Tópicos | Marco Aurélio de Mello

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, afirmou que "a autoridade na rua é o guarda, não o desembargador". Em entrevista ao colunista Josias de Souza, Mello defendeu uma punição ao desembargador Eduardo Siqueira que humilhou o guarda Cícero Hilário, durante uma abordagem em Santos. O desembargador estava caminhando sem máscara e o uso do item é obrigatório na cidade. 

"Somos autoridades no tribunal, com a capa nas costas. Na rua, somos cidadãos", declarou Marco Aurélio. O ministro contou já ter sido abordado quando voltava de um show com sua esposa, a desembargadora Sandra De Santis Mendes de Farias Mello.

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"Fomos parados por uma patrulha de trânsito, na entrada da minha quadra. O guarda me reconheceu. Disse: 'Ministro, o senhor me perdoe, mas poderia me passar os seus documentos?' Atendi imediatamente. Não me ocorreu dar nenhuma carteirada. Ali, eu era um cidadão. A autoridade era o guarda de trânsito", relatou o magistrado.

Ao destratar o guarda municipal, Eduardo Siqueira argumentou que o decreto municipal não tinha força de lei e, por isso, não obedeceria. Mas Marco Aurélio discorda e observou que o artigo 23 da Constituição Federal aponta a responsabilidade de cada ente federativo para tomar providências diante de assuntos como a saúde pública. "O decreto municipal precisa ser observado", ressaltou o ministro.

Ainda na entrevista, Marco Aurélio disse que o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo era quem deveria punir o desembargador. O caso está sendo apurado pelo Conselho Nacional de Justiça. 

"Ele é tido como um sujeito complicado. O Órgão Especial já esteve para afastá-lo. Mas acabou não tomando a iniciativa. Talvez tenha claudicado. O passado desse rapaz não o recomenda. Se é que podemos considerá-lo rapaz... Pela falta de juízo, talvez", concluiu o ministro do STF.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio de Mello, sugeriu que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) passasse a usar uma “mordaça” para evitar falas sucessivas que atacam instituições, políticos e regiões do país. A informação é do blog do jornalista Tales Faria. 

De acordo com a publicação, Marco Aurélio foi indagado sobre como fazer para acabar com as declarações destemperadas de um presidente da República e ele respondeu: "Tempos estranhos. Aonde vamos parar?" Logo em seguida propôs: “No mais, apenas criando um aparelho de mordaça".

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Nessa segunda-feira (29), o presidente se envolveu em mais uma polêmica. Ele declarou que sabia a verdade sobre o desaparecimento de Fernando Santa Cruz, na época da ditadura militar. E pontuou que se o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, quisesse, ele contaria a verdade. Felipe é filho de Fernando. 

Logo depois, Bolsonaro declarou que o militante estudantil foi morto por companheiros do movimento esquerdista Ação Popular, do qual Fernando fazia parte, e não por militares, como aponta relatório da Comissão Nacional da Verdade. 

A indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para embaixador do Brasil nos Estados Unidos (EUA) pode ter que enfrentar o Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo, os ministros da Alta Corte já debatem sobre a inconstitucionalidade da eventual decisão do presidente Jair Bolsonaro (PSL). 

Bolsonaro anunciou, na semana passada, a possibilidade de indicar o filho para o cargo. E, desde então, só tem reforçado a escolha. Para os ministros, contudo, um embaixador representa o país e não a pessoa do presidente. Além disso, para alguns magistrados a súmula vinculante 13, que trata de nepotismo, não se aplicaria ao caso. 

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Do STF, o ministro Marco Aurélio Mello foi quem já se posicionou publicamente sobre a indicação e a classificou como nepotismo. “Não tenho a menor dúvida (de que é nepotismo). Sob a minha ótica, não pode, é péssimo. Não acredito que o presidente Bolsonaro faça isso. Será um ato falho, um tiro no pé”, argumentou.

Além dele, há a expectativa de que os ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin tenham uma avaliação rigorosa sobre o tema. 

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