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A fabricante de latas para bebidas Ball Corporation patrocinou a construção de um laboratório de economia circular em Fernando de Noronha, que deverá ser inaugurado até o final deste ano e deve reciclar entre 8 milhões e 10 milhões de latinhas de alumínio anualmente, o equivalente a 60 toneladas do metal.

A Ball contribuiu com mais de 90% do total de recursos dedicados para desenvolver a unidade, que foi construída em um espaço onde estava instalado um antigo lixão. Os rejeitos encontrados durante o processo de escavação tiveram a destinação correta e a região foi restaurada para que a obra no local pudesse ser realizada.

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Chamada de Lab Noronha Pelo Planeta, a unidade pertence ao Consórcio Noronha pelo Planeta, entidade que reúne startups, organizações não governamentais (ONGs). Ela será responsável por centralizar toda a coleta de latinhas de alumínio consumidas na ilha para, em seguida, enviar os produtos para a fábrica da Ball em Recife.

Após esta etapa, os produtos serão enviados para uma empresa parceira em São Paulo que realizará a transformação do material usado em uma nova bobina de alumínio (um formato bruto do material). Após esta etapa, a Ball adquire a bobina e produz novas latas, em um processo que pode se repetir de forma quase ilimitada.

Segundo o diretor de sustentabilidade da Ball para América do Sul, Estevão Braga, a empresa já dedicou mais de R$ 10 milhões para o desenvolvimento do laboratório, que está em fase final de construção. Além da coleta de latinhas, a unidade também contará com atividades culturais e socioambientais que vão contribuir para fortalecer a conscientização dos visitantes e da população local.

"O Brasil já alcançou o índice de 100% de reciclagem em latas de alumínio, então não se trata de uma iniciativa para aumentar a reciclagem, mas para expandir a consciência de que existem modelos de produção que não geram problemas para a sociedade, como este", afirmou o executivo.

Segundo Braga, Fernando de Noronha é um lugar especial para o desenvolvimento da iniciativa, pois o consumo de latas de alumínio na ilha é o dobro por indivíduo na comparação com o restante do Brasil. O fenômeno ocorre por conta de questões geográficas, uma vez que a região fica localizada a cerca de 400 km da costa brasileira. "Há uma limitação na produção própria da região, então muitos dos produtos que estão aqui chegam do continente para cá em embalagens."

O valor da venda da sucata de latas será revertido para financiar as atividades do laboratório, incluindo a própria coleta, desonerando a administração de Fernando de Noronha e possibilitando a realização de projetos sociais e educacionais para a comunidade da ilha.

Tendências

O diretor de sustentabilidade da Ball prevê que as embalagens de alumínio devem ganhar espaço no mercado por conta das suas características sustentáveis, substituindo produtos que hoje em dia utilizam plástico e vidro para o envase de bebidas.

Braga destacou novas tendências no mercado, como a adoção da embalagem de alumínio para o consumo de água, além do crescimento da oferta de energéticos, que também são oferecidos em latinhas de alumínio. Segundo o executivo, o material traz vantagens como a sua característica reciclável e a quantidade necessária para o envase.

"Enquanto uma garrafa de vidro pesa de 200 a 500 gramas, a latinha de alumínio tem cerca de 12 a 15 gramas, então precisamos de pouco material para envasar corretamente e com segurança a bebida do nosso cliente", disse o executivo, que prevê a continuidade do crescimento do alumínio no mercado ao longo da década atual.

O Corpo de Bombeiros está há cinco dias trabalhando para controlar o incêndio que atingiu um lixão em Teresópolis, na região serrana fluminense. Os focos já foram apagados, mas ainda é necessário um trabalho de rescaldo, que envolve o resfriamento do material para evitar a reignição (recomeço do fogo). 

O incêndio no lixão do Fischer, que é chamado de aterro sanitário pela prefeitura, começou na madrugada de segunda-feira (26). Uma densa nuvem de fumaça se espalhou pela cidade, provocando transtornos. Até a última quarta-feira (28), a Secretaria Municipal de Saúde havia feito mais de 100 atendimentos médicos de crianças e adultos. Nenhuma pessoa precisou ser internada. 

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Mais de 20 escolas e creches localizadas nas proximidades do lixão tiveram as aulas suspensas na segunda-feira. Alguns animais mais sensíveis foram transferidos do canil municipal localizado naquele bairro, para outro local. 

A prefeitura municipal disse que o caso está sendo investigado porque há suspeita de que tenha sido um incêndio criminoso. 

O lixão do Fischer foi embargado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) em 2018, mas continuava funcionando com uma liminar da Justiça. Em maio deste ano, o juízo da 1ª Vara Cível de Teresópolis chegou a decidir que o embargo não era mais válido. 

Na última terça-feira (27), no entanto, a desembargadora Inês da Trindade Chaves de Melo, da 3ª Câmara de Direito Público da Justiça fluminense, decidiu interditar o lixão a pedido do Inea.  

Em nota, a prefeitura informou que está buscando uma alternativa para o Fischer. A ideia é construir uma usina de processamento de lixo no local. A solução provisória, enquanto a usina não funciona, é transportar pelos próximos dois anos, o lixo do município para um aterro sanitário licenciado em outro local. 

A prefeitura diz, no entanto, que esse transporte teria um custo anual de R$ 20 milhões com o qual o município não tem condições de arcar. Para viabilizar esse transbordo, busca um acordo com a Justiça e o governo estadual.

