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Através de uma carta, um policial de identidade não revelada do 26º Batalhão de Polícia Militar do estado do Maranhão, denunciou para órgãos de defesa dos direitos humanos ter sido vítima de homofobia e tortura dentro da corporação por causa da sua orientação sexual.

A denúncia que foi feita para a Rede Cidadania da cidade de Açailândia, organização que luta pelos direitos humanos e pela defesa das minorias, ainda relembrou um episódio de humilhação, no qual alguns PMs foram até a casa da vítima para atacá-la psicologicamente.

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O policial, que enfrenta um quadro de depressão, também afirmou que o comandante do BPM teria negligenciado as suas denúncias.

“Digo ao major Nunes, que depressão não é frescura. Digo também a ele que o seu pedido de perdão não deve ser direcionado a Deus, mas sim as suas vítimas. Fui esquecido pelos meus irmãos… Obrigado a todos os que me ajudaram e que nos últimos dias mandaram mensagens de conforto. Agora estarei junto aos que me amaram e também com aqueles que me amam”, escreveu.

Em entrevista à TV Mirante, afiliada a TV Globo no Maranhão, a Rede Cidadania disse acreditar que "há indícios de crime de tortura", devido ao policial ter sido abordado dentro da própria casa pelos colegas de profissão, "em uma situação em que ele estava se organizando para o trabalho e foi submetido a humilhações, a ele ter que dizer coisas da vida pessoal".

Em julho deste ano, a vítima pediu ajuda ao Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascarán (CDVDH/CB) de município, relatando as cenas de discriminação e tortura. Porém, o Centro de Defesa prefere não se manifestar publicamente sobre o caso, a pedido da família do policial.

Em nota, o Ministério Público do estado (MP-MA) informou que o caso foi comunicado ao órgão, que vem apurando a denúncia. Sobre o preconceito contra membros da comunidade LGBT+ que trabalham nas corporações policiais, a Polícia Militar afirmou que "atua dentro dos princípios e normas delineados na Constituição Federal", sendo assim, pontua que qualquer caso de discriminação será "apurado com o devido rigor".

Em relação ao caso citado na reportagem, a PM disse que "não houve denúncia sobre o fato e não há nenhum procedimento ou processo instaurado em decorrência de LGBTfobia na corporação". No entanto, informou que através dos superiores das sedes policiais ou pelos canais da Ouvidoria, qualquer agente que for discriminado por conta de sua orientação sexual pode formalizar uma denúncia.

Nesta segunda-feira (3), a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) pediu a prisão do cantor bolsonarista e líder evangélico da Igreja Lagoinha, André Valadão. O pedido surgiu após o pastor afirmar, durante culto em Orlando, nos Estados Unidos, que “se Deus pudesse matava tudo e começava de novo”. As falas foram proferidas em meio a um culto religioso contra a comunidade LGBT+. 

Depois da repercussão do vídeo em que Valadão incita a violência, a parlamentar protocolou, junto ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), um Procedimento Investigatório Criminal em que atribui à Valadão o crime de incitação e de homotransfobia. 

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 “É importante dizer que a fala, independentemente do contexto em que foi dita, apresenta um perigo de absoluta preocupação, sobretudo no contexto em que o Brasil figura no topo da lista de países que mais matam e violentam pessoas LGBTQIA+ em todo o mundo”, ressaltou a deputada no documento. 

“A gravidade da situação também aponta para Justiça brasileira a necessidade de um posicionamento institucional a respeito das reiteradas declarações LGBTfóbicas feitas por André Valadão, que age no sentido de instigar seus fiéis a terem e manifestarem o ódio contra representantes da comunidade LGBTQIA+”, pontuou. 

A deputada também solicitou à justiça que as declarações do pastor sejam retiradas das redes sociais, tendo em vista o “evidente caráter criminoso de seu conteúdo”.   No culto, intitulado Teoria da conspiração, realizado por André Valadão no último domingo (2), o pastor sugeriu que os evangélicos fizessem "o trabalho sujo'' ao pregar a morte dos membros da comunidade. 

"Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: não, não, não. Pode parar, reseta”, começou o pastor. “Ai Deus fala: Não posso mais. Já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse eu matava tudo e começava tudo de novo. Mas prometi para mim mesmo que eu não posso. Agora tá com vocês”, emenda.

Cerca de 200 pessoas desfilaram em Havana, no sábado (13), ao ritmo da conga, uma dança popular cubana, contra a homofobia e a transfobia e celebraram o casamento entre pessoas do mesmo sexo aprovado na ilha há sete meses.

Aos gritos de "socialismo sim, homofobia não", essa comunidade comemorou a aprovação, em setembro de 2022, do Código das Famílias, uma legislação avançada que permitiu a união legal de pelo menos 745 casais homossexuais em todo o país, segundo dados oficiais.

A passeata percorreu algumas quadras no bairro do Vedado, para se concentrar em uma festa dentro de um centro recreativo próximo ao mar. Monitorada pela polícia e por agentes de segurança do Estado, foi liderada por Mariela Castro, filha do líder revolucionário Raúl Castro e promotora do Código das Famílias. A esposa do presidente Miguel Díaz-Canel, Lis Cuesta, também participou.

Esta nova norma também permite o reconhecimento legal de vários pais e mães, além dos biológicos, bem como a barriga de aluguel sem fins lucrativos. Também agrega outros direitos que favorecem crianças, idosos e pessoas com deficiência.

Pelo menos 9,3% da população brasileira se identifica como integrante da comunidade LGBT+, formada por pessoas lésbicas, gays, bissexuais, trans, queer, intersexo, assexuadas, pansexuais, não binárias e mais. O porcentual pode ser ainda maior, porque 8% não quiseram responder, enquanto 81% disseram não fazer parte do grupo. Os números fazem parte da Pesquisa do Orgulho divulgada esta semana pelo Instituto Datafolha.

Com metodologia semelhante à das pesquisas eleitorais, o trabalho foi realizado com 3.674 pessoas em 120 municípios das cinco regiões do País - representativos da população total - entre maio e junho. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. O trabalho foi contratado pela ONG All Out e pela marca Havaianas.

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A pesquisa revela que a proporção de pessoas que se identifica com alguma das letras da sigla LGBTQIAPN+ é bem maior entre os jovens do que entre os mais velhos. Dos 16 aos 24 anos, o porcentual de pessoas que se identifica como integrante da comunidade é de 18%. Cai para 13% na faixa dos 25 aos 34 anos. E vai caindo progressivamente até chegar a 5,3% entre aqueles com mais de 60 anos. O número alto de pessoas que não quiseram responder pode indicar tanto um receio de conversar com o entrevistador quanto simplesmente a não compreensão das opções.

LIBERDADE

"A questão de gênero tem pautado muitos debates", constata Paulo Alves, do Datafolha, responsável pela pesquisa. "Dimensionar essa comunidade é importante para orientar políticas públicas e também as ações das empresas e dos cidadãos. É natural que o porcentual seja maior entre os mais jovens, tem a ver com a liberdade de ser, de se expressar, de falar. Os mais velhos não tiveram sequer a chance de pensar nessas possibilidades. A sociedade brasileira mudou muito nos últimos anos."

Gerente de campanhas da ONG All Out, Ana Andrade concorda como colega. "O dimensionamento nos dá mais assertividade para cobrar politicas públicas e cobrar de forma específica: nessa região, o problema maior é de violência; nessa outra, é saúde. Esse é um avanço importante."

A comunidade tende a ser mais presente nas regiões metropolitanas (10,9%) do que nas cidades do interior (8,2%). O mesmo ocorre entre as pessoas com maior nível de escolaridade (11% das que têm curso superior). A maioria é solteira (59%) e não tem filhos (70%). A variação entre as diferentes regiões do País também é significativa. São 10,1% no Centro-Oeste, 9,9% no Sudeste, 9,8% no Norte, 8,7% no Sul e 8,5% no Nordeste.

SILÊNCIO

O trabalho mostrou também que 62% da população LGBTQIAPN+ economicamente ativa não costuma falar sobre sua orientação sexual ou identidade de gênero no trabalho. A hostilidade ou preconceito dentro da família é 16 pontos porcentuais mais alta do que entre o restante da população. Além disso, 17% dizem sofrer discriminação, ante 9% dos demais.

Para os 81% que disseram não fazer parte da comunidade, o Datafolha perguntou a opinião sobre a população LGBTQIAPN+. Segundo a pesquisa, 85% afirmaram respeitar as pessoas LGBTQIAPN+. O porcentual cai para 79% quando a pergunta é se a comunidade deve ter os mesmos direitos da população heteronormativa. E cai ainda mais, para 53%, quando o Datafolha indagou se os LGBTQIAPN+ têm direito de realizar demonstrações públicas de afeto. "Sabíamos que encontraríamos discriminação e visões preconceituosas, mas alguns números são muito fortes", diz Paulo Alves, do Datafolha.

'Não tenho vergonha, mas tenho receio'

Para o servidor público Bruno Ferreira, de 27 anos, que mora em Niterói, região metropolitana do Rio, o dado que indica discriminação não foi uma surpresa. "Existe esse mito de que a sociedade brasileira acolhe bem a diversidade", afirma. Ferreira já foi abordado na fila do cinema por estar de mãos dadas com o namorado. "Isso vem de uma percepção equivocada de que, quando uma população minoritária ganha direitos, o outro grupo está perdendo direitos. E não é isso que acontece. Ninguém está perdendo nada."

A designer Luiza Ribeiro, de 28 anos, que vive em Belém, no Pará, concorda. "Eu não tenho vergonha de andar de mãos dadas com a minha namorada, mas tenho receio", afirma. "Principalmente por ser mulher. Já fomos questionadas dentro de um Uber, o motorista começou a tratar a gente de forma diferente, ficou um clima tenso no carro... Aquela agonia de estar com uma pessoa que não gosta da gente."

DADOS

A violência é real e vem aumentando. Em maio deste ano, levantamento do Observatório de Mortes e Violências contra LGBT+ mostrou que pelo menos cinco pessoas da comunidade haviam sido vítimas de homicídio por semana no País. Ao todo, foram 262 assassinatos, um aumento de 21,9% em relação ao ano anterior.

Também em maio deste ano, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou pela primeira vez dados oficiais sobre a orientação sexual da população brasileira. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 1,9% da população se declara homossexual ou bissexual, enquanto outros 3,4% não quiseram responder ou não sabiam.

A pesquisa não propôs questões sobre identidade de gênero e os números foram considerados subestimados. No lançamento, a coordenadora do trabalho, Maria Lúcia Franca Pontes Vieira, elogiou a iniciativa. "Ainda que os números estejam subnotificados, considero um passo importante para podermos, de alguma forma, entender as características sociodemográficas desse grupo."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) conseguiu derrubar uma decisão proferida pela Justiça Federal do Acre que obrigava o instituto a incluir no questionário do Censo Demográfico 2022 uma pergunta sobre orientação sexual e identidade de gênero.

O desembargador federal José Amilcar Machado, presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), acolheu o argumento do órgão estatístico de que não havia tempo hábil, nem metodologia adequada, tampouco recursos financeiros para que o levantamento censitário levantasse as informações demandadas.

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A decisão judicial lembra que o instituto precisaria de uma "dedicação de, no mínimo, mais 06 (seis) meses" para ajustar procedimentos, metodologia e questionário para atender à demanda do MPF. No entanto, a data de início do processo de coleta de dados está prevista para o dia 1º de agosto, lembra o documento.

"Conquanto seja evidente a relevância do pleito de identificação de toda a população brasileira, em todos os seus aspectos, a elaboração, processamento e definição de qualquer alteração nos questionários constitui trabalho que deve ser realizado com critério e responsabilidade técnica que atenda ao objetivo almejado", menciona a nova decisão do TRF.

Mais de 200 mil recenseadores estão sendo recrutados e treinados para fazer o levantamento de informações em todos os cerca de 76 milhões de domicílios do País a partir de agosto.

"Com efeito, a coleta de dados tirada com informações obtidas sem o respectivo respaldo técnico metodológico pode implicar estabelecimento de política pública inconsistente ou até mesmo equivocada para a população LGBTQIA+" escreveu Machado, na decisão publicada na última sexta-feira, 24.

No último dia 9, o instituto informou em comunicado ter acionado a Advocacia Geral da União (AGU) para recorrer da decisão liminar concedida pelo juiz Herley da Luz Brasil, da 2ª Vara Federal Cível e Criminal do Acre, atendendo a um pedido do Ministério Público Federal (MPF), sob o argumento de que a falta de estatísticas dificulta o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a população LGBTQIA+.

"A omissão que o Estado brasileiro, historicamente, tem usado em desfavor da população LGBTQIA+ é relevante e precisa ser corrigida", escreveu o juiz Herley da Luz Brasil, na decisão anterior, favorável ao pleito do MPF. "Ignorando-os, o Brasil não se volta às pessoas LGBTQIA+ com o aparato estatal que garante, minimamente, dignidade. Nega-se até mesmo a própria personalidade dessas pessoas."

O IBGE alertava em resposta que, se tivesse que cumprir o determinado pela Justiça Federal no Acre, o levantamento censitário teria que ser adiado pela terceira vez. Em comunicado, o órgão afirmava não ser possível atender à decisão "com técnica e metodologia responsáveis e adequadas".

"Seria irresponsabilidade arriscar a integridade do Censo Demográfico enquanto principal pesquisa do país, ainda que por iniciativa inspirada em legítimas causas e boas intenções", alertou o IBGE à época. "Nesse caso - para dar cumprimento escorreito à liminar da Justiça do Acre - restaria ao IBGE, como única alternativa possível, o adiamento do Censo 2022. O IBGE tem ciência de que um novo adiamento do Censo imporá vultosos impactos financeiros e sociais, inclusive prejudicando vários planejamentos nacionais, como a repartição das verbas dos Fundos de Participação dos Estados (FPE) e Municípios (FPM), além de repasses de verbas destinadas a programas sociais", acrescentou.

O IBGE alegava que haveria "impacto financeiro severo, especialmente se for constatada a necessidade de mudança metodológica, caso as perguntas precisem ser respondidas individualmente - exigindo que as informações sejam coletadas com a própria pessoa - o que aumentaria a necessidade de revisitas, correndo o risco de inviabilizar a operação censitária".

"Essas mudanças podem diminuir significativamente a produtividade do recenseador e elevar o tempo de coleta como um todo, aumentando o gasto com mensalistas, aluguéis, dentre outros", argumentou o IBGE, em nota divulgada no dia 9 de junho.

O órgão afirmou ainda que quesitos relacionados a identidade de gênero e orientação sexual já estão previstos para investigação em outras pesquisas domiciliares do IBGE: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), no primeiro trimestre de 2023; Pesquisa Nacional de Demografia em Saúde (PNDS), prevista para ir a campo no segundo trimestre de 2023; Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), prevista para ir a campo em 2024; e na próxima edição da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).

Realizado a cada dez anos, o Censo Demográfico visita todos os lares brasileiros. A operação deveria ter ocorrido em 2020, mas foi adiada em decorrência da pandemia. A falta de destinação de verbas pelo governo federal também foi um obstáculo. Em 2021, o orçamento não trouxe os recursos necessários para a condução do Censo, que acabou cancelado novamente, mas desta vez sob uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) de que ocorresse em 2022. Dois concursos públicos para contratação de mais de 200 mil trabalhadores temporários tiveram que ser cancelados.

A operação censitária foi orçada inicialmente pela equipe técnica do IBGE em mais de R$ 3 bilhões, para ir a campo em 2020. Em meio a pressões do governo pela redução no orçamento, os questionários originais foram enxugados, e a verba encolheu para R$ 2,3 bilhões. No ano de 2021, o valor de apenas R$ 53 milhões no orçamento sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro inviabilizava até os preparativos para o levantamento ir a campo em 2022. Mais tarde, após a decisão do STF, o IBGE conseguiu assegurar uma complementação orçamentária para os preparativos em 2021 e a verba para a coleta em 2022.

As informações recolhidas pelo Censo servem de base, por exemplo, para o rateio do Fundo de Participação de Estados e municípios, sendo essenciais também para políticas de saúde, como a necessidade de alocação de profissionais e equipamentos para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e planejamento de políticas educacionais. Os dados são usados ainda como base para pesquisas amostrais, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do próprio IBGE, que levanta informações sobre o mercado de trabalho, como a taxa de desemprego, e até para pesquisas eleitorais.

O Flamengo começou a vender nesta sexta-feira o uniforme que defende a diversidade e apoia a comunidade LGBT+. Sob o nome 'Pride', a camisa em parceria com a Adidas leva a bandeira da causa no peito e possui dois tons de roxo. Vale destacar que as peças são comemorativas e não serão utilizadas pelo clube em jogos oficiais.

