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Semanas depois de sua nomeação na assembleia do condado de Kwale, sudeste do Quênia, Judy Kengo se viu 'no olho de um furacão' por uma foto manipulada na qual supostamente beijava outra mulher.

"Olhem, aqui sua dirigente. Que exemplo é esse para nossas filhas?", comentou uma internauta na imagem publicada nas redes sociais.

Kengo sabe qual foi a intenção desta divulgação: forçá-la a renunciar ao cargo em uma das regiões mais conservadoras do país.

Este tipo de ataque não é incomum na África, indicam especialistas à AFP.

Muitas mulheres que desejam entrar para a política enfrentam campanhas de desinformação online para dissuadi-las de se apresentarem às eleições ou desacreditá-las perante os eleitores.

Para resistir a estas pressões, é preciso ter "casca grossa", afirma a política queniana de 35 anos, que formou uma equipe para responder às campanhas de difamação nas redes sociais.

"A política sempre foi um mundo dominado por homens e para entrar nela é preciso ser muito agressiva", explica.

E para uma mulher, exercê-la é delicado. "Se for agressiva na forma de abordar os problemas, as pessoas dizem que é exagerada e linguaruda", afirma.

"Não é assim com nossos homólogos masculinos".

- "Medo" -

"Os ataques sexualizados são muito agressivos e buscam claramente minar a qualificação delas" para o cargo, explica Kristina Wilfore, cofundadora da ONG #ShePersisted (Ela persistiu), que combate a desinformação sexista e abusos online.

Um estudo com a participação de sua organização demonstrou que durante as eleições gerais do Quênia de 2022, as redes sociais permitiram "um discurso de ódio sobre as mulheres", disse Wilfore.

E embora sejam verificadas e corrigidas, as informações falsas "sempre deixam a sensação de que as mulheres não têm espaço em alguns locais públicos", lamenta.

No continente africano, elas ocupam apenas 24% dos 12.100 postos parlamentares, segundo um estudo de 2021 do projeto pan-africano "Women in political participation" (A participação política das mulheres, em tradução livre).

No Quênia, embora a Constituição determine que ao menos um terço das cadeiras da Assembleia Nacional seja ocupado por mulheres, esta cota não é preenchida.

- Nudez e fitas de sexo -

Em Ruanda, a empresária e opositora Diane Rwigara se deparou com supostas imagens suas nua na internet dias após anunciar sua candidatura às presidenciais de 2017. Mais tarde, declarou à CNN que essas imagens foram manipuladas e parte de uma campanha para que não desafiasse o presidente Paul Kagame, no poder desde o ano 2000.

Sua candidatura foi posteriormente recusada devido a supostas falsificações em sua solicitação. Em 2018, um tribunal a absolveu das acusações "infundadas".

Em abril, a ex-senadora queniana Millicent Omanga enfrentou pedidos de demissão de seu cargo de ministra adjunta após a divulgação de vídeos de uma suposta fita sexual. A AFP rastreou a origem de um destes vídeos e chegou à conta de uma atriz amadora de filmes adultos. Omanga nunca comentou publicamente o assunto e não respondeu ao contato da AFP.

Vários especialistas advertem que estas acusações, especialmente as de conotação sexual, podem se tornar mais frequentes com a ascensão da Inteligência Artificial.

Em 2019, o aplicativo DeepNude, que deixa mulheres virtualmente nuas, foi desativado diante de possíveis abusos.

"As redes sociais têm a principal responsabilidade de garantir que os espaços online não sejam usados (...) com o objetivo de causar dano", estima Leah Kimathi da ONG Conselho Queniano para as Redes Sociais Responsáveis.

"As plataformas investem muito menos em segurança na África em comparação com o resto do mundo", acrescenta.

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública pedindo o cancelamento das três outorgas de radiodifusão concedidas à Jovem Pan. A requisição se deve ao alinhamento da emissora à campanha de desinformação que se instalou no país ao longo de 2022 até o início deste ano, com veiculação sistemática, em sua programação, de conteúdos que atentaram contra o regime democrático. O MPF destaca que as condutas praticadas pela Jovem Pan violaram diretamente a Constituição e a legislação que trata do serviço público de transmissão em rádio e TV.

Além do cancelamento das outorgas de rádio, o MPF pede que a Jovem Pan seja condenada ao pagamento de R$ 13,4 milhões como indenização por danos morais coletivos. O valor corresponde a 10% dos ativos da emissora apresentados em seu último balanço.

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Também para reparar os prejuízos da programação à sociedade, o Ministério Público pleiteia que a Justiça Federal obrigue a Jovem Pan a veicular, ao menos 15 vezes por dia entre as 6h e as 21h durante quatro meses, mensagens com informações oficiais sobre a confiabilidade do processo eleitoral. As inserções devem ter de dois a três minutos de duração e trazer dados a serem reunidos pela União, também ré no processo.

A severidade das medidas pleiteadas se justifica pela gravidade da conduta da emissora. A Jovem Pan disseminou reiteradamente conteúdos que desacreditaram, sem provas, o processo eleitoral de 2022, atacaram autoridades e instituições da República, incitaram a desobediência a leis e decisões judiciais, defenderam a intervenção das Forças Armadas sobre os Poderes civis constituídos e incentivaram a população a subverter a ordem política e social.

Com as informações falsas e sem fundamento que veiculou de maneira insistente, a Jovem Pan contribuiu para que um enorme número de pessoas duvidasse da idoneidade do processo eleitoral ou tomasse ações diretas como as vistas após o anúncio do resultado da votação, especialmente o bloqueio de estradas em novembro passado e o ataque de vandalismo em Brasília no dia 8 de janeiro.

As outorgas de rádio da emissora estão em operação em São Paulo e Brasília, mas a rede conta com mais de cem afiliadas que retransmitem o sinal a centenas de municípios em 19 estados, alcançando milhões de ouvintes.

Exemplos

Para embasar a ação, o MPF realizou uma análise criteriosa do vasto conteúdo produzido e transmitido pela Jovem Pan entre 1º de janeiro de 2022 e 8 de janeiro deste ano, com foco nos programas “Os Pingos nos Is”, “3 em 1”, “Morning Show” e “Linha de Frente”.

A ação cita numerosos exemplos de discursos que extrapolam as liberdades de expressão e de radiodifusão e configuram manifestações ilícitas, feitas por mais de 20 comentaristas durante o período. Todas convergiram para a defesa das mesmas teses, que, por isso, podem ser identificadas com a linha editorial da emissora.

As falas que desinformavam sobre o sistema eletrônico de votação começaram a permear a programação muito antes do início oficial da campanha eleitoral. Desde os primeiros meses de 2022, comentaristas alegavam reiteradamente que as urnas não seriam seguras e sustentavam uma suposta impossibilidade de auditagem dos aparelhos e um alegado conluio entre autoridades para definir o resultado da eleição. Sem qualquer fundamento técnico ou conhecimento jurídico sobre a questão, os integrantes da emissora mantiveram a defesa dessa ideia até mesmo quando o próprio Ministério da Defesa produziu um relatório concluindo pela inexistência de falhas ou inconsistências nas urnas, em novembro.

Segundo os comentários veiculados na emissora, somente o sistema de voto impresso poderia garantir a lisura das eleições. As urnas eletrônicas, porém, são submetidas periodicamente a testes e auditorias que nunca indicaram brechas para fraudes.

Ao manter sistematicamente as opiniões infundadas, a Jovem Pan induzia seus ouvintes a duvidarem da integridade das eleições daquele ano, com frases como “deixar tudo nas mãos do TSE, sem questionamento, é suicídio eleitoral”, “tudo já se configura, por si só, uma espécie de golpe brando” e “eu acredito que esse relatório [de novembro] não deslegitimou a eleição, mas também não avalizou o processo eleitoral”.

O MPF apurou ainda que, recorrentemente, as falas graves eram direcionadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), inclusive contra seus ministros. Os comentaristas chegaram a usar palavras como “entrave” e “câncer” para caracterizar as cortes e defendiam com frequência que o Senado abrisse processo de impeachment contra seus membros, especialmente Alexandre de Moraes.

A partir disso, o presidente da casa, Rodrigo Pacheco, também passou a ser alvo das investidas e apontado como “omisso”, como se houvesse um conluio entre autoridades da República em desfavor da sociedade. Em dado momento, comentaristas da emissora acusaram, sem nenhuma prova, um ministro do STF de mandar instalar uma escuta ilegal na tornozeleira de um investigado, para ouvir clandestinamente suas conversas.

A gravidade desses discursos foi escalando ao longo do período. As acusações infundadas de omissão de autoridades e manipulação do processo eleitoral desaguaram na tese de que as Forças Armadas deveriam intervir sobre os Poderes da República. Comentaristas leigos e sem conhecimento jurídico trataram, com recorrência e como obviamente correta, uma interpretação altamente questionável da Constituição, defendendo que uma intervenção militar seria legítima naquele momento para “restabelecer a ordem” que vinham dizendo estar em risco. As opiniões sobre o tema transitaram por elogios à ditadura militar, defesa de atos violentos e alegada falta de autoridade do STF.

“Se as Forças Armadas estiverem dispostas a agir, o que o STF decide é absolutamente irrelevante” e “se vocês [Forças Armadas] vão defender a pátria, e vai haver reação de vagabundo, ué, passa o cerol, pô! Vocês são treinados pra isso” são apenas alguns dos exemplos.

O discurso alinhado entre os comentaristas, em defesa de uma ruptura institucional, incluiu também várias manifestações incitando a desobediência, pela população, de ordens judiciais supostamente ilegais e até mesmo a insubordinação de policiais, para que deixassem de cumpri-las quando incumbidos disso. As teses defendidas na emissora procuravam ainda legitimar atos de grupos radicalizados que, após as eleições, pediam intervenção militar e outras inconstitucionalidades e propuseram até mesmo uma “guerra civil” como alternativa ao alegado impasse institucional.

Um dos comentaristas chegou a dizer, logo após a conclusão do segundo turno, que “ou a gente aceita uma eleição sem transparência, sem legitimidade, sem confiança da população, ou a gente aceita tudo isso, e abaixa a cabeça, ou a gente vai ter guerra civil”, para concluir em seguida: “então que tenha guerra civil, pô!”.

O mesmo comentarista disse na ocasião: “As Forças Armadas estão conscientes do momento que estamos vivendo. Agora, elas só agem provocadas por um dos Poderes. Então, nesse ponto, o novo endereço, para o povo que quer se manifestar não é mais os quartéis, o novo endereço é a Praça dos Três Poderes”. Foi o que se viu em 8 de janeiro deste ano, quando vândalos deixaram o acampamento diante do Exército em Brasília e, acompanhados de outras pessoas que chegavam à capital federal de diversas regiões do país, marcharam em direção à praça e depredaram as sedes do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.

Naquele dia, a cobertura da emissora tratou com normalidade a chegada dos manifestantes ao local, elogiou o ato até então pacífico e aproveitou para tecer mais críticas ao Judiciário e ao processo eleitoral. Após o início dos ataques aos prédios, o discurso dos comentaristas passou a ser mais moderado, mas ainda assim com tentativa de legitimação das ações golpistas.

Segundo um dos comentaristas, “o responsável por essa situação não vai ser encontrado entre os manifestantes. Os responsáveis por essa situação são exatamente os atores políticos que se ausentaram das providências que esses manifestantes em Brasília [e] em todas as unidades da federação têm se manifestado há vários dias”. Outras declarações na sequência endossaram essa tese.

“A cobertura feita pela emissora no dia 08/01/2023 é reveladora, porque passagens como as acima transcritas são representativas de discursos disseminados por pelo menos um ano, e que não arrefeceram totalmente nem mesmo quando o Brasil assistia ao mais grave evento da história da redemocratização”, ressaltaram os procuradores da República autores da ação do MPF, integrantes da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo.

Inconstitucional e ilegal

Embora a emissora mantenha a veiculação de sua programação também no YouTube e em um canal de TV por assinatura, a ação do MPF trata do cancelamento apenas das outorgas de rádio pelo fato de a radiodifusão constituir um serviço público, concedido ou permitido pela União a particulares interessados em explorá-lo. Tanto a Constituição quanto a legislação específica sobre o assunto trazem parâmetros para essa exploração, estabelecendo limites ao conteúdo veiculado por radiodifusão, com vista à preservação dos interesses da coletividade.

A Constituição fixa em seu artigo 221 que as empresas devem dar preferência a finalidades  educativas, artísticas, culturais e informativas e respeitar os valores éticos e sociais da pessoa, entre os quais estão inclusos os direitos fundamentais dos cidadãos.

O Código Brasileiro de Telecomunicações (Lei 4.117/1962) vai no mesmo sentido e detalha, no artigo 53, as ações que constituem abuso no exercício da liberdade de radiodifusão. Entre as condutas, estão várias das praticadas pela Jovem Pan, como incentivar a desobediência, veicular notícias falsas com perigo para a ordem pública, econômica e social e insuflar a rebeldia ou a indisciplina nas Forças Armadas. Todas podem motivar o fim das outorgas, conforme a legislação.

