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O Museu do Louvre, em Paris, o maior do mundo, fechou ao meio-dia deste sábado (14), excepcionalmente, "por razões de segurança", em um contexto de nível de alerta elevado na França, após um ataque islâmico no norte do país.

"O Louvre recebeu uma mensagem escrita, informando sobre um risco para o museu e para seus visitantes", e "optamos por evacuá-lo e fechá-lo durante todo o dia, momento essencial para proceder à verificação", disse um porta-voz da instituição à AFP, após o anúncio do fechamento publicado na rede social X (antigo Twitter).

A França decidiu na noite de sexta-feira elevar o nível de alerta para "emergência atentado", o mais alto, que permite a mobilização excepcional de meios, depois que um jovem assassinou um professor, também ontem, em um liceu de Arras, no norte do país.

Esse ato foi descrito como "terrorismo islâmico" pelo presidente da República, Emmanuel Macron.

Por esse motivo, o Eliseu anunciou no sábado a mobilização de 7.000 soldados por todo o território.

Esses soldados "estarão mobilizados até segunda-feira à noite e até nova ordem", afirmou o Eliseu, em um contexto marcado pelos temores de que o conflito entre o Hamas e Israel afete a França.

O Louvre informou que os ingressos serão devolvidos às pessoas que reservaram sua visita ao museu.

Inaugurado em 1993, o espaço do museu Carrousel du Louvre, em Paris, também abrange galerias de arte e comerciais, restaurantes e recebe exposições especiais em seu salão dedicado à arte contemporânea. Em 2022, a UPTime Art Gallery levou o trabalho de artistas brasileiros para o complexo histórico de arte do mundo. Confira a seguir, cinco deles que colocaram suas obras em exposição. 

Andrea Mariano – a primeira artista plástica paraibana foi convidada para expor um quadro autoral no qual chamou a atenção da curadora Marisa Melo ao pintar um retrato de Mozart (1756-1791). A tela, feita em acrílica, foi criada excepcionalmente para a exposição e recebeu um certificado de autenticidade da obra. Nomes como Van Gogh (1853-1890), Picasso (1881-19730 e Monet (1840-1926) são algumas das influências artísticas na trajetória da paraibana. 

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Caroline Guillen de Cianorte – a professora de educação especial e artista paranaense formada postou o seu trabalho nas redes sociais em 2020 no qual chamou a atenção de uma curadora de arte. Representada pelo retrato do compositor alemão Johann Sebastian Bach (1685-1750), elaborado em lápis de cor sobre papel, as obras feitas por Caroline demoram até dois meses para ficarem finalizadas e ela está com mais de cinco quadros encomendados. 

Marco Aurelio Casal de Rey - o artista plástico teve seu trabalho exposto na mostra internacional “Art em Capital” e chegou à Salle Le Nôtre du Carrousel du Louvre com um quadro inédito de óleo sobre tela. Além de artista, Marco também é booker da Ford Models há mais de 20 anos. 

Maya Veronese – a artista carioca de apenas nove anos teve o seu quadro exposto no museu e já é reconhecida por suas pinturas em quadros artísticos. Foi durante a pandemia que ela desenvolveu suas técnicas parecidas com as de seu pintor francês preferido, Monet. 

Ritamar De Venz Francescatto – a única artista gaúcha selecionada que teve a sua obra “Reflexo de Quixote” em uma exposição coletiva - além de artistas suecos e argentinos. A obra excede o atual momento de criação da florense, vislumbrando questões femininas como a energia e o poder, a maternidade e os seus desafios, bem como a ligação entre as mulheres e a natureza. Ritamar tem como diferencial, a utilização de técnicas e a exploração das cores. 

Uma investigação internacional que levou à acusação do ex-diretor do museu do Louvre revelou a magnitude do contrabando internacional de arte, que há anos se beneficia da instabilidade no Oriente Médio, segundo especialistas consultados pela AFP.

Líbia, Síria, Iraque, Egito: a lista de países saqueados cresceu à medida que a Primavera Árabe se espalhava.

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Os sítios arqueológicos desses países são "verdadeiros supermercados a céu aberto", um fenômeno que também pode ser encontrado em alguns lugares da América Latina e da África, segundo Vincent Michel, professor de Arqueologia da Universidade de Poitiers (centro da França) e especialista na luta contra o tráfico ilícito de bens culturais.

"Esse tráfico, que surgiu com escavações clandestinas e foi agravado pela pobreza, vem crescendo desde a Primavera Árabe de 2011. Não pode ser escondido. E alimenta tanto os pequenos criminosos quanto a grande criminalidade internacional", explica o especialista.

"O contrabando de obras de arte está ligado ao narcotráfico e ao tráfico de armas" e serve, como eles, para a lavagem de dinheiro, acrescenta.

O valor total é "impossível de avaliar", mas pode chegar a "dezenas, senão centenas de milhões" de dólares.

"O mercado de arte legal representa um faturamento anual de cerca de 63 bilhões de dólares, e os traficantes estão convencidos de que há muito dinheiro em jogo", acrescenta Michel, que há anos treina especialistas policiais e peritos judiciais.

"É necessária uma consciência geral e uma luta interdisciplinar coordenada", acrescenta.

Egito

A epidemia de Covid-19, que desacelerou brutalmente a economia na grande maioria dos países, agravou a situação.

No Egito, onde "circula um grande número de falsificações, passamos de 1.500 depósitos clandestinos por ano para 8.960 em 2020", coincidindo com o primeiro confinamento, indica Vincent Michel.

"Assim como no México, as obras saqueadas são encontradas em tumbas, onde a conversação é perfeita, graças ao clima árido", explica.

Segundo Xavier Delestre, curador regional de Arqueologia no sudeste da França, "agravou-se a pilhagem de sítios arqueológicos a nível local" e também aumentou a chegada de "bens culturais vindos do exterior (África e América Latina em particular)".

Trata-se, sobretudo, de "obras de arte de grande valor que chegam aos portos franceses e depois ressurgem com uma história falsa para irem para o mercado legal", indica.

Há também casos de "objetos de valor inferior que circulam massivamente, das redes sociais, para os sites de vendas online".

Uma exposição e um colóquio internacional sobre o assunto serão organizados na cidade francesa de Marselha (sudeste) antes do final deste ano.

Internet 

Os contrabandistas demonstram "incrível engenhosidade na lavagem de objetos roubados, misturando informações falsas e verdadeiras" ou "inventando um pedigree (histórico), ou fabricando documentos falsos ou faturas de origem ilícita. Alguns estabelecimentos até emitem certificados falsos da Unesco", explica Michel.

Uma vez no mercado legal, "um objeto saqueado é quase indetectável".

A internet também agravou o fenômeno devido ao "anonimato" e à "multiplicação de sites de vendas", que mostram "as inúmeras formas de lavagem de dinheiro" e "a capacidade de adaptação" dos traficantes, segundo este especialista.

Um projeto americano, Athar (tráfico de antiguidades e pesquisa em antropologia do patrimônio), permitiu identificar "cerca de 95 grupos do Facebook especializados em tráfico ilícito, envolvendo cerca de dois milhões de pessoas no Oriente Médio, 36% das quais provenientes de zonas de conflito e 44% de áreas vizinhas".

Mona Lisa, a pintura mais famosa do mundo, foi alvo de um novo ataque no domingo (30) quando um homem lançou um bolo, que não gerou consequências graças ao vidro blindado que a protege, segundo testemunhas nas redes sociais.

O incidente aconteceu na tarde de domingo. Várias fotos mostram o vidro de proteção da renomada obra de Leonardo da Vinci manchado de creme, enquanto um homem, que parece ser um guarda do museu, o limpa.

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O museu do Louvre, que foi contatado pela AFP na noite de domingo, se recusou a fazer qualquer comentário nesta segunda-feira.

Um usuário do Twitter, que afirma ter presenciado o incidente, explica que o autor da ação foi um homem que usava uma peruca, que se levantou de uma cadeira de rodas e bateu no vidro, antes de jogar o bolo.

Este usuário (@lukeXC2002) também publica um vídeo do homem parado ao lado de sua cadeira de rodas enquanto é escoltado para fora.

"Tem gente que está destruindo a Terra (...) Artistas, pensem na Terra. Foi por isso que eu fiz. Pensem no planeta", diz o homem vestido de branco com touca e peruca, em francês.

Outras imagens mostram a cadeira de rodas atrás do cordão de segurança que separa a obra do século XVI dos visitantes. Nenhuma foto ou vídeo capturou o incidente em si.

A Mona Lisa já foi alvo de ataques no passado, como o de dezembro de 1956, quando um boliviano atirou uma pedra nela e machucou ou cotovelo esquerdo. A partir de então, foi instalado vidro para proteger a obra.

Em agosto de 2009, um turista russo foi preso por jogar uma xícara de chá vazia nela. O museu então explicou que o copo foi quebrado contra o vidro de proteção, que ficou levemente arranhado.

Milhões de pessoas visitam o Louvre todos os anos para admirar a Mona Lisa (dez milhões por ano antes da pandemia). Desde 2005, a obra é exposta atrás de um vidro blindado, com sistema de umidade e temperatura controlados.

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A artista plástica parense Melina Mello, 22 anos, ganhou a oportunidade de levar suas obras para Paris, na França. A exposição deve ocorrer no art-shopping do Museu do Louvre, conhecido como Carrossel do Louvre,  em outubro de 2022, onde vai representar a cultura amazônica.

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A jovem artista transmite o protagonismo feminino em seus quadros, dos quais dois foram selecionadas para a exibição. Movida pelos incentivos do pai, Melina deu um novo significado aos desenhos que fazia desde criança. "O meu objetivo é levar as histórias que eu crio e expandir a Amazônia para o exterior", diz a artista.

Por recomendações de sua assessoria, Melina não pode revelar quais quadros serão expostos nem os detalhes sobre a exposição que antecederá a de Paris. Os quadros serão analisados e ajustados para os padrões da exibição, mas a artista está confiante de que tudo vai dar certo.

Recentemente, Melina Mello ganhou o prêmio Artista Revelação da Coluna Robson Lima. A premiação ocorreu na última sexta-feira (8), no Açaí Biruta, em Belém, e teve mais de 20 homenageados. Além de artista, Melina é  empreendedora, tendo sua loja no Instagram (@hanartstore), onde vende produtos voltados para o mundo geek. Confira a entrevista com Melina Mello.

Você ganhou o prêmio de Artista Revelação da Coluna Robson Lima. Como foi essa experiência?

Foi muito legal e, ao mesmo tempo, muito trabalhoso, porque é uma coisa que requer muita ajuda. Encher as pessoas de mensagens, pedindo "vai lá, vota", e você tem que ser sempre muito simpático. O fato de eu ter conseguido demonstra o esforço, não só meu, como o de muitas pessoas que tiraram um minuto do tempo delas para comentar e divulgar. Foi uma experiência bem legal, foi uma forma de muita gente me conhecer e eu estou bem feliz com o resultado.

