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Até o dia 25 de outubro, estão abertas as inscrições gratuitas para a edição 2023 do Prêmio João Ranali de Literatura de Guarulhos. O concurso é destinado para contos, crônicas e poesias de autores residentes no município, de acordo com o edital nº 095, publicado no Diário Oficial do município.

Podem participar estudantes de vários níveis e escritores iniciantes de diferentes gêneros (dramaturgia, poesia, conto, ensaio, entre outros). Os interessados devem preencher o formulário de inscrição e o Termo de Cessão de Direitos Autorais.

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Os trabalhos passarão por uma comissão julgadora, a partir dos seguintes critérios: coerência com o tema, originalidade, criatividade e exploração de recursos inerentes à poesia, à prosa ou à crônica. As 30 melhores obras serão publicadas numa antologia, onde cada autor presente receberá um exemplar. 

A iniciativa é da Secretaria de Cultura de Guarulhos. O objetivo é estimular a produção local e ampliar a esfera pública de debates sobre práticas literárias e de leitura voltadas para o desenvolvimento cultural. 

A terça-feira (10) da XIV Bienal Internacional do Livro de Pernambuco traz um prato cheio para quem está com fome de leitura. Serão inúmeras atividades especiais, lançamentos e rodas de diálogos que irão formar um banquete dentro do pavilhão interno do Centro de Convenções, em Olinda. 

Há fartura para todos públicos e todas as fomes, literatura sobre educação financeira, biografia política, gastronomia e música. Nomes como Ana Maria Rodrigues, Natanael Lima Jr., Clarice Falcão, Cida Pedrosa, Magno Martins, Conceição Rodrigues e Ronaldo Correia de Brito fazem parte das atividades do dia.

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No espaço Conexão Petrobras  – Plataforma de Lançamentos, o jornalista Magno Martins lança seu novo livro O Estilo Marco Maciel, uma biografia do ex-vice-presidente da República, morto em junho de 2021, em consequência do Alzheimer. A obra tem prefácio do ex-senador Jorge Borhausen (SC), apresentação do jornalista Marcelo Tognozzi e uma curta biografia assinada pelo jornalista Houldine Nascimento, além de posfácio do jornalista Luís Costa Pinto.

O poeta e editor do premiado site literário pernambucano ‘Domingo com Poesia’, Natanael Lima Jr. lança o seu novo livro “O Feitor de Enigmas & Trinta Predições” às 17 hrs. É um livro de poemas, aforismos e predições filosóficas, produzido sob o forte impacto das crises sociais, políticas e existenciais que marcaram a vida de toda a sociedade. 

No Círculo das Ideias, às 18 hrs, uma conversa enriquecedora sobre o poder dos livros e da literatura em nossas vidas unirá a renomada poeta Cida Pedrosa, Ricardo Mello,  Secretário de Cultura do Recife, jornalista, escritor e professor e Andrea Pachá, escritora e desembargadora, conhecida por suas contribuições para os direitos humanos e a justiça.

Ainda no mesmo espaço, o diálogo Educação pelos livros: aprender e reaprender a ler com Conceição Rodrigues e Ronaldo Correia de Brito encerra o quinto dia de Bienal. A conversa trará à tona a importância da literatura para a formação de um povo e será mediada pelo jornalista Fábio Lucas.

Às 17h, tem o painel virtual "Nosso pai é uma estrela", com o autor Omar Rosário e Xando Vilella. Em seguida, às 19h, também de forma virtual, Clarice Falcão e Flaira Ferro participam do bate-papo "O som das letras".

SERVIÇO:

XIV BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE PERNAMBUCO

Quando: 6 a 15 de Outubro de 2023, das 10h às 21h.

Onde: Centro de Convenções de Pernambuco. Endereço: Av. Prof. Andrade Bezerra, s/n, Complexo de Salgadinho. Olinda – PE.

Ingressos: www.sympla.com.br/produtor/bienalpe (Meia-entrada: R$ 10 | Ingresso social: R$ 15 | Inteira: R$ 20) 

Saiba mais: https://bienalpernambuco.com/  @bienalpe

Programação completa: https://bienalpernambuco.com/programacao-por-dia/

*Da assessoria de imprensa

A escritora, poeta e compositora pernambucana Ezter Liu realiza o lançamento de seu novo livro, Balaclava, no Recife. Apresentando poemas que versam sobre o ser mulher, a obra ganha lançamento nesta quinta-feira (15), às 19h, no Terra Café Bar, no bairro da Boa Vista.

Com escritos afiados e urgentes, o projeto entoa uma narrativa poética de desabafo, inquieta e disruptiva, propondo a reconstrução de visões e discursos sobre a mulheridade. Um compilado de poemas que representam um verdadeiro grito feminista através da literatura.

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O livro reúne 30 poemas, alguns inéditos, outros já publicados e declamados nas redes. De teor reativo, ácido e empoderado, os escritos vertem a violência e o impedimento sofrido pelas mulheres, especialmente as mulheres do interior. Um golpe e, ao mesmo tempo, uma resposta poética à opressão patriarcalista.

Após passar por Garanhuns, Arcoverde e Goiana, no último mês de maio, o lançamento da obra chega ao Recife com bate-papo com a autora e sarau com recitação de trechos do livro, além da participação de convidados especiais. A entrada é franca, mediante retirada de ingresso gratuito pelo Sympla, e o livro estará à venda no evento.

Balaclava é uma realização da Anilina Produções com incentivo do Funcultura, através da Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco. A publicação tem projeto gráfico assinado por Priscila Lins e Tiago Salgueiro, trazendo uma estética contemporânea e arrojada, com cores e elementos que acompanham a força poética dos textos.

Da assessoria

Na próxima quinta-feira (25), a Galeria Marco Zero abrirá suas portas para o lançamento do livro Lidando Com o Passado e Outros Lugares, do artista João Câmara. A obra do paraibano é composta por mais de 43 contos, promovendo aos leitores uma imersão intensa e sofisticada pelo universo dos seus trabalhos. Editado pela J.J.Carol Editora, o projeto revisita a história social e política do século XX no Brasil e no mundo.

"Com mais de 100 ilustrações coloridas em suas 544 páginas distribuídas em 2 volumes, Câmara traz em seus 43 contos uma escrita inteligente, sofisticada, irônica e com um toque de humor, além de ilustrá-los com imagens criadas em computador", explicou Marcelle Farias, nome à frente do espaço cultural.

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Eduardo Suassuna, que também comanda a Galeria Marco Zero, completou: "Apesar de ter obras do João Câmara em nosso acervo, estamos honrados de poder trazer de volta o nome dele, com o esse livro que destaca-se por unir literatura e artes plásticas, com figuras históricas e imaginárias se cruzando em lugares e períodos pós-guerra fria, tanto no Ocidente quanto no Leste Europeu".

Radicado em Pernambuco, João Câmara é um renomado pintor contemporâneo da arte brasileira. No currículo, ele coleciona grandes criações como Cenas da Vida Brasileira, Dez Casos de Amor e uma Pintura de Câmara, O Olho de meu Pai sobre a Cidade e Duas Cidades. No ano passado, na Galeria Marco Zero, João teve um recorte de suas obras na exposição João Câmara, nota nova - Ecos de 1967. A mostra teve curadoria de Cristiana Tejo.

Serviço

Lidando Com o Passado e Outros Lugares - Exposição e lançamento do livro do artista João Câmara

25 de maio | Das 19h às 22h

Galeria Marco Zero - Avenida Domingos Ferreira, nº 3393, Boa Viagem, Recife

Valor de lançamento do livro: R$ 400

Acesso gratuito

Este final de semana será especial para os leitores da Rosangela Lima, autora Pernambucana, que lançará uma série de seis livros infantis. O lançamento acontecerá num evento gratuito na Livraria do Jardim, no bairro da Boa Vista, neste domingo (21), a partir das 10h.

Com o intuito de proporcionar momentos de leitura e interação em família, a programação do evento incluirá leituras animadas dos livros, atividades de desenho, contação de histórias, parlendas e poesias. As crianças terão a oportunidade de aprender brincando, estimulando sua imaginação e criatividade.

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Dentre os livros participantes do lançamento estão os títulos: Hora do Sono, uma história com as aventuras noturnas de diversos personagens em busca de uma boa noite de sono, e o Meu Som, um livro musical que convida as crianças a explorar os sons ao seu redor, descobrindo a magia e a diversidade da música.

O evento de lançamento da série de livros infantis da autora Rosangela Lima promete ser uma experiência contagiante, totalmente gratuita. No entanto, é necessário fazer a inscrição prévia por meio do Sympla, garantindo assim a participação no evento.

Da assessoria

No fim de semana dos dias 19 e 20 de maio estará em cartaz a peça “Solo de Marajó”, baseada na obra “Marajó” (1947), do escritor paraense Dalcídio Jurandir. O monólogo terá atuação de Cláudio Barros e direção de Alberto Silva Neto. O público poderá prestigiar a peça no Teatro do SESI, em Belém, sempre às 20 horas. Os ingressos serão vendidos na bilheteria.

Para o professor Paulo Nunes, doutor em Letras, pesquisador e especialista em Dalcídio Jurandir, “Marajó” está entre as obras mais importantes do escritor paraense. “’Marajó’ é um livro impactante, diferente dos demais, é uma ‘narrativa fêmea’; as personagens femininas dão as cartas. ‘Marajó’ é um dos efetivos romances de denúncia sobre as injustiças do latifúndio na literatura brasileira. Ao levá-lo ao teatro como monólogo, Alberto Silva e Cláudio Barros desafiaram nossos afetos e curiosidades. ‘Solo de Marajó’ é imperdível. Já assisti duas vezes e verei uma terceira”, afirmou o professor.

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Paulo Nunes, que já lançou livros sobre as obras de Dalcídio, foi apresentado muito novo à literatura do escritor nascido em Ponta de Pedras. “Em 1979, na Escola Deodoro de Mendonça, fui apresentado ao autor pela professora Josse Fares, que leu conosco ‘Passagem dos Inocentes’. Foi encantador”, disse.

Das obras completas de Dalcídio Jurandir, o livro preferido do professor Paulo Nunes é “Chove nos Campos de Cachoeira”, de 1941, o primeiro escrito pelo romancista. Paulo Nunes destacou que também é um grande fã de “Belém do Grão-Pará”, de 1960.

Por Rafael Nemer (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

João Flávio Cordeiro da Silva, ou melhor, Miró da Muribeca, será o grande homenageado da Praça da Palavra na 31ª edição Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). Durante o festival, a Praça Souto Filho passará a ser chamada de Praça da Palavra Miró da Muribeca. O espaço literário renderá homenagens ao poeta, morto em julho de 2022.

"Homenagear Miró é de suma importância para a valorização da Literatura brasileira, pernambucana e local, e contribuirá para o êxito da programação da Praça da Palavra e para o Festival. Miró esteve presente na Praça da Palavra desde sua criação, sendo um parceiro importante da coordenadoria em várias ações", afirmou Luciana Lima, assessora da Coordenadoria de Literatura da Secretaria de Cultura.

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De acordo com Wellington de Melo, Miró construiu ao longo da carreira "uma obra que transcendeu seu corpo periférico e que faz parte do patrimônio cultural brasileiro". Escritor e editor, Wellington viveu próximo a Miró nos últimos anos de vida do pernambucano. Ele trabalha em uma biografia sobre o amigo.

João Baltar Freire, presidente da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), disse que o homenageado da Praça da Palavra deixou um legado especial. "Intensa, pulsante e formidavelmente lírica, ela [a obra de Miró] reverberava a voz das ruas, condição que o fez um grande cronista da realidade. Recebemos com alegria a iniciativa da Secretaria de Cultura/Fundarpe em homenageá-lo na 31ª edição do FIG, dando o seu nome à Praça da Palavra, o polo dedicado à literatura", declarou.

A data de 18 de abril marca uma celebração especial no calendário da educação. É o Dia Nacional do Livro Infantil, instituído pela Lei n.º 10.402, de 8 de janeiro de 2002, em referência ao nascimento do primeiro escritor brasileiro a produzir conteúdo para o público infantil, Monteiro Lobato, nascido em 18 de abril de 1882 e autor da série de livros do "Sítio do pica-pau amarelo".

Elaine Oliveira, mestra em Estudos Literários, professora de Literatura Infantil e de Teoria Literária da UNAMA - Universidade da Amazônia, destaca a importância do acesso à leitura desde a infância e ressalta a responsabilidade dos pais na formação literária de seus filhos.

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Professora Elaine Oliveira destaca o papel dos pais e responsáveis na formação de leitores infantis (Arquivo pessoal)

Segundo Elaine Oliveira, é através do simples ato de brincar, no cotidiano de cada criança, que mora a oportunidade de um novo aprendizado. Para a professora, esse aprendizado vai além do universo literário e pode também alcançar as relações sociais e o desenvolvimento das habilidades cognitivas individuais.

"Através do brincar e a partir do sentimento que aflora em cada brincadeira, a criança faz a leitura do mundo e aprende a lidar com ele, recria, repensa, imita, desenvolvendo, além de aspectos físicos e motores, aspectos cognitivos, bem como valores sociais, morais, tornando-se cooperativa, sociável e capaz de escolher seu papel na sociedade", assinala Elaine.

A professora afirma que é dever dos responsáveis introduzir a criança no universo literário. "A criança que tem acesso à literatura desde a mais tenra idade é estimulada a perceber e a lidar com os sentimentos e emoções. Desenvolve a linguagem oral, estimula a criatividade, a atenção, a concentração, o vocabulário, a memória e o raciocínio", observa. Segundo Elaine, a leitura favorece a aquisição da prática da escuta e do tempo do ouvir e ler histórias e auxilia no desenvolvimento da empatia.

A pedagoga Ana Paula Cruz reforça a necessidade de apresentar a leitura para as crianças. "O incentivo à leitura desde a primeira infância é importante para a formação de novos leitores. Quem não tem o hábito da leitura não consegue expressar-se através da escrita ou até mesmo oralmente", afirma.

Pedagoga Ana Paula Cunha: contato com a leitura na infância facilita a interação (Arquivo pessoal)

Ana Paula defende que as escolas incentivem a prática da leitura. "Acredito que neste primeiro contato com a leitura devemos apresentar textos, livros de acordo com cada faixa etária, para que haja interesse, interação com a leitura", diz.

Para a pedagoga, é importante as escolas terem planejamento voltado ao incentivo à leitura. "Fazer projetos de leitura, como a Mala Viajante, em que toda sexta-feira uma criança leva um livro para ser lido no final de semana com a família e na segunda-feira algum representante faz a leitura para a turma do seu filho em sala de aula. Já tivemos esse projeto na escola. Este ano por enquanto ainda não foi implementado. Com certeza, visitarei com mais frequência a biblioteca", destaca. 

Escritor de livros infantis, Joécio "Jojoca" Lima diz que sempre teve sua atenção despertada para saber como as crianças veem o mundo ou poderiam ver. Por isso, começou a contar histórias. "Além de produzir algo de qualidade para um público bem difícil de agradar."

Professor de Educação Infantil e Fundamental 1, Joécio Lima tem vários livros publicados: "A menina colorida de papel crepom", "A menina colorida de papel crepom lá na lua", "A menina colorida de papel crepom e a cidade monocromática", "O dia em que encontrei o sorriso da vovó" e "A escola assombrada de Belém"Segundo o escritor, a melhor estratégia para atrair o público infantil para a literarura é estudar interesses e ler muito o que os autores estão fazendo. Também é fundamental, assevera, "conversar com as crianças sobre o que eles acham da minha produção". 

Joécio destaca a importância da escolha das leituras. "É extremamente importante, pois dependendo da escolha do livro se pode ajudar ou criar um prejuízo irreparável. Tem responsáveis que acham que a aquisição de livros não é investimento na educação do filho. Apesar do trabalho ser difícil, não irei desistir", garante.

Da Redação do LeiaJá Pará (com produção de David Nogueira e Ana Beatriz Coelho).

 

O livro abre portas para o mundo da imaginação, dos sonhos e da fantasia. Com ele, a criança não só amplia sua capacidade cognitiva, como ainda se diverte e desenvolve sua postura crítica e reflexiva. A literatura infantil descortina mundos e é um caminho para descobertas importantes que são carregadas durante toda a vida.

Para homenagear os pequenos leitores, o Dia Nacional do Livro Infantil foi criado em 2002 e marca o nascimento do escritor brasileiro Monteiro Lobato, conhecido por suas histórias infantis do Sítio do Picapau Amarelo. A data, 18 de abril, será celebrada na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) com uma programação especial e repleta de novidades.

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Instituição ligada ao Ministério da Educação (MEC), a Fundaj possui equipamentos que estimulam as reflexões, o entretenimento e o conhecimento através da leitura. Um deles é a Editora Massangana, que vai promover o evento do Dia Nacional do Livro Infantil na Sala de Leitura Nilo Pereira, localizada no campus Ulysses Pernambucano da Fundaj, Derby.

A celebração acontece a partir das 16h, de forma gratuita e aberta ao público, e conta com parceria da Biblioteca Blanche Knopf e do educativo do Museu do Homem do Nordeste. Na ocasião, serão lançados dois livros infantojuvenis pela Editora Massangana.

"A Editora Massangana, acreditando na importância da literatura voltada ao público infantojuvenil, passou a incluir em seu catálogo algumas obras que buscam ajudar as crianças na construção da sua imaginação . Dessa forma, o pequeno leitor pode se identificar com histórias e personagens e dizer intimamente para si: 'eu posso estar lá, este lugar também me pertence', e, quando isso acontece é como se o leitor estivesse sendo transportado para aquele universo", contou a coordenadora da Editora Massangana, Elizabeth Mattos.

Um dos livros é Para Ler o Seu Bairro 2, publicação resultante do projeto Interagindo com a História do Seu Bairro, uma parceria do Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores da Secretaria Municipal de Educação com a Biblioteca Blanche Knopf da Fundaj. O projeto tem o objetivo de construir um registro memorial da comunidade em que a Unidade Escolar está inserida, utilizando diversas linguagens artísticas e literárias.

O segundo livro, Ciranda Pernambucana: Antologia Poética Infantojuvenil, será lançado em parceria com a Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire) e reúne poemas de 15 autores pernambucanos ou radicados no estado. Os textos são reflexões sobre o tempo da infância e dos primeiros anos da adolescência, com o objetivo de valorizar a vivência poética.

"Temos poemas que certamente nunca foram pensados ou criados para a infância e a adolescência. Contudo, sabemos que a poesia não tem idade, e que toda grande poesia pode ser compartilhada com os pequeninos, com os leitores em processo de formação inicial", explica a professora doutora Liliane Maria Jamir e Silva, editora dos periódicos da Fafire e organizadora do livro na introdução da obra.

Além do lançamento, um grupo de dramaturgia da Fafire fará uma apresentação performática de alguns dos poemas. A programação ainda conta com o lançamento do projeto Travessias, que tem o objetivo de trabalhar com educadores e mediadores os livros publicados pela Editora Massangana. As atividades serão realizadas em parceria com o educativo do Museu do Homem do Nordeste.

Da assessoria

Evento mais celebrado do calendário do Espaço Pasárgada, a Semana Manuel Bandeira chega à 11ª edição, com uma programação que já começa na próxima segunda-feira (17). Até o dia 20 de abril, a atividade vai celebrar a vida e obra do poeta pernambucano, tendo como grande ponto de encontro o dia 19, data de seu nascimento e da fundação do Espaço Pasárgada.

A programação deste ano engloba visitas guiadas, saraus, lançamentos de livros e uma grande novidade, que é a realização da primeira Flipasárgada. A Feira de Livros do Pasárgada vai reunir autores e poetas que estarão vendendo suas obras diretamente para o público, promovendo esse encontro em que quem produz e quem consome literatura.

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"Manuel Bandeira é um dos mais influentes escritores ainda na atualidade, um dos maiores da língua portuguesa, amado e admirado por muitos. Então celebrar os 137 anos do poeta aqui, na casa dos avós, onde ele viveu dos 6 aos 10 anos, realmente é um movimento muito significativo para a cultura pernambucana e valorização da poesia brasileira", ressalta a gestora do equipamento, Marília Mendes.

A programação da Semana Manuel Bandeira inicia-se todos os dias com visitas guiadas do espaço, a partir das 9h até a tarde. A parte da noite está reservada às programações culturais, às 18h. Na segunda-feira (17) haverá o lançamento do livro infanto-juvenil A Revolução dos Contos de Fadas Vol.II., uma coletânea de contos inéditos escritos por mulheres de várias partes do Brasil, organizado por Dayvton Almeida. Já na terça-feira (18), é a vez dos poetas Túlio Velho Barreto e Paulo Marcondes Ferreira Soares, que vão lançar o livro Do Estar no Ainda.

"São haicais que foram gerados durante o isolamento social, quando estávamos no auge da pandemia. Paulo fez um poema longo, de 85 versos, e eu decidi partir dos versos dele para construir haicais. E aí ele adorou a proposta, escreveu os haicais dele e ficamos com 170 poemas guardados. Quase um ano depois, decidimos fazer o livro. A editora Patuá se encantou pelo projeto e topou publicar", explica Túlio. "Poder participar de um evento como a Semana Manuel Bandeira, e fazer esse lançamento em meio a outros autores, é realmente muito gratificante", diz ele.

É também na terça-feira que começa a Flipasárgada. A feira vai até a quinta, das 17h às 20h30. Na quarta-feira (19), dia do aniversário duplo de Manuel Bandeira e do Espaço Pasárgada, a festa será com participação dos escritores e poetas presentes na feira, além de microfone aberto para quem quiser declamar. No dia do encerramento, quinta-feira (20), Aldonez Pereira lança o livro Antologia Riquezas da Terra! Pernambuco em Verso e Prosa, a partir das 18h.

Da assessoria

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Será na sexta-feira (31), a partir das 19 horas, na Casa da Linguagem (Av. Nazaré, 5, esquina com Assis de Vasconcelos), em Belém, a Viração Literária, um evento artístico e cultural que terá na programação o lançamento do livro "Conta de mentiroso", do poeta e professor Paulo Nunes, com ilustração da artista plástica Claudia Cruz. Também será lançada a segunda edição do livro "Insagrado das traquinagens", do mesmo autor, ilustrado por Tadeu Lobato, mestre das artes plásticas paraenses. Ambos os livros foram editados por Andréa Pinheiro, da Amo! Editora.

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A programação do evento constará de performances literárias, tendo a contadora de histórias Ana Selma Cunha como âncora, além de exposição varal das ilustrações de Tadeu Lobato e Cláudia Cruz. Haverá, ainda, declamação de poemas, bate-papo com os artistas e outras maquinações lúdicas.

Segundo Paulo Nunes, doutor e pesquisador de literatura, professor da UNAMA - Universidade da Amazônia, a Casa da Linguagem foi escolhida a dedo para o evento, visto que “é o templo da palavra poética em Belém”. “Na Casa, temos encravadas as energias criativas de Max Martins, Maria Lúcia Medeiros, mestres de muitas gerações”, afirmou.

A entrada é gratuita. Os livros serão autografados durante o evento.

Da Redação do LeiaJá.

No próximo sábado (1º), Luciano Pontes lançará no Recife o livro A Terra Ensacada - E Outras Histórias. Com tiragem da Editora Melhoramentos, a obra narra histórias de crianças em situação de trabalho infantil. De acordo com o escritor, o projeto deu uma revisitada em suas memórias.

"Meu avô paterno vendia frutas na feira na cidade de Juripiranga, na Paraíba. Estive com ele na feira algumas vezes e essa memória me fez pensar no trabalho infantil e na sua repercussão sobre as infâncias brasileiras", explicou. Reunindo três contos, que são focados na vida dos personagens Álvaro, Aurora e Antoniel, o novo livro de Luciano ganhou ilustrações assinadas pelo próprio autor.

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Além do lançamento de A Terra Ensacada - E Outras Histórias, oitava publicação de Luciano Pontes para infância e juventude, o público que for ao CoffeeCube, na Jaqueira, vai ter a oportunidade de conferir uma conversa e leitura dos contos com o escritor, com intervenção sonora de Vini Nogal.

Serviço

Lançamento do livro A Terra Ensacada - E Outras Histórias

1º de abril | A partir das 15h

CoffeeCube - Rua Serrita, nº 24, Jaqueira

Valor do livro: R$ 54,90

Nesta terça-feira (14), é celebrado o Dia Nacional da Poesia, data escolhida por ser o mesmo dia do aniversário de Castro Alves, renomado poeta brasileiro que utilizava de seu ofício para defender a abolição da escravidão no Brasil. Parte da cultura e história do País, a poesia brasileira costuma aparecer nas questões de literatura do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e é preciso estar atento a elas.

Algo muito comum para confundir os alunos é a definição de poesia e poema. Poema é a estrutura de texto que se organiza em versos e estrofes. Já a poesia, ao contrário do que se entende, não se prende a esta organização padrão, poesia é o conteúdo e a mensagem que traz para quem a observa. A poesia pode estar presente em um poema, em um quadro e até em uma prosa, ela está em obras de arte no geral.

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Entendendo essa diferença, o aluno já conhece um pouco mais dos gêneros textuais existentes nas linguagens. Contudo, popularmente, os poetas são comumente lembrados como artistas do ramo do poema. Em conversa com o LeiaJá, o professor Pedro Santos destaca essa diferença.

“Falar de poesia, primeiro, é lembrar que poesia e poemas não são as mesmas coisas. No Enem, é preciso lembrar de dois momentos literários que sempre caem quando envolve poemas: o parnasianismo e a modernidade”, diz.

O docente explica mais sobre esses momentos na arte: “Os principais poetas no primeiro [momento], seria a tríade parnasiana, que consiste em Alberto Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac. Todos defensores de uma poesia pura, sem influências dos problemas sociais, que prezasse a arte pela arte. Os poemas parnasianos possuem formato e métricas muito cuidadosas, eles amavam o soneto.”

“Quanto à modernidade, temos que lembrar de Manuel Bandeira, pernambucano, sempre cobrado na prova. Ele possui uma lírica única na nossa literatura, participa da construção ideológica da Semana de Arte Moderna, além de ser crítico literário. Bandeira nos deu de presente um universo poético único: Pasárgada. Lá, ele podia ser o que ele quisesse, como uma forma de escapar das pressões sociais e pessoais, pois sofria de tuberculose”, continua Pedro.

Veja, abaixo, o famoso poema:

"Vou-me embora pra Pasárgada", por Manuel Bandeira

Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconsequente

Que Joana a Louca de Espanha

Rainha e falsa demente

Vem a ser contraparente

Da nora que nunca tive

E como farei ginástica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d’água

Pra me contar as histórias

Que no tempo de eu menino

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização

Tem um processo seguro

De impedir a concepção

Tem telefone automático

Tem alcalóide à vontade

Tem prostitutas bonitas

Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

— Lá sou amigo do rei —

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada.

Como poemas e poesia podem cair no Enem?

Quando falamos de linguagens e literatura, saber o contexto histórico e as definições dos gêneros textuais não basta. O professor Pedro Santos explica que há outra competência muito importante para se sair bem nas questões do Enem: a interpretação da linguagem poética do poema.

“Compreender a linguagem poética (poesia) é fundamental. E, para isso, é importante lembrar que a literatura não se expressa utilitariamente, como esta notícia que você está lendo, ela usa da palavra como instrumento artístico. O Enem vai cobrar do aluno justamente essa sensibilidade artística a de compreender a poesia do poema”, finaliza Pedro.

O romancista japonês Kenzaburo Oe, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1994 e um ícone progressista que desafiou o conformismo da sociedade moderna, morreu aos 88 anos, informou a editora Kodansha nesta segunda-feira (13).

"Ele morreu de velhice na madrugada de 3 de março", disse a editora em um comunicado, e indicou que sua família já realizou o funeral.

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Conhecido por sua postura pacifista e antinuclear, Oe fez parte de uma geração de escritores "profundamente feridos" pela Segunda Guerra Mundial, "mas cheios de esperança de um renascimento".

Nascido em 1935, Oe cresceu em um vale florestal na ilha de Shikoku, no oeste do Japão, um lugar remoto que ele frequentemente evoca em seus escritos como um microcosmos da humanidade.

Embora traumatizado pela capitulação do Japão após os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki em 1945, ele rapidamente aderiu aos princípios democráticos do ocupante americano.

Adolescente, decidiu ir estudar literatura francesa na prestigiosa Universidade de Tóquio, e iniciou sua carreira literária.

Em 1958, ele ganhou o renomado Prêmio Akutagawa para Jovens Autores com "A Presa", sobre um piloto afro-americano mantido em cativeiro em uma comunidade rural japonesa durante a Segunda Guerra Mundial.

Nesse mesmo ano, publicou seu primeiro grande romance, "Arranque as sementes, atire nas crianças", uma fábula social sobre crianças em um centro correcional no Japão durante a guerra.

O nascimento em 1963 de um filho com deficiência, Hikari ("Luz" em japonês), vira sua vida pessoal de cabeça para baixo e dá um novo impulso ao seu trabalho.

"Escrever e viver com meu filho se sobrepõem e essas duas atividades só podem se aprofundar de forma recíproca. Eu disse a mim mesmo que definitivamente é aqui que minha imaginação pode tomar forma", explicou ele mais tarde.

"Uma questão pessoal" (1964) foi o primeiro romance de uma longa série de livros inspirados em sua vida pessoal. Nele, Oe narra a vida de um jovem pai diante do nascimento de um bebê com deficiência, o qual inclusive pensa em matar.

Suas "Notas de Hiroshima" (1965) são um compêndio de testemunhos de vítimas de 6 de agosto de 1945.

Em 1994, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura por criar "com grande força poética um mundo imaginário onde vida e mito se condensam para formar um retrato desconcertante da frágil situação humana", nas palavras da comissão.

A Prefeitura de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, realizou a entrega de livros educativos para organizações da sociedade civil que executam o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) nos dias 23, 24 e 25 de janeiro.

Os kits entregues possuem conteúdo abrangente para crianças, adolescentes e educadores sociais. Esse ato é parte do programa  "Direito e Cidadania" da Editora Paulus, realizado pela Secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos da cidade.

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Cada um dos kits contém 5 livros com os seguintes temas: 'A minha casa é Assim'; 'Família de Verdade Verdadeira'; 'Os heróis da convivência'; 'O espelho da Vida' e 'Aconteceu naquela praça'. Estes temas servirão de instrumento das atividades do SCFV.

A feira de livros chamada ‘Troca Troca de Livros’ acontece no Recife, neste sábado (7). O evento é totalmente gratuito e organizado pelo Shopping ETC com intuito de incentivar o hábito da leitura.

A primeira edição do evento de 2023 acontecerá no Shopping ETC, localizado na Zona Norte de Recife, nos Aflitos. A troca de livros será feita até às 17h no stand montado para receber o público.

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Para participar, é importante que os livros trocados estejam em bom estado de conservação e que não sejam didáticos ou acadêmicos. Cada unidade de livro doado dá direito apenas à aquisição de outro livro na feira. Não será permitido venda ou reserva de livros no local.

 

Na última semana, a Amazon divulgou o ranking dos livros mais vendidos no Brasil em 2022. A autora americana Colleen Hoover lidera a lista geral e de romance com “Assim Que Acaba” (2018), que saltou do Top 20 no ano passado para o primeiro lugar em 2022.Hoover também obteve mais quatro obras entre os 25 best-sellers do ranking: “Todas as suas (im) perfeições” e “Verity” (2018), “Até o verão terminar” (2021), “O lado feio do amor” (2015) e “É Assim que Começa” - lançado este ano, o livro conquistou 1º lugar na categoria de eBooks digitais.Em segundo lugar está o gênero de economia, com o “O homem mais rico da Babilônia" (1926) de George S Clason. Já em terceiro, “Os sete maridos de Evelyn Hugo” (2017) de Taylor Jenkins Reid, que lidera a categoria de "Literatura e Ficção” e no ano passado estava no Top 5. Além disso, a obra de Reid em breve ganhará uma adaptação pela Netflix.Entre os escritores nacionais, Thiago Nigro está no Top 15 com “Do Mil ao Milhão. Sem Cortar o Cafezinho” (2018). Itamar Vieira Júnior, que encabeçou a lista em 2021 também segue entre os mais vendidos com “Torto Arado” (2019).“As obras mais vendidas, mais do que um sucesso de números, são importantes ao incentivo da leitura, com um grande potencial de atrair leitores”, afirma Ricardo Perez, gerente geral de livros da Amazon. “Livros são uma parte fundamental de uma sociedade saudável, e nos comprometemos em ter um efeito positivo na comunidade do livro no Brasil. Junto com autores independentes, que trazem novas histórias e vozes, os livros mais vendidos mostram as tendências que estão fazendo sucesso entre os leitores, e conseguem alcançar outras pessoas que ainda irão mergulhar na literatura”, finaliza.Veja a lista completa: 

Também é possível ver as obras mais vendidas por gênero, como Autoajuda, Religião, Infantil, HQ, Mangás e Graphic Novels, além de títulos independentes no link: amazon.com.br/livrosmaisvendidos2022

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A exposição “Místicos e Bárbaros: Corpo, Sabor e Fé” exalta a presença de artistas paraenses dentro do cenário da Semana de Arte Moderna de 1922. O evento, com visitação gratuita, foi organizado pelos colecionadores de obras de arte que são membros do Poder Judiciário paraense e ocorre até o dia 15 de janeiro de 2023, de segunda a sábado, de 8 às 15 horas, e no domingo, de 9 às 13 horas, no Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), em Belém.

A Semana de Arte Moderna foi uma manifestação sócio-artístico-cultural realizada de 13 a 18 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo, a fim de propor uma nova elaboração da arte nacional. Ao completar 100 anos, a Semana ainda representa um marco nas artes brasileiras.

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Na exposição do TRE-PA, pinturas, esculturas e objetos com estilo modernista englobam os acervos pessoais de advogados e juristas, mostrando a presença regional dentro dos parâmetros artísticos nacionais. O nome da exposição é baseado no livro do poeta paraense Antônio Tavernard.

No Pará, apesar da intensa atividade literária, a realidade na década de 1920 era difícil. Pouco se explorou sobre a temática na região, por conta da distância e da desvalorização dos artistas locais.

Para o professor Paulo Nunes, doutor na área de Letras e pesquisador sobre a “Geração Peixe Frito”, grupo de escritores paraenses de grande influência no modernismo brasileiro, faltou reconhecimento ao trabalho desenvolvido no Estado. “Não tínhamos contato com São Paulo. Nosso Brasil era outro, ia praticamente até a Bahia. Norte e Nordeste, mais próximos, tinham mais o que aprender, trocar e dialogar. Nós, amazônidas, devido às nossas revistas culturais, como ‘A Semana’ e a ‘Belém Nova’, publicávamos autores sudestinos e sulistas, portanto os conhecíamos. Mas o contrário não ocorria. Quanto a desvalorizar e desconhecer o que nossos artistas produziam, até hoje, no geral, é importante deixar a Amazônia como locus do exótico, do primitivo: é um modo de nos desvalorizar”, disse o pesquisador.

Paulo Nunes destaca, também, a importância de dar palco às obras regionais, visto que existem pintores, escultores, escritores, entre outros, que possuem uma relevância histórica no mundo das artes a ser considerada. “É como se tivéssemos de ‘matar um leão por dia’ (desculpe a metáfora antiecológica). Espaço de valorização no eixo São Paulo/Rio de Janeiro é briga constante, como se precisássemos do aval do outro para sermos reconhecidos. Grandes autores, talvez eu esteja enganado, produzem sem se preocupar com o julgamento do outro; eles produzem o melhor que sabem... Veja os exemplos de Eneida, Dalcidio Jurandir, Max Martins, Bruno de Menezes, Lindanor Celina. Eles marcaram porque fizeram bem feito, para nos emocionar. Suas obras atravessaram o tempo”, explicou.

Por Giovanna Cunha (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

Neste sábado (3), no Shopping ETC, será realizada a última feira de trocas de livro de 2022. O evento chamado Troca Troca de Livros tem o objetivo de incentivar as pessoas com o hábito da leitura. De acordo com a organização, é importante que os interessados no projeto separem seus exemplares que estejam em um bom estado de conservação.

As regras da feira contam com as seguintes informações: não serão aceitos livros didáticos, acadêmicos, de poesia, obras em outros idiomas ou até distribuídos gratuitamente; reserva de produtos não pode ser solicitada. Fica proibida também qualquer tipo de venda de livro.

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Cada livro que for doado na feira dá direito a outro. Ao entregar um livro para troca, a ação de retirar outro deve ser imediata. A troca dos livros pode ser feita no horário das 10h às 17h, no espaço montado no piso principal do centro de compras. O Shopping ETC fica localizado na avenida Conselheiro Rosa e Silva, nº 1460, Aflitos, Zona Norte do Recife.

O Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC) da UNAMA - Universidade da Amazônia promove um cortejo lítero-musical em Cachoeira do Arari, município do arquipélago do Marajó, neste sábado (19). A programação reúne professores pesquisadores e alunos do Mestrado e Doutorado.  

"'Trilhas do Literário' no Marajó vai vivenciar a literatura do escritor Dalcídio Jurandir em sete estações pelas ruas da cidade marajoara e é um evento aberto ao público", conta a reitora Betânia Fidalgo Arroyo, que participará do evento.

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O romancista Dalcídio Jurandir, natural de Ponta de Pedras, no Marajó, é um dos maiores representantes da literatura paraense e entre seus méritos figura o de ter superado os parâmetros do regionalismo tradicional com a apresentação de temas de relevância universal. Em “Belém do Grão-Pará”, por exemplo, ele denuncia a exploração infantojuvenil em trabalhos domésticos. Em “Chove nos campos de Cachoeira”, a desigualdade social; e em “Três casas e um rio” e “Chão dos lobos”, a grilagem de terras.

A primeira estação será no icônico Museu do Marajó, concebido pelo padre Giovanni Gallo, com a leitura das “Epístolas Poéticas” trocadas entre o romancista e Maria de Belém Menezes, filha de Bruno de Menezes. Haverá exposição de banners e memorial sobre a lendária Academia do Peixe Frito, além do relançamento do livro “Dalcídio, o Reinventor do Caroço de Tucumã”, do escritor, poeta, pesquisador e professor titular da UNAMA Paulo Nunes, que também é membro do Instituto Histórico e Geográfico do Pará. A publicação, lançada durante a 25ª Feira do Livro e das Multivozes, este ano, no estande da Imprensa Oficial do Estado do Pará, traz uma abordagem científica sobre o texto literário do marajoara considerado um dos primeiros a difundir o modo de vida cotidiano das populações amazônicas.

A segunda estação será no porto da cidade, às margens do rio Arari, com leitura de trechos de “Chove nos campos de Cachoeira” e “Três casas e um rio”. A terceira, na igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, com texto e fala de Paulo Nunes, sobre "Religiosidade e fé em Dalcídio Jurandir". A quarta, em frente à casa onde Dalcídio morava, com leitura de textos sobre o chalé da família de Alfredo, personagem principal de “Chove nos campos de Cachoeira”.

A quinta estação será na escola estadual José Rodrigues Viana, sobre "Pedagogia das ruas e educação formal", com leitura do texto prefácio “Primeira Manhã”, de Paulo Nunes. A sexta estação será na Porteira da Fazenda, com leitura de trechos de “Chove nos campos de Cachoeira”. A sétima será o encerramento da programação, com apresentação cultural do grupo Acauã.

Com informações do PPGCLC/UNAMA.

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