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A professora Lucinha Mota, secretária de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, comunicou a governadora Raquel Lyra (PSDB-PE) que deixará o cargo. O anúncio foi realizado nesta quinta-feira (19) após Lucinha ser declarada vereadora eleita da cidade de Petrolina, no Sertão Pernambucano.

“Levarei esses meses comigo como um período de aprendizado e muito trabalho em defesa da justiça e da garantia de direitos humanos e agradeço a Raquel e toda equipe de governo pela confiança. Estarei em Petrolina continuando minha luta em favor das causas do Sertão e de Pernambuco”, frisou Lucinha Mota, que ficou conhecida no estado após o assassinato da sua filha, a pequena Beatriz Angélica Mota, durante uma festa de formatura no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, no ano de 2015.

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Lucinha, vereadora filiada ao PSDB, vai assumir a vaga deixada por Júnior Gás (Avante-PE), que teve o mandato cassado após a Justiça identificar que ele fraudou a cota de gênero das eleições municipais de 2020.

A governadora Raquel Lyra agradeceu a Lucinha por toda a sua dedicação ao serviço público e disse que tem certeza de que ela “seguirá defendendo a pauta da Justiça, dos Direitos Humanos e de outros temas de interesse de sua região e de Pernambuco” em sua nova etapa de vida pública.

Para ocupar interinamente a pasta deixada pela nova vereadora petrolinense, o Palácio das Princesas escalou o atual secretário Executivo de Coordenação e Gestão, Flávio Oliveira. Ele é advogado e auditor fiscal da Secretaria da Fazenda de Pernambuco.

 

O Memorial da Democracia de Pernambuco recebeu um importante impulso para seu funcionamento e manutenção com a assinatura de um convênio entre a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e a CEPE Editora, na última quinta-feira (15). O ato realizado na sede do Memorial, localizada no Sítio Trindade, na Zona Norte do Recife, também marcou a indicação dos nomes que irão compor o Conselho Deliberativo. 

O convênio prevê a cooperação administrativa e financeira, através de ações articuladas e intercomplementares, com a manutenção do espaço através de serviços de limpeza e monitoria do Memorial no período de junho a dezembro deste ano. Também faz parte da parceria a disponibilização do espaço para a realização de lançamentos de livros e feiras literárias, bem como a instalação de stand para a realização de projetos promovidos pela CEPE. 

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O Memorial da Democracia é um equipamento cultural de grande relevância para o Estado de Pernambuco, sendo um espaço dedicado à preservação, divulgação e reflexão sobre a história democrática e os direitos humanos. "Uma parte importantíssima da lutas e história do nosso estado está registrada aqui. A parceria entre  a SJDH e CEPE reforça o compromisso com a manutenção desse importante patrimônio, proporcionando condições para sua continuidade e desenvolvimento", pontua a secretária de Justiça e Direitos Humanos, Lucinha Mota.

A assinatura do convênio e a indicação dos integrantes do Conselho Deliberativo representam um marco para a continuidade e o fortalecimento das atividades do Memorial da Democracia. O Conselho, composto por representantes da sociedade civil e do poder público, será responsável por orientar as ações e decisões relacionadas ao equipamento, garantindo a participação democrática e o engajamento da comunidade.

Foram indicados ao Conselho Deliberativo: Jayme Asfora, Igor Burgos, Tércio Amaral, Marcelo Casseb, Sidney Rocha, Rubens Junior, Felipe Moura, Mariana Melo, Lilia Gondim, Socorro Ferraz, Manoel Moraes, Luci Siqueira, Fernando Araújo, Ricardo Coelho, Marcelo Santa Cruz e Felix Filho. Para o secretário executivo de Direitos Humanos, Jayme Asfora, "o Memorial da Democracia é um símbolo vivo do nosso compromisso com a preservação da memória democrática e dos direitos humanos".

A relevância do Memorial da Democracia como espaço de reflexão e conhecimento também foi detalhado pelo presidente da CEPE, João Baltar. "A CEPE Editora tem orgulho de contribuir para a manutenção desse importante equipamento cultural. O Memorial é um local de memória viva, que nos convida a refletir sobre o passado e o presente", disse. 

O Memorial da Democracia funciona no Sítio da Trindade, na Estrada do Arraial, de terça a sexta-feira, das 11h às 17h, e abriga informações sobre as lutas libertárias de Pernambuco, assim como todo o acervo reunido pela Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara. São documentos, fotos e vídeos do período da ditadura e da busca pela liberdade e pela democracia do estado.

Com o objetivo de estabelecer uma gestão participativa entre o Governo do Estado e a sociedade civil, a Secretária de Justiça e Direitos Humanos, Lucinha Mota, recebeu nesta quinta-feira (11), representantes dos movimentos LGBTQIAP+.

No encontro foram tratados, dentre outros temas pertinentes, acerca das políticas públicas em execução e a serem implementadas, traçando objetivos e estratégias em conjunto com os beneficiários do serviço público.

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“Unindo as forças do Estado, da sociedade civil e dos movimentos sociais poderemos avançar muito na promoção e proteção da população LGBTQIAP+, em Pernambuco. A nova gestão redesenhará, em participação com os diversos grupos de pessoas, as políticas públicas, tornando-as mais efetivas. É preciso, também, que elas cheguem a todas as pessoas do nosso Estado.”, explica a Secretária Lucinha Mota.

Participaram da reunião os representantes da ONG Leão do Norte, Marconi Costa (ABGLT Nordeste) e Gilvan Rufino; a presidenta da ONG Cores, Alzyr Brasileiro, presidenta da ONG Cores e representante da Rede LGBT do Interior de PE; e a representante da Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans-PE) e RENFA, Maria Daniela.

Alzyr informou que o Estado registra uma subnotificação das violências direcionadas ao público LGBTQIAP+ e sugeriu que a secretária seja também uma porta-voz do público junto às demais estruturas do Governo, atuando em mudanças de grandes desafios, como a tipificação da LBTQIAP+. 

O gestor dos programas de proteção e promoção dos direitos humanos da SEDH, Lucas Barros; a chefe de gabinete da SJDH, Kleanne Oliveira e a consultora técnica da SJDH, Gláucia Andrade, também acompanharam a reunião, que também abordou a questão da empregabilidade da população LGBTQIAP+ como política a ser trabalhada pelo Governo do Estado.

“Através do nosso Centro de Combate à Homofobia, o CECH, buscaremos fortalecer as políticas de promoção e prevenção e, o que é mais importante, descentralizá-las, levando-as também para as outras regiões do Estado que precisam dessa assistência tanto quanto a capital e a Região Metropolitana”, completou Lucinha.

De forma pioneira e com o objetivo de integrar as equipes técnicas que compõem as quatro secretarias executivas da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), a gestora da pasta, Lucinha Mota, realizou nesta sexta-feira (5), no auditório do Cais do Sertão, no bairro do Recife, o I Seminário de Integração da SJDH.

Secretários executivos, gerentes, diretores de unidades prisionais, servidores do Procon Pernambuco, motoristas e demais colaboradores dos órgãos ligados à Secretaria puderam acompanhar apresentações sobre o funcionamento de cada executiva.

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Lucinha deu as boas-vindas aos presentes e, em sua fala, reforçou a importância desse contato mais próximo entre os servidores. “Desde que assumi a SJDH sinto essa necessidade de comunicação entre os órgãos. Muitos dos nossos programas trabalham de forma interligada e estreitar esse elo é essencial para que os serviços cheguem à população com mais eficiência e celeridade”, detalhou a secretária Lucinha Mota.

Além de apresentar o funcionamento dos órgãos e programas vinculados às executivas, os gestores também mapearam de forma sintética os planejamentos previstos para a gestão. “Os desafios vêm se apresentando ao longo dos dias e estarmos sintonizados para dissolvê-los é fundamental. Por isso, a iniciativa deste momento de junção de pessoas”, acrescentou Lucinha.

“Sou policial penal há mais de 20 anos e nunca vi nenhuma gestão proporcionar esse momento. Fico feliz com a iniciativa, pois é importante sabermos que não somos ilhas e que temos uns aos outros para nos socorrermos e para nos ajudarmos sempre que necessário”, frisou o secretário executivo de Ressocialização, Paulo Paes.

“A ouvidoria não pode nem consegue trabalhar sozinha. Ela precisa da informação de cada cidadão e das resolutividades dos gestores. E para assegurar esse processo essa integração é essencial”, destacou o ouvidor Marcus Oliveira.

O encontro foi organizado pela gerente Geral de Planejamento, Monitoramento e Projetos, Paula Guedes, e contou com apresentações do secretário executivo de Coordenação e Gestão, Flávio Oliveira; do secretário executivo de Direitos Humanos, Jayme Asfora; do secretário executivo de Ressocialização, Paulo Paes; secretário executivo de Justiça e Promoção dos Direitos do Consumidor, Anselmo Araújo; e do ouvidor da SJDH, Marcus Oliveira.

*Da assessoria 

Nesta quinta-feira (15), a audiência de instrução de Marcelo da Silva será retomada. Ele é acusado de matar Beatriz Angélica, na época com 7 anos, dentro do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, em dezembro de 2015. A sessão deve definir se o réu será levado a júri popular. 

A audiência começou no dia 22 de novembro, com o testemunho da mãe da vítima, Lucinha Mota, e de seis testemunhas de acusação. Ela deveria ser concluída no dia seguinte, com o depoimento de Marcelo depois da oitiva de duas pessoas apresentadas pelo Ministério Público e oito pela defesa. 

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Na ocasião, o advogado do réu solicitou a dispensa depois de duas pessoas não serem ouvidas. Uma foi dispensada e a outra não foi localizada.

Marcelo já estava preso por outro crime quando foi apontado como responsável pela morte de Beatriz, em janeiro deste ano. Ele chegou a confessar a autoria, mas depois escreveu uma carta se dizendo inocente e apontando que havia sido pressionado a confessar o assassinato. 

A mãe de Beatriz Angélica foi às redes sociais no início da manhã para cobrar celeridade do Judiciário na ação penal. 

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A audiência de instrução e julgamento do homem acusado de matar a menina Beatriz Angélica Mora, de 7 anos de idade, durante uma festa da escola em que estudava, começa nesta terça-feira (22), em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, com previsão de início às 8h. 

Além do réu confesso, Marcelo da Silva, de 40 anos, 16 testemunhas de acusação e defesa também vão ser ouvidas no Fórum de Petrolina. 

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A mãe da menina Beatriz, Lucinha Mota, ressaltou a importância do momento para ela e a família. “A vida é o direito mais valioso de todos nós. Após longos dias, de muita luta, quase 7 anos depois de termos perdido a vida de Beatriz, chegamos a um importante momento: amanhã terá início a audiência que escreverá o futuro do assassino brutal que cruelmente nos tirou Beatriz”. 

“Me fiz muitas perguntas ao longo desse tempo, busquei em todos os cantos respostas sempre com convicção de que justiça é um caminho que devemos trilhar. Muitos estiveram comigo, alguns eu nem conheço, mas agradeço por nos ajudarem a chegar até aqui, peço que nos incluam em suas orações especialmente nos próximos dois dias”, desabafou.

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Caso Beatriz

A menina Beatriz Mota foi assassinada a facadas em uma sala desativada do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, onde estudava, no dia 10 de dezembro de 2015. A menina foi assassinada enquanto acontecia a formatura da irmã mais velha. 

A menina se afastou para beber água e não voltou mais, tendo o seu corpo sido encontrado 30 minutos depois.

O acusado foi reconhecido a partir de amostras coletadas na faca utilizada no crime. 

A candidata a deputada estadual de Pernambuco Lucinha Mota (PSDB), publicou em suas redes sociais uma “vaquinha virtual” para arrecadar dinheiro para sua campanha, nesta quarta-feira (10). Até esse momento, apenas uma pessoa contribuiu com R$ 30.

Na publicação de divulgação, a candidata falou da sua filha Beatriz, que foi morta aos 7 anos  e afirmou que lutará pela vida. 

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"Minha luta nasceu do amor pela minha princesinha Beatriz e em meio a tanto sofrimento e dor, “os caquinhos” que restaram foram juntados e serviram de alicerce para que eu levantasse em prol da luta pela vida, pela segurança, por justiça, buscando dar voz aos que buscam por justiça pela perda de entes queridos, pelo fortalecimento das instituições policiais e de justiça, eficiência e rapidez no combate ao crime". 

O Dia das Mães celebrado neste domingo (8), é tempo de lembrar das lutas das mães que passaram a ter como propósito de vida a defesa dos direitos dos seus filhos e, principalmente, de justiça. Em Pernambuco, dois grandes exemplos são: Lucinha Mota, mãe da menina Beatriz, de 7 anos, que foi assassinada em 2015 numa festa de uma escola particular em Petrolina; e Mirtes Renata, mãe de Miguel, de 5 anos, que foi deixado sozinho pela ex-patroa no prédio de luxo do Recife, que acabou caindo do 9º andar e morreu em junho de 2020, no meio da maior crise sanitária que o país já viveu.

No Piauí, a deputada federal Rejane Dias (PT-PI) também é um símbolo da luta pela causa das pessoas com deficiência, sobretudo as autistas, por ter uma filha autista. Ela é a criadora da lei da Carteira de Identificação da Pessoa Autista. 

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A perda não só inesperada, mas violenta, abrupta e cheia de perguntas sem respostas e também perpassada pelo racismo fez com que a sociedade sentisse a dor junto com elas, o que lhes deu gás para lutar em prol da defesa da filha e do filho e as tornaram ainda mais fortes e persistentes. Não à toa e nem tampouco coincidência, além da tragédia, Lucinha Mota e Mirtes Renata começaram a fazer faculdade de direito para entenderem melhor como funciona a Justiça e procurar uma forma de que ao menos o suposto culpado e a culpada sejam penalizados pelos assassinatos.

Lucinha Mota teve a filha Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, assassinada com 42 facadas em 10 de dezembro de 2015, em Petrolina, numa sala desativada do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde estudava, enquanto acontecia a formatura da irmã mais velha. A criança havia se afastado para beber água e não voltou; o corpo foi encontrado 30 minutos depois. 

Há sete anos Lucinha luta arduamente todos os dias para encontrar quem matou Beatriz. No dia 5 de dezembro de 2021, ela, o marido, Sandro Romildo, pai de Beatriz e pessoas que quiseram acompanhar, fizeram uma cruzada de mais de 700km, 'Caminhe por Justiça', que durou 23 dias, saindo de Petrolina até o Recife, com destino ao Palácio do Campo das Princesas, para fazer uma série de cobranças por Justiça na tentativa de encontrar respostas sobre o caso da filha. Mirtes Renata caminhou ao lado de Lucinha. Após pressionar o governador Paulo Câmara (PSB) e ganhar o apoio para a federalização do caso, um possível suspeito foi encontrado pela Polícia Civil

Ainda sem respostas concretas e soluções sobre o inquérito, Lucinha conta que começou a fazer faculdade de direito, que também faz parte da sua luta, para “falar de igual para igual”. “Eu comecei a fazer direito para poder atuar no inquérito da minha filha, para poder ter conhecimento, aprender a lidar em determinadas situações e falar de igual para igual com as instituições. Hoje, eu estou amando o direito, acho que todo cidadão deveria pelo menos conhecer a nossa Constituição, pelo menos os sete primeiros artigos”. 

“Eu comecei a fazer direito por não me sentir representada pelos legisladores em todos os sentidos. Hoje, a segurança pública de Pernambuco é destaque no País. O que eu vivenciei nestes seis anos em busca de justiça, que o inquérito da minha filha fosse solucionado, está estampado em todas as matérias dos jornais que Pernambuco é o terceiro Estado que mais mata com mortes violentas e o segundo e não solucionar crimes contra a vida. E eu decidi que esse crime contra a vida da minha filha seria solucionado custasse o que custasse”, relatou.

Além disso, ela também começou a militar na política, tendo segurança pública e justiça social como principais bandeiras de atuação. “Hoje, as mães, famílias e vítimas não têm acesso ao inquérito, que é um direito. O Ministério Público é quem representa as vítimas porque as famílias não têm acesso, e se alguém procurar algum promotor para saber informações sobre o processo, eles não vão atender. Tenho um projeto de lei no sentido de criar uma função dentro da Polícia Civil para que, quando as famílias se apresentem atrás de uma informação, uma pessoa as atenda”, explicou Lucinha, que é pré-candidata a deputada estadual por Pernambuco pelo PSDB neste ano. 

Mirtes Renata perdeu o filho, Miguel Otávio, de 5 anos, em 2020, ao cair de um prédio de luxo. Em plena pandemia, Mirtes tinha que ir trabalhar na casa de Sarí Corte Real, esposa do ex-prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB), e não tinha com quem deixar seu filho, já que as escolas e creches estavam fechadas. Mirtes desceu para passear com o cachorro da família e Sarí, que havia ficado responsável por cuidar de Miguel, deixou a criança de 5 anos entrar sozinha no elevador, quando ele subiu até o 9º andar e caiu. Atualmente Sarí responde ao processo por abandono de incapaz que resultou em mortes, com agravantes de cometimento de crime contra criança e em ocasião de calamidade pública. 

Racismo, injustiça e desigualdade social são as principais origens da morte de Miguel e da luta de Mirtes Renata, que contou à reportagem do LeiaJá ter entrado na militância por justiça pela morte do filho. “A morte do meu filho é a minha primeira militância e agora a pouco entrei na Anepe (Articulação Negra de Pernambuco). Estou fortalecendo essa luta contra o racismo, desigualdades e agora entrei para dar apoio às pessoas, um suporte, da mesma forma que venho recebendo dos movimentos sociais e também acredito que é dessa forma que a gente vai conseguir algo melhor para nós, lutando mesmo, saindo às ruas, cobrando por algo que temos direito”, afirmou. Mirtes chegou a ser chamada de ingrata por Sarí.

“O racismo sempre existiu e está cada dia mais evidente, mas diante desse governo ele está mais escancarado e a gente precisa lutar para combater e melhorar a situação para os nossos próximos que vierem, como os nossos antepassados lutaram para o melhor”, disse. 

Mirtes contou ter começado a fazer faculdade de direito para se informar melhor sobre os trâmites. “Estou fazendo faculdade de direito para me informar e lá na frente poder ajudar muitas pessoas dentro do judiciário e tentar a situação que vivemos hoje com esse judiciário classista, racista e sexista. Estou me formando para ajudar outras pessoas a não passarem pelo o que eu tô passando hoje, pelo caso de Miguel, que é um absurdo”, explicou. 

No Congresso

Na luta pelo autismo há mais de 20 anos, a deputada federal Rejane Dias (PT-PI) é mãe de uma menina autista e luta pela causa das pessoas com deficiência desde então. “Sou mãe de uma menina autista, a Dani. Vivo há mais de 20 anos o autismo, todos os dias em minha vida, sei da dificuldade deles serem compreendidos, na pele. Por isso, a carteirinha é uma ajuda a mais nesse processo de compreensão social”, disse a deputada, em publicação sobre a aprovação do projeto de lei 10119/2018, de sua autoria, que cria a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA). 

“Foi uma luta muito grande. Um sonho que começou no ano passado, quando iniciamos o processo de tramitação nas comissões. Sou deputada e mãe de uma menina autista também, a minha Dani. É uma rotina diária de preconceito, que dói como se fosse a primeira vez”, disse, em comentário na publicação do apresentador de TV Marcos Mion, comemorando a aprovação da Carteira, que tem o nome do seu filho, Romeo Mion. 

Rejane foi presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CPD) da Câmara dos Deputados em 2021. Em um artigo publicado no Estadão, ela relata ter sido “um dos anos mais desafiadores da minha vida”, por ter buscado ampliar o debate sobre os desafios da pessoa com deficiência. “Até aqui, os obstáculos têm sido maiores que as conquistas, ainda que nos últimos 30 anos a expectativa de vida dessa população [com síndrome de down] tenha praticamente dobrado”. 

No texto, a parlamentar falou sobre pessoas com deficiência que ocuparam e ocupam espaços no Congresso Federal. “Todos eles representam dentro do poder legislativo uma luta de séculos, por vez, voto e voz. A igualdade no seu significado mais profundo é a inclusão. É quando todos se sentem incluídos e representados, por isso, mais do que nunca, é preciso ampliar as vozes das pessoas com deficiência, em todos os poderes”. 

“Uma política eficiente de inclusão precisa percorrer um caminho além do discurso, que passa pela garantia de direitos fundamentais, antes ignorados, e a manutenção dos direitos adquiridos ao longo da história”, ressaltou Dias.

No seu comando, a Comissão bateu recorde de aprovações de projetos de lei desde o ano de criação, em 2016, com mais de 50 projetos aprovados. Além disso, foram mais de 90 requerimentos de audiências públicas e mais de 40 eventos realizados. Além de terem analisado e debatido mais de 160 projetos “que visam corrigir alguma distorção na política para as pessoas com deficiência no Brasil”. 

“Precisamos de mais”, ressaltou. “Precisamos de mais oferta de trabalho, mais respeito à Lei de Cotas para as pessoas com deficiência, de universalizar o ensino de Libras, de mais inclusão escolar e de regulamentações mais específicas para tratamentos de doenças neurovegetativas no SUS. São questões que precisam ser encaradas com razão e prioridade”, afirmou Dias, que salientou o papel fundamental de transformação do Congresso Nacional.

A professora Lucinha Mota, mãe da menina Beatriz, acaba de se filiar ao PSDB Pernambuco, após receber um convite da presidente da sigla no estado e também prefeita de Caruaru, Raquel Lyra. O ato solene foi realizado no Recife na noite da segunda-feira (21), dois dias após a desfiliação de Lucinha do PSOL Pernambuco. Agora tucana, a recém-filiada deverá disputar as eleições para o cargo de deputada estadual.

Em 2018, Mota foi candidata ao mesmo cargo nas eleições, mas não obteve sucesso. Em Petrolina, ela foi suplente de vereadora e militante ativa contra a violência no município, em especial pelas famílias cujas perdas ainda não foram devidamente justificadas diante da lei.

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Lucinha ficou conhecida nacionalmente ao longo dos anos, após um esforço intenso para tornar o caso que envolve o assassinato da sua filha, Beatriz Angelica, morta em 2015, aos sete anos de idade, conhecido pela mídia e população. Entre dezembro de 2021 e janeiro deste ano, a mãe de Beatriz completou uma peregrinação de mais de 700 quilômetros para chegar a Recife, capital de Pernambuco, e se encontrar com o governador do estado, Paulo Câmara. Ela deixou Petrolina, no Sertão pernambucano, no dia 5 de dezembro.

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Mãe de Beatriz, menina que foi assassinada dentro de uma escola em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Lucinha Mota mostrou apoio à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para investigar o caso. O documento já conta com 12 assinaturas de parlamentares, sendo necessárias 17. Apenas em fevereiro o documento será protocolado, quando a casa retomar as atividades.

"A CPI pode esclarecer as nossas dúvidas. A gente sabe que Marcelo é o assassino de Beatriz, mas quem estava escondendo ele esses anos todos? Ele estava no banco de DNA desde 2018 ou 2019, então eles precisam responder. Quem tolera a impunidade, é cúmplice da criminalidade", afirmou Lucinha em um dos áudios enviado ao deputado Romero Albuquerque (PP), autor do pedido .

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Por meio do site "beatriz.com.br" será possível saber quem já assinou o requerimento. A mãe da menina Beatriz cobrou que os parlamentares assinem o documento. “Os que não assinarem estão sendo cúmplices de uma impunidade, ou seja, são autores também da impunidade. Vamos colocar à prova quem é a favor da vida, da justiça e da verdade.”

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A mãe de Beatriz Angélica, menina assassinada dentro de escola em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, classificou a alegação de inocência escrita pelo suspeito de matar a criança como uma "pirotecnia" articulada pelo novo advogado. Marcelo da Silva havia confessado o assassinato, mas após a entrada do advogado Rafael Nunes no caso, ele mudou de versão e disse que foi pressionado a assumir a autoria do crime. 

Em uma live nessa terça-feira (18), Lucinha Mota voltou a defender que Marcelo é o verdadeiro assassino e condenou a atuação de Rafael Nunes. O advogado assumiu a defesa do suspeito após Niedja Mônica da Silva deixar o caso. 

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"Eu quero pedir as pessoas que não sigam esse cara que só tá pedindo holofote. Ele quer mídia [...], não vamos admitir esse tipo de pirotecnia dentro do inquérito de Beatriz, não", disse a mãe da vítima.

Lucinha tem reunião agendada com representantes da OAB-PE nesta quarta-feira (19) para solicitar que a Ordem acompanhe diretamente a atuação do advogado. De acordo com Lucinha, a própria ex-advogada entrou com uma representação contra Nunes.

"Infelizmente existem pessoas que usam esse tipo de situação, usam a dor, a morte e o sofrimento de uma criança para se autopromover em busca de holofotes. Em busca de alguns segundos em rede nacional. Isso é nojento. Me dá repulsa", declarou.

O LeiaJá tentou contato com Rafael Nunes, mas não obteve resposta até o momento desta publicação. Rafael Nunes foi advogado de Jussara Rodrigues e do filho Danilo Paes, acusados de assassinar e ocultar o corpo do cardiologista Denirson Paes da Silva em um condomínio em Aldeia, em Camaragibe, no Grande Recife. Ele também defendeu os policiais militares que jogaram spray de pimenta no rosto da vereadora Liana Cirne (PT) durante a ação truculenta em um protesto pacífico contra o Governo Bolsonaro no Centro do Recife.

 Acompanhada por uma equipe técnica em sua investigação paralela, a mãe teve acesso às provas anexadas ao inquérito, desde o DNA que corresponde ao encontrado na faca utilizada no crime ao depoimento do suspeito. "Eu assisti ao vídeo da confissão do assassino. As pessoas que trabalham comigo e me ajudam já emitiram relatório técnico para a gente preparar nossos advogados quando forem atuar no júri. Todos eles afirmaram que ele é o assassino de Beatriz", sintetizou.

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Após confessar que matou Beatriz Angélica, Marcelo da Silva escreveu uma carta na qual se declarou inocente e disse que foi pressionado a assumir o crime. A menina de sete anos foi esfaqueada em 2015, dentro do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco.

No Presídio de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Marcelo, de 40 anos, mudou a versão apontada pela Secretaria de Defesa Social (SDS), que se baseou em um exame de DNA com amostras colhidas na cena do crime.

No material assinado na segunda-feira (17), o suspeito afirma que foi pressionado e pede proteção, pois tem medo de morrer.

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"Eu não matei a criança. Eu confessei na pressão. Pelo amor de Deus, eles querem minha morte. Preciso de ajuda. Estou com medo de morrer, quero viver. Eu não sou assassino. Quero falar com a mãe da criança. Quero a proteção de minha mãe", escreveu.

Divulgação

Pouco mais de seis anos de cobranças ao Governo de Pernambuco por mais celeridade no inquérito e um desfecho justo do caso, a mãe da vítima Lucinha Mota montou uma investigação paralela e pôde analisar os autos aos quais teve acesso.

Mesmo com a nova posição de Marcelo, ela reitera que o suspeito confessou detalhes que só o assassino poderia saber e mantém a tese de que ele é o responsável pela morte de Beatriz.

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Em meio à polêmica confissão do assassino de Beatriz após mais de seis anos do crime, a mãe da vítima Lucinha Mota acredita que Marcelo da Silva é realmente culpado. Em uma live nessa segunda-feira (17), ela fez duras críticas ao Governo de Pernambuco e disse que a investigação paralela a levou a crer na autoria apontada pela Secretaria de Defesa Social (SDS).

"Esse que foi apontado pela Polícia Civil é o assassino de Beatriz [...] tem coisas que ele fala que só o assassino saberia dizer", destacou Lucinha. "Vocês sabem que jamais eu iria aceitar que um inocente pagasse por esse crime [...] e tudo que eu quero agora é que esse assassino apodreça no presídio", afirmou.

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Além do exame científico com o DNA de Marcelo encontrado na faca usada para matar a criança, ela teve acesso aos depoimentos, vídeos e mantém uma apuração particular por discordar da condução do caso pela SDS.  

A mãe reforçou que "o crime não foi 100% solucionado por que o delegado responsável pelo inquérito ainda está apurando". Por isso, entende que a SDS foi “desumana” e atrapalhou ao vazar provas antes da conclusão das investigações.

Sem generalizar os integrantes da Polícia Civil do Pernambuco, Lucinha disse que a "alta cúpula do Governo Paulo Câmara agiu errado o tempo todo" e "está fazendo uma lambança".

Ela prometeu denunciar gestores da SDS como o secretário Humberto Freire e a ex-chefe da Polícia Científica Sandra Santos ao Ministério Público de Pernambuco, e reiterou que não desistiu de federalizar o caso para que as autoridades de fora do Estado atuem contra os vazamentos.

Logo após ser comunicado pela Polícia Civil de Pernambuco sobre a identificação de um suspeito de matar a menina Beatriz Mota com base em testes genéticos, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) requisitou providências imediatas para assegurar a ouvida do suspeito, a proteção à sua integridade física e a realização de novas perícias complementares. 

As informações foram detalhadas pela promotora de Justiça Angela Cruz, coordenadora do Grupo de Atuação Conjunta Especial (GACE) que acompanha o caso e do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAO Criminal), durante coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (12), na sede da Secretaria Estadual de Defesa Social (SDS).

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"Assim que tivemos conhecimento de que um suspeito havia sido identificado pelo perfil genético, que é uma prova técnica relevante, entramos em contato com os delegados responsáveis pela investigação. Ainda ontem (11) delegados gravaram o depoimento do homem, ao qual já tivemos acesso. 

O Ministério Público está devolvendo o inquérito à Polícia Civil, para que sejam juntadas mais informações. Sabemos que a Polícia fará o trabalho requisitado de forma responsável, com foco na apuração dos fatos. E ao receber o relatório final da investigação, o MPPE vai analisar o inquérito e apresentar, no tempo devido, a sua manifestação", destacou Angela Cruz.

A coordenadora ressaltou ainda que o GACE está analisando minuciosamente os 24 volumes do inquérito policial a fim de compreender não apenas o crime, mas também as circunstâncias correlatas, com base em evidências científicas robustas que permitam a realização da persecução penal e uma eventual condenação perante o Tribunal do Júri.

Já o secretário de Defesa Social, Humberto Freite, descreveu na coletiva o trabalho pericial desempenhado pela Polícia Científica para chegar ao resultado técnico que apontou o autor do crime, um homem que já cumpre pena no sistema prisional de Pernambuco pela prática de estupro de vulnerável. Ele informou que, apesar do importante passo que foi a identificação do suspeito, as investigações continuam.

"Reafirmei ao procurador-geral o nosso compromisso de remeter todos os documentos e diligências requisitados pelo MPPE. A prova científica e a confissão do acusado permitiram o indiciamento, mas vamos prosseguir trabalhando em conjunto com a Instituição", assegurou Freire.

O secretário de Defesa Social e a promotora de Justiça Angela Cruz se reuniram com os pais de Beatriz, Lucia Mota e Sandro da Silva, pouco antes da coletiva de imprensa.

*Da assessoria

Na manhã desta quarta-feira (12), a mãe da menina Beatriz, Lucinha Mota, compareceu à sede da Secretaria de Defesa Social (SDS) para participar de uma coletiva de imprensa sobre as investigações que apontaram o assassino de sua filha. Ao tomar conhecimento do evento através da mídia, ela decidiu vir de Petrolina ao Recife para buscar mais informações sobre o caso. Para Lucinha, os pontos levantados pela polícia para elucidar o crime não são suficientes. 

Na última terça (11), a SDS apresentou o suspeito identificado através de exame de DNA colhido no material encontrado na arma do crime. Marcelo da Silva, de 40 anos, que já está preso em Salgueiro por outros crimes, confessou o assassinato da menina. 

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Ainda na terça, a mãe de Beatriz realizou uma live através das redes sociais alegando não ter sido informada sobre o desfecho do caso pelas autoridades. Ela também disse que viria ao Recife participar da coletiva de imprensa que informaria os pormenores da investigação. 

Já na manhã desta quarta-feira, ao chegar na sede da SDS, Lucinha foi impedida de entrar, a princípio. Depois da confusão ela foi autorizada a entrar no prédio.

Revoltada, ela criticou a polícia e o governo de Pernambuco e voltou a falar sobre a federalização do caso. "Nós não sabíamos de nada, fomos pegos de surpresa pela imprensa. Eles tratam as famílias de Pernambuco como animais, isso é desumano. Eu não confio na Polícia Civil. Olha como uma mãe é tratada, segurança barrando num prédio público. Esse governo do PSB é assim. Isso é governo de esquerda? Quem governa para o povo não faz isso". 

Para Lucinha, as justificativas dadas pela SDS para chegar até o nome do culpado pela morte de sua filha não são suficientes. Ela pede acesso aos detalhes das investigações como oitivas e perícias. Beatriz Angélica foi morta em 2015, aos 7 anos, dentro da escola particular onde estudava, em Petrolina (PE).

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Lucinha Mota, mãe da menina Beatriz Angélica, fez uma transmissão ao vivo na noite desta terça-feira (11) para comentar a notícia de que o suspeito de matar sua filha foi identificado e indiciado. Beatriz Angélica foi assassinada com 42 facadas em uma escola de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, em 2015.

A mãe de Beatriz disse ter passado mal ao receber a notícia de que o autor do crime foi identificado e confessou o crime. Ela também criticou ter descoberto o fato pela imprensa e não ter sido avisada pela polícia. "Não estamos sabendo de absolutamente nada. Fomos pegos de surpresa", disse. "Eu acho até desumano para a polícia fazer algo nesse sentido e não nos comunicar".

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Lucinha Mota afirmou que ela e o marido vão viajar para o Recife para participar da coletiva da Polícia Civil, prevista para a manhã da quarta-feira (12). "Eu estou pedindo muito a Deus para que seja ele, para que seja essa pessoa, para que a gente possa ter paz, para que Beatriz tenha um processo justo, que o assassino pague por essa barbárie".

Ela ainda sugeriu que o suspeito não teria agido sozinho. "Confessar e o exame de DNA não é o suficiente. Precisa de mais elementos. Muita coisa precisa se encaixar", disse Lucinha.

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A caminhada da família da menina Beatriz, que deixou o Sertão para encontrar o governador Paulo Câmara (PSB), na tarde dessa terça-feira (29), no Palácio do Campo das Princesas, gerou a demissão do perito que atuou no caso. Após receber os pais da criança, o gestor apoiou a federalização das investigações.

Sócio de uma empresa de segurança contratada na época pelo Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, o perito criminal Diego Costa prestava consultoria à escola e depois participou da investigação do assassinato ocorrido em 2015. 

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A criança de seis anos desapareceu durante uma festa no colégio particular e foi encontrada sem vida ainda nas dependências da escola com 42 facadas.

O governador recebeu os pais da menina e garantiu que vai levar o caso para as autoridades federais. “Estamos totalmente solidários ao sofrimento da família e somos favoráveis à federalizacão do caso. Vamos prestar toda a colaboração necessária, ciente que cabe à Procuradoria-Geral da República ou ao Ministério da Justiça avaliar se estão presentes os requisitos legais para a referida federalização", assegurou.

Sobre os pedidos da mãe Lucinha Mota para ter acesso à investigação e repassar para uma empresa privada norte-americana, a Secretaria de Defesa Social aponta que o serviço não tem vínculo com o Governo dos Estados Unidos ou suas representações diplomáticas e essa cooperação não encontra respaldo na legislação brasileira.

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O inquérito policial tem 24 volumes, 442 depoimentos, sete tipos diferentes de perícias, 900 horas de imagens e 15 mil chamadas telefônicas analisadas. Todo o material foi remetido ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) o último dia 13.

Os autos haviam sido enviados ao MPPE ainda em 2019 e novas diligências foram cumpridas pela Força-Tarefa criada para apurar o caso. Quatro delegados revisaram o material.

Familiares e amigos da menina Beatriz Angélica, morta aos sete anos em dezembro de 2015, chegaram na manhã desta segunda-feira (27) ao município de Moreno, no Grande Recife. A cidade é um dos últimos pontos do protesto "Caminhe Por Justiça", que tem como parada final a capital pernambucana. Lideradada por Lucinha Mota e Sandro Romilton, pais de Beatriz, a caminhada exige do Governo de Pernambuco agilidade nas investigações do caso, que seguem sem solução, além de respostas para perguntas que estão pendentes na apuração policial desde que o crime foi consumado.

A ação teve início no dia 5 de dezembro, em Petrolina, no Sertão do estado. No total, o grupo caminha por 23 dias cerca de 700 quilômetros, que serão concluídos nesta terça-feira (28), com a chegada ao Recife. A previsão é de que o Caminhe Por Justiça chegue às 10h na Avenida Abdias de Carvalho, e às 11h, siga para concentração na Praça do Derby. De lá, o público concentrado seguirá ao Palácio do Campo das Princesas, no Centro, onde fica a sede do Governo Estadual.

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O caso

Em 10 de dezembro de 2015, a menina Beatriz Angélica Mota Ferreira da Silva foi assassinada por 42 golpes de faca, aos sete anos de idade. A menina atendia à uma festa de formatura no colégio Auxiliadora, instituição católica tradicional de Petrolina, e onde seu pai, Sandro, trabalhava como professor veterano de inglês. No dia, cerca de três mil pessoas circularam pelas dependências do colégio, que concentrou o evento na quadra de esportes. A última vez que Beatriz foi vista ela estava no bebedouro próximo à quadra e aos fundos da escola, por volta das 21h59. O momento foi registrado pelas câmeras de segurança.

Como Beatriz não retornou após pedir para beber água, com cerca de 20 minutos, os familiares anunciaram o desaparecimento da criança e uma busca geral foi iniciada. Momentos depois, o corpo da vítima foi encontrado atrás de um armário em uma sala de material esportivo desativada após um incêndio provocado por ex-alunos do colégio.

Um homem é apontado como possível assassino da menina, mas a Polícia Civil trabalha com a hipótese de que um grupo de cinco pessoas esteja envolvido no crime. O local exato da morte da criança também não foi descoberto. A família de Beatriz questiona a demora no caso e a ausência de respostas para algumas perguntas, como a localização dos DNAs encontrados na cena do crime; a reforma feita na sala de balé – que não foi periciada – próxima à sala onde a vítima foi encontrada; a demora para o isolamento do prédio; dentre outras questões.

Os familiares solicitaram ao Ministério Público Federal a federalização do caso e pede, por mais um ano, a ajuda do Governo de Pernambuco para a concretização do pedido.

Integrantes do mandato coletivo estadual Juntas e a vereadora do Recife Dani Portela, todas do PSOL, uniram-se à peregrinação de Lucinha Mota, mãe da menina Beatriz Angélica, assassinada há seis anos dentro da escola que estudava em Petrolina, no Sertão do Estado. Além das parlamentares, outras militantes do Setorial de Mulheres do PSOL-PE endossaram a caminhada na madrugada dessa quarta-feira (22).  

O protesto iniciado no último dia 5 de dezembro saiu de Petrolina com destino ao Palácio do Campo das Princesas, na área central do Recife. As psolistas caminharam de São Caetano até Caruaru junto com o grupo - que já fechou os 600 km. 

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Mulheres do PSOL caminham e pedem Justiça por Beatriz

A peregrinação busca caminhada é pedir justiça pela morte de Beatriz. Mesmo após anos, o caso continua sem solução e culpados. A mãe pede que o governo estadual autorize a federalização das investigações do assassinato de sua filha, uma vez que há um ano, um grupo de peritos estrangeiros se prontificou em cooperar com as investigações. Entretanto, para que isso aconteça o Governo de Pernambuco precisaria estabelecer um termo de cooperação técnica - o que ainda não foi autorizado. 

“Não podemos deixar a companheira Lucinha Mota sozinha nesta caminhada de protesto. O Governo do Estado precisa dá uma solução para o caso Beatriz. É inadmissível que o governo de Pernambuco não resolva o caso, que hoje deixou de ser uma questão apenas de segurança, e passou a ser uma problemática de Estado”, frisou Daniela Cabral, da executiva estadual do PSOL e do setorial Nacional de mulheres do partido.

*Foto - Tom Cabral/PSOL

Uma das estratégias adotadas pelo PSOL de Pernambuco para as eleições deste ano é a tentativa de montar uma chapa competitiva para disputar vagas na Assembleia Legislativa de Pernambuco e na Câmara dos Deputados. Entre os nomes que buscam assento na Alepe, uma das novidades é a postulação de Lúcia Mota, que ficou conhecida por ser a mãe de Beatriz, uma criança de 7 anos que foi assassinada à facadas em Petrolina, no Sertão, em dezembro de 2015. Até o momento o crime segue sem solução.

Lucinha, como é conhecida, teve a pré-candidatura lançada nesse domingo (20). Durante o ato, ela disse que foi motivada a entrar na política por não se sentir representada e pontuou que defenderá a segurança pública como pauta prioritária.    

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“A partir daquele dia [que foi à Delegacia depor sobre a morte de Beatriz] eu entendi que para se resolver o caso de Beatriz e para se resolver todos os casos de violência dentro do estado Pernambuco, precisa-se de políticos. No início alguns repórteres da região me perguntaram se eu teria intenções políticas e eu deixei isso bem claro: a partir do momento em que eu não me sentisse representada politicamente, eu seria uma opção. A partir de hoje eu direi, eu sou uma opção para Pernambuco”, declarou. 

Na Alepe, Lucinha afirmou que terá mais voz para “pedir justiça por Beatriz e todos aqueles assinados e que são estatísticas” no estado. 

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