E agora você tem a oportunidade de mostrar esse talento lá no Museu do Louvre, na França. Isso sempre esteve nos seus planos ou foi uma ideia que surgiu de repente?

Foi uma coisa que meu pai pediu pra eu fazer antes de ele partir. Ele não disse especificamente "vai expor no Louvre", ele nem fazia ideia de que isso era possível, que existia uma exposição em Paris. Ele apenas colocou sementes de um pensamento na minha cabeça, que foi "você precisa levar os seus quadros para fora, para o mundo, para que as pessoas daqui te vejam como alguém importante e te valorizem".

Pouco tempo depois de ele partir, eu pesquisei no Google sobre brasileiros que conseguiram expor suas obras lá fora e eu fui descobrindo lugares que abriam as portas. Um desses lugares é justamente Paris, o Carrossel do Louvre, onde acontece um art-shopping que tem muito espaço pra artista. As pessoas vão especificamente para adquirir arte. Não é um lugar para passeio.

E como foi esse processo, da seleção até o resultado de que você poderia expor suas obras lá fora?

Foi tudo através da empresa "Vivemos Arte", que se responsabiliza por tirar as obras do Brasil e analisar para ver se estão nos padrões do Louvre. Quando eu enviei meu portfólio, viram em mim o potencial para ser uma desses artistas que estarão lá. Depois de analisar meu perfil, fizeram uma entrevista comigo e foi dessa forma que viram que eu me encaixava, que eu tinha algo de relevante para levar da Amazônia. Daí eu indiquei o quadro que eu tinha interesse de levar. Foram dois quadros.

Como tem funcionado o custeio da sua viagem? É por meio de vaquinhas virtuais ou exclusivamente da venda das suas confecções?

A vaquinha anda bem devagar, eu não conto cem por cento com ela. Na verdade, ela vai ajudar muito nos custos de produção das obras, porque, independentemente de eu estar lá ou não, as obras serão levadas. O custeio da viagem eu estou fazendo através das vendas dos quadros, das pinturas em tecido e em tênis. Eu tenho uma loja, onde eu vendo os produtos em feira e eventos, e também tem a rifa.

Desde pequena você tem esse talento? Como tudo começou?

Nas minhas memórias mais antigas, foi na casa da minha avó, onde eu desenhava muito nos murais do quintal dela, um lugar cercado de flores e plantas. Eu me sentia à vontade para passar o dia rabiscando a parede. As mulheres da minha família têm uma veia artística, e minha avó me deixava livre. Eu diria que tudo começou ali.

Você já tem alguma outra exposição à vista? Algum plano para depois do Louvre? 

Um pouco antes de ir pro Louvre já vai ter outra exposição internacional. Eu pensava que o Louvre fosse ser minha primeira experiência lá fora, mas na verdade será a segunda e eu espero que depois dele venham a terceira e a quarta, se Deus quiser. Vou continuar me aplicando e indo atrás de oportunidades do gênero, porque meu objetivo, de fato, é levar as histórias que eu crio e expandir a Amazônia para o exterior.

Você pode falar sobre essa outra exposição de que você vai participar?

Não, mas falta bem pouco tempo pra eles passarem pra mim as artes que eu vou poder divulgar. A exposição está marcada para acontecer em setembro. Eu não vou ser a única artista paraense que vai participar dessa exposição. Serão 33 artistas do Pará, então vai ser uma coisa muito bacana.

Quais são seus quadros favoritos e o que representam para você?

O meu primeiro quadro, "O encontro das aves do Ver-O-Peso", que já foi vendido. Inclusive, ajudou muito no processo de economizar e investir na minha loja. Ele é muito especial para mim e só o fato de ele estar em uma coleção de grande valor já é muito importante, eu não teria feito de outra forma.

O que te inspira a pintar? Por que pintar esses temas em específico?

É uma coisa difícil de explicar "de onde a inspiração vem". Eu diria que eu me inspiro muito na imagem feminina, nos corpos e rostos femininos. Tem muita coisa que me chama atenção e me desperta diversas ideias, tudo o que envolve a natureza, o protagonismo feminino e a beleza que eu enxergo na Amazônia.

Além de pintura em tela, você trabalha com pintura corporal. O que pintar o corpo representa para você? 

A ilusão, que é o que eu mais controlo nas pinturas corporais e é algo que não necessariamente eu aplico nos quadros. Eu levo mais pra coisa imaginativa, falando sobre o medo, sobre querer gritar e não ter voz. Sou muito fã de Halloween, adoro terror, então, pra mim é bem fácil me inspirar nessas questões. Eu adoro a mágica que a pintura corporal traz do ilusionismo. Mas é apenas um hobby.

Que mensagem você daria para jovens artistas que compartilham do mesmo sonho que o seu?

Não se comparem. Esse é um dos maiores erros que eu vejo as pessoas cometendo hoje em dia. Nas redes sociais, parece que tá todo mundo fazendo um trabalho perfeito e muita gente acaba se desestimulando por não conseguir entregar sempre um resultado maravilhoso, mas tudo tem um motivo por trás, cada um tem sua história. Então, eu diria para não se comparar, porque cada um tem seu brilho.

Por Álvaro Frota (sob supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Depois de três meses e meio de confinamento, o Louvre de Paris, o museu mais visitado do mundo, reabriu nesta segunda-feira as portas, mas com a queda do turismo provocada pela pandemia, o número de visitantes foi reduzido e sobretudo de moradores da cidade.

