e trabalham diversas atividades com toda a comunidade. Entre o empréstimo de livros também acontecem ações de mediação de leitura, rodas de conversas, projetos literários, atividades culturais, entre outros.

“Temos o Papo de Mulher, em que são trazidos temas para debate com as mulheres da comunidade. Neste dia, só ficam as mulheres mesmo, é até dia de folga do gestor. Temos a Mala de Leitura, em que é escolhido junto com o usuário quais livros gostaria de levar para ficar alguns dias em sua casa, com sua família, o Fuxico Literário…”, relembra Juliana.

“Algumas práticas de mediações culturais conectam as atividades literárias com as manifestações populares e estabelecem significados de identificação com a comunidade como o Boizinho Menino do Nascedouro, da Biblioteca Multicultural Nascedouro de Peixinhos, Recife/Olinda, O Urso Leitor, da Biblioteca Popular do Coque, no Recife, e os grupos de Dança Popular e ao Maracatu Nação Erê, primeiro Maracatu Infantil da cidade, fundado em 1993, da Biblioteca Comunitária do CEPOMA, em Brasília Teimosa, Recife”, explica a bibliotecária. 

Apesar do grande trabalho, pessoas de fora da comunidade não ouvem tanto sobre esses projetos e não dão a atenção necessária às bibliotecas comunitárias. É por meio dos membros e colaboradores do próprio espaço, que valorizam e cuidam do ambiente, que há um trabalho de valorização para manter vivo estes lugares de convívio e aprendizado.

A mestranda em Ciências da Computação explica que, em muitos bairros, as bibliotecas comunitárias são os principais, às vezes até único, meios de comunicação comunitária para garantir o acesso às informações de interesse público da própria comunidade. 

“A pandemia, por exemplo, interferiu diretamente na dinâmica de abertura dos espaços físicos das bibliotecas comunitárias, e, na Releitura, foi preciso intensificar as estratégias de utilização do universo digital e foi necessário produzir mais conteúdos de incentivo à leitura literária para manter a relação de afeto e pertencimento.”

Qual a importância das bibliotecas nos dias de hoje?

Não é mais só sobre pegar um livro emprestado, as bibliotecas hoje produzem muito mais que um empréstimo, produzem cultura, arte, participação e integração de uma comunidade. A tecnologia sempre pode existir junto ao físico, com experiências diferentes.

“Assim como quando surgiu a televisão o cinema não se acabou, você vai ter sempre público porque a experiência de ler um livro impresso é diferente de uma experiência de ler um livro no Kindle ou no tablet. As pessoas vão gostar de vivenciar ou um ou outro ou até as duas, eu acho que uma não anula a outra”, é o que acredita Deborah Echeverria.

Contudo, não é só sobre a tecnologia. Pois há, também, aquelas pessoas que não têm acesso ou condições de obter um Kindle, ou internet para baixar os livros digitais em PDF. Manter estes ambientes é garantir o acesso sem restrições, é criar leitores e fortalecer uma comunidade.

“Se você entende que as bibliotecas vão além de um espaço físico para leitura, ou somente um depósito de livros, o que infelizmente acontece em algumas bibliotecas, se consegue vê-las e percebê-las como espaços importantes de convivência, local para trocas e cuidados da população para a população e aprendizagem informacional. Acho que ajuda a entender que mesmo na era digital há espaço para a existência de bibliotecas. Afinal, um dos materiais que lidamos é a informação”, diz Juliana Albuquerque.

Uma prova desse trabalho realizado pelas bibliotecas é a história de Rosângela Maria de Santana, manicure de 51 anos que participa de rodas de conversa promovidas por bibliotecas comunitárias da Rede Releitura. Rosângela afirma que conseguiu passar o interesse pelos livros para a filha desde muito nova.

“A Releitura teve um impacto muito grande para mim, minha família e a minha comunidade. A biblioteca comunitária nos proporciona muitos projetos e ações para diversas famílias, foi através da releitura que eu pude aprimorar meus conhecimentos e aprender mais. A rede de apoio para todos nós dessa comunidade é muito grande, somos gratos e felizes por tudo isso”, afirma a entrevistada.

Promover o acesso às bibliotecas, aos livros e à leitura como direito humano, e contribuir para a formação de leitores é uma das missões que as bibliotecas comunitárias carregam consigo e é com esse objetivo que elas produzem tantos projetos e influências importantes na sociedade de hoje.

A Biblioteca Pública de Olinda receberá, a partir desta quinta (6), uma oficina que visa contribuir na qualificação de profissionais que atuam com a formação de leitores. Serão quatro dias de evento, com foco na produção sobre povos tradicionais, guiados pela pedagoga e ativista Érica Verçosa.

A Oficina Mediação de Leitura e Formação é voltada para professores, escritores, poetas, bibliotecários, contadores de histórias e qualquer outro educador que trabalhe com incentivo à leitura.

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O evento acontecerá nos dias 6, 7 e 13 de outubro, das 8h até ao meio-dia e das 13h até às 17h. Já no dia 14, das 8h às 12h e das 13h às 15h.

Serão 20 vagas, com direito a certificado para todos que participarem do evento. Para participar, basta ter 18 anos ou mais, e entrar em contato com a organização pelo email oficinas.pelllb@gmail.com.

A oficina está sendo oferecida gratuitamente pela Secretaria Estadual de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), por meio da Coordenadoria de Literatura e tem foco na produção de povos tradicionais.

Mediadora

Érica Verçosa é contadora de histórias há mais de 13 anos, ativista na luta pela democratização do livro, da leitura e da literatura com a criação de bibliotecas. Érica também é pedagoga e se especializou em Literatura Infantil e Juvenil.

Por Mariana Ramos, com informações da assessoria

Foi iniciada, nesta sexta-feira (16), pelo Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a divulgação dos dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2021 e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2021. Essas avaliações são realizadas a cada dois anos para um diagnóstico educacional do Brasil em Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza.

Na coletiva, o ministro da Educação, Vitor Godoy, apontou que o Saeb obteve a participação de mais cinco milhões de estudantes em cerca de 250 mil turmas de ensinos fundamental e médio, em aproximadamente 75 mil escolas.

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Nesta edição, o Inep alterou o critério mínimo de participação adotado no Saeb para a divulgação das notas dos municípios, retornando ao mesmo padrão adotado na edição de 2019, o que acarretou o aumento de cidades com acesso às pontuações, principalmente, do 5º ano do ensino fundamental, etapa predominante no Saeb. Antes da medida, o resultado seria acessível a 77% dos municípios. Com a mudança, o percentual subiu para 95%.

Os dados apresentaram um rendimento abaixo do esperado pelo Ministério, não alcançando a meta estipulada para esse ano.

Os resultados obtidos no Saeb apontaram um crescimento no índice de alunos que não dominam a leitura, por exemplo no 2º ano do ensino fundamental, se comparado ao índice de 2019.  A taxa que era de 15% aumentou para 22% de estudantes que não leem palavras isoladas.

Para os anos iniciais do ensino fundamental, que contemplam do 2º ao 5º ano, o índice de aprovação alcançado foi de 5,8. Já nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, a meta esperada era de 5,5, enquanto a alcançada, porém, foi 5,1.

No Ensino Médio, esperava-se um índice de sucesso na faixa de 5,2, mas o alcançado foi 4,2.

Segundo o MEC, ao se analisar os dados apontados, a pandemia global vivida entre os anos de 2020 e 2021 deve ser levada em consideração, já que, de acordo com a pasta, 90% das escolas adotaram o sistema remoto ou híbrido.

Por Joice Silva

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Embora a leitura seja um processo que vivenciamos individualmente, ela também pode ser realizada de maneira coletiva. Pensando nisso, as jornalistas Giovanna Abreu e Thaís Siqueira criaram o clube de leitura Clube Lumos, em janeiro deste ano. Desde então, a corrente só aumenta e mais pessoas estão sendo alcançadas para compartilhar experiências e vivenciar transformações causadas pelo hábito de ler.

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Apaixonadas pela saga Harry Potter, Giovanna e Thaís contam que o nome dado ao Clube faz uma alusão a um dos feitiços realizados nesse universo literário – Lumos Máxima, uma das variações do feitiço Lumos. “O feitiço cria uma luz na ponta da varinha e serve para iluminar áreas escuras, com uma forte intensidade; assim como os livros fazem com a nossa mente, abrindo novos caminhos e trazendo luz para a nossa vida”, afirmam.

Para Giovanna, a leitura é uma paixão de adolescência esquecida com a correria dos estudos e trabalho, mas resgatada na pandemia como forma de refúgio e sobrevivência. No caso de Thaís, apesar de sempre ter sido atraída pelos livros, ler se tornou um hábito há cinco anos.

As reuniões do Clube Lumos são feitas mensalmente, geralmente aos sábados, em uma cafeteria. Os temas são definidos por mês e, por meio de um grupo no Telegram, os integrantes sugerem livros baseados na temática pré-definida. A escolha da obra é feita por votações. Atualmente, mais de 60 pessoas participam do clube no aplicativo de mensagens e mais de 350 seguem a página no Instagram.

Para as jornalistas, a leitura é transformadora e cada livro proporciona aprendizados aos leitores, ampliando sua visão de mundo – o que consideram extremamente necessário nos dias de hoje. Giovanna e Thaís apontam a contribuição do clube no processo de estímulo à leitura até ela se tornar um hábito saudável que leva a trocas de experiências de vida e novas amizades.

As criadoras do clube dizem que discutir sobre livros com outras pessoas fez com que elas tivessem mais disciplina com a leitura. “Normalmente, lemos à noite antes de dormir e aos finais de semana quando estamos em casa. A partir do momento em que a leitura vai se tornando um hábito, fica bem mais natural, a gente sente até falta quando não consegue ler”, descrevem.

Giovanna e Thaís destacam que uma boa maneira de iniciar um clube de leitura é convidar pessoas que, de alguma forma, se interessariam pela ideia; amigos que querem retomar o hábito de ler ou que queiram ler mais. Depois disso, a internet pode ser uma aliada no processo de conexão com outras pessoas. “Para quem não quer iniciar seu próprio clube, mas quer fazer parte de um, essas redes sociais são um ótimo caminho para achar um clube com o qual a pessoa possa se identificar”, aconselham.

Foi a partir de compartilhamentos e postagens no Instagram que Wanessa Braga conheceu e decidiu participar do Clube Lumos. “Saber que eu vou encontrar pessoas legais, que leram o mesmo livro que eu, e conversar sobre todo o universo que a narrativa nos oferece é bom demais e sem dúvidas me incentiva a estar sempre em dia com a leitura do mês”, conta.

O ato de ler um livro em grupo, como o Lumos, é muito estimulante e acolhedor para leitores natos. “As conversas online e os encontros presenciais fizeram, e ainda fazem, a gente se conectar bastante. Vai muito além de falar sobre livros. Tem muito desabafo, apoio e incentivo. O nosso ’kikiki’, como costumamos dizer”, compartilha Wanessa.

Wanessa ressalta também a importância de manter o clube ativo na cidade, por meio de postagens, divulgando leituras e encontros para influenciar mais pessoas. “Eu gosto de ler antes de dormir. Já faz parte da 'estratégia' de ir abandonando as telas esse horário. Sinto que melhora minha concentração e o sono também é mais tranquilo”, diz.

Conheça mais sobre o clube:

www.instagram.com/clubelumos

Por Isabella Cordeiro e Yasmin Seraphico (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

A penitenciária Juiz Plácido de Souza (PJPS), localizada no Agreste de Pernambuco, vem incentivando a leitura entre pessoas privas de liberdade (PPLs) com a criação de uma biblioteca móvel.  

O projeto acontece uma vez por semana, nos pavilhões da penitenciária, e conta com uma grande variedade de obras, com o objetivo de reduzir a ociosidade dentro do cárcere através do aprendizado.  

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“É um projeto que segue um dos melhores caminhos para se alcançar a ressocialização: a leitura. À medida que não se espera que o detento procure a biblioteca - mas o provoca, aguça sua curiosidade levando as obras até ele - a ação pode ser ainda mais efetiva”, destacou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Cloves Benevides. 

Uma vez por semana, o carrinho percorre os pavilhões com obras sobre romance, contos, autoajuda, cordéis, entre outros. Os interessados realizam uma inscrição e após isso podem escolher um livro com o qual passam uma semana, podendo renovar esse período. A biblioteca da PJPS dispõe de cerca de 1600 livros. 

 

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O estímulo à leitura na infância é um forte impulso à criatividade, à imaginação e ao conhecimento de mundo, gerando resultados positivos na vida daqueles que o recebem. A 25ª Feira do Livro e das Multivozes abriu espaço para as Vozes da Infância em seu sétimo dia. Com a roda de conversa acerca da escrita para e sobre crianças, os convidados Daniel Leite, jornalista, e Michele Goulart, psicóloga, escritora e editora, abordaram o tema com a mediadora Elaine Oliveira – professora, mestra em Estudos Literários e técnica em gestão cultural da Fundação Cultural do Pará/Casa da Linguagem.

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Ler com crianças é a forma fundamental de estimular o apego à literatura nessa fase, conforme diz Daniel. O jornalista é, também, escritor. Para ele, ao ler com crianças, é possível dar atenção ao que ela está absorvendo e às suas interpretações. “Nunca destrua a leitura da criança, por mais estranha que te pareça no mundo adulto, a leitura sempre com a criança tem esse fator da mediação, ou seja, nós temos entre mim e a criança esse objeto vivo, que cria mundos, que é o livro.”

Daniel vê a escrita para e sobre crianças como algo que gera impacto por toda a vida, destacando a necessidade que a sociedade tem de arte – incluindo a linguagem, algo essencial ao ser humano. A leitura, como considera o jornalista, permite que se sonhe com a criança por meio do exercício da palavra.

Para os que acreditam que a literatura infantil é superficial e trata apenas de fábulas, Daniel explica que, por meio dela, pode-se discutir temas sérios e, por vezes, complicados, como a morte e o amor.

“Eu acho que é importante, porque nós estamos vivendo em uma sociedade agressiva, uma sociedade que muitas vezes elege a arte como inimiga, elege a educação como um problema. Acho que nós estamos vivendo em um tempo de muita escuridão, de muita barbárie, de muita agressividade. Precisamos acreditar que a vida que nós desejamos é a vida que respeita o outro, que acolhe o outro e a leitura”, afirma o jornalista.

Michele acredita que os livros têm poder de transformar a imaginação e a realidade das crianças. A autora também pondera que, como consequência dessa prática, a infância adormecida é despertada dentro dos que a fazem. “Para a gente escrever em uma linguagem que a criança se sinta representada, a gente precisa conhecer o universo da criança, e a gente faz isso por meio da escuta, do contato com a criança, de dar oportunidade da criança se expressar livremente”, observa.

Além do desenvolvimento de habilidades cognitivas, da oralidade e do letramento, a leitura é capaz de embelezar a cultura em que a criança está envolvida e acolhê-la, segundo Michele. De acordo com ela, o contato com a literatura na infância permite uma conexão profunda com a criatividade.

“Eu acho que quem tem acesso à cultura na infância tem pré-requisito para ser um adulto imaginativo, um adulto resolutivo, uma pessoa que sabe acolher e sabe que pode ser acolhida”, elucida a escritora. Michele ressalta que ler para crianças e contar histórias, incluindo-as na narrativa e permitindo suas próprias interpretações, são formas de dar visibilidade a essa temática.

Elaine destaca a importância da democratização de informações acerca da literatura infantil, com políticas públicas na formação de professores e implementação de bibliotecas, para melhoria do acesso aos livros.

“A gente precisa que os pais, os professores sejam leitores e compreendam que viver esses momentos com a criança vai ser fundamental para formar esse leitor crítico, inteligente, uma pessoa mais antenada com o mundo. Inclusive, vai ajudar em outras áreas do conhecimento”, fala.

Para a professora, a leitura permite uma entrada ao mundo poético, estimulando a imaginação e criatividade. “Quando você lê uma história, quando você tem acesso a arte, você aprende a se colocar no lugar do outro, pratica autoridade, você, principalmente, se humaniza. Por isso a literatura e a arte são tão importantes para a nossa vida”, conclui.

 Por Igor Oliveira, Kátia Almeida, Lívia Ximenes e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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Na última quinta-feira (1), foi a vez das Vozes Urbanas terem espaço na 25ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, que vai ocorrer até o dia 4 de setembro, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém. Uma das palestras realizadas na Arena Multivozes abordou as experiências dos Clubes Urbanos de Leitura e as convidadas compartilharam suas vivências no mundo da leitura. 

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Uma das palestrantes, a blogueira literária e assistente social Anne Magno, também é mediadora do Pa Book Clube, por meio do blog Garota Pai D’égua, criado por ela há dez anos. As reuniões do clube são intercaladas com temáticas fechadas de acordo com cada livro. Anne explica que, desde a pandemia, o clube se reúne duas vezes ao mês para debater virtualmente obras de autores paraenses. 

A blogueira diz que os clubes dos livros são espaços de conversas plurais. Todos são bem-vindos e livres para ouvir, dividir gostos literários e apresentar autores e obras favoritas, assim como pegar dicas de leitura. “Clubes de leitura são locais onde poderemos olhar as obras literárias sobre vários olhares e saberes”, acrescenta.

Anne Magno cita Mário Quintana, que ensina que “os livros mudam as pessoas para que elas mudem o mundo”, e afirma que a sociedade poderia e pode se apropriar de força e vontade para que espaços de fomentação de conhecimento e saberes sejam mais comuns.  

A blogueira ressalta que o amor aos livros não precisa ser solitário e que qualquer um de nós pode iniciar um clube de leitura, marcar com amigos e realizar leituras coletivas. “Não espere sempre as melhores condições para começar, apenas comece. Use suas redes sociais, seu grupo de amigos da escola, faculdade ou religião. Apenas comece e veja como estes espaços são incríveis e devem ganhar ainda mais força”, enfatiza.

O clube de leitura Leia Mulheres Belém, representado pela advogada e mediadora Alynne Rodrigues, juntamente com a professora Erika de Aquino e a advogada Laryssa Rosendo, dividiu o momento. 

Alynne fala que participar de eventos como a Feira são significativos. “Me senti muito honrada e muito feliz por ter recebido esse convite; ter vindo dividir as nossas experiências, mostrar um pouco das nossas perspectivas enquanto clube urbano de leitura que incentiva a leitura de mulheres. É muito importante ocuparmos esses espaços, porque são espaços políticos”, pondera. 

Para a mediadora, os clubes de leitura são necessários, pois ajudam a pensar o mundo e a sociedade a partir da leitura em si e do repertorio compartilhado por diversas pessoas. “Eles [clubes de leitura] nos entregam e nos ajudam a construir ferramentas analíticas. Nos mostram que sempre podemos ir além – enxergar além do que é imposto, muitas vezes, a nós, principalmente, falando de gênero”, afirma.

Alynne reafirma a importância, como clube de leitura, de compartilhar as experiências. “Por nos entregar ferramentas, nos possibilitar a construção, inclusive, de um mundo mais igualitário”, complementa.

Todo mês, em encontros presenciais, o Leia Mulheres Belém escolhe, em especifico, um livro para tornar discussão. Laryssa Rosendo explica que as redes sociais do clube são usadas para fomentar a curiosidade dos leitores. No Instagram, o objetivo é discutir sobre obras e a vida dos autores. Em grupo no WhatsApp, há uma troca maior de informações, como indicações de livros para pautas ou trabalho. 

Para Erika De Aquino, conversas com pessoas que já leem textos escritos por mulheres e a inserção em clubes ajudam a incentivar à leitura de livros escrito por autoras. “Mesmo que você não possa ter ou adquirir logo o livro, fazemos trocas, emprestamos”, fala. “Professores incluírem nas aulas textos de autoras mulheres e não só de língua portuguesa ou de literatura, mas também na interdisciplinaridade. para incentivar essa divulgação”, finaliza.

Por Even Oliveira e Isabella Cordeiro (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Amigos, família, artistas e vizinhos são a fonte inspiradora de "A Distância", novo livro da escritora e jornalista Laura Vasconcelos. A obra contém 35 crônicas com temas do cotidiano, como experiências pessoais, filmes, músicas, novelas, términos de relacionamento, sentimentos durante a pandemia, entre outros. O lançamento será neste sábado (3), na 25ª Feira do Livro e das Multivozes, no Hangar Centro de Convenções e Feiras, em Belém.

Além de "A Distância", a escritora publicou outro livro de crônicas: "Fugacidade dos dias", lançado em 2020 – o primeiro livro de Laura –, possui uma linguagem mais leve, com doses de comédia. "A Distância" é um livro mais denso e foi escrito quase durante toda a pandemia.

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“O ‘Fugacidade dos dias’ foi um livro que eu escrevi meio que no impulso, escrevi muito rápido e logo publiquei. Esse livro ["A Distância"] demorou mais um pouco. Está pronto desde junho de 2020, mas como tudo estava parado ele levou mais tempo para existir. Além de ser um livro mais melancólico, mais sentimental, o que eu acho que não poderia ser tão diferente percebendo o momento em que ele foi escrito”, conta.

 O fascínio pela escrita começou em 2010, quando Laura tinha 16 anos. Ela relembra que sempre gostou de ler e escrever. “Minha mãe é professora e muitas vezes me levava para a escola quando ia trabalhar e me deixava com acesso livre à biblioteca, aí peguei gosto pela leitura e pela escrita”, relata.

 Com textos curtos, linguagem simples, abordando temas comuns do dia a dia, a crônica é um gênero textual que tem como principal objetivo provocar a reflexão sobre o assunto abordado. A jornalista fala o porquê da escolha. “A crônica é um universo de infinitas possibilidades. Ela te deixa livre para você escrever o que quiser, do jeito que quiser, quando quiser e tudo pode virar uma crônica”, explica.

 “Meu cronista preferido diz que: ‘A crônica é botar uma lupa num grão de arroz’, ou seja, é transformar algo simples e trivial em algo extraordinário, enxergar alguma coisa em um assunto que outras pessoas não conseguem. Acho que essa liberdade que me encantou e me fez escrever crônicas”, complementa Laura.

 Em seu Instagram, Laura publicou que estava quase desistindo e brincou ao chamar o livro de "teimoso" pela insistência em existir. Ela comenta que foram três anos de produção, escrita, edição e impressão até a publicação. “Já tinha escrito outro porque estava quase sem esperanças. Até que a editora me mandou finalizado; quando reli, eu percebi que ele tinha que existir”, relembra.

 A escritora descreve a sensação de estar publicando sua segunda obra e acredita que teve o seu dever cumprido. “Eu espero que as pessoas se sintam mais próximas das histórias que estão no livro. A principal mensagem do livro é que sempre vai ter alguém que pode estar passando ou pensando igual, e se sentir menos sozinho”, destaca.

Laura conclui aconselhando pessoas que têm vontade de se aventurar na escrita do primeiro livro: “Escreva. O que faz de você um escritor é escrever, mesmo que sejam textos só para desabafar. Viva experiências novas, aventuras e leia muito. Tudo isso ajuda muito”, incentiva.

Por Even Oliveira, Isabella Cordeiro e Matheus Silva (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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A cultura paraense é repleta de histórias com misticismo e crenças locais. Boto, Curupira, Vitória Régia e Matinta Pereira são alguns exemplos de lendas conhecidas pela população e repassadas de geração em geração. 

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No quarto dia da 25ª Feira do Livro e das Multivozes, o espaço das Vozes da Cultura Popular apresentou a roda de conversa sobre o imaginário sobrenatural do Pará. Tendo como convidados Iaci Gomes – jornalista e escritora, autora de “Nem te Conto” – e Fernando Gurjão Sampaio – escritor e autor, conhecido como Tanto Tupiassu –, e com a mediação de Thyago Costa, estudante de Letras, o bate-papo foi permeado de relatos pessoais e histórias fictícias desse universo.

Iaci escreve desde criança e relata que o seu livro começou com microcontos de terror publicados em tuítes. Apenas em 2021 ela iniciou, de fato, a produção. “Precisou de uma pandemia para me impulsionar a encorpar esses contos, deixar um pouco maiores e reuni-los e lançar no livro, que é o ‘Nem te Conto’ – não poderia ter outro nome”, diz.

Gabriel García Márquez e Stephen King são escritores renomados e grandes influências da autora. Iaci conheceu as obras Márquez no ensino médio, por meio de um professor, e acabou se apegando ao realismo mágico. Pouco antes disso, por volta de seus 12 anos, ela conheceu a escrita de King, lendo “Tripulação de Esqueletos”, o que acabou o tornando seu autor preferido.

A primeira publicação de “Nem te Conto” ocorreu em novembro de 2021 e a autora confessa que pensou que o ciclo de sua obra havia se encerrado, mas recebeu a oportunidade de trazê-lo novamente ao público no evento. “Eu me inscrevi para o edital e fui, felizmente, selecionada e estou totalmente emocionada de relançar meu livro no maior evento de literatura do Estado. A Feira do Livro sempre foi uma referência para mim, sempre foi um lugar supermágico e ter o meu livro à venda aqui é indescritível”, destaca.

Fernando Gurjão Sampaio, ou melhor, Tanto Tupiassu, utiliza suas redes sociais – principalmente o Twitter – para compartilhar casos e histórias sobrenaturais que viveu ou de seus seguidores. Seu interesse pela leitura do tema, especialmente no cenário paraense, surgiu com Walcyr Monteiro, quando estava na escola e teve contato com o livro “Visagens e Assombrações de Belém” por meio de uma amiga.

Tanto comenta que quando compartilha os casos, geralmente, vai por partes, o que cria uma expectativa no público e diz que isso traz relatos de seguidores sobre lembranças da infância. “Acho que o interesse é, na verdade, um interesse coletivo que vem desde a infância, dessa mania que a gente tem de sentar ao redor de uma fogueira, contar história e ir dormir todo mundo apavorado”, fala.

Em 2016, o autor publicou “Ladir Vai ao Parque e Outras Histórias”, um livro de contos que ganhou o Concurso Literário da Fundação Cultural do Pará na sua categoria. Tanto revela que, atualmente, não sabe se tem interesse em republicar essa obra, mas que no próximo ano terá um lançamento inédito com a editora Rocco.

Por Amanda Martins, Kaila Fonseca e Lívia Ximenes (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Além das populares dancinhas, o TikTok tem crescido como uma plataforma muito rica para produção de conteúdo sobre literatura. Em vídeos curtos, com bastante humor e criatividade, usuários fazem resenhas de livros, recomendam leituras de acordo com temáticas, retratam reação ao ler obras e compartilham experiência como leitor para os outros usuários. 

Esse fenômeno, que é chamado de BookTok, tem um sucesso expressivo na rede social. Para se ter noção da dimensão desses conteúdos, a hashtag #BookTokBrasil, que é usada por criadores que falam sobre dicas e resenhas de livros, chega ao número de 5,8 bilhões de visualizações na rede, o que demonstra o crescente interesse dos usuários por essas produções.

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Livros publicados há anos ou até décadas ganham uma repentina popularidade, principalmente entre o público mais jovem, após se tornarem alvos de resenhas ou indicações no TikTok. Um exemplo disso é a obra “A Canção de Aquiles”, lançada em 2011, por Madeline Miller, que veio a se tornar um sucesso após ser recomendada na rede. 

Além da leitura por prazer, os BookToks podem garantir um aumento do repertório sociocultural dos estudantes que irão concorrer ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em entrevista ao LeiaJá, o professor Felipe Rodrigues explicou como os estudantes podem aproveitar essas recomendações para se sair bem na resolução da prova: 

Incentivo à leitura

Os livros e as atividades menos interativas perdem espaço para o mundo cheio de atrações da internet, porém o TikTok para a discussão sobre obras literárias demonstra que as redes sociais também podem ser um interessante veículo de estudo e de trocas de conhecimentos.

“Esse foco no TikTok de repercussões literárias são elementos interessantíssimos para a população jovem que não está acessando muitas das vezes esses livros, a história, o enredo, boa parte das vezes pela falta de incentivo ou até pela falta de acesso. Esse BookTok é como segurar na mão e dizer 'eu vou te levar para ler um livro e entrar num mundo diferenciado, só que ele está na internet, você vai ler pelo seu celular'” , explica o professor Felipe Rodrigues. 

De acordo o docente, o incentivo à leitura é extremamente importante. “Esse 'segurar na mão' é o que muitas vezes falta aos estudantes e hoje o TikTok está, de certa forma, fazendo esse papel, logicamente, incentivando a leitura e produzindo novos leitores, não só trazendo o norte do presencial, dos livros físicos, mas sim, levando esses arquivos a essa população, que vão ter facilmente acesso a esses PDFs.”

Como os BookToks ajudam no Enem 

A literatura abre portas para outras realidades as quais o estudante não teria acesso se não fosse pelas histórias repassadas pelos livros. Para o professor, os gêneros textuais e resenhas literárias recomendadas pelo TikTok, são, sim, grandes aliados no estudo para o Enem. 

“Esse fenômeno pode ajudar adicionando um repertório diferenciado ao estudante, divulgando a sexta arte que é a literatura e os seus diversos tipos e gêneros textuais. Esses livros podem conversar e trazer diálogos para os candidatos, que quando se fala do Enem, são muito interessantes para a competência 2, que diz respeito à aplicação de conhecimentos distintos para desenvolver o tema”, explica. 

Felipe ressalta, ainda, que a bagagem sociocultural do estudante é o grande diferencial na resolução da prova, sendo fundamental não só consumir as obras literárias, mas também se aventurar em outras artes e produções de conhecimento: 

“Para os alunos de Enem, é interessante se aprimorar da sexta arte e em todas as outras, que já foram definidas no manifesto das sete artes, em 1923, e que vem só a somar, que eles estudem para além da literatura, que eles leiam muitos livros diversos, saibam utilizar, livros, cinema, música, arquitetura, é fundamental que eles utilizem disso para a produção textual, inclusive o TikTok”, destaca.

É importante selecionar quais livros ler?

A leitura é um prática muito rica para a absorção de conhecimentos, desenvolvimento da imaginação e para o próprio cérebro que se torna ainda mais capaz de aprender com esse hábito. Entretanto, com infinitas recomendações de livros no TikTok, surge a dúvida se realmente qualquer livro vale a pena ou se é preciso fazer uma seleção de quais obras consumir. 

“O aluno precisará ter o crivo, para fazer uma seleção de elementos, entretanto, tudo é redação. Por exemplo, vamos pegar o livro 'Lolita', que traz a crítica sobre a questão da pedofolia, da erotização do corpo feminino enquanto jovem, do corpo feminino em si, então, esse debate pode ser, sim, passado para uma produção textual”, esclarece o docente.

Para escolher bem os livros, o professor recomenda que os estudante busquem obras que permitem se  fazer analogias, citações, relações, críticas e outros recursos de argumentação para a redação e também para a compreensão das questões: 

“Então vai muito do feeling que esse aluno tem em traduzir uma palavra chamada analogia. Então, a analogia é fazer essa ponte do texto que ele está lendo com a produção textual que o Enem está solicitando, inclusive, essas analogias são bem pontuadas dentre repertório e também da competência 3. São essas analogias, esses elementos diferenciados que vão realmente destacar os textos com notas máximas.”, afirma. 

O estudante pode criar seu próprio clube do livro

Ao Vai Cair No Enem, o professor Felipe, destaca que é muito interessante que o estudante se aventure em usar suas próprias redes sociais, como o próprio Tik Tok, para compartilhar suas leituras, fazer resenhas e compartilhar seu caminho de aprendizado.

“Seria interessante o estudante criar o seu próprio clube do livro, quando o estudante usa essa ferramenta para o seu próprio benefício, isso só vem a somar e ai lógico que ele criaria esse clube, esse sarau, essa rede na qual ele pode compartilhar romances, capítulos e isso soma na produção textual, principalmente para os alunos que estão entrando agora no ensino médio.”, conclui.

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