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O papa Francisco pediu neste domingo (3) aos católicos chineses que sejam "bons cidadãos", durante sua visita à Mongólia, em uma viagem marcada por várias mensagens destinadas a melhorar os vínculos entre Vaticano e China.

O jesuíta argentino de 86 anos enviou "uma saudação calorosa ao nobre povo chinês" e acrescentou: "Aos católicos chineses, peço que sejam bons cristãos e bons cidadãos".

Com a primeira viagem papal à Mongólia, um país da Ásia central que fica entre a Rússia e a China, Francisco tem dois objetivos: visitar uma região isolada, onde o catolicismo é minoritário, e aproveitar a proximidade geográfica com a China para melhorar as relações com Pequim.

O pontífice presidiu uma missa neste domingo em um ginásio de hóquei no gelo da capital, Ulan Bator, durante a qual expressou apoio à pequena comunidade de 1.400 católicos da Mongólia, país de maioria budista e com três milhões de habitantes.

O papa foi recebido por fiéis empolgados e percorreu o local em um pequeno veículo escoltado pelo missionário italiano Giorgio Marengo, que aos 49 anos é o cardeal mais jovem do mundo e exerce a função de representante da prefeitura apostólica de Ulan Bator.

Em seguida, Francisco prosseguiu até o altar em uma cadeira de rodas para presidir a missa diante de uma gigantesca cruz de madeira instalada especialmente para a cerimônia.

Ao final da liturgia, o papa afirmou a palavra obrigado em mongol, "bayarlalaa", e saudou os "irmãos e irmãs da Mongólia".

Antes da missa, Francisco se reuniu com representantes das principais religiões da Mongólia no Teatro Hun.

O evento teve a presença de líderes cristãos, além de representantes do budismo, xamanismo, islamismo, judaísmo, hinduísmo, da igreja ortodoxa russa, mórmons e bahai.

"As tradições religiosas, com toda sua distinção e diversidade, têm um potencial impressionante para beneficiar a sociedade em seu conjunto", declarou o pontífice.

Natsagdorj Damdinsuren, que dirige um mosteiro budista na Mongólia, afirmou à AFP que a visita de Francisco "demonstra a solidariedade da humanidade".

O papa encerrará a visita ao país na segunda-feira.

- "Autêntico" -

Nomin Batbayar, estudante de 18 anos que compareceu à missa celebrada pelo papa, celebrou o apelo de Francisco por um diálogo inter-religioso.

"Eu sinto que ele é uma pessoa realmente autêntica. A China não o apoia de verdade, mas seu povo está presente hoje", disse, em referência aos muitos peregrinos chineses que viajaram para a Mongólia - alguns expressaram o desejo de que o pontífice visite algum dia o país.

Em um encontro com missionários católicos no sábado em Ulan Bator, Francisco afirmou que os governos "não têm nada a temer".

"Os governos não têm nada a temer com o trabalho de evangelização da Igreja porque esta não tem uma agenda política", afirmou o pontífice, sem citar diretamente a China, Estado com o qual o Vaticano não tem relações diplomáticas.

O Partido Comunista da China, que exerce um controle rigoroso sobre as instituições religiosas, teme a possível influência da Igreja Católica em seu território.

A Santa Sé renovou no ano passado um acordo com Pequim que permite às duas partes ter uma voz na nomeação dos bispos na China. Alguns críticos afirmam que esta foi uma concessão perigosa do Vaticano, em troca de sua presença no país.

- "Interesses terrenos" -

A Mongólia recebeu oficialmente o papa no sábado (2), com uma cerimônia na grande praça Sukhbaatar. Francisco se definiu como um "peregrino da amizade" e elogiou a "sabedoria e a rica e antiga cultura do país, onde os pecuaristas e agricultores "respeitam os delicados equilíbrios do ecossistema".

Também denunciou a "ameaça da corrupção, que representa um perigo para o desenvolvimento de qualquer comunidade humana".

A Mongólia registrou grandes manifestações no ano passado contra um escândalo de desvio de verbas vinculado à indústria do carvão. Além disso, grande parte de seu território sofre o risco da desertificação devido à mudança climática, pecuária extensiva e atividades de mineração.

O papa reiterou neste domingo a mensagem a favor da proteção da natureza e denunciou que se a humanidade acabar "voltada apenas para os interesses terrenos, terminará arruinando a própria terra, confundindo progresso com retrocesso".

A Mongólia reabriu as fronteiras para os viajantes internacionais com esquema de vacinação completo, acabando com um confinamento que deixou o país isolado durante dois anos.

O governo aprovou uma resolução que reduziu o "estado de alerta" pandêmico de laranja para amarelo, o que suspende as restrições sobre o funcionamento de estabelecimentos comerciais, informou a agência estatal Montsame.

Com a medida, o país de três milhões de habitantes "abre plenamente suas fronteiras às viagens internacionais", afirmou o primeiro-ministro Luvsannamsrai Oyun-Erdene.

A Mongólia aplicou algumas das medidas mais rígidas do planeta contra a covid-19, com o fechamento das fronteiras e confinamentos rígidos.

As medidas afetaram a economia e provocaram o fechamento de negócios, queda das exportações. Centenas de milhares de pessoas ficaram em situação precária de emprego.

O país registrou 885.000 casos de covid-19 e mais de 2.000 mortes durante a pandemia.

A Mongólia registrou, nesta quarta-feira (11), os primeiros contágios internos de coronavírus, depois que um caminhoneiro infectou a esposa e outros dois parentes após um período de três semanas de quarentena.

O país, que tem fronteira com China e Rússia, registrou até o momento 376 casos de Covid-19, todos importados, e intensificou os controles para os visitantes, o que irritou os mongóis que moram no exterior.

Nesta quarta-feira, no entanto, o comitê nacional de emergências indicou que um motorista de caminhão que chegou à capital Ulan Bator procedente da Rússia no mês passado infectou três parentes, apesar de ter respeitado uma quarentena de três semanas, como exige a lei.

O comitê nacional de saúde divulgou os deslocamentos do caminhoneiro, que compareceu a um show com 3.000 pessoas. O governo pediu a todos que podem ter encontrado com ele que sejam submetidos a testes de diagnóstico.

A cidade foi isolada do restante das províncias e as escolas permanecerão fechadas por três dias, o que levou os moradores, tomados pelo pânico, a correr para os mercados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta terça-feira (7) que monitora os casos de peste bubônica na China e enfatizou que a situação não representa uma grande ameça e está "bem administrada".

"No momento, não consideramos que haja um risco alto, mas estamos monitorando de perto" a situação, junto às autoridades chinesas e mongóis, afirmou uma porta-voz da OMS, Margaret Harris, em coletiva de imprensa em Genebra.

Vários casos da peste bubônica foram relatados nos últimos dias na China. Autoridades da cidade de Bayannur, localizada na Mongólia Interior, norte da China, anunciaram uma série de medidas após detectarem um caso da doença neste fim de semana.

O paciente, um pastor, se encontra em situação estável em um hospital de Bayannur, informou em nota a Comissão de Saúde da cidade no domingo.

A comissão proibiu a caça e o consumo de animais que podem transmitir a peste até o final do ano, principalmente as marmotas, e pediu aos habitantes que informem sobre qualquer roedor morto ou doente que encontrarem.

Outro caso suspeito, de um menino de 15 anos, foi relatado nesta segunda-feira na vizinha Mongólia, segundo a agência Xinhua.

Dois outros casos foram confirmados na semana passada na província mongol de Khovd, envolvendo dois irmãos que haviam comido carne de marmota.

Cerca de 150 pessoas que tiveram contato com os dois homens foram colocadas em quarentena.

Em uma nota enviada à imprensa, a OMS afirmou ter sido informada pela China "em 6 de julho sobre um caso de peste bubônica registrado na Mongólia Interior".

A OMS destaca que a peste é "rara" e que geralmente se encontra em certas regiões do mundo onde ainda é endêmica.

"A peste bubônica esteve e está conosco há séculos", disse aos jornalistas Margaret Harris.

Durante a última década, a China informou esporadicamente de alguns casos, acrescentou a OMS.

A peste bubônica é transmitida de animais a humanos por picaduras de pulgas infectadas ou pelo contato direto com cadáveres de pequenos animais infectados. Não se transmite facilmente entre humanos.

Um caso suspeito de peste bubônica foi registrado no norte da China, segundo autoridades de saúde. A notícia surge poucos dias depois de dois casos semelhantes terem sido reportados na Mongólia.

O caso foi registrado em um hospital na região chinesa da Mongólia Interior, aponta comunicado da Comissão de Saúde local.

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O caso fez com que a China elevasse o estado de alerta para o terceiro nível devido ao potencial surgimento de epidemia na região. O alerta entrou imediatamente em vigor e permanecerá até o final deste ano.

Acredita-se que o paciente esteja com uma peste bubônica que provoca inchaço dos gânglios linfáticos e é considerada a forma da doença que pode ser tratada com mais facilidade.

A peste pode surgir também em uma forma pneumônica e septicêmica, que pode matar o infectado em apenas um dia.

Na semana passada na Mongólia, duas pessoas que tiveram contato direto com pelo menos 146 pessoas e mais 504 pessoas de forma indireta foram infectadas com peste bubônica ao consumir carne de marmota.

A peste bubônica matou de 75 milhões a 200 milhões de pessoas na Eurásia e África do Norte no século XIV, com mortalidades significantes na Europa, onde dizimou até 60% da população, e recorrendo periodicamente ao longo dos séculos.

Da Sputnik Brasil

O filho caçula de Donald Trump, Barron, de 13 anos, ganhou um presente muito especial nesta quarta-feira (31): um cavalo dado pelo presidente da Mongólia, em visita a Washington.

O presidente Trump disse a jornalistas que o animal, que na verdade não deve fazer a longa viagem aos Estados Unidos, foi chamado "Victoria".

"Muito obrigado pelo cavalo", disse Trump ao presidente Khaltmaa Battulga, após cumprimentá-lo na Casa Branca.

O animal, o último de uma série de cavalos oferecidos como presente simbólico ou às vezes reais pelos governos da Mongólia, se vê "belíssimo" em uma foto, disse Trump.

Os Estados Unidos consideram que a Mongólia, um país vasto, mas escassamente povoado entre a China e a Rússia, tem uma importância estratégica cada vez maior.

Além disso, conta com ricas reservas de recursos naturais, entre os quais minerais de terras raras usados em eletrônica de alta tecnologia.

Trump, que costuma se vangloriar de seu caráter combativo na política e nos negócios, elogiou a formidável reputação da Mongólia na luta, como o judô e outras artes marciais.

"A Mongólia tem grandes lutadores, grandes lutadores, grandes campeões, certo?", disse a Battulga, ele mesmo um ex-campeão de sambo, esporte de combate e defesa pessoal desenvolvido na antiga União Soviética.

"Também precisamos de grandes lutadores", afirmou Trump.

Solongo Batsukh, uma midiática miss transexual, sempre se apresenta elegante e enfrenta o inverno glacial na Mongólia com um delicado vestido preto debaixo de um casaco em tom pastel.

"Não quero parecer um muffin", diz, em um de seus vídeos no Facebook, esta jovem de 25 anos, enquanto se dirige ao salão de beleza onde trabalha como agente publicitária.

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Graças a esta sinceridade e autoestima, Solongo decidiu se apresentar em outubro à primeira competição organizada em seu país para escolher a candidata da Mongólia ao concurso Miss Universo, que foi celebrado no último dia 17 na Tailândia.

A filipina Catriona Gray foi a vencedora da edição deste ano do concurso, celebrado em Bangcoc.

Embora não tenha conseguido representar seu país na competição, Solongo Batsukh virou um símbolo em seu país, muito conservador.

Se tivesse vencido a seletiva, teria competido em Bangcoc ao lado da espanhola Ángela Ponce, a primeira candidata transexual da história do Miss Universo.

"Queria inspirar o maior número de mulheres possível", disse Solongo em entrevista à AFP. "Estou muito orgulhosa por ter tido a oportunidade de competir. A Solongo que criei é uma verdadeira vencedora no meu coração", acrescentou.

No entanto, sua participação no concurso de beleza gerou grande polêmica na Mongólia.

"O mundo teria uma imagem negativa do nosso país se um homem nos representasse, tendo milhares de mulheres magníficas", escreveu um leitor na página do Facebook da Miss Universo Mongólia.

- 'Não devemos nos esconder' -

Estas críticas, no entanto, não intimidaram Solongo, que nasceu em um corpo de menino em Bilguun, na província semidesértica de Dundgovi, no centro da Mongólia.

Quando trabalhava para a associação "Juventude pela Saúde", que dá orientação sexual a pessoas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), se deu conta de que na realidade era uma mulher presa no corpo de um homem.

Então, começou a usar perucas e vestidos e iniciou um tratamento hormonal.

É das poucas pessoas que afirmam abertamente sua transexualidade na Mongólia, onde 80% das pessoas LGBT preferem omitir sua verdadeira orientação sexual, segundo um estudo da ONU.

"É muito difícil para os transexuais encontrarem trabalho", lamenta Baldangombo Altangerel, encarregado do centro LGBT.

No ano passado, foi divulgado nas redes sociais o vídeo de uma pessoa transexual vítima de agressões físicas, o que evidenciou a difícil situação das pessoas LGBT neste país asiático de 3 milhões de habitantes.

Solongo tenta agora aproveitar a fama para combater esses preconceitos. Tanto nas redes sociais quanto na TV, explica que ser transexual não resulta de uma doença mental, nem significa prostituir-se.

Solongo trabalha como maquiadora, viaja muito frequentemente e ficou famosa em seu país após ter terminado na décima posição um concurso de beleza transexual na Tailândia.

"Se continuarmos nos escondendo, a sociedade continuará nos odiando. Não nos conhece", defende.

- Um exemplo -

No entanto, Solongo também se mostra crítica à comunidade transexual por lamentar demais e não fazer esforços suficientes para ser reconhecida.

"Ao invés de dizer, 'somos seres humanos como os demais', temos que demonstrá-lo através dos nossos próprios atos. Mostrar às outras pessoas que ganhamos a vida como todo mundo".

Solongo, cuja página do Facebook tem 120.000 seguidores, incentivará um programa no qual participarão cinco mulheres que queiram ter uma nova imagem. Ela as ajudará a perder peso, a mudar o penteado ou como se maquiar.

"Seus objetivos e sua paciência são inspiradores", afirma Sarangoo Sukhbaatar, de 25 anos, uma das cinco mulheres pré-selecionadas. "Se um homem pode ser tão bonito quanto ela, as mulheres podem ser ainda mais belas", afirma Sukhbaatar.

O governo da China pediu que um vizinho ao país, a Mongólia, cancele a visita do Dalai Lama por se tratar de um "separatista que pretende separar o Tibete do controle de Pequim.

O líder espiritual de 81 anos inicia sua visita de quatro dias no país predominantemente budista nesta sexta-feira (18). Em sua estadia, ele deve se encontrar apenas com lideranças religiosas. Nenhuma reunião com autoridades está agendada.

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Apesar disso, o Ministério de Relações Exteriores da China reiterou sua dura oposição a todas as viagens exteriores do Dalai Lama, que está exilado na Índia desde que fugiu do Tibete após uma tentativa de levante do território contra o julgo chinês em 1959.

O Dalai Lama é um "exilado político que se dedica há muito em dividir a China em nome de uma religião" afirmou o porta-voz do Ministério, Geng Shuang. "Reiteramos nosso pedido à Mongólia, tendo em vista a manutenção e desenvolvimento de nossos laços bilaterais, que não permita a visita do Dalai Lama e não forneça qualquer forma de apoio a ele", afirmou.

A China é o maior parceiro comercial da Mongólia, uma país cuja economia é centrada na pecuária e em recursos naturais. Atualmente, os dois países negociam um empréstimo de US$ 4,2 bilhões para ajudar o país a sair de uma forte recessão. Fonte: Associated Press.

Uma pegada de dinossauro de mais de um metro de extensão, uma das maiores já registradas, foi descoberta no Deserto de Gobi por uma equipe de pesquisadores mongóis e japoneses, revelou a Universidade de Ciências de Okayama.

A pegada, deixada por um titanossauro, mede 106 cm de extensão e 77 cm de largura e foi descoberta em agosto, em uma camada geológica formada entre 70 e 90 milhões de anos.

O titanossauro é um dinossauro de pescoço longo, que pode ter medido mais de 30 metros de comprimento e 20 metros de altura, segundo os pesquisadores. A pegada deixada pelo animal no barro foi moldada naturalmente quando de encheu de areia.

"É uma descoberta muito rara, uma pegada fossilizada e bem conservada, que mede um metro de extensão e tem as marcas das garras", assinala o comunicado da Universidade de Okayama, que trabalha em conjunto com a Academia de Ciências da Mongólia.

O cineasta chinês Zhao Liang viajou com a câmera a tiracolo através das vastas pradarias da Mongólia para denunciar, apenas com imagens, a devastação causada pelo desenvolvimento do planeta, no documentário Behemoth, uma poética aventura dantesca que estremeceu nesta sexta-feira o Festival de cinema de Veneza.

"E Deus criou a besta Behemonth no quinto dia. Era o maior monstro na terra", adverte fora de cena o autor, que se inspirou na Divina Comédia de Dante para descrever o Purgatório, o Inferno e o Paraíso, que simbolizam os estados em que a Terra se encontra devido ao seu desenvolvimento insano.

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A transformação de belos planaltos e campos em terras áridas cobertas de poeira e cinzas resultantes da exploração das minas de carvão, o barulho infernal das mineradoras, o calor abrasador das usinas, o silêncio das cidades-fantasma, resultam em um manifesto ecológico e poético.

"Como Dante conseguiu criar uma obra que combina inferno e paraíso, alcançando um conjunto e um contraste, o mesmo foi o que eu quis fazer. Fui inspirado por uma obra de 800 anos para explicar o que eu queria transmitir", declarou Liang, de 44 anos, em entrevista à AFP.

Autor de inúmeros documentários sobre a face obscura da China, da burocracia kafkiana até a discriminação injusta contra os pacientes com AIDS, Liang oferece desta vez, com imagens reais, um trabalho artístico, com uma fotografia espetacular, que resulta também numa denúncia esmagadora da destruição do planeta pelo homem e sua ideia de desenvolvimento econômico.

Na obra, dividida em três partes, como a Divina Comédia, Liang emprega o vermelho para entrar no inferno das usinas, com operários que trabalham em altas temperaturas sem qualquer proteção, o cinzento das minas de carvão cobrindo as grandes planícies e provocando doenças pulmonares e o céu azul para o paraíso de Ordos, uma gigantesca cidade completamente desabitada.

"Eu me inspirei em Dante porque a visão asiática do inferno é muito diferente daquela do poeta italiano", confessou.

Todo filmado na Mongólia, com uma equipe de apenas quatro pessoas, coproduzido pela ARTE France, Liang trabalhou em condições muito difíceis, e sem autorização.

"A maior dificuldade que tive foi filmar no interior das minas, porque os proprietários não queriam nos deixar entrar. Nós filmamos escondidos", revelou.

"Em algumas ocasiões queríamos gravar tomadas muito precisas. Tive que escalar montanhas sem ser visto para conseguir o que queria, com a câmera quase escondida. Por vezes, precisei trabalhar muito rapidamente", reconheceu.

"Os proprietários das minas estão conscientes de que estão destruindo o país e, portanto, não nos dão a permissão para entrar", disse o diretor, cujo documentário deve ser sujeito do chamado "controle" ou censura das autoridades chinesas.

"Eu não acredito que vão me impedir de voltar, a China não é o Irã. Não chega a estes nível, trata-se de uma obra de arte", ressaltou o diretor.

"O que eu queria era denunciar uma situação global, porque o mesmo ocorre nos Estados Unidos, ou no Canadá. A Mongólia é apenas um exemplo entre tantos. Porque o problema é da Humanidade, estamos destruindo nosso meio ambiente", afirma o cineasta, autor, entre outros, do premiado "Crime and Punishment" no Festival dos Três Continentes (2007) e "Petition", exibido no Festival de Cannes (França) em 2009.

"Claro que eu gostaria de ganhar um prêmio, mas há muitas obras belas e o nível é muito elevado. Não tenho expectativas particulares", confessou o cineasta.

Os Estados Unidos devolveram para a Mongólia, nesta quinta-feira (10), mais de 18 esqueletos de dinossauros e fósseis roubados do deserto de Gobi e contrabandeados para fora do país. A operação inclui esqueletos de dois tiranossauros bataars - um primo do temido tiranossauro rex - e dois oviraptores.

A cerimônia de repatriação em Nova York foi o desfecho de dois anos de esforços para devolver vários fósseis de dinossauros obtidos por contrabando pelos Estados Unidos e por outros países. Alguns foram levados ilegalmente para os Estados Unidos com documentos falsos da Alfândega, enquanto outros foram apreendidos ​​voluntariamente por um colecionador britânico.

"Uma recuperação desse nível é algo sem precedentes", disse o procurador-geral de Nova York, Preet Bharara, na cerimônia de entrega. "É uma apreensão suficientemente grande para encher um museu, que, segundo entendo, está, de fato, sendo construído nesse momento na Mongólia. Nos honra poder devolver esses fósseis ao povo mongol", declarou.

A cerimônia aconteceu mais de um ano depois que os Estados Unidos entregaram ao governo mongol os primeiros restos de um esqueleto de Tiranossauro de 70 milhões de anos. O esqueleto quase completo havia sido vendido em um leilão por mais de um milhão de dólares, antes que as autoridades americanas interviessem a pedido da Mongólia.

A Mongólia pode precisar de mais vitrines para a primeira exposição de seu museu dos dinossauros, depois do anúncio feito esta sexta-feira pelos Estados Unidos de que devolverá ao país asiático uma nova coleção de fósseis roubados. Na segunda-feira, as autoridades já tinham devolvido à Mongólia o esqueleto quase completo de um tiranossauro de 70 milhões de anos, um parente distante do famoso e terrível T.rex, na primeira repatriação do tipo a este país.

Os restos do esqueleto quase completo de um 'Tiranosaurio bataar' foram encontrados no deserto de Gobi e vendidos ilegalmente em um leilão por 1,05 milhão de dólares nos Estados Unidos no ano passado, antes da intervenção das autoridades.

Agora, os promotores federais de Manhattan afirmam que também será restituída uma grande quantidade de outros vestígios pré-históricos. Entre eles estão dois tiranossauros, um hadrossauro, pelo menos seis esqueletos de oviraptor e diversos fósseis, inclusive restos de Gallimimus.

A ministra da Cultura, Esportes e Turismo da Mongólia, Oyungerel Tsedevdamba, afirmou nesta semana que seu país planeja construir um Museu Central de Dinossauros da Mongólia e que os ossos do tiranossauro repatriado na segunda-feira seriam os "primeiros ser exibidos".

O presidente da Mongólia, Tsakhia Elbegdorj, tornou-se nesta segunda-feira o primeiro líder estrangeiro a entrar em um usina nuclear iraniana, quando visitou a central de Natanz, a maior do país. A visita de Elbegdorf ocorre logo após o encontro do Movimento dos Países Não Alinhados, dos quais Irã e Mongólia fazem parte, que aconteceu na semana passada em Teerã. A Mongólia constrói sua primeira usina nuclear e começou a mineração de urânio com auxílio da Rússia.

Imagens da televisão estatal iraniana mostraram o presidente da Mongólia percorrendo trechos da usina e inspecionando as centrífugas usadas para enriquecer urânio. O Irã disse várias vezes que está pronto a transferir tecnologia nuclear a outros países.

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O Ocidente afirma que o programa nuclear iraniano tem como finalidade desenvolver armas nucleares, mas o Irã nega e afirma que sua tecnologia nuclear é para uso pacífico. O presidente mongol, após visitar hoje a usina, corroborou as afirmações iranianas. "O local é único. Talvez em outros países não seja possível visitar um local tão sensível", disse Elbegdorf. "Eu descobri como o urânio enriquecido está sendo usado para energia pacífica".

As informações são da Associated Press.

A China disse nesta terça-feira que apresentou um protesto oficial contra a visita do Dalai Lama à Mongólia, um dia depois que o líder espiritual exilado do Tibete chegou ao país para uma visita espiritual. "A China é sempre contra qualquer país que dá espaço para as atividades separatistas anti-China do Dalai Lama", disse o porta-voz do Ministério do Exterior da China, Hong Lei.

Após uma visita ao Japão, o Dalai Lama chegou a Ulan Bator na segunda-feira para uma visita destinada a dar ensinamentos e religiosos e palestras a estudantes e jovens, disse o porta-voz do líder espiritual.

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Em Tóquio, o líder de 76 anos atacou a China, dizendo que os tibetanos enfrentaram um "genocídio cultural" sob a linha dura chinesa, que ele culpa pela onda recente de autoimolações no sudoeste da China. Oito monges budistas e duas monjas colocaram fogo em seus próprios corpos em regiões de predominância étnica tibetana na província de Sichuan desde que a autoimolação de um jovem monge em março no monastério de Kirti desencadeou a repressão do governo. As informações são da Dow Jones.

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