Alguns visitantes aguardavam, de máscara, na fila pouco antes da abertura às 9h00. Um cartaz informava que não havia mais ingressos para o dia.

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Por motivos de saúde, o museu pretende receber apenas 7.000 pessoas por dia, contra 30.000 antes da pandemia de COVID-19, anunciou o presidente da instituição, Jean-Luc Martínez.

"Estava com muita saudade, há cinco meses não visitava", afirmou à AFP Elodie Berta, guia especializada em obras de "street art". "Paris não pode viver sem cultura", acrescentou a parisiense, visivelmente emocionada.

- Observar finalmente a Mona Lisa -

"Esta é nossa quinta ou sexta vez no Louvre. Mas nunca conseguimos ver a Mona Lisa (devido ao grande número de visitantes, mas desta vez esperamos observá-la", disse Helene Ngarnim, moradora da cidade, ao lado dos dois filhos adolescentes.

De acordo com números oficiais, 75% do público habitual do Louvre é formado por estrangeiros, especialmente americanos, chineses, sul-coreanos, japoneses e brasileiros. Nas primeiras semanas de reabertura, no entanto, o museu espera receber principalmente franceses e cidadãos dos países europeus vizinhos.

O Louvre não fechava as portas por um período tão prolongado desde a Segunda Guerra Mundial.

Depois de registrar mais de 40 milhões de euros (45 milhões de dólares) de perdas devido ao confinamento, a direção prevê três anos difíceis, levando em consideração que o número de ingressos vendidos em 2020 ficará muito abaixo do recorde de mais de 10 milhões registrado em 2018 e dos 9,6 milhões do ano passado.

O dispositivo para receber os visitantes foi estudado para evitar qualquer incidente sanitário que possa obrigar o museu a fechar novamente. Martínez explicou que o Louvre pode suprimir algumas faixas de horário caso aconteça algum problema.

Mas a direção está confiante porque os espaços no museu são muito amplos.

Todos os visitantes com mais de 11 anos devem usar máscara já a partir da fila de entrada.

"Mona Lisa", "Vitória de Samotrácia", "A Liberdade guiando o povo", "A Balsa da Medusa", "A Vênus de Milo": diversas maravilhas do Louvre podem ser admiradas, mas 30% das coleções não estarão acessíveis em um primeiro momento, como esculturas francesas da Idade Média e renascentistas e as artes da África, Ásia, Oceania e Américas.

Mas ainda há muito por ver: mais de 30.000 obras em uma superfície de 45.000 metros quadrados. E sem o grande fluxo habitual, o público aproveitará uma visita mais tranquila.

Setas da cor azul indicam o percurso a seguir e as pessoas não poderão retornar em sua trajetória. Marcas no chão pretendem evitar aglomerações em pontos estratégicos.

A única exposição temporária aberta é "Figura de artista", inaugurada antes do confinamento e prolongada. Apresenta uma seleção de pinturas, especialmente retratos, de Rembrandt, Dürer, Delacroix e Vigée-Lebrun.

A temporada dedicada aos gênios renascentistas, após o grande sucesso da mostra' "Leonardo da Vinci", foi adiada.

Martinez explicou em junho que o museu trabalha em um "plano de transformação" com o Estado, seu principal mecenas, que será acompanhado de uma campanha de "ajuda financeira".

O plano também visa os Jogos Olímpicos de Paris-2024. "Temos que estar preparados (...) Abrir por mais horas, mais salas, esta é a aposta", resumiu.

A crise do novo coronavírus já provocou "mais de 40 milhões de euros de perdas" (US $ 45 milhões) para o museu do Louvre, informou seu presidente, que anunciou um "plano de transformação" em vista das Olimpíadas de Paris de 2024.

"O que constatamos e o que pode ser estimado: perdemos mais de 40 milhões de euros entre bilheteria, aluguel de espaços e renda variada", disse Jean-Luc Martínez, chefe do museu mais visitado do mundo, com 9,6 milhões de entradas em 2019.

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O resto "dependerá das visitas neste verão e outono", explicou. No entanto, as previsões não são animadoras.

"Vamos passar cerca de três anos com uma frequentação menor", estimou Martínez, que, na ausência de turistas estrangeiros, espera atrair mais parisienses e habitantes da periferia para o Louvre.

"Perdemos 80% de nosso público. 75% de nossos visitantes são de origem estrangeira. No máximo, teremos 20/30% de nosso público neste verão (em comparação com o anterior): entre 4.000/5.000 e 10.000 visitantes por dia", disse ele.

"Estamos trabalhando com o ministro da Cultura, Franck Riester, em um plano de transformação do museu", que será acompanhado por uma solicitação de "ajuda financeira" ao Estado, que já é o "primeiro patrono" do museu.

"Temos que estar prontos em 2023/2024 e nos preparar para os Jogos Olímpicos. Abrir mais horas, mais salas, é a aposta de 2024", resumiu.

Por outro lado, o site do Louvre, cujo tráfego aumentou dez vezes desde o início da epidemia, "será completamente renovado no próximo ano", explicou.

O museu do Louvre, em Paris, voltará a abrir suas portas no próximo 6 de julho, como parte das medidas de desconfinamento gradual na França, informou a instituição nesta sexta-feira (29).

Os visitantes terão que reservar a visita com antecedência e deverão usar máscaras para andar pelo museu, informou o Louvre.

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O sistema de reservas online, que o museu já havia usado para exposições de grande sucesso, será aberto no dia 15 de junho. Ele está fechado desde 13 de março.

"Ainda que tenhamos conseguido aproveitar os tesouros do Louvre por visitas virtuais, nada se compara com a emoção de encontrar cada obra de arte de forma real", explicou o diretor do museu, Jean-Luc Martinez.

Duas grandes exposições que tiveram que ser canceladas durante o período de confinamento foram remarcadas para o outono francês: uma sobre a arquitetura italiana de Donatello para Michelangelo e outra do mestre renascentista alemão Albrecht Altdorfer.

O Louvre afirma que por causa do fechamento e sua interação na internet e nas redes sociais agora é o museu mais seguido do mundo no Instagram, com mais de 4 milhões de seguidores.

Outros museus e centros culturais que serão reabertos em breve na França são o Château de Versailles, em 6 de junho, o Musée d'Orsay, em 23 de junho, e o Centro Pompidou, em 1º de julho.

O Museu do Louvre em Paris, fechado desde domingo pelos funcionários devido ao temor de contágio do novo coronavírus, reabriu nesta quarta-feira (4), anunciou a direção da instituição em um comunicado.

Depois de citar "preocupações legítimas" dos funcionários ante a propagação do coronavírus na França, a direção do museu mais visitado do mundo destacou que a "prioridade absoluta é garantir a segurança dos trabalhadores e dos visitantes", mas que as autoridades competentes se manifestaram "no momento" a favor da reabertura.

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A disseminação do coronavírus levou ao fechamento do Museu do Louvre, na França, neste domingo (1º). Funcionários do museu que cuidam da coleção de obras de arte demonstram medo de serem contaminadas, tendo em vista o grande fluxo de visitantes de todo o mundo nas salas de exposição.

"Estamos muito preocupados porque temos visitantes de todos os lugares", disse Andre Sacristin, funcionário do Louvre e representante sindical de seus funcionários. "O risco é muito, muito, muito grande", completou, afirmando que alguns funcionários estavam se recusando a trabalhar por temer contaminação. Segundo ele, embora não haja infecções de vírus conhecidas entre os 2.300 trabalhadores do museu, "é apenas uma questão de tempo".

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Uma breve declaração do Louvre informa que uma reunião da equipe sobre os esforços de prevenção de vírus impediu a abertura do museu, como previsto, na manhã deste domingo. Na tarde de domingo, possíveis visitantes ainda estavam esperando para entrar.

O fechamento do museu se seguiu a uma decisão do governo francês, anunciada no sábado, de proibir reuniões públicas de mais de 5 mil pessoas em locais fechados. Sacristin disse que a nova medida exacerbou o medo dos trabalhadores do Louvre de que eles poderiam estar em risco de contaminação, uma vez que o museu recebe dezenas de milhares de visitantes por dia.

Outra preocupação dos funcionários do museu é que uma equipe de empregados de um museu do norte da Itália está neste momento visitando o Louvre, para recolher obras de Leonardo da Vinci que foram emprestadas para uma grande exposição, contou Sacristin.

Uma reunião entre o sindicato e a gerência do museu está marcada para esta segunda-feira. Sacristin, que deve participar da conversa, defendeu que os visitantes do museu deveriam ser submetidos a exames de saúde para proteger a equipe de funcionários e que "se houver casos, o museu deverá ser fechado". Os trabalhadores pediram a distribuição de máscaras, mas até agora receberam apenas uma solução à base de álcool para desinfetar as mãos, disse ele.

Fonte: Associated Press

Diante do enorme fluxo de visitantes no verão europeu, quando eles têm que esperar muito tempo em filas e nem sempre conseguem entrar, o Museu do Louvre pede que se priorize a reserva online, modalidade que será obrigatória antes do fim do ano.

Com um ritmo de ingressos que deve chegar a, ou passar de, dez milhões de pessoas, como aconteceu em 2018, o museu mais visitado do mundo é vítima de seu próprio sucesso. Entre as obras-primas expostas, está "Mona Lisa", do ícone do Renascimento Leonardo da Vinci.

O Louvre teve dias difíceis em julho, em meio ao calor intenso e por causa da mudança provisória de sala da "Mona Lisa", devido a trabalhos de reforma. Turistas irritados reclamaram da falta de informação no site da instituição.

"A reserva permite distribuir a entrada do público ao longo do dia e da semana", explicou o administrador-geral adjunto do Louvre, Vincent Pomarède.

"Até agora, esse sistema de reserva não é obrigatório. O público com acesso gratuito e quem tem o passe livre para museus em Paris não é obrigado a reservar", completou.

"Vamos adotar a reserva obrigatória como fizeram muitos outros museus e, antes do fim do ano, todos os públicos terão de reservar", alertou Pomarède, acrescentando que o sistema começará a funcionar a partir de outubro, ou novembro.

A "Mona Lisa", obra icônica do Louvre, será excepcionalmente deslocada durante alguns meses dentro da instituição, para uma reforma na sala em que fica exposta, anunciou o principal museu da França.

O quadro será transferido em 16 de julho para Galeria Médicis, uma das mais amplas do museu. O público poderá observar a obra a partir do dia seguinte em uma vitrine climatizada, similar ao local em que está exposto atualmente.

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O Museu do Louvre iniciou em 2014 sua maior reforma desde os anos 1980, para melhorar a gestão do fluxo - mais de 10 milhões de visitantes em 2018 - e adequar-se às novas normas de segurança.

"É o início de uma imensa reforma no interior e exterior", disse à AFP Jean-Luc Martinez, presidente do Louvre.

"A Gioconda" ou "Mona Lisa" permanece exposta normalmente na Sala dos Estados, a mais visitada do museu devido ao interesse provocado pela obra-prima de Leornardo da Vinci.

"A cada dia recebemos uma cidade inteira nesta sala", disse Martinez, em referência às dezenas de milhares de visitantes.

A reforma do espaço começou em janeiro e todas as obras foram retiradas, exceto "As Bodas de Caná" de Veronese e a "Mona Lisa". Esta retornará à sala ao final das obras, em outubro.

Exibida desde 2005 atrás de uma vitrine blindada, a "Mona Lisa" é, ao lado da "Venus de Milo" e da "Vitória de Samotrácia", uma das obras indispensáveis do maior museu do mundo.

Especialistas afirmam que a obra é frágil - os deslocamentos dentro do museu são incomuns. Foi pintada a óleo sobre uma fina placa de madeira de álamo que, com o tempo, encurvou e provocou uma fissura.

Em 1964, o quadro atravessou o Atlântico por decisão do governo francês, apesar das advertências dos curadores.

Em 1911, quando "A Gioconda" era menos célebre, um pintor italiano tirou o quadro do Louvre, escondido em seu macacão de trabalho. A obra foi encontrada dois anos mais tarde.

O Museu do Louvre, na França, poderá ceder peças de sua coleção egípcia ao Museu Nacional, do Rio, destruído por um incêndio em setembro. O diretor da instituição brasileira, Alexander Kellner, esteve reunido na terça-feira (4) em Paris com o presidente do museu francês, Jean-Luc Martinez, de quem ouviu a promessa do empréstimo de longo prazo de peças.

"Ele se interessou muito pela situação do museu e prometeu, inclusive, nos fazer uma visita no ano que vem. Ele está muito interessado em saber como anda a reconstrução do Museu Nacional", contou Kellner. "E uma vez que a gente estiver pronto, ele já acenou para a possibilidade de um empréstimo de material do Louvre por longo termo. Estamos muito animados com isso."

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Uma das maiores perdas no incêndio que destruiu a instituição foi justamente parte da coleção egípcia, listada entre as mais importantes do mundo e a maior da América Latina. Grande parte dela foi trazida ao País pelo primeiro imperador do Brasil, d. Pedro I.

De acordo com o catálogo do Museu Nacional, a maior parte do acervo egípcio foi comprada em um leilão, em 1826, pelo monarca. Não há registro preciso sobre a procedência das peças, mas acredita-se que elas tenham vindo de Tebas - onde hoje fica a região de Luxor, no sul do país africano.

Três múmias desta coleção eram consideradas particularmente importantes e se perderam: a de Hori, um alto funcionário da hierarquia egípcia que viveu por volta de 1.000 a.C.; a Harsiese, que também teria um cargo importante e viveu por volta de 650 a.C.; e uma múmia feminina datada do século 1.º, sobre a qual se tem poucas informações. O que a tornava rara e preciosa era a técnica usada para enfaixá-la, envolvendo braços, pernas e dedos das mãos individualmente. A peça considerada a mais importante da coleção, no entanto, era o esquife (caixão) da dama Sha-amun-em-su, ricamente trabalhado. Em 1876, quando visitou o Egito, o imperador dom Pedro II o ganhou de presente e o manteve em seu gabinete até a proclamação da República, em 1889, quando a peça passou a integrar a coleção do Museu Nacional.

Mas nem tudo da civilização antiga se perdeu. Nos meses seguintes ao incêndio, pesquisadores localizaram cerca de 200 itens da coleção egípcia que puderam ser resgatados.

"O material que querem emprestar é variável: peças egípcias, mas também greco-romanas, além de outras coisas que possam interessar a gente", disse Kellner. "É muito legal."

Até abril, o Museu Nacional também havia recebido R$ 150 mil do British Council e cerca de R$ 800 mil - que podem chegar a R$ 4,4 milhões - do governo da Alemanha. A reconstrução do espaço está estimada em cerca de R$ 100 milhões.

Incêndio

O acervo de 12 mil peças do Museu Nacional, ligado à Universidade Federal do Rio, foi consumido pelo fogo em 2 de setembro. Era o mais antigo centro de ciência do País, com 200 anos. O local reunia algumas das mais importantes peças da história natural do País, como Luzia, o esqueleto mais antigo já achado nas Américas.

Em abril, a Polícia Federal apresentou o laudo da investigação do incêndio e apontou como causa mais provável das chamas um curto-circuito em um de ar-condicionado, localizado no auditório do térreo do edifício. A conclusão dos peritos servirá como base ao inquérito da PF para apontar possíveis responsáveis, que poderão responder criminalmente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Museu do Louvre de Paris, o mais visitado do mundo, não abriu as portas nesta segunda-feira (27) de manhã, devido a um movimento de protesto de funcionários que denunciam problemas de pessoal diante do crescente fluxo de visitantes.

"O Louvre está ficando asfixiado" e "o pessoal constata uma degradação sem precedentes das condições de visita e de trabalho", denunciou em um comunicado o sindicato Sud Culture Solidaires.

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"Em 2018, a visitação do Louvre superou 10,2 milhões de pessoas. Enquanto o público aumentou mais de 20% desde 2009, o palácio não se ampliou, e o quadro de funcionários não para de diminuir", afirma o sindicato.

"Reunidos em assembleia geral nesta segunda-feira, os funcionários decidiram exercer seu direito de retirada e buscar a direção do museu para expressar sua ira", acrescentou o comunicado.

A direção do Louvre disse à AFP no final da manhã que o museu não abriu suas portas, "sem mais comentários até o momento".

Até sua inauguração em 1989, a pirâmide do Louvre causou polêmica entre aqueles que viam nesta escultura de vidro que serve de entrada ao museu parisiense uma profanação cultural. Agora, 30 anos depois, a obra de Ieoh Ming Pei é celebrada de forma unânime.

Inflamada por grandes nomes da imprensa francesa, a polêmica durou muito anos, reflexo do eterno conflito entre amantes do antigo e do moderno, como já havia sido o caso de tantas outras obras, como o Centro Pompidou de Paris.

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O debate envolveu todo país. Michel Laclotte, diretor do Louvre entre 1987 e 1995, lembra do espanto de um taxista em Nice (sudeste): "Mas que diabos estão fazendo com o Louvre!".

- Primeiro ato: ampliar o Louvre -

Tudo começou em 31 de julho de 1981, quando Jack Lang, então novo ministro da Cultura, escreveu ao presidente François Mitterrand: "Tem uma ideia potente: recriar o Grand Louvre destinando todo edifício ao museu".

O Ministério das Finanças ocupava uma parte do museu. "É uma boa ideia, mas difícil de concretizar, como todas as boas ideias", afirmou Mitterrand sobre a mesma carta.

"Então, achávamos que o poderoso ministério não aceitaria mudar de lugar", disse Jack Lang à AFP.

"Mas o pátio Napoleão era um estacionamento horrível. O museu sofria com a falta de uma entrada central", acrescentou.

"Com Mitterrand, tínhamos em mente entrar em contato com Pei. O presidente admirava suas obras nos Estados Unidos", completou.

- Segundo ato: a polêmica -

Michel Laclotte "revive a cena" da descoberta do projeto de Pei, em uma reunião reservada. "Tinha uma grande maquete sobre a mesa. Depois, colocaram a pirâmide. Todo o mundo ficou seduzido", relata.

Quando o jornal "France Soir" publicou a maquete em 1984, houve uma "explosão" de críticas, que denunciavam, por exemplo, que o Louvre se transformaria na "casa dos mortos" - nas palavras de um jornalista do "Le Monde".

Chamados para uma "insurreição", brincadeiras sobre as intenções de Mitterrand de virar o primeiro "faraó" da França. Publicou-se, inclusive, um livro contra a pirâmide - "Paris mystifié : La grande illusion du Grand Louvre" ("Paris mistificada. A grande ilusão do Grand Louvre", em tradução livre) -, escrito por três historiadores.

A crítica não afetava tanto a ampliação do museu quanto a estética de uma arquitetura contemporânea em um monumento de Napoleão III.

"Houve uma reunião no Eliseu em 1984: Mitterrand era muito prudente, mas estava de acordo em que devíamos seguir adiante", contou o arquiteto Michel Macary, um dos principais protagonistas do projeto.

"No meu escritório, em segredo, mostrei a maquete. Compareceram umas 50 personalidades, entre elas Catherine Deneuve, Pierre Bergé, Gérard Depardieu, Pierre Soulages, Ariane Mnouchkine, Patrice Chéreau, Serge Gainsbourg, Nathalie Sarraute...".

- "Mitterrand se envolveu" -

Enquanto duraram as obras, colossais, "Mitterrand se envolveu. Foi várias vezes visitá-las", segundo Lang.

Emile Biasini, presidente do estabelecimento público do Louvre de 1982 a 1988, "reuniu os conservadores do museu, chegando a uma espécie de compromisso de Yalta: preservaremos seus departamentos, mas vocês têm que nos apoiar" - contou o ex-ministro socialista.

Jacques Chirac, então prefeito de Paris, estava furioso por tomar conhecimento do projeto por um vazamento à imprensa.

"Chirac ficou irado, mas nunca criticou o projeto. 'Não me choca em nada', dizia", segundo Macary.

O futuro presidente pôs, porém, uma condição: que as pessoas tivessem a oportunidade de imaginar como seria a obra já construída. "Foram estendidos três cabos. Vieram milhares de parisienses", em maio de 1985.

"Imaginavam que íamos instalar a pirâmide de Quéops", lembra Jack Lang com um sorriso.

Alguns "não baixaram a guarda" até o fim. Entre eles, o conservador "Le Figaro", que, com o tempo, acabou pedindo para celebrar o aniversário do jornal na pirâmide, comenta o ex-ministro.

Para o atual presidente do Louvre, Jean-Luc Martínez, trata-se do "único museu do mundo, cuja entrada é uma obra de arte". A pirâmide - completa ele - se tornou símbolo de um estabelecimento "que olha decididamente para o futuro".

Uma companhia de 67 bombeiros trabalha no mais importante museu da França, o Louvre, para evitar incêndios como o que destruiu o Museu Nacional no Rio. Os agentes não atuam apenas em circunstâncias emergenciais - em média cinco princípios de incêndio por ano -, mas 24 horas, todos os dias, monitorando 6 mil sensores de incêndios e equipamentos de segurança espalhados por 14,5 quilômetros de corredores.

Em toda a Europa os principais museus contam com brigadas especializadas para evitar que o patrimônio cultural vire cinzas do dia para a noite. Ou sofra com inundações ou falhas nos encanamentos.

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No Louvre, todos os dias, a equipe verifica o parque de 2 mil extintores e gerencia os dispositivos de alarme. Toda intervenção é feita por equipes a pé, não autorizadas a correr no museu. A companhia não tem carros de bombeiros nem grandes escadas, mas dois veículos elétricos sem sirene autorizados a rodar a no máximo 15km/h para transporte de materiais. Os agentes são treinados para efetuar remoções de obras de arte, se possível usando luvas de seda brancas, e atentos aos detalhes frágeis de cada obra.

Em Madri, museus como Reina Sofia contam também com sistemas para reduzir o nível de oxigênio nas salas, diminuindo o risco de propagação do fogo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma tela de Claude Monet, que pertencia a um colecionador japonês mas que desapareceu durante décadas, foi encontrada no museu do Louvre em Paris e enviada novamente ao Japão, anunciou nesta terça-feira (27) o Museu Nacional de Arte Ocidental de Tóquio.

O quadro, um esboço datado em 1916 para a célebre série Nenúfares do pintor impressionista francês, foi encontrado no museu do Louvre em 2016, sem que a descoberta se tornasse pública na época, explicou um porta-voz da instituição cultural francesa à AFP.

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"Recentemente foi restituído" ao Museu Nacional de Arte Ocidental, acrescentou, sem dar mais detalhes sobre as circunstâncias em que a obra foi encontrada no museu parisiense.

Com 4,2 X 2 metros, a obra que representa nenúfares flutuando em água está muito deteriorada, sobretudo na parte superior, completamente destruída.

"Uma restauração com extrema precaução é necessária", indicou o museu em um comunicado.

"Mas o que ainda resta do quatro tem um tamanho importante. Com o tratamento apropriado, guarda o potencial de mostrar o maravilhoso trabalho de Monet", acrescentou.

A tela pertencia ao homem de negócios japonês Kojiro Matsukata, que formou uma coleção de arte ocidental entre 1916 e 1927. Segundo o museu, ele teria comprado o quadro diretamente de Monet em seu ateliê em 1921.

Durante a Segunda Guerra Mundial, sua coleção foi transladada a Paris para garantir sua segurança, mas posteriormente foi requerida pelo Estado francês como bens do inimigo.

Em 1959, o essencial das 400 obras da coleção Matsukata foi devolvido ao Japão. Este quadro ficou "esquecido", por seu mau estado ou outro motivo.

O museu de Tóquio prevê mostrá-lo ao público em junho de 2019.

O Louvre de Abu Dhabi abrirá as portas ao público em 11 de novembro, pouco mais de 10 anos após o lançamento do projeto, anunciou nesta quarta-feira a ministra da Cultura francesa, Francoise Nyssen.

"A França está orgulhosa de contribuir a este museu com os Emirados Árabes Unidos", disse a ministra em Abu Dhabi.

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Nyssen destacou que o museu é uma "resposta conjunta" de Paris e Abu Dhabi em um momento no qual "a cultura está sob ataque".

O Louvre de Abu Dhabi é a primeira filial do famoso museu, que abriga a maior coleção de arte do mundo e tem o objetivo de promover a imagem da França.

O museu deseja atrair visitantes dos países árabes vizinhos e do restante do mundo, segundo o ministro da Cultura dos EAU, Sheikh Nahyan bin Mubarak al-Nahyan.

O projeto surgiu após um acordo entre os governos assinado em março de 2007 entre Paris e Abu Dhabi.

O acordo tem vigência de 30 anos e estipula que a França vai prestar assessoria, emprestará obras e organizará exposições temporárias em troca de um bilhão de euros. Do total, 400 milhões correspondem ao pagamento pelo direito de usar o nome Louvre.

A área externa do Museu do Louvre, em Paris, foi brevemente evacuada neste domingo em uma ação de segurança após a polícia ter encontrado uma mochila considerada suspeita. O local, que é onde o candidato nas eleições presidenciais Emmanuel Macron planeja reunir a imprensa e apoiadores numa comemoração caso vença a disputa contra Marine Le Pen, reabriu depois de uma rápida inspeção.

Especialistas em explosivos deixaram o local depois que a suspeita de bomba forçou a evacuação de centenas de pessoas, a maioria jornalistas aguardando por um evento de Macron. O interior do museu não chegou a ser evacuado ou fechado e visitantes continuavam entrando e saindo normalmente.

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Cerca de 50 mil membros de forças de segurança estão protegendo estações de votação e outros pontos importantes da França neste domingo em que se realiza o segundo turno das eleições.

A polícia de Paris escreveu no Twitter que a evacuação na área externa do Louvre foi uma medida "simples", de verificação e de precaução. Fonte: Associated Press.

O egípcio de 29 anos que agrediu policiais no Museu do Louvre na semana passada, em um episódio classificado como tentativa de terrorismo pelas autoridades francesas, decidiu quebrar o silêncio e responder, pela primeira vez, às perguntas da polícia.

De acordo com o jornal "L'Express", Abdallah El-Hamahmy confirmou sua identidade e sua nacionalidade aos investigadores, após ter se recusado duas vezes domingo passado (5) a responder aos policiais. "Ele deu sua versão dos fatos", disse uma fonte ao jornal.

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O homem está internado no Hospital Georges Pompidou, em Paris, porque precisou passar por uma cirurgia no abdômen. Na última sexta-feira (3), o homem tentou entrar com duas mochilas e dois facões no Museu do Louvre, mas foi impedido por militares. O egípcio, então, reagiu e os agentes dispararam cinco tiros contra ele. O incidente foi classificado como uma tentativa de terrorismo pelas autoridades de França, que investigam o caso.

O país está em nível máximo de segurança desde os atentados de 13 de novembro de 2015 cometidos pelo Estado Islâmico (EI). Nos últimos dois anos, a França também sofreu o massacre no jornal "Charlie Hebdo" e o ataque com um caminhão em Nice. 

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