“Esta ação, portanto, não se volta contra discursos que legitimamente fazem parte ordinária dos dissensos políticos e ideológicos de sociedades plurais, mas sim busca a devida responsabilização de quem, praticando graves atos ilegais, abusou de outorgas de serviço público e desvirtuou os princípios e as finalidades sociais que lhes dão lastro”, frisaram os autores dos pedidos do MPF.

Além das condenações requeridas para a Jovem Pan, o MPF pede que a União seja obrigada a providenciar e fiscalizar a inserção das informações oficiais sobre o processo eleitoral na emissora. Mais que isso, o Ministério Público quer que a Justiça Federal estabeleça o dever da União de inspecionar de forma contínua e eventualmente punir outras detentoras de outorga de radiodifusão que, na qualidade formal de afiliadas ou não, venham a transmitir conteúdos produzidos pela Jovem Pan.

Por fim, para garantir a preservação das provas, o MPF requer que a emissora seja proibida de apagar conteúdos de seu canal no YouTube. Em relação ao Google, o Ministério Público pede que a Justiça determine à empresa a disponibilização, em nuvem, de um link contendo a íntegra de todos os vídeos que a Jovem Pan publicou na plataforma no período compreendido na ação, com organização em pastas e dados sobre o número de visualizações, já que o conteúdo que a emissora disponibiliza no YouTube é, via de regra, o mesmo veiculado em suas transmissões de rádio.

Recomendação

Além da ação civil pública, o MPF expediu uma recomendação à Controladoria-Geral da União (CGU) para que ela instaure um processo administrativo que pode impedir a Jovem Pan de celebrar contratos com a Administração Pública federal. O pedido se baseia no parecer nº 00001/2023/CONSUNIAO/CGU/AGU, aprovado pela Advocacia-Geral da União logo após os ataques de 8 de janeiro e com força vinculante. A norma considera que empresas envolvidas em atos antidemocráticos devem ser consideradas inidôneas para contratar com o Poder Público.

Os atos praticados pela Jovem Pan, a princípio, são uma forma de envolvimento em episódios dessa natureza, por terem estimulado a desobediência da legislação e de decisões judiciais, a intervenção das Forças Armadas e movimentos de desordem pública. Por isso, o MPF recomenda que a CGU, em 30 dias, avalie o caso, à luz do parecer, e eventualmente abra um processo administrativo que pode levar à declaração de inidoneidade da emissora. Caso a CGU não acolha a recomendação, o tema poderá ser incluído como uma das pretensões da ação civil pública ajuizada. 

Munido de documentação que, segundo ele, comprovaria a “maior injustiça cometida contra a Polícia Rodoviária Federal (PRF)”, o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques disse não ser verdade que a instituição direcionou sua fiscalização para o Nordeste durante o segundo turno das eleições de 2022 para beneficiar qualquer candidato à presidência da República. Silvinei é o primeiro depoente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, que acontece nesta terça-feira (20). 

O policial, hoje aposentado, estava à frente da instituição quando foram realizadas blitz em rodovias federais durante o segundo turno das eleições. De acordo com as denúncias noticiadas a época, a PRF estaria reforçando as blitz e dificultando o voto dos eleitores dos estados do Nordeste, região onde o então candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva teria vantagem. 

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Silvinei afirmou que não foi notificado e não tem conhecimento de qualquer investigação no âmbito da PRF sobre o fato e que não seria possível, em “nenhum órgão federal” cometer um crime dessa magnitude sem que uma conversa de corredor tenha sido levantada. Para ele, a denúncia é fantasiosa e foi propagada a partir de “mentiras”. 

De acordo com Vasques, a informação de que a polícia rodoviária estaria dificultando o trânsito no Norte e no Nordeste se espalhou nas redes sociais a partir de três denúncias que, segundo ele, foram feitas por indivíduos que mentiram e estão sendo processados por isso. Uma das notícias se referia a um ônibus parado no município de Benevides (PA).

"Está o registro aqui, não tem como burlar. O ônibus ficou parado por 14 minutos no local com o tacógrafo estragado, e a polícia ainda fez a escolta do ônibus até a área de votação. Ninguém deixou de votar", disse. 

Ele reforçou a explicação questionando o fato de como a instituição conseguiria mobilizar 13 mil policiais no Brasil, orientando o que seria uma operação crimonosa, "sem ter uma conversa por WhatsApp, Telegram, sem ter uma reunião com esses policiais em qualquer delegacia do Brasil, sem ter um e-mail enviado?". 

Depois de sua apresentação inicial, Vasques respondeu as perguntas da relatora, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), e segue respondendo outros senadores.

*Da Agência Senado

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta sexta-feira, 12, que o ex-presidente Jair Bolsonaro terá que encarar as consequências das mentiras que foram contadas enquanto esteve à frente do Executivo. Ao citar os depoimentos que Bolsonaro tem prestado à Polícia Federal, o chefe do Executivo comentou sobre a acusação de falsificação do cartão de vacina de covid-19 e disse que Bolsonaro está com "rabinho preso".

"Agora, ele (Bolsonaro) está dentro de casa com rabinho preso. Está prestando depoimento (à PF). Ele vai saber o quanto foi ruim para ele mentir durante o processo do governo. Até o cartão de vacina ele falsificou", comentou Lula, em evento de lançamento de programa de escolas de tempo integral, em Fortaleza, capital do Ceará, nesta sexta-feira. "Imagina que qualidade de presidente da República, com pandemia matando 700 mil pessoas e ele falsificou seu cartão de vacina; não é possível."

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O chefe do Executivo disse que, se "Deus quiser", o País não terá como representante alguém "tão antidemocrático". "Um cara que tem nas costas a responsabilidade pela morte de 300 mil pessoas nesse país que poderiam ter sido salvas se ele tivesse trabalho corretamente", disse em referência à pandemia da covid-19.

Eletrobras

Pela terceira vez em um dia, Lula voltou a criticar a privatização da Eletrobras no governo anterior. Mais uma vez, ele disse que irá provar a corrupção no processo de venda, classificando a privatização como um "crime de lesa-pátria".

Desde que anunciou a separação do empresário Marcus Buaiz, Wanessa Camargo vem enfrentando uma série de polêmicas. Mas agora, quem quebrou o silêncio e resolveu se pronunciar foi justamento o ex-marido da cantora. Em entrevista à GQ Brasil, ele falou sobre o fim do casamento de 17 anos e abriu o coração.

