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Começa nesta terça (5), a décima edição da Mostra de Literatura Contemporânea, realizada pelo Laboratório de Autoria Ascenso Ferreira, do Sesc Santa Rita. Este ano, o evento discute os desafios das mulheres no mercado editorial brasileiro com mesas de conversas, lançamentos de livros, oficinas e apresentações culturais. 

Com o tema Mulheres desconstruindo ideias e tecendo palavras, a mostra desenvolve uma programação diversificada até o próximo sábado. As atividades vão acontecer em escolas públicas, na Universidade Católica, Museu da Abolição e no Espaço Pasárgada e contarão com nomes como Cida Pedrosa (PE), Mariane Bigio (PE), Aline Rochedo Pachamama (RJ), Graça Graúna (PE), Amara Moira (SP), Odailta Alves (PE), Juliana Leite (RJ), Angélica Freitas (RS) e Miriam Alves (SP).

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A Mostra de Literatura Contemporânea é aberta ao público, exceto nas escolas públicas - onde a programação será exclusiva para os alunos -, e na oficina A mulher em construção, ministrada pela escritora Angélica Freitas. A formação custa R$ 20, para o público em geral, e R$ 10, para comerciários e dependentes; é voltada para mulheres que escrevem poesias e acontece no Espaço Pasárgada. 

Programação

05.11 (terça-feira)

19h | Abertura | falas institucionais | Conferência “Pensando a literatura: o espaço das obras de autoria feminina hoje” com Maria Valéria Rezende (PB) e mediação de Geórgia Alves (PE) | Lançamento de livros. Local: Auditório G2 da Unicap

06. 11 (quarta-feira)

14h às 17h | Oficina | “A mulher é uma construção” com Angélica Freitas (RS). Local: Espaço Pasárgada

19h | Mesa | “Entre fatos e imagens, a obra poética de Janice Japiassu” com Cida Pedrosa (PE) mediação de Samantha Lima (PE). Local: Auditório G2 da Unicap

20h | Mesa | “Mulheres Cordelistas em PE” com Shirley Rodrigues e Eulina Fraga

Leitura de poemas de Janice Japiassu, por Mariane Bigio (PE). Local: Auditório G2 da Unicap

07. 11 (quinta-feira)

10h às 11h | Encerramento do Projeto “Ascensinho na Minha Escola” | com Mariane Bigio (PE). Local: Escola Carlos Alberto G. de Almeida (R. Gomes Taborda, s/n. Prado)

14h às 17h | Oficina | “A mulher é uma construção” com Angélica Freitas (RS). Local: Espaço Pasárgada

19h | Círculo de Diálogo | “Corpos (in)desejáveis: a literatura feita por vozes dissonantes” com Amara Moira (SP), Odailta Alves (PE), Juliana Leite (RJ), e Angélica Freitas (RS) e mediação de Ane Montarroyos (PE) | Lançamento dos livros das autoras da mesa. Local: Auditório G2 da Unicap

08. 11 (sexta-feira)

10h | Uma Escritora na Minha Escola | com Aline Rochedo Pachamama (RJ). Local: Escola Municipal dos Torrões (R. Dr. Antonio Correira de Oliveira, 110. San Martin)

14h às 17h | Oficina | “A mulher é uma construção” com Angélica Freitas (RS). Local: Espaço Pasárgada.

19h | Mesa Redonda | “As vozes indígenas que (r)existem na literatura brasileira contemporânea” com Aline Rochedo Pachamama (RJ) e Graça Graúna (PE) e mediação de Renata Santana (PE). Local: Auditório G2 da Unicap

09. 11 (Sábado)

17h | Conferência | “Meu corpo, minha pele, minha voz – os silêncios da literatura negra” com Miriam Alves (SP), com mediação de Odailta Alves (PE). Local: Museu da Abolição

18h | Recital Poético | Joy Tamires, Bell Puâ e Patrícia Naia (PE). Local: Museu da Abolição

19h | Apresentação Musical | Côco das Estrelas (PE). Local: Museu da Abolição

Serviço

10ª Mostra de Literatura Contemporânea

Terça (5) a sábado (9)

Universidade Católica, Museu da Abolição e Espaço Pasárgada

Gratuito

Em menos de um mês, duas das maiores livrarias do País entraram em recuperação judicial, com dívidas que, somadas, chegam perto de R$ 1 bilhão. A Cultura recorreu à medida no fim de outubro. Na sexta-feira foi a vez da líder Saraiva seguir o mesmo caminho. Ainda que editoras e outros varejistas do setor insistam que não se trata de uma crise de demanda por livros - que está em discreta expansão -, os problemas das duas varejistas obrigam o mercado editorial a desarmar uma bomba a poucas semanas do Natal: a missão agora é convencer o cliente acostumado a comprar livros nessas duas empresas a procurar o produto em sites, clubes de assinatura ou outras redes.

Não se trata de um volume pequeno: Saraiva e Cultura respondem por cerca de 35% das vendas do setor. Diante da necessidade, redes regionais, grandes sites de varejo eletrônico - do Brasil e dos EUA - e até as próprias editoras estão virando opções para ajudar os livros a chegar às mãos do consumidor. "Vivemos um paradoxo, pois não se trata de falta de leitores - esse é um problema crônico, mas que não se agravou", diz Cassiano Elek Machado, diretor editorial da Planeta. "Mas vamos passar por essa travessia do deserto, porque existe demanda pelo livro."

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Embora a estratégia da Planeta seja evitar concorrer a sua rede de distribuição, há grandes editoras que pensam diferente. Um dos grupos mais tradicionais do País, a Record vai estrear um e-commerce próprio antes do Natal. A ideia era estrear a novidade na Black Friday, mas a vice-presidente da companhia, Sônia Machado Jardim, diz que a opção foi resolver falhas técnicas, para evitar problemas em dezembro.

Além do novo site, a Record - que concentra 15 selos, em diferentes segmentos - também está lançando um clube de assinaturas, com curadoria de escritores. Nesse sentido, a empresa segue o caminho da Intrínseca, que lançou em outubro o Intrínsecos, em que assinantes têm acesso a edições especiais, em capa dura, de obras que só serão lançadas posteriormente. "É mais uma opção de receita", disse Jorge Oakim, fundador da Intrínseca, que insiste que a crise é das varejistas, e não dos livros. De janeiro a outubro, a Intrínseca acumulou alta de 23% em vendas, na comparação com o mesmo período de 2017.

Na web

Além dos testes de venda direta pelas editoras, os grandes sites de e-commerce também devem abocanhar parte das vendas da Saraiva e da Cultura, segundo fontes do setor. Para algumas grandes editoras, a americana Amazon já representa cerca de 15% do faturamento - e oferece a vantagem de comprar livros, em vez de pegá-los em consignação. Neste fim de ano, gigantes brasileiras, como Americanas.com e Submarino, também reforçaram aquisições de títulos. Procurada, a B2W não quis comentar.

Embora a Amazon não revele sua participação de mercado, o diretor da área de livros da gigante americana no Brasil, Mário Meirelles, diz que a receita com o segmento foi recorde na Black Friday 2018. "O crescimento está relacionado ao aumento do número de títulos oferecidos e também ao atendimento", diz. "A Black Friday é a nossa data de maior volume em vendas. Começamos o planejamento no início do ano, para garantir que a disponibilidade de produtos e a experiência de atendimento fossem as mesmas de um dia comum."

Rivais. Embora a venda direta e a busca pelos canais online sejam opção às redes tradicionais, há empresas que no varejo físico também conseguem obter bons resultados. Uma das companhias vistas pelo mercado editorial como candidata a assumir parte do espaço da Saraiva é a Leitura, hoje vice-líder do setor, com 70 lojas. Em entrevista ao Estado na semana passada, o presidente da Leitura, Marcus Teles, disse já ter iniciado negociações com shopping centers para assumir até cinco lojas que a Saraiva encerrou.

Outra rede de médio porte, a Livrarias Curitiba, atualmente com 29 lojas, a maior parte delas no Paraná e em Santa Catarina, começa a ocupar espaços em São Paulo sem medo da concorrência já estabelecida.

"Buscamos espaço ainda não ocupado, com aluguel mais barato do que o cobrado nos shoppings de primeira linha", explica Marcos Pedri, diretor comercial da Livrarias Curitiba e membro da família que fundou o negócio há 55 anos. A Curitiba chegou em solo paulista pelos shopping Aricanduva e Tucuruvi, na capital, e por Taboão da Serra. A empresa também abriu uma unidade em Diadema.

Todas essas áreas tinham um ponto em comum: eram "território virgem" para livrarias. Pedri diz que o fato de o preço do livro ter caído nos últimos anos acabou abrindo uma oportunidade para o produto cair no gosto da classe C. "Seremos beneficiados pelos problemas enfrentados pela concorrência."

Para garantir um discreto crescimento - de 5% a 10% -, tanto a Leitura quanto a Curitiba vêm apostando em lojas simples, de porte médio e longe dos endereços "classe A". O modelo das chiques megastores virou coisa do passado, segundo Teles. O nome do jogo, na atual situação, é a austeridade.

Acordo

Depois de sofrer com atrasos no pagamento tanto da Cultura quanto da Saraiva - que, apesar da dilatação de prazos dos fornecedores, tiveram de recorrer à recuperação judicial -, as editoras bateram o martelo: agora só aceitam enviar livros para as duas redes se tiverem algum tipo de garantia de recebimento.

Foi o que aconteceu no acordo fechado com a Saraiva na última quinta-feira: ao apoiarem a recuperação judicial da líder em vendas no País, as editoras aceitaram adiar o recebimento de débitos antigos, mas exigiram garantias claras daqui para frente. Pelo acordo, todos os livros enviados à Saraiva deverão ser pagos à vista. É assim que funcionará para as encomendas para o Natal, por exemplo.

Segundo apurou o Estado, um contrato parecido, com garantias claras de recebimento, é esperado também da Cultura. As negociações com a rede se estenderam pela sexta-feira, segundo uma fonte ligada à empresa. No entanto, um ponto dificultaria a construção de um entendimento: a situação de caixa da rede da família Herz, que não permitiria pagamentos imediatos de grande porte.

Outra questão que pesaria contra a companhia seria o próprio acordo com a Saraiva. Embora resolva apenas o problema de curto prazo relacionado às vendas de fim de ano, ele tira das editoras uma pressão muito maior do que a exercida pela Cultura. Apesar de ter fechado quase 20 pontos de venda nas últimas semanas, a Saraiva tem uma presença espalhada pelo País, com 85 unidades em funcionamento, enquanto a Cultura está restrita a algumas capitais, com 15 lojas.

Débitos

Embora a Saraiva tenha chegado à recuperação judicial com uma dívida de R$ 674 milhões, seus débitos são proporcionalmente menores em relação à capacidade de faturamento da empresa. A Cultura, em seu plano de recuperação judicial, informou um endividamento de R$ 285 milhões. O resultado equivale a 42% do valor total da dívida da Saraiva.

Apesar de afirmarem que as editoras têm todo o interesse em negociar, fontes do mercado já se questionam se a Cultura teria lastro financeiro para garantir o fornecimento de livros nas próximas semanas.Procurada, a assessoria de imprensa da Cultura não retornou os contatos da reportagem até o fechamento desta edição.

Estratégias

O trabalho de startups brasileiras mostra que existe espaço para abordagens criativas na hora de vender livros - e que pensar fora da caixa pode gerar lucros. Entre os modelos já consagrados está o da Tag Livros, clube de livros criado em Porto Alegre, em 2014, e que prevê faturar R$ 26 milhões em 2018 - valor equivalente a cerca de um décimo da receita estimada pelo mercado para a Livraria Cultura (a empresa deixou de divulgar dados em 2016).

Gustavo Lembert, sócio-fundador da Tag, engrossa o coro dos que defendem que a crise que as livrarias é de canal de venda, e não de falta de leitores. "Ainda vemos grande demanda por livros", diz o empreendedor. Ele defende a aproximação direta com os leitores: "O contato com nossos leitores rompe a lógica historicamente praticada pelas editoras, que viam as livrarias, e não o leitor, como seus clientes. As dificuldades da Saraiva e da Cultura vão obrigar as editoras a mudarem de pensamento."

A Ubook é outro exemplo de empresa que detectou uma demanda que os grupos estabelecidos do mercado editorial jamais conseguiram desenvolver no Brasil: os livros em áudio. O presidente da Ubook, Flávio Osso, diz que resolveu investir no negócio depois de detectar que as pessoas gostariam de ler mais, mas não faziam isso por falta de tempo. Disponível por meio de um aplicativo, o Ubook mantém parceria com grandes editoras e também produz conteúdos exclusivos, encomendados conforme a demanda percebidas entre os clientes.

Entre as editoras parcerias da Ubook está a Todavia. Criada em 2017, a Todavia já nasceu antenada com as novas formas de comercialização: mantém um site de vendas diretas de seus títulos e se associou à startup por acreditar que o livro pode chegar ao consumidor em diferentes formatos. "O varejo passa por uma transformação muito importante, e acreditamos que o audiobook é um formato viável, uma nova forma de as narrativas chegarem às pessoa", diz Marcelo Levy, diretor comercial da editora.

Criada em 2014, a Ubook tem hoje 6 milhões de usuários ativos e aproximadamente 25 mil livros disponíveis em inglês, espanhol e português. "O nosso modelo de audiolivro é complementar a outras formas de literatura. Não acreditamos que iremos substituir outros formatos. Até porque, em alguns momentos, como em frente a uma lareira, em um momento de descanso, é difícil substituir o livro tradicional."

Crianças. A Storymax, fundada em 2013 por Samira Almeida, dedica-se à criação do hábito da leitura em crianças. A empreendedora Samira Almeida trabalhou em uma editora de livros infantis por 12 anos - e percebia constante queda nas vendas. Por isso, decidiu criar uma solução para trazer os livros para os celulares e tablets, cada vez mais usados pelas crianças.

Logo no início das atividades da Storymax, alguns aplicativos foram vendidos para escolas americanas. A empresa já fez parte do Google Campus (programa que seleciona startups com potencial para receber apoio do Google por um semestre) e acumula vários prêmios, incluindo dois Jabutis. A companhia não revela faturamento, mas estima ter alcançado 120 mil leitores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Bienal Internacional do Livro começou hoje (3) na cidade de São Paulo e deve atrair 700 mil visitantes durante os dez dias do evento. A feira ocorre no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em uma área de 75 mil metros quadrados.

Com um investimento de aproximadamente R$ 32 milhões, a 25ª edição do evento pode ajudar a reverter a retração do mercado editorial estimada em 25% na última década. O diretor editorial da Associação da Indústria Gráfica (Aigraf-SP), João Scortecci, explica que o setor enfrentou momentos difíceis nos últimos dez anos.

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“As editoras começaram a diminuir as tiragens, não fazer todos os títulos e, principalmente, não imprimir a reedição, que é muito importante para o mercado, pois os custos de produção da obra são absorvidos na edição anterior”, afirma.

Para Scortecci, a situação econômica do Brasil somada à redução de consumo e diminuição na compra de livros didáticos por parte do governo contribuíram com a crise do mercado editorial. No último ano, o número de gráficas reduziu de 22 mil para 18 mil.

De acordo com o diretor da Aigraf, as grandes livrarias devem acabar no futuro. “As megalojas em shoppings não têm como se sustentar, são espaços muito caros. Então, precisamos fazer o que aconteceu na França e em outros países, a volta das livrarias segmentadas de pequeno porte. Em Paris, os editores se tornaram donos das livrarias e tiveram resultados muito melhores. O mercado está se reinventando”, avalia.

Ainda segundo Scortecci, a tecnologia não contribuiu para a queda nas vendas de livros. “O que está faltando são leitores, as pessoas não estão lendo. O mundo digital influenciou da seguinte forma, antes de você pegar um livro, vai para o Facebook. Isso acaba desviando o foco do leitor”, completa.

A publicação de livros no Brasil por autores estreantes tem como cenário a queda de 7% no faturamento do mercado editorial em 2015, segundo dados do Sindicato Nacional dos Editores de Livros. De acordo com a 4ª pesquisa “Retratos da leitura no Brasil”, realizada pelo Ibope sob encomenda do Instituto Pró-Livro, 74% da população não comprou nenhum livro nos últimos três meses e 30% dos entrevistados nunca compraram um livro.

A quantidade de títulos novos no mercado editorial diminuiu em 8,5%, enquanto a tiragem cresceu 9,3% (dados de 2014). “A estratégia tem sido lançar menos títulos com tiragens maiores, pois isso permite um ganho de escala que equilibra o jogo nesse momento“, explica Pedro Almeida, da Faro Editorial.

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Para o filósofo e escritor Renato Alexandre, o analfabetismo funcional e o pragmatismo da atual geração são os grandes problemas. “O número de pessoas que leem e escrevem, mas sem ao menos compreender aquilo que escrevem, está chegando a níveis alarmantes. Como o processo de leitura é algo que exige um ‘mergulhar’ na dimensão no mundo do texto, sendo esse processo algo que pode ser muito exigente, intelectualmente falando, e as pessoas não querem esforço, são pragmáticas, querem facilidades, querem tudo de forma imediata, acabam abandonando esse mergulho profundo, trocando-o, muitas vezes, por ‘leitura água com açúcar’, que não exige nada, nenhum esforço intelectual, apenas o maravilhoso mundo da imaginação”, explica.

 

Renato teve seus três livros publicados pela editora Novo Século (com selo Ágape), nos anos 2011, 2012 e 2014, considera difícil sustentar-se ‘apenas’ com a renda proveniente da venda de livros. “Para a maioria dos autores é destinada a soma de apenas 10% do valor total por cada exemplar comercializado. A menos que você se consagre como um best-seller, não vejo possibilidade de sobreviver da venda de livros”, conclui.

 

Lançamento

 

O lançamento de novos livros ocorre por meio de uma editora comercial, por demanda ou de maneira independente. Na primeira, é possível à editora arcar 100% com os investimentos.

Outro meio, mais prático, é a publicação de maneira gratuita e online no site “Clube dos Autores”, que funciona quase como uma livraria online, e a impressão dos livros ocorre por demanda, ou seja, o livro só é impresso após a compra. Porém, o livro não possui qualquer selo e a divulgação fica por conta do próprio escritor.

“O importante então, é mandar para uma editora apenas quando se tem certeza de que produziu o melhor livro possível. Por isso, ter leitores “betas” e “críticos externos” pode ser de grande valia. Afinal, uma editora nunca irá avaliar o mesmo livro uma segunda vez. Há apenas uma chance”, diz Pedro Almeida, da Faro Editorial. Com experiência de 18 anos no mercado, ele explica que, de todos os projetos enviados por novos escritores para uma editora, apenas 0,5% é aproveitado. As editoras têm interesse em lançar novos autores e títulos, mas para isso é preciso fazer um investimento, que deve ser mensurado com previsão de retorno, o que explica a dificuldade nesse processo.

Antes de lançar um livro, Almeida recomenda que o escritor amadureça a escrita e se conecte com leitores por meio de tecnologias digitais, como blogs e whattpad.

 

 

 

 

 

No próximo dia 21 de fevereiro inicia o curso Pegadas da Escrita, que pretende fomentar e provocar discussões sobre a cadeia produtiva do livro que envolve, além do escritor, muitos outros profissionais acerca da escrita literária. O projeto, voltado para estudantes da rede pública, universitários e escritores. Questões atuais como a publicação em e-books, blogs, redes sociais, diagramação, editoração, direito autoral e assessoria de imprensa estão na pauta do curso.

O projeto se divide em duas etapas, cada uma com 30 vagas ofertadas gratuitamente. A primeira vai acontecer em Bezerros, abrindo espaço para inscrições de interessados das cidades vizinhas como Caruaru, Gravatá, Chã Grande, Sairé, Bonito, Camocim, São Joaquim, Agrestina. No agreste, Pegadas da Escrita vai acontecer na Associação dos Filhos e Amigos de Bezerros, em três módulos (Escrever, publicar e comercializar o livro; O livro e o direito autoral; Os profissionais do livro), durante nove fins de semana. Quem abre o evento, na sexta-feira dia 21 de fevereiro, às 19h, é o produtor e teatrólogo Adriano Marcena,com a palestra Literatura e História.

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Em Recife, o curso acontece no mês de maio, No Centro Vital Corrêa de Araújo e atenderá aos interessados de toda a região metropolitana, envolvendo, também, pessoas com necessidades especiais. 

A Editora Abril divulgou, na quinta-feira, 1, comunicado oficial, assinado pelo presidente do grupo, Fabio Barbosa, confirmando o fechamento das revistas Alfa, Bravo!, Gloss e Lola, assim como o portal Club Alfa.

A empresa anunciou mudanças nas estruturas editorial e comercial das unidades de negócios Abril Segmentadas, Veja, Exame e Negócios Digitais. “Leitores e anunciantes continuarão tendo, a seu dispor, um portfólio extenso e segmentado (quase 50 títulos), capaz de atender a todos os públicos plenamente. Além disso, os compromissos publicitários e de assinaturas serão honrados, por meio de pacotes de reposição”, diz o comunicado.

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Segundo a editora, as quatro publicações fechadas representavam menos de 2% da receita de publicidade das revistas da Abril. Elas terão uma última edição no mês de agosto. Em função das mudanças, cerca de 150 profissionais de várias áreas foram demitidos.

O processo de reestruturação da Editora Abril começou há dois meses. Uma das primeiras medidas anunciadas pelo grupo foi o agrupamento de suas unidades de negócios, com o objetivo de “racionalizar recursos”. Naquela ocasião, a empresa reduziu de dez para cinco o número de unidades de negócios.

Como parte das mudanças, a empresa também devolveu recentemente a marca MTV para o conglomerado de mídia americano Viacom. O contrato permitia que a Abril ficasse com o canal até 2018, mas a empresa da família Civita decidiu devolvê-lo antes. A MTV deixará de uma emissora aberta e será administrada pela Viacom. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em 2011, os livros eletrônicos cresceram muito em popularidade nos Estados Unidos. Segundo pesquisa divulgada na quarta, ebooks chegam a superar as vendas dos livros físicos na categoria ficção para adultos pela primeira vez.

Segundo relatório da Association of American Publishers e Book Industry Study Group, as vendas de livros eletrônicos agora passaram a responder por 15% do mercado em 2011, em 2010 esse número era de 6%. Os dados utilizados na pesquisa fora fornecidos por quase 2.00 editoras.

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De acordo com o relatório, As vendas gerais de livros caíram 2,5% nos Estados Unidos, para US$ 27,2 bilhões em 2011 ante US$ 27,9 bilhões em 2010.

Mesmo com o livro eletrônico crescendo cada vez mais, com faturamento que supera U$$ 2 bilhões em 2011, a maior parte da receita das editoras continuam a vir dos livros de papel, com a receita de US$ 11,1 bilhões em 2011.

O setor editorial americano anda otimista em relação ao crescimento dos livros eletrônicos. Ainda segundo relatório, na categoria ficção para adultos, os livros eletrônicos representam 30% das vendas das editoras, em 2010 esse número era de 13%. Nesse categoria, venderam mais que os livros físicos pela primeira vez. Porém formatos combinados de livros em papel ainda representam faturamento superior ao dos livros.

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