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Cinco pessoas morreram, e pelo menos seis foram hospitalizadas nesta segunda-feira (10), quando um homem abriu fogo em uma agência bancária de Louisville, a principal cidade do Kentucky, no centro-oeste dos Estados Unidos — anunciou a polícia.

"Cinco pessoas morreram no total. Pelo menos outras seis pessoas foram transportadas" para o hospital, disse a polícia de Louisville, no Twitter.

"No momento, não sabemos o estado" das pessoas hospitalizadas, disse Paul Humphrey, um oficial da polícia local, em entrevista coletiva.

O atirador "solitário" morreu, disse a polícia, acrescentando que foi "neutralizado".

"A população não está mais em perigo", completou.

Mais de mil pessoas desafiaram na quinta-feira (24) a segunda noite do toque de recolher em Louisville, em protesto pelo não indiciamento dos policiais envolvidos na morte da afro-americana Breonna Taylor, e alguns manifestantes buscaram refúgio em uma igreja.

Dois policiais foram atingidos por tiros na noite de quarta-feira (23), depois que as autoridades anunciaram que um grande júri decidiu não acusar ninguém pela morte de Taylor, uma enfermeira de 26 anos que morreu em março durante um tiroteio quando a polícia invadiu seu apartamento.

Na quinta-feira à noite, mais de mil pessoas caminharam pelo centro da cidade, uma área bloqueada em grande parte ao trânsito e com as fachadas dos estabelecimentos comerciais protegidas contra eventuais distúrbios.

"Não temos como permanecer pacíficos", disse Michael Pyles, um negro de 29 anos, que indicou esta protestando há 120 dias e que carregava uma pistola 9 mm.

"Saímos para proteger nosso povo e as pessoas que nos apoiam", declarou. "Estamos sob ataque", completou. Sob toque de recolher entre 21H00 e 6H30, mais de 100 pessoas buscaram refúgio em uma igreja.

Policiais fortemente armados cercaram o local, enquanto helicópteros sobrevoavam a área, mas os manifestantes foram autorizados a sair às 23H00.

A morte de Taylor se tornou um símbolo para o movimento "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam) e a decisão do grande júri provocou novas demandas por justiça racial nos Estados Unidos. Milhares de pessoas protestaram na quarta-feira após a decisão judicial para exigir justiça.

As manifestações, pacíficas em um primeiro momento, se tornaram violentas. Vários participantes enfrentaram a polícia, que usou bombas de efeito moral para dispersar os protestos.

Dois agentes foram atingidos por tiros. O prefeito da cidade, Greg Fischer, informou que um foi tratado por ferimento na perna e recebeu alta, enquanto o outro, atingido por um tiro no abdome, passou por uma cirurgia.

O chefe de polícia, Robert Schroeder, anunciou que um suspeito, Larynzo Johnson, foi detido e acusado por agressão e por colocar em risco a vida de outras pessoas.

Schroeder informou que 127 pessoas foram detidas na cidade, a maior de Kentucky, com uma população de 600.000 habitantes.

Taylor morreu na noite de 13 de março quando três policiais com trajes civis entraram em sua casa com uma ordem de busca.

Depois que o namorado da jovem abriu fogo contra os agentes, segundo ele após confundi-los com ladrões, este atiraram e várias tiros balas atingiram Breonna Taylor.

Mais de seis meses depois, um grande júri decidiu na quarta-feira indiciar um dos policiais, Brett Hankison, por colocar em risco a vida de outras pessoas, neste caso três vizinhos da vítima.

Porém, Hankison e os outros dois policiais que usaram armas na casa de Taylor não foram foram acusados por sua morte.

O presidente Donald Trump, que transformou o lema "lei e ordem" em um do motes de sua campanha para as eleições de 3 de novembro, tuitou que rezava pelos policiais hospitalizados.

Uma pessoa morreu, e outra ficou ferida, em um tiroteio em um ato do movimento Black Lives Matter na cidade de Louisville, no estado americano do Kentucky, nos Estados Unidos, informou a polícia.

O incidente aconteceu nesse sábado, no Jefferson Square Park, no centro de Louisville, onde manifestantes se reúnem há semanas para protestar contra o assassinato da afro-americana Breona Taylor.

A morte de Breona em março ajudou a alimentar uma campanha contra o racismo e a brutalidade policial nos Estados Unidos que eclodiu com a morte de George Floyd. Este homem negro foi morto por um policial branco, após ser sufocada com um joelho no pescoço por quase nove minutos. Seus apelos de "não consigo respirar" se tornaram o motor de uma campanha contra o racismo que se espalhou pelo mundo.

O prefeito de Louisville, Greg Fischer, disse estar "profundamente triste pela violência". Antes do tiroteio, Fischer havia pedido aos contramanifestantes que ficassem longe do parque, depois que o "Louisville Courier Journal" informou que "grupos patriotas armados" planejavam confrontar os ativistas.

As autoridades ainda não divulgaram detalhes sobre as circunstâncias da morte do manifestante.

O cortejo com o corpo de Muhammad Ali pelas ruas de Louisville, terra natal do lutador, começou na manhã desta sexta-feira, por volta das 10h35 (11h35 de Brasília), com uma hora de atraso em relação à programação oficial. No início da manhã, uma cerimônia restrita aos familiares e amigos mais próximos foi realizada na casa do boxeador. É o início da despedida do lutador, morto na semana passada em decorrência de complicações respiratórias do mal de Parkinson

Os escolhidos para carregar o caixão também participaram da cerimônia particular, entre eles os ex-lutadores Lennox Lewis, George Foreman e Mike Tyson, além do ator Will Smith, que protagonizou o multicampeão de boxe no filme "Ali", de 2001, familiares e políticos.

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São 21 limusines que acompanham o carro fúnebre. Os carros trazem, no vidro dianteiro, desenhos de borboletas em referência à maneira como o próprio Ali descreveu seu estilo de lutar: "Flutuar como uma borboleta e picar como uma abelha".

O cortejo saiu da casa da família, passou pelo bairro onde Ali nasceu, da Grand Avenue, e vai percorrer locais importantes para a carreira do lutador, como o centro da cidade e o Ali Center, centro de memória. Centenas de pessoas levaram cadeiras de praia e guarda-sóis para aguardar a passagem dos carros. O trajeto de cerca de 30 quilômetros deve demorar 90 minutos até o cemitério Cave Hill.

Os eventos desta sexta-feira são a segunda parte do funeral. O primeiro dia, quinta-feira, foi uma cerimônia islâmica tradicional, cheia de orações em árabe, mas marcada por discursos que destacaram a trajetória política e social do maior boxeador de todos os tempos. Cerca de 15 mil pessoas participaram do Jenazah (funeral, em árabe), realizado também em Louisville.

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