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A fornecedora de material esportivo da equipe ainda confeccionou 16 peças personalizadas por artistas, que serão expostas na loja da sede da Gávea. A renda advinda da campanha será destinada para a Instituição Mães Pela Diversidade.

Em 2020, o Flamengo lançou uma camisa rosa em referência ao mês do combate ao câncer de mama. Nos próximos meses, o clube planeja realizar mais ações voltadas para causas sociais. Os uniformes 'Pride' deste ano serão limitados e podem ser adquiridos nas lojas oficiais do clube.

Dentro de campo, o Flamengo está a um passo da final da Copa Libertadores. Na última quarta-feira, a equipe comandada por Renato Gaúcho venceu o Barcelona de Guayaquil por 2 a 0, gols marcados por Bruno Henrique. Já na Copa do Brasil, os cariocas também estão na disputa por uma vaga na final. Os jogos decisivos contra o Athletico-PR começam no dia 20 de outubro.

Por fim, no Campeonato Brasileiro, os cariocas estão na 3ª colocação, 11 pontos atrás do líder Atlético-MG. O próximo compromisso é contra o América-MG, fora de casa, no domingo, às 11h.

Embora a pauta de respeito aos direitos LGBT+ tenha finalmente entrado em debate, e passado por um processo de conscientização e empoderamento, os deputados de São Paulo podem proibir a participação deste público em publicidades do governo por achar que a representação é inadequada. A proibição está prevista no polêmico Projeto de Lei (PL) 504/2020, que será votado na Assembleia Legislativa do estado (Alesp) nesta terça-feira (20).

De autoria da deputada estadual Marta Costa (PSD), o PL pretende proibir que qualquer veículo ou mídia relacionada ao Governo de São Paulo contenha alusão a preferências sexuais e movimentos sobre diversidade sexual relacionados a crianças. Tal proposta reforça a cultura discriminatória e supõe que o contato com os menores causaria práticas danosas.

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Contra a votação e o entendimento retrógrado que a proposta carrega, representantes do campo considerado progressista criticaram duramente o PL 504/20 e fizeram campanha nas redes sociais com a hashtag #AbaixoPL504 para pressionar a Casa.

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Enquanto tocava o sucesso de Alceu Valença, “La Belle de Jour”, em sua festa Arco-íris, o líder Gil do Vigor se declarou para Juliette nessa quarta-feira (24). De mãos dadas com a paraibana, o economista passou por cima dos recentes atritos e disse que a ama. A comemoração que celebrava o respeito LGBT+ foi marcada por outros momentos emocionantes.

"Lembra nosso Paredão?", perguntou o pernambucano, que foi respondido por um aceno de cabeça da sister. Eles se abraçaram e, mesmo sem falar, Gil começou a chorar. "Segue seu coração", disse Juliette.

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Pressionado pelos comentários da Casa, antes da festa, ele sugeriu que poderia vetá-la da Prova do Líder desta quinta (25). Enquanto Juliette é atacada, Gil tenta ponderar as críticas dos participantes e mostrou que ainda guarda um sentimento pela advogada. "Tu me aperreia, mulher, mas eu te amo", declarou o pernambucano. "Eu também. Chora, não. Eu estou muito feliz", respondeu.

Gil protagonizou outras cenas emocionantes ao longo da festa, que começou com o tema do Fantasma da Ópera antes de se tornar uma balada pop. Ele arrancou lágrimas de Camilla de Lucas quando se apresentou ao som de "Oops!... I Did It Again" de Britney Spears. "Chorei ao ver você dançando. Eu quero ver você assim, Gil do Vigor, livre, porque você é aquilo ali. É quem você é, então eu fiquei muito, muito feliz de verdade. Eu fiquei emocionada, você não tem noção da representatividade, de quem você é", afirmou a carioca.

Representatividade

Em outro momento, ele e João cantaram juntos e se abraçaram no refrão da música 'Indestrutível' de Pabllo Vitar. Ele já disse que a canção representa sua luta por aceitação. Ela fala sobre enfrentar as dificuldades de conviver com a homofobia.

Confissão

Em uma diálogo sobre o preconceito, Arthur chegou a relevar para Gil que o admirava. “Queria eu ter 10% da sua coragem de se expor, de se mostrar, de se aceitar. Você passou por isso e sabe que a felicidade vem depois que você se reconhece e se aceita como você é", disse. O pernambucano comentou sobre a relação distante do pai, mas preferiu interromper a conversa para dançar o hit ‘Rainha da Favela’ de Ludmilla.

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Livros, anotações, videoaulas e resumos são ótimos recursos para quem busca uma boa nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No entanto, quem visa ser criativo e incrementar na redação, também pode utilizar filmes, séries e documentários, das plataformas de streaming, como argumentos, e ganhar muitos pontos nas produções textuais.

“Os filmes podem ser uma ferramenta para a redação por serem parte do repertório sociocultural do candidato, item avaliado, sob perspectivas diferentes, nas competências 2 e 3. Na competência 2, avalia-se a capacidade de usar um repertório pertinente e articulado à discussão. Já na competência 3, avalia-se se esse repertório é desenvolvido, explicado e usado na defesa de um ponto de vista”, explica o professor de redação Diogo Xavier. 

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O LeiaJá, em parceria com o projeto Vai Cair no Enem, conversou com os professores de redação Diogo Didier, Diogo Xavier, Felipe Rodrigues e Lourdes Ribeiro, para indicarem obras cinematográficas na Netflix que discutem questões LGBT e que podem ajudar os estudantes na redação, caso a temática permita; confira:

Sex Education

A indicação do professor Diogo Didier é a série original da Netflix ‘Sex Education’, que narra a história de um adolescente de 16 anos, filho de uma sexóloga, que se junta com mais dois amigos para tentar ajudar outros jovens com diversas questões sexuais. A obra pode ser uma ótima abordagem na redação. “Acredito que ela (a série) seja útil para que os jovens desconstruam tabus ancestrais em torno do sexo e da sexualidade, fazendo com que tenham autonomia para expressar o que sentem nessas searas”, explica.

Laerte-se

O docente Diogo Xavier sugere o filme documentário ‘Laerte-se’, que retrata a trajetória de uma grande cartunista e chargista do Brasil, Laerte Coutinho, que viveu a maior parte da vida como homem e assumiu sua transexualidade aos 57 anos. Para o educador, a obra também poderá ajudar com boas referências argumentativas para a redação dos vestibulandos. “É interessante por mostrar uma pessoa cheia de incertezas e dúvidas, passando por seu processo de transição, de se descobrir e de aprender a construir a mulher que ela espera ser. Para além das questões ativistas, o longa se concentra no ser-humano por trás da figura pública. É uma boa referência para temas que envolvam (in)tolerância, transexualidade e disforia de gênero”, pontua Xavier.

Hoje eu não quero voltar sozinho

A obra cinematográfica ‘Hoje não quero voltar sozinho’, indicada pelo professor Felipe Rodrigues, conta a história de um adolescente cego que tenta lidar com a família, a busca pela sua independência e os novos sentimentos que começaram a surgir assim que um garoto novo chega à sua escola. O filme recomendado pelo professor poderá ajudar os vestibulandos, porque aborda questões sobre a puberdade, estigmas sociais e orientação sexual, em conjunto à acessibilidade.

“De forma sábia, romântica e jovial, a mensagem padrão é inclusão social, principalmente dentro das construções exemplares de famílias e amizades, advindas do século XX. Pai, mãe, avó e amigos de infância se veem num contexto destoante das suas rotinas, sendo símbolo de aceitação e respeito no desenrolar da história. Na redação, inserir o filme como exemplo de inserção social é o foco. Deficiência, adolescência, orientação sexual, padronizações familiares e um longo debate sobre capacitismo podem ser possíveis paráfrases”, esclarece Felipe Rodrigues.

Meu nome é Ray

A professora Lourdes Ribeiro indica o filme ‘Meu nome é Ray’, que explana a história de um rapaz que nasce no corpo de uma mulher e se prepara para fazer a cirurgia de transgenitalização. Em meio a esse processo, ele precisa lidar com diversos conflitos internos e familiares. Para a docente, “o filme pode ser usado tanto para falar sobre temáticas relacionados aos temas LGBTQI+, como também associados à família e suas diversas formações”.

Começa nesta segunda-feira (25) o prazo para solicitação do uso do nome social no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, adiado em até 60 dias pelo Ministério da Educação. O pedido pode ser realizado por pessoas transsexuais e travestis, através da Página do Participante, até o dia 29 de maio. 

Para realizar o pedido e obter a autorização para uso do nome social no Exame, o candidato precisa constar como inscrito no Enem 2020 - com prazo prorrogado até a próxima quarta-feira (27) - e anexar as documentações comprabatórias que justifiquem a motivação do pedido. 

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Os documentos serão aceitos somente nos formatos PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2MB. Confira, abaixo, uma lista com quais documentos que devem ser anexados no pedido:

 - Foto 3x4 atualizada, nítida, individual, colorida, com fundo branco (sem adereços que dificultem a identificação);

- Cópia digitalizada, frente e verso, de um dos documentos de identificação oficial com foto;

- Cópia assinada e digitalizada do formulário de solicitação de Atendimento pelo Nome Social, disponível na Página do Participante.

O resultado dos participantes autorizados a utilizar nome social será divulgado no dia 18 de junho, também através da Página do Participante. Em caso de reprovação da documentação anexada, o candidato poderá solicitar recurso, das 10h do dia 8 de junho às 23h59 do dia 12 de junho, no mesmo endereço eletrônico. Outros detalhes estão especificados no edital do Enem 2020

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A organização sem fins lucrativos (ONG) All Out está com uma vaga temporária para a função de coordenador(a) de projeto. O contratado cumprirá jornada de 20 horas semanais, com salário de R$3.500. As inscrições podem ser realizadas por meio do site da ONG até 12 de março. O contrato tem duração de oito meses, com possibilidade de renovação. 

Neste ano, a ONG lança, no Brasil, uma plataforma online para conectar pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais e travestis e pessoas soro positivo (LGBT+) que sofreram violência a profissionais que possam oferecer apoio psicológico voluntário. A entidade demonstra maior interesse na contratação de pessoas negras e transsexuais e travestis. Profissionais de todo o Brasil podem se candidatar, mas a atuação é em São Paulo.

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Os requisitos cobrados para as vagas são compromisso com a defesa dos direitos das pessoas LGBT+, fluência verbal e escrita em português, experiência comprovada coordenando projetos, atenção aos detalhes, capacidade de trabalhar de forma autônoma e proativa, capacidade de trabalhar de forma remota, além de sensibilidade cultural e capacidade de trabalhar de forma eficiente com pessoas de diferentes nacionalidades e origens.

A All Out é uma movimento global que atua em defesa dos direitos das pessoas LGBT+. Para mais informações basta acessar o site da All Out

Nos dias 28 e 29 de novembro, o Teatro Aliança Francesa recebe o 3º Encontro de Saúde / Prevenção IST / Aids entre Jovens LGBT+ em São Paulo. O evento, organizado pela Associação da Parada do Orgulho LGBT (APOGLBTSP), terá programação com exibição de filmes, palestras e mesa redonda.

Entre os documentários que serão exibidos estão "Laurence Anyways" (2012), com direção de Xavier Dolan, e "Carta para Além dos Muros" (2019), dirigido por André Canto. Após a exibição dos filmes haverá rodas de conversa sobre a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

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Um dos destaques do bate-papo é a presença de Laurence Slama, especialista em Profilaxia Pré- Exposição (PreP) de risco à infecção pelo HIV, que consiste no uso preventivo de medicamentos antirretrovirais antes da exposição sexual ao vírus, para reduzir a probabilidade de infecção pelo HIV.

O encontro acontece todos os anos e sempre no final do mês de novembro, próximo ao dia 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Confira a programação completa em paradasp.org.br/3encontrodesaude.

 

Serviço

3º Encontro de Saúde / Prevenção IST  AIDS entre Jovens LGBT+

Quando: 28 e 29 de novembro, das 15h às 20h30

Onde: Aliança Francesa - Rua General Jardim, 182, Centro, São Paulo - SP

Entrada gratuita

Aos 16 anos, Téo Dias descobriu-se homem trans. No país que assassinou 420 LGBT+ só em 2018, o amparo maternal impulsiona a liberdade em meio à violência e à discriminação de gênero. Por isso, ele conquistou o apoio da mãe para viver em completude consigo mesmo. "Todo mundo deveria ter o acolhimento dos pais em casa, essa é a base. Minha vida hoje é muito boa graças a ela. Com ela tudo fica mais calmo", confessa ao LeiaJá.

A mãe Ivoneide França teve que se separar do marido porque ele não aceitava a orientação sexual do filho. Ela não abriu mão de ser parceira e travar as intempéries da homofobia ao lado de Téo. "Mesmo vivendo minhas dificuldades, nunca deixei de dizer: 'eu estou com você!'. A partir disso, as interferências externas não me atingiram porque eu tava focada em cuidar de entender tudo que estava acontecendo e mostrar para ele que meu amor é maior que qualquer coisa", relatou, antes de afirmar: "Tudo que esse mundo precisa é respeito".

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"Meu sentimento é fazer ele crescer com respeito e dignidade", disse Ivoneide/Arquivo Pessoal 

Um levantamento recente sobre a violência LGBT+ aponta que, desde o início do ano até 15 de maio, 141 pessoas já morreram em decorrência da homofobia. "Se você se colocar dentro desse senso, você tá se colocando na cova”, acredita Téo, hoje com 19 anos. Junto à mãe, ele batalha para contrariar as estatísticas da mortalidade. "A gente não dá margem para esse sentimento de medo tomar conta da gente!", pontua Ivoneide. 

Para a comunidade, exercer o direito à vida torna-se uma tarefa árdua, sobretudo no Nordeste, que registrou 147 assassinatos ano passado; desses, 15 foram em Pernambuco. Através da aceitação e do acolhimento familiar, a bravura das 'mães leoas' refletem no empoderamento dos filhos e proporcionam o suporte necessário para confrontar as adversidades que teimam em se perpetuar. Nesta sexta-feira (17), Dia Mundial Contra a Homofobia, as mães representam a batalha pela validação dos direitos e do respeito ao movimento LGBT+.

O amor e proteção recíprocos são os alicerces da relação entre Ian e Dilma /Denilson Cabral

"Como todo mundo diz: 'a mãe é a leoa!'. Não quero ver meu filho hospitalizado por um tiro ou uma facada só por ser gay", declarou Dilma Félix, mãe do estudante Ian, de 20 anos. Na luta contra a vulnerabilidade ela acaba absolvendo o preconceito, e juntos, entendem que a estrutura familiar é o elemento fundamental para enfrentar a discriminação nas ruas. "Eu sabia que quando saísse e algo acontecesse lá fora, quando retornasse para casa ia ter minha base, e isso é primordial para quem você é", explica Ian Félix.

Caminhando lado a lado, a proteção e o amor entre os dois é mútuo. Tanto que ele revelou que teve que conter o ímpeto da mãe quando ela quis comprar uma briga após ouvir insultos na rua, "ele me protege também. Uma vez pegaram a gente no meio do caminho, disseram umas coisas com ele e quando eu ia pra cima, ele me segurou e me botou pra trás", relembra Dilma.

Com sorriso no rosto, Gi Carvalho acolhe famílias LGBT+ e promove o empoderamento à comunidade recifense/Kauan Rocha

No Estado que já foi o mais violento em relação a homicídios LGBT+ -quando totalizou 18 em 2011-, coletivos como o Mães pela Diversidade transgridem a cultura da homofobia e são um recanto para a plenitude das famílias. "O amor é natural e deve ser celebrado independente de outros fatores. Ele precisa dar o recado", constata a coordenadora da ONG Gi Carvalho, e continuou, "nossa intenção é aumentar o acolhimento familiar para que no futuro as famílias compreendam como é necessário cuidar dos nossos filhos e lutar para que eles tenham seus direitos respeitados".

 A sede do Mães pela Diversidade fica no Espaço Acolher, localizada na Rua Gervásio Pires, 404, sala 4, no bairro da Boa Vista, Centro do Recife. No local, equipes de psicólogos, psiquiatras e advogados prestam assistência ao movimento. "Nos descobrimos como um espaço de acolhimento para famílias que são alvo diário de 'homotransfobia' e todas suas nuances. Os coletivos são um grito de orgulho e proteção, onde o LGBT+ se sente acolhido", finalizou a coordenadora. 

*Dados do Grupo Gay da Bahia (GGB)

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