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O ex-jogador argentino Diego Maradona foi homenageado em uma basílica de Nápoles, na Itália, com uma pintura onde é retratado como um santo.

A obra "Diego!", realizada por Elvis Spadoni, chegou nesta quarta-feira (31) ao claustro da basílica de Santa Maria della Sanità, localizada em um dos bairros mais populares da capital da região da Campânia.

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A pintura chama atenção por mostrar Maradona literalmente como um "santo", pois o ídolo napolitano é retratado em pose extática e iluminado por uma luz que parece ser divina. A obra ainda mostra o ex-craque sendo ovacionado por fãs.

"Maradona sempre foi considerado um 'Deus' para os napolitanos, é incrível que a tela tenha encontrado um lugar no claustro de uma monumental basílica.

Escolhi dar ao meu trabalho a aparência de uma obra do século 17 para unir o sagrado e o profano", disse Spadoni, especialista em arte sacra, ao jornal Gazzetta del Mezzogiorno.

A tela tem como base uma famosa foto de Maradona tirada durante a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, quando o ídolo celebrou um gol da seleção da Argentina.

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A obra permanecerá exposta por um mês na basílica napolitana, antes de ser transferida para um centro esportivo e cultural da cidade.

Da Ansa

Endrick finalmente balançou as redes em 2023. O jovem atacante do Palmeiras fez o único gol da equipe no jogo de ida da final do Campeonato Paulista, vencido por 2 a 1 pelo Água Santa, no domingo. A boa atuação na Arena Barueri, mesmo com a derrota palmeirense, fez o jogador de 16 anos ganhar destaque no jornal espanhol Marca, que citou uma "jogada à la Maradona" da promessa.

Aos 38 minutos do segundo tempo, Endrick recebeu a bola no meio-campo e deu veloz arrancada em direção à área adversária. Sozinho, o atacante deixou dois marcadores do Água Santa na saudade e cruzou, mas nenhum companheiro chegou para finalizar.

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O Marca comparou o lance ao de Maradona contra a Inglaterra, na Copa do Mundo de 1986, popularmente conhecido como "Gol do Século". Na histórica jogada, o ídolo argentino driblou três ingleses e o goleiro antes de mandar para o fundo das redes.

O diário espanhol escreveu ainda que o Real Madrid tem "esfregado as mãos" ao ver a qualidade demonstrada por Endrick. Além do gol, marcado no início da segunda etapa em sobra do escanteio na pequena área, a joia foi um dos melhores em campo na apagada atuação do Palmeiras. Ele entrou no intervalo, na vaga de Breno Lopes.

O Palmeiras acertou a venda de Endrick, de 16 anos, para o Real Madrid em dezembro. O valor da negociação pode superar 72 milhões de euros (cerca de R$ 408,6 milhões na cotação atual). Do montante, 12 milhões de euros se referem a impostos que serão pagos pelos espanhóis. Dos 60 milhões restantes, uma parcela menor corresponde a metas a serem atingidas pelo atleta na Europa. O jogador fica no clube brasileiro até julho de 2024, quando completará 18 anos.

O Palmeiras volta a campo na quarta-feira, quando estreia na Copa Libertadores diante do Bolívar, em La Paz. O segundo jogo da final do Paulistão acontece no próximo domingo, às 16h, no Allianz Parque. O time alviverde precisa vencer por dois gols de diferença para ficar com o título. Caso a vitória aconteça por apenas um gol, a decisão vai para os pênaltis.

A Argentina foi campeã mundial há quase um mês, e o técnico Lionel Scaloni continua radiante pela conquista. Honrado por ter dirigido um time liderado em campo por Lionel Messi, a quem considera o "melhor da história", acima até mesmo de Diego Armando Maradona, o treinador consegue reviver cada momento do último 18 de dezembro apenas com as suas memórias, até porque ainda não viu o VT da emocionante vitória nos pênaltis sobre a França após empate por 2 a 2 no tempo normal e 3 a 3 no placar agregado da prorrogação.

"Não voltei a ver a final. Tenho as imagens claras da partida na minha cabeça", disse o treinador em entrevista ao programa "El Partidazo", da rádio espanhola Cope. Ao relembrar o dia da conquista, ele lamentou que a prorrogação e os pênaltis tenham sido necessários, pois considera que uma vitória por 2 a 1 no tempo regulamentar seria mais justa. Apesar disso, manteve um sentimento positivo até a última cobrança.

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"Até os oitenta minutos eu sabia que era uma partida espetacular, mas a partir daí foi diferente. Foi uma lástima não ter decidido durante os noventa minutos, porque um gol deles no final da prorrogação seria injusto. A final foi muito emotiva, sentíamos que era um momento espetacular. Quando uma seleção como a Argentina atinge essa comunhão, o adversário está ferrado", afirmou.

A comunhão citada por Scaloni foi construída a partir do compromisso argentino de não deixar Messi encerrar a carreira sem uma Copa. Ajudado pelos companheiros tanto quanto os ajudou, o astro teve a idolatria elevada a um novo nível, para muitos superior ao de Maradona. Scaloni é um dos que defendem que Messi é o melhor.

"Se tenho que escolher um, fico com Leo, pois tenho algo especial com ele. É o melhor da história, ainda que Maradona também tenha sido Genial", afirmou. "Treinar o Messi não é difícil. A nível técnico, não há o que se corrigir, mas por vezes é o caso de pressionar ou explicar uma forma de ataque. Pressionar, roubar bolas . Quando tem sangue, ele é o número um", completou.

Durante o programa, Scaloni também foi questionado sobre as negociações com a Associação de Futebol da Argentina (AFA) para seguir no comando da seleção, mas não revelou detalhes. "Vou viajar nos próximos dias para Buenos Aires. Espero me sentar com o presidente e ver se chegamos ao acordo que queremos. Temos uma boa relação e sou grato a ele", limitou-se a dizer.

A derrota de 5 a 1 da Juventus para o Napoli segue provocando estragos em Turim. O meia Di María virou alvo de polêmica por conta de um vídeo que mostra a sua reverência a Maradona após marcar um gol pelo Benfica durante a sua passagem pelo futebol português. A torcida juventina não gostou da postagem homenageando o craque argentino pelo fato de ele ser considerado o maior ídolo da história do time napolitano.

De acordo com o jornal italiano Corriere dello Sport, centenas de comentários aborrecidos de adeptos da equipe de Turim surgiram na conta de Di María em função da goleada que a Juventus sofreu nesta sexta-feira.

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Para alguns torcedores, a postagem do jogador argentino foi uma clara demonstração de que Di María não se sente confortável na equipe. Alguns fãs, inclusive, convidaram o atleta a mudar de ares, de acordo com o portal italiano.

O detalhe é que o único gol da Juventus marcado nos 5 a 1 da última sexta-feira para a equipe que consagrou Maradona nos anos 80 foi feito justamente por Di María.

Na classificação, o Napoli vem sobrando em relação aos concorrentes e lidera a competição de forma isolada com 47 pontos, dez a mais que a Juventus. O time do técnico Luciano Spaletti também vem cumprindo bom papel na Liga dos Campeões.

Depois de se classificar como líder de sua chave com cinco vitórias e uma derrota na fase de grupos, o Napoli enfrenta o Eintracht Frankfurt pelas oitavas de final. Com uma campanha decepcionante, a equipe de Turim não passou da primeira etapa do torneio.

Enfrentar a Argentina não é uma novidade para Graham Arnold. O técnico da Austrália, que vai comandar sua equipe no duelo das oitavas de final da Copa do Mundo do Catar, neste sábado, em Rayyan, relembrou o embate na repescagem das eliminatórias para o Mundial de 1994 contra Diego Armando Maradona.

"Joguei contra Maradona nas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Não esperávamos jogar com eles porque haviam perdido por 5 a 0 para a Colômbia e Maradona tinha engordado. As pessoas queriam o seu retorno, perdeu muito peso e voltou. Ele deu o passe para o gol da classificação da Argentina. Era impossível chegar perto dele. Uma das melhores coisas de que me lembro como jogador foi ter jogado com Maradona", disse Arnold.

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Neste duelo com o campeão da Oceania contra o quinto colocado nas Eliminatórias Sul-Americanas, as duas seleções empataram o primeiro duelo por 1 a 1.

Nesta Copa do Catar, a Austrália começou com derrota para a França (4 a 1), mas obteve duas vitórias em sequência, ao superar Tunísia e Dinamarca, ambas por 1 a 0.

A Austrália retorna para a disputa de uma fase de oitavas de final de um Mundial, fieto que não conseguia desde o Mundial de 2006, na Alemanha.

A casa de leilões Graham Budd Auctions leiloou por pouco mais de dois milhões de euros a bola com que o ex-jogador Diego Maradona marcou seu histórico e controverso gol de mão na Copa do Mundo de 1986.

O comprador, que não teve sua identidade revelada, pagou por volta de 2,29 milhões de euros. A bola pertencia ao ex-árbitro tunisiano Ali Bin Nasser, que teve sua carreira marcada por validar o emblemático gol de mão do ex-jogador do Napoli.

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Nasser declarou que doou a bola para a casa de leilões inglesa porque ela "faz parte da história do futebol" e era o "momento certo para compartilhá-la com o mundo".

O astro argentino, falecido em novembro de 2020, também fez o chamado "gol do século" com a mesma bola. Esse tento ocorreu depois de Maradona ter driblado cinco defensores e o goleiro Peter Shilton.

O jogo entre ingleses e argentinos, válido pelas quartas de final do Mundial do México, foi um dos mais icônicos e polêmicos da história.

Da Ansa

A bola do gol eternizado por Maradona como a “Mão de Deus” será leiloada com estimativa de atingir 14 milhões de reais. O leilão será organizado pela Graham Budd no dia 16 de novembro. O árbitro da partida, Bin Nasser, foi quem colocou a peça à disposição.  

O lance aconteceu nas quartas de final da Copa do Mundo de 1986. O  argentino usou a mão para marcar o gol que abriu o placar contra a Inglaterra. Depois do jogo, Maradona disse que teve ajuda da mão de Deus para marcar.  

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Os interessados podem dar seus lances até o dia 28 de outubro.

O Napoli está impedido de usar imagens com o rosto de Maradona, maior ídolo da história do clube, em seus uniformes. Filhos da lenda do futebol argentino venceram uma batalha judicial com o empresário responsável por firmar um acordo com o time napolitano pelo direito de estampar a imagem do falecido jogador na camisa.

Tudo começou em março deste ano, quando o Napoli lançou um uniforme, em edição limitada, com um desenho da impressão digital e do rosto de Maradona. Foi quando cinco herdeiros do craque - Dalma, Gianinna, Diego Fernando, Diego Júnior e Jana - foram à Justiça pelo uso indevido da imagem do pai.

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Segundo o jornal argentino Olé, o empresário Stefano Ceci, representante legal da empresa Diez Fze e ex-agente de Maradona, foi quem fez o contrato com o Napoli para o uso da imagem de Diego em suas camisas. A pedido dos herdeiros do ídolo argentino, o juiz Paolo Andrea Vassallo, da segunda seção cível do Tribunal de Nápoles, advertiu o sócio italiano em um valor de 150 mil euros (cerca de R$ 760 mil) por firmar o acordo sem o consentimento da família.

Na última segunda-feira, uma medida cautelar apresentada por Sebastián Baglietto, advogado dos filhos de Maradona, impedindo a divulgação ou uso da imagem de Diego tanto pelo Ceci quanto pelo Napoli foi aprovada por Vassallo. A equipe italiana não poderá nem mesmo entrar em campo com o uniforme.

Ainda de acordo com o Olé, seis mil camisas foram vendidas, no valor de 150 euros cada (R$ 760). O Napoli arrecadou 1 milhão de euros (R$ 5 milhões) com a comercialização das peças, sendo 22,5 mil euros (R$ 114 mil) repassados a Ceci pela licença. Os filhos de Maradona entendem que o agente "deve responder civilmente" pelo uso indevido da imagem do pai, fazendo o empresário correr o risco de pagar uma indenização mais cara do que o lucro alcançado pelo acordo com o time napolitano.

Revelado pelo Argentinos Juniors, Maradona passou por Boca Juniors e Barcelona antes de chegar ao Napoli, em 1984. Foi com a camisa napolitana que viveu os melhores momentos de sua carreira, onde venceu duas vezes o Campeonato Italiano, além de também faturar uma Copa da Itália, uma Supercopa da Itália e uma Copa da Uefa. Também atuou ao lado dos brasileiros Alemão e Careca antes de deixar o clube, em 1991.

A idolatria pelo craque argentino é tão grande que o estádio do Napoli, antigo San Paolo, ganhou o nome do jogador menos de um mês depois de seu falecimento. Ele morreu no dia 25 de novembro de 2020, aos 60 anos de idade, vítima de uma parada cardiorrespiratória.

O craque Diego Maradona foi homenageado com um busto em uma partida da Seleção Argentina sub-20, nesta segunda-feira, em L'Alcudia, na Espanha. Porém o acontecimento chamou atenção da Internet por conta da aparência do homenageado na estátua.

Uma vez que as fotos da homenagem foram divulgadas na Internet, os fãs de futebol não perdoaram e expuseram críticas negativas à obra, além do surgimento de diversos memes — a maioria comparando o busto com o rosto de outros atletas de futebol. A obra é de autoria do artista Rafa Ferri.

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O evento contou com a participação do presidente da AFA (Associação do Futebol Argentino), Claudio Tapia, e do ex-jogador e agora técnico da seleção sub-20, Javier Mascherano.

Ídolo máximo dos torcedores argentinos, Diego Armando Maradona ganhou mais uma homenagem de seus fãs na última semana. Desta vez, o rosto do jogador foi estampado em um avião, batizado de "Tango D10S", que viajará para a Copa do Mundo do Catar, no fim deste ano. Maradona morreu em novembro de 2020, aos 60 anos.

O jato Bombardier CL-600-2B16 Challenger 601, de matrícula LV-JVB, pintado em azul e branco, também servirá como um museu itinerante de Maradona e deverá viajar o mundo em eventos de divulgação. Dentro da aeronave será possível encontrar chuteiras e camisas que Maradona usou durante a carreira.

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A apresentação da aeronave foi feita na última semana no Aeroporto de Morón, em Buenos Aires, e contou com a presença de ex-companheiros de Maradona na Copa do Mundo de 1986, vencida pela Argentina, como Sergio "Checho" Batista e Ricardo Bochini. Juan Pablo Sorín também marcou presença no evento na capital argentina.

O projeto é encabeçado pelo grupo empresarial Give&Get. A arte presente na fuselagem da aeronave foi feita à mão pelo artista plástico Gastón Kolker, que retratou em um lado da cauda do "Tango D10S" a icônica cena do gol da "mão de Deus", da Copa do Mundo de 1986, contra a Inglaterra, e do outro lado, o rosto do craque. Lançado no último dia 25, a atração foi inaugurada para homenagear um ano e meio da morte do ídolo, que morreu em 25 de novembro de 2020.

A camisa número 10 usada por Diego Armando Maradona no gol da "Mão de Deus" e no gol do século, nas quartas de final da Copa do Mundo de 1986 no México contra a Inglaterra, foi leiloada por 7,1 milhões de libras (cerca de 44,3 milhões).

Jamais a casa de leilões Sotheby's havia obtido um valor semelhante para outro item oferecido em um leilão. O objeto anterior adquirido por cerca de R$ 43,9 milhões fora o manifesto olímpico de 1892.

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A peça usada por Maradona naquele jogo teve um único dono nos últimos 35 anos. Trata-se do meio-campista inglês Steve Hodge, que trocou camisa com o craque argentino ao fim da partida - vencida por 2 a 1 pela Argentina. Diferentemente da tradicional camisa listrada em azul claro e branco, o uniforme é todo em azul escuro, com o número 10 estampado nas costas.

Hodge cedeu por muitos anos a camiseta para o Museu Nacional do Futebol em Manchester, mas decidiu colocá-la em leilão porque acredita ser "o momento certo para isso". O comprador da camisa não foi divulgado.

O confronto entre Inglaterra e Argentina pelas quartas de final da Copa 1986 é até hoje lembrado como um dos mais emblemáticos da história das Copas. Apesar do polêmico gol de mão de Maradona, reclamado até os dias atuais pelos torcedores ingleses, a vitória teve um gosto especial para os argentinos, que quatro anos antes perderam a Guerra das Malvinas contra o Reino Unido.

No lance, o zagueiro Hodge intercepta um passe na entrada da área e desvia a bola para seu próprio gol. Maradona, correndo em direção ao gol, subiu junto com o goleiro Peter Shilton e empurrou a bola para o gol com a mão. Os ingleses reclamaram veementemente, mas o árbitro, achando se tratar de uma cabeçada, validou o tento. Ao fim do jogo, o craque argentino reconheceu. "(O gol) foi com a cabeça de Maradona e a mão de Deus."

A partida ainda ficou marcada pelo antológico gol de Maradona arrancando do meio de campo e driblando cinco marcadores, além goleiro, para balançar as redes do Estádio Azteca. O lance foi eleito 'Gol do Século pela Fifa', após votação popular.

Naquele ano, a Argentina chegou à final do Mundial, vencendo a Alemanha por 3 a 2 e conquistando a Copa pela segundo vez em oito anos. Maradona, que brilhava com a camisa do Napoli, passou a ser cultuado pelos argentinos como o maior jogador da história do país.

A Sotheby's anunciou nesta quarta-feira (6) que vai leiloar a camisa que o ex-craque argentino Diego Maradona vestiu na histórica partida contra a Inglaterra na Copa do Mundo de 1986, no México.

A peça usada por Maradona ficou mais de 35 anos com o ex-meio-campista inglês Steve Hodge, que trocou camisa com o argentino no final do duelo válido pelas quartas de final do Mundial.

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O ex-jogador do Nottingham Forest e do Aston Villa resolveu doar anos mais tarde a camisa da seleção da Argentina ao Museu Nacional do Futebol em Manchester, na Inglaterra, para ficar em exibição.

A Sotheby's fixou o preço inicial do uniforme em quatro milhões de libras (cerca de R$ 24,5 milhões) e ele possui chances de se tornar a camisa esportiva mais valiosa da história da casa de leilões.

O recorde atual foi estabelecido em 2019, quando uma camisa usada pelo norte-americano Babe Ruth, uma das maiores lendas do beisebol, no final da década de 1920, foi arrematada por US$ 5,6 milhões.

"Pode haver muita demanda no mercado para esta camisa. Ela poderá ir a um museu, a um clube, um colecionador ou, talvez, a alguém que queira o melhor do melhor", disse o chefe da Sotheby's, Brahm Wachter.

Em uma das partidas mais marcantes da história das Copas do Mundo, Maradona ajudou a Argentina a eliminar a Inglaterra nas quartas de final do torneio ao marcar um gol de mão e outro depois de driblar meio time adversário.

Maradona faleceu em novembro de 2020 aos 60 anos de idade, após sofrer um ataque cardíaco em sua casa. Com a camisa da seleção da Argentina, disputou 91 partidas e anotou 34 gols, tendo conquistado o Mundial de 1986.

Da Ansa

Hoje completa-se um ano da morte do maior ídolo do futebol argentino e um dos maiores jogadores do mundo, Diego Maradona. O craque continua cercado de polêmicas, principalmente com relação a sua família e advogados. A mais recente envolve seus direitos de imagens com o jogo Fifa 22, o advogado da família afirma que quem fechou o acordo de imagens com a EA não foi uma pessoa autorizada, e sim um amigo da família. Por isso, o LeiaJá preparou um conteúdo com as maiores polêmicas ou curiosidades que cercaram Maradona, enquanto em vida, fora das quatro linhas:

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Maradona foi um craque dentro de campo, mas fora dele vivia uma vida de "Rockstar". Em 1991, o craque argentino atuava pelo Napoli, da Itália e foi pego no exame antidoping após a partida contra o Bari. O exame constatou vestígios de cocaína no sangue do atleta. Com isso, Maradona foi suspenso pela FIFA por 15 meses.

Após isso, ainda em 1991, o argentino foi preso em Buenos Aires por porte e consumo de drogas. O jogador passou uma noite detido e foi liberado após pagar fiança.

Maradona confessou que começou a consumir drogas na sua passagem pelo Barcelona, em 1982. A partir disso, a carreira do jogador ficou "manchada". Em 2000, o ídolo argentino iniciou um tratamento contra a sua dependência química em Havana (Cuba), após sofrer uma parada cardíaca.

A idolatria do povo argentino a Maradona se estendeu à religião. A Igreja Maradoniana foi criada em homenagem ao craque argentino e possui seguidores na Argentina, Espanha e México. Além disso, a data de aniversário do craque é considerada o Natal para os seguidores da religião.

Em 2005, Maradona recebeu um programa televisivo na Argentina. Chamado de "La Noche Del 10", o craque argentino se apresentava para o Canal 13 da Argentina. O jogador entrevistou na época grandes figuras públicas, como Pelé, Mike Tyson, Fidel Castro, Xuxa e Messi.

Visto como os dois maiores jogadores da história, eles muitas vezes são comparados. Pelé e Maradona tiveram uma relação amigável nos últimos anos de vida do argentino, mas nem sempre foi assim.

Maradona apontava que Pelé havia se vendido à FIFA e fazia fortes críticas à instituição máxima do futebol. Além disso, o craque argentino já disse que Pelé "deveria voltar para o museu".

- Maradona e Lula

Maradona possuía um forte interesse político e uma simpatia pelas ideologias de esquerda. Fidel Castro tinha uma forte amizade com o craque argentino, Maradona chegou a dizer que Fidel era como um segundo pai para ele e possuía uma tatuagem com a imagem de Fidel. Além disso, Maradona e Fidel Castro morreram na mesma data,  25 de novembro.

Com isso, Maradona revelou apoio ao ex-presidente Lula em diversas ocasiões. Em 2018, o craque argentino foi a público apoiar o ex-presidente Lula,  após ter tido seu mandado de prisão expedido.

Ele está em todos os cantos. Nas paredes do Argentinos Juniors, em Buenos Aires, é possível ler a história do maior profeta do futebol local e se deparar com sua imagem. Isso porque, cerca de meio ano após a morte de Maradona, foi inaugurada na cidade uma série de pinturas do muralista Victor Marley com um único objetivo: o de não deixar o mito desaparecer ou simplesmente cair no esquecimento, o que para muitos portenhos seria impossível. O craque é um deus na Argentina, vivo ou morto.

Segundo contou ao La Nación o vice-presidente do Argentinos Juniors, Adrián Peréz, a decisão de criar uma sequência de pinturas de Diego surgiu com a intenção de tornar o caminho de peregrinação dos fanáticos de Maradona um lugar "mais representativo". O interesse pelos seus passos sempre houve, mas, após sua morte, em 25 de novembro do ano passado, isso cresceu assustadoramente.

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E foi assim que se encomendaram os primeiros retratos pintados por Marley, artista que se autodenomina também um "maradoniano". Ele já vinha 'aerografando' o camisa 10 argentino em vários bairros de Buenos Aires, em projeto no qual se propôs a pintar dez murais do craque. Seu projeto só fez crescer com tamanho interesse. Poucos vão a Buenos Aires e não se envolvem com Maradona. Talvez não haja lugar na cidade que Diego não esteja representado. Os murais com suas imagens estão por todos os lados.

A ideia surgiu ainda antes do falecimento de Diego. "Pensava fazer 10 murais do Maradona como um presente para que ele visse o carinho que lhe temos", conta Marley, justificando a decisão de colorir Buenos Aires com imagens de Maradona.

Quando estava por começar o terceiro mural da série que chamou de "Dez do 10", veio a notícia de sua morte. Logo depois de fazer um mural no bairro do Argentinos, foi convidado para dar forma aos primeiros retratos da rua Juan Agustín García. A ideia era que o rosto de Diego ocupasse todo o contorno do clube onde ele surgiu no estádio que hoje leva seu nome.

"Ao ter saído das bases, das divisões inferiores, sentimos que somos um pouco mais donos do que o resto", confessou o dirigente sobre Maradona. A verdade é que Diego nunca pertenceu a ninguém. É possível perceber essa tendência nos momentos escolhidos para serem reproduzidos. Há Diego no Argentinos, em passagem pelo Barcelona, Napoli e pela seleção, mas nada de suas trajetórias pelo Boca Juniors ou pelo Newell's Old Boys de Rosário.

Sobre a oportunidade, Marley agradeceu a oportunidade de eternizar Maradona por meio de seu trabalho, eternizando também seus traços. "Obrigada a @aaajoficial por confiar na minha arte. Espero que se note que o faço com todo meu coração", postou o artista nas redes sociais.

DETALHES DAS OBRAS - A rua se chama Juan Agustín García, mas as placas de identificação foram alteradas há um ano, após a morte do craque, e o nome que se lê agora é o de Diego Maradona. Os enormes retratos de Maradona feitos em aerógrafo ocupam dois lados do estádio, nos quais o artista trabalha a técnica do hiper-realismo e sugere, em tom de desafio, estar trabalhando para produzir o maior mural do mundo. E assim Maradona cresce e se espalha em Buenos Aires, sob sol e chuva, calor e frio. Ele resistirá ao tempo.

"A dirigência do clube ia me pedindo fotos e eu ia lhes aconselhando segundo a imagem que melhor se via, dizendo também para não centrar-se nas imagens mais conhecidas dele, senão em outras que ainda não tivessem sido transformadas em murais", conta Marley sobre a seleção dos momentos a serem pintados.

Há vários Diegos nas pinturas de Marley, mas todos dentro de um só. Diego inspira Maradona em cenas inéditas e algumas mais conhecidas, como o gol de mão, 'Las Manos de Deus", na Copa do Mundo contra a Inglaterra, em 1986. Mas há também um garoto cabeludo em sua estreia na base dos Cebollitas ou ainda com a camisa da seleção. O abraço em Caniggia após um gol está diretamente ligado ao Brasil, pois aquele gol eliminou a seleção brasileira da Copa do Mundo da Itália, em 1990. Ao abraço, seguiu-se um beijo.

Os Diegos do grafiteiro não param por aí, segundo ele adiantou ao Estadão.

Ainda faltam 100 metros para serem cobertos de tinta no trabalho no Argentinos, e logo o artista irá começar a pintar um novo mural em Bajo Flores, perto do estádio do San Lorenzo. Questionado sobre o que o aproxima de Maradona, o artista não titubeia e responde rapidamente: "a personalidade". "Nós, os argentinos, somos todos um pouco parecidos ao Diego. Bem argentino era 'o gordo', como lhe chama carinhosamente. Se já me emocionava, quando ele estava vivo, pintar um mural com sua imagem, imagine agora!, depois de morto", confessa Marley.

A CAPELA DE D10S E NOVAS HOMENAGENS - No dia 10 de dezembro de 2020, pouco depois da morte de Maradona, foi inaugurado um santuário nas imediações do clube Argentinos, onde os fãs iam depositar oferendas ao ídolo. Hoje, o local se transformou numa capela, com direito a banco de igreja e tudo, onde esses objetos estão reunidos em volta de um altar, onde também é possível fazer uma prece ao jogador mais querido do país. Virou lugar de peregrinação, de argentinos e não argentinos.

Para o aniversário da morte de Diego, estão sendo preparadas várias homenagens, uma delas é a inauguração de um mosaico com a imagem do craque imortalizada com o uniforme do Argentinos. A iniciativa foi de uma loja de cerâmicas especializada na técnica que é vizinha do clube, no bairro de La Paternal.

"Estamos fazendo um mosaico para homenagear Maradona. A ideia surgiu porque temos uma loja de azulejos aqui no bairro e também somos torcedores do Argentinos Juniors, então propusemos ao clube fazer a doação. Há 12 pessoas envolvidas nesse projeto, todos doando sua força de trabalho. Vamos inaugurá-lo no dia 25", conta Maria Angélica Aya, idealizadora da iniciativa. Ela, que é colombiana, explica que o camisa 10 é algo que faz parte da cultura argentina. Maradona é uma figura conhecida mundialmente, então vivê-lo, ter vivido ano passado a morte dele e ver o que ele significa para o povo me parece algo muito emocionante", diz.

A morte de Maradona completa um ano nesta quinta-feira (25) ainda envolvida em mistério, acusações, intrigas e uma série de indiciamentos feitos pela Justiça da Argentina. No último dia 8 de novembro, os responsáveis pela investigação do caso confirmaram o indiciamento por homicídio eventual doloso de sete pessoas que cuidavam da saúde do craque antes de sua morte.

Homicídio com dolo eventual é aquele no qual a pessoa prevê que suas atitudes podem resultar na morte de outra. Mesmo assim, prossegue com a ação, assumindo o risco de matar. Maradona morreu no dia 25 de novembro do ano passado, aos 60 anos, vítima de parada cardiorrespiratória.

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Em abril deste ano, peritos convocados pelo Ministério Público de San Isidro apresentaram um relatório que determinava que o cuidado com a saúde do astro foi "irresponsável e inadequado". Segundo esta análise, se Maradona tivesse seguido internado logo após a cirurgia para tratar do hematoma no cérebro no começo de novembro passado, ele teria tido mais chances de sobreviver. E sustentam que "o paciente foi abandonado à própria sorte".

Maradona era gigante demais para ter sido abandonado no leito de morte, feito um moribundo, como defendem os que acusam os profissionais que cuidavam de sua saúde. A Argentina está atrás de um veredicto sobre os últimos dias de vida do astro.

Neste momento, há mais dúvidas do que respostas, mais intrigas do que esclarecimentos sobre sua morte. O Estadão registra pontos marcados pelos peritos que se debruçaram sobre o caso e que foram encaminhados para especialistas que participaram da junta médica para avaliar se estavam de acordo com suas conclusões. Os profissionais de saúde citados nesse relatório já haviam sido denunciados e estavam sob investigação. Agora, eles foram oficialmente indiciados. Caso sejam condenados, a pena poderá ser de oito a 15 anos de prisão.

 

As conclusões dos peritos:

ELE DEVERIA PERMANECER INTERNADO

Embora seja impossível afirmar que Diego Maradona não teria morrido se tivesse sido internado adequadamente, tendo em vista a situação documentada nos laudos dos dias anteriores ao seu falecimento, os peritos concordam que ele teria uma melhor chance de sobrevivência se permanecesse internado

ATUAÇÃO MÉDICA

A atuação da equipe de saúde responsável por Maradona foi inadequada, deficiente e irresponsável, conforme registrado no relatório de apuração depois que ele ganhou sua casa em Buenos Aires.

SEU ESTADO PEDIA MANUTENÇÃO NA CLÍNICA

De acordo com as boas práticas médicas e uma vez resolvida a patologia aguda que motivou sua internação na Clínica de Olivos (hematoma subdural) e considerando o quadro clínico psiquiátrico e o mau estado geral, ele deveria ter continuado sua reabilitação e tratamento interdisciplinar em instituição adequada, não em casa.

ELE NÃO RESPONDIA POR SI

Maradona, pelo menos desde que foi admitido no hospital, não estava em pleno uso de suas faculdades mentais nem em condições de tomar decisões sobre sua saúde.

PERÍODO AGONIZANTE ANTES DA MORTE

Maradona começou a morrer pelo menos 12 horas antes das 12h30 do dia 25/11/2020, ou seja, apresentava sinais inequívocos de período agonizante prolongado, portanto, os peritos concluíram que o paciente não estava devidamente controlado a partir das 12h30 daquele dia. Os sinais de risco de vida apresentados pelo paciente foram ignorados. Na gravação dos áudios do dia 25/11/2020, uma situação: "semana passada falei que tinha que levantar porque podia causar edema pulmonar".

SEM CONTROLE DO PACIENTE

A assistência de enfermagem durante a permanência em sua casa, após a saída da Clínica de Olivos, é marcada por deficiências e irregularidades, como foi amplamente exposto nos autos. Não havia controle dos movimentos do paciente. Maradona não apresentou controles corretos e assistência dos acompanhantes médico-assistenciais, de enfermagem e terapêuticos, nem na hora nem na forma. Conforme ditado pelos regulamentos de boas práticas.

SEM REGISTRO PSICOLÓGICO

Não há registro de atendimento psicológico domiciliar, após a saída da Clínica de Olivos, que os peritos consideram fundamental para o tratamento adequado da patologia que Maradona apresentou. Apesar de ter havido prescrição adequada de dose e posologia para seu transtorno tóxico frênico, a esse respeito os especialistas não descartam que esse medicamento não tenha influenciado no desfecho fatal, uma vez que não foram realizados controles nos 14 dias anteriores ao óbito.

ESTADO DE SAÚDE AO ACASO

Conclui-se da documentação analisada pela Comissão Médica Interdisciplinar, que a equipe médica assistente representou plena e cabalmente a possibilidade do desfecho fatal em relação ao paciente, sendo absolutamente indiferente a essa questão, não modificando seus comportamentos e planos/atendimento médico traçado e mantendo as omissões prejudiciais mencionadas, deixando o estado de saúde do paciente "ao acaso".

 

Os Indiciados

Faz um ano também que todos os envolvidos com Maradona em vida nos seus últimos momentos respondem ações criminais e têm de se explicar em audiências regulares. Nesta quinta-feira, quando se completa um ano da morte de Diego, deve haver uma comoção nacional no país, de modo a pressionar ainda mais a Justiça para acelerar suas conclusões e deliberar sobre o caso. A família de Maradona acompanha tudo de perto, ora com acusações mais exacerbadas, ora esperando por um desfecho que possa ajudar a entender o que de fato aconteceu. O Estadão traz um perfil dos profissionais que atenderam Maradona em seu leito de morte.

O MÉDICO

Leopoldo Luciano Luque, neurocirurgião, além de ter sido um dos médicos a operar o astro no dia 3 de novembro de 2020, esteve a cargo da internação domiciliar do camisa 10. Em janeiro, vazaram diálogos entre Luque e a psiquiatra Agustina Cosachov, do dia da morte de Maradona, em que eles discutem o estado de saúde de Diego. Entre as mensagens vazadas, está a resposta do neurocirurgião a uma mensagem com a captura de tela de um veículo de televisão já especulando sobre o possível falecimento, ao que ele responde: "Sim, cara, parece que o gordo teve um ataque cardiorrespiratório e está por morrer. Não sei o que ele fez. Estou indo para lá", escreveu. Leopoldo Luque, principal acusado da morte de Maradona, chegou a pedir a anulação do relatório dos peritos alegando imparcialidade dos profissionais.

A PSIQUIATRA

Agustina Cosachov era uma das encarregadas de fiscalizar o estado de saúde de Maradona e reportá-lo à família. É acusada de ter garantido em um certificado que, em outubro de 2020, a saúde mental de Diego estava em bom estado. No diálogo que se difundiu de sua conversa de 33 minutos com o médico Leopoldo Luque antes da confirmação da morte, ela relata, entre outras coisas, o momento em que o encontraram sem vida. "Entramos na sala e ele estava frio, frio. Com toda a circulação marcada. Começamos a tentar reanimá-lo e ele recuperou um pouco o tom, digamos, a temperatura corporal voltou um pouco. Tudo isso, mais ou menos, foram 10 minutos em que fizemos um RCP manual, digamos entre a enfermeira, "El Negro", eu e a "Monona" (a cozinheira) e só aí chegou a ambulância. Agora estão procedendo. Mas não nos dizem como está a situação. Eu saí e eles não me falam nada", reclamou ao neurocirurgião.

O PSICÓLOGO

Carlos Ángel "Charly" Díaz tinha um papel sumamente importante nas decisões tomadas a nível médico. Trabalhava ombro a ombro com a psiquiatra Agustina Cosachov e o neurocirurgião Leopoldo Luque.

A MÉDICA

Nancy Edith Forlini foi a médica que chefiou a internação de Maradona, uma vez que trabalhava como coordenadora do grupo de médicos que atendeu o craque na clínica Swiss Medical e, posteriormente, o tratamento de internação domiciliar para o qual foi enviado logo após a cirurgia. Ela advertiu, via mensagem de WhatsApp, em um grupo denominado "Tigre" (local da casa onde o craque estava em tratamento domiciliar), que era preciso chamar uma ambulância após o craque apresentar um quadro de vômito logo após ter comido camarão à provençal. No entanto, nenhuma emergência foi acionada.

O CHEFE DOS ENFERMEIROS

Mariano Perroni era o enfermeiro chefe que afirmou em seu depoimento ser o responsável por "cobrar a assiduidade de seus subordinados, solicitar relatórios sobre a troca da guarda e todos os assuntos relativos à organização administrativa de pessoal". Alegou ainda que "não tinha qualquer tipo de implicação em relação à saúde de Diego, já que não era responsável pelas indicações médicas ou por ir à casa realizar algum tipo de atividade de enfermagem".

A ENFERMEIRA

Dahiana Gisela Madrid era a enfermeira que trabalhava cuidando de Maradona durante o dia. Ela esteve na casa de Tigre no momento da morte do craque. Além disso, admitiu ter assinado uma declaração falsa de que havia estado às 6 da manhã do dia 25 de novembro, dia do falecimento, e ter tentado tratá-lo, mas que não obteve colaboração do paciente. "Fiz um laudo na casa do Maradona, depois de ter dado declaração junto ao Ministério Público porque foi o que Mariano (Perroni), chefe da junta de enfermeiros, disse para eu fazer. Eu disse que tentei medir seus sinais vitais e ele não deixou, mas a verdade é que isso não aconteceu", disse ela em declaração à Justiça.

O ENCARREGADO DA NOITE

Ricardo Omar Almirón era o enfermeiro que trabalhava no turno da noite. Segundo apurou a agência Télam, Ricardo Almirón disse que "desde o início percebeu que Maradona estava com taquicardia, uma frequência cardíaca superior a 100 em todos os momentos. Explicou que deixou tudo isso anotado nos relatórios de seu turno, além de ter alertado as autoridades médicas, Forlini e Cosachov, e que não teve resposta de nenhuma delas".

O ELEMENTO SURPRESA

Matías Morla, advogado e ex-representante de Maradona, não faz parte da lista de indiciados, mas é um dos elementos suspeitos na trama que envolve a morte do camisa 10. Em entrevista ao jornal La Nación, ele declarou que "Maradona não precisava de um advogado, mas de uma família". É pública a má relação que ele tem com Dalma e Gianinna, filhas do craque. Para elas, o ex-representante blindava a aproximação de familiares e amigos. "O Diego faleceu por um problema estritamente médico, mas tanto Dalma quanto Gianinna querem me envolver. Sempre fiz de tudo para que ele vivesse melhor, não para que morresse", disse Morla em entrevista ao jornal La Nación em maio.

Mavys Álvarez Rego, uma cubana menor de idade quando teve uma relação afetiva com Diego Maradona, afirmou nesta segunda-feira (22) que sofre ao ver a idolatria provocada na Argentina pelo homem que ela acusa de maus-tratos, abusos e de tê-la introduzido ao consumo de drogas.

"É difícil estar em seu país (de Maradona), ver que ele está em toda parte, que é um ídolo e, ao mesmo tempo, o me lembro dele como pessoa parece ruim", disse Álvarez em entrevista coletiva à imprensa internacional em um hotel em Buenos Aires, a três dias do primeiro aniversário da morte do eterno camisa '10' argentino.

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Álvarez, 37, que mora em Miami desde 2014 e é mãe de dois filhos, prestou depoimento na quinta-feira passada perante a justiça argentina, que investiga se ela foi vítima de tráfico de pessoas, quando na adolescência viajou com Maradona a Buenos Aires para participar da homenagem ao astro no estádio La Bombonera em 2001.

Durante sua estada de dois meses em Buenos Aires, Álvarez foi submetida a uma cirurgia plástica nos seios que lhe provocou um pós-operatório doloroso. Ela teria sido mantida trancada e sem os devidos cuidados, segundo seu relato.

- "Roubaram minha inocência" -

"Deixei de ser menina, tive que queimar etapas da vida. Você passa de menina a mulher rapidamente. Toda aquela inocência que eu tinha foi roubada de mim. Eu tinha 16 anos e já bebia, me drogava", revelou.

A relação entre eles durou "entre 4 e 5 anos" durante grande parte da estada de Maradona em Cuba, entre 2000 e 2005, para se reabilitar de seus vícios depois de estar à beira da morte.

Ao conhecê-lo "fiquei deslumbrada, ele me conquistou com flores (...). Mas depois de dois meses tudo começou a mudar. Eu o amava, mas também o odiava, cheguei a pensar em suicídio", afirmou. Maradona lhe ofereceu cocaína com insistência até que ela concordou em usar, se tornando viciada na droga.

Álvarez acusou Maradona de tê-la estuprado em uma ocasião. Ela também disse ter sido vítima de episódios de violência, como uma vez em que ela atendeu o celular enquanto o ex-jogador dormia. “Ele ficou muito bravo. Pegou o celular, jogou contra a parede, me deu um tapa e me empurrou contra a cama. Houve muitos momentos assim”, disse.

- À espera da Justiça -

Álvarez decidiu contar sua verdade depois que "deturpações" sobre sua vida foram publicadas para o lançamento de uma série biográfica sobre Maradona.

"Acho que já fiz minha parte, agora está nas mãos da Justiça. Falei o que aconteceu comigo para evitar que aconteça com outras e para que as outras meninas se sintam com força e coragem para falar", afirmou.

A Fundação para a Paz e Mudança Climática, que a representa em Buenos Aires, pediu à Justiça que investigue os integrantes do círculo próximo de Maradona na época por suposto tráfico de pessoas, privação ilegítima de liberdade, iniciação ao uso de drogas e lesões graves. Os advogados dos réus rejeitaram as acusações.

Guillermo Cóppola, ex-representante de Maradona, afirmou que sente por Álvarez "se ela realmente viveu a provação que afirma ter vivido", mas negou envolvimento em um crime e denunciou por calúnia e difamação o diretor da Fundação que o acusa.

Nas últimas semanas, o uso dos direitos de imagens do ex-jogador Maradona se tornou uma polêmica, principalmente na justiça Argentina e para a EA Sports. O advogado da família deseja a remoção do atleta no jogo FIFA 22, a família alega que quem selou o acordo de imagens com a produtora de jogos não foi a pessoa responsável, e sim um amigo do jogador. O LeiaJá preparou um conteúdo com as principais polêmicas de direitos de imagens dos games:

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Muitas pessoas que jogam FIFA se perguntam o motivo de não termos os jogadores que atuam no Brasil no game. Mesmo pagando "direitos de imagens" os clubes não possuem liberação para "vender" a aparência de seus atletas. Dessa forma, quando a EA Sports fecha um acordo com algum time, ela tem direito de usar apenas as imagens da instituição e não de seus atletas. Para ter os jogadores licenciados, a EA Sports teria de fechar contrato individualmente com cada jogador dos 20 clubes da Série A.

A série de jogos NBA 2K é reconhecida pelo realismo de seus games. Com isso, a empresa Take-Two trouxe, no NBA 2K16, a novidade de ter as tatuagens reais dos jogadores de basquete. O principal foco da produtora era trazer uma imersão e realismo maior para os personagens do jogo.

Com o intuito de promover a Copa do Mundo de 2014, a empresa Riot Games decidiu trazer "skins" relacionadas ao futebol para o game League Of Legends. Com isso, a desenvolvedora criou o personagem "Lucian Atacante". Porém, o personagem possuía características físicas semelhantes ao ex-jogador holandês Edgar Davids.

Diego Armando Maradona é um dos principais jogadores da história do futebol. O craque está presente na franquia FIFA desde o FIFA 18. Porém, após seu falecimento, a justiça Argentina ordenou como medida cautelar a remoção das imagens do atleta no game.

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A casa que Diego Maradona deu aos pais, dois carros da marca BMW e uma carta do líder cubano Fidel Castro compõem o lote de bens do ídolo argentino que será leiloado no dia 19 de dezembro pela Justiça da Argentina. De acordo com a imprensa local, o leilão online será realizado com a anuência dos herdeiros da lenda do futebol e o valor arrecadado será usado para o pagamento de dívidas da família.

O procedimento acontecerá cerca de um mês após as homenagens marcadas para 25 de novembro, quando se completará um ano da morte do jogador argentino, vítima de uma parada cardiorrespiratória em condições ainda não explicadas totalmente. Os pertences serão leiloados por ordem da juíza Luciana Tedesco. O acordo exclui bens de herança que tenham valor sentimental, como prêmios ou camisas de clube que outros atletas deram a Maradona.

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Entre os objetos, armazenados em contêineres, estão aparelhos de ginástica, televisores e roupas esportivas. A carta enviada por Fidel revela a amizade que ambos criaram quando Maradona esteve na ilha caribenha para superar o pior momento de vícios, que o colocou à beira da morte duas vezes nos anos 2000.

Um dos BMWs tem a assinatura do ex-jogador gravada no para-brisa, com um preço base de US$ 165 mil (cerca de R$ 935 mil na cotação atual). Outro veículo a ser leiloado será uma minivan Hyundai que ele usava para passear por Buenos Aires, onde passou seus últimos dias.

A casa que Maradona deu para sua mãe, Dona Tota, e seu pai, Dom Chitoro, fica no bairro de Villa Devoto, na capital argentina também. Nos próximos dias, uma imobiliária fará um levantamento dos sites interessados em participar do evento. Podem ser sites de qualquer lugar do mundo.

A morte de Diego Maradona provocou uma comoção nacional no país. Seu corpo foi velado na Casa Rosada, sede do governo da Argentina em Buenos Aires, em meio à pandemia de Covid-19

A vida de filme do ídolo do esporte Diego Maradona, entre o céu e o inferno, entre a glória e a morte, é refletida na série 'Maradona: Conquista de um Sonho', uma produção da Amazon que estreou na Argentina e está disponível nesta sexta-feira (29) em todo o mundo em sua plataforma de streaming.

O primeiro dos dez episódios, com o título 'Promessa', conta histórias do icônico ex-capitão da Albiceleste campeã mundial no México-1986, com seus dramáticos contrastes, às vésperas das homenagens pelo seu aniversário em 30 de outubro de 1960 e há quase um ano de sua morte, em 25 de novembro de 2020.

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Em uma montagem paralela, pode-se ver na ficção o menino prodígio que aos nove anos contava para uma câmera seu sonho de ser campeão mundial e o jogador de futebol aposentado que aos 40, devido aos vícios, sofre seu primeiro ataque cardiorrespiratório que o deixa à beira da morte no balneário uruguaio de Punta del Este.

A série é uma superprodução da BTF Media, associada à Dhana Media e Latin We, exibida pela Amazon Prime Video e que estreou no canal 9 da televisão aberta argentina, com um máximo de audiência de 8,8 pontos, atrás apenas de um programa com 14,1 pontos do líder televisivo local Telefé, segundo o Real Time Rating.

"Entendê-lo é entender o contexto político, social e econômico em que viveu", comentou com a AFP o ator Juan Palomino, que interpreta o Maradona adulto, cuja fama crescia quase na mesma medida em que se afogava no álcool e nas drogas, com uma vida sentimental turbulenta.

O contexto citado por Palomino refere-se ao seu nascimento em uma favela e à repressão da ditadura (1976-83), inclusive com uma cena na qual o jovem Maradona está a prestes a ser preso como suspeito em um posto de controle militar.

"Maradona: Conquista de um Sonho" mergulha na política, ao refletir a identidade peronista (governante atualmente) de Maradona, que não o impediu de admirar líderes de esquerda como Che Guevara, Fidel Castro e Hugo Chávez.

Apesar do tom épico da série, há uma tentativa de se aprofundar na intimidade, às vezes sombria, do ex-jogador, sem esquecer suas paixões mais puras e amores vulcânicos.

"Viveu essa solidão profunda, a qual não se desejava a ninguém. Me parece que essa é a chave", disse Palomino, na festa de apresentação no estádio de Argentinos Juniors, onde Maradona estreou com apenas 15 anos.

"Sou re-maradoniano (fã), amo Diego. Me levantava às seis da manhã para vê-lo no juvenil (campeão mundial sub-20 no Japão-1979)", afirma Jean Pierre Noher, que interpreta o segundo advogado e representante de Maradona, Guillermo Cóppola.

A imprensa argentina afirma que a produção contou com a autorização de Maradona e o questionamento de Villafañe, mãe de suas duas primeiras filhas, Dalma e Gianinna.

Toda a família do ídolo está imersa em disputas judiciais. Uma delas é a investigação pela suposta negligência médica na morte de seu pai há quase um ano e a outra pelos direitos do uso da marca Maradona.

A lenda não descansa em paz, mas revive nas telas.

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