Tópicos | menopausa

Associada às alterações sexuais, de humor e ondas de calor e frio, a menopausa é o período de transição da fase reprodutiva para a fase pré-menopausa em mulheres entre 45 e 55 anos de idade. Confira a seguir, cinco maneiras para lidar com cada problema na menopausa, segundo especialistas. 

Gerencie o estresse: Nessa fase, a mulher apresenta alterações de humor, ficando mais irritada do que o normal e também com sintomas depressivos.   

##RECOMENDA##

Faça exercícios regularmente: É comum que a mulher se sinta mais cansada com atividades do dia a dia e fique desanimada.  

Cuide da alimentação: A queda hormonal também impacta o funcionamento do metabolismo, que fica mais lento e dificulta a manutenção da massa magra do corpo. Como resultado, a mulher tende a ganhar mais peso, mesmo realizando atividade física regular.    

Controle os horários de sono: Por conta das ondas de calor, é comum que as mulheres durante o climatério sintam dificuldades para dormir. Além disso, a oscilação hormonal provoca insônia ou piora a qualidade do sono.  

Tenha um objeto para aliviar o calor: Conhecidas como fogachos, trazem a sensação de calor em diferentes partes do corpo, como colo, face e pescoço. Podem ser leves ou intensas e ocorrer durante o dia ou à noite. Em alguns casos, há a sensação de sufocamento e vermelhidão no rosto.

Foi revelado através de um estudo, que o uso da substância canabidiol auxilia na reversão do prejuízo de memória causado pela menopausa. A pesquisa foi coordenada pela professora de Fisiologia da UFRGS Nadja Schröder.

Para o estudo, o grupo de pesquisas testou a substância em ratas que passaram pela retirada dos ovários. “Tem mulheres que, por algum motivo médico, precisam retirar os ovários antes de entrar na menopausa, aí elas já entram em uma menopausa cirúrgica, ou então a mulher entra na menopausa naturalmente, e aí os ovários não produzem mais os hormônios que normalmente produzem ao longo da vida”, explicou Nadja.

##RECOMENDA##

Memória e a menopausa

Um dos sintomas que afetam a saúde na menopausa, é perda de memória. Isso acontece devido à diminuição do hormônio estrogênio, que além de contribuir para a perda da memória também aumenta o risco de desenvolvimento de danos morais. 

Atualmente é feita a reposição hormonal, para melhorar os efeitos da menopausa. Esse método é controverso porque há evidências de que ele pode aumentar o risco de câncer de mama ou câncer ginecológico. Dessa forma, segundo a pesquisa, o canabidiol poderia ser a alternativa para o uso da reposição hormonal.

Ainda sobre os testes, após o resultado positivo da retirada de ovários das ratas, o canabidiol recuperou a memória dos animais. “A memória dessas ratas tratadas com canabidiol é muito melhor do que a memória das ratas que passaram pela ovariectomia mas que não receberam o canabidiol, porque eram de um grupo controle que não recebeu o tratamento”, explicou a médica.

Canabidiol

Nadja afirmou que para seguir com os  estudos na área, a substância precisa ser testada em seres humanos como um fármaco neuroprotetor. "Já houve estudos de segurança do canabidiol em si, mas não como um neuroprotetor. Com mais pesquisas sobre o tema, seria possível revelar também se ele pode ser uma alternativa para as doenças neurodegenerativas em geral". Além disso, futuramente o grupo irá começar um novo estudo. “Vamos nos aprofundar mais, vamos dar mais entendimento para esse estudo, e com isso vamos ter melhor suporte, eu imagino, para futuros tratamentos de pessoas com menopausa e déficit de memória”, finaliza a médica.

 

Sem papas na língua, Andréa Sorvetão desabafou sobre menopausa com os seguidores. Nas redes sociais, a ex-paquita da Xuxa revelou que há cinco anos vez sentindo muito calor e falta de libido.

"Quem me segue sabe o quanto sou transparente e realista em minhas postagens. Desculpe, não consigo ser diferente. Então vamos lá… Não estou grávida! Cheguei real naquele momento que todas as mulheres também sofrem: a menopausa! Já venho há uns cinco anos sentindo aquele calor, a moleza, preguiça, falta de libido que a queda dos hormônios fazem em nosso organismo. E claro, corri atrás e me recuperei bem", disse.

##RECOMENDA##

"Vi que tenho hipotireoidismo, e pronto, remédio para a vida toda. Ok Se é para melhor, bora! Com a pandemia, algumas coisas se agravaram. Sedentarismo, preocupações e calores maiores e nada da menopausa chegar de vez… Tenho que trocar minha prótese mamária que encapsulou (isso é muito sério, meninas! Não deixem de examinar quem também tem!) e com isso, claro, diminuir meus seios, mais uma vez, que me incomodam, me pesam! Se pudesse não faria nada disso, mas, pela saúde tenho que fazer. Tenho que perder alguns quilos que vi que também aumentaram por causa da menopausa, que vem e não vem. Por causa do hipotireoidismo que tenho que ver se preciso aumentar a dose. E, com isso tudo, a coluna também grita. E sim, vamos entrar em dieta. Bora nos acompanhar?! Detalhe: não sou de comer muito, bebida alcoólica só socialmente e não fico antissocial. Isso é importante para fazer tudo com leveza! E o que também quero dizer para vocês é: que antes de tudo se cuidem, se amem. Saúde em primeiro lugar e sejam felizes", finalizou.

Aos 48 anos, a doméstica Vanda Cavalcante começou a suspeitar que a irritabilidade e o calor excessivo poderiam ser a chegada da menopausa. “Eram fogachos de três a quatro vezes por dia, e isso não me incomodava tanto. Foram uns seis meses assim, mas depois começou a vir constante. E eu, que nunca tive problema com sono, comecei a ter dificuldades pra dormir”, relembra. Assim como Vanda, a insônia atinge seis a cada dez mulheres na menopausa, aponta o Instituto do Sono.

“Nesse período de pós-menopausa, a gente sente os sintomas decorrentes da queda do estrogênio que é o principal hormônio que as mulheres perdem quando o ovário entra em falência, ou seja, quando chega nesse final da fase reprodutiva”, explica a médica Helena Hachul de Campos, pesquisadora do Instituto do Sono e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 

##RECOMENDA##

As consequências da falta do hormônio se expressam de forma precoce ou tardia. Quando o ciclo menstrual se interrompe, os sintomas mais conhecidos são ondas de calor, chamadas de fogachos, que atingem 70% das mulheres; as oscilações de humor; e a irritabilidade. Depois de alguns anos sem o estrogênio, aparecem os sintomas tardios, como secura da pele, secura vaginal, deposição da gordura na região abdominal, aumento de colesterol e de risco cardiovascular, facilidade para ganhar peso com a diminuição do metabolismo e alterações no metabolismo ósseo.

Em relação ao sono, a médica explica que ainda na fase de transição é comum que a oscilação do hormônio já cause alguns efeitos. “Deixa a gente muito mais vulnerável a ficar acordando”, aponta. Outros fatores que contribuem para alterações no sono são as idas mais frequentes ao banheiro pela maior flacidez da bexiga.

Estudos do Instituto do Sono apontam ainda que a cada centímetro de circunferência abdominal a mais o risco de surgimento de apneia obstrutiva do sono cresce 5%. “Devido a essas modificações da menopausa, você começa a ter mais gordura abdominal, mais gordura no pescoço e começa a ter apneia”, esclarece Helena.

O que fazer?

Vanda procurou o serviço de saúde e, após algumas avaliações, verificou-se que ela tinha indicação para o tratamento de reposição hormonal. Ela conta, no entanto, que foi um recurso alternativo que mudou a sua vida. “Eu me apaixonei. Eu decidi que a meditação iria fazer parte da minha vida. Eu aprendi a respirar, a ter paciência e a dar tempo ao tempo”, relatou à Agência Brasil.

“A gente tem diversos tipos de tratamento, tem terapia hormonal, terapias alternativas, tem fitoterápicos, não precisa esperar ficar horrível. A gente tem sempre que estar acompanhando todo ano [com as idas ao ginecologistas] e ver o que está aparecendo”, orienta a médica.  

Dicas para o sono

São várias as complicações decorrentes de noites mal dormidas. “Se a gente tem estágios de sono não completos, no dia seguinte a gente vai estar com indisposição, déficit de memória, irritado”, enumera Helena. Ela alerta também para os prejuízos em relação à imunidade e à facilidade para o ganho de peso. "Faz de que conta que você é um celular. Acordo com 100% ou já está com 60% de bateria? Para saber se o sono foi restaurador, e a grande maioria fala que não”, orienta.

Alimentação saudável, horários definidos na rotina, fazer atividade física, não tomar café a partir do final da tarde, ter um ambiente de quarto silencioso e com pouca luminosidade, não ficar olhando o relógio, não fazer refeições pesadas no jantar e evitar o uso do celular na cama são algumas das dicas para ter um sono restaurador.

Aos 46 anos, Angélica mostrou que lida muito bem com a maturidade. Diagnosticada com menopausa precoce, a apresentadora descobriu as vantagens desse momento e afirmou, em entrevista, que o assunto deveria ser tratado com maior frequência e naturalidade.

Angélica falou sobre o assunto em entrevista à colunista Patricia Kogut. Ela falou que, ao chegar na menopausa de forma precoce, descobriu que esse momento não representa a finitude do vigor da mulher, ao contrário do que prega o senso comum. “O que descobri vivendo este momento foi que as pessoas não falam muito desse período da mulher e, quando falam, acham que é o fim. E não é. Na verdade, o que descobri é que é normal e que você tem formas de viver muito bem. Eu acho importante a mulher saber que a vida pode ser maravilhosa depois da menopausa. A gente não tem que sofrer com isso”. 

##RECOMENDA##

A apresentadora também revelou ter se deparado com muitos questionamentos neste período, mas que descobriu as vantagens da maturidade e tem usado elas a seu favor. “Você já tem segurança para um monte de coisas, já sabe o que quer. Já tem força suficiente, história de vida para viver os próximos 50 muito melhores. Essa coisa da experiência, para mim, é mágica. Ter a experiência de uma mulher de 50 não tem para ninguém, não tem para nenhuma de 25”. 

Mulheres que têm relações sexuais frequentes antes da menopausa demoram mais a parar de menstruar do que as menos ativas sexualmente da mesma idade - aponta uma pesquisa publicada na revista "Royal Society Open Science".

Em média, ter relações íntimas pelo menos uma vez por semana reduziu em 28% a possibilidade de entrar na menopausa em relação às mulheres que têm relações sexuais menos de uma vez por mês, indica a pesquisa.

De acordo com o estudo, isso pode ser explicado por uma resposta do corpo às pressões evolutivas.

"Se uma mulher tem poucas relações sexuais, ou relações sexuais pouco frequentes, quando se aproximar dos 40, seu corpo não receberá os sinais físicos de uma eventual gravidez", afirmaram Megan Arnot e Ruth Mace, cientistas da University College London.

"Em uma perspectiva de maximização da forma física", o corpo da mulher poderia investir mais energia no cuidado da família do que na ovulação, explicaram.

Pesquisas anteriores já procuravam entender por que mulheres casadas chegam à menopausa mais tarde do que solteiras e divorciadas, mas mencionavam a influência dos feromônios masculinos - substâncias químicas naturais do reino animal que atraem o sexo oposto.

Para tentar confirmar qualquer uma das teorias, Arnot e Mace examinaram os dados de quase 3.000 mulheres nos Estados Unidos, selecionadas em 1996 e 1997 para participar de um estudo sobre a saúde ao longo de várias décadas.

O projeto, chamado SWAN, permitiu acompanhar as mudanças - tanto biológicas, como psicológicas - ocorridas simultaneamente à menopausa.

A idade média das participantes era de 46 anos. Nenhuma tinha deixado de menstruar, mas menos da metade estava na pré-menopausa, com sintomas menores que começavam a aparecer.

Durante a década seguinte, 45% das mulheres tiveram uma menopausa natural, em média aos 52 anos.

A correlação entre a frequência das relações sexuais e o começo da menopausa é inegável, segundo os pesquisadores.

Como todas as relações declaradas eram heterossexuais, não se sabe se em casais lésbicos o efeito seria o mesmo.

Não se observou, porém, nenhum vínculo entre a presença contínua de homens e os sinais químicos subliminares que eles poderiam emitir. "Não encontramos nenhuma prova para a hipótese dos feromônios", apontaram.

A idade da menopausa natural varia consideravelmente em diferentes culturas. Os fatores genéticos são determinantes apenas em cerca da metade dessas diferenças, como mostraram pesquisas anteriores.

Na próxima quinta-feira (11), é celebrado o Dia Mundial da Visão e a Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (ABCCR) alerta para um dado importante: as chances de a mulher desenvolver a catarata aumentam na menopausa. De acordo com a oftalmologista do Instituto de Olhos do Recife, Adriana Valença, o profissional da área pode ajudar a mulher nessa etapa e verificar se as mudanças hormonais provocam síndrome do olho seco, sensibilidade à luz, coceira nos olhos ou mesmo catarata precoce.

Adriana explica que o acompanhamento médico pode corrigir esses ou outros problemas oculares diagnosticando-os precocemente e minimizando os incômodos sintomas. “Com a chegada da menopausa, as mudanças hormonais provocam nas mulheres alterações no organismo. Nessa fase, é indispensável fazer um acompanhamento médico para diagnóstico de problemas que podem ocorrer com a saúde, inclusive oculares. O desenvolvimento da catarata pode até não ter correlação direta ou ser efeito da menopausa, mas é um fato que merece atenção, uma vez que a doença tem solução acessível à população e cura”, explica. 

##RECOMENDA##

A doutora ressalta que identificar a olho nu a catarata não é comum e, no início, pode não ser percebida com facilidade pelos portadores. “Somente o oftalmologista pode solicitar os exames que são necessários para a confirmação do diagnóstico, assim como indicar o melhor procedimento para o tratamento”, orienta a doutora Adriana.

No entanto, alguns sintomas da catarata podem ser observados como uma perda discreta da qualidade da visão, diminuição da acuidade visual noturna e visão desbotada das cores. “Já na progressão da catarata, a visão passa a ficar mais turva e embaçada. Por isso, coisas que a mulher costumava fazer de forma rotineira como ler, assistir à TV ou caminhar, podem ficar mais difíceis por conta do avanço da catarata”, explica. 

"As chances de uma mulher desenvolver catarata pode estar associada ao fato do organismo interromper a circulação de estrogênio [hormônio feminino] alterando uma das camadas que formam o cristalino [lente natural do olho], que também precisa deste hormônio para bloquear a produção de uma proteína que causa a catarata”, explica a doutora Adriana. Alguns especialistas inclusive prescrevem reposição hormonal para impedir o desenvolvimento da catarata.

A catarata pode se manifestar em um dos olhos apenas, dependendo da causa. Para o tratamento, a solução é a cirurgia. O método mais usado é a facoemulsificação, que permite a retirada do cristalino opaco e a substituição por uma lente intraocular.

Desde a chegada da menopausa, a empregada doméstica Maria Vanda Cavalvante Silva, de 51 anos, não sabia mais o que era uma noite bem dormida. Com as intensas ondas de calor, a paulistana acordava a cada meia hora com mal-estar e tinha dificuldades para pegar no sono novamente.

Após meses de martírio, Maria Vanda procurou uma ginecologista especializada em sono da mulher e iniciou terapia de reposição hormonal, o que melhorou os sintomas. Mas a recuperação completa da qualidade do sono só aconteceu quando ela passou a meditar, também por recomendação médica.

##RECOMENDA##

"A reposição diminuiu as ondas de calor, mas a meditação me fez prestar mais atenção à minha forma de pensar. Antes eu ficava preocupada com tudo. Hoje, tenho meu ritual de meditar antes de deitar. Voltei a dormir sete horas por noite", conta.

Como ela, 32% das paulistanas têm problemas de insônia, o dobro do índice registrado entre os homens, segundo dados do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), um dos mais renomados do País. Na menopausa, esse porcentual sobe para 60%. Foi pensando nesse enorme contingente de mulheres que pesquisadores do Instituto começaram a estudar a eficácia de diferentes terapias para o problema.

Reposição hormonal e terapia comportamental são as técnicas mais utilizadas, mas, nos últimos anos, o grupo tem avaliado a eficácia das chamadas práticas integrativas, como ioga, meditação e massagem, e obtido bons resultados.

Pesquisadora do Instituto, a ginecologista Helena Hachul apresentou alguns desses resultados na 15.ª edição do Brain Congress, evento sobre cérebro, comportamento e emoções, que este ano foi realizado em Gramado, no fim de junho.

Segundo a cientista, os resultados são importantes principalmente para quem não quer ou não pode fazer terapia de reposição. "Se a insônia começou após a menopausa, a reposição hormonal é a primeira opção, mas há pacientes com contraindicação, como as que tiveram câncer de mama. Então temos de pensar em opções", relata.

Um dos primeiros estudos de Helena que mostrou bons resultados foi o que indicou benefício da isoflavona, fitoterápico derivado da soja que atua como uma terapia hormonal natural. Outras pesquisas do Instituto mostraram eficácia de acupuntura, meditação e massagem. Na mais recente, publicada este ano na revista Menopause, foi visto efeito benéfico de mindfulness e relaxamento na qualidade do sono, redução da insônia, aumento do nível de atenção e redução dos sintomas da menopausa.

Múltiplas causas

Os bons resultados estão relacionados ao fato de o problema ter múltiplas causas. "A menopausa é um momento de mudanças físicas, psicológicas e hormonais. O fator cognitivo/comportamental é muito importante e, por isso, estão inseridas práticas como meditação e relaxamento. Mas não quer dizer que todas vão se beneficiar, pois cada paciente responde de um jeito", diz Luciano Ribeiro, neurologista e coordenador de Medicina do Sono do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando