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Candidato a governador pelo União Brasil, Miguel Coelho visitou o Mercado Público de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes, na manhã desta quinta-feira (8). A atividade faz parte de um conjunto de agendas em espaços públicos com grande concentração de trabalhadores. Na visita, Miguel defendeu investimentos para equipamentos desse porte, importantes pontos de geração de emprego e renda. 

Por mais de uma hora, o ex-prefeito de Petrolina conversou com feirantes, comerciantes e ambulantes do local, bem como, moradores da região que diariamente realizam compras no mercado. O candidato ouviu muitas reclamações sobre a sujeira no ambiente e no entorno, falta de manutenção e drenagem da estrutura.

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"Pretendemos fazer parcerias para revitalizar esses espaços com as prefeituras. Os mercados públicos, além de gerarem emprego e renda, com comércios movimentados, são atrativos também para o turismo de muitas cidades pernambucanas. Estamos visitando, conversando com os comerciantes e firmando o compromisso de a partir do próximo ano termos um governador que trate espaços como este, que recebem milhares de pessoas, como uma prioridade de governo", declarou.

Durante a campanha e pré-campanha, Miguel visitou diversas feiras e mercados públicos. O candidato já percorreu centros comerciais em cidades como o Recife, Gravatá, São José do Egito, Caruaru, Riacho das Almas entre outras. A agenda de Miguel nesta quinta continua com encontros políticos em Olinda e Jaboatão.

*Da assessoria de imprensa

A Prefeitura de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, anunciou um auxílio emergencial municipal para os permissionários do Mercado Público da cidade que tiveram seus produtos destruídos por conta do incêndio que ocorreu na última quarta-feira (25).

Cerca de 200 permissionários cadastrados previamente pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico terão direito a três meses da parcela de R$ 600. O Executivo municipal afirma que R$ 360 mil em recursos próprios serão investidos e um projeto de lei validando os pagamentos foi encaminhado à Câmara de Vereadores de Camaragibe para ser votado pelos parlamentares.

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A prefeitura garante que também já viabilizou um novo local para que os permissionários possam voltar a comercializar os seus produtos de forma temporária. O local, que foi escolhido pelos próprios comerciantes, será a Rua dos Ipês, no Bairro Novo. 

Eles se reuniram nesta quinta-feira (26) com a prefeita Nadegi Queiroz e com os secretários no cineteatro da cidade. O mercado público, que tinha uma reforma prevista para iniciar em julho, vai passar por um processo de total revitalização. Além disso, serão apresentadas aos permissionários propostas de crédito, em parceria com instituições financeiras, com prazo maior de carência e negociação de juros.

“O que aconteceu no mercado foi uma tragédia. Graças a Deus ninguém ficou ferido. Mas muitos permissionários perderam tudo. E nós não vamos deixá-los desassistidos. Vamos pagar esse auxílio emergencial durante três meses para ajudá-los enquanto não iniciamos a requalificação do mercado. Os problemas estão aí, mas nós vamos enfrentá-los. Ninguém ficará desassistido”, afirmou a Doutora Nadegi.

Cerca de 200 comerciantes foram prejudicados pelo incêndio que atingiu o Mercado Público de Camaragibe, na madrugada desta segunda-feira (25). Não houve vítimas, segundo o Corpo de Bombeiros.

Os bombeiros foram acionados por volta das 2h10 e enviou quatro viaturas de combate a incêndio e uma de comando operacional. As equipes conseguiram controlar as chamas que se espalharam nas lojas do Mercado Público, na Avenida Belmiro Correia, no Centro. A ocorrência foi concluída por volta das 8h30.

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A área foi interditada e a Prefeitura enviou a Defesa Civil para verificar as causas do incidente e os prejuízos à estrutura do Mercado.

A prefeita Nadegi Queiroz visitou o local e garantiu a reforma do espaço. “Vamos prestar todo auxílio necessário a esses camaragibenses e a todos os outros que precisarem neste período de chuva. Antes mesmo da tragédia, já estava prevista uma reforma e requalificação de todo mercado. Agora, ela é mais do que urgente. E vamos fazê-la!”, anunciou em seu perfil nas redes sociais.

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O mais antigo mercado público do Brasil, o Mercado de São José, patrimônio histórico no coração do Recife, ficou 36 horas sem energia elétrica. O fornecimento de energia ocorreu apenas no final da manhã desta segunda-feira (7), resultando em muitas queixas dos comerciantes. A Prefeitura do Recife (PCR) informou que um curto-circuito, ocasionado pelas fortes chuvas, provocou o interrompimento do serviço desde a noite do sábado (5).

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O expediente desta manhã foi marcado por correria por parte dos vendedores, que precisaram comprar sacos de gelo às pressas para conservar os produtos. O mercado é popular pela oferta de pescados, laticínios e frios no geral. No entanto, pelas condições de climatização e armazenamento disponíveis no local atualmente, a refrigeração paralela, improvisada pelos comerciantes, é frequente.

“Normalmente chego aqui às seis da manhã, de segunda a sábado, e no domingo não venho. Cheguei hoje e estava sem energia. Esse freezer meu, depois de aproximadamente 18 horas, se transforma em um forno. Os produtos que estavam dentro dele tiveram que ser descartados; foram salsicha, salsichão, queijo coalho, queijo manteiga. Os frios que estavam aqui do que ficou no sábado. São produtos que recebemos resfriados, é a forma como a gente trabalha. Eles ficaram sem condições de comercialização”, disse ao LeiaJá Sales Júnior, de 46 anos, proprietário da Granja Passarinha, que perdeu 16 quilos somente de peças de queijo após o ocorrido .

Sales alegou também que os comerciantes não recebem muitas informações. "Se houvesse uma rede de contatos ou apoio oficial, que abrangesse a todos, o problema poderia ser amenizado", diz ele.

“Não é a primeira vez que tenho prejuízos do tipo aqui. Infelizmente, essa parte da energia está comprometida, porque eventualmente ocorre esse tipo de situação. Não vou dizer que ocorre todo mês, mas tem vezes que ocorre e passa até mais tempo. Nem de gelo eu precisei, porque já tinha se perdido tudo, senão tinha comprado. Se eu tivesse tomado conhecimento, teria vindo aqui e refrigerado tudo manualmente”, continuou.

Essa comunicação "independente", na qual o comércio se vira sozinho, é algo que a comerciante Ruth de Miranda Bezerra, de 67 anos, também critica. Sem prejuízos diretos desta vez, a proprietária da ‘Rutinha Pescados’ diz que a situação tem piorado de maneira gradativa: “A gente se antecipa, toma providência. Evita o prejuízo porque já entende. Acho que gasto uns 50 reais por dia só comprando gelo, para conservar a mercadoria”.

A autônoma continua: “Mesmo sem prejuízo [com perda de mercadorias], a gente se prejudica porque tem que gastar dinheiro com gelo, temos que ter muita atividade e cuidado, porque se o movimento estava ruim, sem luz fica pior. Aliás, desde 2020 que a realidade da gente é essa. A cada dia piora. É falta de cliente, de segurança. O mercado de São José está basicamente abandonado”.

O irmão de Ruth, Joel Gomes, de 63 anos, também tem uma banca própria de pescados, onde divide espaço de trabalho com familiares. Há cerca de 45 anos trabalhando no São José, na atividade que é herança de família, ele denuncia que a situação vem de anos e outras gestões prometeram reformas que nunca chegaram.

“Desde a pandemia que a situação ficou mais caótica. O começo foi um dos piores momentos da vida da gente. Os governantes não entendem o que é preciso fazer e não podemos contar muito com eles. Quem entende da casa é quem mora nela. Falta muita coisa aqui dentro. Inclusive, uns anos atrás, houve uma reunião, falando que houve verba federal, pensaram em reforma e tudo, mas só foi aquilo ali. Nunca aconteceu”, afirmou.

Gomes diz que nem mantém mais as esperanças no alto, mas que espera algum tipo de intervenção, pois o mercado está se “acabando”. “A gente precisa de uma reforma geral, o que já está nos planos há tempo. Falar em climatizar já seria sonhar alto demais, a insegurança eu já sei que tem em toda parte. Mas, ao menos, melhorar as condições de trabalho. A gente precisa de mais espaço, mais freezers. Há muita coisa para fazer aqui”, completou.

Motivo para a falta de energia

De acordo com a administração do Mercado de São José, o suporte da Neoenergia chegou ao local por volta das 11h, para realizar os reparos e religar a fiação elétrica. Um caminhão de suporte havia seguido ao Mercado no domingo (6), mas a equipe não tinha autorização para realizar a religação.

Em nota ao LeiaJá, a PCR informou o motivo do curto-circuito. Confira na íntegra:

"A Autarquia de Serviços Urbanos do Recife (CSURB) informa que, na madrugada de domingo (06), houve um curto-circuito na subestação elétrica do Mercado de São José, devido às chuvas. Para realizar o reparo, a equipe de manutenção da autarquia solicitou à Neoenergia o desligamento da eletricidade, que foi feito às 11h30, tendo o serviço sido concluído às 13h. Tão logo foi realizado o conserto, houve solicitação à concessionária para o religamento da energia, o que aconteceu apenas na manhã desta segunda-feira (7)".

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Para frequentar e consumir em restaurantes locais, a população pernambucana precisa, desde o último dia 14, apresentar o cartão vacinal comprovando, pelo menos, duas doses de vacina contra a Covid-19. A medida tem como o objetivo frear, sem restringir o convívio social, quadros clínicos causados pelo coronavírus e pela H3N2, novo vírus da influenza que provocou um pico de infecções e internações em Pernambuco.  

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Funcionários e prestadores de serviços também devem estar vacinados para circular nesses espaços, de acordo com o decreto estadual. As medidas têm caráter analítico e são válidas até o próximo dia 31, também em espaços culturais, como cinemas, teatros e museus de todo o estado. 

Em rondas durante esta semana, o LeiaJá visitou alguns restaurantes no Centro do Recife, para verificar o cumprimento da nova regra e o que pensam dela clientes e comerciantes. Foram visitados estabelecimentos do comércio, do mercado público da Boa Vista e do Shopping Tacaruna, na última quarta (19) e quinta-feira (20), por volta das 13h. Notou-se, em todos os casos, um conhecimento geral e aceitação das novas regras, mas nem sempre houve sinalização ou o cumprimento do decreto. 

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No Mercado da Boa Vista, que fica à Rua da Santa Cruz, não havia sinalização do novo decreto estadual, apenas placas exigindo o uso de máscara; o mesmo se viu nas dependências de cada um dos estabelecimentos. Como a maioria dos restaurantes no local abre apenas de quinta-feira a domingo, ontem (20) foi o primeiro contato de alguns deles com a regra. De acordo com comerciantes ouvidos pelo LeiaJá, o grande desafio será controlar o público e realizar a cobrança do passaporte aos sábados, dia de pico no mercado. 

O comerciante Otacílio Santos, de 41 anos, é proprietário de um restaurante no mercado público, que não apresentava sinalização sobre o decreto. Ele afirmou que recebeu um comunicado da Prefeitura do Recife sobre a regra, em um pedaço de papel. “Hoje é o meu primeiro dia, porque acabamos de abrir, mas ainda não precisei cobrar de ninguém. Acho que o pessoal vai aceitar bem, nunca tive problemas com clientes nem sobre o uso de máscaras, mas só vai dar para saber disso melhor no sábado. O domingo é bem tranquilo, vem mais família, e eles mesmo se prontificam por causa das crianças”, disse. 

Em outro bar, mesmo sem a sinalização, os clientes estavam com seus comprovantes à mão. As mesas do estabelecimento eram as mais cheias do local, tendo recebido um grupo de colegas de trabalho para a comemoração de um aniversário. Para conseguir dar conta de atender os clientes, o gerente do negócio, Arthur Alves, de 27 anos, separou o grupo por 10 em cada mesa, de acordo com as exigências sanitárias. No entanto, pelo pouco espaço disponível na área de alimentação do equipamento, o distanciamento não pôde ser cumprido. 

“A vacinação foi para a gente uma oportunidade de tentar, aos poucos, retomar as nossas práticas profissionais e sociais. Ela está trazendo essa liberdade, porém, sempre com cuidado e observando as questões epidemiológicas atuais. É muito importante a gente poder falar sobre essa apresentação do cartão vacinal, pois só a vacinação traz pra gente a liberdade de frequentar esses lugares. Acho que o decreto é válido, mas é preciso que os estabelecimentos comerciais realmente cumpram o decreto. Que peçam às pessoas e visualizem realmente que é o cartão da pessoa”, declarou a enfermeira infectologista Aracele Cavalcanti, de 41 anos, que estava comemorando o aniversário de um amigo junto aos demais colegas. 

O momento da checagem, como mencionado pela infectologista, também é a principal preocupação do comerciante Lenilson Ferreira de Santana, de 63 anos. Conhecido como “Leleu”, o autônomo hoje é proprietário de um ponto de venda e consumo de bebidas que está no mercado há mais de 50 anos. Lenilson disse que ainda não precisou cobrar de ninguém o passaporte e que a checagem pode dificultar o seu trabalho nos dias de maior movimento. Por outro lado, nota que a clientela, por iniciativa própria, mostra o cartão de vacina e mantém a máscara enquanto aguarda na área externa. 

"Eu creio que vai ter dificuldade do pessoal aceitar. É ruim para controlar, chegar na mesa e pedir. Uma alternativa seria fechar o portão [do mercado] e pedir na entrada; quem fosse entrar, precisaria mostrar. A maioria [dos clientes] aqui é consciente, perguntam o que estão pedindo, mas aqui não está funcionando muito, não. Ao mesmo tempo, pedir na entrada poderia prejudicar a gente, porque na mesa, pelo menos já estão consumindo. Imagina chegar uma turma, tem um ou dois que não têm [o cartão], vai voltar todo mundo”, compartilha. 

Demais visitas 

Além dos restaurantes do mercado público da Boa Vista, o LeiaJá foi a estabelecimentos onde imagens em vídeo não foram autorizadas. Em uma rede de restaurantes que possui unidades nas ruas Nova e Imperatriz Teresa Cristina, a checagem estava sendo feita regularmente, com todos os clientes, e o local dispôs de uma funcionária para higienizar as mãos dos consumidores na entrada. No momento da chegada da reportagem, o senhor Pedro Mota, de 63 anos, posou para a foto (ver galeria) mostrando o cartão de terceira dose. 

Em outros dois restaurantes visitados na rua Matias de Albuquerque, o decreto não estava sendo cumprido. Um deles possuía sinalização e uma funcionária, que pediu para não se identificar, disse que a documentação estava sendo exigida antes do consumo, o que não aconteceu. No segundo caso, o local não possuía placas informativas e a cobrança ainda não estava sendo feita por uma questão de adaptação, de acordo com o coproprietário Vinicius Braz, de 20 anos, que não quis gravar entrevista. 

No Shopping Tacaruna, localizado em Santo Amaro, todas as lojas em ambas as praças de alimentação estavam sinalizadas e cobrando o cartão de vacinação dos consumidores, junto à carteira de identidade, para a comparação dos dados. O LeiaJá também teve acesso a um restaurante do centro de compras, nos quais os clientes foram vistos em mesas com distância de dois metros ou mais, além da exigência de comprovação do documento. Nenhum questionamento, por parte dos clientes, foi presenciado pela reportagem (ver vídeo). 

 

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Dona Lucia mora em Sucupira, periferia de Jaboatão dos Guararapes, e próximo ao mercado público de Cavaleiro, onde vai com frequência fazer as compras da semana. Com uma oferta bem diferente da encontrada nas regiões mais nobres da metrópole recifense, o mercado é uma opção para famílias com menor poder aquisitivo completar a feira do mês, ou mesmo para as que estão apenas focadas em economizar, desde que dispostas a enfrentar o “vuco-vuco” do espaço público, que comporta centenas de vendedores, oferecendo desde roupas íntimas e celulares, à “baba” de carneiro e cortes de todos os tipos de carne.

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Desempregada, Lucia Maria de Lima, de 54 anos, era doméstica em uma só residência até o início da pandemia, com renda fixa em torno de R$ 800, R$ 300 a menos do que o valor previsto pelo salário mínimo reajustado em 2021, que é de R$ 1.100. Com a chegada do coronavírus no estado, a trabalhadora perdeu o emprego, que lhe rendia oito diárias de R$ 100 ao mês e era sua única fonte de renda, além do Bolsa Família de R$ 89. Ela diz que chegou a receber o auxílio emergencial desde as primeiras parcelas, de R$ 600, mas o benefício foi suspenso nas últimas análises. Com o fim do Bolsa Família, aguarda sua chamada para o novo programa de auxílio do Governo Federal, o Auxílio Brasil, mas ainda não foi informada sobre parcelas pendentes ou restantes. Isso significa que, para o mês de novembro, dona Lucia não terá nenhum dos suportes que costumava ter. Em casa, vive com uma sobrinha de 18 anos, estudante e também desempregada. O último recurso é o filho, Alan de Lima, de 31 anos, que também é desempregado e vive de bicos, mas ajuda quando pode.

Com essas preocupações, diz viver “no aperreio”. Hoje, compra tudo pela metade e espera faltar para comprar. O dinheiro que entra varia, depende do que Alan faz no mês: R$ 100, R$ 150. Lucia vai cortando entre cereais, verduras e legumes, e a carne, mas é a última que tem pesado mais no orçamento e forçado adaptações. “É difícil, as coisas estão muito caras. Eu compro ovo, salsichinha, quando dá, o fígado ou o peito de frango. Não dá para compensar. Eu diminuo uma coisa para juntar e comprar outra. Eu comprava cinco quilos de feijão, agora compro três, e com a diferença compro o gás, pago a água, a luz. Vou diminuindo minhas contas até onde der e regrando as coisas para chegar até o próximo mês”, relata ao LeiaJá, enquanto pesquisa o preço do pé de galinha.

Atualmente, ela não retorna ao trabalho por questões de saúde. Com medo de ter pego Covid ou de estar com algo mais grave, apesar do convite para voltar fazer diárias, prefere se certificar de que a saúde está em dia, antes de se comprometer a trabalhar na casa dos outros, mas afirma já ter completado o calendário de vacinas contra a Covid-19. Essa oportunidade de trabalho será a mesma e a única que Lucia teve em quase dois anos de pandemia e de desemprego. O relato da doméstica é facilmente confundido com o de muitos outros recifenses.

“Já cheguei, muitas vezes, a pensar que não teria dinheiro para nada. Já deixei de pagar água, de pagar luz, ficar ‘doida’ precisando pagar conta. Recebo desconto na energia pelo Bolsa Família, mas ainda pago R$ 70, R$ 80, por causa do aumento (bandeira vermelha). Fora o meu filho, agora, eu não tenho nenhum outro tipo de ajuda. Às vezes ele manda R$ 100 por mês, às vezes R$ 150. É a única renda certa que eu tenho”, finalizou.

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Inflação e desemprego desestabilizam orçamento da população

Assim como Lucia, quase 900 mil pernambucanos procuram emprego no estado. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em agosto deste ano, a taxa de desemprego em Pernambuco atingiu 21,6% no segundo trimestre de 2021, o pior resultado em nove anos e a maior taxa entre todos os estados brasileiros. Na média nacional, o desemprego marca 14,7%.

Influenciados pela pandemia, os números se traduzem em um total de 885 mil pessoas em busca de emprego, o que facilmente é percebido nas ruas das maiores cidades do estado, como o Recife, onde a concentração de renda também é a maior do Brasil. Na comparação com o mesmo trimestre de 2020, quando a pandemia da Covid-19 chegou ao país, o indicador cresceu 6,5 pontos percentuais.

Também parte desse número, a mãe Islaine Thais, de 21 anos, mora com seus dois filhos, Alan e Alana, de seis e cinco anos, respectivamente. Foi abordada enquanto pesquisava o preço das carnes, junto a amigas que conhece do próprio Mercado de Cavaleiro, também bairro onde se criou e mora até hoje. Para conseguir colocar comida na mesa, diz que pega bicos como babá de crianças, faxineira, cuidadora de idosos e até mesmo como atendente do mercado, quando surge alguma vaga. Segundo ela, está desempregada desde antes da pandemia, mas costumava ser mais fácil sobreviver. Islaine diz que “não é que a renda caiu pela metade, ela não existe” e que, por outro lado, os preços de tudo estão “pela metade do triplo”. Hoje, vive do suporte da mãe e do pouco que o trabalho informal e esporádico lhe rende, além dos benefícios que adquiriu por direito.

Auxílio Emergencial

Thais também costumava receber as parcelas do Auxílio Emergencial, criado na pandemia. Por ser mãe, começou recebendo as levas de R$ 1.200, mas recentemente o valor tinha se aproximado dos R$ 400. No último mês, o benefício foi suspenso. O Bolsa Família era de R$ 170, já que a jaboatonense é mãe de dois, mas este também foi suspenso. Só a resta ir para a ponta do lápis e escolher entre o que é menos importante na lista das despesas básicas e fundamentais ao lar.

“Estou ‘botando’ só um quilo de cada, né? Feijão está quase R$ 10, o óleo também. Eu não pago luz e nem água, mas pago aluguel. Junto o que ganho do Bolsa e minha mãe sempre me ajuda com alguma coisa. Às vezes meus filhos pedem alguma coisa, eu digo “quando eu tiver dinheiro, compro” e quando dá, coloco, porque criança sempre quer novidade. Estou marcando para ir no CRAS e ver como fica a minha situação”, relata.

Ela também relata que precisou fazer ajustes nas compras para dar conta de alimentar a família. “Quando compro, compro o que dá. Ou alimento, ou lanche, e eu prefiro o alimento porque enche o bucho. Às vezes compro galinha [que já é mais barata que a carne de boi], mas às vezes não dá, aí compro sasichinha, porque vem mais, e faço uma mistura: arroz, feijão e salsichinha. Tá precisando substituir tudo, porque está tudo um absurdo”, lamentou.

Inflação alta

Em outubro, a inflação da Região Metropolitana do Recife registrou o maior índice do ano: 0,82%. Este foi o quinto aumento seguido, consolidando tendência de alta nos preços de produtos e serviços. Em relação a setembro, o crescimento foi de 0,04 ponto porcentual (p.p), sendo a quinta menor variação mensal entre as 16 localidades pesquisadas. Os dados também são do IBGE. E como a inflação influencia no poder de compra da população, a cesta básica segue disparada, como uma das mais caras do país. No Grande Recife, a aquisição desses itens básicos tem impacto em 52,1% do salário mínimo do consumidor. Em setembro, a cesta chegou a custar R$ 566,40, passando para R$ 573,11 no mês de outubro.

No acumulado do ano, Recife registra a segunda maior inflação entre as capitais do país, com variação de 3,62%, ficando atrás apenas de Campo Grande (MS), que tem variação acumulada de 4,36%. Nos últimos 12 meses, o crescimento da inflação na RMR é ainda maior: 4,77%. Nas duas variações acumuladas, os indicadores superam a média brasileira, que marcou inflação de 2,22% no ano e 3,92% nos últimos 12 meses.

Também em outubro, ficou definido que o Procon Pernambuco terá ação conjunta para monitorar a inflação e abusos de preço em estabelecimentos do estado. O órgão acredita que a intervenção pode diminuir a impressão final ao consumidor, sobretudo dos mais pobres.

A ideia é uma fiscalização para mapear e penalizar estabelecimentos com preços abusivos, e aqueles com irregularidades no armazenamento e refrigeração de alimentos, que podem impactar na qualidade da segurança alimentar. A iniciativa deve ser realizada junto ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e à Polícia Civil.

“Vamos instalar imediatamente um procedimento administrativo de fiscalização pelo Procon, comunicado também ao Ministério Público, que vai participar conosco, e vamos chamar aqueles segmentos onde se observa evidente abuso (de preços); aqueles que estão praticando delitos, como vender produtos vencidos ou desligar as máquinas dentro das gôndolas do supermercado, das lojas de supermercado, vendendo produtos, muitas vezes, descongelados”, afirmou o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico ao LeiaJá.

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A realidade de quem vende

Apesar da impressão no consumidor, também não está fácil segurar as pontas do lado de quem vende. O repasse aumenta junto com a inflação e, do lado de dentro do balcão, famílias que dependem do comércio lidam com movimentação instável, insatisfação do consumidor, alta concorrência e aumentos constantes no preço da ração animal e das carnes repassadas para venda.

No Mercado de Cavaleiro, o Box do Vanderson é um dos mais antigos e o que, até o momento, consegue manter o preço mais competitivo entre as poucas lojas destinadas à venda de carne dentro da estrutura. Sabrina Layza, de 18 anos, é atendente desde pequena no estabelecimento, que pertence aos seus pais. Apesar da pouca idade, já tem muita experiência dentro do mercado, e relata que jamais presenciou uma situação parecida anteriormente. Durante o seu expediente, diz que recebe e dispensa pedintes do começo da manhã até o fim da tarde, quando o negócio fecha. Os clientes passam desacreditados e com frustrações, o que faz a pesquisa de preço, muitas vezes, ser só uma olhadinha e o destino de voltar para casa com mãos vazias.

“Tudo aumentou. Antes, carcaça e pé acumulavam no fim do dia. Hoje, são dois dos primeiros itens a sair das prateleiras. O que mais aumentou foi o filé de peito, que a gente vendia a R$ 12 e agora está R$ 18. A galinha inteira também, que era R$ 7 e agora é R$ 11. O fígado era R$ 7 e está por R$ 10. Os preços variam, mas nunca baixam. São desses aí que você está vendo, para pior”, relata.

A atendente diz que repassar os reajustes para o consumidor é uma “faca de dois gumes”. O preço da compra aumenta e implica no aumento do repasse, mas nem sempre é possível reajustar de acordo com o necessário, porque uma casa decimal a mais e a clientela já não é a mesma.

“Como comerciante, a gente sente bastante. Aqui no mercado a gente tinha o preço mais em conta. A gente já vendeu galinha inteira a R$ 6. Até os clientes antigos estão sentindo bastante, porque está muito apertado. Às vezes eles chegam aqui e ficam contando as moedas para comprar, às vezes nem levam a galinha inteira, levam pé, a carcaça, que são mais em conta”, continua.

Prejuízos

E o que acontece com o produto que não sai do balcão? De acordo com Jaqueline e Luane Barbosa, de 48 e 25 anos, a carne estraga ou é revendida em cortes, mas a certeza do prejuízo quase sempre existe. Mãe e filha são atendentes no box Rocha Aves, loja do Mercado de Afogados, no Recife. O negócio é de família e única fonte de renda da casa que possui quatro moradores — mãe, filha, o pai e um outro filho. Segundo a atendente mais nova, a maior impressão tem sido a da energia elétrica que, com sua taxação em pico no país, é inimiga dos dias menos produtivos no comércio.

“As mercadorias estragam, porque sobra muita coisa. O clima não ajuda, aí a carne esquenta e depois não presta mais. A gente tá correndo pra congelar um monte de coisas, mas com cortes. Cortamos pra conseguir vender. Não tem condições de guardar esse volume em freezer, a energia tá muito cara”, diz Luane. Assim como Sabrina, do Mercado de Cavaleiro, a mais nova da família dos Barbosa nota que partes menos valorizadas, como o pé de galinha, têm saído bem mais da prateleira, apesar do preço mais alto — antes, costumavam sobrar.

“A parte que está saindo mais é o pé. Mesmo ele estando com um valor maior — era R$ 2,50 a R$ 3, agora está por R$ 6, mas acho que os pedidos estão saindo menos no geral. Aqui a gente ainda consegue ter uma flexibilidade porque o preço é abaixo do mercado. Imagina para quem recebe uma renda mínima? Para comprar uma galinha inteira por R$ 30. Um assalariado vai poder comprar isso quantas vezes na semana? A pandemia impactou muito o pessoal. Antes o pessoal comprava carne defumada, que está custando em torno de R$ 35, hoje quase ninguém compra. Compram salsichão, compram asinha”, continua a mulher.

Quando é possível, ela e seus familiares separam o que sobra e está em bom estado, e destinam à população em necessidade. Segundo a mãe, Jaqueline, a quantidade de pessoas pedindo ajuda é algo jamais visto no mercado, que há décadas presencia cenas do tipo. Nem sempre quem pede faz parte da população de rua; a classe média em Pernambuco tem feito parte, como nunca, das concessões nos hábitos alimentares.

“Muitas pessoas aparecem pedindo, principalmente mãe e filho, pela manhã. Ficam mais de dez pessoas no balcão, quando encosta alguém pra comprar. Sempre tem alguém abordando, pedindo dorso, asinha (de frango), para levar pra mesa, dizendo que não tem o que comer. Aparecem senhoras pedindo para os netos que estão com dificuldade. Assim que abrem os portões, às cinco horas da manhã, já tem gente pedindo nos estabelecimentos. Isso já é antigo, mas com a pandemia, a dificuldade aumentou. Vem gente cedinho pegar os papelões e os plásticos que a gente descarta, pra vender. Vejo que aparecem pessoas no geral, com dificuldade, mas também aparecem pessoas de rua. Quando a gente se aproxima e vê, essas pessoas têm uma casa, tem uma vida, mas vêm realmente porque estão passando por dificuldades”, finaliza.

A manhã deste sábado (28) foi movimentada na Feira de Jaboatão, na Região Metropolitana do Recife. Muitas pessoas ainda estão circulando nas ruas e os espaços públicos estão lotados.

Mesmo após inúmeros alertas diário do governo estadual e do município, que disponibilizou um carro de som para alertar os moradores da área sobre a situação da pandemia do coronavírus, o centro de compras ainda amanheceu lotado de ambulantes, compradores e alguns lojistas que mantiveram suas portas abertas.

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Confira a movimetação pelas ruas da área central de Jaboatão:

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Em mais uma ação preventiva ao novo coronavírus (Covid-19), a Prefeitura de Camaragibe, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, criou um horário especial de funcionamento para o Mercado Público Municipal. A partir desta quarta-feira, 25, o espaço irá abrir exclusivamente das 5h às 12, em todos os dias.

Dentro desse novo horário, o público contará apenas com o funcionamento dos setores destinados ao abastecimento alimentar, sendo eles: frutas e verduras, laticínios, temperos e carnes. Os demais setores, a exemplo de bares, restaurantes, lanchonetes, sapatarias, artesanato e confecções, não estão em funcionamento, em cumprimento aos decretos do Governo do Estado.

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“Sabemos da importância do nosso mercado, em especial, na questão do abastecimento alimentar. Diante disso, estamos monitorando diariamente as determinações e orientações dos órgãos competentes, aplicando as medidas necessárias para garantir o máximo de segurança aos permissionários e toda a população”, ressaltou o secretário de desenvolvimento econômico, Daniel Passos.

Ainda dentro das ações preventivas, vários cartazes com orientações da Secretaria Municipal de Saúde foram instalados em pontos estratégicos do Mercado Público. No apoio operacional e de fiscalização, equipes da Guarda Municipal e do Controle Urbano realizam rondas para assegurar o cumprimento das determinações do município e do governo estadual.

*Da assessoria

 

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A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem/PE) e Procon/PE apreenderam 35 balanças e descartaram cerca de dez barras de queijos que estavam vencidos. Os órgãos ainda recolheram manteigas que seriam vendidas à granel, sem as informações de data de validade. As fiscalizações foram realizadas nos mercados de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, e de São José, no centro do Recife.

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De acordo com informações da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, as balanças foram apreendidas "por não apresentarem a portaria de aprovação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)". O que, segundo o órgão, "não garantiam a segurança na pesagem".

A ação também teve fim educativo para com os comerciantes dos mercados localizados na Região Metropolitana do Recife. “Muitas vezes as pessoas acham que numa feira, num mercado, não acontecem irregularidades, mas, infelizmente, encontramos balanças adulteradas, produtos vencidos e tudo isso coloca em risco a saúde da população e o consumidor não sabe se está pagando pelo que comprou”, declara Pedro Eurico, secretário de Justiça e Direitos Humanos.

A prefeitura do Recife implementou no Mercado da Encruzilhada, na Zona Norte da capital pernambucana, um cardápio escrito, também, em braile. Sete restaurantes que trabalham com cardápios receberam os menus inclusivos, elaborados pela Companhia de Serviços Urbanos (Csurb), em parceria com o Sebrae.

Segundo a PCR, essa é uma ação inédita na capital pernambucana. Além do braile, o conteúdo dos cardápios também foi escrito com letras maiores, para que possam ser lidas pelas pessoas que têm baixa visão.

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Além da implantação dos menus acessíveis, a Csurb encomendou ao Sebrae uma análise e reestruturação dos cardápios comuns dos sete restaurantes que utilizam a ferramenta para atender os clientes. Cada estabelecimento receberá de 10 a 12 cardápios com novo layout, além de um menu inclusivo. “Todo o processo foi realizado em parceria com os permissionários, que não vão ter custo algum pelo benefício”, afirma a prefeitura.

O gerente da Pessoa com Deficiência do Recife, Paulo Fernando Silva, que é cego disse que  a acessibilidade não diz respeito apenas às questões arquitetônicas, como disponibilizar rampas, banheiros adaptados e piso tátil, mas também assegurar às pessoas cegas o acesso às informações escritas no sistema braile. “As pessoas cegas também são consumidoras e desejam ter autonomia tanto no acesso ao interior dos mercados públicos quanto no acesso ao conteúdo dos cardápios nas lanchonetes, bares e restaurantes”, salienta Paulo.

De portas abertas para receber moradores do próprio bairro e proximidades, os mercados públicos procuram oferecer à população desde alimentos a vestimentas e outros serviços. Porém, em meio a tanta diversidade, há também a falta de organização e resistência pela renovação. O LeiaJá visitou cinco mercados do Recife e pôde constatar bons exemplos, porém ainda persistem casos onde a situação é crítica. 

No mercado de Afogados, Zona Oeste do Recife, a realidade é dura. Inaugurado em 1934, o local esbanja precariedade, desde a pintura da fachada até a caixa d’água com estrutura ruindo. Em meio aos estreitos corredores, complicado inclusive para cadeirantes, lixo e mercadorias arremessados pelos comerciantes impedem a passagem dos transeuntes. Olhando para cima, poeira e teias de aranha podem ser vistas claramente. Como forma de controlar o lixo desprezado, a administração colocou lixeiras em meio aos corredores como forma de chamar atenção para o uso delas. 

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“Nós tentamos manter o mercado limpo, mas basta o funcionário dar as costas e o lixo já é jogado. A equipe também é pequena. Temos seis funcionários para cada um dos dois turnos”, explicou Osório Peixoto, gestor de feiras. Já o administrador, Alziberto Macedo, acrescentou ainda que uma enzima captadora de odor foi adquirida e está sendo utilizada nos banheiros. Ele aponta para a existência de vandalismo dentro dos banheiros e, por isso, destina dois funcionários da equipe para ficar exclusivamente na porta do local, tanto feminino quanto masculino.

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Tráfico e prostituição

Testemunhas ainda relataram haver ponto de comercialização de drogas e prostituição dentro do mercado de Afogados. “Aqui inicia na tarde da sexta e vai até o sábado. Rola de tudo, prostituição, drogas. É um verdadeiro inferno quase na porta da delegacia e ninguém faz nada. Pra piorar, eles ainda ficam aí até depois que o mercado fecha, nem respeitam”, relatou um cliente que não quis se identificar. 

Procurada pelo LeiaJá, a Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos da Prefeitura do Recife informou que “até o fim desta semana será enviada ao Mercado de Afogados uma equipe do Programa Acolhe Vida, que oferece aos usuários de drogas e seus familiares escuta qualificada e encaminhamentos para as redes de saúde, assistência social e complementar, além de terapias individuais e em grupo”.

Outras questão encontrada foram boxes fechados utilizados como depósito para outros comerciantes. De acordo com Macedo, diante de tantos problemas, o maior desafio é conscientizar os profissionais. “É preciso ter jogo de cintura para conseguir avançar e alcançar a conscientização, pois, em muitos casos, os permissionários estão aqui há anos e a resistência para aceitar mudanças é enorme”. 

Durante a visita da nossa equipe, até um motociclista tentou entrar nas dependências do mercado na moto, colocando em risco os transeuntes. Macedo afirmou que essas tentativas são recorrentes também de bicicleta, porém, informou já ter sofrido ameaça caso não permitisse a passagem.

Em contato com a Autarquia de Serviços Urbanos do Recife (Csurb), o órgão esclarece que “existe a manutenção corretiva periódica, que identifica as necessidades dos locais e realiza os reparos necessários. Há também a manutenção emergencial diária, na qual os serviços são realizados a partir de visitas de técnicos especializados”.

“No caso do Mercado de Afogados, já foi realizada a reforma dos banheiros, a colocação dos expositores refrigerados nos boxes que vendem alimentos perecíveis, além da pintura do equipamento. Inclusive, uma reforma teve início em agosto para conclusão do processo de individualização elétrica dos boxes do mercado, além de parte do telhado. Além disso, está sendo realizado o levantamento de custos para recuperação da caixa d'água”. A Csurb informa ainda que desde o mês de agosto vem realizando reuniões constantes com os permissionários como forma de coscientiação. 

Mercado de Areias

Com estrutura em ruínas e sem telhado, o mercado de Areias se reorganizou nos arredores do antigo galpão. O espaço foi desativado em 2006, após parte do telhado desabar. A verdureira Cristina Rodrigues explicou que após o problema no teto, todo o mercado foi desativado, mas os feirantes arrumaram um jeito de manter suas bancas do lado de fora. 

Este é um exemplo de mercado privado; os mais antigos dos comerciantes não sabem sobre a propriedade do terreno, porém fazem uso da estrutura desativada como depósito ou abatedouro de animais. De acordo com a Prefeitura do Recife, a área se trata de um espaço particular e, por isso, a PCR não responde pelo espaço. 

Os mercados públicos, verdadeiros polos que ofertam aos bairros variedade de produtos, com preços mais acessíveis e com comodidade, sofreram renovação. Em alguns dos equipamentos espalhados pelo Recife, o conceito de mercado como um espaço sujo e de odor desagradável deixou de existir. Em contrapartida aos exemplos de precariedade, o LeiaJá constatou muita organização em três destes espaços.

A higiene, variedade de serviço e organização foram aspectos observados no Mercado da Encruzilhada. Com equipe de limpeza realizando o trabalho de varrição e retirada de lixo a cada 40 minutos, o piso se mantém limbo e o aroma do espaço permanece agradável. 

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Em Casa Amarela a realidade não é diferente. A organização do espaço faz com que a clientela seja atraída. “Passei a morar no bairro recentemente, mas gosto de vir aqui porque encontro muitas das coisas que preciso, em conta e sem precisar me deslocar para o centro da cidade, por exemplo”, explicou a aposentada Nilda Ferreira.

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O Mercado de Água Fria há poucos anos tinha uma fama negativa de desorganização; no entanto o espaço atualmente reflete o contrário. Há menos de um mês no comando do local, a administradora Edilene Albuquerque diz que o trabalho de manter a organização é diário. “O maior impasse que vivemos aqui é o de conscientização dos permissionários mais antigos a se estruturarem e se adequarem à organização. Isso inclui desde o lixo até à reforma dos boxes”. 

Apesar do desafio, da conscientização apontada unanimemente pelos administradores, a busca pelo melhor serviço para os clientes tem motivado os comerciantes. Com isso, esses mercados se tornaram novas referências. “Quando o serviço é bem prestado o cliente volta e recomenda e é isso que a gente tenta transmitir para os permissionários e tem funcionado”, detalha Edilene.

Outra realidade: pátios de feira 

Além disso, alguns bairros ganharam os pátios de feira, chamadas Feiras Novas, locais que hoje abrigam os feirantes que antes exerciam seus trabalhos nas ruas. “Antes de serem criados esses pátios, as ruas eram ocupadas pelos bancos de feira. Hoje eles ficam todos no mesmo espaço, coberto e com estrutura”, explicou o gerente geral de mercados e feiras, Adriano Silva. 

Já para quem foi colocado nas feiras novas a mudança não foi tão satisfatória assim. “Aqui ficou melhor porque a gente não leva chuva, mas lá fora a gente era visto. Tem cliente que passa aqui na frente e não sabe que a feira agora é aqui. A gente fica rodeado de parede, então ninguém sabe o que funciona aqui”, explica Odete Bezerra, há 52 anos na feira de Água Fria.

Para Marli da Silva, a realidade dentro do galpão ficou ainda pior. “Antes eu tirava um salário e hoje eu não tiro nem o pão”, lamenta justificando que a localização do seu banco a prejudicou. Diante disso, ela aponta uma solução: “a gente tá pensando em voltar pra rua pra não morrer de fome”.

Enquanto uns não estão satisfeitos, Diego Araújo, da feira de Casa Amarela, reclama da sua estrutura. “Aqui a gente fica na chuva e a clientela nem vem quando o tempo ta ruim. A coberta do banco é de lona plástica e não resolve nada na chuva”. Como alternativa ele sugere que “deviam construir um galpão aqui como em Água Fria”. Mesmo com essa realidade precária, Diego não reclama das vendas, higiene e segurança no local. 

Conforme a Autarquia de Serviços Urbanos do Recife (Csurb), essas Feiras Novas foram entregues entre 2016 e 2017 e somadas as de Água Fria, Afogados e Nova Descoberta, são  650 comerciantes instalados. 

As balanças dos mercados públicos estão na mira do Instituto de Pesos e Medidas de Pernambuco (Ipem-PE). O órgão que é vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado e órgão delegado do Inmetro, tem como objetivo proteger o consumidor e as relações de consumo. A ação será realizada nesta sexta-feira (07).

"Os técnicos vão verificar a conformidade dos instrumentos. Será verificado se o peso  está correto, o estado de conservação da balança e se o visor está à vista dos clientes e, principalmente, se a balança está devidamente lacrada", ressalta Pedro Paulo de Carvalho Neto, Presidente do Ipem, segundo informações da assessoria de imprensa.

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De acordo com o Ipem, caso o estabelecimento apresente alguma irregularidade, os fiscais podem notificar o comerciante ou apreender a balança, dependendo da constatação. Neste caso, o proprietário do instrumento tem um prazo, de até 10 dias, para corrigir o erro. As multas aplicadas para quem estiver fora do padrão estabelecido pelo Inmetro, variam entre R$ 100 e R$1,5 milhão.

O consumidor que desconfiar ou encontrar irregularidades pode recorrer ao serviço da Ouvidoria pelo telefone 0800 081 1526, de segunda a sexta, das 8h às 14h, ou enviar e-mail para ouvidoria@ipem.pe.gov.br.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou ao prefeito de Goiana, ao secretário municipal de Saúde e ao diretor de Vigilância Sanitária desativar ou interditar imediatamente o mercado público municipal. O relatório da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa – II Regional), comprovou o risco iminente para a saúde e a vida dos consumidores de alimentos vendidos no mercado público. 

De acordo com o MPPE, o relatório da Apevisa, aporte do procedimento investigado do ministério, aponta que o mercado possui instalações físicas e estruturais em péssimas condições. A estrutura dos boxes e dos equipamentos não estaria oferecendo os requisitos mínimos para assegurar as boas condições sanitárias dos alimentos. 

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O promotor de Justiça Fabiano Saraiva sugeriu que o município realize um plano de recuperação do Mercado Público de Goiana para sanar as irregularidades destacadas pela Apevisa. A Prefeitura de Goiana tem o prazo de cinco dias para informar as medidas tomas e o prazo de dez dias para informar à Promotoria de Justiça de Goiana sobre o plano de recuperação.

Por último, o MPPE solicitou à Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) que fiscalize o mercado e aplique as penalidades legais com relação ao abate clandestino de animais. Todo o processo de interdição do local deve ser esclarecido aos comerciantes e à população em geral. 

Com informações da assessoria

Durante o período que antecedeu a Semana Santa até a Sexta-Feira da Paixão, a Vigilância Sanitária (Visa) da Secretaria de Saúde do Recife promoveu a Operação Pescado, com a finalidade de apreender alimentos impróprios para consumo. Cerca de doze mil quilos de produtos vencidos ou estragados foram apreendidos durante a operação, que percorreu 38 supermercados, mercados públicos, mercadinhos e peixarias da cidade.

Entre os locais visitados, 32 são formais e seis informais. Apenas o Mercadinho Atacarejo, em Nova Descoberta, Zona Norte do Recife, foi interditado, porque os fiscais encontraram 400 quilos de alimentos sem condições de serem consumidos. No local também foram encontradas fezes de ratos e problemas na estrutura física. No Atacado das Frutas e Verduras, no mesmo bairro, foram apreendidos e inutilizados 12,5 kg de pescados diversos estragados.

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A maioria das irregularidades encontradas nos mercados públicos de São José, da Encruzilhada, de Água Fria e de Afogados foi a  ausência dos equipamentos de proteção individual dos funcionários; problemas de higienização; conservação e embalagens inadequadas e roupas inapropriadas dos funcionários, além do uso de adornos. 

Em relação aos supermercados, o Extra de Boa Viagem foi notificado em decorrência da identificação de 8.000 quilos de camarão congelado estragados, os quais foram inutilizados pela Visa.  Já o Supermercado Bompreço, localizado no Arruda, recebeu notificação para  fazer a limpeza imediata e Organizar os produtos na câmara frigorífica. Foram visitados também os supermercados da rede Carrefour e Bompreço.  

Alguns locais foram autuados também pela ausência do Código de Defesa do Consumidor (CDC), requisito indispensável para todos os estabelecimentos comerciais, devendo estar em local de fácil acesso para visualização dos clientes.

Capacitação – No início de março, a Vigilância Sanitária do Recife promoveu encontros para orientar a venda, manipulação, acondicionamento e vestimentas aos donos de boxes de mercados públicos, de supermercados e mercadinhos sobre o comércio dos pescados.

Com informações da assessoria.

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Tudo indica que o lixo orgânico do mercado público do Cabo de Santo Agostinho terá um destino diferente. A partir de parceria criada entre a Prefeitura do município e a empresa Eco Trade Ambiental, o lixo orgânico será transformado em adubo, e posteriormente distribuído para os agricultores da Zona Rural.

Na prática, a ação será realizada em duas etapas. Na primeira serão distribuídos 40 coletores, cada um com capacidade de armazenamento de 120 litros, para depósito de restos de alimentos, verduras e frutas. O material reunido será levado, diariamente, para uma área externa do mercado. Já na segunda, a empresa parceira coletará periodicamente esses resíduos para transformá-lo em adubo orgânico, que será distribuído a agricultores familiares indicados pela Superintendência de Desenvolvimento Rural.

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“Com a implantação desse projeto, o lixo orgânico, que atualmente é descartado no aterro sanitário, vai servir para a agricultura familiar do município e atender a lei de N° 12.305 da Política Nacional de Resíduos Sólidos”, explicou o diretor comercial da Eco Trade Ambiental, Elmatan Araújo, conforme informações da assessoria de imprensa.

“Essa parceria vai trazer muitos benefícios para o Mercadão. Quem frequenta a feira vai perceber as mudanças e melhorias”, concluiu o superintendente de Abastecimento, Clodovaldo Cavalcanti. Participaram da reunião os representantes da Secretaria Executiva de Meio Ambiente e da Superintendência de Abastecimento para delimitar os últimos detalhes para a execução do projeto, em seguida foi realizada uma visita técnica no Mercadão.

Com informações da assessoria

 

 

 

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O Mercado de São José, na área central do Recife, teve a energia elétrica restabelecida por volta das 14h30 deste sábado (3), após passar a sexta-feira (2) no escuro. O problema ocorreu após um curto circuito danificar a chave de alta tensão do mercado.

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O problema acaba revelando as falhas estruturais do local. As instalações elétricas são visivelmente precárias, com muitos equipamentos elétricos ligados na mesma tomada. Para retomar a energia elétrica, a Grifo Engenharia, que não é a administradora contratada, visitou o local. “A Companhia de Serviços Urbanos do Recife (Csurb) ligou e eu vim prestar um serviço emergencial”, explicou o dono da Grifo, Roberto Santos. Segundo ele, há um excesso de freezers no mercado, sobrecarregando a rede elétrica. 

Enquanto a reportagem do LeiaJá conversava com Santos, inclusive, um dos freezers começou a faiscar e sair fumaça, assustando os comerciantes e sendo preciso desligar a energia momentaneamente. “Eles colocam todos esses freezers ligados em extensões. Esses equipamentos não suportam toda essa corrente”, explicou Santos, que recomendou que os freezers não voltassem a ser ligados nas extensões. 

Segundo um comerciante do mercado, José Severino, de 58 anos, o blecaute prejudicou todos os comerciantes. Na área da peixaria, por exemplo, muitos freezers estavam entupidos de peixe. “A gente está arriscado a perder esses produtos”, temia José. Outro comerciante, Sales Júnior, 39, disse que era questão de tempo até os problemas começarem a aparecer. “Falta manutenção aqui. Por causa da falta de luz, todo locatário que trabalha com perecíveis precisou comprar gelo. Era um problema que sabíamos que estava vindo”, lamentou. Sales disse ainda que apesar do apagão ter iniciado há um dia, a rede do mercado já havia apresentado uma falha na quinta-feira (1°). 

A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) esteve no local para dar apoio durante o reparo. Segundo a associação do mercado público, a empresa contratada para administrar a energia elétrica do local é a Marinho Engenharia. Pelo fato dessa empresa não ser especialista em alta tensão, convocaram a Grifo Engenharia para consertar o sistema. Apesar disso, um eletricista da Marinho Engenharia visitaria o mercado para analisar a causa do apagão ainda esta tarde. A reportagem não conseguiu contatar a Csurb. 

Neste sábado (15), feriado da Proclamação da República, alguns estabelecimentos estarão fechados e outros funcionarão normalmente. As lojas do centro do Recife e os shoppings são alguns locais que não vão sofrer alterações. Quem gosta de andar de bicicleta, terá a oportunidade de andar na ciclofaixa também neste feriado. Confira abaixo o que abre e fecha no Grande Recife:

Shoppings

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GUARARAPES - Abre das 9h às 22h, com exceção do Hiper Bompreço, que funcionará a partir das 8h.

RECIFE - Funcionamento normal, das 12h às 21h.

RIOMAR - Abre das 12h às 21h. Os bancos, Detran e Lotérica estarão fechados.

BOA VISTA - O funcionamento do shopping começa a partir das 10h e vai até às 19h.

TACARUNA - Vai abrir do meio dia até às 21h. O Hiper Bompreço abre às 8h e Lojas Americanas às 9h. Os bancos, Detran e Lotérica estarão fechados.

PAÇO ALFÂNDEGA - Abre das 12h até às 21h. 

RIVER SHOPPING - Funciona em horário normal, das 10h às 22h. Lojas, alimentação e lazer abrem das 10h às 22h e o Hiper Bompreço das 8h às 22h. Apenas o Expresso Cidadão estará fechado.

PLAZA - Abre das 12h às 21h. Os bancos, Detran e Lotérica estarão fechados.

Mercados públicos - Os mercados públicos da cidade funcionarão em esquema especial, das 6h às 13h. O mesmo acontece para o camelódromo. Já as feiras livres dos bairros não sofrem alterações nos horários. 

Correios - As unidades dos shoppings e aeroporto abrem das 9h às 13h. Outras agências não funcionam neste sábado.

Ciclofaixa - Em virtude do feriado da Proclamação da República, a Ciclofaixa de Turismo e Lazer funcionará em dobro neste fim de semana. A partir das 7h até às 16h, lugar de bicicleta é na rua.

Detran - Todas as unidades estarão fechadas.

Expresso Cidadão - Todas as unidades estarão fechadas.

Mercados e Feiras Livres – Os mercados e camelódromos abrirão das 6h às 13h. Já as feiras livres dos bairros funcionam normalmente.

A Polícia civil divulgou, nesta segunda-feira (7), a identidade de duas mulheres suspeitas de terem abandonado um recém-nascido no banheiro do mercado público de Cumaru, no Agreste do Estado. As duas seriam as mesmas que disseram ter achado a criança no último sábado (5). Bruna Rafaela Santos Amâncio e Taciana dos Santos Moura são mãe e prima da criança, respectivamente.

De acordo com a polícia, as duas foram chamadas para prestar esclarecimentos e acabaram confessando o crime. Segundo a mãe da criança, o plano era abandonar o menino para a prima poder adotá-lo, porém, quando chegaram ao mercado público e foram questionadas sobre quem seria a mãe da criança, elas apenas disseram que o menino tinha encontrado a criança sozinha no banheiro. Neste momento, comerciantes e moradores chamaram a polícia e a criança foi entregue. 

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O recém-nascido foi levado para o Hospital Municipal de Cumaru, onde permanece internado, mas passa bem. Os funcionários da unidade de saúde resolveram nomear o menino de David Luiz, em homenagem ao jogador da seleção brasileira.  

As duas mulheres foram ouvidas e liberadas. De acordo com a delegada que está investigando o caso, Maria Betânia Tavares, o tempo de flagrante passou e elas vão responder em liberdade pelo crime de abandono de incapaz.   

O conselho tutelar do município vai decidir quem ficará com a guarda da criança.

O Mercado Público de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, (RMR), passará por uma grande reforma e mudará o seu nome para Governador Miguel Arraes de Alencar. O governador Eduardo Campos, esteve no município para dar início ao processo licitatório de intervenção do espaço, em uma solenidade no Teatro Municipal Bianor Mendonça Monteiro, na Vila da Fábrica.

"É a restauração de um importante equipamento, símbolo desta cidade, um dos lugares mais visitados,  marca registrada do comércio popular de Camaragibe", disse o governador. A obra terá um investimento total de R$ 16 milhões em um espaço com 504 boxes e 88 vagas de estacionamento rotativo. A inauguração ocorrerá no primeiro semestre de 2014.

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Segundo o prefeito de Camaragibe, Jorge Alexandre, o desafio é grande. “Essa é uma grande obra, um grande desafio para deixar nosso mercado público com padrão de primeiro mundo", falou.

Com informações da assessoria

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