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A comissão técnica do Flamengo organizou um esquema cuidadoso para a estreia na Copa Libertadores, marcada para terça-feira, contra o San José, em Oruro, na Bolívia. Os médicos do clube revelaram nesta segunda-feira que nas últimas semanas se prepararam para enfrentar a altitude de 3,7 mil metros com suplementação alimentar e exercícios respiratórios para os jogadores, além de o clube ter adquirido sete balões de oxigênio.

O cardiologista do Flamengo, Serafim Borges, disse em entrevista ao site oficial do clube que, desde o sorteio dos grupos da Copa Libertadores, o clube passou a estudar como minimizar os efeitos da altitude. "Os atletas fizeram um trabalho especial para fortalecimento da musculatura respiratória. E também uma suplementação com vitamina C e sulfato ferroso, para colocar mais hemoglobina. Quanto mais hemoglobina tem no sangue, você consegue conduzir mais oxigênio", explicou.

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A cidade de Oruro é a de maior altitude entre os clubes desta Libertadores. O sorteio ainda reservou para o Flamengo um outro desafio em cidades de ar rarefeito. Na fase de grupos o time carioca terá de enfrentar a LDU de Quito, no Equador, cidade a cerca de 2,8 mil metros acima do nível do mar e com condições também complicadas para a equipe, como a falta de oxigênio e a velocidade da bola.

Para tentar minimizar os efeitos da altitude, o Flamengo viajará apenas no dia da partida. O time está desde o fim de semana em Santa Cruz de la Sierra, cidade boliviana ao nível do mar, e planejava chegar a Oruro apenas na hora do compromisso. Porém, como o regulamento da competição exige que o time visitante esteja na cidade no mínimo 6h30min antes do começo do jogo, a comissão técnica teme que os jogadores possam se sentir mal.

"A partir da sétima hora de você exposto à altitude, a situação começa a piorar. O que piora? Você aumenta muito a frequência cardíaca e respiratória e perde performance. Seria necessário estar lá (em Oruro) há quatro semanas, mas é impossível pelo calendário", explicou o médico. O clube levará os balões de oxigênio para os jogadores usarem caso se sintam mal durante a partida.

O Flamengo também se preocupa com a saída do estádio. Geralmente após as partidas na altitude os jogadores costumam passar mal. O retorno costuma demorar um pouco porque é necessário toda a delegação aguardar que os atletas sorteados possam fazer a coleta de urina para o exame antidoping.

"Se o jogador que for para o doping demorar muito a urinar, isso complica. Já tive um problema com a seleção brasileira. O time fica preso e as pessoas começam a passar mal no ônibus, jogadores com pressão alta, vomitando", contou Borges.

A Conmebol confirmou nesta quarta-feira (20) que 21 clubes são alvos de investigação do seu tribunal disciplinar por problemas ocorridos nas listas de inscritos das suas duas principais competições de clubes. São oito brasileiros, sendo eles o Atlético Mineiro e o São Paulo na Copa Libertadores, além de Botafogo, Santos, Bahia, Fluminense, Corinthians e Chapecoense, todos esses na Sul-Americana.

"21 clubes participantes da Libertadores e da Sul-Americana apresentaram erros nas etapas de envio de listas de jogadores. Diante dessa situação, a Conmebol atuou diligentemente e, de acordo com os procedimentos regulamentares, encaminhou esses erros ao Tribunal Disciplinar para estudo e consideração. Portanto, enquanto o Tribunal Disciplinar não tomar uma decisão sobre o assunto, a competição continua normalmente", anunciou a Conmebol, em comunicado.

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A entidade destaca que a responsabilidade pelos eventuais erros é toda dos clubes e das federações nacionais. "A apresentação no tempo e na forma das listas de jogadores é de responsabilidade exclusiva dos clubes e associações membros, e em nenhum caso atribuível à Conmebol", disse.

Os clubes sob investigação na Libertadores são Atlético Mineiro, São Paulo, Universidad de Chile, Palestino e Libertad. Já os da Sul-Americana são Botafogo, Santos, Bahia, Fluminense, Corinthians, Chapecoense, Colo-Colo, Deportes Antofagasta (Chile), Unión La Calera (Chile), Unión Española (Chile), Sol de América (Paraguai), Independiente de Campo Grande (Paraguai), Deportivo Santaní (Paraguai), Guaraní (Paraguai), Estudiantes de Mérida Fútbol Club (Venezuela) e Zulia (Venezuela).

Antes mesmo do anúncio da Conmebol, a Associação Nacional de Futebol Profissional do Chile havia revelado a investigação. Mas assumiu a responsabilidade para si no caso dos seus filiados alvos do tribunal, apontando que cometeu um erro no envio da lista de inscritos dos clubes.

Neste ano, um time já foi punido pela utilização de um jogador irregular na Libertadores. O Barcelona de Guayaquil acabou sendo sancionado com um placar desfavorável de 3 a 0 numa partida em que havia vencido o uruguaio Defensor por 2 a 1 pelo uso do colombiano Sebastian Perez. Posteriormente, o clube equatoriano foi eliminado da competição.

Agora, diante do novo incidente, pediu a paralisação da Libertadores. A Conmebol defende, porém, que o caso é diferente. "É importante ressaltar que o caso do jogador Sebastián Pérez do Club Barcelona é substancialmente diferente, considerando que os regulamentos da Fifa relativos ao registro do referido jogador não foram cumpridos. Neste caso, o Club Barcelona o incluiu em sua lista de boa fé, apesar de ainda estar registrado na Federação Mexicana de Futebol de acordo com a decisão dos órgãos judiciais", afirma.

André Jardine ainda é o técnico do São Paulo. Após o empate sem gols com o argentino Talleres, no Morumbi, resultado que eliminou o time na segunda fase preliminar da Copa Libertadores, o treinador falou como comandante do time. O próprio, porém, não deu certeza se estará no banco de reservas no próximo domingo (17), quando o time visita o Corinthians, em Itaquera, pelo Campeonato Paulista.

"Não consegui tirar um minuto sequer pra pensar nisso", respondeu, quando questionado se tinha convicção de que seria o treinador no clássico. "Nesse momento é tristeza. Todos no vestiário sofrendo, como tem que ser. Começando a pensar como vai ser daqui para frente. O dia de amanhã com certeza vamos conseguir refletir melhor sobre todas as coisas", completou.

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Assim como aconteceu após a derrota para a Ponte Preta, no último sábado, Jardine foi indagado sobre qual seria o seu limite para suportar a pressão. A resposta acabou sendo parecida: "Eu realmente não sei dizer qual é o meu limite. O que eu sei é que quem está no futebol... jogadores, presidente, Raí, estamos sujeitos e estamos aqui para suportar a pressão que é estar no São Paulo. O São Paulo é muito grande. A pressão dos anos que não conquista, a gente sabe de tudo isso. Todos estamos trabalhando, todos os dias, acreditando que teremos um grande ano. Enquanto eu me sentir capaz e com força para seguir, eu vou seguir".

Desde que assumiu ainda como interino, no fim de novembro passado, Jardine comandou o time em 15 jogos, com quatro vitórias, três empates e oito derrotas, tendo aproveitamento de 33,3%. Ele tem o pior desempenho de um treinador no São Paulo desde Doriva, em 2015.

"Estou bastante decepcionado. É momento de todos dentro do clube reconhecerem isso. Temos a expectativa de jogar um futebol muito melhor. A responsabilidade é minha. Mas não custa, lembrar-nos todos, que a dificuldade do São Paulo se impor contra clubes menores no Morumbi vem de bastante tempo", disse, referindo-se a outras eliminações recentes diante de adversários menos expressivos no cenário do futebol. Esta foi a 20ª eliminação do clube em torneios de mata-mata desde o último título, a Copa Sul-Americana de 2012. "O fato é que eu ainda não consegui. Imagino eu que tenho capacidade. O problema ainda existe, e precisamos resolver. O São Paulo precisa ser capaz de jogar um futebol melhor, que a torcida está acostumada."

O Atlético-MG sofreu mais do que devia, mas conseguiu nesta terça-feira a sua classificação à terceira fase preliminar da Copa Libertadores. No estádio Independência, em Belo Horizonte, o time brasileiro abriu três gols de vantagem, mas permitiu uma reação do Danúbio que parou nos 3 a 2 suficientes para garantir a vaga. Na ida, em Montevidéu, na semana passada, os times haviam empatado por 2 a 2.

No próximo mata-mata da Libertadores, que dará uma vaga na fase de grupos, o Atlético-MG terá pela frente o vencedor do duelo entre outro clube uruguaio, o Defensor, contra o Barcelona, do Equador. Na partida de ida, os equatorianos venceram por 2 a 1, em Montevidéu. O resultado, entretanto, se transformou em um 3 a 0 a favor dos uruguaios por conta da escalação irregular do volante Sebastián Pérez. A punição foi divulgada na noite desta segunda-feira pela Conmebol.

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Se avançar novamente, desta vez para a fase de grupos, o Atlético-MG entrará na chave que já tem Cerro Porteño (Paraguai), Nacional (Uruguai) e Zamora (Venezuela).

Em campo, o Atlético-MG começou de forma tímida, sem fazer tanta pressão no Danubio. As coisas mudaram somente a partir dos 14 minutos, quando saiu o primeiro gol. O meia Cazares arriscou um chute da entrada da área e o goleiro Cristóforo não conseguiu segurar a bola. Luan aproveitou o rebote e fez de cabeça.

Na sequência, Elias quase marcou o seu segundo, mas chegou atrasado na bola após cruzamento de Luan. Quem não perdeu a sua chance foi Ricardo Oliveira. Aos 23 minutos, o centroavante entrou em velocidade na área e foi derrubado pelo goleiro. Ele mesmo bateu com categoria e ampliou a vantagem atleticana.

Ricardo Oliveira não precisou nem de três minutos para balançar as redes novamente. Após lançamento preciso de Cazares do campo de defesa, o centroavante avançou rapidamente para a área, driblou Cristóforo e bateu rasteiro no canto direito para fazer 3 a 0 no placar.

Até o final do primeiro tempo, o Atlético-MG tinha o jogo nas mãos. Chegou a perder mais uma oportunidade com Chará, mas foi para o intervalo com o gosto amargo de ter sofrido um gol nos acréscimos. Patric fez falta dentro da área em Onetto e Grossmüller não deu chances de defesa para Victor na cobrança.

Para a segunda etapa, o técnico Levir Culpi demonstrou preocupação com o cartão amarelo recebido por Patric no lance do pênalti e colocou Guga na lateral direita. O problema é que o Atlético-MG parou de jogar e o Danúbio se aproveitou para pressionar. Aos 12 minutos, Pablo Siles acertou um forte chute da intermediária e colocou a bola no ângulo direito de Victor para fazer 3 a 2 e por pressão nos brasileiros.

O gol dos uruguaios anestesiou o Atlético-MG por vários minutos. Para sorte dos mineiros, o Danubio buscava as jogadas de ataque de qualquer jeito e pouco fez para buscar o empate que o classificaria. Do outro lado, os contra-ataques ficaram à disposição, mas Chará e Ricardo Oliveira não conseguiram marcar o gol que daria de vez um grande alívio a todos no Independência. Mas a vaga foi garantida.

FICHA TÉCNICA:

ATLÉTICO-MG 3 x 2 DANUBIO-URU

ATLÉTICO-MG - Victor; Patric (Guga), Réver, Igor Rabello e Fábio Santos; Adilson, Elias (Zé Welison) e Cazares; Chará, Luan (Maicon Bolt) e Ricardo Oliveira. Técnico: Levir Culpi.

DANUBIO-URU - Cristóforo; Sergio Felipe, Renzo Ramírez (Ghan), Goñi e Leandro Sosa; Montes, Pablo Siles, Dennis Olivera (Maicol Ferreira) e Onetto; Grossmüller e Federico Rodríguez (Juan Gutiérrez). Técnico: Marcelo Méndez.

GOLS - Luan, aos 14, Ricardo Oliveira, aos 25 (pênalti) e aos 27, e Grossmüller (pênalti), aos 45 minutos do primeiro tempo; Pablo Siles, aos 12 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Elias, Fábio Santos e Patric (Atlético-MG); Maicol Ferreira, Juan Gutiérrez e Dennis Olivera (Danubio-URU).

ÁRBITRO - Patrício Loustau (Fifa/Argentina).

RENDA - R$ 772.179,00.

PÚBLICO - 22.205 torcedores.

LOCAL - Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG).

A cidade do Rio de Janeiro apresentou oficialmente na noite de quinta-feira a sua candidatura para sediar a final da Copa Libertadores de 2020. A ideia é que o palco da decisão seja no Maracanã, estádio que já sediou as finais do torneio continental em 1981 (Flamengo x Cobreloa-CHI) e 2008 (Fluminense x LDU-EQU). Em 1998, o Vasco recebeu o Barcelona, de Guayaquil (Equador), no estádio de São Januário.

O pedido foi entregue pelo governador do Estado, Wilson Witzel (PSC), e pelo secretário estadual de Turismo, Otavio Leite (PSDB), ao presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Domínguez, durante a cerimônia de sorteio da fase de grupos da Copa América, realizada na Cidade das Artes.

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"Trouxe o requerimento, junto com o nosso secretário de Turismo, para sediar a final da Libertadores em 2020, quando o Maracanã vai comemorar 70 anos. O Rio de Janeiro precisa desses eventos porque é o que traz o turismo, riqueza, emprego, oportunidade e, por isso, estou muito feliz de estar participando desse sorteio", declarou Witzel.

A partir deste ano, a final da Libertadores passará a ser em jogo único. O campeão de 2019 será conhecido em partida que será disputada no final de novembro no estádio Nacional, em Santiago, no Chile.

A partir deste ano, as transmissões de jogos da Copa Libertadores serão padronizadas e iguais em todas as emissoras que detêm os direitos da competição. Isso porque a Conmebol está assumindo a produção e transmissão das imagens. Assim, os diferentes canais de TV receberão o mesmo sinal, em movimento semelhante ao que acontece na Copa do Mundo. Outra novidade é que os jogos das quintas-feiras serão exclusivos para transmissão via Facebook.

"É um desafio muito grande e uma mudança conceitual gigante. Um sinal único, sem privilégio a nenhum detentor de direito. A produção é igual, independente do time. Existe uma padronização", resumiu Fred Nantes, diretor de competições de clubes da Conmebol.

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Segundo palavras da própria confederação, o novo modelo dá "maior controle do produto". De acordo com a Conmebol, assistir a todas as partidas da mesma forma, independentemente do canal, "garante a imparcialidade e evita a edição tendenciosa das imagens".

Do início da competição até a fase de oitavas de final, serão utilizadas de nove a 16 câmeras de TV por partida. Das quartas até a decisão, serão pelo menos 17 equipamentos. Haverá geração de imagens de bastidores, como nos vestiários, e entrevistas. "Queremos consistência na transmissão, e só conseguimos isso se tivermos câmeras nas mesmas posições em todos os jogos", pontuou Nantes.

FACEBOOK - Os jogos da Libertadores serão realizados em três dias da semana. Na terça, as transmissões serão pela Fox Sports e SporTV. Às quartas-feiras, além das duas emissoras, a Globo poderá transmitir em canal aberto. Já as partidas de quinta terão transmissão exclusiva pelo Facebook.

A transmissão na rede social será gratuita ao público, mas é preciso ter uma conta. A transmissão poderá ser acessada a partir de qualquer um dos dez países que integram a Conmebol. Haverá narrações em espanhol e português.

Com passagens por clubes como Universidad Católica e Alianza Lima, o zagueiro Walter Ibañez, de 34 anos, possui experiências em quatro países diferentes da América do Sul. Além do Uruguai, onde iniciou sua carreira, o defensor também atuou no Chile, na Venezuela e no Peru.

Em processo de negociações para definir onde dará sequência à sua carreira, Ibañez possui o desejo pessoal de atuar no futebol brasileiro.

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“Já atuei em diferentes países da América do Sul e pude acumular experiências muito positivas. Sempre fui um admirador do futebol brasileiro, um dos mais disputados do planeta. Hoje, tenho como meta atuar no Brasil. Seria um desafio muito interessante e uma oportunidade única”, disse o atleta, campeão chileno pelo Universidad Católica, em 2015.

Mesmo sem nunca ter atuado no Brasil, Ibañez conhece bem o futebol local. Na Libertadores de 2012, o zagueiro anotou um dos gols do Alianza Lima no revés por 3 a 2 para o Vasco, pela fase de grupos do torneio.

Divulgação/Alianza Lima

“Foi uma partida muito disputada. Estávamos jogando em São Januário e mesmo assim conseguimos abrir o placar. Acabamos sofrendo a virada e o Vasco chegou a ampliar para 3 a 1. Tive a felicidade de marcar aos 40 minutos do segundo tempo, mas infelizmente não conseguimos o empate. Lembro que aquela equipe do Vasco possuía grandes jogadores, como o lateral Fagner e o zagueiro Dedé, que hoje atuam na seleção brasileira, além do meia Juninho Pernambucano. Apesar da derrota, foi uma experiência muito positiva”, relembrou o uruguaio.

Com futuro ainda indefinido, Ibañez segue treinando para chegar bem em seu próximo clube. O jogador, de 34 anos, se destaca pelo bom condicionamento físico. Sem histórico de lesões graves ao longo da carreira, ele foi um dos atletas que mais atuou pelo Cienciano em 2018. Foram 33 partidas pela equipe e seis gols anotados na última temporada.

“Tive um excelente desempenho individual em 2018. Disputei 33 partidas com a camisa do Cienciano, sendo titular em todas elas e jogando os 90 minutos em praticamente todos os jogos. Sempre trabalhei muito esta parte física e graças a Deus nunca sofri nenhum problema grave de lesão. Sigo treinando normalmente e acredito que devo chegar ao meu próximo clube em perfeitas condições para atuar”, concluiu.

Com informações da assessoria.

 

Nesta terça-feira (8), após o treino no CT do Parque Gigante, o Internacional realizou a apresentação de Rafael Sobis, que volta ao clube para a sua terceira passagem. Como de costume, o ídolo colorado vestiu a camisa 23, que usará durante esta temporada.

O atacante de 33 anos demonstrou estar otimista e motivado para voltar a conquistar títulos pelo colorado. Sobis ainda afirmou estar vivendo um grande momento em sua carreira, e diz estar bem fisicamente.

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“Não sei se serei protagonista, mas gosto muito de ter a responsabilidade. Vim para agregar. Não sou mais do que ninguém. O que for necessário fazer para o grupo ser campeão, vou fazer. Jogando ou não, a minha função é ajudar e ser mais uma peça importante no grupo”, completou.

Rafael Sobis foi protagonista nas conquistas de duas Libertadores pelo Internacional, em 2006 e 2010. Entretanto, o craque pediu aos torcedores colorados que as conquistas passadas ficassem nas fotos e afirmou que agora uma nova história será escrita. “Minha história é linda, maravilhosa aqui, mas quero que lembrem nas fotos, no futuro. Hoje venho para fazer uma nova história”, comentou o atacante.

"É bom ver que o Inter está forte novamente, voltou a ser respeitado. Eu quis voltar, agradeço a direção pelo esforço, eu fiz o meu. Não tinha outro clube na cabeça a não ser o Inter. Quero gravar esta passagem mais uma vez com títulos", finalizou.

Vinte anos depois da conquista da única Copa Libertadores de sua história, o Palmeiras repete o roteiro em busca do bicampeonato em 2019. O clube aposta na manutenção do técnico Luiz Felipe Scolari, campeão em duas edições do torneio, trabalha nos bastidores para manter o time-base apesar do assédio do chineses e aposta nas seguidas participações para deixar o time calejado e chegar ao título mais uma vez.

O primeiro passo da diretoria foi recorrer ao treinador que já levantou a taça. Luiz Felipe Scolari é conhecido por ser um treinador copeiro, especialista em torneios no formato mata-mata e que foi campeão com o próprio Palmeiras (1999) e com o Grêmio (1995). Nas cinco vezes em que chegou à semifinal da competição, passou em três ocasiões. A conquista do título brasileiro recolocou o veterano de 70 anos no cenário internacional, como comprovam as sondagens que recebeu da seleção da Colômbia e do Boca Juniors.

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Para Francisco Arce, lateral-direito do Palmeiras em 1999 e hoje treinador, Felipão mantém a força daquela época. "Ele era um treinador protetor e conhecedor do elenco, inclusive da nossa vida pessoal. Hoje ele está com mais sabedoria por ter passado por situações boas e situações ruins ao longo da carreira", disse o paraguaio, que atuou em todos os jogos da campanha vitoriosa, marcando três gols.

Na visão da diretoria, outro trunfo importante é a sequência de participações. Será a quarta vez seguida que o time alviverde disputará o torneio da Conmebol. Isso nunca havia acontecido antes na história do clube. O recorde anterior pertencia à era Parmalat, na década de 90, quando a equipe disputou o torneio em três edições seguidas (1999, 2000 e 2001). Além disso, a extinta Copa Mercosul de 1998 (hoje Copa Sul-Americana) serviu como laboratório para a conquista da Libertadores no ano seguinte.

Nesse sentido, a queda diante do Boca Juniors, nas semifinais do torneio no ano passado, pode trazer lições para 2019. "Nosso time foi se formando e se consolidando ao longo do tempo. Por isso, é importante disputar sempre os grandes torneios. O time vai ficando mais experiente naquele tipo de competição", afirmou o ex-zagueiro Roque Junior, outra figura importante daquela conquista. Hoje ele atua como diretor de futebol da Ferroviária, de Araraquara (SP).

O meia Alex, craque do time de 20 anos atrás, concorda. "Alguns jogadores passaram pelas disputas de 2017 e também pela de 2018. Isso faz diferença. Hoje eles estão muito mais preparados", comentou o ex-atleta, que fez quatro gols no torneio de 1999.

Objetivo declarado da principal patrocinadora do clube em função da projeção internacional e das receitas que ela proporciona, a Libertadores orienta os principais planos da diretoria. A manutenção de atletas importantes, como Dudu e Bruno Henrique, é uma prioridade. Dos quatro principais clubes de São Paulo, o Palmeiras é o que amarga o maior jejum sem títulos da Libertadores - retrospecto minimizado pelas conquistas nacionais.

"Precisamos de um elenco muito competitivo, lembrando que a Libertadores vai até o fim do ano, em paralelo ao Brasileiro e à Copa do Brasil. Temos que fazer o que fizemos em 2018, a variação na escalação. Aí, é por conta do Felipão, que sabe fazer isso como ninguém", disse o presidente Maurício Galiotte no sorteio que definiu dois dos primeiros rivais: San Lorenzo e Junior Barranquilla. A edição de 2019 será decidida com uma final única no dia 23 de novembro, em Santiago, no Chile.

Depois de deixar Abu Dabi na noite de sábado, horas depois de golear o Kashima Antlers por 4 a 0 na decisão do terceiro lugar do Mundial de Clubes da Fifa, o time do River Plate desembarcou em Buenos Aires no final da tarde deste domingo e já seguiu direto para o estádio Monumental de Núñez, onde vai comemorar em uma festa com a sua torcida o título da Copa Libertadores de 2018.

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Por terem disputado o confronto de volta da decisão contra o Boca Juniors no estádio Santiago Bernabéu, em Madri, os jogadores da equipe comandada pelo técnico Marcelo Gallardo precisaram esperar para comemorar a conquista continental em solo argentino, pois o elenco do clube precisou viajar direto da capital espanhola rumo aos Emirados Árabes, palco do Mundial de Clubes.

Por meio de fotos divulgadas em sua página no Twitter, o River Plate exibiu fotos dos jogadores dentro do avião que os trouxe de Abu Dabi para Buenos Aires. Nas imagens, os atletas e Marcelo Gallardo exibiram o troféu da Libertadores, garantido com uma vitória por 3 a 1 sobre o Boca Juniors, no último dia 9 de dezembro, no Santiago Bernabéu.

Também por meio da rede social, o clube registrou imagens dos jogadores dentro do ônibus indo para o Monumental de Núñez enquanto eram festejados por torcedores que aguardavam pelo time nas ruas de Buenos Aires nas proximidades do aeroporto.

No Mundial, o River caiu nos pênaltis diante do anfitrião Al Ain após empatar por 2 a 2 no tempo normal e na prorrogação, na última terça-feira, pela semifinal da competição. Depois, porém, a equipe argentina se despediu do torneio de forma positiva ao golear o Kashima Antlers.

Um dia depois do sorteio dos grupos e dos confrontos das fases preliminares, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) divulgou nesta terça-feira (19) a tabela com dias e horários dos jogos da competição continental. Oito clubes brasileiros estão na disputa em 2019 e o primeiro a entrar em campo será o Atlético-MG. Pela segunda fase preliminar, enfrentará o Danubio, no Uruguai, no dia 5 de fevereiro (terça), às 19h15 (de Brasília). A volta acontecerá uma semana depois, em Belo Horizonte.

Nesta mesma fase está o São Paulo, que fará o seu primeiro jogo no dia 6 de fevereiro, uma quarta-feira, contra o Talleres, na cidade de Córdoba, na Argentina, a partir das 21h30. O duelo da volta será exatamente sete dias depois, no mesmo horário, no estádio do Morumbi, na capital paulista.

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Caso avancem na competição, Atlético-MG e São Paulo jogarão nas duas semanas seguintes pela terceira e última fase preliminar. Daí, se conseguirem a classificação, já estão na fase de grupos, que tem seu início previsto para o dia 5 de março.

Na primeira rodada, entre 5 e 7 de março, todos os outros seis clubes brasileiros na disputa, já garantidos na fase de grupos, farão as suas estreias como visitante. O Palmeiras jogará na Colômbia contra o Junior Barranquilla; o Athletico-PR terá pela frente o Deportes Tolima, também em solo colombiano; o Cruzeiro estará na Argentina para pegar o Huracán; o Grêmio visitará o Rosario Central, também no país vizinho; o Flamengo atuará na Bolívia contra um rival a ser definido; e o Internacional poderá estrear na capital paulista se o São Paulo avançar.

Após seis rodadas em cada uma das oito chaves, a fase de grupos terá o seu término entre os dias 7 e 9 de maio. Os dois melhores de cada chave avançam às oitavas de final e os terceiros colocados serão deslocados para a Copa Sul-Americana.

SUL-AMERICANA - Os seis representantes do Brasil jogarão pela primeira fase da competição no mês de fevereiro. A primeira a estrear é a Chapecoense, campeã em 2016, que jogará contra o Unión La Calera, no Chile, no dia 5. O Botafogo faz seu primeiro jogo no dia seguinte contra o Defensa y Justicia, da Argentina, no Rio de Janeiro, e o Bahia recebe o Liverpool, do Uruguai, em Salvador, no dia 7.

Na segunda semana de jogos, será a vez dos outros três clubes estrearem. O Santos joga no Uruguai contra o River Plate, no dia 12, o Fluminense recebe o Deportivo Antofagasta, do Chile, no Rio de Janeiro, no dia seguinte, e o Corinthians encara o Racing, da Argentina, em São Paulo, no dia 14. Os duelos de volta acontecerão entre os dias 19 e 27.

A 60ª edição da Copa Libertadores começa nesta segunda-feira para Palmeiras, Flamengo, Internacional, Grêmio, Cruzeiro, Athletico Paranaense, São Paulo e Atlético-MG. A partir das 21h30 (de Brasília), a Conmebol realizará os sorteios dos grupos e das fases preliminares em sua sede, em Luque, no Paraguai. A grande novidade na edição de 2019 será a final em jogo único, marcada para o Estádio Nacional, em Santiago, no Chile, no dia 23 de novembro.

A tentativa de dar um toque europeu ao seu torneio mais nobre, definindo o campeão em campo neutro, foi justificada pela entidade como forma de "promover o desenvolvimento esportivo do futebol sul-americano, por meio de maiores recursos, mais investimentos e melhores padrões em todos os níveis", conforme declarou o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, em agosto, quando se anunciou o novo formato.

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Por ironia do destino, o sorteio desta noite de segunda-feira se dá dias após o maior vexame da história da Libertadores, que obrigou River Plate e Boca Juniors a decidirem a taça justamente na Europa, em Madri, após a série de tumultos na Argentina que adiaram por duas vezes o último jogo da recém-encerrada edição.

Até pelo atraso - a final, marcada para 24 de novembro, foi jogada em 9 de dezembro -, a Conmebol só atualizou seu ranking de clubes às vésperas do evento desta segunda. É baseado nele que os times são divididos no sorteio. Para a fase de grupos, estão separados em quatro potes. O ranking leva em conta o desempenho nas últimas dez edições da Libertadores, o cálculo de um coeficiente histórico baseado em todas as participações da equipe no torneio e ainda na performance desta nas últimas dez edições dos campeonatos nacionais.

Atual campeão, o River estará automaticamente no pote 1, ao lado dos sete melhores ranqueados - a princípio, Boca, Grêmio, Nacional-URU, Peñarol-URU, Palmeiras, Cruzeiro e Olímpia-PAR. No segundo pote ficam o campeão da Copa Sul-Americana (Athletico Paranaense) e outras sete equipes entre a nona e a 15ª posição do ranking - Flamengo e Internacional estarão nesse bolo.

O terceiro pote estará composto pelos oito clubes seguintes na classificação. Por fim, o pote 4 é reservado aos quatro times posicionados entre o 24º e o 31º lugar do ranking, além das quatro equipes oriundas das fases prévias - se Atlético-MG e São Paulo passarem pelos playoffs, é aí que vão ser encaixados.

Vale lembrar que a regra do sorteio determina que não pode haver na mesma chave dois ou mais clubes de um mesmo país, a menos que estes venham da fase preliminar da Libertadores. Ou seja, Palmeiras, Grêmio, Cruzeiro, Flamengo, Internacional e Athletico Paranaense obrigatoriamente não vão se cruzar na fase de grupos, mas São Paulo e Atlético-MG correm o risco de cair numa chave que contenha um time brasileiro.

Exceção à decisão, o formato do restante da competição seguirá os moldes de 2018. São 47 participantes ao todo. Seis começarão a primeira fase, na qual se disputam três vagas para a etapa seguinte. Nesta, de onde começarão são-paulinos e atleticanos, vão compor as 16 equipes que duelarão por oito vagas. Deste último funil sairão os quatro integrantes que carimbam lugar na fase de grupos. A Libertadores se estenderá pelo ano todo: começa em 5 de fevereiro e acaba em 23 de novembro.

MAIS BRASIL - Após o sorteio da Libertadores, a Conmebol definirá também os confrontos da próxima Copa Sul-Americana, que interessa a Botafogo, Santos, Bahia, Fluminense, Corinthians e Chapecoense. A exemplo da principal competição do continente, também terá seu campeão decidido em confronto único, em Lima, no Peru, no dia 9 de novembro.

Confira os participantes da edição 2019 da Libertadores:

BRASIL

Cruzeiro

Palmeiras

Flamengo

Internacional

Grêmio

Atlético-PR

São Paulo

Atlético-MG

ARGENTINA

Boca Juniors

River Plate

Godoy Cruz

San Lorenzo

Huracán

Rosario Central

Talleres

BOLÍVIA*

Jorge Wilstermann

The Strongest

San José

Royal Pari

CHILE

Universidad Católica

Universidad Concepción

Universidad de Chile

Palestino

COLÔMBIA*

Deportes Tolima

Atlético Nacional

Independiente Medellín

Junior Barranquilla

EQUADOR

LDU

Emelec

Barcelona de Guayaquil

Delfín

PARAGUAI

Olimpia

Cerro Porteño

Libertad

Nacional

PERU

Alianza Lima

Melgar

Sporting Cristal

Real Garcilaso

URUGUAI

Peñarol

Nacional

Danubio

Defensor Sporting

VENEZUELA

Deportivo Lara

Zamora

Caracas

Deportivo La Guaira

(*) Países que estão com competições em andamento que podem alterar as posições das equipes no potes do sorteio

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) divulgou nesta sexta-feira que acertou, para os próximos quatro anos, o pacote de direitos de transmissão de TV dos jogos da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana. A DAZN, empresa de serviços de streaming de vídeo por assinatura, e o Facebook são as grandes novidades do novo ciclo que vai de 2019 a 2022.

"Esse processo de licitação e premiação marca um novo marco na história do nosso futebol. A partir de 2019, todos os sul-americanos terão mais formas de assistir ao futebol. Teremos futebol em todos os lugares", disse o presidente da Conmebol, o paraguaio Alejandro Dominguez.

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"A Conmebol oferta publicamente direitos de transmissão, cumprindo o compromisso de transparência e regras claras de minha administração. Este evento histórico vai oferecer uma experiência uniforme a um número maior de fãs em toda a América do Sul e vai otimizar os recursos que receberá o futebol sul-americano", completou o dirigente.

Após um processo de licitação aberto e que recebeu várias ofertas, a Conmebol oficializou os canais que transmitirão a Libertadores nos próximos quatro anos. No Brasil, a Rede Globo terá direito a um jogo por semana nas terças ou nas quartas, além da final única - que em 2019 será em Santiago, no Chile -, que será dividida com o SporTV. Na TV a cabo, FOX Sports e SporTV continuarão sendo as emissoras oficiais da competição.

A grande novidade na Libertadores fica por conta do Facebook, que passará em seu site todos os jogos que serão realizados às quintas-feiras.

Já na Copa Sul-Americana, nenhuma TV aberta ou a cabo transmitirá a competição. Em outra novidade anunciada pela Conmebol, os jogos serão exclusivos da DAZN, que acrescenta o torneio à grade que já tem partidas da Juventus, do craque português Cristiano Ronaldo, e Paris Saint-Germain, do brasileiro Neymar.

A Libertadores de 2019 terá a participação de oito clubes brasileiros. São eles: Cruzeiro, Palmeiras, Flamengo, Internacional, Grêmio, São Paulo, Atlético-MG e Atlético-PR. Já a Copa Sul-Americana contará com Corinthians, Santos, Bahia, Botafogo, Chapecoense e Fluminense.

Se jogou em Madri, mas o sofrimento e celebração foram absolutos em Buenos Aires. O River Plate se consagrou campeão da Copa Libertadores após vencer o clássico contra o rival Boca Juniors no domingo, por 3 a 1, na prorrogação, no Santiago Bernabéu, em uma final que durou quase um mês e incluiu um adiamento por temporal e depois sua suspensão e mudança à capital espanhola por casos de violência, um fato inédito na história do torneio sul-americano.

Apesar do desgosto provocado nos torcedores das equipes pela disputa da partida decisiva pelo título na Europa, cada um deles a viveu em Buenos Aires com a mesma intensidade, sofrimento, emoção e loucura que se tivesse sido jogada no campo rival.

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Milhares de torcedores do River Plate - estimados 60 mil - festejaram no Obelisco na noite de domingo a quarta Libertadores conquistada pelo clube. Durante a madrugada, houve incidentes de violência, com torcedores jogando pedras e outros objetos contra policiais, o que provocou a detenção de pelo menos vinte pessoas, ainda que 2 mil agentes tivessem sido destacados para fazer a segurança no centro de Buenos Aires.

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Também não faltaram provocações. "Um minuto de silêncio para o Boca que está morto", cantavam os torcedores, em êxtase, quando davam uma volta olímpica ao redor do Obelisco agitando bandeiras vermelhas e brancas sob chuva torrencial que, em seguida, dissipada, deu lugar a um arco-íris.

Os torcedores ainda exaltaram o técnico Marcelo Gallardo, um dos maiores ídolos da história do River Plate. E também houve insultos ao presidente da Argentina, Mauricio Macri, que comandou o Boca durante mais de uma década, antes de se lançar na vida política. "Parabéns ao River e a todos os seus torcedores pela vitória neste jogo histórico. Nós do Boca sabemos que o futebol sempre permite a revanche", escreveu em seu perfil no Twitter.

Outras centenas de torcedores gritavam "dá-lhe campeão, dá-lhe campeão" em frente ao Monumental de Nuñez, onde deveria ter sido disputada a final, mas a Conmebol a retirou de lá como punição ao River após o ataque de um grupo de torcedores ao ônibus que levava os jogadores do Boca Juniors para a disputa da finalíssima, inicialmente marcada para 24 de novembro. Além disso, se ouviu buzinaços de carros e motocicletas nas ruas de Buenos Aires. E a festa dos torcedores também ocorreu em diversas cidades das diferentes províncias da Argentina.

No sul de Buenos Aires, havia desolação. Muitos torcedores do Boca viram o encontro nos arredores do estádio La Bombonera, onde em 11 de novembro as equipes empataram por 2 a 2 no jogo de ida da final.

Choraram de alegria pelo gol de Darío Benedetto que deu ao Boca a vantagem provisória no primeiro tempo e acabaram desconsolados em frente à imagem do capitão do River, Leonardo Ponzio, levantando a Libertadores após o triunfo por 3 a 1, definido na prorrogação.

Vários culparam o técnico Guillermo Barros Schelotto pelas substituições e outros simplesmente saíram com a cabeça baixa ansiando por uma vingança, mas em solo argentino.

A mais longa das finais da Copa Libertadores está nas mãos do River Plate. Em um jogo dramático, o time venceu o Boca Juniors por 3 a 1, de virada, neste domingo, em Madri, na Espanha. Os gols da vitória foram marcados no segundo tempo da prorrogação após empate por 1 a 1 no tempo normal. O Boca se mostrou um time aguerrido e jogou com dez jogadores após a expulsão de Barrios no segundo tempo e acertou uma bola na trave no final da prorrogação. De virada, o River Plate conseguiu uma vitória épica sobre o maior rival.

Foi o quarto título da equipe na Libertadores. Está classificado para a disputa do Mundial de Clubes da Fifa, que começa já na quarta-feira nos Emirados Árabes Unidos. A estreia do representante sul-americano será no dia 18.

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A final deveria ter sido realizada no dia 24 de novembro, em Buenos Aires, mas foi adiada por causa do ataque ao ônibus do Boca Juniors por parte de torcedores do River Plate a poucas horas do início daquele jogo. Madri foi escolhida pela Conmebol para receber o jogo decisivo. A Libertadores, assim, encerra a edição mais insólita de sua história.

Exatamente como havia previsto o técnico do Boca, Guillermo Schelotto, a partida foi truncada e amarrada. Muito mais pegada que o jogo de ida (2 a 2 na Bombonera). Não havia espaço. O campo "encolheu" tamanha a dedicação dos jogadores à marcação. Toda bola era dividida com carrinho, cara feia e faísca. O espetáculo ficou em segundo plano. Curiosamente, o primeiro cartão amarelo só saiu aos 27 do primeiro tempo para Ponzio.

Os inúmeros erros de passe escancaravam o nervosismo dos rivais, principalmente do River Plate. No final do primeiro tempo, o time de Marcelo Gallardo (fora do banco de reservas por suspensão) não acertou nenhum chute a gol. O Boca começou melhor escorado em um esquema com três atacantes: Benedetto, Pavón e Villa.

O time xeneize soube jogar pelas pontas. Aos 9 minutos, Olaza cruzou, Maidana tentou o corte, mas quase fez gol contra. Na sequência, Perez aproveitou o escanteio, mas chutou em cima do goleiro Armani. Vinte minutos depois, a melhor chance do jogo até então veio com Perez (de novo). Ele chutou cruzado, mas o volante Nández não alcançou para fazer o primeiro gol.

As torcidas tomaram posse do Santiago Bernabéu, com gritos, cantos e bandeiras. Os agentes de segurança só não permitiram as faixas. Atrás de cada gol, um pequeno setor das arquibancadas foi fechado para separar as duas torcidas. Em todos os detalhes, a arena espanhola virou um estádio sul-americano. Os argentinos que percorreram os 10 mil quilômetros de Buenos Aires a Madri levaram para o estádio a mania quase religiosa de cantar o jogo todo. Sem parar. Mostraram aos europeus um jeito próprio de torcer. Paixão tipo exportação.

O jogo deste domingo começou muito antes do apito do árbitro Andrés Cunha. No dia 24 de novembro, o ônibus do Boca Juniors foi alvo de pedradas antes de acessar o estádio Monumental. Jogadores feridos, partida adiada. Depois de dias de entrave para decidir um novo local, a Conmebol anunciou que a partida seria fora da América do Sul, causando insatisfação e reclamação dos dois times. O Boca queria ser declarado campeão, o River queria jogar em seu estádio. Nesse contexto, cada dividida trazia a rivalidade histórica atualizada pelas polêmicas recentes.

O jogo destravou no final do primeiro tempo quando os times aceleraram as jogadas pelos lados do campo. O jogo ficou lá e cá. Foi assim que o Boca abriu o placar aos 43. Depois que o River errou um cruzamento, o uruguaio Nández deu passe excelente em profundidade para Benedetto, que deu um corte espetacular no zagueiro Maidana e tocou na saída de Armani. Golaço. Foi o quinto gol do atacante, carrasco do Cruzeiro e Palmeiras nas fases anteriores da Libertadores e que já havia marcado na primeira partida da final.

O River Plate adiantou suas linhas para jogar no campo do Boca Juniors e tirou Ponzio, que exagerou nos erros de passe. Entrou Quintero. Mais presente no ataque, os jogadores do River reclamaram muito de uma trombada de Pratto no goleiro Andrada. Queriam pênalti, mas o árbitro nada marcou. Aos 22 minutos, os meias do River, que vinham com uma atuação discreta, mostraram sua qualidade técnica. Fernández tabelou com Palacios e rolou para Lucas Pratto empurrar para as redes. Empate do River: 1 a 1. Pratto, conhecido do torcedor brasileiro pela passagem no Atlético-MG e São Paulo, também completou seu quinto gol no torneio.

O River conquistou transformar seu sistema tático, passou a jogar nas costas dos volantes do Boca e se aproximou da vitória. O time de Gallardo também esteve mais inteiro fisicamente no final do jogo. A superioridade aumentou com a expulsão de Barrios, ainda no primeiro tempo da prorrogação. E virou vantagem numérica no início da etapa final. Quintero, que entrou no lugar de Ponzio e modificou o jogo taticamente, acertou um belo chute no ângulo. Virada do River.

Mesmo com um jogador a menos e Fernando Gago, contundido, sem condições de jogo, o Boca foi à frente e acertou um bola na trave no último minuto da prorrogação. Após a cobrança de escanteio, em que o goleiro Andrada foi ao ataque, o River definiu o placar com Martínez finalizando com o gol vazio.

 

FICHA TÉCNICA:

RIVER PLATE 3 x 1 BOCA JUNIORS

RIVER PLATE - Armani; Montiel (Mayada), Maidana, Pinola e Casco; Pérez, Ponzio (Quintero), Palacios (Álvarez) e Fernández (Zuculini); Martínez e Pratto. Técnico: Marcelo Gallardo.

BOCA JUNIORS - Andrada; Buffarini (Tevez), Magallán, Izquierdoz e Olaza; Nández, Barrios e Pérez (Gago); Pavón, Benedetto (Ábila) e Villa (Jara). Técnico: Guillermo Schelotto.

GOLS - Benedetto, aos 43 minutos do primeiro tempo. Pratto, aos 22 do segundo tempo. Quintero, aos 3, e Martínez, aos 16 minutos do segundo tempo da prorrogação.

CARTÕES AMARELOS - Ponzio, Pérez, Fernández, Maidana e Casco.

CARTÃO VERMELHO - Barrios

ÁRBITRO - Andrés Cunha (Uruguai).

RENDA - Não divulgada.

Público - 62.282 pagantes.

LOCAL - Estádio Santiago Bernabéu, em Madri (Espanha).

Após a violência ocorrida antes da partida final da Libertadores, em Buenos Aires, River Plate e Boca Juniors se enfrentam hoje (9), às 17h30 (de Brasília), no estádio Santiago Bernabéu, em Madri. É a primeira vez que a Taça Libertadores terá jogo disputado em território europeu. A medida foi adotada pela Comenbol, por questão de segurança, depois que o ônibus com os atletas do Boca foi apedrejado por torcedores do River há 15 dias.

Temendo episódios de violência, o governo espanhol disponibilizou cerca de 4 mil policiais entre agentes públicos e privados. Em Madri, na véspera do jogo deste domingo, torcedores do Boca e River escolheram locais distintos para se reunir a fim de assistir à partida de logo mais.

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A diretoria do River tentou evitar a transferência do jogo para a capital esánhola, alegando que se a decisão fosse no Monumental, na capital argentina, as arquibancadas estariam ocupadas apenas por seus torcedores, como ocorreu no primeiro jogo da final na Bombonera. Segundo eles, com a mudança para Madri, as duas torcidas vão dividirão as arquibancadas do Bernabéu. Para os diretores, a presença da torcida do Boca é uma vantagem concedida ao clube adversário.

Já os drietores do Boca chegaram a sinalizar que a sua equipe não disputaria a final em Madri. Eles reivindicavam que o arquirrival fosse desclassificado como punição pela violência contra seus jogadores. O técnico Guillermo Barros Schelotto, por exemplo, fez discurso duro contra o episódio que gerou a decisão do torneio para um país europeu.

A expectativa é que o Boca entre em campo com a formação anterior, com Sebastián Villa e Ramón Ábila no setor ofensivo.

Prováveis escalações:

River Plate: Armani; Montiel, Martínez Cuarta, Maidana, Pinola e Casco; Palacios, Ponzio, Pérez e Pity Martínez; Pratto. Técnico: Marcelo Gallardo.

Boca Juniors: Andrada; Jara, Izquierdoz, Magallán e Olaza; Nández, Barrios e Pérez; Villa, Pavón e Ábila. Técnico: Guillermo Barros Schelotto.

Árbitro da partida : Andrés Cunha (Uruguai), auxiliado pelos compatriotas Nicolás Tarán e Mauricio Espinosa.

 

*Com informações da Agência EFE.

O técnico Marcelo Gallardo comandou nesta sexta-feira o penúltimo treino do River Plate antes da decisão da Libertadores. No CT do Real Madrid, o treinador fechou a atividade à imprensa e fez mistério sobre a escalação que encara o Boca Juniors no domingo, no estádio Santiago Bernabéu.

Apesar do mistério, Gallardo tem a maior parte da escalação do River Plate encaminhada. Dez titulares parecem já ter a presença definida: Armani; Montiel, Maidana, Pinola e Casco; Exequiel Palacios, Ponzio, Enzo Pérez e Pity Martínez; Lucas Pratto.

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Resta, então, saber quem será o 11.º titular. De acordo com a imprensa argentina, Gallardo tem quatro opções para a vaga, sendo que cada uma delas representa uma formação tática diferente.

Se mantiver o esquema mais defensivo utilizado no jogo de ida, no empate por 2 a 2 em La Bombonera, Gallardo escalará o zagueiro Martínez Quarta ao lado de Maidana e Pinola, compondo o trio de zaga e formando o 3-6-1. Scocco, recuperado de contusão, pode entrar ao lado de Pratto, deixando a equipe em um clássico 4-4-2.

As outras duas opções resultariam em um 4-5-1, mas com estilos diferentes. Se escolher Nacho Fernández, Gallardo escalará o River com três volantes. Nos últimos dias, porém, ganhou força o nome do jovem Julián Alvarez, de 18 anos, que poderia compor uma trinca de meias com Enzo Pérez e Pity Martínez, com Lucas Pratto isolado no ataque.

Gallardo deve revelar a escalação somente momentos antes da partida. Depois das cenas de violência do último dia 24, nas cercanias do Monumental de Núñez, o River precisa de uma vitória simples domingo, em Madri para conquistar o título. Um novo empate leva a decisão para a prorrogação.

A delegação do Boca Juniors deixou a Argentina rumo à Espanha na madrugada desta quarta-feira sob o apoio de sua fanática torcida. Centenas de fãs fizeram uma festa na saída do ônibus do clube de Buenos Aires para o aeroporto. O clube vai desembarcar nesta quarta em Madri, onde disputará no domingo a segunda partida da final da Copa Libertadores.

O grande grupo de torcedores cercou o veículo com cânticos, fogos de artifício, bandeiras e buzinaço, na noite de terça. A delegação embarcou para a Europa na madrugada. O clube espera ser recebido também com festa na capital espanhola pelos torcedores argentinos que moram na cidade.

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Madri vai receber de forma excepcional a finalíssima da Libertadores deste ano em razão dos incidentes ocorridos com os jogadores do Boca a poucas horas da partida marcada inicialmente para o dia 24, no Monumental de Núñez, estádio do rival River Plate.

A poucas horas do início da partida, torcedores do River atacaram com pedras o ônibus que levava a delegação do Boca. Dois jogadores ficaram machucados e boa parte foi afetada por gás de pimenta. O jogo foi adiado para o dia seguinte, 25, mas também não ocorreu.

Após polêmicas e insatisfações por parte dos dois clubes, a finalíssima foi transferida pela Conmebol para o estádio Santiago Bernabéu, do Real Madrid. Embora tenha viajado normalmente nesta madrugada, o Boca havia pedido para ser declarado o campeão sem precisar disputar o segundo jogo em razão dos distúrbios ocorridos nas proximidades do estádio do River. Já o rival pediu para a partida ser realizada no mesmo local.

A delegação do River Plate deve embarcar para a Espanha na manhã desta quarta. A final está marcada para este domingo, às 17h30 (horário de Brasília), em Madri.

O Ministério Público Fiscal da Cidade Autônoma de Buenos Aires comunicou nesta terça-feira a prisão de Matias Sebastian Nicolas Firpo, torcedor do River Plate, pela acusação de ter cometido vários delitos durante os incidentes de ataque ao ônibus do Boca Juniors em 24 de novembro, durante a chegada do ônibus do clube ao Monumental de Núñez para a finalíssima da Copa Libertadores, que acabou não sendo realizada.

Firpo foi detido na sua residência em Lomas del Mirador, cidade localizada na região da Grande Buenos Aires. E enfrentará diversas acusações, como dano, pequenas lesões intencionais, impedir a realização de um evento esportivo, ataque a autoridades e formação de quadrilha.

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A prisão de Firpo, de 31 anos, foi determinada pela investigação do Ministério Público liderada pela procuradora Adriana Bellavigna. E a sua identificação foi possível a partir do uso de imagens de redes sociais e também de câmeras de segurança localizadas nas proximidades do estádio do River.

As autoridades também explicaram que Firpo entrou no Monumental de Nuñez após o incidente que provocou o adiamento da decisão da Libertadores. E também apontou que o agressor buscou mudar a sua aparência física nos dias seguintes ao ataque, o que dificultou a sua identificação.

"Os investigadores conseguiram estabelecer a trajetória da Firpo desde os incidentes até a entrada no estádio do River Plate e assim obter sua identidade através dos respectivos controles ali localizados, após terem revisado inúmeras câmeras do estádio. A partir daí, trabalhamos na identificação confiável dessa pessoa por meio de diferentes bancos de dados. Além disso, foi feito um levantamento das redes sociais em que o acusado aparece. Como Matías Sebastián Nicolás Firpo mudou sua aparência física após os incidentes, os investigadores tiveram que avaliar diferentes fotos obtidas nas redes sociais que mostram as mudanças físicas do acusado durante os meses anteriores a 24 de novembro", explica.

Após o empate por 2 a 2 em La Bombonera, na partida de ida, River Plate e Boca Juniors deveriam ter decidido o título da Libertadores no último dia 24. Momentos antes da partida, no entanto, o ônibus do Boca foi apedrejado pela torcida rival quando se aproximava do Monumental de Núñez.

Alguns jogadores se feriram, como o capitão Pablo Pérez, que lesionou o braço e o olho, o que fez com que a Conmebol alterasse o horário da partida em duas oportunidades. Após um acordo entre os clubes, o jogo foi adiado para o dia seguinte, quando, então, foi suspenso.

De lá para cá, o Boca tentou sagrar-se campeão sem entrar em campo, enquanto o River exigia disputar a partida decisiva em seu estádio. A Conmebol, no entanto, ordenou que a partida seja realizada no próximo sábado, no Santiago Bernabéu, em Madri, às 17h30 (horário de Brasília).

As jogadoras do Santos lutaram bastante na noite deste domingo (2), mas deixaram escapar o título da Copa Libertadores feminina. Na Arena Amazônia, em Manaus, as "sereias da Vila" saíram na frente do Atlético Huila, mas cederam o empate por 1 a 1 e foram batidas nas cobranças de pênaltis.

A equipe colombiana levou a melhor pelo placar de 5 a 3. Nas finalizações decisivas, a meio-campista Angelina parou na goleira Solera na cobrança que acabou definindo o jogo e o título. As santistas buscavam o tricampeonato da Libertadores, após levantarem o troféu em 2009 e 2010. Foi o primeiro título do Atlético Huila.

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Favorita, a equipe santista começou bem a final deste domingo e parecia encaminhar a vitória com tranquilidade ao abrir o placar logo no primeiro minuto de jogo. Brena acertou forte chute de fora da área e inaugurou o marcador.

O gol precoce do Santos obrigou as colombianas a saíram para o jogo, em busca do empate. Mas as visitantes se saíram bem na defesa, sem dar maiores brechas e impediram novos gols da equipe brasileira.

Para piorar para o Santos, o Atlético anotou o gol de empate logo no começo do segundo tempo. Gavy Santos encobriu a goleira Nicole e decretou a igualdade no placar, o que exigiu as penalidades. As colombianas converteram todas as suas cinco cobranças e o Santos desperdiçou uma delas, definindo o título.

Com a derrota, o time feminino do Santos já começa a pensar no Campeonato Paulista do próximo ano, em busca da defesa do título conquistado em 2018.

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