Tópicos | Metodologia

Muito se fala, hoje, da necessidade de inovar. Empresas são cobradas a serem diferentes. Dos funcionários, é exigido “pensar fora da caixa”. E nada disso é injusto, diga-se a verdade. É realmente preciso que se crie novas soluções, produtos e serviços. O problema é que os profissionais do mercado de trabalho atual – e os que estão para entrar nele – ainda não estão preparados como deveriam para essa nova realidade. Ainda não há, no Brasil, uma cultura de estímulo à inovação estruturada desde a infância, por exemplo.

Para termos profissionais com pensamento realmente disruptivo, é necessário nutri-los muito antes da entrada no mercado de trabalho ou mesmo no Ensino Superior. Essa é uma prática que deve vir da Educação Básica. Até antes disso: de casa. Pais podem e devem estimular seus filhos, desde a mais precoce idade, a pensar diferente, encontrar novas formas de resolverem tarefas, mesmo que simples. Esse incentivo vai condicionando o cérebro da criança, que poderá se tornar, mais tarde, um adulto com raciocínio mais inovador.

Isso aliado a práticas pedagógicas que também desenvolvam habilidades inovadoras. O modelo de ensino atual ainda é arcaico, alicerçado na transmissão de informações, e não no conhecimento expandido; na preparação para a realização de provas, em vez de capacitação para os problemas da vida. Considero de grande valia que as escolas e universidades adotem metodologias que permitam uma formação mais completa e em linha com as necessidades da sociedade moderna, digital e altamente mutável.

As novas gerações precisam crescer já antenadas com novas tendências e, mais que isso, precisam ser, elas próprias, criadoras de tendências, a partir de uma visão de mundo mais aberta e inovadora. Os centennials, como são chamados os nascidos a partir dos anos 2000, já vieram ao mundo em uma realidade digital e precisam ser impulsionados a se utilizarem dos recursos que a tecnologia oferta para a criação de produtos e serviços diferenciados.

Esse estímulo precoce à inovação só tende a trazer benefícios. Primeiro para os indivíduos, que poderão desenvolver habilidades e garantir a trabalhabilidade no futuro, além de terem sua capacidade inventiva e de raciocínio expandida. Também as organizações saem ganhando, por receberem funcionários que podem colaborar com a inovação empresarial e gerar novas oportunidades de negócio. No fim das contas, toda a sociedade sai ganhando.

Conseguir a atenção dos alunos em sala de aula é uma tarefa difícil e buscar soluções para manter o controle é um dos desafios dos profissionais da educação. Uma iniciativa curiosa do professor de história Rodrigo Sensi, de um escola de Natal, capital do Rio Grande do Norte, gerou uma grande repercussão nas redes sociais. O método consiste em aplicar perda de pontos a medida que os alunos não apresentem o comportamento necessário em sala.

Chamada de "Death Nota", em referência ao mangá "Death Note", em que os nomes de pessoas escritos no caderno morrem, a brincadeira foi adotada há um ano e meio. A iniciativa surge como uma proposta de contornar as situações em que os alunos se “animam” demais, como conta o professor.

##RECOMENDA##

“Quando o professor não agrada os alunos ou a escola, não trazendo bons resultados, há uma possibilidade de troca de professor, e para contornar a situação, invisto na criação de estratégias que cativam os alunos. O uso do 'Death Nota' é em casos específicos, quando um aluno é chamado atenção duas a três vezes ou em situações extremas”, explica Rodrigo.

Para a aplicação da brincadeira, foram criadas regras: todo aluno que tiver seu nome escrito no “Death Nota” perderá alguma pontuação em uma de suas avaliações; o aluno que tiver seu nome escrito uma vez, não terá mais como apagá-lo e se o nome do aluno for escrito mais de uma vez em um mesmo dia, perderá o dobro de pontos e assim sucessivamente.

Fã de animes, o professor acredita que utilizar meios como esse causam uma aproximação com o universo dos alunos, quando se aplica situações que se assemelham à realidade para a idade deles, causando, assim, uma melhor compreensão das medidas que devem ser tomadas em sala de aula. Sensi leciona na rede particular para alunos de 13 a 17 anos, do sexto ano do ensino fundamental até a segunda série do ensino médio.

Com a proposta de compartilhar a ideia, Rodrigo postou em sua fanpage a foto que explica o método; a iniciativa chamou tanta atenção que a publicação tem mais de 4 mil reações e 15 mil compartilhamentos. Alguns comentários vão contra a postura adotada. “Professor autoritário tentando parecer descolado”, comentou um internauta. Já outros elogiam a atitude: “Meu sonho de professor. Infelizmente nunca peguei um assim”, lamenta um seguidor.

Com receio da aceitação da ideia, o professor encontrou apoio até com os próprios alunos que cobram a aplicação da “punição”, quando algum colega de classe não se comporta. Mas o educador ressalta a importância do diálogo entre os alunos, para contornar as situações. E, segundo ele, os alunos abraçaram a ideia como uma espécie de brincadeira, que no final será utilizado como uma forma de educação. 

Desde a sua aplicação, Rodrigo ressalta que ainda não houve problemas com pais e gestão da escola pelo uso do "Death Nota". E, para ele, a perda da pontuação não soma um déficit na nota final do aluno. Na foto compartilhada na rede social do professor há o nome de um estudante escrito na lista, mas, como conta Sensi, essa foi uma sugestão do próprio aluno para ilustrar o registro.

As dúvidas podem fazer parte da carreira de qualquer profissional e em certos momentos é preciso tomar decisões, fazer alguns ajustes e mudanças para descobrir qual o caminho certo a seguir. Mas nem sempre essas escolhas são fáceis sem a orientação adequada. Para isso, existem os coaches, profissionais especializados em oferecer determinados tipos de treinamentos, chamados de Coaching, que ajudam e desenvolvem habilidades nas pessoas auxiliando nas tomadas de decisões. 

"O Coaching é uma ferramenta que promove o autodesenvolvimento do profissional e dá condições para validar seus reais objetivos e identificar os fatores que o distanciam de alcançá-los. Ele é um processo que oportuniza maximizar os nossos potenciais e talentos de maneira adequada, encoraja pessoas a fazer as suas próprias escolhas, a encontrar respostas", explica a professora universitária e coach profissional, Lindevany Hoffiman.  

##RECOMENDA##

Apesar de não ser uma metodologia exata, o Coaching é bastante adaptável a diferentes áreas e pode ser aplicado com muita eficiência. Segundo a especialista em expressão verbal, comunicação oral e escrita de alto impacto, Daniella Marcusso, o coach é a pessoa que, por causa da sua experiência de vida ou profissional, vai ajudar o cliente, conhecido como coachee, a conseguir atingir um objetivo específico pessoal ou profissional através de treinamento, aconselhamento e orientação. "Ele pode te ensinar a jogar tênis, ou a viver em equilíbrio, ou a enfrentar uma plateia em palestras. Existem diferentes tipos de coaches", afirma a especialista. 

Daniella Marcusso é especialista em comunicação pessoal e corporativa e atua como coah há 15 anos. Foto: Janela Fotografia

Formada em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/SP), em direito pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre pela Columbia Business School em Nova York, Daniella trabalhou 14 anos como gerente de relacionamentos em instituições internacionais. “Apesar de estar no mercado financeiro, desde sempre percebi a diferença que faz para a carreira e para a vida de qualquer pessoa conseguir se comunicar com eficácia e impacto”, esclarece a coach. 

Para ambas especialistas, todo mundo precisa de um coach. "O instrutor ou treinador é essencial na vida de pessoas e profissionais. Mas é importante entender que todo processo não depende só dele. Ele exercerá o papel de impulsionador, estimulando o coach a assumir a responsabilidade pelos seus projetos, sejam eles pessoais ou profissionais, mas a jornada para assegurar que o objetivo aconteça deverá fazer parte do papel do coachee", esclarece Lindevany, que trabalha há 13 anos como instrutora.  

A administradora Conceição Miranda já participou de um curso de coach, entre 2015 e 2016, que estava incluído em sua pós-graduação de MBA em Marketing. Ela acredita na aplicação do treinamento. "Foram seis encontros ao longo de oito meses, e depois que fiz o Coaching consegui enxergar melhor meu potencial e pontos de melhoria. Hoje consigo fazer melhor uma auto análise e agir com a cabeça sem deixar as emoções a flor da pele". Ela ainda diz que muita coisa mudou após o curso e recomenda que as pessoas procurem um espcialista nas horas de tomar decisões.

Conceição Miranda participou de um curso de Coaching entre 2015 e 2016. Foto: Cortesia

Como se tornar um coach? 

No Brasil, ainda não há nenhum curso superior específico para coach. O que existem são escolas formadoras e certificadores no mercado que oferecem programas de formação. Segundo Lindevany, a formação de um profissional de Coaching requer um mínimo de aproximadamente 70 horas e, nesse processo, o coach, além do cumprimento de uma carga horária presencial, ainda deverá ser avaliado com atividades a distância pela aplicação das inúmeras metodologias aprendidas durante o curso. 

