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Será na sexta-feira (31), a partir das 19 horas, na Casa da Linguagem (Av. Nazaré, 5, esquina com Assis de Vasconcelos), em Belém, a Viração Literária, um evento artístico e cultural que terá na programação o lançamento do livro "Conta de mentiroso", do poeta e professor Paulo Nunes, com ilustração da artista plástica Claudia Cruz. Também será lançada a segunda edição do livro "Insagrado das traquinagens", do mesmo autor, ilustrado por Tadeu Lobato, mestre das artes plásticas paraenses. Ambos os livros foram editados por Andréa Pinheiro, da Amo! Editora.

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A programação do evento constará de performances literárias, tendo a contadora de histórias Ana Selma Cunha como âncora, além de exposição varal das ilustrações de Tadeu Lobato e Cláudia Cruz. Haverá, ainda, declamação de poemas, bate-papo com os artistas e outras maquinações lúdicas.

Segundo Paulo Nunes, doutor e pesquisador de literatura, professor da UNAMA - Universidade da Amazônia, a Casa da Linguagem foi escolhida a dedo para o evento, visto que “é o templo da palavra poética em Belém”. “Na Casa, temos encravadas as energias criativas de Max Martins, Maria Lúcia Medeiros, mestres de muitas gerações”, afirmou.

A entrada é gratuita. Os livros serão autografados durante o evento.

Da Redação do LeiaJá.

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Se antes o empreendedorismo era um espaço majoritariamente masculino, agora, a presença feminina vem ganhando força nos últimos tempos. Cada vez mais as mulheres se posicionam como donas do seu próprio negócio. Estudo realizado com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc) mostrou que após diminuir para um total de 8,6 milhões, no segundo trimestre de 2020, o número de mulheres à frente de um negócio no Brasil fechou o quarto trimestre de 2021 em 10,1 milhões.

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Dentre essas empreendedoras está Tiane Melo, que é pedagoga, produz conteúdo para as redes sociais e também empreende. Bastante conhecida pelo perfil no Instagram, o @mangapoética, ela compartilha com os mais de 115 mil seguidores várias frases com expressões tipicamente paraenses (veja galeria de fotos).

Atualmente, Tiane vende peças de vestuários e decoração com as conhecidas frases e conta como aconteceu o processo até conseguir empreender de fato. Segundo ela, a influência para o empreendedorismo sempre esteve presente em sua família. A mãe de Tiane vendia salgados e bolos, mesmo que não houvesse um profissionalismo. Quando as vendas em sua marca começaram de fato a demandarem mais dela, a pedagoga foi em busca de conhecimento. “Eu decidi entrar de cabeça na onda do empreendedorismo. Não tinha um conhecimento de fato, mas eu fui buscando através do próprio Instagram, seguindo e conhecendo pessoas que entendiam. Na prática eu fui aprendendo”, contou ela.

Como alguém que não possui toda a renda oriunda do empreendimento, Tiane afirma que uma de suas maiores dificuldades quando começou a empreender foi criar uma rede de fornecedores paraenses, nos quais ela tivesse maior confiança.

Tiane frisou que seu empreendimento diz muito sobre o paraense e a cultura do Estado. “A minha marca vende cultura paraense, não no sentido de um consumismo líquido, mas, sim, nessa questão de identidade e identificação com a marca”, afirmou.

Segundo informações da Junta Comercial do Estado do Pará (JUCEPA), 42,36% das empresas no Pará têm mulheres em seus quadros societários e de chefia, contra 57,64% formalizados por homens, em 2021. Somente em Belém, foi registrado o aumento de 29,63% em abertura de empresas neste ano. Já Ananindeua, na região metropolitana, registou um total de 11% em novos empreendimentos.

Os dados se confirmam na experiência da empreendedora, que afirma existir um companheirismo entre as demais mulheres do ramo. “Uma vai levantando a outra, vai dando dica, vai indicando fornecedor melhor de sacola de adesivo”, contou.

O empreendedorismo feminino ainda se mostra como uma porta para mulheres que vivem em submissão ou até uma forma de violência, analisou a empreendora. Para ela, o empreendedorismo feminino deveria ser uma política pública.

“Que existam incentivos, espaços, eventos. Tanto para mulheres que já empreendem quanto para mulheres que têm esse desejo”,  destacou.

Por Painah Silva e Gabriel Pires (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

Quatro alunas do sétimo semestre do curso de Comunicação Social (Jornalismo), da UNAMA - Universidade da Amazônia, estão desenvolvendo um projeto chamado Pará de Pavulagem, podcast em que entrevistam personalidades de Belém e contribuem para uma melhor divulgação da cultura paraense.

"O podcast traz uma linguagem bem informal, mas não tão informal a ponto de não ser levada a sério. Então, a gente encontrou no podcast uma forma de nós quatro, como amigas, conversarmos sobre algo que a gente gosta e, ao mesmo tempo, levar informação para as pessoas", disse Ana Luísa Cintra, uma das acadêmicas.

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Formato digital, o podcast é um conteúdo em áudio, disponibilizado por meio de arquivo ou streaming, que que pode ser ouvido em diversos dispositivos, o que ajudou na sua popularização. Como produto jornalístico, aborda um tema, ou vários, como se fosse um programa, e se apresenta em episódios. 

Em entrevista ao LeiaJá, Ana Luísa Cintra, Maria Rita Araújo, Sabrina Avelar e Yasmin Seraphico falaram mais sobre o projeto.

A primeira entrevistada do podcast foi a professora de redação Cindy Hage, curadora do "Sarau Ver-o-Verso”.  "Por ela estar mais engajada no assunto e, como o tema do nosso podcast era sobre o Dia da Poesia, a gente decidiu entrevistar ela", disse Maria Rita.

Sabrina Avelar agendou a entrevista com a professora. ''Eu peguei alguns contatos relacionados à poesia no local onde eu trabalho, porque eu faço estágio na TV Liberal, e achei a proposta dela muito mais interessante", disse Sabrina.

Para as estudantes, gravar um podcast nesse momento da graduação está sendo boa experiência. "É muito bom, mas é difícil, porque o nosso horário é muito apertado, então a gente tem trabalhos das disciplinas, a gente tem TCC e o podcast, que tem que ir atrás de um entrevistado, tem que fazer o roteiro, gravar, editar. É bem difícil, mas a gente gostou muito da ideia e a se deu muito bem com esse formato", disse Ana Luísa Cintra.

Para Ana Luísa, o podcast é uma forma de conversar. É uma aproximação com o público sobre temas variados, assinala. "Não só com o público, mas também com o próprio entrevistado, que fica mais à vontade", disse Maria Rita. No podcast, o importante é levar informação, conteúdo de qualidade para as pessoas, completa Maria Rita.

"A nossa primeira entrevista foi com Silvestre Neto, sobre o Ecoturismo. A gente fez por WhatsApp, e ele mandou os áudios. O que mais deu trabalho foi na hora da edição, mas na hora que a gente foi montar o roteiro, meio que flui muito naturalmente, pela nossa conexão, que a gente tem uma com a outra (risos). A gente consegue fluir muito bem, uma coisa bem dinâmica", disse Yasmin Seraphico

Embora experimental, o podcast está nas plataformas digitais e pode ganhar uma projeção maior. "A gente pretende trabalhar em cima do podcast. Talvez um dia chegue lá. Eu espero que a gente consiga (risos), apesar das dificuldades do momento", disse Ana Luísa.

A meta, segundo as estudantes, é ajudar a difundir a cultura paraense para o restante do país. "Os projetos culturais que nós temos aqui, as oficinas, tem tanta gente que não conhece. São pouco divulgados, coisas que são importantes. Eu espero que a gente consiga atingir muito mais pessoas", disse Maria Rita

“Até porque a proposta do nome do podcast é a identidade que a gente criou, a letra que a gente pensou é a letra que a galera escreve nos barcos, aquela letra mais elaborada. E o nome pavulagem veio da Maria Rita, que gostava muito do Arraial do Pavulagem e a gente pensou na gíria (ah, lá vem tu com essa pavulagem, para de pavulagem) mas é no Pará, e aí vem Pará de Pavulagem, justamente para trazer a cultura regional", destacou Ana Luísa. Segundo ela, tudo está fundado na regionalidade. "Tem a vinheta, o BG, tudo isso é pensado para trazer uma regionalidade para o podcast, sem tirar a credibilidade. A nossa proposta é valorizar o regional", disse Ana Luísa.

Para ouvir o podcast Pará de Pavulagem, clique aqui.

Entrevista concedida a Igor Oliveira (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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Transmissões ao vivo no Instagram, vídeos curtos no Reels, dancinhas no Tik Tok e lives no YouTube marcam a popularidade do audiovisual nas redes sociais. Ao longo dos últimos anos, as plataformas mais famosas, como Facebook e Instagram, que publicavam apenas textos e imagens, passaram a postar os vídeos como forma de entretenimento.

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A preferência pelo vídeo chegou para ficar, como explica Ana Paula Andrade, professora do curso de Comunicação Social da UNAMA - Universidade da Amazônia. “Não é de agora que a gente tem observado esse comportamento do público em geral nas redes sociais. Na internet como um todo, na hora de optar por consumir, por exemplo, um texto ou um vídeo, grande parte dos usuários prefere acessar um vídeo do que ler um texto. É uma forma que essas plataformas encontram para atender essa necessidade que vem crescendo cada vez mais", afirma a professora.

Com a chegada do vídeo, o que seria apenas entretenimento entre os internautas passou a ser uma das principais “armas" de estratégia de marketing de empresas, instituições e influenciadores das redes, saindo do campo da diversão para a divulgação de trabalhos e negócios. “A sedução do vídeo vem justamente pelo fato de ele ser um produto dinâmico. Ele brinca com o nosso sensorial, com a audição, com a visão, te traz possibilidades de inovar e, com isso, se torna mais atraente", observa a professora Ana Paula, doutora em Comunicação e especialista em mídia audiovisual.

Com a pandemia da covid-19 e o isolamento social, a busca por plataformas de vídeos como o Tik Tok e Kwai cresceu nesse período. Esses aplicativos optam por vídeos mais curtos e se popularizaram pelos conteúdos engraçados e por danças.

Geralmente feito por pessoas comuns, essa linguagem também ganha críticas pelo fato de muitos usuários não conseguirem controlar o tempo de utilização. “Utilizar de forma intensa a tecnologia pode afetar negativamente as nossas relações interpessoais e até a nossa saúde fisica. Portanto, somente com o uso consciente poderemos usufruir dos benefícios que as ferramentas tecnológicas nos oferecem”, alerta a psicóloga Sorraine Costa.

Por Alana Bazia e Douglas Santos.

 

Só faltam falar. Os cães podem reconhecer certas palavras, mesmo que pronunciadas por desconhecidos, uma pré-disposição para a compreensão da linguagem que se acreditava era exclusiva dos humanos, revela um estudo divulgado nesta quarta-feira (4) na Royal Society.

Se sabia que os cães domésticos compreendem ordens simples, e que são capazes de reconhecer vozes humanas familiares que pronunciam frases conhecidas, mas não que percebem a palavra humana e sua fonética.

Uma equipe da universidade britânica de Sussex realizou uma experiência com 70 cães domésticos, de diferentes raças, que escutaram sílabas, sem sentido para eles, pronunciadas por desconhecidos: 13 homens e 14 mulheres.

Ao observar a reação dos cães a diferentes estímulos sonoros (pelo método conhecido como "habituação-desabituação"), os pesquisadores descobriram que os animais reconhecem termos como "hid", "had" e "who'd", pronunciados por diferentes pessoas.

Isto revela que conseguem "generalizar os fonemas, independentemente das pessoas que os pronunciam", explicou à AFP David Reby, professor de etologia da universidade francesa de Lyon Saint-Etienne e um dos autores do estudo.

"Até o momento se pensava que esta capacidade de categorizar as palavras, sem treinamento prévio, era exclusiva dos humanos. Mas achamos que não é o caso", acrescentou Holly Root-Gutteridge, da Universidade de Sussex, outra autora do estudo.

"Este tipo de reconhecimento de fonemas é um pré-requisito do idioma, já que para se falar é preciso ser capaz de identificar uma mesma palavra através de diferentes locutores", destaca Root-Gutteridge.

O estudo sugere que os cães conseguem, através de certas palavras - sem sentido para eles ("heed", "heard", "hood"...) - detectar a voz das pessoas que não conhecem.

"São, portanto, capazes de formar muito rapidamente uma representação da voz", outro pré-requisito para compreender a palavra, destaca David Reby.

Outros animais, como as chinchilas ou os ratos, já haviam apresentado capacidades semelhantes, mas com um treinamento prévio.

"É a primeira vez que conseguimos estes resultados de maneira espontânea", destacou Root-Gutteridge.

Um professor de português foi demitido após 'ensinar' e propor aos alunos do 6º ano uma redação sobre práticas sexuais, na última quarta-feira (13). Os estudantes -entre 10 e 12 anos- do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 104, localizado na Asa Norte, em Brasília, fotografaram o quadro recheado com expressões obscenas.

Após tomar consciência do caso, o diretor da instituição junto a um grupo de pais, prestaram queixa contra Wendel Santana, de 25 anos. Na ocorrência, foi descrito que o professor apresentou conteúdos completamente inadequados e fora do plano de ensino.

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Wendel confirmou ter ministrado o material de cunho sexual e alegou que a intenção era apresentar a diferenciação de expressões formais e informais como exercício de linguagem. Ao G1, o educador também revelou que não foi treinado para dar aulas para esta faixa etária.

A Secretaria de Educação do Distrito Federal garantiu que o contrato temporário com o professor será rescindido. Já os alunos vão receber apoio do Serviço de Orientação Educacional.

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O primeiro livro de poesias do escritor, urbanista e professor Flávio Nassar nasceu por acidente. Desde que escreveu “O armagedon na cidade do Pará e a polêmica ressurreição do Engolecobra”, em 2001, o autor buscava inspiração para um novo romance. “Apesar de inúmeras tentativas, não consegui me convencer do que estava fazendo. Então mudei de ideia e, como leio muita poesia, comecei a me arvorar por esse caminho. Comecei a escrever uma coisa ou outra, até que o livro ficou pronto”, relata Nassar.

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Intitulado “Corpo Opaco”, lançado na quinta-feira, na Livraria da Fox, em Belém, a obra trabalha a criatividade não apenas na escolha de palavras, mas também na estética de apresentação dos textos. O escritor, que também assina o projeto gráfico, criou uma tipografia exclusiva e ilustrações em forma de QR Code para marcar cada um dos seis capítulos do livro.

“O QR Code por si só já trabalha com a linguagem de branco e preto, essas duas cores antagônicas. As minhas ilustrações acabaram tendo uma terceira cor, que é o vermelho, um pouco inspirado no grafismo dos poetas concretistas russos”, explica o autor.

A maior parte dos poemas reunidos no livro foi escrita entre 2016 e 2018. Entre os temas explorados há reflexões sobre a condição humana, a ocupação de cidades, o momento brasileiro nos últimos cinco anos e a própria literatura a partir do sentimento do autor.

Apesar da variedade de temas, Flávio Nassar ressalta que os textos não possuem referências regionalistas. “Tentei fugir ao máximo de referências como Ver-o-Peso, tacacá, pirarucu. Tentei escrever um texto que não chega a ser universal, mas foge do regionalismo. A única poesia que vai dar uma dica do lugar de onde eu sou é uma que cita Santa Maria de Belém, mas em um contexto que tem a ver com qualquer cidade”, conta.

Lançado sob o selo da editora 7Letras, “Corpo Opaco” tem direção de arte de Mirtes Morbach e editoração de Calazans Souza. A apresentação da obra é assinada por Pedro Pinho, professor de literatura brasileira da Universidade Federal do Pará (UFPA). Os escritores Vicente Cecim e Caco Ishark assinam os textos na orelha da edição física. A obra já pode ser adquirida no site www.7letras.com.br.

Flávio Nassar é professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Pará (FAU-UFPA). Também é coordenador do Fórum Landi, entidade de caráter internacional que reúne estudiosos brasileiros, portugueses e italianos interessados no estudo da realidade amazônica no século XVIII. Além de sua produção acadêmica, escreveu o romance “O armagedon na cidade do Pará e a polêmica ressurreição do Engolecobra” (2001), além de diversos artigos publicados em jornais e revistas.

Da assessoria da editora.

Falar como bebê para bebês pode ser uma demonstração de carinho dos pais com os filhos logo depois do nascimento. Mas quando as crianças começam a crescer, falar corretamente é mais importante para estimular o desenvolvimento da linguagem.

Os bebês começam a se comunicar através do choro. Com o passar do tempo, emitem sons mais como uma brincadeira, despertando a curiosidade pela fala. Apenas com sete ou oito meses de vida, atribuem algum significado às palavras. A fala propriamente dita vai aparecer a partir de um ano de idade, dependendo da evolução de cada um. "Isso não significa que até os dois anos a criança não se comunica. Ela usa gestos, atitudes, bate palma quando solicitada. É uma comunicação muito imitativa nessa fase", explica a fonoaudióloga Marly Teixeira Kondo, integrante da equipe de Neurologia da Clínica Walkiria Brunetti.

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Um estudo que acaba de ser divulgado no The Journal of Neuroscience apontou que uma das melhores maneiras para incentivar a criança a falar é conversar com ela. Os pesquisadores usaram gravações em áudio e exames de imagens do cérebro de 40 crianças, entre 4 e 6 anos de idade. As imagens mostraram que as crianças mais envolvidas nas conversas apresentaram conexões intensas em duas regiões do cérebro: na área de Wernicke e na área de Broca, ambas localizadas no córtex cerebral e ligadas à compreensão e à produção da fala.

A criança passa os primeiros meses de vida sendo exposta a todo tipo de som e comunicação. O bebê vive a fase da compreensão antes da emissão. E os pais podem ajudar muito, conversando, de fato, com o filho. "Então, você vai dar o banho, converse com a criança, mesmo bebezinho: 'vamos tomar banho, olha como está a água, vou colocar a fralda, a mamãe vai passar creminho no bumbum' e assim por diante", aconselha Kondo.

Outra dica importante é, ao passear com o bebê, ir nomeando as coisas que vão surgindo, como paisagens, um cachorrinho na rua, as árvores, mas tudo de forma natural. "Não é para bombardear a criança com os nomes, não é isso. É mostrar o mundo através da fala e a criança vai internalizando tudo", afirma a fonoaudióloga.

E quando a criança pronuncia alguma palavra errada, deve-se corrigir? Para Kondo, existe um caminho melhor. "Sempre devemos falar com a criança com nomes certos das coisas. Nunca com a linguagem do bebê, por exemplo, se cair um brinquedo, um carrinho no chão. Você deve pronunciar a palavra 'carrinho caiu' e não 'o tainho taiu', que tem criança que fala assim", diz.

Por vezes, a criança ainda não consegue fazer os movimentos adequados para aqueles sons das palavras. É por isso que corrigir não é o remédio, na opinião da fonoaudióloga Marly Teixeira Kondo: "O adulto nunca vai corrigir com um 'não pode falar assim', mas repetir a palavra correta. Com o tempo é que acontece o amadurecimento. Então, a criança precisa do modelo correto e não da correção", conclui.

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“O que eu busco nas minhas oficinas é a experimentação como um próprio acontecer poético”, disse Mayara La-Rocque, instrutora da Casa da Linguagem. A instituição é referência em promover cursos de linguagem verbal e não verbal para um público que tem carência de informação e de formação.

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Incentivar a leitura é o principal objetivo da Casa, e eles procuram melhorá-la de diferentes formas por meio das oficinas. Fazem parte dessa integração: a charge, cartum, crônica, nota de jornal e trechos de romance que visam estimular o aprendizado. “Partimos do princípio de que ninguém aprende a escrever se não ler. Não existe a escrita sem leitura”, afirma Wilson Moraes, técnico em gestão cultural na instituição há oito anos.

A visão da instituição é bem clara e busca resgatar um teor artístico que em muitos casos, por conta do currículo rígido do ensino médio, não é tão explorado. “As oficinas que eu proponho são de escrita criativa, elas estão vinculadas a intepretação e produção de texto. Então basicamente trabalho com escritores da literatura universal, e que possibilito para o participante esse contato com a leitura. E a partir da leitura, a gente vai tecendo várias reflexões do que é a linguagem, das formas como ela pode se apresentar. A gente discute questões de estilos e os pontos de reflexão que uma obra pode trazer e o que isso repercute no processo criativo de cada um”, explica Mayara.

A leitura não é a única proposta. Cerca de 50% das oficinas são destinadas às artes cênicas, música, dança e desenho. Apesar do espaço não ter público definido, a maior parte dos frequentadores são jovens, entre 12 e 20 anos, que buscam formas alternativas de expressão. Esse grupo é refletido na pesquisa do Portal Educacional que aponta para mais da metade (54%) dos jovens do 3º ano do ensino médio não terem um curso de ensino superior definido. A casa tornou-se um lugar onde o estudante pode se encontrar e ampliar os horizontes para outras possibilidades.

Leonardo Miranda, que está no 3º ano do ensino médio, teve a oportunidade de participar da oficina preparatória para o ENEM graças à Casa da Linguagem. Os objetivos do jovem são claros: “Desenvolver a parte da escrita, a parte verbal. Estou no último ano do ensino médio e eu vou fazer o ENEM ‘valendo’, com objeto de ingressar na faculdade como UFPA e UEPA”.  Além disso, ele opina sobre os outros projetos desenvolvidos pela instituição: “Os cursos ofertados pela instituição, na área de linguagem e nas outras áreas de artes cênicas, contribuem para o desenvolvimento de jovens e adultos interessados em cultura”.

A Casa da Linguagem é parte da Fundação Cultural do Pará, que aposta também em artesanato. No local pode-se encontrar diversas produções dos alunos. Estes têm a oportunidade de expor seu trabalho e até mesmo, caso se identifiquem com a área, produzir tais materiais para a venda.

Seguindo o formato usado no artesanato, cada oficina da Casa da Linguagem promove saraus, em que os alunos apresentam os trabalhos realizados. São apresentações musicais, dança, teatro, recitais e escrita. Na parte de escrita há os fanzines, livros artesanais sem fins lucrativos, que são pequenas coletâneas de poesias. Esses livrinhos têm por objetivo dar um olhar poético na escrita dos alunos, que por vezes está enraizada nos textos dissertativos.

Mesmo com todo o esforço, nem sempre os projetos do espaço recebem bons investimentos ou nem são divulgados de forma correta. Boa parte da comunidade não conhece e quando toma ciência, às vezes, não consegue se inscrever pelo número limitado de vagas. Robson Cavalcante, que é voluntário civil, por exemplo, tentou participar da oficina de desenho e não conseguiu: “Eu procurei fazer curso na Casa da Linguagem, só que as vagas são limitadas. São cursos longos com público grande, por isso quando fui ao local não consegui me inscrever”.

As dificuldades existem. Porém, visitar a Casa da Linguagem é estar em um ambiente acolhedor. Max Martins, poeta paraense e primeiro diretor da instituição, que morreu em 2009, é figura importante que inspira a organização do projeto. “A Cabana”, obra do autor, exemplifica a base sólida do lugar e os caminhos oferecidos àqueles que participam dessa experiência:

 "É preciso dizer-lhe que tua casa é segura

Que há força interior nas vigas do telhado

E que atravessarás o pântano penetrante e etéreo

E que tens uma esteira

E que tua casa não é lugar de ficar

mas de ter de onde se ir."

Por Bruna Oliveira, João Paulo Costa, Márcio Gomes, Allisson Queiroz.

Os morcegos bebês aprendem a linguagem de seus colegas em sua colônia, e adotam o dialeto ou sotaque do grupo, em vez do de sua mãe, disseram pesquisadores nesta terça-feira. A diferença pode ser comparada à que existe entre falar com um sotaque de Londres ou com um sotaque escocês, afirmou o estudo publicado na revista científia PLOS Biology.

Os resultados lançaram nova luz sobre o aprendizado da linguagem em grupo, uma habilidade que se acredita pertencer principalmente aos humanos e a outros poucos mamíferos. O estudo também mostra que os morcegos são diferentes dos passeris, que tendem a aprender músicas imitando um de seus pais.

"A capacidade de aprender vocalizações de outros é extremamente importante para a aquisição da fala em humanos, mas acredita-se que é rara entre os animais", disse o autor principal, Yossi Yovel, da Universidade de Tel Aviv. "Os morcegos jovens adotam o dialeto vocalizado por seus companheiros de poleiro".

Para o estudo, os pesquisadores capturaram 14 morcegos grávidas da espécie Rousettus aegyptiacus, e os separaram em três colônias, onde criaram os jovens morcegos com suas mães. Cada colônia foi exposta a uma gravação diferente de vocalizações de morcego. Todos os jovens adotaram a maneira de vocalizar do grupo que ouviram, e não das suas mães.

"A diferença entre as vocalizações da mãe do morcego e as da colônia são semelhantes às de um sotaque de Londres e, digamos, um sotaque escocês", declarou Yovel. "Os filhotes ouviram o dialeto 'londrino' de suas mães, mas também ouviram o dialeto 'escocês' imitado por dezenas de morcegos 'escoceses'", acrescentou. "Eventualmente, adotaram um dialeto que era mais parecido com o dialeto 'escocês' local do que com o sotaque 'londrino' de suas mães".

Os pesquisadores esperam realizar outros estudos para analisar como os dialetos dos morcegos mudam quando eles deixam suas colônias, e se sua vocalização afeta a forma como se integram com os outros exemplares. "Eles adotarão o dialeto local ou serão rejeitados pelo grupo? Ou talvez a colônia local alterará seu dialeto para adotar o dos nossos morcegos", disse Yovel. "Há muitos caminhos interessantes ainda a se explorar".

A palavra economia nunca esteve tão em alta nos últimos tempos, se formos considerar a realidade do Brasil. A economia faz parte do dia a dia das pessoas e está presente em diversas profissões. Por isso, o economista e professor João Cláudio Arroyo resolveu colocar todas as suas experiências adquiridas em sala de aula no livro “Economia não é bicho papão”. O lançamento ocorreu na quarta-feira (26), no auditório David Mufarrej da Universidade da Amazônia (Unama), na Alcindo Cacela.

O livro reúne dicas, exercícios e jogos que ensinam o leitor por meio de uma didática mais interativa. “Ele vem compor esse conjunto de ferramentas de difusão do aprendizado de economia. E com outra inovação: além de didaticamente ser bem intuitivo, ele possui jogos, exercícios. Tem várias páginas em que eu pergunto para o leitor se ele está com dúvidas, e com isso coloco o meu e-mail para esclarecer as dúvidas. É um livro muito interativo”, explica o professor João Claudio Arroyo.

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A ideia do livro é resultado da página no facebook de mesmo nome e da parceria com a TV e rádio Unama. Arroyo apresenta um programa sobre economia solidária nas duas emissoras. O interesse dos alunos pelas aulas motivou o professor. “Com o interesse deles, começaram gravar as aulas, aí às vezes algumas gravações não ficavam boas e eles não entendiam nada. A partir disso, eu dei a ideia de gravarmos tudo e criarmos uma página no facebook. Então surgiu a página 'Economia não é bicho papão' e isso acabou virando um projeto”, explica. A página possui três anos, e nesse período ela se expandiu para a rádio e TV Unama. “Quando eu vim para a Unama, a TV Unama se interessou pela ideia, e perceberam que os vídeos de celular com que gravávamos não tinha qualidade, e a partir isso eles me convidaram para gravar em estúdio, e ficou um projeto muito melhor, com edição, arte e som. A rádio Unama também gostou do projeto e também fizemos essa parceria”, conta.

Segundo a vice-reitora da Unama, Betânia Fidalgo, a iniciativa de criar uma cartilha didática é importante, pois incentiva outros professores a publicarem trabalhos e projetos desenvolvidos. “A grande importância é incentivar os professores a publicarem os seus trabalhos. Então o que o professor Arroyo demonstra é uma trajetória de mais de dez anos do ensino da economia e ao trabalhar com economia em sala de aula nos diversos cursos de graduação poder escrever numa linguagem acessível ao aluno, para que ele compreenda e interaja”, destacou.

Ao lançamento do livro se seguiu uma palestra do secretário estadual da Fazenda, Nilo Noronha, sobre “Administração Tributária”. “Estar aqui na Unama é ótimo para mostrar um pouco do que desempenhamos no dia a dia, para proporcionar o que vem sendo realizado no Estado do Pará pela Secretaria da Fazenda e seus auditores. Hoje, a situação fiscal do Estado se encontra num limite razoável”, disse. O secretário também falou da importância do livro para o público em geral. “É uma ideia que também nos traz satisfação, porque não podemos jamais, em qualquer setor das nossas vidas, deixar de lado uma ciência que é a Economia."

Para a aluna do curso de Administração Thaís Neves, tanto o livro quanto a palestra servem para criar uma noção nas pessoas do quanto a economia é importante para a sociedade. “Nesse momento de crise, é importante criar esse debate, pois, hoje em dia, se uma pessoa que vive com um salário mínimo não possui uma orientação ou dicas de como administrar seus custos, ela vai sentir dificuldade. Quem é trabalhador já possui essa noção de que tem que se fazer tudo na ponta do lápis, porque senão ultrapassa o orçamento e não consegue chegar ao fim do mês com o mínimo de renda para poder se manter”, disse.

Com apoio de Naiara Prado.

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A Universidade da Amazônia (Unama) realizará uma roda de conversa com tema “O texto ficcional e as mídias: Jogos Vorazes”. O evento está sendo promovido pelos cursos de Letras e Comunicação Social. O encontro será no dia 23 de janeiro, das 19 às 22 horas, no auditório D-200, no campus Alcindo Cacela, e a participação é gratuita e aberta ao público.

De acordo com a coordenadora do curso de Letras da Unama, Veridiana Valente Castro, o debate é sobre o uso da mídia cinematográfica como recurso textual em diferentes campos do conhecimento. “O objetivo é promover o debate das relações entre as diferentes formas de linguagem midiáticas, com a finalidade de promover reflexões sobre o desenvolvimento de competências e habilidades de leitura e análise de gêneros textuais”, explicou.

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A roda de conversa contará com a presença dos professores dos cursos de Letras, Relações Internacionais e Comunicação Social, sendo eles o professor Paulo Nunes, o diretor do Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS), professor Mário Tito, e a professora Marina Chiari.

SERVIÇO:

Roda de Conversa: “O texto ficcional e as mídias: Jogos Vorazes”.

Data: 23 de janeiro (segunda-feira).

Hora: 19h às 22h.

Local: Auditório D-200, campus Alcindo Cacela.

Da assessoria de comunicação da Unama.

O Communicare é um portal de visibilidade da audiodescrição e de acessibilidade audiovisual, em Belém do Pará, que tem uma equipe multiprofissional. O grupo se reúne às quintas-feiras, na seção Braille da Biblioteca Pública Artur Viana (Centur), às 15 horas. Nos encontros são abordados assuntos de várias áreas e espaços estratégicos de difusão sobre os direitos das pessoas com deficiência e a imediata mudança de postura e revisão de valores sobre o conceito de cidadania.

Tecnicamente, audiodescrição é uma tradução intersemiótica de códigos imagéticos para códigos verbais. Ou seja: o recurso consiste na tradução de imagens em palavras, com a finalidade de garantir acessibilidade a pessoas com deficiência visual em eventos culturais, gravados ou ao vivo, tais como peças de teatro, programas de TV, exposições, mostras, musicais, óperas, desfiles e espetáculos de dança; eventos turísticos, esportivos, pedagógicos e científicos, além de aulas, seminários, congressos, palestras, feiras e outros.

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A audiodescrição amplia também o entendimento de pessoas com deficiência intelectual, idosos e disléxicos. Sendo uma tradução, está inserida nos estudos linguísticos, visto que a Linguística é a ciência da linguagem. O Communicare reúne acadêmicos e profissionais de Letras, Comunicação Social, Pedagogia, Teatro, Dança, Música, Terapia Ocupacional, Direito, Arquitetura e Administração.

O projeto Communicare, fundado em julho de 2016, por meio de uma parceria entre a audiodescritora Aline Diniz Corrêa, de 35 anos, graduada em Licenciatura Plena em Letras Língua Portuguesa pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), e Afonso Carlos de Lisboa Gallindo, 42 anos, publicitário, documentarista e jornalista, vem trabalhando a acessibilidade nos meios de comunicação. O trabalho mais recente do grupo foi a participação no debate dos candidatos à prefeitura de Belém, promovido por uma emissora de tevê paraense, que teve sua primeira transmissão com todos os padrões em acessibilidade, em todo o Estado do Pará, em cumprimento à lei brasileira de acessibilidade nº 13.143/2015.

Aline Corrêa, coordenadora do grupo, trabalhou com pessoas portadoras de deficiência, em 2000, na Seção Braille da Fundação Cultural do Estado do Pará (FCP). Em 2003, ingressou no Fórum Estadual de Ações Unificadas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e atuou politicamente em prol dos direitos das pessoas com deficiência. Aline conheceu a audiodescrição, pela primeira vez, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo, e mudou, completamente, seus planos de tornar-se uma Neolinguística. “Acreditei que, naquele momento, eu conseguiria conciliar minhas carreiras política e profissional e acadêmica”, afirmou Aline. “Communicare, que também é composta por membros com deficiência visual, nos permite compartilhar saberes e compreender o espaço de cada um no processo da inclusão, pois é comum que algumas pessoas com deficiência sintam-se coadjuvantes nas decisões referentes aos seus direitos, em função do destaque dos profissionais das tecnologias assistidas. Contudo, todos nós somos atores sociais, com papéis de mesma importância, já que nossas ações são complementares e essenciais”, complementou a audiodescritora.

“Fui convidado para participar de uma oficinal de audiovisual apenas para funcionários e jornalistas de uma tevê local. Foi então que tive meu primeiro contato com a audiodescritora Aline Corrêa. Através dessa oficina, conversamos sobre montar um grupo de audiodescrição, pois a oficina tinha tudo a ver com essa temática. Foi assim que nasceu o Communicare”, afirmou Gallindo. “Percebi o quanto é importante e necessária a questão da audiodescrição, não só em audiovisual, mas também em todos os processos artísticos e em todos os veículos de comunicação, porque o acesso torna-se democrático, a pessoa que não tem visão, tem baixa visão ou que não tem audição é tão cidadão como qualquer um outro”, afirmou Afonso Gallindo.

Rosicleide Gonçalves Lobo, 29 anos, graduanda em História pela Universidade Federal do Estado do Pará, nasceu com glaucoma. Aos 5 anos de idade perdeu a visão do lado esquerdo e com 22 anos perdeu por completo sua visão. Para Rosicleide, o projeto Communicare tem permitido uma ampla acessibilidade e um maior entendimento, conhecimento e facilidade em identificar o que lhe é descrito. “A audiodescrição é fundamental, pois no século avançado em que estamos tudo se tornou muito visual, é muito carregado de signos imagéticos, formas e tamanhos e sem a audiodescrição é impossível identificar tudo isso”, diz Rosicleide. A estudante de História falou também sobre a arquitetura paraense. Para ela, o projeto proporciona conhecer melhor a arquitetura de lugares que jamais imaginou que seriam descritos.

O grupo Communicare é formado por 14 pessoas, de diversas áreas. Para entrar em contato ou contratar o grupo para palestras, audiosdescrições, entre outros serviços, os contatos são: audioline.para@yahoo.com ou pelo telefone (91) 98810-7071.

Por Lilia Amorim.

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No próximo sábado (21), acontece no espaço do Cesar.Edu, no Bairro do Recife, a 37ª edição do Encontro de Usuários de Python de Pernambuco. O evento gratuito reúne profissionais, entusiastas e acadêmicos para discutir sobre a plataforma e suas aplicações em diversos nichos como web, sistemas embarcados e computação científica.

A programação do evento inclui palestras com temas variados, focando diretamente o Python ou algum projeto que utilize uma ferramenta, espaço para que interessados exponham suas ideias, além de um desafio.

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“É um encontro muito informal e os novatos se sentem muito bem acolhidos pelo grupo da comunidade de Python. Até quem não tem muita intimidade com a linguagem pode participar para conhecê-la melhor”, convida o engenheiro de sistemas do Cesar e um dos organizadores do encontro, Guilherme Medeiros.

Serviço:

37º Encontro de Usuários de Python de Pernambuco

Data: 21 de março

Hora: 9h

Local: Cesar.Edu - Rua do Brum nº77 - Bairro do Recife, Recife – Pernambuco

Entrada Gratuita

Outras informações no site http://pycon.pug.pe/xxxvii/

Existe muita gente disposta a embromar e um número de embromáveis infinitamente maior. Trata-se de uma luta desigual entre vigaristas e pessoas de boa fé, os otários, na linguagem dos criminosos.

Por falar em linguagem, o leitor pode ficar sossegado: tenho juízo suficiente para não ir além do trivial. Nada de entrar na semiótica de notáveis teóricos como Peirce, Saussure, Umberto Ecco, etc... Muito menos profanar as ideias de Aristóteles sobre retórica, lógica, dialética, poética e suas relações com a metafísica, a política e a ética que o passar dos milênios absorveu e reverencia.

Vou simplificar. Ou seja, pensar um pouco nessas categorias tão presentes no nosso cotidiano como a nutritiva mistura do feijão com arroz.

Mas vamos pensar, tentando identificar quem ilude e os sintomas da farsa da embromação.

Por definição, seja astúcia, embuste, mentira, ardil, em maior ou menor escala,  pecado venial ou mortal, ninguém pode atirar a primeira pedra contra o embromador. O que interessa é a grande embromação, a embromação dos que têm o poder de atingir o respeitável público a exemplo de líderes políticos, empresariais, grandes executivos, jornalistas, técnicos de futebol, enfim, todo e qualquer profissional que, ao lidar com a opinião pública, engana e do engano obtêm proveito ilícito ou aparentemente lícito.

Em comum, eles tratam o respeitável público como idiotas.

Infelizmente, não foi descoberta uma vacina. A gente só se dá conta depois. Eita! Bateram minha carteira.

Todavia, alguns sinais ajudam na proteção coletiva:

- A pedra de toque do discurso do embromador é o jargão. Ele usa com a grave solenidade como se fosse o dono (cuidado com o discurso “moderno” da “governança corporativa” dos CEOs);

- o discurso do embromador é sempre uma exaltação aos “conhecimentos especializados”, usando termos técnicos em moda, se possível, em outros idiomas;

- para o embromador, importante é impressionar. Um rolando lero elegante. Impressionou, enganou o besta;

- o discurso do embromador tem algo de obscuro, melhor dizendo, misterioso. Na vida laica, mistério é ilusionismo;

- no conjunto da obra, o discurso impressionista é uma espécie de “turbina intelectual”. É um arretado! Sabe tudo. A plateia baba.

 

Mas não sejamos tão inclementes. Existe o outro lado da moeda que é o discurso do convencimento:

- é breve e fundamentado em fatos consistentes;

- é objetivo, claro e conquista pela forma e pelo conteúdo;

- é próximo das pessoas e a proximidade se alimenta de “histórias” que contêm  grandezas e fraquezas. Ninguém aguenta os “heróis” que jamais levaram porrada;

- é, na dose certa, bem humorado. É preciso não se levar muito a sério para levar a sério tudo que faz;

- quem convence não precisa optar entre ser chato um autêntico ou um simpático artificial. Estilo não se inventa e as pesquisas sobre o assunto indicam que a comunicação convincente deriva 7% das palavras e 93% de pistas não-verbais.

Resta uma grande questão: diante de um escândalo de dimensão nacional, internacional, multinacional, como agir? Simples: contratar a maior consultoria do Planeta em embromação: a BRASILBRÁS. 

Um grupo de trabalho do Pentágono estuda a linguagem corporal de dirigentes estrangeiros, entre eles o russo Vladimir Putin, para entender melhor seu comportamento, admitiu nesta sexta-feira (7) o porta-voz do ministério da Defesa americano.

Além de Putin, o grupo analisou o finado presidente iraquiano Sadam Hussein, o também finado líder da Al-Qaeda Osama Bin, o líder norte-coreano Kim Jong-Un e o primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev, entre outros dirigentes, revelou um funcionário.

Mas os resultados "não são utilizados para elaborar políticas ou tomar decisões", afirmou o porta-voz do Pentágono, contra-almirante John Kirby. A responsável pelo grupo, Brenda Connors, publicou em 2004 um artigo em um jornal de Rhode Island em que apresentava alguns aspectos do comportamento de Vladimir Putin, com base em sua linguagem corporal.

Os movimentos do presidente russo mostram "um homem que luta para avançar (...) e essa instabilidade é compensada por uma necessidade urgente de controle interno, que se manifesta na exibição de sua força". O Pentágono já investe cerca de 300 mil dólares anuais desde 2009 nestes estudos.

A Galeria Amparo 60 recebe, a partir do dia 28 de novembro, uma faceta pouco conhecida do pernambucano Paulo Bruscky. O artista vai expor 150 obras fotográficas, a maioria inédita. A pluralidade é uma das características de Bruscky, que está com uma exposição retrospectiva em cartaz no Museu do Bronx, em Nova York. A exposição no Recife ficará em cartaz até janeiro e tem curadoria da professora da USP e curadora Dária Jaremtchuk.

Segundo a curadora, na década de 1970, o termo fotolinguagem tornou-se frequente no meio brasileiro para designar uma produção que se diferenciava da tradição da 'fotografia de arte' e do 'fotojornalismo'. Elaborada por artistas, os trabalhos eram destituídos de preocupações estéticas ou de sofisticação formal. "Paulo Bruscky pertence a este grupo", destaca Dária.

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As imagens fotográficas pertencentes à exposição não foram muito analisadas. A mostra reúne trabalhos de toda a trajetória do artista, seja do início na década de 1970, ou mesmo de fotografias realizadas em 2013. “Como era de se esperar, tratando-se de Paulo Bruscky, não há nelas um tema uníssono por permanecer ele o 'colecionador' que carrega para o seu arquivo imagens de suas incursões poético-urbanas que fundem fragmentos visuais e textuais com aguda ironia e gosto pelo comum da vida”, detalha Jaremtchuk.

*Com informações da assessoria

Serviço

Paulo Bruscky - Foto/Linguagens

Abertura 28 de novembro | 20h

Visitação 29 de novembro a 18 de janeiro

Terças as sextas | 10 às 13h e 14 às 19h, sábados das 10 às 14h

Galeria Amparo 60 (Av. Domingos Ferreira, 92 A - Boa Viagem)

Gratuito

(81) 3033 6060

Nos dias 10 e 12 deste mês, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) realizará o evento “Oficinas de Pedagógicas de Linguagem”, que pretende oferecer um espaço para que os estudantes sugiram estratégias e analisem as dificuldades do processo de ensino e aprendizagem da língua portuguesa e da literatura. O encontro, que é gratuito e aberto ao público, será realizado no Centro de Educação da instituição de ensino, no horário das 8h às 12h no primeiro dia, e, no segundo, as atividades serão nesse mesmo horário e das 14h às 18h.

De acordo com a UFPE, as oficinas são realizadas semestralmente por graduados em letras, servindo como atividade complementar da disciplina Prática de Ensino de Português I. Os interessados em participar devem se inscrever pelo contato emailoficinaspedagogicas2013.1@gmail.com, até o próximo dia 6. No e-mail devem ter nome completo, e-mail e as oficinas por ordem de preferência.

Outros detalhes informativos sobre evento devem ser obtidos pelo telefone (81) 2126-8320 e pelo contato cediretoria@ufpe.br. O Campus Recife da UFPE, onde está o Centro de Educação, tem endereço na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, na Zona Oeste da cidade. Veja abaixo a programa do evento:

Dia 10 de setembro

O fantástico mundo dos contos – 8h às 12h

Capacitadores: Alexandro Vicente, Cláudia Vasconcelos e Elaine Lima


Dia 12 de setembro

Notícias na sala de aula: tudo a ver! – 8h às 12h

Capacitadora: Raquel Querén

Rap: ritmo, arte, poesia e aula de português – 14h às 18h

Capacitadora: Maiza Lira







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Linguagem e direito. Essas áreas são temas de evento que será realizado pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), do dia 3 a 6 de setembro. Especialistas brasileiros e estrangeiros participarão do encontro.

As inscrições podem ser realizadas por meio da página virtual da Unicap. No endereço eletrônico também é possível encontrar mais informações sobre o evento. A Unicap fica na Rua do Príncipe, 526, no bairro da Boa Vista, Recife.

Confira abaixo a programação:

03/09/2012

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Tarde – das 14h às 18h

Credenciamento

Noite – das 19h às 22h

Palestra de abertura – Linguística Forense no mundo

Malcolm Coulthard (The University of Birmingham)

(em inglês, com tradução simultânea)

Gênese dos estudos de Linguagem e Direito em Portugal e no Brasil

Rui Sousa Silva (Universidade do Porto)

Valda de Oliveira Fagundes (Litterae)

Coordenação:

Virgínia Colares (Unicap)

Lucia Gonçalves de Freitas (UEG)

Criação da ASSOCIAÇÃO de LINGUAGEM & DIREITO DA comunidade dos países de língua portuguesa (CPLP)

 
04/09/2012

Manhã – plenária 01 – das 9h às 12h

Criminologia, Linguagem e Sociedade

Débora de Carvalho Figueirêdo (UFSC)

Marcus Alan de Melo Gomes (UFPA)

Jean-François Yves Deluchey (UFPA)

Coordenadoras:

Marília Montenegro (Unicap/ UFPE);

Érica Babini (Unicap)

Tarde – das 14h às 18h

Minicursos e sessões dos Gts

Noite – plenária 02 – das 19h às 22h

Direito, Diversidade e Inclusão

Carmen Rosa Caldas-Coulthard (The University of Birmingham/ UFSC)

Francisco Lima (UFPE)

Profª Dra. Liana Cirne Lins (UFPE)

Coordenadoras:

Roberto Wanderley(Unicap/UFPE)

Carolina Ferraz(UNICAP)

Emília Queiroz (Joaquim Nabuco/FACIPE)


05/09/2012

Manhã – plenária 03 – das 9h às 12h

Sistema Interamericano de Direitos Humanos

Luiz Magno Pinto Bastos Junior (UNIVALI)

Jayme Benvenuto (UNILA)

Gisele Ricobom (UNILA)

Coordenador:

Rodrigo Deodato (Unicap/ GAJOP)

Tarde – das 14h às 18h

Minicursos e Sessões dos Gts

Noite – plenária 04 – das 19h às 22h

Filosofia constitucional

Menelick Carvalho Netto (UnB)

Margarida Lacombe (UFRJ)

Cecilia Caballero Lois (UFSC/ UFRJ)

Coordenador:

João Paulo Teixeira (Unicap)


06/09/2012

Manhã – plenária 05 – das 9h às 12h

Processo judicial e suas novas técnicas

Paulo Cortes Gago (UFJF)

Alexandre Pimentel (UNICAP/UFPE)

Humberto Inojosa (gerenciamento do processo eletrônico do TJPE)

Coordenadores:

José Antônio Albuquerque (FACIPE)

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) realizará do dia 21 a 25 deste mês oficinas pedagógicas de linguagem. A turma do sétimo período do curso de letras da UFPE é quem promove os eventos, que visam trabalhar estratégias didáticas para o ensino de língua e literatura. As oficinas ocorrerão na sala 13 do Centro de Educação da universidade.

As inscrições podem ser feitas até o dia 19 também deste mês, através do e-mail oficinaspedagogicas2012@gmail.com. As ações são gratuitas e direcionadas para o público em geral. Segundo a UFPE, os participantes receberão a orientação da professora Lívia Suassuna e de alguns monotores.

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A oficina do dia 21 será no horário das 8h ás 12h, e tem como tema “Contos e encontros: práticas de letramento literário na escola”. “Encontrando o sujeito da redação” é outra oficina que ocorrerá das 14h às 18h. No dia 22, das 8h às 12h, será a vez da “Regionalismo e cordel” , no horário das 12h. A oficina “Caminhando e cantando – aprendendo a variação: a música como instrumento pedagógico no ensino de variação linguística” será das 14h às 18h.

Já no dia 23, das 8h às 12h, será realizada a oficina “O desenho e o verso: contribuições da poesia visual para a aula de Português”. No mesmo horário, mas no dia 24, será a oficina “Quadro a Quadro: HQ para o ensino de língua portuguesa”. Para finalizar, no dia 25, no horário das 8h ás 12h, será a “Da literatura juvenil das sagas à literatura clássica na sala de aula”. À tarde, das 14h às 18, ocorrerá o encontro “Do texto ao contexto: a leitura e seu entorno”, finalizando as realizações das ações.

A UFPE fica no endereço da avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, no Recife.

 

 

 

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