Inúmeras foram as tentativas de Cassiano Oliveira da Silva, de 29 anos, até a aprovação em uma universidade pública. “Eu faço o Enem desde 2010, antes mesmo de terminar os estudos. Fiz dois anos por experiência”, conta em entrevista ao LeiaJá. Natural de Recife e oriundo de escola pública, ele passou boa parte da infância e adolescência trabalhando, ao lado dos pais e um dos irmãos, em um lixão localizado em Passira, no Agreste de Pernambuco. “A gente saiu de Cumaru para trabalhar em Passira porque tinha mais oportunidade. Meus pais, um irmão e eu trabalhávamos nesse lixão, que nem existe mais”, relembra.

Sem curso preparatório e com uma rotina dividida entre o trabalho em uma cooperativa de material reciclável, família e estudos, Cassiano conquistou a segunda colocação no curso de ciências biológicas, modalidade a distância, ofertado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). “Para esse Enem, em específico, a preparação foi em casa mesmo, porque de tanto fazer a prova, eu fui ganhando experiência. Eu estudava pelas provas passadas. Eu fazia de conta que estava fazendo o Enem de fato e depois eu ‘ia’ (sic) para a correção. As questões que eu errasse, eu buscava vídeos sobre o assunto no YouTube”, relembra.  

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Cassiano Oliveira montou uma cooperativa de material reciclável. Foto: Arquivo Pessoal

À reportagem, ele relata que os pais não tiveram acesso à Educação, no entanto, faziam questão dos três filhos se dedicarem aos estudos. "Meu pai dizia que na hora de trabalhar, a gente trabalhasse, e na hora de estudar, era para focar nos estudos". Era do lixão que a família do, agora, universitário tirava o sustento. O local de trabalho nunca foi motivo de vergonha para Cassiano ou da família.

Porém, na infância, o jovem foi alvo de preconceito na escola. "Na escola, quando eu era criança, alguns colegas falavam porque eu trabalhava no lixão, preconceito mesmo. Quando cheguei no ensino médio, isso mudou", diz. Foi nessa etapa educativa que ele pode compartilhar, não somente com os colegas de turma, como também com professores, todo conhecimento sobre meio ambiente adquirido no lixão. “Nas aulas de campo, quando o professor levava a turma para o lixão, por exemplo, eu dominava. Tinha coisas que nem ele sabia. Era o meu momento”, conta.

À reportagem, ele relata que os pais não tiveram acesso à Educação, no entanto, faziam questão dos três filhos se dedicarem aos estudos. "Meu pai dizia que na hora de trabalhar, a gente trabalhasse, e na hora de estudar, era para focar nos estudos". Era do lixão que a família do, agora, universitário tirava o sustento. O local de trabalho nunca foi motivo de vergonha para Cassiano ou da família.

Trabalhar no lixão nunca foi motivo de vergonha para Cassiano. Foto: Arquivo Pessoal

Com um trabalho que demanda tempo, cerca de 12 horas por dia, e esforço físico, para Cassiano restava apenas o horário da noite para estudar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). "Eu não estudava todos os dias, mas sempre estudava. Eu não tinha todo dia aquela obrigação, porque, devido ao cansaço do trabalho, não tinha como ter aquele foco. Muitas vezes, eu começava a ver uma videoaula e pagava no sono. Eu optei por fazer [estudar] realmente quando estava preparado para ver uma videoaula do começo ao fim", ressalta. 

Casado e pai de dois filhos, o jovem fala que todo o esforço valeria a pena. "Eu sabia que a partir do momento que eu tivesse me esforçando para estudar, eu poderia melhorar ainda mais a minha vida, através da Educação, e também ser uma referência para os meus meninos. Porque meu pai e minha mãe não tiveram a oportunidade que eu tive de estudar. Meus pais só fizeram a 1ª série do fundamental. Eu concluí o ensino médio e eu pensava que poderia ir além, chegar em uma universidade, ser uma referência. Sempre digo que o estudo é a única coisa que ninguém pode tirar da gente".

Em 2018, o jovem montou uma cooperativa. Foto: Arquivo Pessoal

A opção por ciências biológicas não foi por acaso. Ao LeiaJá, Cassiano relata que desde criança é interessado nas questões ligadas ao meio ambiente. "No ensino médio, minha maior vontade era fazer medicina veterinária. Mas, com o tempo, eu fui vendo que com a ciências biológicas era mais a minha identidade, eu poderia contribuir mais".

O curso escolhido pelo jovem é uma licenciatura. Questionado se seguirá a carreira de docência, o reciclador foi categórico. "Eu quero ser aquele professor mais de campo. Porque eu gosto muito do campo. Eu acredito que levar experiências desperta mais o interesse dos alunos. Eu quero chegar, justamente, para fazer essa diferença. Não quero ficar só na sala de aula, na teoria, mas levar os alunos para a prática".

A espera de Cassino para, finalmente, iniciar os estudos no ensino superior está próximo do fim. Com certo entusiasmo, ele conta que as aulas começam na próximas segunda-feira (29). "O curso é EaD e eu só vou precisar ir em Vitória [de Santo Antão] ou Limoeiro algumas vezes, só quanto for algo prático. O que for mais simples será em Limoeiro, já algo mais complexo será em Vitória. Estou muito ansioso. Esperei muito por isso".

Pernambuco tem um novo Marco Zero. O estado alcançou a meta de zerar o número de lixões a céu aberto nos seus 184 municípios. A conquista histórica é resultado do trabalho do Tribunal de Contas do Estado que, ao longo dos últimos 10 anos vem atuando para eliminar os lixões, juntamente com as instituições parceiras, Ministério Público do Estado (MPPE), a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) e Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).  

A notícia foi divulgada na tarde desta segunda-feira (20), em uma entrevista coletiva com a participação do presidente Ranilson Ramos, das equipes envolvidas no trabalho, do subprocurador-geral de Justiça, Renato da Silva Filho; da promotora de Justiça Belize Câmara, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente; da secretária da SEMAS, Ana Luiza Ferreira; e do diretor-presidente da CPRH, José de Anchieta Santos.

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Também marcaram presença o procurador-geral do Ministério Público de Contas, Gustavo Massa, a diretora de Controle Externo do TCE, Adriana Arantes, e o diretor do Departamento de Infraestrutura da Casa, Conrado Lobo.

“Esse é o momento sublime que a gente faz que as coisas aconteçam”, afirmou o presidente Ranilson Ramos ao falar da alegria pela conquista depois de tanto esforço para erradicar os lixões no Estado.

Ele agradeceu o empenho e a dedicação dos integrantes das entidades parceiras e reforçou a importância da colaboração dos prefeitos e gestores municipais para a mudança de cenário em Pernambuco. “Agora a etapa é a sustentabilidade desses aterros sanitários, de transformar o que hoje é rejeito em dinheiro a ser retornado para a população e para o meio ambiente”, concluiu.

"Foi um árduo e contínuo trabalho do TCE junto aos entes da administração pública municipal, em que boa parte respondeu com comprometimento e responsabilidade a uma questão que beneficia a saúde da população e o meio ambiente“, disse Pedro Teixeira, auditor do TCE responsável pela elaboração dos levantamentos.

Alfredo Montezuma, gerente de Estudos e Suporte à Fiscalização do TCE, explicou que o trabalho conjunto entre o Tribunal, o MPPE, a SEMAS e a CPRH, que formaram o Grupo de Trabalho “Lixão Zero”, associado à colaboração das prefeituras, e da própria imprensa, na divulgação de cada diagnóstico, foi essencial para o alcance do resultado, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida do cidadão.

Neste sentido, é importante a participação da sociedade, que pode ajudar ficando de olho em ‘como’ e ‘onde’ é feito o depósito final de lixo em sua cidade, e denunciando as irregularidades à Ouvidoria do TCE pelo telefone 0800 081 1027, ou pelo e-mail ouvidoria@tce.pe.gov.br. Não precisa se identificar. Clique aqui e veja como.

“A eliminação dos lixões em Pernambuco não encerra o trabalho do TCE”, disse o presidente Ranilson Ramos. “A etapa agora é focar na sustentabilidade dos aterros sanitários”, afirmou.

Além de incentivar a separação do lixo para reciclagem, o uso do material orgânico para a produção de biogás, e o reaproveitamento dos rejeitos na produção de energia, o TCE pretende intensificar o acompanhamento, que é feito desde 2017, para verificar as quantidades de resíduos sólidos urbanos que estão sendo depositados e a qualidade dos aterros sanitários. Também será cobrado dos municípios o Plano de Recuperação da Área Degradada (PRAD), ou seja, um estudo ambiental que contém programas e ações para minimizar o impacto causado no meio ambiente e restaurar os locais onde antes funcionavam os lixões.

Acompanhamento 

Em 2014, quando o TCE começou a acompanhar de perto a situação, 155 (84%) das 184 cidades pernambucanas descartavam os resíduos de maneira irregular. E apenas 29 (16%) utilizavam a forma correta de despejo do lixo, que é por meio dos aterros sanitários. O acompanhamento atento das equipes de auditoria do TCE continuou, e aos poucos foi se desenhando uma discreta melhora no panorama estadual.

Em novembro de 2022 apenas dez municípios continuavam usando lixões para descarte dos resíduos, 63% a menos do que em 2021, quando 27 cidades continuavam em desacordo.

Além de fiscalizar o descarte do lixo, o TCE orientou os gestores, por meio de cursos de capacitação oferecidos pela Escola de Contas. Ao longo dos anos foram instaurados 112 processos de Auditoria Especial para apurar responsabilidades pela utilização de “lixões”. Além disso, foram abertos 62 processos de Auto de Infração que preveem multas de 24 a 27 mil reais para os casos de descarte inadequado de resíduos, e não apresentação do plano de ação para a eliminação dos lixões.

A Prefeitura de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, confirmou nesta sexta-feira (25), que o último lixão em atividade na RMR será desativado no dia 1º de outubro deste ano. O fechamento do lixão de Céu Azul, que funcionava desde 1991, está sendo possível depois de tratativas junto aos órgãos controladores e fiscalizadores do município e estado de Pernambuco.

“O fechamento do lixão é extremamente importante para Camaragibe. Nós somos o único município da Região Metropolitana do Recife com lixão ainda não desativado, descumprindo a Lei do Resíduo Sólido e desobedecendo ao prazo estabelecido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos para fechamento (encerrado em 2014)”, confirma a secretária de Infraestrutura e Serviços Públicos, Eryka Luna. 

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“São 12,47 hectares de área ocupados por resíduos que prejudicam o solo, o meio ambiente como um todo e a saúde dos catadores e pessoas que moram nas casas do entorno. A dificuldade financeira foi grande, mas enfim conseguimos dar este importante passo para a regularização da cidade”, complementa a secretária. 

Ainda de acordo com Eryka, o município chegou a acumular multas ambientais, expedidas pela CPRH, por ter o lixão ainda em funcionamento, acarretando ainda mais despesa para o município. “Existia multa até de R$100 mil. Precisávamos realmente dar um basta nesta situação”, declarou.

A partir da data de fechamento, as 190 toneladas de lixo produzidas por dia pela população do município de Camaragibe serão destinadas à Central de Tratamento de Resíduos (CTR) de Igarassu, que venceu a licitação aberta neste ano. Para viabilização da utilização deste CTR, foi necessário o município realizar um projeto técnico para uma estação de transbordo, na qual os caminhões pequenos da cidade passam seus volumes às carretas e as mesmas levam os resíduos ao CTR - já que a Central encontra-se a certa distância de Camaragibe.

Catadores

Segundo a prefeitura, no lixão há cerca de 90 catadores. Com a desativação do local, a gestão municipal afirma que vem realizando ações para a capacitação, orientação e cadastramento dos catadores, que devem ser conduzidos para uma nova realidade. 

“Uma boa parte desses catadores, que entendem a necessidade do fechamento do lixão e querem novas oportunidades de trabalho, nós iremos trazer para que trabalhem na limpeza urbana do município; outros, dependendo da escolaridade, estamos buscando oportunidades de estágio, emprego. Os que ainda estão resistentes, o comitê gestor da prefeitura, criado para conduzir a parte social do fechamento do lixão, já está trabalhando junto com eles na conscientização, capacitação e orientação”, explicou o secretário de desenvolvimento econômico, Maurivan Tenório.

Um catador de recicláveis de 29 anos foi assassinado em um lixão no município de Carpina, na Zona da Mata de Pernambuco, na sexta-feira (27). A vítima estava trabalhando no momento do crime.

De acordo com informações iniciais da Polícia Civil, um homem atirou contra o catador e fugiu. O suspeito ainda não foi identificado.

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A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o caso. A motivação do crime ainda é desconhecida.

Desativado em 2018, o antigo lixão da cidade de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR), terá sua área reflorestada com plantas endêmicas da Mata Atlântica, além de recuperação de solo e drenagem. O local, que por quase 50 anos abrigou os resíduos sólidos produzidos pelo município, teve o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) autorizado na última quarta-feira (15), pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). 

Segundo a prefeitura da cidade, o plano visa fortalecer a formação dos corredores ecológicos da cidade, além de incentivar o reflorestamento com espécies florestais nativas e recuperar as áreas degradadas pelo antigo lixão.

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De acordo com o prefeito Bruno Pereira, o reflorestamento será coordenado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e pela Agência Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Meio Ambiente e Agricultura (Adesma). 

“A sustentabilidade e preservação do meio ambiente é um dos compromissos de nossa gestão. Iniciamos o processo do plano em 2019, e agora, com a autorização do CPRH, vamos iniciar os trabalhos com restauração da área alterada e degradada, arborização urbana, instalação do plantio, sementeira, central de triagem, e resíduos sólidos, que vão ser triturados e vendidos como areia reciclada ou na fabricação de tijolos para construção de casas populares”, pontuou Bruno.

Para o secretário de Infraestrutura da cidade, Sérgio Machado, com o plano será possível realizar a correção ambiental da área, com paisagismo e outras ações necessárias, que evitarão problemas como: proliferação de vetores de doenças, poluição do solo e das águas superficiais e subterrâneas, que podem afetar a saúde pública. 

“Vamos fazer o plantio de árvores de grande porte como: eucalipto, mangueira e espécies nativas. Tudo, para promover uma contenção, e assim, melhorar o ambiente. Após a autorização do CPRH, que já reconhece o local como ambientalmente correto, por não ser depositado mais materiais orgânicos, materiais esses que encaminhamos para o CPRH de Candeias, já iniciamos o projeto”, pontuou o secretário.

*Da assessoria de imprensa

O prefeito de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Bruno Pereira (PTB), desembarcou em Brasília (DF) na última semana para tentar destravar recursos para obras e serviços do município. Em dois dias, o chefe do Executivo se reuniu com gestores dos Ministérios das Cidades, Comunicações, Meio Ambiente e Saúde, e conseguiu garantir a continuidade de projetos.

O prefeito afirmou que o município não pode ser prejudicado por erros de gestões anteriores. “Estive no Ministério das Cidades para destravar recursos para Praça do PEC, que fica ao lado do Ginásio Pereirão. Conseguimos verbas para o elevador, ar-condicionado central e todo mobiliário. Em seguida, fomos para o Ministério das Comunicações, solicitar mais prazo para o projeto ‘Cidade Digital’, e assim, voltarmos com os serviços de monitoramento com câmeras e Wi-Fi gratuito para os moradores, além disso, não teremos que devolver mais de R$ 7 milhões, devido às más gestões passadas, que não realizaram as prestações de contas”, pontuou o gestor.

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Ainda segundo Bruno, a visita ao Distrito Federal também rendeu bons frutos para a saúde e o meio ambiente. “No Ministério da Saúde conseguimos um repasse de mais de R$ 4 milhões, que já está em nossa conta, para a reforma das Unidades Básicas de Saúde (UBS´s), e para compra de medicamentos. Já no Ministério do Meio Ambiente, apresentamos a nossa cidade, sua extensão territorial rural, nossas áreas de conservação e a desativação do lixão. Com isso, estamos para conseguir um grande projeto ambiental para o município, que irá transformar o antigo lixão em aterro sanitário, devendo beneficiar catadores de lixo, toda comunidade e nosso ecossistema”, relatou o prefeito.

*Da Assessoria de Imprensa

Uma menina de 12 anos que havia passado por uma cirurgia cardíaca recente foi encontrada vivendo em um lixão no município de Floresta, Sertão de Pernambuco, na quinta-feira (18). A jovem foi encaminhada para uma unidade de saúde.

Equipes da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia do São Francisco (FPI-PE) encontraram várias famílias morando dentro da área do lixão. A renda dessas famílias vem da venda de material reciclável.

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A criança de 12 anos, segundo o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), corria risco em razão do ambiente poluído em que se encontrava, contrariando recomendação médica para o pós-operatório. No hospital da cidade, para onde foi levada, ela será acompanhada por familiares.

O prefeito e secretários de Floresta foram levados até o lixão. "Não é possível admitir a moradia de pessoas no lixão. Temos que providenciar uma solução e tirar essas pessoas de lá o quanto antes, porque eles estão vivendo em uma situação de miséria extrema", destacou a promotora de Justiça Luciana Khoury, coordenadora da FPI na Bahia.

A FPI-PE sugeriu a realização de um levantamento das informações sobre as pessoas que foram encontradas morando dentro do lixão e a adoção de medidas para retirá-las da localidade em caráter emergencial. Em seguida, o poder público deve auxiliá-los a formar cooperativas para que desempenhem sua atividade profissional de forma adequada, com o uso de equipamentos de segurança e inclusão na cadeia da coleta seletiva, que ainda não existe em Floresta. Os gestores públicos que acompanharam a visita se comprometeram a encaminhar nos próximos dias equipes do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e do Conselho Tutelar para avaliar a situação das famílias e, em especial, das crianças.

 

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) divulgou, nesta sexta-feira (29), um levantamento sobre a destinação do lixo em Pernambuco. Os dados, coletados entre janeiro e dezembro de 2018, mostram que a maior parte dos municípios continua depositando os resíduos sólidos em lixões a céu aberto.

Em comparação à última avaliação, houve uma evolução no número de cidades que depositam o lixo corretamente. O TCE computou que 79 dos 184 municípios pernambucanos estão usando aterros sanitários para despejo dos resíduos. Em 2017, 51 cidades depositavam lixo em aterros sanitários.

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Apesar da melhoria, a situação ainda é desanimadora. No total, 105 cidades continuam desrespeitando o meio ambiente, com 103 dessas depositando a sujeira em lixões a céu aberto e duas em aterros controlados, que não atendem por completo às exigências legais e ambientais adequadas.

“Está muito longe do ideal’, afirma Pedro Teixeira, auditor de controle externo do TCE. “A gente pensar que ainda existem 105 municípios no estado de Pernambuco que depositam de forma irregular, ou seja, em lixões e aterros que não são legalizados, então são municípios cometendo crimes ambientais todos os dias”.

Teixeira também destacou o impacto social e de saúde relacionado ao lixão, onde pessoas costumam recolher restos de alimentos. “São pessoas em situação sub-humanas. Pessoas brigam por lixo. É uma situação degradante. Sem contar o problema de saúde pública, porque o chorume do lixão de Camaragibe vai para o rio direto. Aquelas casas estão todas sujeitas aos problemas do lixo. É uma degradação completa”, explica. Camaragibe, citado pelo auditor fiscal, é o único município da Região Metropolitana do Recife (RMR) que ainda mantém lixão. Ipojuca, na RMR, possui um aterro que ainda não se adequa às exigências legais e ambientais.

Pernambuco conta atualmente com apenas 17 aterros sanitários licenciados, sendo cinco privados e doze públicos. Em 2012, o Plano Estadual de Resíduos Sólidos, realizado pelo Governo do Estado, apontou que seriam necessários 54 aterros sanitários para atender toda a demanda da população. O TCE acredita que com bem menos de 54 já seria possível alcançar um resultado bem melhor. A maioria das cidades que precisam se regularizar estão no Sertão, Mata Norte e parte da Mata Sul.

A ausência do aterro sanitário também traz prejuízo para os cofres das cidades. Quem não deposita corretamente os rejeitos perde 2% do ICMS Ecológico, mecanismo de incentivo à conservação que faz com recursos financeiros cheguem aos municípios. Recife, por exemplo, gastou mais de R$ 32 milhões com o aterro sanitário em 2018. Entretanto, recebeu R$ 22 milhões do ICMS pelo trato correto do lixo. Isso significa que 68,4% do custo foi recuperado.

A eliminação dos lixões era para ter sido concretizada até 2014, conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010). O descumprimento às normas é considerado crime gravíssimo contra o meio ambiente. Os prefeitos infratores estão sujeitos a sanções penais e administrativas, além da obrigação de reparar o dano. Eles podem ser enquadrados na Lei de Crimes Ambientais e receber pena de até três anos de prisão. A multa pode chegar a R$ 82,4 mil.

Esta é a primeira vez, desde que o TCE começou o monitoramento em 2014, que foram instaurados processos de Auditoria Especial, uma forma de aumentar o rigor para quem tem descumprido a lei. Foram instaurados 112 processos, tendo 13 já sido julgados. Desses, 11 foram considerados regulares com ressalva e dois, irregulares. Três prefeitos foram multados. O TCE pode também considerar as contas irregulares, resultando em inexigibilidade do prefeito. Também foram enviadas 52 representações para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) sobre prefeitos que nem ao menos responderam o requerimento de informações.

O despejo de grandes quantidades de lixo em locais inadequados contribui para que o chorume e os gases tóxicos contaminem o solo, os lençóis freáticos, as reservas de água potável e o ar. De agosto de 2014 a 20 março de 2019, 7 milhões de toneladas de lixo seguiram para lixões no Estado. De acordo com cálculo do TCE, esse volume de lixo encheria 1,3 mil campos de futebol com três metros de altura.

Um feto foi encontrado nas proximidades do lixão de Aguazinha, em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR), na manhã desta segunda-feira (14). O feto estava enrolado em um lençol.

Após a descoberta, populares acionaram a polícia. As polícias Militar e Civil estiveram no local.

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O caso será investigado pela Delegacia de Peixinhos. O feto passará por exames no Instituto de Medicina Legal (IML). O responsável pelo ocorrido poderá responder por abandono e homicídio.

A destinação imprópria de lixo no país cresceu. Em 2016 havia 1.559 "lixões", número que em 2017 foi para 1.610, de acordo com o relatório Panorama Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil 2017, divulgado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Pela lei, todos os lixões deveriam ter sido fechados em 2014, prazo dado pela Política Nacional dos Resíduos Sólidos. O relatório também diz que a quantidade de lixo depositada poderia encher 160 estádios de futebol como o Maracanã.

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O depósito irregular aumentou 1% em 2017 em relação a 2016, com mais de 29 milhões de toneladas depositadas em lixões e aterros. A região Nordeste é a que contém o maior número de depósitos de lixo, existente em 861 municípios. A região Norte está em segundo lugar, com 252 depósitos.

 

Das 184 cidades pernambucanas, 114 ainda utilizam lixões. É o que revela um relatório divulgado nesta terça-feira (20) pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).  Os dados apontam, dessa maneira, que mais de 60% dos municípios de Pernambuco ainda descumprem a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), em vigor desde agosto de 2010, que determina a eliminação dos lixões e o descarte ambientalmente adequado dos resíduos em aterros sanitários. O prazo de adequação venceu em agosto de 2014, mas no Congresso Nacional tramitam propostas para prorrogar o prazo. 

“O descumprimento às normas é considerado crime gravíssimo contra o meio ambiente, previstos no parágrafo 3º, do artigo 225, da Constituição Federal e no artigo 54, da Lei nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), onde os infratores estão sujeitos a sanções penais e administrativas, além da obrigação de reparar o dano”, afirmou o auditor do TCE-PE, Pedro Teixeira. Os administradores das cidades que estão descumprindo a lei podem pagar uma multa de até R$ 79.055,00.  

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Segundo o TCE, as prefeituras receberão ofícios solicitando esclarecimentos, o que pode gerar processos de auditorias especiais. O Tribunal de Contas do Estado explicou, ainda, que as informações contidas no estudo também serão encaminhadas ao Ministério Público de Pernambuco para que ele auxilie no monitoramento da regularização da destinação do lixo. 

Dados apontam que 114 municípios ainda utilizam lixões. (Arte: Tribunal de Contas do Estado/Divulgação)

Um fator positivo apontado pela análise é o de que 51 cidades (27,7%) depositam corretamente o lixo em aterros sanitários. O número aponta uma evolução se comparado aos dados de 2016, quando apenas 33 municípios estavam adequados à lei. O relatório aponta, também, que os lixões do Estado recebem 4.403 toneladas de resíduos por dia. Por outro lado, 5.697 toneladas entram nos aterros sanitários diariamente.

Ainda de acordo com o estudo do TCE, de agosto de 2014 a fevereiro de 2018, 5,7 milhões de toneladas de lixo foram geradas em Pernambuco. Para se ter uma ideia, daria para encher 1.000 campos de futebol com três metros de altura apenas com os resíduos. A análise do Tribunal de Contas do Estado é  realizada todos os anos baseada nos dados coletados durante as inspeções realizadas pelo Tribunal entre janeiro e dezembro de 2017, e nas informações prestadas pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), relativas a 2016.

Vários livros didáticos novos (alguns ainda dentro da embalagem) que deveriam seguir até a cidade de Feira de Santana, na Bahia, foram encontrados no antigo lixão do Sítio Mandacaru, que fica no município de Trindade, no Sertão de Pernambuco. 

O material didático, segundo o portal G1, foi enviado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e deveria ser utilizado no ano letivo de 2018 por escolas de cidades próximas a Feira de Santana, como Serrolândia, Mairi, Várzea Grande, entre outros. A equipe do LeiaJá tentou entrar em contato com a Secretaria de Educação do município de Trindade, que não atendeu às ligações. Ao G1, a prefeitura afirmou que a Polícia Militar e a Guarda Municipal estiveram no local.

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Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Educação da Bahia informou que os livros pertencem à escola Escola Municipal Yeda Barradas Carneiro de Várzea do Poço e que esta unidade não está sob responsabilidade da rede estadual de ensino. Procurada pelo LeiaJá, a prefeitura de Várzea do Poço não atendeu à ligação.

A Prefeitura de Feira de Santana afirmou ao LeiaJá que os livros em questão não foram recebidos no município e que a entrega de material didático do FNDE é feita diretamente às escolas sem mediação das secretarias de educação, exceto em casos de colégios de difícil acesso. Foi informado também que a responsabilidade pela entrega dos livros não caberia à prefeitura de Feira de Santana caso o apoio da secretaria fosse necessário, uma vez que se trata de escolas municipais, regidas pela prefeitura de cada cidade. 

A prefeitura também explicou que para afirmar que o material iria até a cidade, era preciso verificar a etiqueta dos livros. A equipe do LeiaJá tentou entrar em contato com a gestão municipal afim de saber mais detalhes sobre o caso e porque confirmar se a etiqueta dos livros continha o nome de Feira de Santana, mas não obtivemos resposta uma vez que a prefeitura não atendeu às ligações. As imagens dos livros jogados fora foram cedidas pelo secretário de educação do município, Joaquim Araújo de Sá.

Nossa equipe também está esperando resposta do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para saber mais detalhes a respeito do material didático que foi enviado e jogado fora. 

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A BR-232, em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata de Pernambuco, ficou cerca de três horas bloqueada devido a uma manifestação. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o protesto era por causa do fechamento de um lixão que ficava às margens da rodovia. 

Cerca de 70 pessoas participaram do ato. Os manifestantes solicitavam a presença do prefeito e da imprensa. 

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Os dois sentidos da via ficaram bloqueados com fogo em entulhos. O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter as chamas. 

Um adolescente de 14 anos morreu após ser atropelado por um caminhão de uma empresa de coleta de lixo nesta quinta-feira, 14, em Brasília. O acidente ocorreu no interior do Aterro Sanitário da Cidade Estrutural, conhecido popularmente como "Lixão da Estrutural", localizado a cerca de 20 quilômetros do Palácio do Planalto.

O jovem foi socorrido pelo Serviço Móvel de Urgência (Samu) e levado para um hospital do Distrito Federal, mas morreu. Segundo informações da 8ª Delegacia de Polícia, o jovem trabalhava com seu pai no lixão e teve parte do corpo atropelada.

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O motorista, um homem de 34 anos, foi encaminhado à DP para esclarecer o caso. Ele explicou que, ao chegar no local para descarregar o caminhão, um grupo de catadores subiu na caçamba do veículo e "batia insistentemente" ali. Então, desceu para verificar o que estava acontecendo e viu o jovem com as pernas ensanguentadas.

Ele foi socorrido pelo Samu, mas não resistiu e morreu no hospital. Em nota, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) do DF informou que as circunstâncias do acidente ainda não estão esclarecidas, mas que a empresa prestará assistência à família e vai se responsabilizar pelos gastos do funeral.

"No entanto, o SLU não tem como impedir a entrada de catadores de forma clandestina na área que, embora cercada, tem 6km de perímetro". A nota diz ainda que esse é um dos motivos da decisão de encerrar as atividades no Lixão, que irá acontecer em outubro, por determinação do governador Rodrigo Rollemberg (PSB).

Uma história de superação marcou a eleição, no município de Passira, localizado no Agreste pernambucano. A população elegeu Cassiano (PPS), aos 22 anos, como vereador da cidade. O jovem ainda mora no lixão com o seu pai e irmão.  “A emoção é muito grande, eu ainda nem acredito que fui eleito. A ficha ainda não caiu porque todo mundo falava e tirava onda de mim. Diziam que eu ia pra lá só para completar chapa, que eu ia ter 30 votos, mas, a população de Passira me deu esse presente de 866 votos”, contou.

O vereador eleito usou o discurso, durante a campanha, de que não tinha dinheiro. “Eu dizia vote no liso, que o liso vai lutar, principalmente, por minha família e por vocês. Aí o pessoal acreditou”, disse.

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Cassiano afirmou que, durante o seu mandato, irá apresentar uma proposta para criar uma cooperativa. “Para trazer uma solução para esse lixão, que é uma coisa que não pode mais existir, um lixão a céu aberto, é irregular e vou tentar regularizar isso. A cooperativa vai gerar emprego no nosso município, que está muito carente de emprego. Isso aqui é um potencial porque lixo é dinheiro”.

Eleição histórica

Cassiano apoiou, na disputa, a prefeita eleita Renya Carla (PP), homossexual assumida, que foi eleita por uma diferença de 116 votos. Ele venceu o prefeito Severino Silvestre (PSD), que tentava a reeleição. 

Questionado se houve preconceito, o novo vereador declarou que “houve sim, só que isso não deixou que ela não lutasse porque, como ela sempre dizia, como eu dizia aos meus eleitores. A vida particular dela não interessa para gente. O que interessa é a vida pública e ela, com um simples mandato de vereadora, fez muito mais coisas que vários políticos que tem anos e anos de carreira, que fez apenas o básico, que é apenas a obrigação dele”.

Com informações do Blog do Magno

 

Um carregamento de frangos estragados proveniente do Brasil, e que as autoridades de Serra Leoa ordenaram que fosse enterrado, desatou incidentes neste fim de semana nesse país pobre da África, quando a polícia enfrentou milhares de pessoas que queriam aproveitar as aves. O carregamento de aves, criadas pela brasileira Frangosul, chegou em 12 de julho a Serra Leoa. As autoridades sanitárias decretaram que os frangos não tinham condições de serem consumidos e ordenaram que fossem enterrados em um lixão.

No entanto, milhares de habitantes da capital Freetown tentaram desenterrar os restos das aves, mesmo cobertos de lixo, inclusive excrementos e dejetos de origem industrial. Serra Leona é um dos países mais pobres do mundo, com 70% da população abaixo do nível de pobreza.

A polícia teve de usar gases lacrimogêneos para tentar dispersar a multidão. Houve 40 prisões, mas dezenas de pessoas conseguiram fugir levando a carne podre. "Vamos lavar o frango e cozinha para poder comer", declarou, sorridente, Aminata Kamara, mãe de três filhos, que conseguiu resgatar duas sacas de frango.

Victor Lansana Koroma, diretor de uma ONG local, pediu a prisão do importador do produto em mau estado, uma empresa conhecida como Universal Impex Business. "Tememos uma epidemia pior do que a do ebola se comerem esse frango", explicou Koroma. Serra Leoa sofreu uma epidemia de ebola que deixou nos últimos dois anos mais de 4.000 mortos.

O Cine Olympia, referência por ser considerado o cinema mais antigo do Brasil em funcionamento, com o apoio da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel) e da Prefeitura de Belém, exibirá o longa-metragem “Catadores de Sonhos”, nesta quinta-feira, 3 de dezembro. Dirigido pelo cineasta Homero Flávio e pela jornalista Úrsula Vidal, o documentário fala sobre o cotidiano dos quase dois mil catadores do lixão do Aurá, área localizada nas imediações de Belém que durante anos recebeu o lixo produzido pela capital e Região Metropolitana.

Comovente e real, o filme mostra para o público como os catadores garantem o sustento de suas famílias. Além disso, explica de que maneira o fechamento desse aterro sanitário afeta aqueles que vivem da coleta de materiais recicláveis. A obra, filmada entre 2014 e 2015, coloca oca fatores sociais, por se tratar da vida dos catadores de lixo, e ambientais em evidência, além de acompanhar o processo de negociação entre os catadores e os agentes públicos. Foram escolhidos quatro catadores para representar a realidade do lixão. 

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O filme é uma realização da empresa “Abre-te cérebro” e tem patrocínio do Banco da Amazônia. A entrada é gratuita.

Serviço: 

Filme “Catadores de Sonhos”. Quinta-feira (03/12). Sessão às 18h30. Em cartaz no Cine Olympia, localizado na Avenida Presidente Vargas, 918. Entrada franca.

Programação do mês de dezembro:

- 04/12 a 10/12 (exceto 9) – "Betinho, a esperança equilibrista". Sessão às 18h30. Livre para todos os públicos e entrada gratuita

- 08/12 – Homenagem ao diretor George Mèliés, com a participação do pianista Paulo José Campos de Melo. Sessão às 18h30. Classificação indicativa de 10 anos e entrada gratuita

- 11/12 a 17/12 – Campo de Jogo. Um filme de Eryr Rocha. Sessão às 18h30. Classificação indicativa de 12 anos e entrada gratuita

- 18/12 a 30/12 (exceto 21, 24, 25 e 28) –"Batalha do amor". Um filme de Jacques Doillon. Sessão às 18h30. Classificação indicativa de 16 anos e entrada gratuita.

Com informações da Agência Belém. 

 

 

Catadores de sonhos. Esse é o tema do documentário produzido pela jornalista Úrsula Vidal e pelo cineasta Homero Flávio. O vídeo será lançado neste sábado (14), a partir das 19 horas, na Escola Municipal Parque Bolonha, no bairro de Águas Lindas, em Ananindeua. O filme conta a história dos quase dois mil catadores que trabalham no segundo maior aterro sanitário do Brasil, o Lixão do Aurá.

O documentário tem a missão social de trazer ao público a discussão sobre a gestão de resíduos sólidos na capital paraense. Segundo Úrsula Vidal, a perspectiva narrativa do filme parte do depoimento de quatro catadores. “Escolhemos personagens que acreditamos ser bem emblemáticos dessa riqueza de história de vida que existe no Lixão do Aurá”, disse.

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A jornalista explica que "Catadores de Sonhos" revela histórias do cotidiano dos personagens escolhidos, mergulha na dinâmica das relações sociais e familiares, mostrando a luta pela sobrevivência e a dramática negociação com o poder público pela garantia de seus direitos.

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O documentário acompanhou a organização do movimento de catadores nas negociações com os agentes públicos, responsáveis pela gestão do Lixão do Aurá e pela elaboração do Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos. “Nós começamos a descobrir um mundo fascinante e assustador do ponto de vista do que podia acontecer se essas negociações com o poder público não fossem bem sucedidas”, afirmou Úrsula Vidal.

Com a produção do documentário, a jornalista espera que se promova um novo olhar sobre o valor dos resíduos sólidos como fonte de geração de emprego e renda para milhares de famílias de catadores de material reciclável no país.

"Catadores de Sonhos" foi filmado entre 2014 e 2015. É uma realização da Abre-te Cérebro Produções, com patrocínio do Banco da Amazônia, e co-produzido pela ONG No Olhar e Azes da Comunicação.

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