Tópicos | mesquita

A polícia de Israel anunciou a detenção de mais de 350 pessoas durante confrontos violentos na madrugada de quarta-feira (5) na mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, ao mesmo tempo que o movimento Hamas convocou os palestinos a comparecer ao local para defender o emblemático templo muçulmano.

Os confrontos coincidem com as celebrações do Ramadã muçulmano e da Páscoa judaica, em um clima de grande tensão entre israelenses e palestinos desde o início do ano.

O movimento islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, denunciou um "crime sem precedentes" e convocou os palestinos da Cisjordânia ocupada "a comparecer em massa à mesquita de Al Aqsa para defendê-la".

O templo fica na Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado do Islã, em Jerusalém Oriental, o setor palestino da Cidade Sagrada ocupado e anexado por Israel.

A Esplanada está construída sobre o que os judeus chamam de Monte do Templo, o local mais sagrado do judaísmo.

O ministro palestino de Assuntos Civis, Hussein Al Sheikh, afirmou que "o nível de brutalidade (da polícia israelense) exige uma ação urgente palestina, árabe e internacional".

A Jordânia, que administra os locais sagrados muçulmanos de Jerusalém, condenou o "ataque" à mesquita e pediu às forças israelenses que se retirem imediatamente. A Arábia Saudita afirmou que "rejeita categoricamente" as ações que violem "os princípios e normas internacionais de respeito aos locais sagrados".

Explosões

A polícia israelense divulgou um vídeo que mostra explosões do que pareciam ser fogos de artifício dentro do santuário e o que parecem ser pessoas atirando pedras.

Em outro vídeo da polícia, agentes da tropa de choque avançam em direção à mesquita e usam escudos como proteção aos disparos de foguetes.

As imagens mostram uma porta cercada por barricadas, fogos de artifício em um tapete e a polícia retirando pelo menos cinco pessoas algemadas.

Em um comunicado, a polícia denuncia a ação de "vários jovens criminosos e agitadores mascarados que entraram com fogos de artifício, pedaços de pau e pedras" na mesquita.

"Os líderes ficaram entrincheirados dentro da mesquita durante várias horas (após a última oração vespertina) para perturbar a ordem pública e profanar a mesquita, enquanto gritavam frases que incitavam o ódio e a violência", acrescenta a nota.

"A polícia foi obrigada (a intervir) para desalojá-los e permitir que ocorressem (as primeiras orações do amanhecer) e evitar distúrbios violentos", destacou a força de segurança.

"Ação determinada"

O ministro israelense da Segurança Interna, Itamar ben Gvir, acusou os palestinos que foram retirados da mesquita de tentativa de "ferir e matar policiais, e ferir cidadãos israelenses". Ele elogiou a "ação rápida e determinada" da polícia.

Após os confrontos em Al-Aqsa, vários foguetes foram disparados a partir do norte da Faixa de Gaza em direção ao território de Israel.

Em represália, o exército israelense executou ataques aéreos contra o que afirmou que eram instalações militares do Hamas na Faixa de Gaza, onde dezenas de pessoas haviam protestado horas antes. Os manifestantes queimaram pneus e prometeram "defender e proteger a mesquita de Al-Aqsa.

O ministério das Relações Exteriores do Egito condenou a "entrada da polícia israelense na mesquita de Al Aqsa e a agressão contra os fiéis".

O conflito palestino-israelense ficou ainda mais tenso nos últimos meses, após a posse em dezembro de um dos governos mais à direita da história de Israel.

A violência provocou quase 110 mortes desde janeiro e foi retomada no fim de semana passado, após uma calma relativa que era observada desde o início do Ramadã, em 23 de março.

Uma explosão dentro de uma mesquita localizada no quartel-general da polícia na cidade de Peshawar, noroeste do Paquistão, deixou pelo menos 25 mortos e mais de 120 feridos, informaram as autoridades locais.

"Até o momento 25 pessoas morreram e mais de 120 ficaram feridas. Estou aqui, no local dos fatos, onde acontecem as tarefas de resgate", afirmou o vice-comissário da cidade de Peshawar, Shafiullah Khan.

"Mais corpos estão sendo retirados. No momento, nossa prioridade é salvar as pessoas soterradas sob os escombros", acrescentou.

Um balanço anterior citava 17 vítimas fatais e mais de 80 feridos.

O ataque aconteceu durante a oração da tarde na cidade de Peshawar, próxima da fronteira com o Afeganistão.

Parte do teto da mesquita e as paredes foram destruídas. Várias pessoas deixaram o templo ensanguentadas.

Em março de 2022, um ataque suicida contra uma mesquita da minoria xiita em Peshawar reivindicado pelo EI-K, braço local do grupo extremista Estado Islâmico, deixou 64 mortos. O atentado foi o mais grave registrado no Paquistão desde 2018.

O Paquistão enfrentou nos últimos meses um agravamento da situação de segurança, em particular desde que os talibãs retornaram ao poder no Afeganistão em agosto de 2021.

Após vários anos de uma calma relativa, o braço paquistanês dos talibãs, Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), o EI-K e grupos separatistas baluches voltaram a executar atentados.

O Paquistão critica o Talibã por permitir que estes grupos utilizem seu território para planejar os ataques, algo que as autoridades de Cabul negam.

O novo ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, visitou nesta terça (3) a Esplanada das Mesquitas, e irritou militantes palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. O Hamas, que controla Gaza, acusou Ben-Gvir - um radical de direita que se aliou ao premiê, Binyamin Netanyahu - de provocar uma escalada de violência na região.

No passado, grupos radicais palestinos responderam com lançamento de foguetes a visitas de autoridades israelenses ao à Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado do Islã e o mais sagrado do Judaísmo, localizada na Cidade Velha de Jerusalém, no setor palestino anexado por Israel.

##RECOMENDA##

Não muçulmanos podem visitar o local em determinados horários, mas não podem rezar. Nos últimos anos, porém, um número crescente de judeus nacionalistas têm ido à esplanada para fazer orações, o que os palestinos denunciam como provocação.

Ben-Gvir lidera o partido de extrema direita Poder Judaico. Ele foi várias vezes à Esplanada das Mesquitas como deputado e já havia anunciado sua intenção de ir como ministro.

"A Esplanada das Mesquitas é o lugar mais importante para o povo de Israel. Mantemos a liberdade de movimento para muçulmanos e cristãos, mas os judeus também irão ao local e aqueles que fazem ameaças deverão ser tratados com mão de ferro", disse Ben-Gvir, após a visita.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sete pessoas morreram após a explosão de um carro-bomba perto de uma mesquita em Cabul, capital do Afeganistão, frequentada por autoridades talibãs - anunciou o Ministério do Interior nesta sexta-feira (23).

A explosão aconteceu próximo da entrada da mesquita Wazir Akbar Khan, perto da antiga Zona Verde. Até os talibãs retomarem o poder no país em agosto do ano passado, esta área com várias embaixadas tinha segurança reforçada. Agora, o local é frequentado por comandantes e combatentes talibãs.

Ao menos sete pessoas morreram, e 41 ficaram feridas, informou o porta-voz do Ministério do Interior, Abdul Nafy Takor, à AFP.

"A explosão aconteceu quando os fiéis estavam a caminho de casa" depois da oração, relatou Takor, explicando que os explosivos foram colocados em um carro.

Imagens não verificadas publicadas nas redes sociais mostram um carro destruído, em chamas, em uma rua do lado de fora da mesquita. Nenhum grupo reivindicou o ataque até agora.

No Twitter, a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) disse que o ataque é um "lembrete amargo da contínua insegurança e atividade terrorista em curso no Afeganistão".

Em 2020, uma bomba explodiu na mesma mesquita, matando seu imã.

Embora a violência tenha caído significativamente no Afeganistão desde o retorno dos talibãs ao poder, bombardeios são frequentes em Cabul e em outras cidades. Várias mesquitas e clérigos foram alvo desses ataques, alguns reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

No início deste mês, dois funcionários da Embaixada russa foram mortos em um atentado suicida do lado de fora desta missão diplomática. Foi o último ataque na capital afegã reivindicado pelo grupo.

Uma explosão destruiu uma mesquita lotada de fiéis na capital do Afeganistão, Cabul, e deixou pelo menos 21 mortos e 33 feridos, anunciou a polícia local.

"Ontem (quarta-feira) aconteceu uma explosão em uma mesquita, durante a oração da tarde. Vinte e um cidadãos foram martirizados e 33 ficaram feridos", afirmou o porta-voz da polícia de Cabul, Khalid Zadran, em um comunicado.

"Explosivos foram colocados dentro da mesquita", acrescentou o porta-voz.

Nenhum grupo reivindicou o ataque.

A ONG italiana Emergency, que administra um hospital em Cabul, informou na quarta-feira que atendeu 27 vítimas da explosão, com três mortos. Entre os pacientes estavam cinco crianças.

"A maioria dos pacientes que recebemos após a explosão na mesquita sofreu ferimentos por estilhaços e queimaduras", afirmou a Emergency em um e-mail.

Na semana passada, um homem-bomba detonou explosivos dentro de uma escola religiosa de Cabul, um ataque que matou o clérigo talibã Rahimullah Haqqani e seu irmão. A ação foi reivindicada pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Embora os índices de violência tenham registrado queda no Afeganistão desde a tomada do poder pelos talibãs, em agosto do ano passado, o país sofre com frequência ataques do EI, geralmente direcionados contra minorias como os xiitas, os sufis ou os sikhs.

Os talibãs afirmam que derrotaram este grupo extremista, mas analistas afirmam que o EI continua sendo um desafio de segurança para o movimento islamita.

Os dois grupos são islamitas sunitas radicais, mas o Talibã e o EI se tornaram grandes rivais, com divergências ideológicas e estratégicas.

O ataque aconteceu antes de uma importante reunião nesta quinta-feira com mais de 2.000 clérigos religiosos e líderes talibãs na cidade de Kandahar, berço do movimento talibã.

Um porta-voz talibã afirmou em um comunicado que "decisões importantes serão adotadas na conferência".

lsb-qb-jd-fox/lb/dbh/zm/fp

Ao menos 33 pessoas morreram e 43 ficaram feridas em uma explosão durante as orações de sexta-feira (22) em uma mesquita no norte do Afeganistão, informou um porta-voz do governo talibã, no dia seguinte a dois atentados reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI).

"A explosão aconteceu em uma mesquita no distrito Iman Sahib de Kunduz e matou 33 civis, incluídas crianças", indicou, no Twitter, o porta-voz Zabihullah Mujahid.

Desde que os talibãs voltaram ao poder em agosto do ano passado após derrotar o governo apoiado pelos Estados Unidos, o número de atentados diminuiu no Afeganistão, mas os jihadistas sunitas do EI prosseguiram com os ataques contra grupos que consideram hereges.

"Condenamos este crime... e expressamos nossas mais profundas condolências ao falecido", disse Zabihullah Mujahid.

Imagens postadas nas redes sociais, que não puderam ser verificadas, mostraram as paredes esburacadas da mesquita Mawlavi Sikandar, frequentada por sufis.

Grupos jihadistas como o EI odeiam profundamente essa corrente do Islã, que consideram herética e acusam seus fiéis de politeísmo - o maior pecado do Islã - por venerar os santos mortos.

"O que aconteceu na mesquita foi horrível. Todos que estavam rezando lá dentro ficaram feridos ou mortos", disse Mohammad Esah, dono de uma loja próxima.

Um membro da equipe médica de um hospital próximo disse à AFP por telefone que 30 a 40 pessoas foram internadas no hospital após a explosão.

"As pessoas se reuniram para rezar na mesquita e a explosão aconteceu", disse uma testemunha à AFP por telefone.

Atentados em série

A explosão ocorre um dia após dois ataques reivindicados pelo grupo Estado Islâmico no Afeganistão, que deixaram pelo menos 16 mortos e dezenas de feridos.

Na quinta-feira (21), ao menos 12 pessoas morreram e várias ficaram feridas em um atentado reivindicado pelo EI em uma mesquita xiita em Mazar-i-Shariff, também no norte do Afeganistão.

Outro atentado nesse mesmo dia deixou quatro mortos em Kunduz.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade por duas explosões na terça-feira em uma escola para meninos em um bairro xiita de Cabul, matando seis pessoas e ferindo mais de 25.

Os afegãos xiitas, principalmente da comunidade hazara, que representa de 10% a 20% dos 38 milhões de habitantes do país, são alvo antigo do EI, que também os considera hereges.

Mais cedo nesta sexta-feira, as autoridades do Talibã disseram ter prendido o "cérebro" do ataque de quinta-feira à mesquita Mazar-i-Sharif.

Autoridades do Talibã insistem que suas forças derrotaram o grupo Estado Islâmico, mas analistas dizem que a organização jihadista continua sendo uma grande ameaça à segurança no Afeganistão.

O atentado suicida de sexta-feira contra uma mesquita xiita de Peshawar, noroeste do Paquistão, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), deixou 62 mortos, segundo um balanço atualizado divulgado pela polícia.

A polícia divulgou imagens de uma câmera de segurança que mostram o momento em que um homem, com traje tradicional, é morto por dois policiais ao entrar na mesquita no bairro Risaldar, em Peshawar. Ele detonou um cinto de explosivos repleto de peças de metal que se dispersaram pelo edifício, que estava lotado, antes do início da oração de sexta-feira.

O EI reivindicou o ataque. "Há sete corpos irreconhecíveis, incluindo dois pés amputados, que acreditamos são do homem-bomba", disse Muhammad Ijaz Khan, chefe da polícia de Peshawar.

"Estamos tentando estabelecer a identidade do autor a partir de testes de DNA", acrescentou. Ijaz afirmou que entre as 62 vítimas fatais estão sete crianças de menos de 10 anos. O balanço anterior citava 56 mortos.

Este é o ataque mais violento na região desde 2018, quando um atentado - também reivindicado pelo EI - contra um comício eleitoral em Mastung, na província de Baluchistão (sudoeste) matou 149 pessoas. Peshawar, a 50 km da fronteira com o Afeganistão, foi cenário de atentados diários durante a primeira metade da década de 2010, mas, nos últimos anos, a segurança melhorou consideravelmente. O último ataque do tipo havia acontecido em novembro de 2018, quando 31 pessoas morreram em um atentado suicida em um mercado da cidade.

Os xiitas do Paquistão já foram alvos do grupo Estado Islâmico no passado. O braço local, Estado Islâmico-Khorasan (EI-K), reivindicou a autoria de diversos atentados no país nos últimos anos. Além disso, o Paquistão enfrenta há muitos anos o retorno do 'Tehreek-e-Taliban Pakistan' (TTP), os talibãs paquistaneses, galvanizados pela chegada ao poder dos talibãs no Afeganistão em agosto do ano passado.

Ao menos 56 pessoas morreram e 194 ficaram feridas em um atentado suicida, reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), contra uma mesquita xiita em Peshawar, noroeste do Paquistão, durante a oração de sexta-feira.

A explosão aconteceu poucos minutos antes do início da oração desta sexta-feira (4) em uma mesquita xiita localizada em uma rua estreita do bairro de Kosha Risaldar, perto do histórico bazar de Qissa Khwani.

"No total, 56 pessoas morreram e 194 ficaram feridas. Os feridos incluem 50 pacientes em estado crítico", declarou à AFP Muhammad Asim Khan, porta-voz do hospital Lady Reading de Peshawar.

O número de vítimas, no entanto, ainda pode aumentar, disse à AFP o comandante da polícia de Peshawar, Muhamad Ijaz Khan.

"Dois criminosos atiraram contra os policiais na entrada principal da mesquita. Um policial morreu na hora e outro ficou gravemente ferido", disse.

Mais tarde, o grupo jihadista Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado através de sua agência de propaganda, Amaq.

"Um combatente kamikaze do Estado Islâmico conseguiu entrar hoje [sexta-feira] em uma mesquita xiita de Peshawar" e "detonou um cinturão carregado com explosivos no meio dos xiitas", informou a Amaq em um comunicado divulgado nas redes sociais.

Uma testemunha, Zahid Khan, relatou à AFP o ocorrido. "Estava do lado de fora da mesquita quando vi um homem que atirou contra dois policiais, antes de entrar na mesquita. Poucos segundos depois, ouvi uma grande explosão", disse.

Outra testemunha, Ali Asghar, contou que viu o momento em que um homem "atirou com uma pistola" dentro da mesquita e matou "as pessoas, uma a uma. "Depois, ele detonou a carga explosiva."

Um correspondente da AFP observou pedaços de corpos espalhados no local, enquanto os serviços de resgate e a população local se esforçavam para ajudar as vítimas.

O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, condenou o atentado com veemência, afirmou um porta-voz.

- O retorno do TTP -

Peshawar, a 50 km da fronteira com o Afeganistão, foi cenário de atentados diários durante a primeira metade da década de 2010, mas, nos últimos anos, a segurança melhorou consideravelmente.

O último ataque do tipo havia acontecido em novembro de 2018, quando 31 pessoas morreram em um atentado suicida em um mercado da cidade.

Os xiitas do Paquistão já foram alvos do grupo Estado Islâmico no passado. O braço local, Estado Islâmico-Khorasan (EI-K), reivindicou a autoria de diversos atentados no país nos últimos anos.

Além disso, o Paquistão enfrenta há muitos anos o retorno do 'Tehreek-e-Taliban Pakistan' (TTP), os talibãs paquistaneses, galvanizados pela chegada ao poder dos talibãs no Afeganistão em agosto do ano passado.

Embora tenham raízes comuns, o TTP é um grupo diferente do Talibã afegão. O grupo reivindicou vários ataques desde o início do ano.

Um dos atentados mais violentos cometidos pelo TTP foi o massacre de 150 pessoas, em sua maioria estudantes, em Peshawar, em dezembro de 2014.

Ao menos 30 pessoas morreram em um atentado em uma mesquita xiita de Peshawar, noroeste do Paquistão, durante a oração de sexta-feira (4), informaram fontes médicas.

"Posso confirmar que ao menos 30 pessoas morreram e 56 estão feridas" declarou à AFP Muhamad Asim Khan, porta-voz do hospital Lady Reading de Peshawar.

A mesquita fica em uma rua estreita do bairro de Kosha Risaldar, perto do histórico bazar de Qissa Khwani. A explosão aconteceu poucos minutos antes do início da oração de sexta-feira.

"Estava do lado de fora da mesquita quando vi um homem que atirou contra dois policiais, antes de entrar na mesquita. Poucos segundos mais tarde, ouvi uma grande explosão", declarou à AFP Zahid Khan.

Shiraz Ali, morador de Peshawar, disse que seguia para o local de oração quando viu "um homem vestido de preto atirando contra um policial e depois entrar na mesquita".

Peshawar, a 50 km da fronteira com o Afeganistão, foi cenário de atentados diários durante a primeira metade da década de 2010, mas nos últimos anos a segurança melhorou consideravelmente.

Os fiéis vacinados puderam rezar juntos neste domingo (17) na Grande Mesquita de Meca pela primeira vez desde o começo da pandemia de covid-19, depois que as autoridades sauditas levantaram as medidas de distanciamento social.

Essa mesquita de Meca (oeste), principal lugar sagrado do Islã, recebia milhões de muçulmanos antes da propagação da doença no final de 2019.

No entanto, a epidemia obrigou a imposição de restrições de acesso que foram sendo flexibilizadas paulatinamente durante os últimos meses, especialmente para os peregrinos vacinados.

A partir de agora, "a Grande Mesquita pode ser usada em sua capacidade máxima, com a obrigação de que os funcionários e visitantes usem máscara a todo momento", anunciou o ministério do Interior em um comunicado publicado pela agência de notícias oficial SPA.

A decisão se aplica a partir deste domingo para as pessoas completamente vacinadas contra o coronavírus, disse.

Os lugares públicos, como o transporte, os restaurantes e os cinemas, também poderão funcionar com a capacidade máxima em todo o país e não é mais obrigatório usar máscara ao ar livre, segundo o comunicado.

Em tempos normais, o hach e a umrah (pequena peregrinação) mobilizam cerca de 12 bilhões de dólares por ano na Arábia Saudita, que tenta diversificar sua economia, muito dependente do petróleo.

A Arábia Saudita registrou oficialmente quase 548.000 casos de infecção e 8.760 mortes.

Pelo menos dois civis foram mortos e outros três feridos numa explosão em Cabul, no Afeganistão, neste domingo, 3, perto da mesquita de Id Gah, onde se celebrava uma cerimônia em memória à mãe de um líder do Taleban.

Até agora, nenhum grupo ou organização armada reivindicou a responsabilidade pelo ataque. A mesquita Eid Gah, localizada na capital do Afeganistão, fica a poucos metros do palácio presidencial e da sede do Ministério da Defesa.

##RECOMENDA##

"Segundo as nossas informações, dois civis foram mortos e três feridos na explosão", disse à AFP o porta-voz do Ministério do Interior, Qari Sayed Khosti.

Alguns minutos antes, o porta-voz do governo, Zabihullah Mujahid, tuitou: "Uma explosão teve como alvo durante a tarde uma reunião de civis perto da entrada da mesquita Id Gah em Cabul e matou várias pessoas."

Ahmadullah, um comerciante cuja loja está perto da mesquita, disse à AFP que "ouviu o som de uma explosão seguida de tiros".

Após o ataque, a área em torno da mesquita foi isolada pelos taleban, com forte esquema de segurança.

Os taleban tinham anunciado numa declaração no dia anterior que a cerimônia seria realizada na mesquita no domingo à tarde.

O último ataque mortal em Cabul ocorreu em 26 de agosto, quando pelo menos 72 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas numa explosão ao aeroporto de Cabul reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (IS).

Sob o nome Estado Islâmico da Província de Khorasan, IS-K reivindicou a responsabilidade por alguns dos ataques mais sangrentos dos últimos anos no Afeganistão.

Reunião taleban

No início da manhã, os taleban organizaram uma primeira reunião de quase 1.500 apoiadores para celebrar sua vitória, sete semanas depois de assumirem o controle do país, em 15 de agosto.

O comício ocorreu em Kohdaman, perto de Cabul.

No palco, Mawlawi Muslim Haqqani, vice-ministro dos assuntos religiosos, elogiou a vitória do movimento islâmico, que disse ter marcado a derrota dos "cristãos" e dos "ocidentais".

Apenas homens e rapazes participaram do evento, em cadeiras ou sentados no chão debaixo de lonas erguidas no meio de um terreno baldio.

Ao redor, dezenas de guardas armados ficaram de prontidão enquanto os combatentes taleban chegavam.

"A América derrotada. Impossível. Impossível. Mas é possível", disse uma das canções tocadas, apesar de a música ser teoricamente proibida pelo movimento islâmico.

O evento começou solenemente com uma procissão de homens armados que agitavam a bandeira branca taleban com a profissão de fé muçulmana inscrita em preto. Alguns carregavam um lançador de foguetes sobre os ombros.

Os civis participantes na reunião usavam vestuário tradicional ou pelo menos chapelaria. A maioria estava desarmada. Quando os organizadores chegaram, cantaram o tradicional "takbir", a fórmula religiosa "Allah Akbar" (Deus é o maior) repetida várias vezes. Alguns gritaram slogans pró-Taleban.

Outro orador, que disse chamar-se Rahmatullah, afirmou que após 20 anos de guerra no país, a vitória foi possível graças "às fileiras de jovens que se apresentaram como candidatos ao martírio".

'Os seus termos'

"As Nações Unidas são simplesmente o outro nome dos Estados Unidos e o seu objetivo é destruir países muçulmanos, se aceitarmos os seus termos, não faremos melhor do que o governo anterior", disse Mohamad Akram, chefe de um grupo de comando taleban.

Sete semanas após a tomada do poder pelos combatentes, o "Emirado Islâmico", o novo regime decretado pelo Taleban, tenta afirmar a sua legitimidade tanto aos olhos da população como a nível internacional.

Milhares de afegãos e parte da oposição fugiram do país por medo de represálias por parte do movimento fundamentalista.

No interior do país, a oposição civil tornou-se impossível. Desde 8 de setembro, os taleban reprimiram todas as manifestações e tomaram "medidas legais severas" contra qualquer pessoa que infringisse as suas regras.

Em setembro, taleban armados dispersaram manifestações em várias cidades, incluindo Cabul, Faizabad e Herat, onde duas pessoas foram mortas.

Na capital, milícias armadas dispersaram à força as poucas manifestações que reuniam um punhado de mulheres para exigir o direito à educação.

No início de agosto, os taleban formaram um governo chefiado por Mohamad Hasan Akhund, antigo associado próximo do fundador do movimento, Mullah Omar, que morreu em 2013. Todos os membros pertencem ao grupo fundamentalista e quase todos são pashtuns étnicos.

O governo enfrenta o desafio da gestão civil num país economicamente empobrecido e ameaçado por uma grave crise humanitária.

Nenhum país reconheceu ainda o novo regime do Afeganistão, embora Paquistão, China e Catar tenham dado sinais de abertura.

A Secretária de Estado Adjunta dos EUA Wendy Sherman viajará para o Paquistão na quinta e sexta-feira para discutir, entre outras coisas, como o novo regime taleban pode ser pressionado a respeitar os direitos fundamentais. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um ataque a tiros deixou quatro mortos em um bar de Mesquita,  um município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, no estado do Rio. O ataque ocorreu na madrugada desta segunda (3), no bairro de Jacutinga.

Segundo a Polícia Militar, outras quatro pessoas ficaram feridas e foram levadas para unidades de saúde da região: Hospital Geral de Nova Iguaçu e Unidade Pronto-Atendimento de Edson Passos.

##RECOMENDA##

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. Os nomes dos mortos ainda não foram divulgados.

[@#video#@]

Um jogo da terceira divisão do Campeonato Carioca, a Série B2, não foi realizado nesta segunda-feira por causa de um motivo insólito. O Mesquita perdeu por W.O., fora de casa, para o Bela Vista, no estádio Alzirão, em Itaboraí, porque não levou os uniformes de jogo. Por causa disso, a equipe acabou punida com a derrota pelo placar de 3 a 0 para o time mandante.

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro confirmou ao Estadão que o Mesquita chegou ao estádio sem os uniformes necessários para o duelo começar e, por isso, o árbitro responsável declarou que o adversário seria o vencedor. A partida era válida pela terceira rodada do segundo turno da competição.

##RECOMENDA##

O Mesquita é o time de pior campanha do campeonato. Em nove partidas realizadas, foram sete derrotas e dois empates. Recentemente, a equipe perdeu por 8 a 0 do Carapebus e no mês passado levou de 6 a 2 do Ceres, logo na estreia.

Ao longo do campeonato, a equipe marcou somente sete gols e sofreu 29. Curiosamente, a primeira vitória do Bela Vista veio somente nesta segunda, graças ao W.O. provocado pela ausência dos uniformes.

A França abriu uma investigação contra 76 mesquitas suspeitas de fomentar o extremismo e o que governo chama de "separatismo islâmico".

A operação foi chamada pelo ministro do Interior, Gérald Darmanin, como sem precedentes e, segundo ele, tem como objetivo combater a ameaça crescente do terrorismo religioso no país.

##RECOMENDA##

"Seguindo minhas instruções, os serviços estatais vão lançar uma ação massiva e sem precedentes contra o separatismo islâmico", anunciou no Twitter Darmanin, encarregado da operação.

O risco de ataques do tipo ficou evidenciado após a decapitação do professor Samuel Paty, em outubro, nos arredores de Paris, por um jovem de origem chechena, depois que ele mostrou caricaturas do profeta Maomé durante uma aula, algo que é considerado idolotria pelos muçulmanos.

Poucas semanas depois, um jovem recém-chegado da Tunísia esfaqueou e matou três pessoas dentro da basílica de Nice - entre as vítimas, uma brasileira.

Darmanin disse que as 76 mesquitas, que estão entre os mais de 2.600 locais de culto muçulmanos na França, foram sinalizadas como possíveis ameaças aos valores republicanos da França e sua segurança.

Segundo o ministro, os templos serão fechados caso as suspeitas forem confirmadas.

"Existem em algumas áreas concentradas locais de culto que são claramente anti republicanos", disse Darmanin à rádio RTL. "Onde os imãs são seguidos pelos serviços de inteligência e onde o discurso vai contra os nossos valores."

O governo investigará o financiamento das mesquitas e os antecedentes de imãs considerados suspeitos e procurará evidências, entre outras coisas, de escolas corânicas, de estudos islâmicos, para crianças pequenas.

Darmanin não revelou quais locais de culto seriam inspecionados, mas em uma nota que enviou às autoridades regionais, a qual a AFP teve acesso, listou 16 endereços na região de Paris e outros 60 no resto do país.

O ministro também disse à RTL que o fato de apenas uma fração dos cerca de 2.600 locais de culto muçulmanos na França serem suspeitos de promulgar teorias radicais mostra "que estamos longe de uma situação de radicalização generalizada".

A operação acontece no momento em que Darmanin tenta evitar críticas ferozes a casos de brutalidade policial capturados por câmeras, que forçaram o governo a revisar o projeto de lei que restringe a divulgação de imagens de policiais em ação.

O presidente francês, Emmanuel Macron, que vem adotando uma narrativa rígida contra o jihadismo, vem falando de uma crescente ameaça do "separatismo islâmico" e seu desafio à unidade da república francesa secular.

Segundo Macron, os principais valores franceses, como a liberdade de crença, igualdade de gênero e o direito de blasfemar estão ameaçados em determinadas comunidades.

"Diante desse mal que está consumindo nosso país, a França se recuperou com resiliência, com determinação", escreveu o presidente em uma carta ao jornal Financial Times em novembro.

A repressão do governo, no entanto, deixou alguns muçulmanos se sentindo cada vez mais segregados em seu próprio país. Líderes muçulmanos, apesar de terem declarado apoio à luta do governo contra o extremismo, alertaram para que a ação não confunda uma esmagadora maioria de fiéis com "fomentadores do ódio". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O principal tribunal administrativo da Turquia discutiu nesta quinta-feira um pedido para transformar em mesquita a antiga Basílica de Santa Sofia, uma medida que o presidente Recep Tayyip Erdogan exige com o risco de criar tensão com vários países.

Sinal que o caso preocupa no exterior, os Estados Unidos pediram na quarta-feira à Turquia que não altere o status de Santa Sofia, também conhecida como Hagia Sophia.

Nesta quinta-feira (2), o Conselho de Estado turco examinou o pedido feito por várias associações durante uma breve audiência e deve anunciar sua decisão dentro de 15 dias, informou a agência de notícias estatal Anadolu.

Importante obra arquitetônica construída no século VI pelos bizantinos que coroaram seus imperadores no local, Hagia Sophia é um Patrimônio Mundial da UNESCO e uma das principais atrações turísticas de Istambul.

Convertida em mesquita após a captura de Constantinopla pelos otomanos em 1453, foi transformada em museu em 1935 pelo líder da jovem República Turca, Mustafa Kemal, ansioso por "oferecê-la à humanidade".

No entanto, seu status é regularmente objeto de controvérsia: desde 2005, associações têm recorrido aos tribunais para exigir um retorno ao status de mesquita, sem sucesso até o momento.

Durante a audiência desta quinta-feira, o promotor pediu a rejeição do pedido das associações, argumentando que a decisão de modificar o status de Santa Sofia "é uma questão do Conselho de Ministros e da Presidência", segundo Anadolu.

Erdogan, um nostálgico do Império Otomano que busca atualmente atrair o eleitorado conservador em meio a uma crise econômica devido à pandemia de coronavírus, defendeu várias vezes a reconversão em mesquita.

No ano passado, chamou a transformação de Hagia Sophia em um museu "de um grande erro".

- "Poderoso símbolo" -

Desde a chegada de Erdogan ao poder em 2003, as atividades relacionadas ao Islã se multiplicaram dentro de Hagia Sophia, com sessões de leitura do Alcorão ou orações coletivas na praça em frente ao monumento.

Mahmut Karagöz, um sapateiro de 55 anos, sonha em um dia poder orar sob a cúpula de Hagia Sophia.

"É uma herança de nossos ancestrais otomanos. Espero que nossas orações sejam ouvidas", disse ele à AFP.

Para Anthony Skinner, da empresa de consultoria Verisk Maplecroft, converter Hagia Sophia em uma mesquita permitiria a Erdogan satisfazer sua base eleitoral, irritar Atenas, com quem as relações são tensas, e se reconectar com o passado otomano.

"Erdogan não poderia encontrar um símbolo tão poderoso quanto Hagia Sophia para alcançar todos esses objetivos ao mesmo tempo", resume.

No ano passado, o Conselho de Estado já havia autorizado a transformação em mesquita da magnífica igreja bizantina de Chora em Istambul, uma decisão percebida por alguns como um teste para Hagia Sophia.

A decisão do Conselho de Estado "provavelmente será política (...), resultado de deliberações dentro do governo", estima Asli Aydintasbas, pesquisadora do Conselho Europeu de Relações Exteriores.

Para Aydintasbas, o governo deve pesar os prós e os contras, especialmente através do prisma das relações com a Grécia, a Europa e a administração americana de Donald Trump, para quem "a religião é um assunto importante".

Mesmo que a conversão de Hagia Sophia em mesquita não impeça turistas de todas as religiões de visitarem o local - muitos visitam a Mesquita Azul nas proximidades todos os dias - mudar o status de um lugar tão emblemático na história do cristianismo poderia causar tensão.

"Instamos as autoridades turcas a continuarem a conservar Hagia Sophia como museu, como ilustração de seu compromisso de respeitar as tradições culturais e a rica história que moldou a República turca, e garantir que ela permaneça aberta a todos", declarou na quarta o secretário de Estado Mike Pompeo.

O destino de Hagia Sophia também preocupa a vizinha Grécia, que monitora de perto o futuro do patrimônio bizantino na Turquia.

Também na Turquia há muitos que se opõem a essa decisão.

"Milhões de turistas a visitam todos os anos", ressalta Sena Yildiz, uma estudante de economia. "É um lugar importante para os muçulmanos, mas também para os cristãos e para todos aqueles que amam a História".

A Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, o terceiro local sagrado mais importante do Islã e o primeiro fora da Arábia Saudita, reabriu as portas neste domingo depois de passar dois meses fechada pela pandemia do novo coronavírus.

Nenhum incidente grave foi registrado, mas oito residentes árabes foram detidos por "perturbar a visita" organizada de quase 100 judeus, informou a polícia israelense.

Pouco depois das 03H00 (horário local, 21H00 horário de Brasília, sábado), os primeiros fiéis, com o rosto coberto por máscaras, foram autorizados a entrar no complexo da Esplanada, localizado na cidade antiga de Jerusalém, para participar da primeira oração do dia.

"Deus é grande, protegeremos Al-Aqsa com nossa alma e sangue", cantaram os fiéis, que foram recebidos pelo diretor da mesquita de Al Aqsa, Omar Kiswani, que os parabenizou por sua paciência.

Conhecido como Haram al-Sharif - "Nobre santuário"- pelos muçulmanos e Monte do Templo pelos judeus, a Esplanada das Mesquitas abriga o Domo da Rocha e a mesquita de Al-Aqsa, que é administrada pelo Waqf de Jerusalém, um órgão vinculado à Jordânia.

Poucas horas mais tarde, quase 100 judeus entraram na esplanada, o primeiro local sagrado do judaísmo sob o nome Monte do Templo. Os judeus estão autorizados a visitar o local durante horas determinadas, mas não podem rezar, para evitar o aumento das tensões religiosas.

Oito moradores árabes foram detidos por tentativa de "perturbar esta visita, aos gritos de slogans nacionalistas", informou o porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld.

O Domo da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa também abriram para os fiéis neste domingo. Os locais estavam fechados desde meados de março pelas autoridades religiosas no âmbito das medidas adotadas para impedir a propagação do novo coronavírus em Jerusalém, uma cidade disputada, cuja zona leste está ocupada e anexada por Israel desde 1967.

O fechamento da Esplanada das Mesquitas foi determinado no início da crise de COVID-19 nos territórios palestinos e em Israel.

Até o momento, Israel registrou mais de 17.000 casos de novos coronavírus em sua população de quase nove milhões de pessoas e 284 mortes. No lado palestino, menos de 500 casos foram confirmados na Cisjordânia e Gaza e três mortes para uma população de cinco milhões de habitantes.

Nas últimas 10 semanas, os muezins convocaram os fiéis à oração, mas em suas casas, inclusive durante o mês sagrado do Ramadã, que terminou na semana passada.

"Não houve Ramadã, nem Aid al Fitr (Festa do Fim do Jejum, em Al-Aqsa), mas hoje é um dia de festa, tudo é diferente", declarou Ramzi Abisan, um homem de 30 anos que chegou ao amanhecer para acompanhar a primeira oração.

Apesar da reabertura da Esplanada, as autoridades permanecem vigilantes para tentar impedir a propagação do vírus.

Funcionários entregavam máscaras aos fiéis e mediam a temperatura de quem entrava no complexo. Nos tapetes para oração, fitas brancas marcavam o espaço da distância necessária.

Soldados israelenses estavam a postos neste domingo: a reabertura do local sagrado acontece um dia depois da polícia matar um palestino deficiente de 32 anos, Iyad Hallak, na cidade antiga de Jerusalém.

A vítima, que a polícia acreditava que estava armada, foi perseguida e atingida por um tiro. A morte provocou uma grande comoção.

O Fatah, partido laico do presidente palestino Mahmud Abas, denunciou a "execução de um jovem deficiente".

"Lamentamos verdadeiramente o incidente no qual Iyad Hallak foi alvo de um tiro e apresentamos nossas condolências à família", afirmou neste domingo o ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, que pediu uma investigação rápida.

Uma mesquita foi alvo de pichações racistas e os pneus de mais de cem carros foram furados em um vilarejo árabe no norte de Israel, informou a polícia israelense nesta terça-feira (11), que suspeita de extremistas judeus.

Frases que diziam “judeus acordem” ou “parem a assimilação” foram pintadas na noite de segunda-feira em uma mesquita e em outro prédio na cidade de Khish, também conhecido como Gush Halav, localizado perto da fronteira com o Líbano.

A polícia israelense investigou o incidente e condenou “todos os crimes de ódio nacionalista”.

De acordo com o chefe do conselho local de Khish, Elias Elias, não é a primeira vez que sua aldeia, povoada por muçulmanos e cristãos árabes, é alvo de vandalismo.

Esses atos parecem fazer parte da campanha “Preço a pagar”, liderada por extremistas judeus, bem como por ativistas de extrema direita que cometem ataques contra palestinos e árabes israelenses.

“Condeno veementemente a pichação e o vandalismo que ocorreram ontem à noite nas propriedades da aldeia de Khish. Encontraremos os agressores e aplicaremos a lei com todo o seu rigor. Não aceitaremos nenhum ataque contra nossos cidadãos”, respondeu o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

No entanto, o líder da “Lista Árabe Unida”, um grupo de partidos árabes israelenses que participam das eleições legislativas de 2 de março, vinculou a violência a Netanyahu, acusado por esses partidos de alimentar uma retórica anti-árabe.

Nos últimos meses, Israel viu um aumento nos atos de vandalismo contra os árabes israelenses.

Em dezembro, os pneus de 160 carros foram perfurados em uma noite em um bairro de Jerusalém Oriental, ocupado por Israel em 1967 e anexado 13 anos depois.

A polícia de Hong Kong apresentou oficialmente nesta segunda-feira (21) suas desculpas, pela primeira vez desde o início do movimento de protesto em junho, depois de lançar tinta azul em uma mesquita durante a dispersão de manifestantes.

"Imediatamente após o incidente, os policiais apresentaram suas sinceras desculpas ao imã e aos líderes da comunidade muçulmana", disse Cheuk Hau-yip, comandante regional das forças de ordem no distrito de Kowloon.

Os responsáveis por essa mesquita, a maior da ex-colônia britânica, localizada na península de Kowloon, disseram a repórteres que aceitaram as desculpas, assim como as da chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam.

Em um comunicado divulgado no domingo, a polícia afirmou que o edifício religioso foi danificado por engano.

Já a "senhora Lam se desculpou pela aspersão involuntária" de tinta (azul), de acordo com um comunicado publicado nesta segunda-feira por seu escritório.

Ao lado do chefe de polícia Stephen Lo, Lam fez uma breve visita à mesquita, sob um importante dispositivo de segurança.

A entrada do prédio foi pulverizada com um líquido azul intenso, causando indignação na comunidade muçulmana e nos manifestantes.

Essa tinta, que misturada a uma solução de pimenta queima a pele, é usada para identificar manifestantes, mas também mancha ruas e edifícios.

Em imagens de vídeo, um caminhão da polícia aparece estacionado em frente à mesquita no momento dos confrontos entre manifestantes e policiais.

O veículo começou a lançar um líquido azul sobre meia dúzia de jornalistas e pessoas que estavam na rua em frente ao prédio religioso.

Este pequeno grupo foi atingido duas vezes e parte da tinta chegou aos degraus e à entrada da mesquita.

A mesquita original de Kowloon foi construída no final do século XIX para os soldados muçulmanos das Índias Britânicas.

Reconstruída no início dos anos 80, é um importante centro para a comunidade muçulmana de Hong Kong, que tem cerca de 300.000 fiéis.

No domingo, Hong Kong registrou um novo dia de violência, pelo vigésimo fim de semana consecutivo. Dezenas de milhares de pessoas participaram de uma concentração não autorizada, mas pacífica.

Rapidamente, a situação degenerou quando ativistas radicais jogaram coquetéis Molotov e pedras contra um posto policial, estabelecimentos comerciais e estações de metrô.

Hong Kong enfrenta a pior crise política desde a sua retrocessão para a China em 1997, com manifestações e outras ações quase diárias denunciando uma degradação das liberdades, bem como a crescente interferência de Pequim nos assuntos do enclave semi-autônomo.

Depois que as autoridades proibiram o uso de máscaras nas manifestações, no início de outubro, a ex-colônia britânica experimentou um aumento na violência, com atos de vandalismo contra empresas acusadas de apoiar o governo local, por sua vez leais ao poder central chinês.

Pelo menos 62 pessoas morreram e 33 ficaram feridas em um ataque contra uma mesquita na cidade de Jaw Dara, na Província de Nangarhar, no Afeganistão, durante a oração de sexta-feira, um dia após a ONU alertar que a violência no país atingiu níveis "inaceitáveis".

Segundo autoridades, os explosivos teriam sido colocados dentro da mesquita. Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque. O Taleban e o Estado Islâmico estão presentes em Nangarhar, na fronteira com o Paquistão. (Com agências internacionais)

##RECOMENDA##

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pelo menos 62 pessoas morreram e 33 ficaram feridas em um ataque contra uma mesquita no Afeganistão durante a oração de sexta-feira, segundo as autoridades, um dia após as Nações Unidas alertarem que a violência no país atingiu níveis "inaceitáveis".

"O saldo do ataque contra a mesquita aumentou para 62 mortos e 33 feridos", disse à AFP um porta-voz do governador da província de Nangarhar (leste), Attaullah Jogyani, que havia informado um primeiro balanço de 28 mortos.

Segundo Jogyani, o ataque foi realizado com "explosivos que foram colocados dentro da mesquita", localizada na cidade de Jaw Dara, no distrito de Haska Mina, cerca de 50 km da capital da província de Jalalabad.

Outras fontes, incluindo um combatente talibã, mencionaram a possibilidade de um ataque com morteiros.

Um porta-voz do Talibã condenou o ataque e o chamou de "crime grave", aparentemente negando toda a responsabilidade, e culpou o grupo Estado Islâmico (EI) ou as forças do governo.

No momento, nenhum grupo assumiu a autoria deste ataque. O Talibã e o EI estão presentes em Nangarhar, uma província fronteiriça com o Paquistão.

Várias testemunhas disseram que o teto da mesquita desabou após uma forte explosão.

Cerca de 350 fiéis estavam no interior da mesquita, disse à AFP Omar Ghorzang, um morador local.

"Dezenas de pessoas foram mortas e as feridas foram levadas em várias ambulâncias", afirmou à AFP Haji Amanat Khan, um vizinho de 65 anos.

- Extrema violência -

Este ataque ocorreu depois que a ONU publicou um novo relatório na quinta-feira com o número "sem precedentes" de civis mortos ou feridos no Afeganistão entre julho e setembro.

O relatório, que também observa a violência ao longo de 2019, ressalta que "os afegãos estão expostos a níveis extremos de violência há muitos anos", apesar das promessas de todas as partes de "prevenir e mitigar os danos aos civis".

A ONU lamentou o preço cada vez maior que os civis têm de pagar, dada a crença generalizada de que nenhuma das partes pode vencer a guerra no Afeganistão.

"As vítimas civis são totalmente inaceitáveis", disse o representante especial da ONU para o Afeganistão, Tadamichi Yamamoto, acrescentando que demonstram a importância das negociações que levem a um cessar-fogo e a um acordo político permanente.

A ONU atribuiu grande parte da responsabilidade a "elementos antigovernamentais", como o Talibã, que conduz uma insurgência sangrenta há mais de 18 anos no Afeganistão.

Os números, 1.174 civis mortos e 3.139 feridos de 1º de julho a 30 de setembro, representam um aumento de 42% em relação ao mesmo período de 2018.

"É o maior número de vítimas civis registrado durante um único trimestre" desde 2009, de acordo com a missão da ONU no Afeganistão (Manua), em um relatório trimestral.

Julho foi o mês mais sangrento dos últimos dez anos, com 425 mortos, segundo o Manua, que iniciou sua contagem de perdas civis em 2009.

Este ano foi marcado por uma sangrenta campanha eleitoral para as eleições de 28 de setembro, que o Talibã prometeu impedir.

Os Estados Unidos e o Talibã passaram o ano em negociações supostamente para abrir um caminho para o fim do conflito. Mas o presidente americano Donald Trum, encerrou as negociações em setembro, após um ataque sangrento.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando