Tópicos | Marina da Glória

Até o próximo dia 18, a décima edição da feira de artes plásticas ArtRio estará funcionando na Marina da Glória, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, em sua versão presencial, mas também oferecendo ao público uma programação online, em função da pandemia do novo coronavírus. A programação inclui palestras, conversas, visitas guiadas e performances em plataforma especial (www.artrio.com), e se estenderá até o dia 25 deste mês.

A presidente da ArtRio, Brenda Valansi, afirmou que com a visitação e a ampliação da plataforma online, a mostra é diferente. “Mas, em conteúdo artístico, as galerias presentes, ela está bem similar”. No Pavilhão da Marina da Glória, serão 50 expositores, além do projeto de vídeoarte Mira, de Pedro Évora e Pedro Rivera (Rua Arquitetos), com curadoria de Victor Gorgulho, que funciona em área externa, no Pavilhão ArtRio 2020, no mesmo local. Na edição virtual, o número de galerias cresce para 72.

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“Eu acredito muito nessa dobradinha do físico e do online. Por isso, insisti tanto em fazer esse evento e graças a Deus ele está acontecendo, porque as vantagens do online são enormes, mas a arte presencialmente não tem comparação”, disse Brenda.

Democratização

Segundo a presidente, um dos grandes valores da ArtRio é a democratização da arte. Como a feira presencial reduziu o público para evitar aglomerações e, em consequência, impedir a disseminação do novo coronavírus, o conteúdo da programação virtual, com palestras de artistas nacionais e estrangeiros está sendo todo disponibilizado de forma gratuita e online. “Para a gente não perder o nosso valor tão forte, que é a democratização da arte”, reforçou Brenda.

Embora o público tenha sido reduzido na Marina da Glória, Brenda Valansi afirmou que deseja reunir nas atrações pela internet o maior número possivel de pessoas do Brasil e do exterior, que poderão visitar as galerias de suas próprias casas. “Além de ter as galerias com suas obras e seus artistas, ainda há uma série de eventos em que elas podem estar online, mas com uma sensação de mais troca do que apenas vendo a galeria e suas obras. Há muitos vídeos, muita interação”.

Na Marina, os visitantes têm duas horas para permanecer no pavilhão visitando as galerias, a fim de evitar superlotação e atender a todos os critérios das autoridades sanitárias, não pondo ninguém em risco. Além do uso obrigatório de máscara, há aferição da temperatura e utilização de álcool em gel. “Está bacana ver todo mundo respeitando. Embora a lotação não seja a ambição deste ano, o evento está com uma ocupação bastante boa para o período que a gente está vivendo. Estou surpresa”, comentou Brenda.

A expectativa de público no presencial gira em torno de 450 pessoas nas lacunas de duas horas. Na área externa, com mais de 5 mil metros de extensão, não há limitação de tempo para permanecer no local. Este ano será diferente das edições anteriores, quando a ArtRio atraía em torno de 50 mil pessoas. “A gente não quer superlotação de forma nenhuma”.

As galerias participantes da ArtRio 2020 estão divididas entre os programas Panorama, com atuação estabelecida no mercado de arte moderna e contemporânea, e Vista, dedicado às galerias jovens, com até dez anos de existência, contando com projetos expositivos desenvolvidos exclusivamente para a feira. Algumas galerias presentes são estrangeiras ou têm parcerias no Brasil. De Portugal, por exemplo, veio a Bordallo Pinheiro; da Itália, a Contínua, de San Gimignan; de Nova Iorque, do Rio de Janeiro e de São Paulo, a Galeria Nara Roesler.

Venda on-line

A ArtRio foi a primeira feira de arte do mundo a lançar, em 2018, um marketplace (comércio eletrônico) para venda pela internet. Nesta décima edição, a plataforma desenvolvida permite a conversa direta do público com os galeristas, além de canais de vídeo que facilitam visualizar detalhes das obras e negociações.

Após o dia 25, quando se encerra a feira virtual, “a gente volta com força total no marketplace, e as pessoas fazem a aquisição das obras diretamente pelo site, disse Brenda Valansi.

 Somos a primeira feira do mundo que lançou essa novidade. Então, estamos dois passos à frente das feiras que se apresentaram depois, porque já tínhamos grande experiência, uma plataforma pronta. Não tive que correr para desenvolver, só aprimorei".

Visitas

Nesta quinta-feira (15), às 16h, a artista plástica Iole de Freitas e a curadora Fernanda Lopes conduzem visita virtual ao vivo pelo ateliê da escultora, gravadora e artista multimídia. Iole começou sua carreira na década de 70 e atua no campo de arte contemporânea. Às 19h, está previsto o evento Repensando o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), com participação dos novos diretores artísticos da instituição, Keyna Eleison e Pablo Lafuente, e seu diretor executivo, Fabio Schwarczwald. A mediação será de Maria Luz Bridger.

No dia 20, às 11h, haverá conversa do artista e ativista chinês Ai Weiwei, nascido em Pequim e conhecido por suas obras sobre o social e o coletivo, com o curador Marcello Dantas, idealizador da exposição Ai Weiwei – Raiz, a primeira do artista no país e a maior já realizada por ele. Os espaços institucionais e a pandemia são temas de bate-papo no dia 21, às 19h. No dia 22, também às 19h, será discutida a relação entre colecionadores e a pandemia.

Representatividade e suas lacunas –LGBTQI+ abre os debates virtuais no dia 23, às 14h. Nos dias 24 e 25 de outubro, a gravação dos eventos estará disponível no site da ArtRio.

Inauguração

Uma novidade da edição 2020 é a inauguração da Casa ArtRio, no bairro do Jardim Botânico, zona sul da cidade. Nesse espaço, que será permanente, com agenda ao longo de todo o ano, serão realizadas palestras, debates, conversas com artistas e curadores, além de exposições especiais.

Brenda Valansi salientou que a ArtRio visa à valorização da arte e da cultura e a aproximação do público da arte. “É uma ideia virando objeto. É a valorização da cultura porque, quando você compra uma obra de arte, na verdade você está financiando um artista, está financiado a produção cultural do país. Então, a ideia da ArtRio é fomentar a cadeia toda que envolve esse setor, desde os pintores que estavam montando os estandes, até o artista que está vendendo a sua obra. É, realmente, um evento de estímulo.

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“Todos os dias chega gente perguntando se é de graça”. Informações desencontradas causam constrangimento e frustração a quem decide assistir algumas provas consideradas gratuitas em certos pontos do Rio de Janeiro.

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O depoimento acima é de uma das voluntárias que trabalha recebendo o público na Marina da Glória, onde são realizadas as provas de Vela. A reportagem do Portal LeiaJá foi até o local e constatou que realmente há uma confusão de informações.

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O site oficial informa que não existem ingressos gratuitos, mas que algumas competições esportivas por serem realizadas ao ar livre, podem ser acompanhadas ao vivo nas áreas públicas. Contudo, a entrada para assistir as competições de Vela, por exemplo, custa R$ 70 e o público pode acompanhar apenas a saída e a chegada dos competidores.

Alguns pontos estratégicos, como a praia do Flamengo, permitem que o espectador assista, de longe, a passagem dos atletas.

Outros esportes como a maratona, marcha atlética, ciclismo de estrada (circuito e contrarrelógio) e a prova de ciclismo do triatlo, também podem ser acompanhados gratuitamente, apenas em alguns trechos por onde os competidores devem passar.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a venda de 100% da MGX Empreendimentos Imobiliários e Serviços Náuticos, do empresário Eike Batista, para a BRM Holding de Investimento Glória. Desde 2009, a MGX é detentora da concessão da área da Marina da Glória, no Rio de Janeiro. A operação é mais um capítulo da reestruturação do grupo EBX, que vem se desfazendo de ativos para tentar estancar uma forte crise financeira.

No parecer que deu sinal verde à venda, o Cade afirma que "do ponto de vista do vendedor, a operação será importante para que ele possa focar seus investimentos e atividades em setores prioritários ao Grupo EBX". O valor do negócio não foi divulgado. Para o órgão antitruste, a operação envolve o setor de marinas no Brasil e "não gera integração vertical entre as partes".

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A BRM Holding é subsidiária integral da BR Marinas S.A., companhia de capital fechado que administra três marinas no litoral fluminense: RioMarina (Itacuruçá), Verolme e Piratas (ambas em Angra dos Reis). O site da empresa cita ainda uma unidade em Búzios, Região dos Lagos do Rio de Janeiro.

A prefeitura do Rio informou que aguarda uma comunicação oficial do grupo EBX sobre a venda da concessionária à BR Marinas, que deverá receber anuência da administração municipal.

O projeto de Eike Batista para revitalizar a Marina da Glória sempre foi cercado de polêmica e até alvo de brigas judiciais. O Ministério Público Federal (MPF) questionava, entre outras coisas, as restrições criadas para a circulação de barcos e pedestres na Marina, que fica no Aterro do Flamengo.

Em julho, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) criou uma comissão, formada por representantes da prefeitura, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (Iphan) e do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), para estudar o projeto.

O grupo definirá os parâmetros arquitetônicos e paisagísticos que respeitem as limitações estabelecidas pelos órgãos de proteção do patrimônio cultural e pela legislação em vigor. Também ditará os parâmetros de uso e ocupação da Marina da Glória.

O projeto de revitalização da Marina da Glória, na zona sul do Rio, iniciativa do empresário Eike Batista, pode ser comprometida pela Justiça Federal. Uma decisão da 11ª Vara da Justiça Federal do Rio, motivada por uma ação popular impetrada em 1999, cancelou o contrato entre a Prefeitura do Rio e a Empresa Brasileira de Terraplanagem e Engenharia (EBTE), que administrou o local de 1996 a 2009.

A EBTE foi comprada pela REX, empresa de Eike Batista que planeja reformular a Marina. Diante da decisão, a REX não pode colocar em prática o projeto de revitalização, que prevê a construção de um centro de convenções e a instalação de 50 lojas. Na sentença, o juiz Vigdor Teitel afirma que a exploração comercial não pode ser o principal objetivo do equipamento.

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"A exploração comercial da Marina da Glória está diretamente relacionada com sua aptidão natural (eminentemente náutica) e com a observância dos interesses coletivos dos usuários do local, não se concebendo que o desenvolvimento de atividades comerciais em uma marina se identifique com a exploração de empreendimentos e complexos comerciais", escreveu o juiz.

Em nota, a REX afirmou que não é parte na ação judicial e por isso está apenas acompanhando o trâmite do processo. Segundo a empresa, como é de primeira instância, a decisão não afeta a concessão da Marina.

Críticas unânimes de arquitetos e usuários da Marina da Glória, no Rio, marcaram debate na sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) sobre o projeto do empresário Eike Batista para o local. O representante do Grupo EBX, Marco Adnet, admitiu a hipótese de revisão, mas condicionou isso à ampliação da área da marina.

O plano de Eike prevê redução das vagas secas para barcos e aumento do número de lojas e do estacionamento, além de um novo centro de convenções. O auditório do IAB ficou lotado nesta quinta-feira, 25, para a apresentação do arquiteto Luiz Eduardo Índio da Costa, autor do projeto de reforma. A obra, no Parque do Flamengo, tombado em 1965, ainda depende de aprovação final do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

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Uma das primeiras a perguntar foi Maria Rita Machado, filha do arquiteto Amaro Machado, responsável pelo projeto original da Marina: "Gostaria de saber por que o nome do arquiteto Amaro Machado não foi mencionado nesse projeto. Também gostaria de perguntar por que eu, herdeira legal dos direitos autorais desse processo, não fui consultada a respeito dessa modificação na Marina". Índio da Costa e Adnet pediram desculpas pela falta de menção a Amaro e de consulta à herdeira.

Usuários da Marina criticaram principalmente a falta de diálogo com a empresa e a redução das vagas secas para barcos. Hoje são 120, e o projeto prevê 50, apenas para embarcações de pequeno porte. O presidente da Associação de Usuários da Marina, Alexandre Antunes, afirmou que "não se trata de um projeto náutico, e sim imobiliário". "Estão extinguindo vagas para barcos em prol de um shopping e de um centro de convenções." Para a arquiteta Andréa Redondo, o projeto "é belíssimo, mas o desejo é erguer um complexo comercial, e nesse lugar isso não é possível". "A cidade vai perder uma grande oportunidade de ter a sua marina, e vamos ter mais um centro de convenções", disse o arquiteto Ronaldo Basílio.

Índio da Costa afirmou que o projeto não está acabado. "Estamos aqui para que seja melhorado. Não concordo, mas se o grupo considerar que não privilegia a parte náutica, pode ser corrigido." Questionado sobre o fato de o plano ser voltado para a transformação do local em polo comercial, ele respondeu: "É o contratante (EBX) quem diz qual é o programa. Eu sou contratado para realizá-lo". No começou de abril, Adnet disse que Eike pretende quadruplicar o faturamento da Marina e arrecadar até R$ 40 milhões por ano com a locação da área para eventos, além de cobrar pelo uso de novas lojas, vagas para barcos e do estacionamento, que seria ampliado de 200 para 600 vagas. Adnet condicionou o aumento do número de vagas para barcos à ampliação da área da Marina. "A gente estuda a possibilidade de ampliação da área aforada. Nessa hipótese, poderá ter mais espaço para vagas secas."

 

A 23ª edição Verão 2013/14 do Fashion Rio começa nesta segunda (15) e segue até sexta (19) na Marina da Glória com uma cenografia colorida intitulada colorpop. As marcas Maria Filó e Iódice estreiam nesta nova temporada do evento, além da participação especial da ONG Apoena, que fará um desfile nesta terça (16), às 16h30.

Confira o line-up do Fashion Rio Verão 2013/14:

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Segunda (15)

19h – 2nd Floor

20h30 – Filhas de Gaia

22h – Alessa

Terça (16)

12h – Blue Man

18h – Maria Filó

19h – Coven

20h30 – Iódice

22h – Espaço Fashion

Quarta (17)

17h – Andrea Marques

18h – Sacada

19h – Oh Boy

20h – Cantão

21h – Lenny Niemeyer

22h – TNG

Quinta (18)

12h – Patrícia Viera

17h – Nica Kessler

18h – Herchcovitch

19h – Salinas

21h – Coca-Cola Clothing

22h- Reserva

Sexta (19)

17h – Bianca Marques

18h – Oestúdio

19h30 – R.Groove

21h – Triya

22h – Ausländer



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