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Em agenda realizada em Brasília nesta terça-feira (23), a governadora Raquel Lyra dialogou sobre as possibilidades de captação de recursos para o desenvolvimento de Pernambuco. Em encontro com líderes do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), a chefe do Executivo estadual conversou sobre a prospecção de projetos em áreas como segurança hídrica, energia, infraestrutura rodoviária e mobilidade urbana. 

“Estive em Brasília, em conversa com o Banco Mundial, para buscar recursos em projetos capazes de melhorar a condição de vida dos pernambucanos, além de elevar a competitividade do Estado”, destacou a governadora Raquel Lyra. 

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No encontro, a chefe do Executivo também tratou sobre dois projetos já pré-aprovados pelo Banco Mundial. Um deles foi o Programa de Saneamento Rural do Estado de Pernambuco (Prosar), que tem o objetivo de realizar projetos e obras voltadas para o aumento e melhoria do abastecimento de água da população rural de regiões do Estado.

E o outro foi o Pernambuco Agroecológico, que visa transformar os sistemas produtivos dos agricultores familiares do Estado em sistemas agroecológicos e orgânicos.

Acompanharam a governadora na agenda os secretários estaduais Fabrício Marques Santos (Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional) e Diogo Bezerra (Projetos Estratégicos). O Banco Mundial esteve presente com a equipe formada por Johannes Zutt, diretor do Brasil para o Banco Mundial; Sophie Naudeau, gerente de Operações; Luis Alberto Andres, líder setorial de Infraestrutura, e Renato Nardello, líder Escorial do desenvolvimento sustentável.

*Da assessoria 

Nesta quinta-feira, 22 de setembro, é comemorado o Dia Mundial Sem Carro, data que marca a reflexão em torno do uso exacerbado do automóvel no espaço urbano e das políticas de mobilidade para a mobilidade sustentável. Seguindo a tradição anual, a Ameciclo realizará atividades no dia envolvendo ciclistas, sociedade civil e candidaturas do pleito eleitoral de 2022. 

Na sede da organização, que fica no bairro da Boa Vista (Rua da Aurora, 529), a partir das 15h, o público poderá participar de uma Vaga Viva na Rua Princesa Isabel, uma ação para denunciar a ocupação de automóveis na cidade. Ao fim da Vaga Viva, por volta das 19h, a organização fará uma pedalada pela cidade. 

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Candidatos a deputado, senador e governador podem assinar a Carta Compromisso pela Mobilidade Sustentável em Pernambuco 2022, documento que contém diretrizes para construir uma cidade segura e acolhedora a partir da priorização da mobilidade a pé, por bicicleta e pelo transporte coletivo. 

A iniciativa pretende que as candidaturas assinem a Carta, comprometendo-se a tornar suas propostas em políticas públicas e em medidas legislativas. Segundo Renato Zerbinato, um dos coordenadores da Ameciclo, “Recife tem a possibilidade de se tornar uma das capitais mais amigas da mobilidade sustentável do país, basta ter vontade política para tal”. 

Renato ainda enfatiza que é preciso também que a população em geral entenda a importância da mobilidade sustentável para todos nós. “Podemos diminuir as mortes no trânsito, os congestionamentos e a consequente perda de tempo de vida. Economizar recursos financeiros individuais e públicos, melhorar a saúde da população, salvar o meio ambiente e ter uma cidade voltada para as pessoas somente priorizando o uso da bicicleta nas nossas rotinas, aliado, claro, com os investimentos por parte do poder público para oferecer condições seguras para quem pedala”, finaliza. 

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Uma cratera que se abriu na avenida Pedro II, em João Pessoa, capital da Paraíba acabou ‘engolindo’ um veículo, nesta sexta-feira (3). O buraco tinha cerca de 8 metros de profundidade.

Uma adolescente e um adulto estavam dentro do veículo. Com ajuda da população, que presenciou a cena, a dupla conseguiu ser resgatada sem maiores ferimentos.

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Segundo informações do G1, o socorro do Corpo de Bombeiros e Samu fez o deslocamento, mas as vítimas já haviam sido resgatadas. Bruno Pereira, de 43 anos, foi encaminhado ao Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena para realização de exames. A jovem de 14 anos não precisou de atendimento. 

A prefeitura afirmou que o problema se deu por conta de um rompimento de uma antiga galeria de águas pluviais. A avenida Pedro II segue interditada, sentido Centro/bairro, segundo a Superintendência de Mobilidade Urbana de João Pessoa.

O órgão ainda deu indicações aos condutores de como se livrar do bloqueio: “Orientamos os condutores que seguem pela Avenida Pedro II, sentido Centro/bairro, que desviem a circulação à esquerda pela Avenida Rui Barbosa e sigam à direita pela Avenida Beira Rio, posteriormente, desçam pela alça para BR-230 e sigam até a entrada para UFPB”.

Os bairros de Beberibe e Dois Unidos, na Zona Norte do Recife, em breve terão uma nova ponte atravessando o Rio Morno, na nova avenida marginal do Rio Beberibe, com limites até o bairro do Passarinho. A obra é mais uma etapa da requalificação da bacia do Rio Beberibe e acontece por meio da Secretaria de Saneamento da Prefeitura do Recife. Nesta quinta-feira (8), foi publicado o edital de licitação que expõe detalhes sobre a obra. O valor máximo para a construção é de R$ 4,3 milhões e as empresas devem entregar as propostas no dia 22 de agosto.

A ponte será construída em concreto armado, com extensão de 30 metros e largura de 14 metros, tendo duas faixas de trânsito, ciclovia e passeios. Ela cruzará o Rio Morno na altura da confluência com o Rio Beberibe, conectando o trecho já pronto da via marginal com o Lote 3, que está em construção.

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“As obras estão mudando a cara dessa região. Já entregamos mais de 3 km de novas avenidas e estamos fazendo outros 1,3 km, com pavimentação, drenagem, esgotamento sanitário e ciclovia”, afirma a secretária de Saneamento do Recife, Érika Moura.

Segundo a PCR, das quase 2,2 mil famílias que moravam em condições precárias na beira do rio, cerca de 1,5 mil foram realocadas para 16 conjuntos habitacionais e o restante recebeu indenização ou auxílio moradia.

“O PAC Beberibe é um projeto fundamental para melhorar a qualidade de vida dos moradores da área e a mobilidade para todas as pessoas que por ali transitam”, complementa a secretária. A ponte beneficiará diretamente 62 mil moradores dos bairros de Beberibe, Dois Unidos e Passarinho.

O programa

Através do PAC Beberibe estão sendo realizadas a requalificação das margens, a construção de vias e de equipamentos urbanos, melhorias na drenagem e no esgotamento sanitário, além do reassentamento de famílias residentes de forma inadequada na área de intervenção da obra. As tubulações de esgoto implantadas nas avenidas levarão os dejetos para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Minerva, em Dois Unidos.

O lote 1 foi entregue em agosto do ano passado, com a implantação de avenida às margens do Beberibe, entre a Avenida José dos Anjos e a Rua dos Craveiros. O trecho concluído mede 1,2 km e recebeu investimentos de R$ 23,9 milhões. O lote 2 foi entregue em junho deste ano pelo prefeito João Campos e totaliza 2,2 km de avenidas, com investimentos em torno de R$ 29 milhões. Já o lote 3, em andamento, está implantando a via marginal entre o CT do Santa Cruz e a 2ª. Travessa Santo Antônio, em Dois Unidos, totalizando 1,3 km, ao custo de R$ 24,4 milhões.

Durante sessão plenária desta terça-feira (27), o Projeto de Lei (PL) 05/2019, que prevê o fim da dupla função dos motoristas de ônibus no Recife, foi aprovado amplamente pela Câmara dos Vereadores. Após meses de discussão em aberto e cinco adiamentos nas votações, o PL conseguiu 32 votos ao seu favor e apenas um contrário, do vereador André Regis (PSDB).

A partir de agora, o texto aguarda parecer da comissão de redação e o prefeito da cidade, Geraldo Júlio (PSB), terá até 15 dias úteis para sancionar.

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A priori, o projeto entrou para a primeira discussão durante a sessão, e conseguiu aprovação parcial com margem ampla. Isso acontece, pois, depois de discutido e votado, segundo os critérios da legalidade e constitucionalidade, caso seja aprovado, ele passa para uma segunda discussão.

No caso do PL 05/2019, a segunda sessão plenária, que discutiu o mérito do projeto, aconteceu de imediato e durou menos de 10 minutos. 

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Com esse avanço, caso sancionado, a aprovação significará o fim da briga entre consórcios, classe rodoviária e Legislativo, que vinha sendo razão de conflito desde de 2019, e que se acentuou este ano, com os protestos dos rodoviários para pressionar o Legislativo.

O Sindicato dos Rodoviários e apoiadores contestavam o acúmulo de função e a demissão de cobradores em larga escala, que segundo a classe, somou mais de três mil desligamentos.

Nas redes sociais, o autor do PL, Ivan Moraes (PSOL), comemorou a aprovação e fez apelos ao prefeito Geraldo Júlio, pedindo que ele dê atenção à causa. “Dia de vitória! Lutar ao lado dos Rodoviários e da população recifense é o que nos move. Proibir a dupla função é um marco nessa cidade. Um abraço em todas as trabalhadoras e trabalhadores rodoviários. Outro grande abraço em toda a população que usa o transporte público diariamente. A luta é por todos. O PL 5/2019 é uma realidade para proteger empregos e vidas. Estamos e continuaremos juntos”, disse, em sua página oficial do Facebook.

A candidata a prefeita do Recife, Marília Arraes (PT), esteve na manhã desta quarta-feira (14), na Estação Central do Metrô do Recife. No local, a petista falou com a população sobre as suas propostas para mobilidade. A redefinição da Política Municipal de Mobilidade e a criação do Observatório da Mobilidade são duas das propostas centrais da candidata. "Temos o trânsito mais congestionado do Brasil e o terceiro pior da América Latina. Precisamos combater esses problemas que impactam diretamente na saúde e qualidade de vida dos recifenses."

Na Estação Central, Marília foi parada por dezenas de pessoas que, diariamente, utilizam o transporte público para se deslocar de casa para o trabalho. Marília acredita que é fundamental uma presença mais eficaz do município dentro do Consório Grande Recife. "O Recife precisa ter uma presença maior dentro do Consórcio, precisa ter uma participação mais ativa. Precisamos criar um sistema de transporte integrado com as cidades que fazem parte a Região Metropolitana."

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Para a candidata a Prefeita do Recife, o que há na cidade é uma lógica ultrapassada de priorização do transporte individual motorizado em detrimento ao transporte público e do não motorizado. "O Observatório da Mobilidade que vamos criar irá analisar e estudar os mais diferentes aspectos ligados à mobilidade da Região Metropolitana."

Segundo a petista, o Recife também ocupa a sétima posição no ranking mundial de tempo perdido em deslocamentos no transporte público. Um dos objetivos de Marília é ampliar os trechos de faixa azul nas ruas e avenidas da cidade e também investir no transporte ativo. "O Recife tem apenas 37 quilômetros de faixa azul, quando o previsto eram 108 quilômetros. Vamos adotar uma política de construção e manutenção da malha cicloviária com ciclorrotas que dialoguem com a necessidade das bicicletas."

*Da assessoria de imprensa

O período de pandemia e o receio do contágio pela Covid-19 influenciaram na maneira da população utilizar meios de transporte. É o que aponta um levantamento da empresa de tecnologia 99, especializada em mobilidade urbana.

No estudo, 54% da população da periferia de capitais como Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, passaram a apelar aos aplicativos de transporte por carros particulares para transitar pelas cidades com menos risco para a saúde. O estudo também mostra que 19% dos entrevistados que residem fora do centro das maiores cidades não tiveram a opção de permanecer em quarentena.

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Para o advogado e consultor em segurança viária André Garcia, a condição socioeconômica foi um dos pontos fundamentais para que a população procurasse utilizar modais alternativos de transporte em meio à pandemia.

“Estamos todos no mesmo mar, mas em barcos diferentes. A classe média e alta, que mora em melhores bairros, está mais perto dos pólos de trabalho e educação, todavia contam com transporte individual (automóvel, motocicleta ou aplicativo), enquanto a classe popular, relegada à periferia, tem como principal meio de mobilidade o transporte público”, aponta o especialista.

De acordo com Garcia, o mau desempenho do serviço de transporte público também favorece o desenvolvimento de outros segmentos de mobilidade urbana, como a utilização de motocicletas. Além do menor risco de exposição ao coronavírus, as motos trouxeram benefícios para a sociedade em tempos de crise. “O setor de duas rodas demonstra boa recuperação e foi a salvação de vários setores com os motoboys. Por ter valor agregado, manutenção mais acessível e grande economia de combustível, a moto é alternativa para sair do caro transporte público e se salvaguardar em relação ao Covid-19”, completa o consultor em segurança viária.

Redução nas mortes

A queda na fluência de carros pelas ruas durante a pandemia também colaborou para a redução dos índices de morte no trânsito. Números do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga SP) mostram que houve queda de 25% nos registros de acidentes entre carros e pedestres no período entre janeiro e agosto de 2020, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Embora tenha havido menos prejuízo, o consultor e professor de Legislação de Trânsito Julyver Modesto de Araujo destaca uma alta após a flexibilização de algumas atividades nos grandes centros.

“Já percebemos que os números voltaram a aumentar. Foram 408 mortes em julho e 447 em agosto, o que exige ações dos órgãos de trânsito para manter as condições de segurança viária”, enfatiza Araujo.

Para o especialista, um dos legados que o tempo de crise sanitária pode deixar em benefício da mobilidade urbana é o trabalho em casa. “O período de pandemia trouxe a oportunidade de reduzir os deslocamentos, em especial por conta do home-office, que deve ser uma tendência para muitas empresas e funcionários, mesmo após o término deste período”, declara.

Ainda segundo Araujo, o surto também fez com que o poder público fosse posto à prova com a prestação de serviços de transporte nas grandes cidades. “A Covid-19 impôs desafios aos órgãos públicos, inclusive para atender aos deslocamentos inevitáveis, embora houvesse recomendação de isolamento”, aponta. “Tornar mais seguro o deslocamento para o trabalho é um desses exemplos, pois exige a oferta maior e com mais qualidade do transporte coletivo, utilizado por grande parte da população”, conclui.

Por conta da pandemia de Covid-19 que estamos enfrentando, a venda de fogos de artifício e de fogueiras não serão permitidas no Recife. A determinação é da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife (Semoc), que fiscalizará a determinação juntamente com a Secretaria de Controle Urbano.

Anualmente, a Prefeitura da Cidade do Recife publicava autorização para colocação das barracas de fogos, apenas no mês de junho, em Casa Forte (Rua Afonso de Albuquerque e Estrada das Ubaias), Ponto de Parada (Rua Prof. José dos Anjos), na Torre (Av. Beira Rio e Rua José de Holanda), na Iputinga (Rua Manoel Estevão da Costa, Rua São Mateus e Av. Maurício de Nassau), na Caxangá (Av. Joaquim Ribeiro), no Cordeiro (Av. Caxangá, na altura do Parque de Exposições de animais), no Zumbi (Rua Gomes Taborda), no Prado (Rua Carlos Gomes) e na Várzea (Rua Amaro Gomes Pororoca) e em Boa Viagem, na Av. Visconde de Jequitinhonha.

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Foi garantido pela PCR que os comerciantes que já estavam cadastrados receberão apoio e cestas básicas. “A decisão baseia-se na premissa de que estamos enfrentando uma pandemia de uma doença que afeta justamente o sistema respiratório-pulmonar, não fazendo sentido permitir qualquer atividade que possa produzir fumaça”, comenta João Braga, secretário da Semoc.

Visando a segurança contra o conoravírus, o aplicativo de transporte Cabify anunciou que disponibilizará equipamentos de proteção individual (EPI) com máscaras reutilizáveis, tubos de álcool em gel e uma película que separa o motorista do passageiro. Os equipamentos serão distribuídos em 11 países, e o Brasil faz parte da lista.

De acordo com a empresa espanhola, devido a importância de atender novas necessidades e desafios da mobilidade urbana, a distribuição desses materiais no Brasil será feita de maneira controlada atendendo as oito cidades que o aplicativo opera, entre elas São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Quanto as películas, que possuem validade de seis meses, serão instaladas nos carros que atendem a regiões com maiores solicitações, onde o risco de contágio é maior. 

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"O fornecimento de equipamentos de segurança aos motoristas parceiros faz parte de uma iniciativa que visa aumentar a proteção destes profissionais, que são essenciais no momento em que estamos vivendo", explicou Luis Saicali, presidente da Cabify Brasil, em entrevista ao site Startupi.

Entre as medidas preventivas, a empresa também realizou um protocolo de segurança reforçados, lançando uma a nova categoria chamada "Entrega", que realiza o transporte de objetos entre usuários e empresas sem que precise de um contato direto.

Uma ação da Polícia Civil de São Paulo na última quarta-feira (22) recuperou seis patinetes elétricos furtados na capital paulista. Os veículos pertencem a empresas que investem na mobilidade urbana alternativa do município e foram localizados em uma casa no bairro do Itaim Paulista, região leste da cidade. Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos, mas apenas uma pessoa foi indiciada pelos crimes de furto qualificado e associação criminosa.

De acordo com a polícia, a Grow, empresa proprietária dos equipamentos, colaborou com a averiguação ao instalar uma sindicância interna. No último mês de novembro, um ex-funcionário do grupo foi preso em flagrante quando furtava quatro patinetes. A suspeita é de que outros colaboradores da companhia participavam dos delitos. A investigação da empresa ouviu empregados que informaram saber que os acusados descaracterizavam os veículos e faziam a revenda pela Internet.

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Além dos patinetes, foram apreendidos telefones celulares, carregadores de bateria dos veículos, réplicas de pistolas e munições de vários calibres. A polícia segue investigando o envolvimento de outros suspeitos no caso.

O Governo Federal estendeu para 12 de abril de 2021 o prazo para os municípios elaborarem seus Planos de Mobilidade Urbana (PMU). A decisão consta da Medida Provisória nº 906/2019, publicada na edição desta quarta-feira (20) do Diário Oficial da União, assinada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto.

A medida altera a Lei nº 12.587/2012 para ampliar em dois anos a antiga data-limite estipulada pela legislação – 12 de abril de 2019 - para que os municípios brasileiros elaborassem o PMU. Dessa maneira, os que ainda não o fizeram voltam a poder receber recursos do Orçamento Geral da União (OGU) destinados ao setor até o fim do novo prazo, além de poderem continuar acessando financiamentos por meio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

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O rol de município que são obrigados a elaborar os Planos de Mobilidade Urbana também foi alterado pela Medida Provisória. Agora, além das cidades com mais de 20 mil habitantes, as localidades que fazem parte de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e Regiões Integradas de Desenvolvimento Econômicos (Rides) que, ao todo, tenham mais de um milhão de habitantes, deverão produzir o documento. A regra vale também para as cidades dessas áreas que tenham população inferior a 20 mil habitantes.

Além disso, todas as cidades ficam obrigadas a informar a Secretaria Nacional de Mobilidade e Serviços Urbanos (Semob), do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), a aprovação do documento. Em breve, a Semob disponibilizará a lista com todas as cidades do País que deverão elaborar o Plano de Mobilidade Urbana, como disposto na Lei nº 12.257/2012.

Conforme levantamento feito pela Secretaria Nacional de Mobilidade e Serviços Urbanos, até setembro de 2019, 834 municípios declararam ter o PMU elaborado ou em processo de elaboração. Desse total, 313 afirmam já ter produzido o documento, sendo que 43% deles possuem mais de 250 mil habitantes e 79% estão localizados nas regiões Sul e Sudeste.

Apoio

O PMU é o instrumento de efetivação da Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), responsável por orientar e coordenar os esforços, ações e investimentos dos municípios para alcançar melhorias no sistema de mobilidade como um todo, incluindo transporte de passageiros e cargas, vias de circulação, calçadas, ciclovias e uso do solo.

Para elaborar o PMU, o MDR disponibiliza assistência financeira por meio de recursos do FGTS para municípios com população acima de 100 mil habitantes, através do Programa Avançar Cidades – Mobilidade Urbana.

Para as cidades com população abaixo de 100 mil pessoas, a Pasta oferece auxílio técnico por meio de duas ferramentas: o Sistema de Apoio à Elaboração de Planos de Mobilidade Urbana, que permite aos gestores preencherem uma versão preliminar, com os conteúdos mínimos exigidos pela PNMU; e a Cartilha de Apoio à Elaboração de Planos de Mobilidade Urbana, com uma metodologia simplificada de orientação para a construção do PMU.

O Sistema de Apoio foi desenvolvido por meio de uma parceria com a Sociedade Alemã de Cooperação Internacional (GIZ, na sigla em alemão), no âmbito do Projeto Eficiência Energética na Mobilidade Urbana.

Já a nova edição da cartilha, que atualiza o texto publicado em 2017, oferece assistência técnica aos gestores, disponibilizando uma sugestão de estrutura para o documento, de acordo com o nível de complexidade dos municípios. Para cada item obrigatório, a Prefeitura deve estabelecer objetivos, metas e estratégias que produzam resultado compatível com a PNMU e a política local.

Após a conclusão da minuta do Plano, a proposta deve ser discutida com a sociedade civil, votada pela Câmara Municipal e instituída como Plano por meio de lei municipal ou decreto.

Os municípios podem, ainda, apresentar propostas, inclusive por meio de emendas parlamentares, em ação orçamentária destinada pelo MDR para apoio à elaboração do PMU. Neste ano, as solicitações ocorrem no âmbito do Programa 2048 – Mobilidade Urbana e Trânsito, na ação 10SR – Apoio à Elaboração de Planos de Mobilidade Urbana e de Projetos de Sistemas de Transporte Público Coletivo Urbano. A partir de 2020, o MDR disponibilizará a ação 15UE – Planos de Mobilidade Urbana Locais, no âmbito do Programa 2219 – Mobilidade Urbana.

*Da assessoria do Ministério do Desenvolvimento Regional

Na última terça-feira (29), o Porto Digital e Urbana-PE assinam acordo para a implantação do Laboratório de Inovação Digital em Mobilidade Urbana, no Recife. O projeto pretende mapear quais são os desafios e as oportunidades que permitam a criação de estratégias para a inovação digital voltada à mobilidade urbana.

Além do espaço físico - localizado dentro do Portomídia, a iniciativa vai procurar soluções para temas como segurança, informações e relacionamento com o usuário, eficiência operacional, bilhetagem  e pagamentos, roteamento inteligente, telemetria, entre outros. Ao todo, serão cinco etapas - divididas em 24 meses, que vão da implantação e operação inicial do laboratório até o desenvolvimento de modelos de negócio e proposição de mudanças regulatórias. 

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O Porto Digital também irá realizar workshops e assessorar a contratação de soluções maduras para os desafios mapeados. O acordo deve buscar a integração do ecossistema de inovação pernambucano com a Urbana-PE.

Mais de duas centenas de empreendimentos de mobilidade urbana previstos para o País estão paralisadas, sem perspectiva de terem suas obras retomadas no curto prazo.

Um levantamento feito pela Associação Nacional de Empresas de Transportes Urbanos (NTU) revela que, atualmente, 248 empreendimentos ligados a ônibus - BRTs, corredores e faixas exclusivas - estão paralisados em todo o País. Juntos, esses empreendimentos somam 2.743 quilômetros de extensão de transporte que deveriam estar em operação em 75 cidades do País, mas estão travados.

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A paralisia é resultado de uma conjunção de fatores, que passam pelo esgotamento de recursos, corrupção, falta de priorização na agenda de municípios e do governo federal, projetos mal elaborados e imbróglios judiciais. "Está tudo paralisado nessa área. Infelizmente, essa é a realidade. Os dados estão aí para mostrar que a mobilidade urbana não está dentro das prioridades do governo", avalia Otávio Cunha, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e presidente executivo da NTU.

O estudo mostra que, em 2009, os anúncios do governo federal davam conta de que as obras de mobilidade urbana receberiam aporte total de R$ 151,7 bilhões. O setor foi explorado como um dos maiores beneficiados pela realização da Copa do Mundo e da Olimpíada. Dez anos depois, o resultado é frustrante. Pelos cálculos da NTU, somente R$ 14,2 bilhões, o equivalente a 9,4% do previsto, foram efetivamente injetados em projetos que saíram do papel e que estão em operação.

Fatia do Orçamento - O balanço aponta que, atualmente, existem 706 empreendimentos de mobilidade urbana em alguma fase de obras no País, uma elevação de apenas 3% em relação ao ano passado, que contabilizava 691 projetos nessa área. Somente R$ 348 milhões foram destinados pela Lei Orçamentária Anual de 2019 para a implantação de empreendimentos de transporte público coletivo, ou seja, 0,01% do Orçamento total do governo federal.

A baixa qualidade do serviço oferecido à população ajuda a explicar a queda de demanda. O brasileiro, quando pode, tende a usar menos o ônibus.

No período de 1994 até 2017, segundo a NTU, o transporte público por ônibus teve redução de 50,3% da demanda de passageiros no País. Em contrapartida, os dados do Denatran deste ano apontam que a frota de automóveis aumentou 175% desde o ano 2000, passando de 20 milhões para 55 milhões de unidades nos dias atuais. No mesmo período, a frota de motocicletas passou de 6 milhões para aproximadamente 27 milhões, representando um acréscimo superior a 570%.

Na tarde desta segunda-feira, 19, a reportagem procurou o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), responsável pelos empreendimentos de mobilidade urbana, para comentar o assunto. Não houve um posicionamento até o fechamento desta edição.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

99, em parceria com a Ipsos, realizou pela primeira vez no Brasil uma pesquisa sobre comportamento e percepção do brasileiro em relação à mobilidade urbana. Com o título “Como o brasileiro entende o transporte urbano”, o estudo apontou que 76% não se planeja financeiramente quanto aos custos com transporte mensal no Brasil. Foram realizadas 1.500 entrevistas domiciliares com população 18 anos ou mais entre 29 de abril e 8 de maio com margem de erro de 2,5 p.p., em todas as regiões do País.

A pesquisa mostra que 62% sequer tem a noção de quanto desembolsa mensalmente em suas despesas gerais. A variação entre percepção e realidade sobre gastos com transporte é tanta que a diferença chega a quase seis vezes entre donos de carros. O gasto médio das despesas com transporte declaradas pelos entrevistados foi de R$ 211 - média entre todas as classes sociais. Obviamente, os gastos indicados na pesquisa variam por classe: R$ 446 (Classe A), R$ 302 (Classe B), R$ 181 (Classe C) e R$ 158 (Classe D/E). Entre donos de carro, o gasto real pode chegar até R$ 2090,58, quando declarados os valores abertamente (combustível, IPVA, manutenção e etc.).

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De acordo com o levantamento, os brasileiros gastam em média 1h20 para se deslocar (ida e volta) para a atividade principal do dia. Esse o gasto é de 2h07 para cumprir todos os deslocamentos diários. As classes C e D/E são as que mais tempo levam para se locomover: 129 minutos para a classe C e 130 para as classes D/E. As classes A e B levam 94 e 124 minutos respectivamente. As regiões campeãs em tempo de locomoção são a Sudeste (144 minutos) e a Nordeste (132 minutos). Em média são 2,4 deslocamentos diários com percurso maior que 500 metros.

Um ponto levantado pelo estudo é que os entrevistados usam em média três modalidades de transporte por semana. Entre as principais, 70% andam a pé, 46% utilizam ônibus e 43% o carro particular. Por outro lado, modais emergentes como carros por aplicativos já estão inseridos na rotina do brasileiro: 18% afirma ter utilizado aplicativos na semana anterior à entrevista.

Para 4 a cada 10 brasileiros é difícil ou muito difícil a forma de se locomover no Brasil. “É importante que o brasileiro tenha informação para se planejar e buscar a melhor combinação de modais, entre os tradicionais e emergentes, públicos e privados. Só assim é possível suprir cada tipo de necessidade, gerando não só economia de dinheiro, mas de tempo, de energia e melhor qualidade de vida - além de se ter uma experiência melhor na cidade em que se vive”, diz Pâmela Vaiano, Diretora de Relações Públicas da 99.

Uma transição em curso.  O estudo revela que dentre os proprietários de carros 30% abriria mão do carro em prol de outros meios de transporte. Os dados obtidos estão de acordo com um comportamento que já vem sendo observado na sociedade, em que o carro próprio deixa de ser um item dos sonhos, principalmente entre os mais jovens. Dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) apontam uma queda de 30% na emissão de carteiras de habilitação (CNH) nos últimos três anos.

Uma das explicações para essa queda na emissão de CNHs é o crescente uso de carros por aplicativo – na pesquisa, 79% dos entrevistados que avaliaram o serviço classificaram como bom ou excelente. “Além da qualidade do serviço, o uso de carros por aplicativo também possibilita maior controle financeiro, já que os gastos com esse modal podem ser acompanhados de perto e o usuário ganha conforto, comodidade e tempo, além da economia com impostos e gastos relacionados a um veículo próprio”, explica a executiva

Essa é a primeira vez que uma pesquisa sobre o comportamento diante do transporte e a mobilidade urbana é realizada com abrangência nacional. “Vivemos um momento de transformação e ampla discussão sobre mobilidade. Mas é preciso colocar as pessoas no centro do debate, para que planos saiam do papel e a diversidade de modais melhore a eficiência e a convivência nas cidades. Assim, entender como o brasileiro percebe seu deslocamento - em relação a hábitos, custos e escolhas - é fundamental para elaboração de soluções que atendam aos anseios dapopulação”, afirma Pâmela Vaiano, diretora de Relações Públicas da 99.

Sai o carro, entra a qualidade de vida. Dos entrevistados que não possuem carro, 11% tinham e deixaram de ter nos últimos 5 anos. Entre as principais razões, os gastos com o veículo é o mais citado.  Já para 5%, a razão é a mudança no estilo de vida. Uma melhor integração entre os transportes é o desejo de muitos brasileiros, para uma melhor qualidade de vida, conforto e economia de tempo e dinheiro.

Na garupa do Nordeste. Os nordestinos são os que menos andam a pé em comparação a outras regiões como Centro-Oeste e Norte, além disso gastam em média 95 minutos para se deslocar até a atividade principal (ida e volta). 

A diversificação do Pantanal. Em média os moradores do Centro-Oeste utilizam três tipos de transportes na semana. Além disso, 23% utilizam carros por aplicativo.

Rumo ao Chuí de carro.  O Sul é o que mais concentra o número de usuários de carro entre as regiões, (66% dos entrevistados na região Sul utilizaram o carro na última semana). 34% utilizam o ônibus como meio de transporte Além disso, 20% utilizou bicicleta ou patinete na última semana.

Quem mais anda a pé em todo o Brasil? Assim como Centro-Oeste, o Norte é a região que mais anda a pé. Dos entrevistados, 85% deslocam-se a pé e justamente são os que menos utilizam o carro em todo o País (23%). Em compensação, ganham de todas as regiões no uso de motos (32%).

Pelos túneis do Sudeste. Quem mora na Região Sudeste é o que mais utiliza o metrô em todo o País, dada a concentração de linhas no Rio de Janeiro e em São Paulo. São também os que menos utilizaram motos na última semana (11%). 21% utilizou carro por aplicativo na última semana.

 

*Da assessoria de comunicação do 99 POP

 

O curso de Engenharia Civil da Universidade UNIVERITAS/UNG realizará uma palestra sobre “Hierarquização Viária da Cidade de Guarulhos” em parceria com a Secretaria de Transportes do Município. O evento ocorre no dia 9 de maio, das 19h às 22h, no Anfiteatro C da unidade Centro. 

A palestra abordará o Plano de Mobilidade Urbana do Município de Guarulhos, que está em fase de planejamento e execução. A Universidade e o curso de Engenharia Civil propuseram contribuir com os estudos de hierarquização viária, sobretudo das vias que sofreram fortes transformações, e que, desde 1993, não possuem pesquisas realizadas.   

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De acordo com o coordenador do curso de Engenharia Civil da UNIVERITAS/UNG, Claudio Barboza Ferreira Junior, os alunos do 7º e 9º semestre farão os diagnósticos das principais vias da cidade por meio de estudos e será apresentado um novo plano de hierarquização viária a fim de contribuir com o Plano de Mobilidade Urbana da cidade. “No processo de formação do estudante são realizados trabalhos que, de fato, impactam a Mobilidade Urbana da cidade e suas intermediações que demonstram a amplitude da responsabilidade do profissional de Engenharia”, explica. 

As inscrições podem ser feitas no local e no dia do evento. Todos os estudantes receberão um certificado de participação.

*Da assessoria de imprensa

A partir de hoje (8), os motoristas de aplicativo da cidade de São Paulo passarão a ser fiscalizados pela prefeitura. 

A nova regulamentação, que foi publicada em janeiro, determina que para circular na capital paulista os carros a serviço de aplicativos de transporte devem ter no máximo oito anos de fabricação e passar por uma inspeção de segurança. Todos os carros deverão ser identificados com um adesivo do aplicativo com o qual o motorista trabalha.

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Já os motoristas vão ter que fazer um treinamento de condução de veículos. As empresas responsáveis pelos aplicativos terão que enviar informações sobre os motoristas para o Cadastro Nacional de Condutores (Conduapp).  

Quem descumprir as novas normas será multado em até R$ 4,5 mil.

 

Por Thiago Apelbaum

 

As obras do corredor Santos Dumont terão mais uma intervenção nesta quarta-feira (15), com a implantação de um novo retorno próximo ao número 2.275 (entre a rua Satélite e a avenida São Mateus do Maranhão). Para quem trafega no sentido da avenida Guinle,  e pretende acessar o outro lado da via para o bairro de Cumbica/Via Dutra.

A mudança deve durar cerca de dois meses e se faz necessária para a continuidade das obras de extensão do corredor. Ainda no local, ocorre a pavimentação da pista esquerda do corredor, nos dois sentidos. De acordo com a Prefeitura, o corredor Santos Dumont tem previsão de ser entregue em dezembro deste ano e custará aos cofres públicos algo em torno de R$ 51 milhões. Segundo a prefeitura a obra quando finalizada vai beneficiar 90 mil passageiros por dia, que utilizam 26 linhas, com um total de 239 ônibus.

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A cidade do Recife vai receber, entre os dias 19 e 20 de maio, a quinta etapa do Uber Hack. A maratona de desenvolvimento reúne estudantes e profissionais da área durante 30 horas para incentivar a criação de soluções inovadoras para melhorar a mobilidade urbana. As inscrições estão abertas e vão até o dia 13 de maio, pelo site uber.com/uberhack.

O time finalista da etapa de Recife, que será definido por uma banca julgadora formada por especialistas da Uber e do mercado, além de membros do poder público local, vai apresentar seu projeto na fase final do desafio, que acontece no dia 5 de junho, em São Paulo. A equipe vencedora ganhará uma viagem para os EUA, para conhecer de perto a tecnologia da Uber.

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"O hackathon, modelo escolhido para o Uber Hack, tem como grande ingrediente o desafio, com uma pitada de diversão. As pessoas disponibilizam seu conhecimento e tempo para analisar dados e tentar resolver problemas com soluções criativas. Todo esse processo deixa um legado de grande valor para a comunidade", afirma o diretor geral da Uber no Brasil, Guilherme Telles, em comunicado.

O iraniano Dara Khosrowshahi, que assumiu a liderança global do aplicativo de carona paga Uber há dois meses, não está acostumado a ser o centro das atenções. Antes de aceitar o desafio de tentar colocar o Uber nos trilhos - após escândalos que culminaram na saída do executivo Travis Kalanick, em junho -, ele liderou a plataforma online de viagens Expedia por 13 anos. "O Expedia era só mais uma empresa de capital aberto", disse Khosrowshahi, em entrevista ao Estado, em São Paulo. "Ainda estou me acostumando com a atenção que estou recebendo."

O executivo chegou ao Brasil às vésperas da votação, programada para esta terça-feira (31), do projeto de lei complementar (PLC) 28/2017, que regulamenta o transporte individual de passageiros e que coloca em xeque a operação não só da empresa americana no País, mas também de concorrentes a brasileira 99 e o espanhol Cabify. O texto quer obrigar motoristas que dirigem por aplicativo a comprovarem que são donos dos automóveis usados na atividade, a usarem placas vermelhas e a obterem autorização com as prefeituras - como já ocorre com os táxis.

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O Uber já chegou a afirmar, em nota, que o projeto é uma espécie de "proibição velada" e diz que o PLC 28 pode inviabilizar a atividade para seus mais de 500 mil motoristas no Brasil. Khosrowshahi vai defender hoje, em Brasília, que o projeto de lei não seja aprovado às pressas. "Essa regulação vai levar o Brasil para a realidade do transporte de dez anos atrás."

Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista:

Como o PLC 28/2017 pode afetar os negócios do Uber no País?

Não somos contra a regulamentação. Regulamentar serviços como o Uber é totalmente apropriado. Mas essas regras devem ser pensadas olhando para o futuro, e não para o passado. O PLC 28/2017 realmente tem o potencial de restringir o trabalho dos 500 mil motoristas do Uber no Brasil. Isso vai fazer o nosso número de motoristas nas ruas cair drasticamente e vai levar o Brasil para a realidade de dez anos atrás, quando só existiam os táxis.

Na sua opinião, como o texto do projeto de lei deveria ser?

Acho que as regras que se parecem com as adotadas para táxis devem ser retiradas. É preciso tirar a obrigação de o motorista ser dono do carro que vai dirigir. Na maior parte das vezes, os motoristas usam o carro da família. Exigir licenças também limita bastante a atividade, porque é muito burocrático.

O sr. considera parar de operar o Uber no Brasil, caso o projeto de lei seja aprovado?

Nosso principal foco agora é garantir que o projeto de lei passe da forma certa, ou seja, conseguir que alguns dos aspectos prejudiciais sejam retirados do texto. Se o projeto de lei, infelizmente, passar como está hoje, vamos ter de pensar no que vamos fazer. Eu vou a Brasília falar com os senadores, mas temos muitas pessoas fazendo esse trabalho. Achamos que a discussão aconteceu de forma muito rápida.

Qual a importância do Brasil para o Uber?

O Brasil é um dos cinco maiores mercados para o Uber no mundo, em termos de volume de corridas, número de motoristas e usuários. Queremos continuar investindo no Brasil, mas esse projeto de lei pode prejudicar muito o nosso negócio.

O avanço de legislações mais rígidas é reflexo da entrada agressiva do Uber no Brasil?

Eu não tenho muito tempo de empresa, mas acredito que pode ser o caso. Acredito que, no caso do PLC 28/2017, está mais ligado à pressão de grupos de taxistas e é isso o que tem acelerado a discussão. O Uber está no Brasil, temos escritórios locais, investimos e pagamos impostos. Acredito que temos sido cidadãos respeitosos e queremos continuar a ser no futuro.

Como está a relação do Uber com os governos?

Estamos tentando construir um relacionamento (com os governos). Nosso objetivo é tornar o transporte disponível e barato em todos os lugares e isso é algo que todas as cidades também querem. Temos investido em pessoas para trabalhar com os governos, mas eu quero, pessoalmente, estar em contato com eles. Assim posso ter certeza de que, do ponto de vista estratégico, estaremos alinhados com a trajetória das cidades.

O sr. foi recentemente a Londres, cidade que não renovou a licença do Uber para operar. Há possibilidade de solução?

Estou otimista. Tivemos um diálogo muito construtivo e acho que teremos como resolver as preocupações deles, o que vai permitir que o Uber continue a fazer parte do sistema de transporte de Londres no futuro. Mas ainda há muito trabalho a fazer.

Há potencial para que o Uber seja banido em outras cidades?

Acredito que há certamente potencial para que isso aconteça. Toda vez que uma nova tecnologia disruptiva surge e muda a dinâmica de setores estabelecidos, como a indústria dos táxis, existirá resistência. No passado,fomos um pouquinho agressivos, mas temos de entender que não trata-se apenas do que nós queremos e firmar compromissos que funcione para nós e para os países. É o caso do Brasil: há formas de a regulamentação funcionar tanto para o Uber como para o governo.

Um dos principais problemas do Uber no Brasil é a falta de segurança ao usar apps de transporte. Como resolver isso?

É um grande problema e estamos levando isso muito a sério. Nossas equipes no Brasil e no México, assim como em outros países da América Latina, trouxeram essa questão e, por isso, definimos que segurança será nossa prioridade número um em 2018. Acredito que podemos usar nossas ferramentas de análise de dados e toda a inovação que criamos para transformar o Uber na plataforma de transporte mais segura do mundo. Ainda estamos definindo como vamos fazer isso na prática.

Como está a preparação da empresa para a oferta inicial de ações (IPO)? Há uma data?

Nosso objetivo é fazer a oferta inicial de ações até 2019. Parte disso inclui a contratação de um time de gestão experiente, de um diretor financeiro com experiência em empresas de capital aberto. Além disso, há uma série de ajustes internos. O Uber foi construído até agora para crescer rapidamente, mas temos de colocar em prática controles financeiros e operacionais para abrir capital. Todo esse trabalho já está em andamento e estou confiante que, em 2019, estaremos preparados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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