“Existem várias escolas formadoras, principalmente em São Paulo e dentre elas atualmente três são credenciadas e acreditadas pela ICF - International Coach Federation. Contudo, o mais importante é que o profissional, ao fazer a sua escolha, fique em uma escola séria, que privilegie a ética e pratique os princípios fundamentais que devem permear a relação coach (profissional) e coachee (cliente)”, aconselha Lindevany. 

Já Daniella aponta que normalmente esses cursos focam em ensinar a desenvolver empatia, aprender a “ouvir” e ensina ferramentas de como treinar a orientar pessoas. “Se você quer ser um coach é preciso ter um conteúdo de treinamento, ele é a sua assinatura, seu diferencial. E é desenvolvido com seu esforço, formação e atitudes pessoais. Esta é, sem dúvida, a parte mais importante para se tornar um profissional da área”.  

Formação e tipos de coach 

De acordo com as especialistas, existem vários níveis de formação e elas dependem dos  tipos de abordagens dos treinamentos. Desse modo, a estratégia de formação irá depender da complexidade e do objeto de aprofundamento. As capacitações vão da formação básica até a avançada. As áreas disponíveis são as seguintes: Coach de Vida, Coach de Carreira, Coach de Liderança, Coach Executivo, Coach de Equipes e Coach de Negócios. 

Como saber o momento ideal para procurar um coach? 

Várias são as situações que poderão dar origem a um processo de Coaching. Dentre as várias possibilidades, o coachee poderá contratar um serviço de Coaching nos casos de promoção, definição e/ou redirecionamento de carreira, aposentadoria, mudança pessoal, abertura de um negócio, desenvolvimento do papel de liderança, fortalecimento de performance, gerenciamento de equipes, entre outros. 

Uma sessão dura em média uma hora e 30 minutos. O indicado é fazer o coaching por pelo menos três meses com sessões semanais. Para uma ajuda na vida pessoal, o valor de cada sessão pode começar em R$ 450. Já para uma mudança profissional, o valor inicial é de R$ 600.  

LeiaJá também

--> Curso para formar coachings será realizado no Recife 

--> Como analisar seu ano profissional e planejar o próximo? 

--> Workshops movimentam o mês de maio no Recife

O ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, revelou nesta terça-feira, 13, ao juiz federal Sérgio Moro a 'metodologia' usada em 2014 pelos então senadores Vital do Rêgo - hoje ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) - e Gim Argello (PTB-DF) para barrar as investigações da CPI da Petrobras. Segundo o executivo, a dupla de senadores traçou um plano de trabalho que postergava propositadamente a investigação sobre corrupção na estatal petrolífera.

Léo Pinheiro foi questionado por seu advogado sobre medidas tomadas para que a CPI não aprofundasse os trabalhos investigativos. De acordo com o empreiteiro, retardar a investigação envolveu ajustes no calendário da CPI.

##RECOMENDA##

O executivo declarou que tinha conhecimento do plano de trabalho da CPI - o documento foi apreendido pela Lava Jato com Léo Pinheiro.

"Eu li várias vezes para entender como era o processo desde que eu estava à frente 100% desse assunto", afirmou. "Tinha propositadamente as datas de reunião, por exemplo. Só votava requerimento de depoente a cada 15 dias. Reunião para escolha de temas passava por um outro processo postergatório. Eram quatro temas, no plano (de trabalho) ele chama de quatro eixos. RNEST (Refinaria de Abreu e Lima, investigada na Lava Jato e alvo da CPI), por exemplo, que tem a ver conosco. RNEST era um eixo, então, para que o assunto RNEST voltasse, se ele foi para uma reunião, demorava 45 dias."

O empreiteiro disse detalhes a Moro. "A CPI tem um calendário que pegava dois recessos parlamentares. O do mês de junho e o do final do ano, que acabou encerrando com recesso. Isso tudo, eu vou usar a palavra, mas não sei se ela é correta, me perdoe, mas inteligentemente traçado isso e com alguns feriados para que não houvesse reuniões. Eu tratei disso juntamente com o senador, presidente da CPI, Vital do Rêgo, e com o senador Gim. Eles me mostrando esse calendário", afirmou.

"Outra coisa importante, as horas dessas reuniões que às vezes coincidiam com sessões do plenário da Câmara, do Senado ou do Congresso. Automaticamente as sessões são encerradas. Havia toda uma metodologia para que não se chegasse às investigações que o Ministério Público e a Justiça chegaram."

É a primeira vez que Léo Pinheiro, que perdeu no último mês sua negociação de delação premiada com o Ministério Público Federal, confessa crimes no esquema de cartel e corrupção na Petrobras.

A confissão de Léo Pinheiro faz parte de sua estratégia para tentar reconquistar a liberdade que a Lava Jato lhe tomou.

Após ver malograr sua delação premiada junto à Procuradoria-Geral da República, o empreiteiro está preso desde a semana passada, por ordem do juiz federal Sérgio Moro.

Moro acolheu pedido da força-tarefa do Ministério Público Federal que atribui a Léo Pinheiro obstrução da Justiça nos autos do processo em que é réu o ex-senador Gim Argello.

A confissão pode render benefícios ao empreiteiro, que já foi condenado em outra ação penal da Lava Jato a 16 anos e quatro meses de prisão.

Esta sentença encontra-se sob o crivo do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, que deverá confirmar a primeira condenação, impondo a Léo Pinheiro regime de prisão fechada por uma longa temporada.

Nesta terça, 13, ele foi interrogado por Moro porque também é réu acusado de pagar propina de R$ 350 mil a Gim Argello, via doação a uma igreja.

Léo Pinheiro foi preso pela primeira vez na Operação Juízo Final, sétima fase da Lava Jato, em novembro de 2014, e ficou custodiado preventivamente até abril de 2015 quando o Supremo Tribunal Federal (STF) deu habeas corpus a nove executivos de grandes empresas.

Em agosto de 2015, ele foi condenado a 16 anos e 4 meses de reclusão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O executivo voltou a ser preso pela Lava Jato em 5 de setembro, desta vez por obstrução de investigação.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de Vital do Rêgo, mas ainda não obteve retorno.

A SuperGeeks, primeira escola de programação e robótica para crianças e adolescentes do País, vai inaugurar mais 16 unidades no próximo ano. Com uma metodologia inovadora, a SuperGeeks ensina jovens a partir dos sete anos a criarem seus próprios games, aplicativos, robôs e sistemas utilizando ferramentas e linguagens profissionais. A pré-matricula pode ser realizada aqui.

LeiaJá também

##RECOMENDA##

Minecraft entra para o currículo escolar na Irlanda

As 16 novas unidades serão inauguradas em janeiro de 2016 em Alphaville (Barueri/SP), Jundiaí (SP), Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Águas Claras (DF), Sudoeste, Asa Sul e Lago Sul (Brasília/DF), Recife (PE), Aracaju (SE), Fortaleza (CE), Belém (PA), Moema (São Paulo/SP), Jardins (São Paulo/SP) e Santo André (ABC/SP).

A SuperGeeks surgiu em 2013, quando o casal Marco Giroto e Vanessa Ban estavam morando no Vale do Silício (EUA). Por lá, eles perceberam que escolas, empresas e políticos americanos estavam se mobilizando para ensinar programação para crianças e adolescentes. Assim, resolveram trazer a metodologia ao Brasil. A primeira unidade surgiu em maio de 2014, em São Paulo, e já recebeu 600 alunos. 

O Escritório Nacional de Estatísticas da China informou hoje que irá mudar a forma como calcula o Produto Interno Bruto (PIB) trimestral do país, com o objetivo de aprimorar a precisão dos dados e deixá-los em linha com os padrões globais.

A partir do terceiro trimestre, o PIB chinês será medido com base na atividade econômica do período de três meses, segundo o NBS, como é conhecido o escritório pela sigla em inglês. Anteriormente, o PIB trimestral era estimado a partir de dados acumulados e não se baseava na atividade econômica de um dado período de três meses.

##RECOMENDA##

O NBS explicou que a nova metodologia está em conformidade com as regras adotadas por grandes economias desenvolvidas e prepara o terreno para a China adotar o Padrão Especial de Disseminação de Dados (PEDD), do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A mudança na metodologia veio após o NBS revisar para baixo o crescimento da China em 2004, de 7,4% para 7,3%.

A publicação dos dados do PIB chinês do terceiro trimestre está prevista para 19 de outubro. Fonte: Dow Jones Newswires.

O total de impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros neste ano deve alcançar R$ 700 bilhões às 8 horas desta sexta-feira (15), de acordo com estimativa do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O montante será alcançado 25 dias antes do que no ano passado, o que, segundo a entidade, aponta aumento da carga tributária, reflexo da inflação e da revisão de desonerações e incentivos.

Na madrugada de sexta para sábado, 16, o Impostômetro saltará para R$ 761 bilhões. A ACSP explicou que o aumento excepcional se deve a uma ampliação da base de dados utilizada, a partir de números oficiais divulgados pelo governo, que fará com que o painel do Impôstometro gire mais rapidamente. "Até agora, o marcador do Impostômetro avançava cerca de R$ 4 bilhões por dia. Agora, passará a avançar mais de R$ 4,4 bi (aumento de 10%)", afirma a associação em nota à imprensa.

##RECOMENDA##

Segundo a ACSP, a atualização foi motivada pela recente mudança de metodologia de cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com as novas fórmulas, os valores exibidos pelo painel passam a considerar novos dados de arrecadação de Imposto de Renda retido dos funcionários públicos estaduais e municipais, novas taxas e contribuições federais determinadas pela Lei nº 13.080/2015 (arrecadações de entidades e fundos como contribuições para o Sistema S, FNDE, Incra, DPC, Apex-BR e ABDI).

Também foram incluídas arrecadações de municípios que não estavam sendo informadas ao Tesouro Nacional. "Com essa atualização na metodologia, acompanhando a divulgação dos dados oficiais, o painel continuará fazendo seu papel de ajudar a dar transparência do quanto é desembolsado dia a dia pelo contribuinte brasileiro", avaliou o presidente da ACSP, Alencar Burti. A entidade informou que, em breve, divulgará as marcas do Impostômetro alcançadas nos anos anteriores revisadas com a nova metodologia.

O diretor de pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Roberto Luís Olinto Ramos, afirmou o que a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2014 foi a última com a base antiga. De acordo com ele, as datas de divulgação do PIB com as mudanças ainda serão definidas. A previsão, no entanto, é de que ocorrerá em março. As datas e os prazos serão divulgados de forma definitiva em dezembro.

Segundo o diretor do IBGE, o ano-base será atualizado e passará a ser 2010. No caso das contas anuais, a base atual é 2000, e no caso das regionais é 2002. "O que estamos fazendo é a introdução de novas fontes de dados e de recomendações internacionais, que estão sendo incorporadas por todos os países", disse o diretor. Há um esforço para que os países divulguem os dados com as novas recomendações entre 2014 e 2016.

##RECOMENDA##

A mudança está sendo trabalhada pelo IBGE desde 2012. A divulgação prevista para março terá de seguir uma ordem, em que primeiro saem os dados anuais da série revista e, em seguida, das contas trimestrais. "Para rever a série trimestral, tem de fechar as contas anuais."

O setor externo tem contribuído positivamente para o resultado do PIB há quatro meses, ressaltou Rebeca Palis, gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE. "As exportações cresceram mais que as importações. Então tem quatro trimestres seguidos que a gente tem contribuição positiva do setor externo no crescimento. Ou seja, que a gente tem exportações de bens e serviços crescendo mais ou caindo menos que as importações de bens e serviços", disse Rebeca. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) decidiu suspender as próximas divulgações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) para fazer uma revisão na metodologia de coleta e cálculo da renda domiciliar per capita. O anúncio foi feito pela presidente do instituto, Wasmália Bivar, ao fim da entrevista coletiva para divulgação dos dados referentes aos terceiro e quarto trimestre de 2013, nesta quinta-feira (10).

A medida foi tomada após questionamentos de parlamentares sobre a precisão das informações sobre a renda domiciliar per capita para as Unidades da Federação, já que as estimativas servirão como base para o rateio do Fundo de Participação dos Estados - FPE, conforme definido na Lei Complementar nº 143/2013. Os resultados da Pnad Contínua voltarão a ser divulgados somente em 6 de janeiro de 2015.

##RECOMENDA##

"A lei anterior utilizava o PIB per capita. Então a nova lei mudou as variáveis e mudou os critérios de repartição do fundo. No início de abril, o IBGE foi questionado sobre a metodologia da pesquisa da Pnad Contínua", contou Wasmália. "A preocupação manifestada é que, ao ser um parâmetro para o Fundo de Participação dos Estados, essa variável (renda domiciliar per capita) não poderia ter diferenças com magnitude muito distintas", acrescentou.

O IBGE formou uma força tarefa para propor uma reformulação na metodologia da Pnad Contínua que atendesse a duas exigências previstas na lei: que a pesquisa gere uma renda per capita domiciliar anual (e não apenas pontual, referente a um mês no ano, como ocorre na Pnad convencional) e que a margem de erro seja a mesma para todas as Unidades da Federação.

Na Pnad atual, ainda há muita diferença entre os intervalos apresentados pelos Estados. Wasmália citou como exemplo os dados de São Paulo e Acre. "Em São Paulo, a média da renda (domiciliar per capita) é de R$ 1.365 na Pnad de 2012. O limite inferior do intervalo de confiança é de R$ 1.282 e o limite superior é de R$ 1.448. Isso significa que São Paulo tem (como margem) algo em torno de 6% a mais e a menos", apontou. "No Acre, a renda domiciliar média per capita é de R$ 788, com limite inferior de R$ 655 e limite superior de R$ 920. O que dá um erro relativo para o limite em torno de 16,7%".

Segundo a presidente do IBGE, a diferença entre os intervalos pode gerar contestações na Justiça. "Eles (os parlamentares) querem equalizar, que fique mais ou menos parecido. Porque a ideia é que um intervalo como esse possa gerar contestações. Os intervalos são muito diferenciados. Então o Acre pode contestar dizendo que não aceita a estimativa média", disse ela.

Outra exigência prevista em lei é que a divulgação do indicador de renda domiciliar ocorra em janeiro de 2015, enquanto que o IBGE se programava para essa divulgação apenas em dezembro do mesmo ano.

"Reconhecemos que não se interpretou a lei com o devido rigor, especialmente em função dos diversos compromissos que temos e do volume de trabalhos que a instituição e suas equipes têm sob sua responsabilidade", disse Wasmália.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira (30) que "não tem data definida para o aumento dos combustíveis", ao ser questionado sobre uma informação de que o reajuste poderia ocorrer no dia 22 de novembro. Segundo ele, a nova metodologia sobre o reajuste de preços de combustíveis ainda está sendo desenvolvida e não há nada definido.

Mantega explicou que a nova metodologia está sendo desenvolvida há meses pela Petrobras e que a companhia só divulgou um fato relevante sobre o assunto nesta quarta porque é obrigada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), já que isso mexe com o mercado. "A Petrobras teve de soltar um fato relevante porque houve conhecimento do mercado de que estava sendo trabalhada uma metodologia."

##RECOMENDA##

Ele acrescentou que "não é de hoje" que esse modelo está em análise. "A metodologia de reajuste é coisa séria, não pode ser feita de afogadilho", comentou o ministro na saída do evento de comemoração dos dez anos do programa Bolsa Família.

A Petrobras esclareceu que a metodologia de precificação de diesel e gasolina é baseada em variáveis como o preço de referência desses derivados no mercado internacional, taxa de câmbio e ponderação "associada à origem do derivado vendido, se refinado no Brasil ou importado", explicou a estatal em comunicado.

Na nota de esclarecimento em resposta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre as características da metodologia, a companhia reitera que foi aprovada pela diretoria, mas que o Conselho de Administração pediu estudos adicionais, os quais estão sendo elaborados.

##RECOMENDA##

Além disso, explica que a metodologia contempla reajuste automático do preço do diesel e da gasolina "em periodicidade a ser definida antes de sua implantação", e prevê mecanismo que impede o repasse da volatilidade dos preços internacionais ao consumidor doméstico.

O comunicado frisa que a fórmula de precificação do diesel e da gasolina visa dar "maior previsibilidade à geração de caixa e redução dos índices de alavancagem da Petrobras."

A Prefeitura de São Paulo criou um novo instrumento que possibilita adaptar escolas municipais para realizar, no mesmo local, o atendimento de creche. O decreto, publicado ontem no Diário Oficial da cidade, criou o que vai ser chamado de Centros Municipais de Educação Infantil (Cemei).

O novo modelo considera "a necessidade de otimizar os recursos físicos existentes, de modo a melhor suprir a demanda". O número de crianças sem creche já passa dos 174 mil - a meta do prefeito Gilberto Kassab (PSD) era zerar o déficit. O primeiro Cemei será iniciado neste ano na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Parque do Lago, na zona sul. A unidade terá dois núcleos: creche (crianças de 0 a 3 anos) e pré-escola (para crianças de 4 a 5 anos). A unidade vai atender neste ano 624 alunos na pré-escola e 72 na creche.

O secretário de Educação, Alexandre Schneider, negou que o decreto seja uma estratégia de abertura de vagas em creche. O objetivo, segundo ele, é pedagógico e visa a manter as crianças na mesma unidade desde a creche até o ensino fundamental. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando