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O líder norte-coreano Kim Jong Un supervisionou os testes de dois mísseis de cruzeiro lançados a partir de um submarino, informou a imprensa estatal nesta segunda-feira (29), em meio a tensões crescentes entre Coreia do Norte e Coreia do Sul.

Os dois mísseis Pulhwasal-3-31 "voaram no céu acima do Mar do Leste... para atingir o alvo insular" no domingo, afirmou a agência estatal de notícias estatal KCNA, acrescentando que Kim Jong Un "guiou" o lançamento.

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Segundo a KCNA, os mísseis permaneceram no ar por 7.421 segundos e 7.445 segundos, mas a agência não informou a distância percorrida ou se foram lançados abaixo ou acima da superfície do mar.

O Exército sul-coreano anunciou no domingo que detectou mísseis de cruzeiro lançados nas águas próximas à área de Sinpo, na Coreia do Norte.

O Pulhwasal-3-31 é uma nova geração de míssil de cruzeiro estratégico que Pyongyang afirmou ter testado pela primeira vez na quarta-feira da semana passada, com vários disparos em direção ao Mar Amarelo.

Os testes de domingo a partir de um submarino "não tiveram nenhum impacto na segurança de um país vizinho e não têm nada a ver com a situação regional", afirmou a KCNA.

A agência acrescentou que Kim "expressou grande satisfação" com os lançamentos, "que têm importância estratégica na execução do plano de modernização militar que pretende criar uma força naval poderosa".

O líder norte-coreano também inspecionou "a construção de um submarino nuclear" e discutiu questões relacionadas com a fabricação de navios, segundo a imprensa estatal..

A capacidade norte-coreana de lançamento a partir do mar não é clara. Testes anteriores foram realizados a partir de navios mais antigos ou de uma plataforma subaquática.

Em março do ano passado, a Coreia do Norte lançou dois mísseis de cruzeiro que percorreram 1.500 km, segundo Pyongyang, o que permitiria atingir todo o território da Coreia do Sul e do Japão.

O Norte também possui um míssil balístico lançado por submarino (SLBM) chamado Pukguksong-3, com alcance calculado de 1.900 km. Em outubro de 2021, o país anunciou o teste bem-sucedido de uma nova versão deste míssil.

- Desenvolvimento naval -

O SLBM pode ser lançado do fundo do mar, o que significa muita mobilidade e dificulta a detecção.

A capacidade comprovada de SLBM da Coreia do Norte levaria o arsenal do país a um novo nível, ao permitir o avanço além da península coreana e uma resposta em caso de um ataque.

Aumentar o poder naval do país foi uma das decisões da reunião de fim de ano do regime. A presença de Kim para supervisionar o lançamento de domingo é um indício da direção da política de defesa para este ano, segundo analistas.

O país também realizou exercícios com o que chamou de seu "primeiro submarino de ataque tático nuclear".

Pyongyang tem acelerado os testes de armas, incluindo testes do que chamou de "sistema de arma nuclear subaquático" e de um míssil balístico hipersônico de combustível sólido.

Ao contrário dos mísseis balísticos, os testes de mísseis de cruzeiro não são proibidos pelas atuais sanções da ONU contra Pyongyang.

Os mísseis de cruzeiro tendem a ser impulsionados por jatos e voam a uma altitude mais baixa do que os mísseis balísticos mais sofisticados, tornando-os mais difíceis de detectar e interceptar.

As relações entre as duas Coreias sofreram uma acentuada deterioração nos últimos meses, com ambos os lados abandonando acordos-chave de redução de tensões, intensificando a segurança na fronteira e conduzindo exercícios ao longo da fronteira.

A Coreia do Norte disparou neste domingo (28) vários mísseis de cruzeiro, informou o Exército da Coreia do Sul, em um momento de grande tensão entre Pyongyang e Seul.

"Nossas Forças Armadas detectaram vários mísseis de cruzeiro não identificados disparados perto das águas que cercam a região norte-coreana de Sinpo às 8H00 de hoje" (20H00 de Brasília de sábado), afirmou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em um comunicado.

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O lançamento aconteceu poucos dias após Pyongyang disparar vários mísseis de cruzeiro em direção ao Mar Amarelo, o que o país classificou de nova geração de mísseis de cruzeiro estratégicos.

O Norte intensificou os testes de armas durante janeiro, incluindo o que chamou de "sistema de armas nucleares subaquáticas" e um míssil balístico hipersônico que utiliza combustível sólido.

O Estado-Maior Conjunto sul-coreano afirmou que o lançamento está sendo analisado pelas autoridades de inteligência do Sul e dos Estados Unidos, que também "monitoram outros movimentos e atividades da Coreia do Norte".

Ao contrário dos mísseis balísticos norte-coreanos, os testes de mísseis de cruzeiro não estão proibidos pelas sanções da ONU.

Os mísseis de cruzeiro são frequentemente propulsionados por motores a jato e voam a altura menor que os mísseis balísticos, o que dificulta a detecção e interceptação.

Pyongyang anunciou na quinta-feira que executou um dia antes o primeiro teste de uma nova geração de mísseis estratégicos de cruzeiro, o Pulhwasal-3-31.

O teste foi parte de um "processo de constante atualização do sistema de armas e uma atividade regular e obrigatória", afirmou a agência oficial KCNA.

A agência não divulgou quantos mísseis foram lançados na ocasião.

A Rússia disparou nesta sexta-feira (29) mais de 150 mísseis e drones contra várias cidades da Ucrânia, incluindo a capital Kiev, e provocou ao menos 16 mortes, em um dos ataques aéreos mais importantes em "muito tempo".

"O inimigo utilizou 158 meios de ataque aéreo contra a Ucrânia durante a noite passada, tanto mísseis de tipos diferentes como drones", indicou a Força Aérea ucraniana no Telegram, onde afirmou ter interceptado 114 desses mísseis e drones.

O governo ucraniano indicou ao menos 16 mortos e dezenas de feridos.

"Esta manhã, 150 mísseis e drones atacaram pacíficas cidades ucranianas. Sabemos que houve 16 mortos e 97 feridos", incluindo duas crianças de 6 e 8 anos, anunciou o procurador-geral ucraniano, Andrii Kostin.

"Há mortos por mísseis russos lançados contra instalações civis e edifícios civis", denunciou Andrii Yermak, chefe do gabinete presidencial ucraniano.

"Hoje, a Rússia utilizou quase todos os tipos de armas de seu arsenal", disse Zelensky na rede X (ex-Twitter).

As Forças Armadas russas lançaram primeiro um ataque com drones e depois com mísseis, disse Yuri Ignat, porta-voz da Força Aérea.

