Tópicos | Moa do Katendê

O músico e mestre de capoeira Môa do Katendê, morto em 2018 em um episódio de intolerância política, terá seu legado revisitado no documentário ‘Môa, Raiz Afro Mãe’. O filme, dirigido por Gustavo McNair, estreia nesta quinta (3), com entrevistas inéditas e participações de artistas como Gilberto Gil e Lazzo Matumbi, entre outros. 

Môa do Katendê é considerado um dos responsáveis pela ascensão dos blocos afro e consequente revolução do Carnaval da Bahia. Símbolo de resistência cultural, o multiartista ficou conhecido pelo combate à desigualdade racial no país através da valorização da cultura afro-brasileira. Ele foi assassinado em 2018, em Salvador (BA), em um crime motivado pela intolerância política. 

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O filme começou a ser produzido naquele mesmo ano. A ideia inicial seria lançar o documentário como uma homenagem ao mestre e à sua obra. No entanto, com sua morte, a produção acabou se tornando uma celebração ao legado deixado por Môa. 

‘Môa, Raiz Afro Mãe’ conta com depoimentos de familiares, amigos  mestres capoeiristas e de artistas como Gilberto Gil, Russo Passapusso, Letieres Leite, Lazzo Matumbi e Fabiana Cozza. Entrevistas exclusivas do próprio mestre também integram o documentário, inclusive, sua última ainda inédita. O filme estreia nesta quinta (3), em todos os cinemas. 

O Tribunal do Júri de Salvador condenou na quinta-feira (21) o barbeiro Paulo Sérgio Ferreira de Santana pela morte do mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, o Moa do Katendê. Santana foi sentenciado a 22 anos e 1 mês de reclusão, em regime fechado, na Penitenciária Lemos de Brito, onde está preso preventivamente.

Segundo denúncia do Ministério Público baiano, o barbeiro atingiu Moa com 13 facadas após o capoeirista defender seu voto no petista Fernando Haddad e criticar Jair Bolsonaro.

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O crime aconteceu em 8 de outubro do ano passado, em Salvador. A defesa de Santana não foi localizada pela reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Terça Negra homenageará o compositor, percussionista, artesão, educador e mestre de capoeira baiano Moa do Katendê, assassinado após uma discussão política na madrugada do último dia 8 de outubro. O evento, promovido mensalmente e sempre às terças, pelo Movimento Negro Unificado, no Pátio de São Pedro, celebra a cultura de matriz africana

O show é gratuito e terá início com uma roda de capoeira às 19h, seguida de uma apresentação do Maracatu do Século XXI. Às 21h, a banda Bojo da Macaíba subirá ao palco e o encerramento do evento será por conta do Pandeiro do Mestre, às 22h.

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Serviço

Terça Negra em homenagem a mestre Moa do Katendê

Terça (23) | 19h

Pátio de São Pedro, Bairro de Santo Antônio

Gratuito

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Em sua passagem por Salvador, Roger Waters, ex-Pink Floyd, prestou uma homenagem ao capoeirista Moa do Katendê, assassinado por eleitores do candidato à presidência Jair Bolsonaro. Além de mostrar a foto da vítima, o cantor pediu paz e chegou a chorar. 

O público que lotava a Arena Fonte Nova, então, começou a aplaudir e entoou um coro com gritos de “Ele Não”, frase de protesto contra o candidato do PSL. Também foi exibida a famosa imagem com o nome de líderes políticos neofascistas pelo mundo, que incluía o nome de Bolsonaro e, após confusões, foi alterada e passou mostrar a mensagem “Ponto de vista político censurado”.

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O mestre de capoeira e compositor Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos, conhecido como Moa do Katendê, foi morto por motivação política. É o que aponta a conclusão do inquérito do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O material já foi encaminhado para o Ministério Público da Bahia. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado apontou que uma discussão político-partidária resultou no assassinato de Moa. O barbeiro Paulo Sérgio Ferreira de Santana, de 36 anos, confessou o crime.

A vítima foi esfaqueada após ter admitido votar no PT e ser contrário ao candidato Jair Bolsonaro, do PSL. O crime aconteceu no domingo (7), dia do primeiro turno das eleições. Segundo a SSP, Paulo chegou em um bar, na localidade do Dique Pequeno, bairro do Engenho Velho de Brotas, e se envolveu em uma discussão com Moa do Katendê. “Após desentendimento, o autor da agressão saiu do estabelecimento, buscou uma arma branca, na sua residência, e retornou ao bar. No local, Paulo deu facadas, nas costas de Romualdo, que estava sentado, e um golpe com a mesma arma branca, no braço de Germínio”, diz a nota da secretaria.

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Moa do Katendê morreu no local. No Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Paulo Sérgio disse que foi xingado e que estava consumindo bebida alcoólica desde o início da manhã de domingo. Em depoimento, ele confessou estar arrependido.

O embate do candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT), contra as fake news e atitudes consideradas por ele como antidemocráticas se intensificou com a passagem para o segundo turno do pleito. Nesta terça-feira (9), em entrevista coletiva à imprensa, Haddad disse que tem “compromisso de vida com a democracia” e repudiou ataques que a jornalista Miriam Leitão vem sofrendo nas redes sociais e o assassinado do mestre de capoeira e ativista cultural Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos. 

Mais conhecido como Moa do Katendê, o baiano foi morto no domingo (7) com 12 golpes de faca desferido por um eleitor de Jair Bolsonaro (PSL), rival do petista na disputa.

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“Sentimos que a democracia esteja ameaçada com este tipo de atitude covarde que não convive com regras democráticas”, ponderou o petista, argumentando que “não há problema nenhum uma pessoa pensar de um jeito e a outra de outro”.

“Um mestre de capoeira da Bahia foi morto com 12 facadas por ter dito que votou no PT. A liberdade de opinião deve ser garantida nesse país em respeito ao cidadão, para que as pessoas não sejam agredidas pelo que pensam. Em respeito ao cidadão e a conquista histórica de regras de convivência esse alerta tem que ser feito, estamos estendendo a mão para que as regras de convivência sejam respeitadas, as pessoas não sejam molestadas”, completou, dizendo que propôs a Bolsonaro um “protocolo ético” contra as fake news, que geram ataques entre as duas militâncias nas redes sociais.

Para Haddad, “as duas campanhas deveriam ajudar para que os eleitores recebessem informações reais, fiéis e verdadeiras sobre o que cada um pensa e melhorar a qualidade da democracia, com a qual eu tenho compromisso de vida”. Indagado sobre a resposta da campanha de Bolsonaro, o petista resumiu: “recebemos uma resposta nível do candidato publicada no Twitter”.

Em publicação no microblog, Bolsonaro negou a possibilidade de acordo e disparou contra Haddad. “O pau mandado de corrupto me propôs assinar "carta de compromisso contra mentiras na internet". O mesmo que está inventando que vou aumentar imposto de renda pra pobre. É um canalha! Desde o início propomos isenção a quem ganha até R$ 5.000. O PT quer roubar até essa proposta”, afirma a publicação.

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