Reservado, apesar da fama da ex-mulher, Buaiz diz estar incomodado com os holofotes para o momento familiar difícil, além de lamentar ter lido mentiras e especulações sobre o término.

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"É lamentável ler mentiras que giram em torno da minha separação. Lógico que isso me incomoda. Mas ao mesmo tempo sei que é natural criarem boatos nessas circunstâncias. Faz parte do universo do show business".

Ele tentou evitar falar sobre uma possível volta de Wanessa com o ex, Dado Dollabella, o que vem sendo bastante comentado na mídia. Buaiz se limitou a resumir, apenas, a relação que ainda tem com Wanessa, dizendo que conserva com a filha de Zezé Di Camargo.

"Temos uma relação de respeito e carinho com a nossa história e família".

Aliás, o empresário teceu diversos elogios à ex-esposa, afirmando que não é o responsável por administrar a carreira dela.

"Wanessa é uma das maiores artistas do país. Sempre a encorajei a alçar voos maiores e estive e continuo torcendo pelo sucesso dela e felicidade. Nunca estive no lugar de empresário, gerente de carreira ou algo similar. Wanessa sempre teve as rédeas de sua própria carreira e fez isso brilhantemente".

A cantora Joni Mitchell anunciou que vai retirar suas músicas do Spotify pelas "mentiras" que são transmitidas na plataforma sobre a Covid-19, após uma medida similar adotada por Neil Young.

Em um comunicado publicado em seu site, a cantora de "Big Yellow Taxi" afirma que apoia Neil Young, que enfrentou o Spotify ao criticar o polêmico podcast de Joe Rogan, um fã das teorias da conspiração.

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"Eu decidi retirar todas as minhas músicas do Spotify", escreveu Mitchell.

"Pessoas irresponsáveis estão espalhando mentiras que custam vidas", acrescentou.

"Sou solidária a Neil Young e às comunidades científicas e médicas globais nesta questão”.

O site de Mitchell também publicou uma cópia de uma carta aberta ao Spotify de médicos e cientistas que pedem à empresa a criação de uma política contra a desinformação para combater as repetidas falsidades e teorias da conspiração de Rogan sobre a pandemia de coronavírus.

O Spotify não reagiu de maneira imediata ao anúncio.

Young, cantor e compositor de músicas que incluem "Heart of Gold" e "Harvest Moon", deu um ultimato à plataforma para que escolhesse entre ele ou Rogan.

Ele acusou o Spotify de propagar informações falsas sobre as vacinas que poderiam provocar a morte daqueles que acreditam nas mensagens.

O podcast de Rogan tem milhões de ouvintes e ele assinou um contrato milionário (algumas fontes citam o valor de 100 milhões de dólares) de exclusividade com o Spotify no ano passado.

Os críticos afirmam que o podcast virou uma plataforma de teorias da conspiração e de desinformação, particularmente sobre a Covid-19.

Rogan desencorajou a vacinação entre as pessoas mais jovens e promoveu o uso não autorizado do medicamento ivermectina (um antiparasitário) para tratar o vírus.

"Mentira tem perna curta". É com essa frase popular que pessoas em todo o mundo se vangloriam ao passar por cima da verdade. Por mais que a sinceridade seja um dos pontos positivos na vida de qualquer ser humano, omitir ou inventar história também se faz presente no cotidiano. Aqui no Brasil, a criação de fatos duvidosos enganou muito gente, principalmente para quem se diverte vendo televisão.

No estilo pegadinha, só que num grau mais avançado, algumas emissoras tiveram certos problemas quando colocaram no ar momentos dignos de constrangimentos, principalmente por depositar um certo tipo de dúvida no olhar crítico dos telespectadores. Embarcando na onda do Dia da Mentira, lembrado sempre em 1º de abril, o LeiaJá relembra as três maiores mentiras do universo do entretenimento brasileiro.

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Entrevista com membros do PCC

Em 2003, o Domingo Legal exibiu uma reportagem polêmica envolvendo a facção criminosa Primeiro Comando da Capital, popularmente conhecida como PCC. Na época, a atração comandada por Gugu Liberado deu o que falar depois que a entrevista foi exibida. Foi revelado dias depois que o encontro com os membros do PCC não passou de pura armação. Assim que a farsa foi exposta, a credibilidade da atração do SBT ficou bastante abalada. Gugu, morto em novembro de 2019, chegou a explicar a polêmica no programa de Hebe Camargo.

Grávida de Taubaté

No final de 2011 e começo de 2012, o Brasil ficou conhecendo a história de Maria Verônica Aparecida Santos. A pedagoga, que na época afirmou estar à espera de quadrigêmeos, ficou bastante conhecida por ser a grávida de Taubaté. Participando de alguns programas de TV, Maria Verônica emocionou os telespectadores, sem contar que chegou a arrancar lágrimas do apresentador Edu Guedes. Durante o Hoje em Dia, o ex-integrante do programa da Record ficou tocado com a situação da "futura mamãe". Logo no início de 2012, Verônica foi desmascarada. Um obstetra garantiu que ela não estava grávida.

Bate-papo com o falso vice-presidente da Gol

Em 2001, o apresentador Amaury Jr. esteve no Recife para cobrir um evento. Na ocasião, ele bateu um papo com Marcelo Nascimento da Rocha, achando que ele seria vice-presidente da Gol. Marcelo disse na entrevista que se chamava Henrique Constantino. Mentindo sobre a identidade, o estelionatário viu sua história contada no cinema, no filme VIP's. A produção foi estrelada pelo ator Wagner Moura.

Com o orgulho ferido, após a rejeição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que externou apoio à candidatura da delegada Patrícia Domingos (Podemos), o coronel Alberto Feitosa (PSC) afirmou que a concorrente mentiu para o presidente. No debate transmitido nesta terça-feira (10) pela TV Jornal, o deputado lembrou que sua conduta eleitoral foi a mais alinhada às posições do mandatário nacional e revelou que Recife terá um ‘exército de drones’, caso eleito.

Conhecido por desfilar nas ruas em veículos militares, o candidato do PSC lamenta que a atual gestão tenha 'fechado a porta' para o apoio do Governo Federal. Ele reforçou que a campanha dele foi pautada em defesa da "pátria, Deus e Família, a aplicação da hidroxicloroquina como tratamento precoce da Covid-19 e ao 'não fique em casa', como a senhora ficou", contrariou ao apontar para a delegada Patrícia Domingos.

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Nessa segunda (9), ela viajou para Brasília, onde foi recebida por Bolsonaro, que fez um vídeo para incentivar sua candidatura e chegou a indicar que os eleitores não confiem em pesquisas eleitorais. Até então, Patrícia mantinha sua tendência bolsonarista velada. "Ontem, a senhora passou um constrangimento muito grande porque o presidente Bolsonaro deixou bem claro que é contrário a essa postura do 'fique em casa', mas a senhora não disse a ele e não assumiu que defendeu em hora nenhuma as pautas dele", atacou Feitosa.

Patrícia esquivou-se da acusação e foi categórica ao rebater o concorrente. "Você será lembrado por ter votado a favor de fechar a delegacia de combate a corrupção do nosso estado. Isso vai ficar na sua história para sempre. Eu estava lá e a DECASP foi fechada com o apoio dos deputados estaduais de Pernambuco. Coronel Alberto Feitosa foi um deles", apontou.

Feitosa, por sua vez, não poupou a adversária: "Você sempre se aproveita e se coloca na situação de vítima. Depois de ter chamado o Recife de 'Recífilis', ter chamado nosso povo de feio, ter ido para a mídia assumir e depois ter feito um vídeo negando. Você agora, mais uma vez, prega através da mentira sua plataforma de campanha. Não é verdade que nós extinguimos a DECASP, você foi uma gestora incompetente", declarou, ao informar que a concorrente deixou prescrever 249 processos de investigação. A troca de farpas protagonizou direitos de respostas para os dois candidatos durante o debate.

Com apenas 1% das intenções de voto, de acordo com o levantamento do Ibope divulgado nessa segunda (10), Feitosa se apoia na qualificação da Segurança Pública como mote para disputar o segundo turno. Além de armar a Guarda Municipal, ele prometeu "aplicar um verdadeiro exército de drones para acompanhar toda a população do Recife". As imagens seriam vistas diretamente da sua sala, caso conquiste à Prefeitura.

O representante do PSC ainda estendeu as críticas aos candidatos João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT) que, em sua visão, caso eleitos, vão "alimentar o filhote do Foro de São Paulo, que é o Consórcio Nordeste". Questionado sobre seu posicionamento no combate à pandemia, a solução indicada foi manter o "isolamento vertical", feito apenas por contaminados e pessoas que tiveram contato.


 

Flayslane e Felipe Prior não estão em bons termos atualmente. Os dois ex-BBBs pararam de se seguir nas redes sociais e, segundo o jornal Extra, ela o chamou de ingrato. Agora, por meio do Twitter, a cantora voltou a chamar a atenção após ser acusada de mentir sobre ter tido um affair com o ex-BBB.

"Flay, para de falar que pegou o Felipe, ele sempre nega, você sai como a besta ou já que são amigos, avisa pra ele que essa negação é tudo menos amizade", comentou uma internauta.

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A cantora, então, respondeu: "Peraí, onde eu falei que fiquei com ele? Respeitem a liberdade e direito de cada pessoa expor ou não sua vida íntima, ninguém é obrigado a expor com quem fica ou deixa de ficar, tem pessoas que preservam isso, outras que não estão nem aí (que é o meu caso)".

Na sequência, ela ainda reforçou que não é uma pessoa que mente. "Cada um acredita no que quiser e vamos ser felizes hahahaha. Que bobagem, cada um fica com quem quer, diz ou esconde o que quer porque é DIREITO. Quando eu afirmar quem fiquei com alguém aí vocês podem bater no peito com tranquilidade e assinar embaixo, porque eu não minto!", completou.

Pequim acusou os políticos americanos de "contarem mentiras descaradas" sobre a pandemia do novo coronavírus, depois que o presidente Donald Trump ameaçou, na segunda-feira (28), solicitar uma compensação econômica à China pelos danos provocados.

"As autoridades americanas ignoraram a verdade em várias ocasiões e proferiram mentiras descaradas", afirmou o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Geng Shuang, que acusou Washington de "distrair a atenção pública" de seu programa "ruim" de prevenção e controle da pandemia.

"Eles têm apenas um objetivo: eximir-se de qualquer responsabilidade sobre sua própria gestão da epidemia e distrair a atenção da sociedade", acrescentou.

Em sua entrevista coletiva diária, o presidente dos EUA apontou a possibilidade de pedir a Pequim uma compensação de bilhões de dólares pelos danos causados pelo novo coronavírus, que invadiu a cidade chinesa de Wuhan no final de 2019.

"Não estamos felizes com a China", disse Trump, da Casa Branca. "Poderia ter parado rapidamente e não teria se espalhado pelo mundo todo", insistiu ele.

A epidemia ultrapassou três milhões de infecções em todo mundo e causou mais de 200.000 mortes. Com um terço dos casos e mais de 56.000 óbitos, os Estados Unidos são de longe o país mais afetado do mundo.

Centrais sindicais estiveram reunidas em videoconferência nessa sexta-feira (3) com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). O objetivo, logicamente, era buscar alternativas para o combate à pandemia do coranavírus no Estado, mas o assunto levou o ex-aliado de Jair Bolsonaro a tecer críticas e até prever a queda do presidente da república.

Segundo a coluna Painel , da Folha de S. Paulo, Witzel teria dito que Jair Bolsonaro “cria muitas mentiras” e que não sabe quanto tempo mais ele durará no cargo.

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O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo confirmou ao site da entidade, o tom de críticas ao governo federal. Witzel teria reafirmado que Bolsonaro “se isola e prejudica o enfrentamento ao problema grave da pandemia”. 

Primeiro de abril: a data é famosa por ser conhecida como o ‘Dia da Mentira’. Embora seja celebrada em, de fato, apenas uma data, há quem utilize enrolação durante outros dias do ano e nas mais diferentes situações, como em entrevistas de emprego. Pois é, segundo profissionais de Recursos Humanos, isso acontece. Conversamos com dois especialistas em RH para saber os riscos que um candidato tem ao tentar trapacear durante um processo seletivo.

“Comum”. Essa foi a palavra-chave das respostas dos especialistas sobre o uso de mentiras durante seleções. “Os candidatos mentem sim, infelizmente. É mais comum do que se imagina.”, afirmou Sabrina Torres, gerente de recrutamento e seleção. “É mais comum do que se imagina”, também destacou o coordenador de Treinamentos em Gestão na Blackbelt It Solutions, Jessé Barbosa de Araújo. 

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De acordo com Sabrina Torres, as mentiras mais frequentes são sobre o nível do candidato e habilidades com outras línguas. “Na maioria das vezes, a pessoa diz que é sênior, mas é júnior, ou que é sênior e ainda é pleno. Mentir sobre idioma também é muito comum. A pessoa diz que é um nível de idioma que ainda não é, diz que é fluente sem ser. Além disso, mentem sobre algumas características pessoais no trabalho e às vezes não corresponde com à realidade. Tem gente que mente também sobre o real motivo pelo qual deixou o emprego anterior”, complementa a especialista.

Já para Jessé, outra mentira que é recorrente é sobre experiências, seja em alguma função ou com algum produto. “Como exemplo, no currículo o candidato diz que sabe Excel avançado, mas após uma simples prova prática ele não consegue montar uma planilha”, explica Barbosa. “Diz que possui experiência e na verdade mal conhece a atividade fim de trabalho. Diz que já trabalhou com vendas, mas se sente desconfortável para fazer a apresentação de um produto”, completa Jessé.

Como diz o ditado “mentira tem perna curta”, o risco de mentir em uma entrevista de emprego é muito grande. Para ambos especialistas, a fraude pode colocar em jogo a credibilidade do candidato. “O maior risco que um candidato corre é de ser descoberta a mentira e ficar exposto enquanto profissional ao ser julgado como uma pessoa que não possui ética, transparência. As pessoas ficarão sabendo que você é um profissional que não se deve dar credibilidade”, destaca Jessé.

Para Sabrina, identificar uma enganação não é difícil. “A sinceridade é o melhor caminho para qualquer bate-papo ou relação. Não adianta ele mentir, porque isso pode ser facilmente descoberto. Basta pedir um certificado ou fazer algumas perguntas-chave. No caso do idioma, se ele mentir que fala fluente e não falar, o recrutador pode fazer perguntas para ele em inglês, pode passar para o gestor e ele fazer também. E se a pessoa tinha alguma chance de entrar mesmo não tendo algumas qualificações, ele não entra e a empresa não vai querer que ele participe de outros processos”.

De acordo com a gerente de recrutamento, caso o concorrente não seja apto para a vaga e tenha conhecimento disso, é melhor pensar se vale a pena passar por todo processo seletivo e mentir em algum momento. “Se ele não tiver nada do perfil, acho que ele perde o tempo dele e o do recrutador. Não vai fazer sentido. Acho que ele deve ter, pelo menos, 70% ou 80% do perfil da vaga, ou então não faz sentido você se candidatar.”

Para Jessé, por outro lado, o RH também precisa desempenhar papel muito importante durante esse processo de seleção que vai além de selecionar um candidato. “Os RH's devem ter a paciência necessária com as pessoas que procurarão emprego para trabalhar em qualquer área a fim de assegurar o sustento familiar. Principalmente devido ao isolamento social que agravou mais ainda a economia com a Covid-19”, afirmou. “Neste caso, compete a nós profissionais de RH continuar a fazer o que já fazemos com exímio, cuidado e atenção: identificar os perfis adequados à vaga e aqueles que não possuem adequação informar agradecendo o interesse e que em futuras oportunidades eles serão contemplados para possível seleção”, completou.

O especialista em Recursos Humanos Cezar Antonio Tegon, que também é CEO da plataforma de empregos ‘Vagas Online’, elencou as principais mentiras contadas durante os processos seletivos. Os detalhes podem ser conferidos em uma reportagem do LeiaJá.

Em meio ao surto do novo coronavírus muita gente está aproveitando o medo coletivo para espalhar mentiras sobre a doença. O Ministério da Saúde brasileiro está constantemente desmistificando informações falsas espalhadas pela internet sobre cura, transmissão e até mesmo formas de detectar se você foi ou não infectado com o novo vírus, que não são comprovadas cientificamente. Porém, enquanto a verdadeira vacina não vem se você quer descobrir se está imune contra as Fake News do Covid-19, faça o teste e descubra:

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Com a intenção de evitar notícias falsas e prevenir um surto por coronavírus no Brasil, o Ministério da Saúde disponibilizou um contato direto com a população via WhatsApp. Qualquer cidadão pode enviar conteúdos que tenham recebido para que o órgão confirme a veracidade da informação.

Ao receber as mensagens, equipes técnicas vão apurar as informações e responder se são verdadeiras ou falsas. O serviço gratuito é oferecido através do telefone (61) 99289-4640.

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O serviço de combate às fake news também é proposto no próprio site do Ministério. Após checar a procedência, o conteúdo recebe um selo e é publicado na página https://www.saude.gov.br/fakenews.

Desde que o coronavírus começou a se espalhar pelo mundo que as pessoas circulam informações erradas sobre a epidemia. Com o objetivo esclarecer sobre essas Fake News, o Ministério da Saúde desmentiu duas informações que estão circulando. Uma delas sugere que o diretor do Hospital das Clínicas de São Paulo sugeriu o uso de um chá para o tratamento contra a gripe e o coronavírus. 

"Nenhum tipo de chá pode ser utilizado para substituir um tratamento adequado contra a gripe, muito menos contra o novo coronavírus", esclarece o Ministério da Saúde. 

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A outra mensagem que circula nas redes, sugere que o coronavírus tenha sido disseminado na China devido à sopa de morcego. Mais uma vez, para desmentir, o órgão de saúde diz que, segundo a Organização Mundial da Saúde, "não há comprovação científica de que 'sopa de morcego' tenha sido responsável pela disseminação do novo coronavírus na China", explana. 

Essa enxurrada de informações falsas sobre a epidemia se propaga por todo o mundo. "Vi uma informação que aconselhava o uso de secador para desinfetar o rosto e as mãos. Ou beber água quente a 60 graus para não ficar doente", conta à AFP a profissional da área da saúde, que prefere não revelar o seu nome.

Fique atento

Para combater as Fake News, o Ministério da Saúde está disponibilizando um número de WhatsApp para que os cidadãos possam enviar suas mensagens. O número é (61) 99289-4640 e as mensagens podem ser enviadas gratuitamente. 

O órgão destaca que o canal não funciona como um SAC ou tira dúvidas dos usuários, mas um espaço exclusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira.

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Uma pesquisa realizada pela consultora empresarial ‘DNA Outplacement’ apontou que, no Brasil, 75% dos currículos enviados aos setores de recursos humanos tinham informações distorcidas. Com duração de seis meses, o estudo foi promovido junto a 500 empresas.

Os currículos analisados foram passados aos contratantes em 2018. O levantamento aponta que as principais “mentiras” inseridas nos documentos são relacionadas ao valor do salário atual ou recebido no último trabalho e à fluência em inglês. São considerados tópicos deturpados tempo inativo, grau de escolaridade e cursos realizados.

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De acordo com a pesquisa, a prática de informações inverídicas ocorre tanto com profissionais de carreira consolidada, quanto com os que almejam retornar ao mercado de trabalho. Segundo o diretor regional da ‘DNA Outplacement’, Hugo Liguori, trabalhadores de diferentes níveis recorrem às colocações falsas.

“As razões são diferentes, mas ocorre entre os diversos níveis profissionais. Os jovens normalmente não colocam tanto peso na elaboração de seu currículo, enquanto executivos e gerentes se agarram à urgência em conseguir uma nova oportunidade para cometer essa irregularidade”, comenta Liguori, conforme informações da assessoria de comunicação.

A ex-presidente Dilma Rousseff divulgou uma nota acusando o presidente Jair Bolsonaro (PSL) de espalhar fake news sobre ela a uma emissora de TV da Itália. “O presidente proferiu acusação falsa e ignomiosa, atribuindo a mim participação na VPR, organização de oposição à ditadura militar. Construiu a sua fala de modo a passar a ideia de que eu teria participado de ações violentas, em especial de uma que causou a morte de um soldado”, expôs. 

No texto, Dilma garantiu que nunca foi integrante desse grupo, que “jamais” participou de qualquer ação armada e que tampouco contribuiu para a morte de alguma pessoa. “Pertenci, na verdade, a outra organização política de oposição à ditadura, a VAR-Palmares. A ação específica a que Bolsonaro e seus apoiadores se referem ocorreu em São Paulo, em 26 de junho de 1968, período em que eu residia em Belo Horizonte e frequentava a Faculdade de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais. Não tinha o dom da ubiquidade e ainda não tenho”, ironizou. 

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“O curioso é que os detalhes da minha atuação contra a ditadura militar no Brasil foram investigados e julgados pelos órgãos integrantes do aparato judicial-repressivo do regime militar, dos quais o então militar Bolsonaro foi próximo. Fui presa por três anos, fui torturada, e jamais me interrogaram ou julgaram por tais acusações, que agora, de forma irresponsável e injuriosa, me faz o presidente”, ressaltou. 

Ela ainda falou que essa é a terceira vez que, segundo ela, por “má-fé”, a notícia falsa é espalhada sendo a primeira, em 2010, quando assumiu a Presidência da República.  “A mentira foi divulgada por blogs fascistas. A segunda vez ocorreu na campanha eleitoral do ano passado, quando enormes somas de dinheiro foram gastas para espalhar notícias falsas contra os principais candidatos do PT, nas redes sociais. Agora, já na Presidência da República, Jair Bolsonaro repete aos telespectadores italianos informações falsas usadas para enganar o eleitor brasileiro. É profundamente lamentável que um chefe de Estado venha a proceder dessa forma", continuou lamentando. 

Seis meses após iniciar um monitoramento específico de boatos e informações falsas nas redes sociais, o Ministério da Saúde já identificou 185 focos de fake news na internet, ou seja, temas de saúde que têm sido alvos de diversas publicações com dados incorretos ou evidências científicas inexistentes. Preocupado com o impacto dessas mentiras para a saúde pública, o órgão anunciou nesta quarta-feira, 19, novas ações no combate aos boatos.

A primeira é uma campanha cuja veiculação começa nesta quinta-feira, 20, nas páginas do ministério no Facebook e no Twitter, com vídeos e peças gráficas mostrando os riscos de acreditar em informações repassadas pela internet. A campanha tem como alvo os pais que estão deixando de vacinar os filhos por causa de boatos repassados na rede sobre supostos riscos dos imunizantes.

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Segundo Gabriela Rocha, coordenadora de redes sociais do ministério, as vacinas foram os principais alvos de fake news entre todas as publicações monitoradas pela equipe da pasta. Cerca de 90% dos focos de mentiras identificados pelo órgão tinham como alvo a vacinação. Tem destaque nesse grupo boatos sobre os supostos riscos da vacina contra o HPV, que protege contra o vírus que causa o câncer de colo de útero.

"Combater as fake news é uma questão de saúde pública. Sabemos que entre os fatores que influenciaram a queda na cobertura vacinal no País estão essas informações erradas disseminadas pela internet", disse.

Reconhecido internacionalmente, o programa de imunização brasileiro viu doenças como sarampo e poliomielite voltarem a ameaçar o País neste ano após os índices de cobertura vacinal caírem em 2017. O quadro motivou uma campanha iniciada em agosto e finalizada na última sexta-feira.

Fazem parte ainda da lista das fake news mais difundidas: supostos alimentos "milagrosos" contra doenças, falsa cura para o diabete e formas bizarras de transmissão de HIV, como o consumo de bananas contaminadas, o que é inverídico.

A equipe do ministério monitora 7 mil publicações diariamente em busca de fake news. Além do acompanhamento iniciado em março, o ministério criou, há um mês, um canal de WhatsApp que recebe consultas de cidadãos que buscam saber se determinada notícia divulgada é verdadeira ou falsa.

A informação é verificada e devolvida ao usuário com um dos dois seguintes selos: se for falsa, ganha o aviso: "Ministério da Saúde adverte: isto é fake news! Não divulgue". Se a informação estiver correta, o selo traz a seguinte mensagem: "Ministério da Saúde adverte: esta notícia é verdadeira. Compartilhe!"

Em apenas um mês de existência, o WhatsApp do ministério, que funciona como um fact-checking, já recebeu 1.597 consultas, das quais 310 traziam publicações identificadas como fake news. Além de textos com erros e links de notícias falsas, estão entre as mensagens fraudulentas áudios enviados por alguém se passando por médico ou enfermeiro e divulgando informações sem embasamento.

As consultas ao WhatsApp Saúde Sem Fake News podem ser feitas por meio do número (61) 9-9289-4640. Todos os boatos desmentidos podem ser acessados no site saude.gov.br/fakenews.

Segundo Gabriela, o próximo passo da força-tarefa contra as mentiras será criar uma lista de distribuição no WhatsApp para difundir de forma massiva as checagens feitas para todos que se inscreverem no canal e não apenas para quem enviou a consulta. A lista será criada após as eleições, pois a lei eleitoral impede que órgãos públicos divulguem informação espontaneamente no período de campanha.

Alerta mundial

Os danos das notícias falsas para a saúde pública não preocupam apenas as autoridades brasileiras. Nos EUA, o Centro de Controle de Doenças investe em publicações nas redes sociais e numa rede de alertas de saúde voltados para médicos. A cada novo evento em saúde relevante, como um surto, os profissionais de saúde recebem um comunicado curto por e-mail alertando sobre o fato e, quando possível, com orientações do que fazer. "O importante é agir constantemente, trabalhando com parceiros: desde os médicos até líderes comunitários ou religiosos que tenham credibilidade nos seus determinados grupos e possam disseminar a informação correta", disse Amy Rowland, líder de mídia e relações públicas do Centro de Saúde Global do CDC.

Para Luiza Silva, professora da Faculdade de Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), as autoridades sanitárias no mundo estão começando a ficar mais alertas para os riscos das fake news para a saúde pública e a enxergar que não basta combatê-las apenas com notas nos sites oficiais ou comunicados técnicos. "É um passo excelente que os órgãos despertem para esse caráter de epidemia que as fake news têm. Assim como as doenças, essas informações erradas viralizam, contagiam e precisam ser combatidas com rapidez." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a divulgação do acordo de delação premiada firmado entre a Polícia Federal e o ex-ministro Antônio Palocci, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, em nota, que o ex-aliado está fazendo um “esforço desesperado” para sair da prisão e, para isso, tem mentido nos depoimentos. Palocci está preso desde setembro de 2016. 

Para sustentar o argumento, Dilma disse que enquanto ministra-chefe da Casa Civil não participou de nenhuma reunião com Palocci, Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras na época, e o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para falar sobre o financiamento da sua campanha. 

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Além disso, a ex-presidente também deixa claro, na nota, que “a tal reunião e outros encontros para tratar de acertos de propinas ou de ‘contratos do pré-sal’ jamais existiram. São peças de ficção”.

“A delação implorada do senhor Antônio Palocci tem um problema central. Não está sustentada em provas. E ele não as têm porque tais fatos jamais ocorreram. (...) No esforço desesperado de obter a liberdade, o senhor Antonio Palocci cria um relato que busca agradar aos investigadores, na esperança de que possam deixá-lo sair da prisão”, declara a petista no texto.

Na nota, Dilma Rousseff também criticou a pressão exercida pelos investigadores da Lava Jato contra os presos e comparou-os aos inquisidores. “A submissão da verdade ao capricho de investigadores obedece à mesma lógica dos inquisidores que cometiam abusos, sobretudo físicos, nos presos, em outros tristes tempos, para arrancar confissões”, observou.  

“Lamentável é que a ‘confissão’ sem provas tenha se tornado o retrato desses nossos tempos, em que, a cada dia, o Estado de Exceção vai corroendo a frágil democracia e suas instituições”, completou. 

A delação de Palocci foi divulgada pelo jornal O Globo nessa quinta-feira (28). Segundo a reportagem, a fase de tomada dos depoimentos já foi concluída e os benefícios que serão concedidos a Palocci acertados, mas a colaboração segue em sigilo e ainda não foi homologada pela Justiça. 

Os depoimentos e documentos apresentados pela defesa do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, de acordo com fontes ouvidas pelo jornal, seriam  suficientes para a abertura de novos inquéritos, operações e até mesmo prisões.

A entrevista é considerada um passo importante para os profissionais que tentam ingressar no mercado de trabalho. Além de ser responsável por deixar impressões para os contratantes, a conversa pode destrinchar e comprovar o perfil profissional dos candidatos.

Contudo, existem pessoas que apresentam informações falsas na tentativa de ludibriar os selecionadores. Mentir, definitivamente, é algo extremamente condenável no mercado de trabalho, segundo alerta o especialista em Recursos Humanos Cezar Antonio Tegon, que também é CEO da plataforma de empregos ‘Vagas Online’.

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“É importante que você saiba narrar sua trajetória de carreira de uma forma que seus conhecimentos e pontos fortes sejam valorizados, afinal, na disputa pela vaga vencerá quem reunir a maior quantidade de atributos que a empresa busca”, acrescenta o especialista, conforme informações da assessoria de comunicação. Cezar selecionou as dez mentiras mais contadas pelos candidatos durante as entrevistas de emprego. Confira:

1 - Mentir sobre sua fluência no idioma. Algumas pessoas optam por mentir sobre sua fluência no inglês ou espanhol.  Atenção, porque as empresas checarão a fluência em fases avançadas do processo e se entenderem que você tentou enganá-los você fechará as portas da empresa para futuras oportunidades.

2 - Mentir sobre os motivos de demissão de empregos anteriores. É bastante compreensível que um candidato não queira abrir que foi demitido por má performance, por ter resistido a mudanças ou por falta de habilidade como líder, então, justificativas como cortes e reestruturações são utilizadas com muita frequência.

3 - Mentir sobre prazo de permanência nos empregos anteriores. Com medo de serem eliminados pelo "pouco tempo de casa", alguns candidatos mentem sobre o tempo que trabalharam em determinada empresa. Entretanto, algumas empresas checam a carteira profissional em fases preliminares do processo de admissão e se houver divergência a contratação poderá ser cancelada e sua imagem denegrida.

4 - Mentir sobre o local de sua residência. Alguns candidatos que moram mais longe cadastram-se colocando endereços mais próximos com receio de nem serem convidados ao processo já que é sabido que muitas empresas não contratam quem toma mais de duas conduções por trecho.

5 - Mentir sobre suas competências declarando que são proativos, possuem excelente relacionamento interpessoal, gostam de trabalhar em equipe e que alcançaram determinados resultados que efetivamente não espelham a verdade.

6 - Mentir sobre o cargo e as atividades que fazia. Na tentativa de assumir posições maiores, não é incomum encontrarmos candidatos que declararam que eram líderes de áreas quando na verdade nunca tiveram uma equipe.

7- Declarar terem trabalhado em grandes empresas (e falsificar registro em carteira). Esta mentira que pode inclusive ser tipificada como crime não é tão rara quanto se pensa. Convencidas de que só terão chance se supostamente tiverem experiência em grandes empresas, algumas pessoas acabam mentindo neste sentido.

8 - Mentir sobre cursos e certificações que nunca fizeram.

9 - Mentir sobre seus hobbies e sobre o que faz em horas de lazer. Dificilmente um candidato vai dizer que bebe e vai para balada nos finais de semana. Da mesma forma há uma tendência a ocultar hobbies como motociclismo, esportes radicais e artes marciais que são atividades que geram um risco maior de afastamento por acidentes ou lesões.

10 - Mentir sobre suas reais condições de saúde. Com medo de não serem contratados, alguns candidatos omitem doenças crônicas como diabetes, hipertensão ou cardiopatias.

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