O ataque ocorreu três dias depois de Moscou ter reconhecido que o navio "Novocherkassk" foi danificado na terça-feira, devido a um bombardeio ucraniano em Feodosia, na península anexada da Crimeia.

Esta semana ficou também marcada pelo anúncio do Exército ucraniano de uma retirada para os subúrbios de Marinka, cidade no leste do país, onde o Exército russo afirma ter conquistado.

Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira o desembolso de 250 milhões de dólares (1,2 bilhão de reais na cotação atual) em ajuda militar à Ucrânia, o mais recente pacote de apoio disponível ao governo sem a aprovação do Congresso.

"Fazemos tudo o que podemos para reforçar o nosso escudo aéreo, mas o mundo deve ver que precisamos de mais ajuda e meios para deter este terror", acrescentou Yermak no Telegram.

A embaixadora dos Estados Unidos em Kiev, Bridget Brink, reforçou o pedido, afirmando nesta sexta que a Ucrânia precisa "dos fundos de ajuda neste momento". Nesse sentido, pressionou para que o Congresso americano valide o pacote anunciado pelo Executivo americano.

"A Ucrânia precisa de fundos de ajuda neste momento para continuar lutando pela liberdade e ante tanto horror em 2024", disse Brink na rede social X, poucas horas depois dos bombardeios russos.

Os atentados de sexta-feira ilustram "a horrível realidade" vivida pelos ucranianos, disse no X a coordenadora humanitária da ONU para a Ucrânia, Denise Brown, que denunciou "uma onda de ataques cheios de ódio".

O governo francês condenou, por sua vez, a "estratégia de terror" da Rússia.

- Maternidade atingida -

Durante as primeiras horas de quinta para sexta-feira, os prefeitos de Lviv (oeste) e Kharkiv (nordeste) relataram bombardeios noturnos contra suas cidades.

Os jornalistas da AFP também ouviram fortes explosões no início da manhã em Kiev. Em um bairro do norte da capital ucraniana, um hangar de 3.000 m2 pegou fogo, e houve "muitos feridos", segundo o chefe da administração militar da capital, Sergei Popko.

Segundo o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, sete pessoas "estão atualmente internadas em um hospital", e uma estação de metro usada como abrigo antiaéreo foi danificada.

Os bombardeios também afetaram as localidades de Dnipro (leste) e Odessa (sul), segundo as autoridades locais.

O Ministério da Saúde indicou que uma maternidade "foi muito danificada" em Dnipro, onde o prefeito relatou mortos e feridos.

Em Odessa, um prédio pegou fogo após ser atingido pelos restos de um drone abatido.

As autoridades locais indicaram que houve um morto e três feridos em Lviv, uma cidade muito distante do "front" e onde os ataques têm sido muito raros nos últimos meses.

Iniciada em junho, a contraofensiva ucraniana fracassou, e o Exército de Kiev não fez avanços territoriais ao longo de 2023, quando não houve mudanças significativas na frente de batalha.

Em uma entrevista ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung, o general alemão Christian Freuding, que supervisiona o apoio à Ucrânia por parte do Exército de seu país, reconheceu que a Rússia demonstrou "uma capacidade de resistência" maior do que a prevista pelos países ocidentais no início da guerra, em fevereiro de 2022.

Segundo Freuding, o Exército russo sofreu perdas "enormes", de cerca de 315 mil soldados mortos ou feridos, conforme uma estimativa dos serviços de Inteligência americanos, divulgada em 12 de dezembro e que este general alemão considerou verdadeira.

O Exército americano derrubou uma dúzia de drones e cinco mísseis disparados pelos rebeldes huthis do Iêmen contra embarcações no Mar Vermelho, informou o Pentágono nesta terça-feira (26).

"Não houve danos aos barcos na área, nem foram reportados feridos", informou o Comando Central do Pentágono em uma postagem nas redes sociais, descrevendo um bombardeio de 12 drones, três mísseis balísticos antinavio e dois mísseis de ataque terrestre durante um período de 12 horas.

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Os rebeldes iemenitas, apoiados pelo Irã, haviam indicado algumas horas antes que realizaram o disparo de um míssil contra um navio cargueiro no Mar Vermelho e um ataque com drones em direção a Israel.

Os huthis, que se declaram solidários ao Hamas em sua guerra contra Israel em Gaza, afirmaram em um comunicado que realizaram "uma operação direcionada contra um navio comercial", identificado como "MSC UNITED", e lançaram "drones contra alvos militares" no sul de Israel.

Esses ataques são os mais recentes de uma série de disparos de mísseis e lançamentos de drones realizados pelos huthis desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas em 7 de outubro.

Os rebeldes alertaram que podem considerar como alvo qualquer navio com vínculos com Israel que navegue ao largo do litoral do Iêmen.

A agência de segurança marítima do Exército britânico (UKMTO) informou, nesta terça-feira, que foram ouvidas explosões e mísseis foram avistados perto do porto de Hodeida, na costa oeste do Iêmen, sem consequências para um navio que passava pela área ou para sua tripulação.

A mesma entidade reportou explosões perto de outro navio próximo a Hodeida.

Explosões também foram relatadas ao largo da costa do Sinai egípcio, noticiaram meios de comunicação deste país, antes de o Exército israelense relatar que interceptou objetos durante o voo sobre o Mar Vermelho.

Segundo o Departamento de Defesa americano, os huthis lançaram, desde o início da guerra em Gaza, cerca de uma centena de ataques com drones e mísseis contra uma dezena de navios mercantes.

Essas ações afetaram a navegação marítima no Mar Vermelho, uma área estratégica para o comércio internacional.

Os Estados Unidos formaram uma coalizão, à qual mais de vinte países se juntaram, para proteger a navegação no Mar Vermelho, por onde passa grande parte do comércio mundial.

Os huthis também lançaram ataques contra Israel, a maioria dos quais não atingiu seus alvos.

Em uma cidade onde edifícios danificados estão por toda a parte, uma pizzaria destruída se destaca como uma lembrança dolorosa das vidas e dos meios de subsistência apagados em um instante.

Um míssil balístico russo atingiu o popular restaurante no leste da Ucrânia em junho, matando 13 pessoas, inclusive uma premiada escritora ucraniana e vários adolescentes. Sete das vítimas eram funcionários.

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Agora, flores frescas e bilhetes foram colocados no lugar onde ficava a entrada. Uma camiseta que fazia parte do uniforme dos garçons está pendurada perto do memorial improvisado, com os dizeres "Nunca esqueceremos".

"Como empresário, é claro que lamento a perda da propriedade, mas há algo que não pode ser devolvido: as vidas humanas", diz Dmytro Ihnatenko, proprietário da RIA Pizza.

O edifício bombardeado em Kramatorsk ressalta os enormes riscos para comerciantes nessa cidade da linha de frente na região de Donetsk. Mas isso não vem impedindo muitos outros comerciantes de reabrirem as portas para os clientes no último ano.

A câmara legislativa da cidade estima que 50 restaurantes e 228 lojas estejam atualmente abertos em Kramatorsk, o triplo de estabelecimentos abertos na mesma época no ano passado. Acredita-se que a maioria sejam estabelecimentos que já existiam e fecharam no começo da guerra, e agora reabriram.

"Compreendemos que é um risco que estamos assumindo porque esta é a nossa vida", diz Olena Ziabina, administradora do restaurante White Burger em Kramatorsk. "Onde estivermos, precisamos trabalhar. Trabalhamos aqui. Esta é a nossa escolha consciente."

A rede White Burger funcionava principalmente nas regiões de Donetsk e Luhansk antes da guerra. Porém, após a invasão russa na Ucrânia em fevereiro de 2022, só teve condições de reabrir em Kramatorsk. Dois restaurantes foram abertos na capital, Kiev, e em Dnipro, para manter a rede em funcionamento

O restaurante de Kramatorsk tem o melhor desempenho da rede em termos de lucratividade, embora os preços sejam 20% mais baixos que no restaurante da capital.

Após o ataque à RIA Pizza, os operadores do White Burger não cogitaram fechar o restaurante de Kramatorsk, segundo Ziabina. "Chorei muito", conta, lembrando-se do dia em que soube do ataque.

A economia de Kramatorsk se adaptou à guerra. A cidade abriga o quartel-general regional do exército ucraniano, e muitos cafés e restaurantes são frequentados principalmente por soldados, além de jornalistas e pessoal das organizações humanitárias.

As mulheres ucranianas frequentemente viajam para lá para se reunirem por alguns dias com maridos e namorados.

Os soldados brincam que Kramatorsk é sua Las Vegas, proporcionando todos os "luxos" de que precisam, como boa comida e café. Mas os restaurantes só oferecem cerveja não alcoólica, devido à proximidade da cidade com o campo de batalha.

As ruas da cidade ficam quase todas vazias, a não ser pelos veículos militares. Os moradores que permaneceram evitam grandes aglomerações e lugares cheios.

Ainda assim, já vão longe os primeiros dias, quando lojas, restaurantes e cafés de Kramatorsk foram todos fechados. Dezenas de milhares de pessoas ficaram sem trabalho, e fábricas fecharam.

"Provavelmente, graças aos militares, ainda podemos voltar para esta cidade", diz Oleksandr, que pediu para ser identificado apenas pelo primeiro nome por questões de segurança.

Ele é cofundador de uma das várias lojas militares em Kramatorsk que atendem aos soldados. Oleksandr conta que pratica preços apenas 1 grívnia (14 centavos) acima do preço do fabricante. Ele diz que o objetivo não é ganhar dinheiro, mas fornecer aos militares o equipamento necessário.

Muitos moradores comemoram as novas oportunidades de trabalho trazidas pela reabertura de lojas e restaurantes.

Mas há menos opções para pessoas idosas, diz Tetiana Podosionova, de 54 anos. Ela trabalhou na Fábrica de Máquinas de Kramatorsk por 32 anos, mas a fábrica foi fechada em razão dos riscos de segurança quando a guerra começou.

"Eu tinha esperança de trabalhar na fábrica até me aposentar", conta Podosionova. A maioria dos empregos atualmente é em lojas e restaurantes, onde ela não tem experiência.

Ela finalmente encontrou um emprego no Aquário Amazing Fish, que retomou as operações alguns meses após o início da guerra. O aquário tem centenas de peixes exóticos e dezenas de papagaios, e permanece aberto para distrair os moradores, frequentemente estressados pelos ataques de mísseis.

Cada negócio reaberto, porém, traz riscos. Ihnatenko, o proprietário da pizzaria, ainda vai todos os dias ao restaurante destruído quando está em Kramatorsk. Ele não sabe explicar. Parece cansado. Sua voz é pouco mais do que um sussurro.

Como muitos outros empresários, ele considerou a bem sucedida contra-ofensiva ucraniana na região vizinha de Kharkiv um sinal de que a vida poderia voltar a Kramatorsk.

"Parecia mais seguro aqui", explicou, de pé sobre os escombros de seu restaurante.

Ele não tem planos de reconstruir e reabrir novamente.

Sua experiência trágica mostra os desafios enfrentados pelos empresários ao manter as portas abertas.

"Um míssil pode vir a qualquer momento", diz.

Centenas de palestinos visitaram, na última sexta-feira (30), em Gaza, a primeira exposição de armas organizada pelas Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, o braço militar do movimento islamista palestino Hamas, que controla o território.

"A resistência é uma imagem e uma lembrança. Tirem fotos de recordação com inúmeras armas e indústrias de armamentos realizadas pela al-Qassam", dizia o convite do grupo armado divulgado nas redes sociais e em cartazes colocados nas mesquitas.

Na sexta-feira, armas foram exibidas na cidade de Gaza e, para este sábado, estão previstas outras exposições no norte e no centro do território palestino.

É a primeira vez que o Hamas permite que a população tire fotografias de seu armamento. Em geral, é proibido se aproximar das instalações militares da Faixa de Gaza e fotografá-las.

No parque da Praça do Soldado Desconhecido, ao oeste da cidade de Gaza, as Brigadas al-Qassam revelaram uma coleção de mísseis "fabricados localmente", indicou o grupo.

Também mostraram mísseis do tipo Kornet feitos na Rússia, fuzis e lançadores antiaéreos terra-ar, além de um drone chamado "shihab".

Na entrada da exposição, um grande cartaz dava as boas-vindas aos visitantes, alguns dos quais chegaram em família, segundo uma jornalista da AFP.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, viajou nesta segunda-feira (15) ao Reino Unido para uma reunião com o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, que prometeu fornecer à Ucrânia centenas de mísseis antiaéreos e drones de ataque de longo alcance para a defesa do país contra a invasão russa.

Zelensky desembarcou na Inglaterra no início da manhã, confirmou o governo britânico, depois de visitar Alemanha e França durante o fim de semana e receber novas promessas de ajuda militar, antes de uma aguardada contraofensiva ucraniana.

"O Reino Unido lidera no que diz respeito a a ampliar nossas capacidades terrestres e aéreas", tuitou Zelensky antes do encontro com Sunak em Checkers, a residência de campo dos primeiros-ministros britânicos.

"Esta cooperação continuará hoje. Terei uma reunião com meu amigo Rishi. Vamos estabelecer negociações substanciais frente a frente e com delegações", acrescentou.

As negociações acontecem às vésperas de uma reunião de líderes do Conselho da Europa na Islândia, que terá um discurso de Zelensky por videoconfereência, e de uma reunião de cúpula do G7 no Japão.

"Este é um momento crucial na resistência da Ucrânia a uma terrível guerra de agressão que não escolheram nem provocaram", afirmou Sunak em um comunicado. "Não podemos decepcioná-los", acrescentou.

"A linha de frente da guerra de agressão de (o presidente russo, Vladimir) Putin pode estar na Ucrânia, mas as linhas de divisão se estendem por todo o mundo", insistiu. "Interessa a todos que a Ucrânia tenha sucesso e que a barbárie de Putin não seja recompensada".

Em Chequers, Sunak confirmará "o fornecimento adicional do Reino Unido de centenas de mísseis de defesa aérea e mais sistemas não tripulados, incluindo centenas de novos drones de ataque com um alcance de mais de 200 km", destaca o comunicado.

"Todos serão entregues nos próximos meses, enquanto a Ucrânia se prepara para intensificar a resistência à invasão russa em curso", acrescenta a nota.

O Reino Unido se tornou na semana passada o primeiro país ocidental a oferecer à Ucrânia mísseis de cruzeiro de longo alcance, os foguetes Storm Shadow.

Londres é o segundo maior fornecedor de ajuda militar à Ucrânia, depois de Washington, e adicionou treinamento de voo de combate ao programa de ajuda, mas não incluiu aviões de combate no pacote.

Um oficial da inteligência dos Estados Unidos informou que a Polônia foi atingida nesta terça-feira, 15, por mísseis lançados pela Rússia na Ucrânia, que invadiram a fronteira. O porta-voz oficial do governo polonês, Piotr Mueller, informou que as autoridades do país se reúnem emergencialmente devido a uma "situação de crise", mas não confirmou os mísseis de imediato.

É a primeira vez desde o início da guerra na Ucrânia que um míssil atinge um país-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A mídia polonesa informou que duas pessoas morreram na tarde desta terça-feira após um projétil atingir uma área de plantação de grãos na cidade de Przewodów, um vilarejo próximo da fronteira com a Ucrânia.

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A Moldávia, que também faz fronteira com a Ucrânia, relatou problemas que podem ter sido causados por mísseis. O país está com grandes interrupções de energia depois que ataques derrubaram uma importante linha de energia que abastece a população, segundo uma autoridade.

Os incidentes coincidem com um novo bombardeio russo em uma dezena de cidades ucranianas, de leste a oeste, incluindo Kiev. Segundo as autoridades ucranianas, os ataques foram dirigidos às infraestruturas de energia e mais de sete milhões de ucranianos estão sem luz. O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, informou que cerca de 85 mísseis foram disparados no país. "Estamos trabalhando, vamos restaurar tudo. Vamos sobreviver a tudo", disse.

O ministro da Energia da Ucrânia, Herman Haluschenko, classificou o ataque como o mais massivo a infraestruturas desde o início da guerra e como uma resposta "vingativa" da Rússia às perdas no campo de batalha, referindo-se a retirada de Kherson na semana passada. "[A Rússia] tenta causar o máximo de danos ao nosso sistema de energia na véspera do inverno", declarou.

A rede elétrica ucraniana já foi atingida por ataques anteriores que destruíram cerca de 40% da infraestrutura energética do país.

O porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder, disse que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos está "ciente" de relatos não confirmados de que mísseis russos atingiram a Polônia.

"Posso dizer que não temos nenhuma informação neste momento para corroborar esses relatórios e estamos investigando isso mais a fundo", afirmou a autoridade em vídeo compartilhado pela rede ABC News no Twitter.

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Segundo a Associated Press, um alto funcionário da inteligência dos EUA disse que mísseis russos atravessaram a Polônia, país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e provocaram a morte de duas pessoas.

O porta-voz do governo polonês Piotr Mueller não confirmou imediatamente a informação, mas disse que os principais líderes estavam em reunião de emergência devido a uma "situação de crise".

A Coreia do Norte disparou, nesta quarta-feira (2), pelo menos 23 mísseis, incluindo um muito perto das águas territoriais da Coreia do Sul, no que o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol denunciou como "uma invasão territorial".

Inicialmente, o Exército sul-coreano informou que Pyongyang havia disparado 10 mísseis, apontando que, em seguida, lançou gradualmente os outros 13.

A Coreia do Norte também fez 100 disparos de artilharia em uma área de fronteira marítima, no que especialistas veem como parte da resposta "agressiva e ameaçadora" de Pyongyang aos exercícios militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul.

Essa rajada de tiros levou as autoridades sul-coreanas a lançar um raro alerta de ataque aéreo na ilha de Ulleungdo (leste) e a pedir a seus habitantes que se refugiassem em bunkers subterrâneos.

Segundo o Exército sul-coreano, um dos projéteis lançados por Pyongyang cruzou a linha de fronteira norte, a disputada fronteira marítima entre os dois países, e caiu próximo às águas territoriais do Sul.

É "a primeira vez desde que a península foi dividida", no final da Guerra da Coreia em 1953, que um míssil norte-coreano cai tão perto das águas territoriais do Sul, apontou.

Em um comunicado, o presidente sul-coreano assegurou que o incidente "constitui uma invasão territorial de fato com um míssil que cruzou a linha de fronteira norte pela primeira vez desde a divisão" da península.

O Exército explicou que o míssil mais próximo caiu no mar a apenas 57 quilômetros do continente sul-coreano, descrevendo o lançamento como "altamente incomum e intolerável".

Em resposta a essas ações, os militares sul-coreanos dispararam três mísseis terra-ar perto do ponto onde o controverso projétil norte-coreano caiu.

Esses mísseis caíram "perto da linha limítrofe norte a uma distância correspondente à área onde o míssil do Norte atingiu", segundo comunicado.

O Exército sul-coreano reportou que Pyongyang disparou um total de sete mísseis balísticos de curto alcance e 16 outros mísseis, incluindo seis mísseis terra-ar.

O presidente sul-coreano convocou uma reunião de seu Conselho de Segurança Nacional para discutir o incidente e ordenou uma "resposta rápida e severa" a essas "provocações".

As autoridades do país também cancelaram as rotas aéreas sobre o Mar do Japão, a leste da península, e recomendaram que as companhias aéreas locais desviem suas aeronaves para "garantir a segurança dos passageiros nas rotas para os Estados Unidos e o Japão".

- "Tempestade Vigilante" -

Os disparos ocorrem em meio às maiores manobras conjuntas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, apelidadas de "Storm Watcher" (Tempestade Vigilante), envolvendo centenas de aviões de guerra de ambos os lados.

Pak Jong Chon, um funcionário do alto escalão norte-coreano, chamou esses exercícios de agressivos e provocativos, de acordo com a mídia estatal.

Pak disse que o nome do exercício fazia recordar a Operação Tempestade no Deserto, a ofensiva dos EUA de 1990-1991 no Iraque em resposta à invasão do Kuwait.

"Se os Estados Unidos e a Coreia do Sul pretendem usar as forças armadas contra a República Popular Democrática da Coreia sem medo, os meios especiais das forças armadas da RPDC mobilizarão sua missão estratégica sem demora", garantiu.

"Os Estados Unidos e a Coreia do Sul enfrentarão uma situação terrível e pagarão o preço mais horrível da história", acrescentou.

Por sua vez, a Rússia pediu "calma" às partes e que evitem "tomar medidas que possam causar um aumento das tensões".

De acordo com o analista Cheong Seong-chang, do Instituto Sejong, esses disparos são a "manifestação armada mais agressiva e ameaçadora contra o Sul desde 2010".

Em março daquele ano, um submarino norte-coreano torpedeou um navio sul-coreano, matando 46 tripulantes, 16 dos quais cumpriam o serviço militar obrigatório.

Em novembro daquele mesmo ano, Pyongyang bombardeou uma ilha fronteiriça sul-coreana, matando dois jovens marinheiros.

O isolado país comunista, dotado de capacidade nuclear, realizou uma série recorde de testes de armas este ano e, segundo Seul e Washington, está preparando um novo teste nuclear, que seria o primeiro desde 2017.

Por sua vez, os Estados Unidos e a Coreia do Sul intensificaram suas manobras militares na área, às quais o Japão às vezes se junta.

A Coreia do Norte lançou dois mísseis balísticos de curto alcance no Mar do Japão (chamado de Mar do Leste nas duas Coreias), em mais um gesto que contribui para agravar o clima de tensão na península coreana. Os projéteis foram detectados por militares sul-coreanos, por volta das 12h desta sexta-feira (28), no horário local (0h no horário de Brasília).

A ofensiva ocorre no mesmo dia em que a Coreia do Sul e os Estados Unidos concluíram manobras militares importantes e anunciaram a realização de um exercício aéreo de grande escala na próxima semana. Com essa última ação, Pyongyang soma ao menos 36 lançamentos de mísseis somente em 2022.

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Uma tensão semelhante à alcançada durante a crise de 2017 está sendo se formando diante do número recorde de projéteis lançados, das manobras militares replicadas por Coreia do Sul e Estados Unidos, e da possibilidade do regime realizar um novo teste nuclear.

Esse é o primeiro lançamento de armas balísticas feito pelo Norte em duas semanas. Na ocasião, os Estados Unidos alertaram o país de que o uso de armas nucleares "resultaria no fim do regime", após consecutivos lançamentos feitos ao longo de um mês.

As Forças Armadas da Coreia do Sul disseram que "aumentaram a postura de vigilância e que mantêm a prontidão em meio a uma estreita coordenação com os Estados Unidos".

Já os EUA disseram que esses lançamentos não representam uma ameaça imediata, mas ressaltaram o "impacto desestabilizador" das armas nucleares ilícitas e programas de mísseis balísticos da Coreia do Norte".

O lançamento desta sexta-feira ocorre no mesmo dia em que Seul e Washington concluíram suas manobras militares combinadas de Hoguk . A Coreia do Norte vê esses exercícios regulares como prática para lançar um ataque ao Norte, embora os aliados digam que seus exercícios são de natureza defensiva.

Os exercícios aéreos "Vigilant Storm" da próxima semana serão executados de segunda a sexta-feira e deverão envolver cerca de 140 aviões de guerra sul-coreanos e cerca de 100 aeronaves dos EUA. Os aviões incluem caças sofisticados como o F-35 de ambas as nações, disse o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, em comunicado nesta sexta-feira.

Essa mobilização não só envia à Coreia do Norte uma mensagem de força, mas também, com o envio de aeronaves como o F-35B, sublinha a insistência dos aliados em fazer uso da chamada "dissuasão estendida", isto é, um compromisso assumido, em maio deste ano, por Washington com Seul que consiste em enviar ativos estratégicos dos EUA para a península coreana de "maneira coordenada e quando necessário" com base nas ações do regime do norte. (Com agências internacionais).

A Coreia do Norte disparou no mar dois mísseis balísticos na madrugada deste domingo, segundo o Exército sul-coreano, em meio a tensões sobre os exercícios militares liderados pelos Estados Unidos na região.

O Exército da Coreia do Sul informou que "detectou dois mísseis balísticos de curto alcance entre 1h48 e 1h58 (13h48-13h58 de sábado no horário de Brasília) disparados da região de Munchon, na província de Kangwon, no Mar do Japão.

Os mísseis "voaram aproximadamente 350 km a uma altura de 90 km", disse o Estado-Maior Conjunto de Seul em comunicado, chamando o lançamento de "séria provocação".

Pyongyang defendeu no sábado sua última salva de disparos de mísseis como uma resposta legítima às "ameaças militares americanas" após vários dias de exercícios militares conjuntos entre Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos.

Este é o sétimo lançamento de míssil em duas semanas.

O Japão também confirmou os lançamentos, com sua Guarda Costeira dizendo que os mísseis caíram fora da zona de exclusão econômica do Japão.

O vice-ministro da Defesa japonês, Toshiro Ino, observou que "um dos dois pode ter sido um míssil balístico lançado por submarino (SLBM)".

Seul informou em setembro que havia detectado sinais de que o Norte estava se preparando para lançar um SLBM, uma arma que Pyongyang testou em maio.

Por sua vez, o Comando Indo-Pacífico dos EUA disse em comunicado que estava "ciente do lançamento dos dois mísseis balísticos e está em consulta com nossos aliados e parceiros".

Declarou ainda que o lançamento reflete a natureza "desestabilizadora" do programa de mísseis da Coreia do Norte.

Os lançamentos de domingo são os mais recentes de uma onda que incluiu mísseis balísticos de alcance intermediário disparados sobre o Japão.

Na quinta-feira, Pyongyang disparou dois mísseis balísticos, no mesmo dia dos exercícios conjuntos de Seul, Tóquio e Washington com a presença de um destróier do grupo de ataque do porta-aviões americano "USS Ronald Reagan".

As Forças sul-coreanas mobilizaram 30 caças na quinta-feira depois que dois aviões militares norte-coreanos realizaram um "voo de formação ao norte da fronteira aérea intercoreana".

Os Estados Unidos moveram o porta-aviões para águas ao sul da Coreia do Sul como parte de uma resposta mais ampla ao teste da Coreia do Norte na terça-feira.

Analistas acreditam que Pyongyang continuará com seus testes de armas e está confiante de que a paralisação na ONU em razão da guerra na Ucrânia impedirá a aplicação de novas sanções.

O Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião de emergência na semana passada para discutir os lançamentos de mísseis, mas na reunião, a China acusou Washington de provocar a série de lançamentos e "envenenar o ambiente de segurança regional".

A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, pediu o "reforço" das sanções existentes contra a Coreia do Norte, algo que China e Rússia vetaram em maio.

O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, afirmou neste sábado (2) que seu Exército interceptou mísseis lançados da Ucrânia, em meio ao auge de versões sobre o envolvimento crescente de seu país, um aliado da Rússia, na guerra na Ucrânia.

"Ele nos provocam. Devo dizer que há cerca de três dias, talvez mais, tentaram bombardear diretamente da Ucrânia alvos militares em Belarus. Graças a Deus, nossos sistemas antiaéreos Pantsir interceptaram todos os mísseis disparados pelas forças ucranianas", disse Lukashenko, citado pela agência estatal bielorrussa Belta.

"Repito, como disse há mais de um ano: não pretendemos lutar na Ucrânia", assinalou o presidente de Belarus. "Iremos combater em apenas um caso: se vocês entrarem em nossa terra, se matarem nossa gente."

Desde o início da ofensiva contra a Ucrânia em 24 de fevereiro, Belarus serviu como base de retaguarda para as forças russas. Nos primeiros dias, as colunas russas que tentaram avançar para Kiev, a capital ucraniana, partiram de Belarus, mas encontraram uma resistência inesperada que os obrigou a se retirar.

O governo de Lukashenko enfrenta duras sanções internacionais e é altamente dependente da Rússia no campo militar e econômico.

Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que seu país entregará mísseis Iskander-M, capazes de transportar ogivas nucleares, à Belarus "nos próximos meses".

Lukashenko afirmou hoje que responderia "instantaneamente" a qualquer ataque inimigo contra o território de Belarus, em mensagem visivelmente destinada à Ucrânia e aos países ocidentais. "Há menos de um mês, ordenei a nossas Forças Armadas que mantenham na mira os centros de decisão de suas capitais", declarou, mencionando os mísseis prometidos por Putin e o sistema lançador de foguetes bielorrusso Polonez.

Os Estados Unidos enviarão à Ucrânia quatro sistemas de mísseis avançados Himars, além de 1.000 armas antitanque Javelin e quatro helicópteros Mi-17, em um novo pacote de armamento de 700 milhões de dólares, informou nesta quarta-feira (1º) o Pentágono.

O subsecretário de Defesa dos EUA, Colin Kahl, disse que as forças ucranianas precisam de cerca de três semanas para o treinamento com o sistema Himars, uma unidade móvel de lançamento de mísseis guiados que podem dar à Ucrânia mais precisão na batalha de artilharia na região de Donbass.

O Himars tem capacidade para carregar seis mísseis por vez e um alcance médio de 70 km, o dobro dos obuses M777 recentemente entregues à Ucrânia.

Esses sistemas podem ser muito úteis ao exército ucraniano para selecionar e atacar alvos russos de alto valor, explicou Kahl.

Com a nova ajuda militar, as forças ucranianas também receberão cinco radares anti-artilharia, dois radares de vigilância aérea, 50 unidades de comando de lançamento para os Javelins, 6.000 armas anti-blindagem, 15.000 cartuchos de artilharia e 15 veículos táticos.

A assistência americana à Ucrânia com armamento e segurança desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro chega agora a 4,6 bilhões de dólares.

“Nosso apoio e da comunidade internacional à Ucrânia permanece inabalável”, garantiu Kahl.

O subsecretário acrescentou que os sistemas Himars, que Kiev vinha pedindo há semanas, já estavam posicionados na Europa para treinamento e entrega.

Kahl também confirmou que o presidente Volodymyr Zelensky havia dado garantias a Washington de que os Himars não seriam usados para atacar o território russo, em resposta às preocupações dos EUA de que isso poderia incitar Moscou a expandir a guerra para fora da Ucrânia.

“O presidente Biden foi claro, não temos intenção de entrar em conflito direto com a Rússia”, declarou Kahl.

Ao menos seis pessoas morreram e oito ficaram feridas nesta segunda-feira (18) em ataques russos com mísseis em Lviv, grande cidade do oeste da Ucrânia, informaram as autoridades locais.

"Até o momento registramos seis mortos e oito feridos. Entre as vítimas está uma criança", afirmou o governador Maksym Kozitsky no Telegram.

O governador informou que os bombardeios atingiram infraestruturas militares e um depósito de pneus, o que provocou incêndios.

Colunas de fumaça eram observadas atrás de edifícios residenciais, afirmou uma moradora do sudoeste de Lviv à AFP.

"Cinco ataques potentes com mísseis de uma só vez contra a infraestrutura civil da antiga cidade europeia de Lviv", escreveu no Twitter Mikhailo Podolyak, conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky.

O prefeito da cidade, Andriy Sadovy, confirmou os ataques e anunciou que as equipes de emergência seguiram para as áreas atingidas.

A empresa de ferrovias ucraniana informou no Telegram que "vários mísseis caíram perto das instalações ferroviárias", sem provocar vítimas e sem prejudicar o tráfego.

O presidente do conselho de administração da empresa, Alexander Kamychin, disse que as infraestruturas atingidas serão reparadas e que "a ferrovia continua operacional".

"Os russos continuam atacando de forma bárbara cidades ucranianas, declarando de maneira cínica ao mundo 'seu direito' a... matar os ucranianos", disse Podolyak.

Lviv fica longe da linha de frente e, assim como o oeste da Ucrânia, sofreu poucos ataques desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.

Em 26 de março, Lviv sofreu uma série de ataques russos, incluindo dois que deixaram cinco feridos e atingiram um depósito de combustíveis.

A cidade também foi alvo de um ataque em 18 de março contra uma fábrica de reparo de aviões perto do aeroporto. A ação não provocou vítimas.

Em 13 de março, mísseis de cruzeiro russos atingiram uma importante base militar a 40 quilômetros de Lviv. Ao menos 35 pessoas morreram e 134 ficaram feridas.

Perto da fronteira com a Polônia, Lviv virou uma cidade de refugiados para os deslocados e no início da guerra abrigou várias embaixadas de países ocidentais, que transferiram as atividades de Kiev.

A Coreia do Norte lançou, nesta segunda-feira (17), dois novos projéteis - provavelmente mísseis balísticos, segundo Seul - em seu quarto teste de armas desde o início do ano.

Pyongyang acelerou, nas últimas semanas, seus testes de armas, com o regime de Kim Jong Un buscando fortalecer as capacidades militares do país - sujeito a pesadas sanções internacionais, enquanto recusa ofertas de diálogo dos Estados Unidos.

Os dois "mísseis balísticos de curto alcance" foram lançados de um aeroporto perto de Pyongyang nesta segunda-feira pouco antes das 09h00 (21h00 de domingo no horário de Brasília), e percorreram 380 km a uma altitude de 42 km, de acordo com o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.

Esses novos lançamentos ocorrem em um momento delicado para a região, com eleições presidenciais marcadas para março na Coreia do Sul, enquanto a China, único grande aliado da Coreia do Norte, se prepara para sediar os Jogos Olímpicos de Inverno no próximo mês.

A frequência e variedade dos testes mostram que a Coreia do Norte está "tentando melhorar sua tecnologia e capacidades operacionais para realizar ações secretas, de maneira que outros países tenham dificuldades em detectar os sinais preparatórios de um lançamento", comentou o ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi, em coletiva de imprensa.

"O notável desenvolvimento da tecnologia de mísseis da Coreia do Norte não pode ser ignorado, para a segurança do Japão e da região", alertou.

A Coreia do Norte afirmou ter testado com sucesso mísseis hipersônicos, uma arma particularmente sofisticada, em 5 e 11 de janeiro, sendo o segundo lançamento supervisionado pelo próprio Kim Jong Un.

Os mísseis hipersônicos podem atingir cinco vezes a velocidade do som, ou mais. São mais rápidos e manobráveis do que os mísseis padrão, tornando-os mais difíceis de interceptar pelos sistemas de defesa, nos quais os Estados Unidos gastam bilhões de dólares.

Os Estados Unidos responderam, na semana passada, com novas sanções, o que Pyongyang chamou de "provocação".

- "Reação certa" -

Se "os Estados Unidos adotarem tal atitude de confronto, a RPDC (República Popular e Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte) será forçada a uma reação certa e mais forte", advertiu um porta-voz do governo norte-coreano na sexta-feira.

Em seu plano de defesa para os próximos cinco anos, apresentado em janeiro de 2021, a Coreia do Norte citou os mísseis hipersônicos como sua prioridade número um, já que o diálogo com os Estados Unidos sobre seu programa balístico e nuclear permanece paralisado.

O país atravessa uma grave crise econômica, agravada pelas sanções e pelo fechamento de suas fronteiras em nome do combate à covid-19, e o regime “precisa apresentar algo aos norte-coreanos”, estima Cheing Seong-chang, do Centro de Estudos Norte-coreanos do Instituto Sejong.

Pyongyang procura impressionar a população com inovação militar, pois "ficou claro que o Norte terá que lutar no campo econômico", acrescenta este analista.

Um trem de carga norte-coreano cruzou a ponte internacional sobre o rio Yalu no fim de semana passado e entrou na China, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Um evento que pode significar a retomada do comércio entre os dois países, suspenso desde o início da pandemia, há cerca de dois anos.

"O momento escolhido sugere que Pequim é mais do que cúmplice das provocações de Pyongyang", estima Leif-Eric Easley, professor da Universidade Ewha em Seul. Segundo ele, "a China apoia economicamente a Coreia do Norte e coordena com ela do ponto de vista militar".

O governo do Afeganistão instalou neste domingo (11) um sistema de defesa capaz de interceptar foguetes e mísseis no aeroporto de Cabul, a rota de saída do país. A comunidade internacional demonstrou preocupação com mais um sinal do avanço do Taleban, e a Índia determinou a retirada de seus funcionários do consulado em Kandahar.

O Taleban assumiu o controle de 85% do território afegão nos últimos dois meses, em uma ofensiva que coincidiu com a retirada final dos soldados estrangeiras no Afeganistão e a saída dos EUA do país. As forças de segurança negam, e dizem que a maioria das áreas 'ainda estão em disputa'. Privadas do apoio aéreo americano, as forças afegãs oferecem pouca resistência ao grupo radical islâmico.

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As forças afegãs só controlam as estradas principais e as capitais provinciais, a maioria ainda cercada pelos insurgentes, aumentando o temor de que ataquem em breve Cabul ou seu aeroporto. Ddistritos nas províncias vizinhas de Cabul, localizadas em um raio de 100 km da capital, caíram nas mãos do Taleban.

O sistema de defesa "nos foi dado por nossos amigos estrangeiros. É uma tecnologia complicada, e nossos amigos estrangeiros estão fazendo com que funcione enquanto adquirimos o conhecimento para usá-lo", declarou Omar Shinwari, porta-voz das forças de segurança afegãs, sem especificar qual o país doou o material. "Esse sistema se mostrou útil em todo o mundo para repelir ataques de mísseis e foguetes."

Durante seus 20 anos de presença no Afeganistão, o Exército americano implementou em suas bases diversos sistemas C-RAM (contra-foguetes, artilharia e morteiros), capazes de detectar e destruir projéteis. Este tipo de sistema foi implementado em particular na enorme base de Bagram, 50 km ao norte de Cabul, devolvida no início de julho às forças afegãs.

O Taleban lançou, em diversas ocasiões, ataques com foguetes e morteiros contra o governo ou as forças estrangeiras, enquanto o grupo rival Estado Islâmico (EI) realizou um ataque do tipo em Cabul em 2020.

A Turquia se comprometeu a garantir a segurança do aeroporto de Cabul quando todas as tropas americanas e da OTAN deixarem o país, prazo previsto para 31 de agosto. O presidente turco Recep Tayyip Erdogan indicou na sexta-feira que Ancara e Washington concordaram com as "modalidades" do esquema.

Preocupada com os combates perto de Kandahar, a Índia anunciou que retirou os funcionários indianos de seu consulado na grande cidade no sul do Afeganistão. A província de Kandahar, local de nascimento e fortaleza histórica do Taleban, tem sido palco de intensos combates recentemente. Os insurgentes tomaram o distrito-chave de Panjwai, a cerca de 15 km da cidade de Kandahar no início de julho.

Segundo relatos obtidos pelas agências internacionais, cerca de cinquenta indianos da equipe do consulado, incluindo seis diplomatas, foram retirados de Kandahar, sem informações sobre seu destino, Cabul ou Nova Delhi. Nos últimos dias, devido aos combates no norte do Afeganistão, a Rússia fechou seu consulado em Mazar-i-Sharif, capital da província de Balkh e um dos principais centros urbanos afegãos, próximo à fronteira com o Afeganistão.

Pequim aconselhou recentemente seus cidadãos a deixarem o país e retirou 210 deles no início de julho. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Azerbaijão acusou nesta quarta-feira (28) a Armênia de ter matado 21 civis e ferido várias dezenas em ataques com mísseis contra Barda, perto de Nagorno Karabakh, as piores vítimas civis em um mês de combates naquela região separatista.

A Armênia negou ter realizado o ataque, o segundo em dois dias que matou civis na região de Barda, e acusou as forças do Azerbaijão de terem bombardeado áreas povoadas de Nagorno Karabakh.

Esses ataques e acusações mútuas decorrem do fracasso de um cessar-fogo assinado sob a égide dos Estados Unidos, que deveria entrar em vigor na segunda-feira, mas foi rompido quase após sua entrada em vigor.

O conselheiro presidencial do Azerbaijão, Hikmet Hajiyev, acusou as forças armênias de dispararem mísseis Smerch contra Barda e usar bombas coletivas.

De acordo com o gabinete do procurador-geral do Azerbaijão, o ataque atingiu um bairro, matando 21 civis e ferindo pelo menos outros 70.

Na terça-feira, Baku já havia acusado a Armênia de ser responsável pela morte de quatro civis, incluindo um bebê, após um ataque com míssil a Barda.

Essas perdas são as mais graves para os civis do lado do Azerbaijão, após a morte de 13 pessoas no bombardeio de 17 de outubro em Gandja, a segunda cidade do país.

Uma porta-voz do Ministério da Defesa da Armênia, Shushan Stepanyan, chamou as acusações do Azerbaijão de "falsas e infundadas", assim como Yerevan havia feito na terça-feira.

A Armênia afirma, em vez disso, que as forças do Azerbaijão bombardearam duas cidades em Nagorno Karabakh, matando um civil e ferindo outros dois.

Tréguas fracassadas

Ambos os lados relataram que os combates continuavam em várias áreas da linha de frente na região montanhosa do Cáucaso e alegaram que ambos estavam no controle da situação.

Azerbaijão e Armênia lutam pela região de Nagorno Karabakh desde que separatistas armênios apoiados por Yerevan tomaram o controle da área em uma guerra na década de 1990, após a desintegração da União Soviética que deixou 30 mil mortos.

Desde a retomada dos combates em 27 de setembro em Nagorno Karabakh, as tropas do Azerbaijão ocuparam territórios que estavam fora do controle de Baku desde 1990.

De acordo com balanços parciais, cerca de 1.120 pessoas, incluindo cem civis, morreram após o início dos combates, enquanto o presidente russo Vladimir Putin falou em quase 5.000 mortos.

Até agora, a comunidade internacional não foi capaz de negociar uma trégua duradoura e, acima de tudo, uma solução pacífica para o conflito, e tanto o Azerbaijão quanto a Armênia têm sido bastante inflexíveis.

O Irã confirmou nesta terça-feira (21) que disparou dois mísseis no avião ucraniano da Boeing que foi abatido neste mês perto de Teerã com 176 pessoas a bordo. O país persa também confirmou pela primeira vez que mais de um míssil foi lançado na aeronave da Ukraine International Airlines.

No relatório elaborado pela Organização da Aviação Civil do Irã, os investigadores do país admitiram que dois mísseis Tor-M1 foram disparados contra o avião, confirmando a veracidade das imagens de uma câmera de segurança que flagrou a aeronave sendo atingida por dois foguetes, que foram disparados com um intervalo de 30 segundos. A gravação foi divulgada na semana passada pelo jornal "The New York Times".

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As autoridades do Irã também pediram ajuda aos Estados Unidos e a França para decodificar o conteúdo das caixas pretas do avião, mas os dois países "ainda não responderam positivamente" ao pedido de fornecer a tecnologia necessária para a tarefa.

O abatimento do voo 752 da Ukraine International Airlines aconteceu no dia 8 de janeiro, em meio à escala de tensão entre os Estados Unidos e Irã. Washington fez um bombardeio que matou o general Qassim Soleimani, militar mais poderoso do país persa.

Teerã, por sua vez, respondeu com o disparo de mísseis em duas bases no Iraque que abrigam tropas norte-americanas. Apesar de inicialmente ter negado, Teerã reconheceu que o abatimento do avião ucraniano foi ocasionado por um "erro humano" e o caso provocou diversos protestos no país asiático.
    Entre as 176 vítimas da tragédia, a maioria era do Irã e do Canadá.

Da Ansa

Oito mísseis caíram neste domingo (12) em uma base aérea iraquiana que abriga soldados americanos ao norte de Bagdá, disseram fontes militares iraquianas, que não informaram a origem dos disparos. Quatro soldados iraquianos ficaram feridos, segundo o Exército do país. Fontes militares do Iraque asseguraram que nenhum soldado americano foi atingido.

Quase todas as tropas americanas já deixaram essa base localizada em Balad, após uma escalada entre os Estados Unidos e o Irã. "Restam apenas 15 soldados americanos e um avião em Balad", disse à agência de notícias AFP uma fonte militar iraquiana.

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Autoridades da segurança iraquiana haviam dito anteriormente que 90% dos funcionários americanos terceirizados enviados para a base já haviam sido retirados do local.

Na terça-feira, pelo menos duas bases com soldados americanos no Iraque foram atacadas com mísseis balísticos disparados do Irã, segundo informou o Pentágono. De acordo com fontes do governo americano, os ataques ocorreram a múltiplas localidades, incluindo a base de Ain al-Assad, no oeste do Iraque, e Irbil, na região do Curdistão iraquiano.

Neste domingo, o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, afirmou no Parlamento iraniano que o objetivo dos disparos da semana passada contra alvos americanos no Iraque não era "matar soldados inimigos".

"Queríamos mostrar que podemos atingir qualquer ponto escolhido por nós", declarou. "Os danos materiais (provocados pelos mísseis), foi apenas para dizer que somos superiores ao inimigo", acrescentou. O general foi chamado para testemunhar no Parlamento após Teerã reconhecer que abateu por engano um avião comercial ucraniano. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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