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Depois do sucesso de bilheteria do espetáculo Intrusos (2019) e Dados da Vida (2021), a Companhia Mákara de Teatro apresenta a peça "Retratos da Vida". Uma trama onde a ficção e a realidade se misturam e nada parece ser o que realmente é.

Cada personagem vai representar alguém que você conhece e facilmente você vai se reconhecer em algum dos personagens. Retratos da Vida é um drama de tirar o fôlego do começo ao fim e vai mexer com você.

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Direção: Companhia Mákara de Teatro 

Textos: Rômulo César Melo

Sonoplastia: Clóvis Moreira Júnior 

Iluminação: Anderson Leite 

Elenco: Adulcio Lucena, Clóvis Moreira Júnior, Cristiano Primo, João Cabral e Vanessa Jill Castle. 

Onde? Teatro Fernando Santa Cruz. Avenida Joaquim Nabuco, Centro de Cultura Mercado Eufrásio Barbosa, Varadouro, Olinda, PE. 

Quando? Única apresentação no dia 16.12 (Sexta feira), às 20h

Gênero: Drama

Classificação: 16 anos

Contato: Adúlccio Lucena. 81 99213.3913

Ingressos pela Sympla

Da assessoria

A atriz e contadora de histórias Kika Farias vai levar os causos da sua personagem Dona Mocinha para o palco do Teatro Fernando Santa Cruz, em Olinda, no próximo sábado (11). Na ocasião, o espetáculo ‘Dona Mocinha no vaivém da vida’ ocupa a sala localizada no Mercado Eufrásio Barbosa, às 17h, com intérprete de Libras e contribuição espontânea. 

O espetáculo traz Dona Mocinha, uma mistura de andarilha, com palhaça e griô, relembrando algumas histórias que aprendeu durante suas andanças. A proposta da peça é transformar o palco em uma espécie de picadeiro onde a personagem tira da mala os causos e objetos que a ajudam a contá-los. O roteiro, figurino e cenário são assinados pela própria Kika e o texto é amarrado por canções, ditos populares, cordéis e adivinhas.

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Kika Farias é atriz e contadora de histórias nascida em Pernambuco e criada na praia do Janga, em Paulista, litoral norte do estado. Formada na Escola Técnica de Teatro Martins Penna (RJ), a artista já levou suas histórias a diversas partes do país, como São Paulo, Minas Gerais, Paraíba, Ceará e Paraná, e já contou causos até em Buga, na Colômbia. Em 2021, realizou a sua primeira temporada online com o repertório da ‘Mimos de Histórias’, em um  projeto contemplado pela Lei Aldir Blanc. Atualmente, Kika cursa Licenciatura do Teatro, na Cesgranrio (RJ). 

SERVIÇO

Dona Mocinha no vaivém da vida, com Kika Farias

Sábado (11) - 17h

Teatro Fernando Santa Cruz - Mercado Eufrásio, em Olinda. 

A apresentação será gratuita e terá intérprete de LIBRAS. A contribuição consciente através do PIX mimosdehistorias@gmail.com É obrigatória a apresentação do esquema vacinal completo para a entrada por aqui, para todos. 

Paisagens verdes, com cisternas e tecnologia, esse é o ‘Sertão’ que o fotógrafo pernambucano Fred Jordão apresenta em sua exposição de mesmo nome. A mostra abre nesta quinta (4), às 19h, no Mercado Eufrásio Barbosa, localizado em Olinda, e tem entrada gratuita. 

‘Sertão’ é o resultado das expedições e pesquisas feitas por Fred pela região desde a década de 1990. A exposição reúne 110 fotografias que retratam cenários muito distintos dos convencionais estereótipos ligados a esse espaço. São paisagens verdes, com água, antenas parabólicas e vaqueiros que tangem o gado em motocicletas, ao invés de cavalos.

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Fred Jordão tem passagem pelos principais jornais do país e é dono de uma significativa carreira autoral, com vários livros publicados. Um deles, ‘Recife’, foi finalista do prêmio Jaburu em 2020. A mostra Sertão fica em cartaz até o dia 4 de fevereiro do próximo ano. 

Serviço

Sertão - Fred Jordão

Inauguração

Quinta (4) - 19h

 

Visitação

Terça a domingo - 9h às 17h

 

Mercado Eufrásio Barbosa - Varadouro, Olinda

Gratuito

 

 

Os empreendedores interessados em comercializar na segunda edição do Festival Olinda Dá Gosto têm até domingo, dia 24, para realizar a sua inscrição de forma gratuita através do e-mail festivais@adepe.pe.gov.br. O festival acontecerá de 05 a 12 de novembro, no Mercado Eufrásio Barbosa, Varadouro, em Olinda. 

O evento foi idealizado pela Prefeitura de Olinda, e nasceu com o objetivo de promover a valorização das iguarias gastronômicas encontradas na cidade e em Pernambuco. Nesta segunda edição, a Secretaria de Patrimônio, Cultura e Turismo da Marim dos Caetés atua como co-realizadora. É preciso ser domiciliado em Pernambuco e exercer atividade de serviços ou venda de produtos alimentícios por, no mínimo, seis meses. 

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A inscrição é muito simples: os proponentes precisam anexar cinco fotografias dos pratos que serão comercializados no festival, com uma breve descrição de cada um, e preencher informações documentais básicas.  Para saber os detalhes das condições de participação basta acessar o edital e a ficha de inscrição.

Acesse aqui o edital e a ficha de inscrição 

Mais informações - festivais@adepe.pe.gov.br ou pelo fone (81) 3181-3460

*Via assessoria de imprensa. 

 

Está aberto edital de ocupação para projetos na sala de dança do Mercado Eufrásio Barbosa. A Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco - ADDIPER, por meio de sua Diretoria de Promoção da Economia Criativa, abre edital que segue até o dia 22 de julho, com seleção pública para apresentação de propostas de OCUPAÇÃO DA SALA DE DANÇA DO CENTRO CULTURAL MERCADO EUFRÁSIO BARBOSA, previsto para o período entre 16 de agosto a 15 de outubro de 2021.

O edital destina-se à seleção de propostas para realização de oficinas de dança voltadas para expressões artísticas e ensaios de espetáculos de dança em geral. A principal função do edital é incentivar práticas educativas relacionadas à dança bem como permitir aos profissionais da área o acesso a um espaço para realização de ensaios de espetáculos. O resultado será anunciado no dia 30 de julho.

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Poderão participar desta chamada pública propostas apresentadas por artistas e profissionais da dança, graduadas ou de notório saber. Serão aceitas inscrições de pessoas físicas e jurídicas, de pernambucanos, residentes em Pernambuco ou com Título de Cidadão de Pernambuco concedido pela Assembleia Legislativa de Pernambuco - ALEPE. Os  proponentes poderão apresentar mais de um projeto, porém apenas  01 (uma) proposta pode ser contemplada por proponente.

As inscrições são gratuitas e deverão ser realizadas até o dia 22 de julho de 2021, exclusivamente através do e-mail contato@mebaddiper.pe.gov.br e deverão conter no assunto do e-mail CHAMAMENTO  PÚBLICO 010/2021 – OCUPAÇÃO SALA DE DANÇA. Mais informações na nossa bio.

Todas as propostas deverão considerar as normas de segurança sanitária vigentes do protocolo de convivência com a COVID-19, do Governo do Estado de Pernambuco, aplicado ao setor, bem como as orientações do protocolo específico de uso da Sala de Dança do Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa. Os proponentes devem estar cientes da necessidade de possíveis ajustes devido à permanente atualização dos protocolos e prazos de vigência das determinações legais.

Mercado Eufrásio Barbosa – Gerido pela AD Diper, agência ligada à Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado, o Mercado Eufrásio é um espaço multicultural composto por espaços para exposições, Museu do Mamulengo, Salas de Oficinas, Teatro com capacidade para mais de 100 pessoas, livraria da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), Unidade do Centro de Artesanato de Pernambuco, Jardim e 22 boxes equipados com iluminação e energia.

*Via Assessoria de Imprensa

Completando 12 anos de atividades, a Mostra Play the Movie, parte integrante da programação do Festival No Ar Coquetel Molotov, exibe uma seleção de videoclipes e documentários inéditos entre os dias 22 e 26 de outubro. Nesta edição, a mostra acontece no Compaz Ariano Suassuna e no Cine Teatro Fernando Santa Cruz, no Mercado Eufrásio Barbosa, além de realizar três cine-concertos.

Abrindo a programação nos dias 22 e 23 de outubro, a Mostra Play The Movie promove sessões com filmes pernambucanos no Compaz Ariano Suassuna. As exibições são voltadas para os jovens da comunidade e de escolas próximas ao equipamento. Nos dias seguintes, o evento parte para Olinda, onde serão exibidos o documentário sobre Clara Nunes, Clara Estrela - em uma sessão de acessibilidade com janela de libras e audiodescrição -, e o filme Sotaque elétrico, que apresenta o histórico da guitarra em terras brasileiras, entre outros títulos.  

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A mostra também conta com três cine-concertos que acontecerão no Mercado Eufrásio Barbosa. Se apresentam as bandas pernambucanas Guma, Buffalo Lecter e o duo europeu Tomaga. Na mesma semana, o Tomaga ainda oferece uma imersão com músicos e artistas locais no Estúdio Apollo 17, no bairro do Recife, com workshops gratuitos nos dias 22, 23 e 24. 

Programação

24/out  | Quinta

19h00

Seleção Videoclipes da Convocatória Play The Movie 2019

19h15

Sessão acessível - “Clara Estrela” (Dir: Susanna Lira e Rodrigo Alzuguir)

21h00 - BUFFALO LECTER (PE) - Cine-Concerto ao vivo

25/out  | Sexta

19h00

Seleção Videoclipes da Convocatória Play The Movie 2019

19h15

Erlon Chaves - Mestre do Veneno (Dir: Alessandro Gamo)

21h00

TOMAGA (UK) - Cine-Concerto ao vivo

26/out  | Sábado

18h00

Seleção Videoclipes da Convocatória Play The Movie 2019

18h15

Sotaque Elétrico (Dir: Caio Jobim e Pablo Francischelli)

20h00 - GUMA (PE) - Cine-Concerto ao vivo

Serviço

Mostra Play The Movie

Sessões no Compaz Ariano Suassuna (Cordeiro)

22 e 23 de outubro - 9h

Sessões no Mercado Eufrásio Barbosa (Olinda)

24 a 26 de outubro - 19h

Gratuito

O Museu do Mamulengo Espaço Tiridá recebe, na próxima terça (20), o lançamento do Catálogo do Mamulengo Pernambucano. A publicação tem o objetivo de divulgar essa tradicional arte nordestina e seus brincantes. Além do lançamento, também haverá palestras e oficinas recreativas. A programação começa Às 9h e segue até às 17h. 

O Catálogo do Mamulengo é formado por registros fotográficos dos trabalhos de 17 artistas de diversas regiões do estado de Pernambuco. As fotos mostram o universo do teatro de bonecos e são resultado de um trabalho coletivo, com textos assinados pelo ator, autor e diretor de teatro Romildo Moreira; assessoria artística do ator e mamulengueiro Fábio Castro; arte gráfica de Diego Amorim; além dos fotógrafos Alexandre Albuquerque e Hans Von Manteufell.

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Além do lançamento, os visitantes do museu também poderão participar de palestras e oficinas recreativas. Crianças de escolas públicas e particulares poderão aproveitar a programação que tem o objetivo de ensinar mais sobre a tradição do mamulengo, uma manifestação cultural e artística. 

Serviço

Lançamento do Catálogo do Mamulengo Pernambucano

Terça (20) - 9h às 17h

Museu do Mamulengo Espaço Tiridá (Mercado Eufrásio Barbosa - Olinda)

 

Os centros de artesanato de Pernambuco nas unidades Recife e Bezerros e o Mercado Eufrásio Barbosa recebem a partir desta terça (13) atividades em comemoração a Semana do Patrimônio Cultural. A agenda de atividades segue até o domingo (18).

O evento está sendo realizado pela Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, com o objetivo de promover e incentivar a cultura. Entre as atividades estão debate, exposição, demonstração do fazer artístico, com tipologias diferentes; visita guiada e roda de conversa com artistas e artesãos.

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Na unidade de Bezerros, a programação conta com uma roda de conversa com o Mestre e Patrimônio vivo do Estado, J. Borges, na quinta-feira (14). Com mais de 50 anos de trajetória, Borges produziu mais de 314 folhetos de cordel e um inumeras xilogravuras. O artista tem obras em diversos museus, como o Louvre, na França; o de Arte Popular do Novo México em Santa Fé, EUA; no Museu de Arte Moderna em Nova York, EUA; e na biblioteca do Congresso norte-americano, em Washington, EUA.

O artista estará presente no evento e irá falar sobre o processo de confecção da xilogravura, para visitantes e escolas da região.

Confira a Programação

CENTRO DE ARTESANATO DE PERNAMBUCO | UNIDADE RECIFE

Terça-feira (13)

10h - Visita guiada com demonstração do processo de confecção artesanal das peças e as particularidades do artesanato em cerâmica com o artesão Uruda, do Cabo de Santo Agostinho.

Quinta-feira (15)

10h - Roda de conversa e demonstração do processo de confecção do artesanato com reciclagem, com a artesã Bete Cyrne (artesanato com reciclagem).

15h - Palestra História da Renda Renascença em Pernambuco pela Mestra Odete Maciel.

CENTRO DE ARTESANATO DE PERNAMBUCO | UNIDADE BEZERROS

Quarta-feira (14)

10h - Roda de conversa e demonstração do processo de confecção do artesanato em xilogravura com o Mestre e Patrimônio Vivo de Pernambuco J. Borges.

14h - Visita guiada ao Museu do Centro de Artesanato de Bezerros

CENTRO CULTURAL MERCADO EUFRÁSIO BARBOSA | OLINDA

Sexta-feira (16)

10h - Visita guiada pelas Exposições do Mercado Eufrásio Barbosa

Nas últimas semanas, um desafio divertido tomou conta das redes sociais, o #10YearChallenge. Nele, as pessoas teriam que publicar uma foto atual ao lado de uma tirada há 10 anos, para que os amigos pudessem ver a ação do tempo e comentá-la. A brincadeira se expandiu e o desafio foi aplicado para mostrar diversas situações, como de animais que acabaram entrando em extinção, áreas ambientais e outros temas.

Inspirado no desafio do momento, o LeiaJá resolveu fazer uma pequena retrospectiva da história de alguns equipamentos culturais do Recife e Olinda. O objetivo era averiguar como esses lugares vêm sendo tratados ao longo do tempo. O diagnóstico é assustador em alguns casos e bem positivo em outros. Confira.

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Clube Atlântico 

Em 2009, o Clube Atlântico de Olinda funcionava normalmente, recebendo shows e festas. Com o passar do tempo, o espaço amargou períodos em que precisou fechar as portas por conta de sua estrutura precária que não oferecia segurança aos frequentadores. Em 2017, o local foi fechado pelo risco de desabamento e, em 2018, passou por reformas emergenciais (ffoto à esquerda) sendo reaberto logo em seguida. Começou 2019 funcionando normalmente.

 

Cine Duarte Coelho

No ano de 2009, a situação do Cine Duarte Coelho era igual a que se via em 1980: fechado. Outros 10 anos se passaram e o local continua na mesma. Em 2016, o coletivo Brigada da Hora, proposto pelos artistas Raúl Córdola e Amélia Couto, promoveu intervenções artísticas no local com a finalidade de chamar atenção para sua situação. Segundo a Prefeitura de Olinda informou, através de nota, “há um projeto de revitalização para o Cine Duarte Coelho, porém está no aguardo do apoio financeiro do Governo Federal”.

 

Mercado Eufrásio Barbosa

O Eufrásio Barbosa tem uma história de idas e vindas. Chegou a ser fechado em 2006, pelo risco do desabamento do teto; e, em 2015 foi prometida uma grande reforma e remodelação do equipamento. Com um atraso de cerca de três anos, o Eufrásio foi entregue à população, em 2018, com nova estrutura. O espaço está funcionando e recebendo, eventualmente, eventos como a última edição do MIMO e festivais de cerveja e gastronomia.

 

Teatro do Bonsucesso

Em 2009, o Teatro do Bonsucesso completava um ano fechado. Anos depois, o equipamento passou por reformas e foi entregue novamente à população olindense em janeiro de 2018. O espaço tem sido usado, aos poucos. Neste sábado (26), haverá a apresentação do espetáculo 'Sangrando', às 20h.

 

Cine Olinda

No ano de 2009, as pessoas se perguntavam quando o Cine Olinda, fechado, então há várias décadas, voltaria à cena cultural da cidade. O cenário, e o questionamento, continuam os mesmos até hoje. Nesse meio tempo de mais de meio século, a população promoveu diversos movimentos, como o Ocupe Cine Olinda, para reclamar a restauração e volta do equipamento. No início de 2018, foi publicado edital para licitar a empresa que ficaria responsável pela reforma do espaço que, até agora, não começou.

 

Teatro do Parque

Um dos mais célebres espaços culturais do Recife - e, talvez, um dos mais queridos pelos recifenses -, estava prestes a entrar em uma jornada quase sem fim em 2009. No ano seguinte, o Cine Teatro do Parque foi fechado para reformas que não aconteceram até hoje, quase uma década depois. De lá para cá, foram feitas muitas promessas, atos, protestos, mas nada que tenha mudado, de fato, a situação do Parque.

Em meados de 2018, a Prefeitura do Recife prometeu retomar as reformas. Procurada pelo LeiaJá, a PCR informou que essas já começaram efetivamente: “As obras de reforma e restauro da edificação do Teatro do Parque foram retomadas no início de maio/2018. Trata-se de uma obra delicada que envolve não só a reforma, mas, também, o restauro de toda a estrutura predial”.

A nota mencionou os primeiros reparos feitos no equipamento: “Todo o madeiramento, além de telhas, calhas e rufo do telhado tiveram que ser substituídos. Tubulações e fiações das instalações elétricas também precisaram ser completamente refeitas, além das instalações hidrossanitárias e do sistema de drenagem do teatro”. O órgão não informou qual a previsão de entrega do Teatro do Parque à população.

 

Museu da Imagem e do Som de Pernambuco - Mispe (Fundarpe)

Em 2009, o Mispe estava como hoje: fechado. O Museu da Imagem e do Som de Pernambuco foi desativado em 2008, por conta de problemas na estrutura do prédio histórico que o abrigava. Em 2014, uma promessa de reabertura não foi cumprida. O acervo do Mispe está disponível apenas para pesquisadores em uma sala localizada na Casa da Cultura, enquanto aguarda a realização de um projeto de revitalização do imóvel da Rua da Aurora destinado a ele.

 

Cinema São Luiz

O São Luiz, uma das últimas salas de cinema de rua do Recife, é um dos equipamentos culturais mais prestigiados da cidade. Por lá passam os mais importantes festivais de cinema, como o Cine PE, Animage e Janela de Cinema, além de fazer parte da memória afetiva de muitos recifenses. Em 2009, o lugar estava fechado há cerca de três anos, para reformas que custaram a acontecer. No derradeiro mês daquele ano, um investimento milionário foi aplicado na reestruturação do cinema e ele voltou a abrir as portas.

Em 2015, um novo aporte possibilitou a digitalização do maquinário do São Luiz. A novidade também trouxe alguns problemas, entre sua instalação até o ano de 2018, o cinema teve que ser fechado por várias vezes em virtude de equipamentos que quebravam e precisavam ser consertados em São Paulo. Mas, de maneira geral, a sala vem funcionando a contento com uma diversificada programação e o glamour habitual.

*Fotos: Paulo Uchôa/Rafael Bandeira/Júlio Gomes/LeiaJáImagens

 

Na próxima sexta (23), sábado (24) e domingo (25), a cidade de Olinda recebe a 15ª edição do MIMO Festival. Com uma extensa programação, distribuída pelo Sítio Histórico olindense, o evento promove shows, concertos, fórum de ideias, chuva de poesia e exibições de filmes.

O Festival MIMO de Cinema apresenta, nesta edição, uma seleção de 19 filmes, todos sobre música e músicos; e inéditos em circuito comercial. Outra novidade é o uso do recém reformado Teatro Fernando Santa Cruz, no Mercado Eufrásio Barbosa, para as sessões do festival. O outro ponto de exibição será, como de costume, no pátio da Igreja da Sé. Entre longas e curtas, o LeiaJá separou alguns títulos que você não pode deixar de assistir nestes três dias de festival.

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Betty, they say I'm different

Fazendo sua avant première nacional no Festival Mimo de Cinema, o longa de Phil Cox traz a história e a obra de Betty Davis, a 'rainha do funk'. O filme conta sobre sua trajetória musical, passando pelo conturbado e rápido casamento com Miles Davis e como a união, de apenas um ano de duração, mudou a vida de ambos. Também traz a própria Betty, após meses de procura à artista, reclusa há muitos anos, contando como sua carreira foi prejudicada por sua recusa em ceder a certos apelos do mercado e da cena. Em entrevista ao UOL, o diretor Phil Cox contou ter convidado a cantora para o lançamento do filme em Nova Iorque. Ela aceitou, porém, foi ao evento disfarçada. Na ocasião, Cox disse antes da exibição: "Alguém aí na plateia é Betty Davis. Por favor, aplaudam".  

Serviço

Sexta (23) | 16h

Mercado Eufrásio Barbosa

 

Mussum, um filme do cacilds

A diretora Susanna Lira mostra um lado pouco visto do humorista e sambista Mussum. Neste documentário, o público vai conhecer melhor Antonio Carlos Bernardo  Gomes, tocando em pontos polêmicos de sua vida, sua responsabilidade, seriedade, compromisso com os cinco filhos que teve com cinco diferentes mulheres e sua paixão pelo samba. Susanna falou, em entrevista exclusiva ao LeiaJá, sobre o projeto que faz sua grande estreia no MIMO.

Serviço

Sábado (24) | 20h

Mercado Eufrásio Barbosa

Sábado (24) | 18h30

Igreja da Sé

Domingo (25) | 14h

Shopping Patteo Olinda

 

Vinil, poeira e groove

Com o objetivo de provar que nenhum serviço de streaming é capaz de superar uma boa 'bolacha', o filme de Diego Casanova traz empresários, artistas, lojistas e fãs de vinis para mapear a atual cena de discos no Brasil.

 

Serviço

Sexta (23) | 18h

Mercado Eufrásio Barbosa

 

Raiz Ancestral

O documentário de Marcia Paraíso conta a história de gerações de músicos da família Aniceto que há 100 anos mantém uma tradição de musicalidade e manutenção de sua cultura. Os Irmãos Aniceto, do Cariri, mostram o seu autêntico som e como a música se perpetua pelos seus laços familiares.

 

Serviço

Sábado (24) | 16h

Mercado Eufrásio Barbosa

 

Pesado - que som é esse que vem de Pernambuco?

O peso da cena do metal produzido em Pernambuco é o mote deste documentário produzido por Leo Crivellare e Wilfred Gadêlha. O filme ilustra como a música pesada divide espaço com outras manifestações musicais locais que dominam o cenário artístico pernambucano e traz cenas de shows, ensaios e encontros com os principais nomes do movimento no Estado.

Serviço

Sábado (24) | 20h

Mercado Eufrásio Barbosa

Domingo (25) | 16h

Mercado Eufrásio Barbosa

 

Com a palavra, Arnaldo Antunes

Um documentário autobiográfico onde Arnaldo Antunes conta sua trajetória através das palavras e imagens encontradas no seu trabalho. O filme perpassa a carreira de Antunes desde o começo, como poeta, até se tornar um cantor e compositor de sucesso da música brasileira. Dirigido por Marcelo Machado.

 

Serviço

Domingo (25) | 18h e 20h

Mercado Eufrásio Barbosa

 

Yzalú: Rap, feminismo e negritude

O documentário de Inara Chayamiti e Mayra Maldjian traz a rapper paulista Yzalú contando sua própria trajetória. A escolha pela narração em primeira pessoa se deu por respeito ao lugar de fala da cantora, mulher negra, periférica, com limitação física, que faz seu rap acompanhada por um violão.

 

Serviço

Domingo (25) | 18h

Mercado Eufrásio Barbosa

*Fotos Divulgação

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O Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda, recebe o 1º Festival Gastronômico de Mercado de Pernambuco, que acontece de 9 a 11 de novembro. O evento será comandado pelo chef César Santos, do restaurante Oficina do Sabor.

O festival contará com diversas opções gastronômicas como frutos do mar e comida regional, reunindo 16 chefs pernambucanos com pratos de até R$ 25. O evento é promovido pelo Governo do Estado, através da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper).

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Serviço

1º Festival Gastronômico de Mercado de Pernambuco

Mercado Eufrásio Barbosa- Varadouro - Olinda

09 a 11 de novembro - 18h às 22h

Por Denise Siqueira

Turistas, olindenses e demais pernambucanos terão que esperar mais um pouco para viver o Mercado Eufrásio Barbosa. Na última quinta-feira (5), o local recebeu autoridades e visitantes para a reinauguração do espaço, porém sem começar a funcionar de forma plena.

Falta muito para o Eufrásio Barbosa retomar o fôlego depois de ficar quatro anos fechado para reforma. O ambiente recebe o público com novidades, incluindo uma livraria com café, salas para exposições e a reinauguração do teatro Fernando Santa Cruz, entre outros atrativos. Tudo é bem sinalizado, como os banheiros e galerias, mas falta a sinalização de certezas e prazos. Por enquanto, o Eufrásio funciona de terça-feira a sábado, por apenas quatros horas (das 9h às 13h).

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 A reportagem do LeiaJá esteve neste sábado (7) no novo espaço cultural e se deparou com os boxes dos comerciantes fechados e o silêncio protagonizado pelo fluxo baixo de pessoas que entram e saem rapidamente. De acordo com a assessoria de comunicação, será lançado em até dois meses um edital para definir a ocupação dos lugares, que irão abrigar lojas de artesanato e lanchonete, por exemplo.

A Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) está responsável por gerir o mercado através de um termo de cessão assinado com a Prefeitura de Olinda. No dia da reabertura do mercado, a Sociedade Olindense de Defesa da Cidade Alta (Sodeca) publicou uma nota no Facebook expondo sua preocupação sobre a falta de respostas relacionadas à revitalização do espaço.

“Desde o início do processo solicitamos plano de gestão e manutenção do equipamento, carta de anuência da prefeitura para cessão do prédio (que é patrimônio do povo de Olinda) e plano de conservação do edifício, além do esclarecimento justificando a construção de passarela, elevador e escadas dando acesso ao quintal do Mercado pelo pátio do mosteiro de São Bento e até hoje nunca recebemos nenhuma resposta oficial”, diz um trecho da carta aberta divulgada na rede social.

O prédio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) precisa de uma atenção a mais do que está previsto para estar a todo vapor em seu funcionamento. A entrada, mesmo com a luz natural que vem do lado de fora, merece uma iluminação, assim como as galerias. Uma delas exibe as peças do Museu do Mamulengo, antes instalado na Praça Laura Nigro, no Carmo. 

Orçado em quase R$ 20 milhões (com previsão inicial de R$ 8 milhões), o Mercado Eufrásio Barbosa renasceu. Ele está pronto para receber as visitas no seu berço histórico e preparado para engatinhar, mas na dúvida de saber se os seus passos serão dados de forma devagar, assim como foi a ansiedade dos moradores ao serem testemunhas de uma gestação que durou quatro anos.

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Interditado desde 2006, devido ao risco de desabamento de parte do teto, o Mercado Eufrásio Barbosa, localizado no bairro do Varadouro, em Olinda, será reinaugurado na próxima quinta-feira (5). O anúncio foi feito pela diretora-presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Márcia Souto, através das redes sociais na última segunda-feira (2).

Fechado completamente para reformas há quatro anos, o equipamento cultural recebeu o equivalente a R$ 20 milhões proveniente do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur). O gerenciamento do Mercado Eufrásio Barbosa funcionará de forma compartilhada entre o Governo do Estado e Prefeitura de Olinda.

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Com uma arquitetura datada do século 18, o local foi a primeira Casa da Alfândega de Pernambuco e uma antiga casa de doces. Anos depois, o espaço foi transformado em mercado público e artesanato e se tornou local para apresentações culturais e shows.

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Em junho de 2017, a reportagem do LeiaJa.com percorreu os equipamentos culturais da cidade de Olinda para verificar em que situação estavam. O resultado não foi muito animador: a maioria dos espaços se encontravam fechados e, pior, em estado de completo abandono. Passados alguns meses, em um retorno a estes mesmos locais, o que se viu foram algumas obras bem encaminhadas e outras ainda sem o menor sinal de começar. Confira a situação dos espaços culturais de Olinda, cidade Patrimônio Cultural e histórico:

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Clube Atlântico

 

Após um período fechado pelo risco de desabamento, o Atlântico está sendo recuperado. Uma obra emergencial, para que o clube volte a ter condições de uso começou a ser feita há cerca de duas semanas e a previsão é que tudo esteja pronto até o dia 25 de dezembro. Segundo um dos responsáveis pela reforma, o técnico de edificações Jorge José Hermínio, o muro do local está sendo refeito, e o madeiramento da coberta, parte elétrica e de encanamento estão sendo reparados.

Mercado Eufrásio Barbosa

 

Há três anos, a população olindense e os turistas esperam pela volta do funcionamento do Eufrásio Barbosa. Fechado para obras, desde então, o projeto pretende transformar o local em um espaço de visitação e de valorização da cultura, com biblioteca, restaurante e sala de exposição, entre outros. A reforma está na fase de acabamentos e, após um atraso de entrega nos materiais, a previsão de conclusão, informada pelo responsável, o técnico João Wagner, é 15 de janeiro de 2018.

Cine Olinda

 

O espaço, fechado há mais de meio século, parece que amargará outros tantos anos de portas cerradas. Após o movimento Ocupe Cine Olinda, em meados deste ano, o cinema não teve mais nenhum uso. Através de sua assessoria, a Prefeitura de Olinda informou que a previsão de retorno das atividades do Cine Olinda é para o ano de 2019, porém, a Fundarpe, responsável oficial pelo espaço, não se pronunciou quanto ao retorno de seu funcionamento.

Cine Duarte Coelho

 

Tradicional espaço na cidade, desapropriado desde a década de 1980. O Cine Duarte Coelho continua fechado e sem sinal do mínimo cuidado em sua estrutura. A Prefeitura de Olinda informou, por meio de sua assessoria, que o equipamento faz parte da ação do PAC Cidades Históricas e que “todos os projetos prontos (estão) no aguardo da liberação de recursos por parte do MinC.”

Museu de Arte Contemporânea (MAC)

 

O MAC possui um acervo de obras importantes mas que estão fora do alcance do público devido ao não funcionamento do espaço. Localizado no Sítio histórico de Olinda, o museu está de portas fechadas desde 2016.  Procurada para prestar esclarecimentos quanto ao espaço, a Fundarpe, responsável pelo MAC, não respondeu até o fechamento desta matéria.

Teatro do Bonsucesso

 

Após um longo período fechado e relegado ao completo abandono, o Teatro Bonsucesso parece estar prestes a reviver seus momentos de glória. Com a reforma em nível avançado, a previsão de entrega do espaço é para a segunda semana de janeiro de 2018. Segundo o responsável pelas obras, George Júnior, o teatro de 130 lugares está necessitando, apenas, de colocação de novas lâmpadas, últimos reparos no piso do palco e alguns outros detalhes nos banheiros e na entrada do espaço.

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Basta caminhar pela cidade de Olinda para perceber a atmosfera cultural que permeia a cidade. Não é à toa que o município recebeu o título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, reconhecido pela UNESCO. Construções que passeiam por diferentes épocas e estilos contam histórias que fazem parte da construção identitária da cidade e de Pernambuco. No entanto, os espaços responsáveis por abrigar e difundir a cultura pulsante de Olinda não estão tendo a atenção necessária - e merecida.

A quase totalidade dos equipamentos culturais da cidade estão de portas fechadas para o público. Alguns, completamente abandonados. Outros, sem funcionar de maneira plena ou funcionando de forma precária.

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O Leiaja.com visitou cinco equipamentos culturais de Olinda: Teatro do Bonsucesso, Clube Atlântico de Olinda, Cine Olinda, Mercado Eufrásio Barbosa e Cine Duarte Coelho, e constatou que muitos estão desativados e à espera de reformas há anos. Em conversas com moradores, artistas e órgãos responsáveis pela gestão desses espaços, fica constatada a falta de atenção aos equipamentos que deveriam atrair turistas e garantir a movimentação cultural o ano todo na cidade eleita como a primeira Capital Brasileira da Cultura, em 2006. 

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"Qualquer cidade com potencial turístico e cultura deveria zelar por seus equipamentos culturais"

Gilú Amaral, músico da Orquestra Contemporânea de Olinda e morador do sítio histórico da cidade, destaca que a situação destes espaços soa contraditória, já que Olinda possui um grande potencial cultural e turístico. "Qualquer cidade com potencial turístico e cultural deveria zelar por seus equipamentos culturais. Em Olinda, eles simplesmente não existem. Isso causa um impacto econômico, além do artístico, e afeta também na geração de empregos", afirma.

Gilú também expõe a ausência de diálogo entre o poder público e moradores. "O Mercado Eufrásio Barbosa está há anos em uma grande reforma. O Cine Olinda passou por restauração durante a gestão de Luciana Santos (PCdoB), mas não voltou a funcionar. Muitas vezes, a gente deixa de tocar por falta de espaços", aponta.

O artista plástico e um dos donos da Casa do Cachorro Preto Raoni Assis fala ao LeiaJá que há muito tempo esses espaços estão sucateados e, por isso criou a Casa. "Nós abrimos a Casa do Cachorro Preto pra poder receber os amigos e dar vazão a uma produção nossa que não encontrava espaço nas galerias já consolidadas e muito menos nos equipamentos públicos que, desde essa época e antes, estavam fechados ou sucateados", relata.

"Nesse processo a gente viu muita coisa sendo empurrada com a barriga, muita falta de interesse de alguns setores, descaso com as peculiaridades da cidade, preconceitos em relação ao que é o próprio patrimônio. Algumas leis já começaram a existir sem abraçar os hábitos da cidade. Olinda é boêmia. Vejo a cidade como um polo de economia criativa. Mas, além da ausência de incentivo, a gente esbarra numa má vontade generalizada e ainda nos boicotes institucionalizados. Espero mesmo que isso mude, acho triste. É um desperdício", desabafa.

A Casa do Cachorro Preto foi fechada recentemente, deixando mais um vácuo entre as opções culturais do sítio histórico de Olinda.

Clube Atlântico de Olinda

A placa de metal enferrujada mostra os sinais do tempo e abandono que já tomam conta de todo espaço. Palco de grandes festas e shows, o Clube Atlântico de Olinda, no Carmo, foi interditado em Janeiro de 2017 por determinação do Corpo de Bombeiros, com a justificativa de não possuir plano de segurança contra incêndios e pânico. O Clube permanece fechado e o que se vê é uma estrutura que se desfaz aos olhos da população e do poder público.

Segundo moradores, o espaço virou abrigo e ponto de consumo de drogas. Durante a nossa visita, não encontramos dificuldades em entrar no Clube Atlântico,  pela ausência de seguranças. Mas, de acordo com o secretário de Cultura da cidade, Gilberto Sobral, a vigilância está sendo feita através de ronda motorizada.

Questionado sobre a existência de um plano de requalificação e reabertura do Clube, o secretário explica que a prefeitura está em busca de parceiros para ajudar na reestruturação do espaço. “O Clube Atlântico necessita de intervenções estruturais e estamos fazendo o levantamento do custo para buscar parcerias que possam ajudar a Prefeitura nessa reestruturação”, disse, ao LeiaJá.

Gilberto Sobral ainda afirma que tem se reunido com outras secretarias do município para traçar estratégias e anunciar o calendário de serviços de restruturação. “Mas é preciso obedecer outras demandas já deliberadas”, explica o secretário.

Cine Duarte Coelho

É com muita nostalgia que os moradores do Varadouro lembram dos tempos de funcionamento do cinema, das grandes filas e das histórias contadas na grande tela. O espaço funcionou até a década de 1960 e foi desapropriado em 1980. 

Por ordens da Prefeitura, os seguranças não permitiram a entrada da reportagem no local. Porém, nota-se uma estrutura que padece com o tempo, sem telhado, com lixo e matagal que tomam conta do que um dia foi um cinema.

Questionada sobre a falta de projetos, a prefeitura, por meio da assessoria, respondeu que estão aguardando verba do governo federal. "O Cine Duarte Coelho faz parte das ações do PAC Cidades Históricas, que sofreram contingenciamento por parte do Governo Federal", afirma a prefeitura.

Teatro Bonsucesso

Espaço de grande significado para grupos cênicos, o Teatro do Bonsucesso está sem atividade há anos. Segundo moradores do bairro do Bonsucesso, os 16 anos de gestão de Luciana Santos e Renildo Calheiros, ambos do PC do B, o espaço foi reaberto apenas uma vez. "Uma inauguração de fachada", disparou um morador vizinho. Grupos culturais surgiram ali e uma escola de teatro funcionava no espaço. Atualmente, o teatro popular está trancado e sem atividades culturais. 

Na entrada, o teatro tem pedras empilhadas e mato. Uma placa chama atenção: com o valor e o prazo de fim das obras, indicado como junho de 2016. A prefeitura não deu previsão para o funcionamento. "O Teatro Bonsucesso teve sua requalificação retomada e as cadeiras foram instaladas", explica a gestão municipal, em nota. 

Mercado Eufrásio Barbosa

Com uma arquitetura datada do século 18, o local foi a primeira Casa da Alfândega de Pernambuco e uma antiga casa de doces, e foi tranformado em mercado público e artesanato. Virou espaço para apresentações culturais e shows. Em 2006, foi interditado, pois havia risco de desabamento de parte do teto. 

Há três anos, o Eufrásio está completamente fechado para reformas e tem previsão, de acordo com a assessoria da Prefeitura, para que parte estrutura esteja pronta no segundo semestre de 2017. Os comerciantes da área relatam que há tempos o espaço está em reforma e que sempre as autoridades prometem entregá-lo, mas isso não acontece.

Museu de Arte Contemporânea - MAC

O museu, que ocupa os cômodos de uma antiga prisão, funciona de maneira precária há anos. Abrigo de obras importantes para a arte brasileira, a exemplo de quadros de Portinari, o Museu de Arte Contemporânea é administrada pela Fundarpe. Recentemente, houve uma tentativa de roubo a obras do acervo do local, que já não está aberto à visitação, apesar de a informação oficial dar conta de que o espaço está funcionando. A reportagem esteve no museu numa terça-feira, às 14h30, e encontrou as portas fechadas.

Cine Olinda

Inaugurado em 1911, o Cine Olinda está fechado há 51 anos e continua à espera de reformas. Durante três meses, o espaço foi ocupado como forma de protesto pelo movimento Ocupe Cine Olinda. Neste período, os ocupantes exibiram filmes, promoveram debates e até aulões pré-vestibular.

"Saímos de lá sem promessas ou perspectiva de requalificação do espaço. A não ser com as mesmas promessa feitas há 30 anos, a promessa vaga de reforma. Várias licitações para reforma foram feitas, houve até realização de compra de parte do equipamento que até hoje ninguém sabe dizer para onde foi. Mesmo depois da nossa saída, ainda continuamos a fazer pressão junto à Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), que assumiu a reforma e a realização de uma audiência pública para se discutir essa questão", diz, ao LeiaJá, Elaine Una, que participou da ocupação.

De dois meses para cá, a Fundarpe tem mantido um diálogo conosco. Ela nos informou que a verba para a requalificação do espaço foi liberada. Foi construído um projeto, mas não foi discutido com a sociedade civil. A gente não sabe se esse projeto atende às necessidades de um cinema público, popular e democrático", complementa.

Mesmo diante de cobranças e protestos, o Cine Olinda permanece sem exibições e trancado. De acordo com o segurança do local, o espaço recebeu este ano a visita de técnicos da Fundarpe, responsável pelo equipamento cultural, e engenheiros. Ele não soube informar a previsão para início das obras de requalificação ou reabertura. Os únicos indícios de obra são sacos de cimento e tijolos deixados no local.

Procurada pelo LeiaJá, a Fundarpe não respondeu aos questionamentos sobre nenhum dos espaços culturais em Olinda que estão sob sua responsabilidade.

A Prefeitura de Olinda afirma que acompanha e dialoga com a Fundarpe para saber o andamento de obras e abertura dos equipamentos culturais. "Estamos mantendo um bom diálogo com os órgãos estaduais de cultura. Acompanhando os passos dados pelo Governo do Estado no que dia respeito às obras de requalificação". 

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A novela envolvendo a reforma do Mercado Eufrásio Barbosa, construção datada dos séculos 17 e 18, ganhou um novo capítulo. Em audiência pública realizada no dia 15 de abril passado, a Prefeitura de Olinda apresentou à população olindense o projeto definitivo de restauro do equipamento cultural, capitaneado pelo Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) ao custo de R$ 11 milhões.

A novidade é que a iniciativa não prevê mais o uso do espaço como um mercado público, uma das propostas da Sociedade de Defesa da Cidade Alta de Olinda (Sodeca) acatada durante outra audiência pública realizada em agosto do ano passado. No entanto, ainda não foram divulgados os prazos referentes ao início e término das obras.

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No começo de 2013, a Prefeitura de Olinda anunciou a reforma no Mercado Eufrásio Barbosa, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e sob responsabilidade do Prodetur, órgão vinculado à Secretaria de Turismo de Pernambuco (Setur/PE). O projeto original pretendia dar um uso mais turístico ao mercado, implantando no local um museu sobre o mercado, comércio de artesanato, salão de eventos e salas para exposições e reforma no Teatro Fernando Santa Cruz, entre outras atividades. 

Audiências públicas sobre o projeto

Após pressão popular e uma audiência pública realizada no dia 23 de agosto de 2013, a Prefeitura de Olinda prometeu enviar ao BID e à Prodetur um projeto alternativo, no qual o escopo englobaria o uso do equipamento cultural também como mercado público. Sete meses depois, no dia 15 de abril passado, a prefeitura convocou nova audiência pública para falar sobre o andamento do projeto, mas desta vez o encontro não teve a presença da Sodeca. 

“A gente não compareceu porque já tínhamos aprovado (no dia 23 de agosto de 2013) uma proposta diferente da que o Prodetur queria, que era transformar o Eufrásio Barbosa num centro de artesanato, com museu e outras coisas, fugindo totalmente da realidade do espaço que é, essencialmente, um mercado popular da região”, revela Edmilson Cordeiro, um dos diretores da Sodeca. Mesmo com a ausência da Sociedade de Defesa da Cidade Alta de Olinda, a audiência pública realizada no último dia 15 de abril contou com a participação de mais de 310 pessoas, entre cidadãos e representantes de diversas entidades, a exemplo da Câmara dos Dirigentes Logísticos de Olinda (CDL-Olinda) e associações de moradores de outros bairros do município.

De acordo com Lucilo Varejão, secretário de Patrimônio e Cultura de Olinda, ao analisar a proposta alternativa de reforma e restauro do Mercado Eufrásio Barbosa, o BID declarou após o Carnaval deste ano que as mudanças constituem em alteração significativa no conceito inicialmente aprovado. Além disso, o Banco deu duas propostas à prefeitura: Ou o projeto original é respeitado e executado com recursos do BID, ou a Prefeitura de Olinda assume a nova proposta e arca com todos os custos da obra. ”Se a gente fosse arrumar esses R$ 11 milhões, seriam mais uns quatro anos de luta para conseguir o recurso, e daqui pra lá o mercado desabaria”, opina Varejão. Segundo o próprio secretário, 70% da área do mercado está degradada e ameaça desabar. De fato, o local encontra-se entregue às baratas. No dia 21 de maio, às 22h, a equipe do LeiaJá esteve no Eufrásio Barbosa e constatou total abandono do equipamento cultural. O espaço encontrava-se aberto e completamente sem segurança, além de feder a urina e estar com fiações elétricas expostas e portas quebradas. 

Segundo Claudio Wanderlei, também diretor da Sodeca, um técnico do Prodetur chegou a informá-lo que a manutenção do mercado, após as obras da Prodetur, ficaria por volta de R$ 90 mil mensal. Questionada sobre o assunto, a Prefeitura de Olinda informou que o valor da manutenção mensal depende do plano de gestão do Eufrásio Barbosa, que ainda será feito em conjunto com a sociedade, e que não existe contrapartida no projeto por parte do município. O Prodetur, por sua vez, informa que o custo de manutenção será de aproximadamente 500 mil reais por ano.

Comércio no mercado e resposta da Prodetur

A secretária executiva da Secretaria de Patrimônio e Cultura de Olinda também explica que a venda de frutas, verduras e outros produtos continuará no local, mas numa escala menor. “Esse equipamento já passou pela experiência de ser um mercado de abastecimento na década de 80, só que isso não deu certo. Vamos ter o Mercado de Peixes, que vai suprir essa necessidade e ficará instalado no Fortim dos Queijos, que é a área de vocação pra isso, ao contrário do Eufrásio Barbosa”, explica Claudia Rodrigues, ressaltando que os comerciantes que já estão no mercado vão permanecer no local. A ideia é que quando as obras estivem concluídas o restante dos espaços sejam licitados.

Segundo a Secretaria de Turismo de Pernambuco, "A Prefeitura de Olinda apresentou proposta de modificação ao projeto propondo novos usos, ocorre que o projeto executivo já estava concluído e com as devidas aprovações junto aos demais órgãos e o BID".

À frente da Secretaria de Patrimônio e Cultura de Olinda (SEPAC) desde janeiro de 2013, Lucilo Varejão é um defensor do sítio histórico e do carnaval tradicional de Olinda. Além de ocupar outros cargos, como uma cadeira na Academias de Letras de Olinda e Recife, ele é presidente do Conselho de Preservação dos Sítios Históricos de Olinda e membro do Conselho de Cultura do Recife. Em entrevista exclusiva concedida ao LeiaJá, Lucilo falou sobre os principais projetos em andamento na secretaria e da reforma de equipamentos importantes como o Cine Teatro Olinda, o Cine Duarte Coelho, o Teatro do Bonsucesso e o Mercado Eufrásio Barbosa, espaços que sofrem há anos com o abandono. Além disso, o secretário também conversou sobre assuntos relacionados ao Carnaval de Olinda, como o orçamento deste ano, novidades na programação, e a instalação de camarotes e áreas VIPs na Cidade Alta. No fim da entrevista, Lucilo convida o folião, com o 'espírito liberado', a “Se divertir e aproveitar as cores, a música e, no nosso caso, as mulheres bonitas. Isso é o que interessa”. Confira:

Quais são os principais projetos em andamento na SEPAC e quais são as prioridades da gestão?

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Nós temos duas vertentes. A primeira é a conservação de um patrimônio histórico tombado. E dentro do patrimônio tombado nós temos este ano 14 projetos do PAC voltados para a reforma e conservação dos monumentos históricos. Do lado da Cultura, nós estamos no período de carnaval. Queira ou não queira, talvez o Carnaval de Olinda seja hoje um dos maiores do Brasil, tendo em vista que no ano passado nós recebemos nessas ruelas estreitas 2,5 milhões de foliões. Com isso dá pra imaginar o tamanho da festa. E uma grande vantagem é que a violência tem assolado o país, mas durante todo o período do Carnaval nós não tivemos um só homicídio nem lesão corporal. A grande característica de Olinda é que é um carnaval espontâneo, que se manifesta por si só. As pessoas vão às ruas, organizam seus blocos e troças, seja formal ou informalmente. E isso faz a beleza de toda a festa. Na realidade, o carnaval é a maior festa que temos no nosso calendário de atividades, que segue durante todo o ano.

Vocês tem seguido as orientações do Plano Municipal de Cultura?

O Plano Municipal de Cultural por sinal pra nós é uma grande diretriz, porque ele foi feito democraticamente com todos os segmentos e nós temos seguido juntamente com o próprio conselho e a coisa está funcionando bem.

Como anda a reforma no Cine Teatro Olinda? Qual a previsão de inauguração do espaço?

Toda obra civil de engenharia, que é o que competia à Prefeitura de Olinda, já está concluída. No momento a obra está nas mãos do IPHAN porque ele é o responsável pelo mobiliário, pela instalação das poltronas e do ar-condicionado. Estamos aguardando essa conclusão e eu acredito que em meados de 2014 tenhamos aquele cinema-teatro funcionando. Obra pública depende de vários processos burocráticos e isso tudo faz com que a gente não se precipite. É preciso que tenhamos o equipamento pronto para então convidarmos toda a classe artística envolvida e fazer um planejamento da gestão do local.

E o Cine Duarte Coelho?

Ele está num daqueles projetos do PAC que citei. Será uma obra magnífica, um teatro para 200 a 300 lugares, e teremos, além de camarins masculinos e femininos, uma estrutura para cursos de cinema e animação. É uma obra realmente grandiosa e cujo projeto está agora nos trâmites finais para que a gente possa dar o pontapé inicial. Eu espero que ainda em 2014 tenhamos todo o planejamento pronto para saber quando começamos as obras.

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E o Teatro do Bonsucesso?

Está praticamente pronto. O único problema que estamos tendo agora é que, às vésperas da inauguração. descobrimos um foco de cupins nas vigas principais. Estamos fazendo algumas análises com engenheiros especialistas para saber de que maneira vamos solucionar estes problemas e tocar para a inauguração. Olinda é uma terra cheia de verde, de árvores, de quintais, e cupim não é uma coisa simples de acabar. Na hora que estamos com o teatro concluído aparece isso e não se sabe o perigo que ele está passando. Então a data da inauguração eu só vou poder dizer quando a gente tiver tudo isso concluído, e não há previsão.

E como anda a reforma do Mercado Eufrásio Barbosa?

Tivemos uma grande polêmica com essa reforma, por ser um centro cultural, mas que hoje vai contemplar também a vontade de alguns segmentos da população. Esse projeto realmente foi concluído, o dinheiro está garantido. Mas até agora apenas a nossa parte foi feita e a obra será do Governo do Estado. Inclusive na próxima semana haverá uma reunião entre a Prefeitura de Olinda e a Secretaria de Turismo de Pernambuco cuja pauta é o mercado. Eu não posso adiantar qual é o assunto. 

O Teatro Santa Cruz será reaberto?

Ele está dentro do mercado e logicamente será contemplada com as obras da reforma.

Sobre o Carnaval de Olinda, qual o orçamento deste ano?

Eu não posso lhe dizer de antemão qual o orçamento porque estamos inclusive em fase de captação. Logicamente o grande patrocinador já é conhecido, foi feita uma licitação pública para isso, e foi ganha pela AmBev. Além disso, há um repasse do Governo do Estado e de outras instituições. Como ainda estamos negociando, alguns já definiram valores, outros ainda estão a definir, mas em geral a despesa do Carnaval é uma coisa muito alta e geralmente fica em 50% público e 50% privado.

O que já tem de patrocínio garantido? A AmBev ou o Governo do Estado já anunciaram algo? 

A AmBev, por exemplo, vai apoiar com R$ 4 milhões. Já o Governo do Estado ainda está negociando com a gente.

Quais são os apoios que vocês tem oferecido às agremiações?

Nós temos três tipos de apoio, isso a grosso modo, porque existem apoios são dos mais diversos. Na hora que eu coloco um som é um apoio, na hora que eu coloco um palco é outro. Mas principalmente nós cedemos as orquestras para algumas agremiações, algumas tem convênio com a gente e outras tem contrato. Isso tudo é bem variado.

Como está a montagem da programação do Carnaval de Olinda deste ano?

Estamos atrás de recurso e por conta disso ainda vamos fechar a programação. Mas posso adiantar, por exemplo, que na abertura do Carnaval de Olinda teremos o tradicional show de Alceu Valença. Patusco também estará conosco, entre outras agremiações. Acredito que segunda (10) ou terça-feira (11) eu já deva ter essa grande completamente fechada. Mas temos mais de 600 agremiações desfilando no Carnaval de Olinda. Vários polos, muito movimentados, como Rio Doce, Salgadinho, o Polo Samba que fazemos no Alto da Sé, e o de Amaro Branco.

Eventos privados durante o Carnaval dividem opiniões

Vocês lançaram uma portaria na última quarta (5) com algumas exigências para as festas privadas que vão acontecer no Carnaval de Olinda. Fale um pouco sobre isso.

A questão dessas casas chamadas camarotes é na realidade muito particular. No ano passado houve talvez uma meia dúzia de casas que tentaram organizar esses eventos. Nós temos uma legislação que dura o ano todo, que é a lei de preservação do sítio histórico, e que prevê determinadas coisas. Além disso, a gente tem uma portaria federal que regula os eventos públicos e temos uma lei estadual. Eu recentemente editei, juntamente com o secretário de Controle Urbano de Olinda, uma portaria, que foi lançada na última quarta-feira (5) em que a gente congrega todas essas diretrizes municipais, estaduais e federais para facilitar a vida daqueles que têm interesse em realizar essas tais casas-camarotes. O problema é que neste ano houve uma proliferação imensa dessas casas e elas, na sua maioria, são espaços totalmente irregulares e que nunca nos procuraram. Como é que a gente sabe disso? Em algumas casos a gente descobre num panfleto, outros na internet, seis, cinco, quatro dias antes da festa acontecer, sem a menor licença. Mas nós vamos lá e interditamos, porque o produtor tem que dar uma entrada numa documentação e atender a todos os trâmites de regras de segurança, seja do Corpo de Bombeiros, do IPHAN, da portaria do Ministério da Justiça, das próprias leis do sítio histórico do município.

Grande parte destas festas está sendo realizada de forma irregular. Se há um produtor, que é responsável por esse tipo de evento, e alguém compra, esta pessoa está cometendo a mesma infração. Não é responsabilidade nossa. Quando a gente compra um ingresso é preciso que tenha um alvará de autorização. Nós não somos contra. Apenas queremos que o sujeito cumpra todos os trâmites que a lei manda. É uma questão de segurança do próprio folião e é uma questão de preservação do próprio patrimônio. Afinal de contas é uma cidade tombada que tem regras e nós precisamos respeitar também o direito do morador. Não pode qualquer pessoa criar um evento imenso, com milhares de pessoas, sem hora pra terminar, e que não atenda às regras de segurança. Hoje o sujeito tem até o dia 10 de fevereiro, o decreto está ai, e até lá ele dá entrada munido de toda a documentação. E essa documentação é analisada pelo Conselho de Preservação dos Sítios Históricos. Se for negado, está encerrado, não vai acontecer. E, se for aprovado, virá para que a secretaria dê o aval, encaminhe depois para uma vistoria dos órgãos competentes como o IPHAN, os Bombeiros, a própria SEPAC e Controle Urbano, entre outros, e ele terá então o alvará e poderá vender o seu ingresso. Inclusive hoje, de acordo com a portaria, para ele realizar uma festa dessas é preciso que ele saiba da limitação do número de pessoas que comporta o lugar e que ele tenha um contador das pessoas que entram na festa, para que se possa ter o verdadeiro controle. Fora isso uma série de outras exigências que estão na lei e que não é nada demais. A portaria não trouxe nenhuma novidade.

Uma coisa que estamos exigindo também e que sempre se exigiu é a questão da acústica. Já imaginou um morador da região com a vizinhança fazendo festa até às 4h da manhã? Uma vez na vida a pessoa suporta, mas todo sábado e domingo? Mas se cumprir as regras está tudo certo e isso é até bom porque movimenta a cidade, traz o turista, o jovem, mas é preciso cumprir regras e estamos aí vigilantes para que todas sejam cumpridas. Se fizer irregularmente, nós encerramos o evento no meio e autuamos com multa e fechamento da casa. Tem o exemplo do ano passado de uma casa bem conhecida que vendeu os ingressos e que a gente só tomou conhecimento do evento dois dias antes. E ia acontecer numa casa quase desabando. Os produtores queriam colocar o palco embaixo de uma ruína de dois ou três andares. Imagina uma nova Kiss por aqui?

E como é feita essa fiscalização?

A fiscalização é feita por um pessoal daqui treinado e competente que quando recebe denuncias ou descobre as festas vai conferir e toma as providências.

O prazo poderá ser prorrogado?

De jeito nenhum, porque isso não é nenhuma novidade. As leis já existem e são regulamentos para o ano todo. Nós apenas relembramos na portaria de que existem determinados limites em função de determinadas leis já existentes.

Qual a sua opinião quanto aos espaços Vips no Carnaval de Olinda? Você acha que eles vão mudar a cara da festa?

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Nós estamos muito vigilantes porque muitas delas realmente não acrescentam em nada. É o que eu disse no início. O Carnaval de Olinda é antes de tudo um carnaval espontâneo, de rua, de cores e desfiles. Em alguns casos um ou outro camarote acrescenta alguma coisa, mas na sua maioria são de interesse de um público que não frequenta a cidade. Eu particularmente acho que a maioria delas não acrescenta algo a Olinda. A gente precisa preservar o carnaval que não precisa comprar uma abadá, uma corda, ter um trio elétrico estourando seus ouvidos. Ao contrário. Você veste o que quer, monta seu bloco que pode se transformar em algo centenário. Eu sou mais favorável a isso, agora, lógico, se uma casa ou outra quer se instalar e ela segue os trâmites legais, a lei permitindo, a gente não pode interditar. Mas o que tiver de regular nós vamos nos fazer presentes e não permitiremos.

A 'camarotização' do Carnaval de Pernambuco

Falando ainda sobre o carnaval, vocês vão seguir à risca a lei estadual que proíbe som após as 2h e que tem gerado polêmica?

Houve uma discussão muito grande sobre o assunto. Mas oficialmente nós não estamos exigindo. Agora, claro, determinados eventos a gente tem negociado o horário. Você não pode impedir o Homem da Meia-Noite, por exemplo, porque ele não é um evento fixo, é um evento de arrastão, de chão, de rua. Já é uma tradição e a festa não acontece na sede, ele percorre as ruas e o povo espera. É um evento itinerante, diferente de um ponto fixo que causa um transtorno imenso no entorno.

Qual o diferencial do Carnaval de Olinda?

O Carnaval de Olinda tem transcorrido com muita tranquilidade. Um grande problema tem sido os casos isolados de galeras que se encontram. Mas em relação a isso temos um esquema bem montado com a Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Municipal. O Carnaval tem transcorrido nessa paz que eu falei. Diariamente você encontra homicídios por todo o Brasil e inclusive em Olinda, mas durante o Carnaval você não tem uma ocorrência. Isso prova que o folião veio e provavelmente virá novamente em 2014 com o espírito liberado para se divertir e aproveitar as cores, a música e, no nosso caso, as mulheres bonitas. Isso é o que interessa.

Representantes da Sociedade Olindense de Defesa da Cidade Alta (Sodeca) se reunirão nesta terça-feira (13) às 19h com o prefeito Renildo Calheiros. O encontro será uma reunião de trabalho e tem por objetivo apresentar as demandas já discutidas da população da Cidade Alta de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR) e arredores em relação ao Mercado Eufrásio Barbosa.

No último sábado (10) o Sodeca promoveu o #OcupeEufrásio, com apresentações musicais e teatrais, para chamar a atenção da população a respeito do tema. A entidade é contra a proposta da gestão municipal de transformar o espaço, inaugurado em abril de 1990, em um centro de artesanato. Os moradores querem que o mercado, desativado há sete anos, volte a funcionar com atividades de gastronomia, vendas de ervas, frutas, verduras e que seja devolvido a população.

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No próximo dia 13 de abril acontece a primeira edição do Festival Ponte Sonora às 22h no Mercado Eufrásio Barbosa. O cantor Paulistano Curumin faz única apresentação e lança seu novo trabalho, intitulado Arrocha. O festival conta com os anfitriões olindenses Sonic Junior e a banda Bonsucesso Samba Clube, sob a liderança de Roger Man que ao lado de Junio Véi, assina a produção do evento.

Curumin após participar como baterista nas bandas dos artistas Paula Lima, Arnaldo Antunes, Vanessa da Matta e Céu, lança seu  eterceiro trabalho solo. Em 2003, lançou “Achados e Perdidos”, que apresenta influências musicais do soul e funk americanos, além de samba-funk dos anos 70 e hip-hop. Em 2005, o CD foi lançado no mercado norte-americano pelo selo californiano Quannum Projects. Em 2007, Curumin inicou a produção de seu segundo disco JapanPopShow, contando com a participação de artistas como Blackalicious, Tommy Guerrero, General Electric, Lucas Santtana e Turbo Trio.

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Fora dos palcos desde 2009, a banda Bonsucesso Samba Clube retornou aos palcos em janeiro deste ano. O grupo surgiu em 1999, lançou dois discos e já teve várias formações. Desta vez, os integrantes são Sânzyo Rafael (bateria), Leonardo Orosca (percussão), Rapha Groove (baixo e voz), Vitor Magal (guitarra) e Guga Fonseca (teclado) e apostam em um estilo próprio com elementos de rock, dub, música eletrônica e funk com influência forte de Olinda na identidade musical. Além deles, participa da festa também  Sonic Junior, apostando em uma mistura de elementos musicais europeus com africanos sob comando de Juninho, que canta, solta as bases, bateria e djambei.

Os ingresssos estão à venda nas loja Avesso, Passadisco, Oficina da musica (Olinda) e ZV Tatoo (Galeria Joana Dark), ou pelo site eventick.

Serviço

Festival Ponte Sonora

13 de abril | 22h

Mercado Eufrásio Barbosa - Olinda

R$40 (inteira) e R$20 (meia)

A Vereadora da cidade de Olinda, Graça Fonseca (PR) recebeu a aprovação por parte de seus colegas de legislatura do requerimento de sua autoria, solicitando Audiência Pública sobre a “Requalificação do Mercado Eufrásio Barbosa”. O evento vai acontecer no dia 17 de abril de 2013, às 9h, no Plenário da Câmara Municipal da cidade patrimônio Cultural da Humanidade.

Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa da vereadora, toda a comunidade olindense está convidada a participar desta ação, que tem por objetivo trazer de volta à cidade um de seus principais cartões postais.

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