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Uma parte das águas do Grande Canal de Veneza, na Itália, amanheceu tingida de verde fluorescente, neste domingo, 28. A polícia está investigando as causas e os possíveis responsáveis, em meio a especulações de que a alteração de cor possa ser uma ação de ativistas ambientais.

O governador da região do Veneto, Luca Zaia, postou uma foto do líquido verde que se espalhou pela água perto do arco da Ponte Rialto. "Esta manhã no #CanalGrande de #Venezia apareceu uma mancha de líquido verde fosforescente, relatado por alguns moradores perto da Ponte Rialto. O prefeito convocou uma reunião urgente com a polícia para investigar a origem do líquido.", escrevei Zaia em seu Twitter.

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A mancha foi denunciada por moradores. Gondoleiros remavam pelas águas fosforescentes enquanto os turistas tiravam fotos. Os bombeiros anunciaram que também estão ajudando a agência ambiental regional a coletar amostras da água para análise.

Esta não é a primeira vez que as águas do Grande Canal ficam verdes. Em 1968, o artista argentino Nicolás García Uriburu tingiu as águas desse caminho durante a 34ª Bienal de Veneza para conscientizar sobre a ecologia.

(Com agências internacionais)

Após aparecimento de uma mancha escura no mar da praia de Candeias, a Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH), informou em nota, que está investigando o motivo da mancha, nesta terça-feira (1). Os técnicos observaram que trata-se de uma mancha com coloração escura e concentrada, que pode ser devido a uma floração de algas, comum nos meses de janeiro a março devido a alta incidência solar, que eleva a temperatura. 

A CPRH ressaltou que uma grande quantidade de esgotos são lançados na rede de drenagem de águas pluviais que tem como destino o mar, e os nutrientes presentes nos esgotos domésticos servem de alimento para as algas contribuindo também para sua proliferação. 

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Protesto

Insatisfeitos, alguns moradores de Jaboatão dos Guararapes foram às ruas protestar contra o mau cheiro e a mancha que aparece no mar da Candeias, na manhã desta terça (1). O ato aconteceu na Avenida Bernardo Vieira de Melo, próximo ao edifício Cyro Vidal, em Barra da Jangada. 

A CPRH finalizou a nota informando que continuará acompanhando o caso e solicitando, junto aos responsáveis, a solução para mitigar os impactos decorrentes do lançamento indevido de esgotos na rede de drenagem. 

Esta agendada para a próxima sexta-feira (4), uma visita entre a Prefeitura do Município de Jaboatão dos Guararapes, Compesa e BRK, e a equipe do CPRH acompanhará de perto o caso.  

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Neste domingo (30), completa-se um ano do desastre ambiental causado pelo vazamento de óleo que atingiu, principalmente, o Nordeste brasileiro. Mesmo tendo passado todo esse tempo, até hoje não se sabe quem são os responsáveis por essa tragédia. Praias, mangues, rios e áreas de proteção ambiental de ao menos 130 municípios dos nove Estados do Nordeste, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro foram afetados por fragmentos ou manchas do petróleo cru.

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A primeira mancha de óleo foi oficialmente identificada em 30 de agosto, no município de Conde, na Paraíba. Quatro dias depois, o material foi encontrado na Ilha de Itamaracá, Pernambuco. Em 1º de outubro, a Bahia foi o nono e último Estado do Nordeste a registrar os fragmentos de petróleo cru, com a primeira mancha identificada na Mata de São João. Por fim, fragmentos estavam sendo achados no Espírito Santo desde 7 de novembro, e no Rio de Janeiro, desde 22 de novembro.

Para se ter noção, em janeiro deste ano o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apontava que 433 locais atingidos pelo óleo ainda tinham fragmentos da substância. 

Paraíba foi o primeiro Estado do Nordeste com as manchas. Foto Chico Peixoto/LeiaJá Imagens/Arquivo

No mês de junho de 2020, a Marinha informou que continuava monitorando o aparecimento de pequenos fragmentos de óleo no litoral nordestino. Praias e costões dos estados de Alagoas e Pernambuco foram os locais onde registrou-se a continuidade de localização dos fragmentos do petróleo cru de origem desconhecida.

Especialistas apontavam que esses novos aparecimentos estavam acontecendo porque, após permanecer por meses em repouso no fundo do mar, a substância voltou a se soltar devido à ação das correntes marítimas combinadas a fatores meteorológicos.

Ainda no mês de junho deste ano, novas ocorrências foram registradas nas praias do Cupe e Muro Alto, localizadas em Ipojuca, e na praia de Tamandaré, na cidade que leva o mesmo nome. 

Foram toneladas de petróleo retirados do mar. Foto Arhur Souza/LeiaJá Imagens/Arquivo

Quando a população nordestina ainda se recuperava de tudo o que foi causado pelo vazamento do óleo, veio a pandemia da Covid-19 e uma realidade que os trabalhadores e moradores dessas localidades pensavam que não ia mais se repetir: o vazio das praias. Depois de meses fechadas por conta do novo coronavírus, até este domingo (30), nas praias de Pernambuco só está permitido o banho e que os banhistas fiquem na faixa de areia, sem cooler e com máscara. 

Essa situação pandêmica, segundo os trabalhadores da praia do Cupe, afasta os turistas e, consequentemente, quebra o ciclo econômico do local que está estagnado desde o mês de março, quando os decretos de isolamento social começaram em Pernambuco.

“Sempre quando acontece qualquer tragédia que atinge as praias nós somos os primeiros impactados com tudo isso. Se não tem turista, nem ninguém vindo para a praia não tem dinheiro e ninguém pra gente vender os nossos serviços”, diz um jangadeiro que não quis se identificar. Ele complementa dizendo: “Na época do óleo aqui nós, trabalhadores, fomos os primeiros a limpar todo esse litoral. Agora que a gente precisa do governo, ficamos mais de cem dias sem trabalho.”

Situação foi crítica, principalmente para quem trabalha no Litoral. Foto Arthur Souza/LeiaJá Imagens/Arquivo

Posicionamento Marinha

A Marinha do Brasil, responsável pelas investigações, aponta que terminou todo o seu trabalho, mas não identificou os culpados pelo derramamento de óleo. Agora, um relatório do que se foi apurado será entregue à Polícia Federal, que continuará investigando.

"A MB conduz, de forma ininterrupta, desde o aparecimento dos primeiros vestígios de óleo nas praias, uma investigação complexa, contando com a participação de diversas instituições, técnicas, científicas e especializadas, brasileiras e estrangeiras e tem trabalhado de forma cooperativa com o inquérito criminal instaurado pela Polícia Federal", revela.

Segundo a Marinha o relatório com conclusões entregues à PF contribui para a identificação do provável causador e a origem do crime ambiental. "Os trabalhos permanecerão até que o responsável seja identificado. É importante destacar que a MB e a PF trabalham juntas, e a PF vai consolidar essas informações para o desdobramento da investigação", pontua.

Com os fragmentos de óleo sendo encontrados no Litoral de Pernambuco, a Marinha do Brasil, por intermédio da Capitania dos Portos de Pernambuco (CPPE), informou que pequenos fragmentos de óleo foram avistados e removidos das praias de Cupe e de Muro Alto, localizadas no município de Ipojuca. 

"Uma Equipe de Inspeção Naval realizou a limpeza, assim como a coleta do material, que foi enviada para análise no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), no Rio de Janeiro", explicou a Marinha.

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A ação contou com a presença de representantes da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), IBAMA e a ONG Salve Maracaípe. Caso aviste óleo nas praias, a população deve ligar para o número 185.

*Com informações da assessoria

A Prefeitura de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), afirmou que não foram identificadas manchas de óleo reaparecendo no litoral. A nota do município foi enviada após a Ong Salve Maracaípe informar ter flagrado fragmentos nas praias de Muro Alto e Cupe, vizinhas à Porto de Galinhas.

De acordo com a prefeitura, não há manchas de óleo nas praias de Ipojuca. A gestão ressalta que, como as praias ficam próximas à zona portuária e neste final de semana chegaram muitos navios, pode ter ocorrido liberação de piche.

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 Na nota, a prefeitura diz que qualquer anormalidade na orla será comunicada à população e salienta que realizada o monitoramento do litoral diariamente por meio da Secretaria de Meio Ambiente e da Agência Municipal de Meio Ambiente.

 Segundo a Ong Salve Maracaípe, os fragmentos foram avistados no domingo (21). A organização suspeita que o óleo tenha ficado enterrado devido à dinâmica sedimentar e voltou a aparecer por causa de grandes ondulações na costa do Nordeste.

O deputado federal João Campos (PSB), que é relator da CPI do Óleo, se posicionou nas redes sociais sobre a suspeita de óleo em Pernambuco e também em Gameleira, no litoral de Alagoas. O pré-candidato a prefeito do Recife afirmou que entrará com um requerimento para que o Ibama e a Marinha se pronunciem sobre os casos. "Há tempos, já deveria estar em prática uma ação coordenada em nível federal para que fosse feita uma avaliação técnica e precisa sobre os danos causados, inclusive, com sinal de alerta para cada caso de ressurgimento de óleo, como os que estamos vendo agora", assinalou.

Um espetáculo natural que havia se tornado raro voltou de ser visto no litoral do Recife e chamou a atenção de moradores do Cais de Santa Rita, área central da Cidade. Nesta semana, uma mancha escura se movimentava rápido nas águas da Bacia do Pina, mas não se tratava nem de óleo nem de poluição. A mancha escura registrada pela população era um grande cardume de sardinhas, pequeno peixe nativo do litoral brasileiro. Um grupo tão grande dessa espécie não era avistado há pelo menos nove anos na região.

No vídeo, um cardume gigante de sardinhas se movimenta e cria diferentes formas na superfície da água, fazendo um balé aquático na Bacia do Pina. Um espetáculo que encantou a população. O titular da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas-PE), José Bertotti, explica que esse é um fenômeno que vem se repetindo no mundo inteiro. Animais – antes assustados com a ocupação humana – agora estão se aproximando das áreas urbanas e também da costa.

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“Ficamos felizes em ver esse registro, pois mostra a natureza se recuperando. O aparecimento desse cardume deve estar ligado à diminuição da presença do homem e de barcos, devido ao momento distanciamento social causado pela pandemia do coronavírus. Mas, essa imagem também nos mostra que precisamos seguir na busca de um desenvolvimento econômico em bases sustentáveis, que garanta o futuro das pessoas e a preservação do meio ambiente, elementos indissociáveis”, defendeu Bertotti.

As sardinhas nadaram bem perto do calçadão por horas e a movimentação delas faziam desenho nas águas. Um balé acompanhado e registrado pelos moradores. “A dança das sardinhas revela que elas estão fugindo de predadores naturais, provavelmente peixes como o camurupim e o camurim, que existem na área”, esclarece o biólogo e professor da Universidade de Pernambuco (UPE), Clemente Coelho. Um exemplo do que pode acontecer, caso o meio ambiente seja utilizado de maneira sustentável. Poucos barcos passando, uma pesca com menos intensidade e a natureza se renovando.

Da Agência Eco Nordeste

Medida Provisória nº 908, de 28 de novembro de 2019, que instituiu o auxílio emergencial financeiro para pescadores artesanais, inscritos e ativos no Registro Geral da Atividade Pesqueira, afetados pelas manchas de óleo que atingiu o litoral de vários estados do país, teve sua vigência prorrogado por mais 60 dias.

O ato do presidente da Mesa do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, está publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (2).

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O auxílio emergencial beneficia pescadores que atuam em municípios dos nove estados do Nordeste, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo atingidos pelo vazamento de óleo.

A primeira parcela, de R$ 998, foi paga em dezembro. Esse benefício não interfere no recebimento do seguro-defeso recebido pelos profissionais na época em que é proibida a pesca para garantir a reprodução dos peixes.

O pagamento segue o calendário de saques dos benefícios sociais, de acordo com o final do Número de Identificação Social (NIS) do beneficiário.

O Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), criado para acompanhar a crise gerada pela mancha de óleo derramada na costa brasileira, informou, em nota, que algumas empresas dos estados do nordeste estão recebendo os resíduos do óleo recolhidos para dar uma destinação adequada.

“As fábricas de cimento Votorantim, em Sergipe e Ceará; Apodi, no Ceará; Intercement e CTR-Resíduos, na Bahia; e Mizu, no Rio Grande do Norte, estão recebendo os resíduos de óleo recolhidos nas regiões atingidas, colaborando com as ações do GAA na destinação final do material oleoso”, disse a nota. O GAA é formado pela Marinha, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

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O GAA informou ainda que os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe estão com a destinação final dos resíduos oleosos direcionada a fábricas de cimento ou aterro industrial, ambientalmente adequados.

Ainda segundo a nota, os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará estão com as praias limpas. No entanto, amostras de óleo encontradas no último fim de semana em praias do Rio de Janeiro foram recolhidas e enviadas para análise.

Foram recolhidas amostras nas praias de Santa Clara e Guriri, no município de São Francisco de Itabapoana; e na praia do Barreto, em Macaé-RJ. Já no canal das flechas, em Quissamã, foi recolhido, aproximadamente, 1 quilo de resíduo de óleo.

Segundo informações do GAA, desde quando o óleo se espalhou pela costa brasileira, no início de setembro, 722 localidades foram atingidas. O grupo de acompanhamento orienta às pessoas que avistarem óleo nas praias a ligarem para o número 185.

Assustados com a chegada de manchas enormes de petróleo a suas praias paradisíacas, moradores de Pernambuco se organizaram rapidamente para limpar o estado. Mas duas semanas depois, com as praias já sem vestígios de óleo, eles temem que seja tarde demais para salvar a alta temporada do turismo, que se aproxima.

Moradores das praias do Paiva e Itapuama e da Enseada dos Corais, cerca de 30km ao sul do Recife, contam que quando a maré negra apareceu - quase dois meses depois do surgimento das primeiras manchas, na Paraíba - eles estavam sozinhos, sem equipamento de proteção ou conhecimento sobre como enfrentar o desastre.

Pescadores, guias de turismo, trabalhadores das praias e vizinhos se jogaram no mar para tentar capturar a massa viscosa, em meio ao odor penetrante de combustível.

"Fiquei impactada, porque tinha gente entrando no mar sem luva, sem equipamento nenhum, em meio àquele óleo. Nunca tinha acontecido isso", conta a vendedora de coco Glaucia de Lima, 35, que continua limpando voluntariamente as pequenas partículas que chegam.

A correria inicial de funcionários e voluntários se reduziu. Com um misto de tristeza e euforia, eles mostram no celular imagens daqueles dias de caos, principalmente de um menino saindo do mar com o corpo coberto de petróleo.

O governo federal, através da Marinha, informou que, desde o começo do desastre, mobilizou mais de 2,7 mil militares, dezenas de navios e aviões para monitorar o vazamento, e que reforçou o número de agentes de controle ambiental em terra. Mas entre os moradores dos locais afetados, a ajuda é considerada tardia e insuficiente.

- Natureza pede socorro -

A areia agora parece limpa, se vista de longe. Mas a poucos quilômetros de distância, no rio Massangana, o óleo está impregnado nas raízes de um manguezal, bioma de transição entre as águas do rio e do mar.

"Estamos vendo que a natureza pede socorro. Não tem como esperar" que o poder público realize a limpeza, alerta o marisqueiro Vandécio Santana, que, vestindo um macacão branco impermeável, luvas industriais e colete salva-vidas, retira do manguezal outra sacola contendo sedimento orgânico contaminado.

Vandécio se tornou um dos rostos da tragédia ao denunciar, aos gritos, as consequências de não se responder ao vazamento a tempo, em um vídeo que viralizou na internet e o levou a dar entrevistas na TV.

- O que acontecerá com o turismo? -

Enquanto aguardam os resultados químicos que dirão se a água de suas praias está própria para o banho e os frutos do mar estão aptos para o consumo, os moradores do sul de Pernambuco se perguntam como o problema afetará a alta temporada do turismo, às vésperas das festas de fim de ano.

Giovana Eulina é guia de ecoturismo, professora de gestão ambiental e conhece a fundo o município de Cabo de Santo Agostinho: “Vai prejudicar o turismo? Vai. Vai ser necessário trabalhar em alguma campanha para incentivar as pessoas a virem para cá."

A experiência de Giovana contrasta com a da turista Beatriz Bastos, gerente de loja, que aproveita seu último dia de férias com amigas na praia de Calhetas, uma pequena enseada de águas cristalinas em Pernambuco. Em seu itinerário desde Maceió, em que passou pelas famosas piscinas naturais de Maragogi, em Alagoas, elas quase não perceberam os efeitos do vazamento.

"Teve uma praia só em que a gente encontrou um pouquinho de mancha, que ficou no pé. Vimos muitos turistas, os hotéis, pousadas e praias estavam cheios, nenhum lugar estava vazio", contou Beatriz.

Vizinhos de Cabo de Santo Agostinho e outros municípios do sul de Pernambuco convocaram para este domingo um grande ato para agradecer aos voluntários por seu trabalho e mostrar aos turistas que as praias estão limpas. "Vamos abraçar a praia, mostrar que os turistas têm que vir, não deixem de vir não, porque está amenizando", pede a vendedora Gláucia.

O cientista José Carlos Seoane, doutor do departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), reafirmou que a detecção de uma grande mancha no litoral sul da Bahia trata-se, efetivamente, de óleo.

Na quarta-feira, 30, depois de o professor ter divulgado imagens e análises técnicas do que seria uma mancha de óleo a cerca de 54 quilômetros do litoral baiano, a Marinha negou que se tratava de óleo. Uma nota técnica também foi publicada pelo Ibama, atribuindo a imagem da mancha a registros meteorológicos.

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Ao jornal O Estado de S. Paulo, o professor José Carlos Seoane disse que mantinha sua posição. "Com todo respeito aos colegas do Ibama, refuto totalmente essa análise técnica de que se trata de uma questão meteorológica. São manchas de óleo", comentou.

Nesta quinta-feira, 31, Seoane recebeu relatos de voluntários que estiveram na região do mar que ele apontou e, segundo o professor, confirmaram a presença de partículas de óleo sobre água.

Na quarta, o pesquisador Humberto Barbosa, do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis) da Ufal, também informou que a mancha tem formato de meia-lua, com 55 quilômetros de extensão e seis quilômetros de largura. José Carlos Seoane mediu a área e constatou cerca de 200 km2.

A Marinha, o Ibama e a Petrobras estão fazendo monitoramento constante com embarcações na região, para detectar qualquer possibilidade de o óleo chegar à região do arquipélago de Abrolhos, uma das áreas mais belas e ricas em biodiversidade em toda a América do Sul.

Até a noite de quarta, o governo afirmava que o óleo não tinha sido detectado na região, apesar de admitir que a rota das manchas segue para o sul da Bahia, podendo, inclusive, avançar para a região Sudeste do Brasil.

O Governo de Pernambuco vai investir R$ 9 milhões em publicidade sobre o turismo no Estado. Além disso, a Secretaria de Turismo deve realizar a promoção “Visite Nordeste”, onde operadores de todo o país possam “atestar que a gente está vendo as praias limpas, em ordem e que, se não houver nenhum evento posterior, a gente vai ‘tocar’ o fluxo turístico com normalidade - pelo menos é o que a gente espera”, pontua o secretário Rodrigo Novaes.

Ainda de acordo com o secretário de Turismo de Pernambuco, mesmo o Estado sendo o local que mais foi atingido pelas manchas de óleo, o turismo não está enfraquecendo. Novaes aponta que em Porto de Galinhas, um dos principais pontos turísticos do Estado, a movimentação da rede hoteleira está normal.

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No entanto, ele reconhece que se a situação continuar alarmante, “certamente vai diminuir a procura e, talvez, haja cancelamento de reservas. Acontecendo isso, naturalmente a gente vai ter uma perda de faturamento do setor”, reforça o secretário. 

“Nós vamos passar uma informação concreta para a população do Brasil e de fora do país a respeito da beleza dos nossos pontos turísticos e também da condição das nossas praias, de maneira muito específica por conta dos últimos acontecimentos”, salienta Rodrigo.

Novaes avalia que os R$ 200 milhões em linha de crédito que está sendo disponibilizado pelo Governo Federal, através do Ministério do Turismo, é adequado. “Vem em boa hora e vai dar condição de, caso haja necessidade de acesso, principalmente para o capital de giro em razão de alguma diminuição do fluxo, de procura das reservas (dos hotéis), a linha de crédito chega em boa hora”, pontua o secretário.

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Depois de visitar a praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, Região Metropolitana do Recife, o Ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio afirma que as praias atingidas pelo óleo e que já foram limpas estão “aptas para o banho”. No entanto, o ministro não tem nenhum embasamento técnico para tal afirmação e aponta que soube pelo Ministério da Saúde, que não repassou nada referente para a imprensa. 

“Existem hoje praias que já estão limpas e com total condição de receber os turistas e os banhistas. Mesmo as praias que já foram impactadas e já foram limpas, existe sim a possibilidade do turismo”, assegura Álvaro.

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A afirmação do ministro vai de encontro ao que está sendo indicado por diversos biólogos. Os estudiosos apontam que o banho só deve ser liberado nos locais que já foram atingidos pelo óleo depois de uma análise da água. Até esta sexta-feira (25), 10 cidades pernambucanas já foram atingidas. Em todo o Nordeste já foram retirados mais de 958 toneladas do petróleo. 

Na última quarta-feira (23), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou inquérito civil requisitando uma série de medidas do Governo de Pernambuco e do município do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, acerca do combate ao óleo que atinge o litoral. À Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), o MPPE requisitou a avaliação da balneabilidade, ou seja, condições para banho e atividades esportivas, das áreas de praia do Cabo de Santo Agostinho. Caso haja necessidade, as praias deverão ser interditadas. Foi fixado um prazo de cinco dias para o órgão prestar informações ao ministério público.

O ministro aponta ainda que menos de 10% das praias de Pernambuco foram impactadas pelo óleo. O Secretário de Turismo de Pernambuco Ricardo Novaes diz que Álvaro está equivocado e que os 10% se refere a extensão atingida de Porto de Galinhas.

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Depois de visitar o litoral sul de Pernambuco, o Ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio anunciou que R$ 200 milhões de reais em linha de crédito serão liberadas para os pequenos e médios empresários que se sentirem impactados - e que vejam um abalo no seu rendimento do comércio. “A gente vai facilitar esse acesso para reformas e investimentos de diversas naturezas”, afirma Álvaro.

O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira (25), durante uma coletiva de imprensa na Capitania dos Portos de Pernambuco, localizado no bairro do Recife Antigo. “O setor do turismo envolve mais de 53 segmentos. É uma cadeia produtiva que gira a economia. Por isso, o Governo Federal, através do Ministério do Turismo, está oferecendo R$ 200 milhões em linhas de crédito que poderão ser usados até para a capital de giro”, salienta o ministro. 

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Marcelo Álvaro não deu detalhes de como esse valor poderá ser acessado pelos empresários que tiveram o seu empreendimento atingido pelas manchas de óleo no Nordeste. 

O Ministério do Desenvolvimento Regional reconheceu a situação de emergência no município de São José da Coroa Grande, no litoral sul de Pernambuco, por conta do derramamento de óleo no mar. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União nesta última terça-feira (23). 

Como o reconhecimento federal de emergência, o município do litoral sul pernambucano poderá solicitar auxílio para ações emergenciais à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec). Os pedidos devem ser encaminhados via Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID). O apoio oferecido pela Sedec é complementar à atuação dos governos estaduais e municipais.

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No início da semana, Sergipe teve o repasse de R$ 2,5 milhões autorizados pelo Governo Federal para apoiar na limpeza das praias afetadas pelo derramamento de óleo. Os recursos poderão ser utilizados em serviços complementares para limpeza de praias, viabilização de pontos estratégicos de coleta e transporte do material. Além disso, a Defesa Civil Nacional reconheceu sumariamente a situação de emergência nos municípios baianos de Camaçari, Conde, Entre Rios, Esplanada, Jandaíra e Lauro de Freitas.

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Desde o aparecimento das manchas de petróleo nas praias de Salvador, no dia 10 de outubro, a Empresa de Limpeza Urbana (Limpurb) já registra a retirada de 104 toneladas do óleo. Segundo a prefeitura da capital baiana, primeiro foram recolhidas as grandes manchas e agora as equipes trabalham na retirada de fragmentos que ainda estão sob as pedras e na areia dos locais atingidos. 

Vistorias foram feitas na manhã desta quarta-feira (23), nas praias Pedra do Sal e Stella Maris. Luiz Carreira, chefe da Casa Civil da prefeitura, aponta que muitas partículas do petróleo ainda resistem. "Observamos que há muitas partículas bem pequenas na areia, o que requer um esforço contínuo e a junção de uma técnica e outra para que tenhamos total êxito nos resultados”, explica.

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Para o total êxito, a Limpurb ressalta que as equipes irão trabalhar continuamente até que elimine as manchas da orla. O trator com peneira está fazendo a limpeza nas praias de Ipitanga, Praia do Flamengo, Stella Maris, Itapuã, Piatã, Boca do Rio, Jardim de Alah, Pituba, Amaralina e Barra. 

Desde a última sexta-feira (18), não foi registrada a chegada de novas manchas. Ao todo, as praias atingidas foram: Ipitanga, Praia do Flamengo, Stella Maris, Itapuã, Piatã, Placaford, Patamares, Boca do Rio, Jardim de Alah, Jardim dos Namorados, Pituba, Amaralina, Ondina, Cristo e Farol da Barra. As mais atingidas foram Pedra do Sal (Itapuã), Stella Maris, Praia do Flamengo (Pipa), Pituba e Amaralina. 

Até o momento, não houve registro de presença do óleo nas praias do Subúrbio e Ilhas de Salvador. Prefeitura ressalta que são mais de 405 homens que estão trabalhando na limpeza do óleo nas praias, além de 16 caminhões e três tratores usados pelas equipes para a retirada do material. Todo óleo recolhido pela Limpurb está em um depósito temporário na sede do órgão até que as autoridades competentes decidam pelo destino final do material.

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O Governo de Pernambuco anunciou na tarde desta quarta-feira (23), um edital para estimular pesquisas sobre os efeitos das manchas de óleo encontrados no litoral do Estado, estudos oceanográficos e as consequências aos ecossistemas atingidos e à saúde da população. A Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia e Inovação anuncia que a iniciativa contará com um aporte de recursos de R$ 2,5 milhões.

“O governador resolveu lançar um edital, através da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), para contratar 12 projetos, em várias áreas, como na de Oceanografia, por exemplo, para medir a qualidade da água e saber se está apta para mergulho. Temos ainda a questão dos pescados. Isso tudo é para curto, médio e longo prazo”, explica o secretário Aluísio Lessa.

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De acordo com o governo, em curto prazo deve-se primeiro tratar o que está acontecendo nas praias, avaliando a chegada do volume de óleo. O edital é voltado para a contratação de laboratórios, instituições e parcerias. O diretor-presidente da Facepe, Fernando Jucá, aponta que existem seis áreas temáticas de pesquisa e desenvolvimento. 

"Vamos tirar proveito dos conhecimentos, da competência que já existe instalada no Estado de Pernambuco, para aplicar nesse problema que temos em mãos. São grupos de pesquisas de instituições públicas e privadas que podem submeter seus projetos, no valor aproximado de R$ 200 mil cada um, para serem executados no prazo de um ano”, explica Jucá.

Moacyr Araújo, vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), garante que algumas análises já estão em andamento. “A princípio, nós precisamos ter um plano, que já está sendo executado, de análise de todo esse pescado, de organismos como peixes e ostras. Sobretudo naqueles estuários que foram mais impactados. A partir daí, vamos ter um diagnóstico do nível de contaminação, mas já temos amostras sendo analisadas”, assegura Araújo.

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Uma comissão foi montada pela Prefeitura de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, para monitorar o possível surgimento de borras de óleo na orla da cidade. Na tarde desta terça-feira (22), foi realizado um encontro para delinear as possíveis estratégias, além de debater os riscos no manuseio da substância sem uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

A equipe responsável pelo monitoramento recomenda aos banhistas que ao avistarem o produto não toquem e acionem imediatamente a Secretaria Executiva de Defesa Civil através do número 0800.281.2112.

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De acordo com a prefeitura, Caso as manchas atinjam a orla olindense, os órgãos envolvidos na comissão farão isolamento das áreas e adotarão as medidas necessárias. Pessoas que desejem atuar como voluntárias numa possível contaminação das praias da cidade podem se cadastrar na Secretaria de Meio Ambiente e Planejamento Urbano, na Estrada do Bonsucesso, 306, Bonsucesso.

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Em nota, servidores de entidades governamentais voltadas à defesa do Meio Ambiente apontaram que a extinção dos órgãos colegiados responsáveis pelo Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo (PNC), feita em abril pelo presidente Jair Bolsonaro, trata-se de 'improbidade administrativa'.

O grupo cobra medidas para conter as manchas de óleo e fala em 'lentidão e improviso' do Governo Federal, caracterizando a ação como um ‘show de horrores’.

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Para os técnicos, o despreparo do Ministério do Meio Ambiente expõe a população à insalubridade. “A sociedade tem o direito de participar e acompanhar toda a dimensão do desastre, além de ser informada sobre os riscos inerentes ao manuseio do material, com grande potencial cancerígeno, decorrentes da contaminação do petróleo nas praias do Nordeste”.  

Além de identificar a falha na orientação dos voluntários e da sociedade geral, o grupo compreende que tais práticas são “reflexo da atual política [...] que possui lideranças que perseguem, ameaçam e demonstram completo desapreço à conduta de agentes ambientais”, e acredita que a dissolução do PNC foi “unicamente ideológica”.

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Os motoristas que precisarem se dirigir à praia do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, para ajudar na remoção das manchas de petróleo no local não precisará pagar o pedágio. A determinação foi da Concessionária Rota dos Coqueiros como uma forma de ajudar aqueles que estão empenhados na limpeza do local.

Para conseguir a isenção, quem pretende auxiliar na remoção da substância no Paiva deve procurar previamente a Associação Geral da Reserva do Paiva (AGRP), através do WhatsApp (81) 99296-4408. A concessionária aponta que é necessário informar o nome do condutor, a placa do veículo e demais informações que a associação solicitar. 

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Depois de receber um alerta de que as manchas de petróleo estariam chegando em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, uma estrutura foi montada pela prefeitura na praia de Barra de Jangada, nesta segunda-feira (21). A cidade ainda não foi atingida pelo óleo, mas já está mobilizada para se o petróleo chegar.

Edilene Rodrigues, superintendente da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, afirma que para monitorar a possível chegada da mancha que está devastando as praias do Nordeste, Jet Ski, barco, quadriciclo, drones lancha estão sendo usados. “O drone vai até quatro quilômetros, então ele sai da costa e vai até o alto mar”, aponta a superintendente.

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Edilene diz que foi na madrugada deste último domingo (20), que a prefeitura recebeu um alerta sobre a chegada da mancha no município de Jaboatão. “Então a gente já ficou em alerta porque se a mancha chegar já vamos estar preparados”, reforça.

A prefeitura já conta com engenheiros florestais, químicos, biólogos e cerca de 300 homens que trabalham para o órgão municipal. Além disso, um caminhão, retroescavadeira, baldes, luvas, sacos plásticos também estão à disposição caso a temida mancha chegue. 

De acordo com Edilene Rodrigues, já existe um grupo com 280 voluntários prontos para ajudar. A procura é tanta que um outro grupo está sendo formado para se unir ao primeiro. “Quem quiser ser voluntário é só entrar em contato com a Defesa Civil de Jaboatão. As pessoas que quiserem ajudar, mas que não estiverem cadastradas, estando com o material necessário para a coleta do petróleo receberão as instruções para que seja viabilizado a sua participação na ação”, pontua a superintendente. 

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