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Centenas de moradores de rua tiveram neste sábado (23) um almoço diferente na capital paulista. Diversas entidades se juntaram para oferecer uma ceia de Natal para pessoas em situação vulnerável da região da Mooca, na zona leste de São Paulo. Uma mesa com cerca de 250 lugares ofereceu lombo, arroz com legumes, purê de batata e farofa, acompanhados de suco de uva. Como sobremesa, panetone e bolo de chocolate.

A ação faz parte da Jornada Nacional de Solidariedade Contra a Pobreza e a Fome, que reúne diversas organizações populares, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Marcha Mundial das Mulheres (MMM). Em São Paulo, a mobilização deste sábado foi organizada pela SP Invisível e pela paróquia de São Miguel Arcanjo, do padre Júlio Lancellotti. 

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Jornada Iniciada em novembro e presente em 20 estados, a jornada faz desde a distribuição de refeições a partir das cozinhas populares solidárias, distribuição de alimentos, doações de sangue, apoio no acesso a serviços de assistência social no portal gov.br, na emissão de documentos, na regularização do registro no CadÚnico, e na negociação de dívidas no programa Desenrola Brasil. 

“A gente está aqui não é só pra entregar comida. A gente tá aqui para servir as pessoas. E servir as pessoas é olhar no olho, dizer a importância que ela tem. É a gente olhar para cada um que está ali e falar, olha, essa festa é pra você”, disse o criador da organização não governamental (ONG), André Soler.  Apesar do forte calor no local, a procura pela refeição estava intensa. Mesmo com 250 lugares disponíveis, uma pequena fila de espera chegou a se formar. Após almoçar, Antonio Mariano, de 54 anos, levava consigo pedaços de panetone para comer depois.

“Eu só tenho a agradecer. A comida estava muito boa. Agora vou levar um pouco da sobremesa para meus amigos e para mim”, disse.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta segunda-feira, 11, o decreto que regulamenta a Lei Padre Júlio Lancellotti, que tem o objetivo de proteger moradores de rua. A regra veda o uso de materiais, estruturas e técnicas construtivas hostis nos espaços livres de uso público que tenham como objetivo afastar pessoas em situação de rua, idosos, jovens, crianças, pessoas com deficiência e outros segmentos da população.

Em dezembro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) havia vetado a lei, sob argumento de que a expressão "técnicas construtivas hostis" poderia gerar insegurança jurídica, por se tratar de terminologia ainda "em processo de consolidação para inserção no ordenamento jurídico". Depois, o Congresso derrubou o veto.

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Padre Júlio Lancelotti é conhecido pelo trabalho que realiza com a população em situação de rua em São Paulo e por ser um defensor dos direitos humanos.

A regulamentação ocorreu durante o lançamento do Plano Nacional Ruas Visíveis pelo governo federal, que terá verba de R$ 982 milhões. Segundo Lula, "não há nada mais degradante na vida humana do que alguém não ter onde morar". O presidente disse que irá construir casas para "todo mundo", mas afirmou que a população em situação de rua terá prioridade.

Em agosto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ordenou que o governo federal elaborasse um Plano de Ação e Monitoramento para a Efetiva Implementação da Política Nacional para a População em Situação de Rua. Segundo o ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida, a elaboração dessa estratégia vinha sendo feita desde antes da determinação do STF.

O primeiro dos sete eixos prioritários do novo programa é paras as áreas Assistência Social e Segurança Alimentar, com verba de R$ 575,7 milhões, que serão repassados a Estados e prefeituras. No eixo de Saúde, om R$ 304,1 milhões de verba prevista, uma das frentes envolve formar 5 mil profissionais que atuam no cuidado às pessoas em situação de rua e a ampliação de unidades de acolhimento para essa população. A meta é abrir 52 novos pontos neste ano.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, virou uma das principais atrações em solenidade no Palácio do Planalto nesta segunda-feira, 12. Na cerimônia, a plateia de petistas saudou Moraes, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) gritando "Xandão, Xandão".

Antes mesmo que Moraes inicia-se seu discurso, foi puxado um coro com a expressão "sem anistia". É uma referência a palavra de ordem dos apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em referência ao antecessor Jair Bolsonaro, para quem os petistas defendem cadeia por conta de atos cometidos durante o governo passado.

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Moraes participou de solenidade em que Lula anunciou R$ 1 bi para assistência à população de rua. Em julho, o ministro foi responsável por decisão impedindo que moradores de rua fosse retirados à força. O Supremo Tribunal Federal (STF) referendou a liminar de Moraes. A decisão atingiu Estados, o Distrito Federal e os municípios.

A decisão também vedou o recolhimento forçado de bens e pertences desse público, bem como o emprego de técnicas de arquitetura hostil, com o objetivo de impedir a permanência dessas pessoas, por exemplo, com a instalação de barras em bancos de praças, pedras pontiagudas e espetos em espaços públicos livres, como em viadutos, pontes e marquises de prédios.

Nas noites frias entre a última quinta-feira (18) e a quarta (24), a estação do Metrô Pedro II, de São Paulo, acolheu 507 pessoas que vivem em situação de rua. O balanço foi divulgado ontem pelo governo paulista. Entre os acolhidos, cinco eram crianças.

Desde a última quinta-feira, a estação Pedro II vinha funcionando como um abrigo temporário à noite para atender a população em situação de rua. Segundo o governo, a estação é transformada em abrigo sempre que a Defesa Civil emite estado de alerta para temperaturas abaixo de 10º Celsius, o que foi anotado durante o fim de semana.

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O local tem capacidade para atender apenas 100 pessoas por noite, mas o governo de São Paulo informou que ele pode ser ampliado chegando a 400 pessoas, se necessário. Esse atendimento funciona das 19h às 8h.

Essa foi a terceira vez que a estação se transformou em um abrigo somente este ano. Em maio, 179 pessoas já haviam sido acolhidas por causa do frio. No início de junho, outras 125 pessoas.

Embora importante, essa ação vem se mostrando insuficiente. Só no último fim de semana foi registrada a morte de dois moradores em situação de rua, possivelmente por hipotermia. As causas da morte estão sendo apuradas.

Uma dessas mortes ocorreu na madrugada de sábado (20), quando a capital chegou a registrar sensação térmica em torno de 3º Celsius. No domingo (21), o padre Julio Lancellotti, que desenvolve um trabalho com a população carente, relatou a morte de um outro morador em situação de rua durante a onda de frio na capital.

Vagas

Se há quase 32 mil pessoas morando nas ruas da capital, a rede socioassistencial municipal de São Paulo conta com apenas 18 mil vagas. Outras 2.044 vagas adicionais foram criadas durante a vigência da Operação Baixas Temperaturas, que entra em operação quando a cidade registra frio intenso.

A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social informou que, durante a Operação Baixas Temperaturas, que funcionará até 30 de setembro, são também montadas dez tendas para atendimento dessa população quando a temperatura fica abaixo dos 10º Celsius. E que, além dos chamados pelo telefone 156, equipes fazem busca ativa durante as noites por pessoas em situação de rua.

Procurada pela Agência Brasil, a secretaria informou que a cidade de São Paulo conta com “a maior rede pública socioassistencial da América Latina destinada a atender a população em situação de rua” e que “as iniciativas realizadas de 2021 até o momento já produziram a ampliação de 3.609 novas vagas nos serviços de acolhimento”.

A secretaria informou, ainda, que “tem buscado parcerias que possam resultar em um rápido aumento da capacidade de atendimento na rede”.

“Recentemente, por meio de termo de cessão de uso, o governo do estado disponibilizou seis prédios em antigas unidades da Fundação Casa, que, uma vez readequadas, vão possibilitar a criação de 600 novas vagas para a população em situação de rua. A primeira unidade, com capacidade para 100 vagas destinadas a famílias, será entregue ainda neste mês de agosto no Itaim Paulista, zona leste”, anunciou a secretaria.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu informações ao presidente da República, aos governadores dos estados e aos prefeitos das capitais sobre a situação da moradores de rua no Brasil. O prazo é de cinco dias.

Os dados subsidiarão a análise da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 976, em que a Rede Sustentabilidade, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) pedem providências para minorar as “condições desumanas de vida” dessas pessoas.

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De acordo com o ministro, o pedido de informações está restrito aos prefeitos de capitais por razões de viabilidade e da celeridade do rito. Em seguida, os autos devem ser remetidos, sucessivamente, à Advocacia-Geral da União (AGU e à Procuradoria-Geral da República (PGR), para que se manifestem.

Na ADPF, a Rede, PSOL e o MTST pedem que a Corte determine aos Executivos federal, estaduais e municipais a adoção de providências em relação às condições desumanas de vida da população em situação de rua no Brasil.

Segundo os autores da ação, tem sido verificado um aumento significativo do número de pessoas nessa situação, e não há política pública eficaz de atendimento nem censo coordenado nacionalmente.

Entre as medidas para garantir direitos fundamentais estão a destinação de recursos, um estudo ampliado sobre o tema e a garantia de estrutura que comporte a população como um todo, inclusive, se necessário, com a requisição administrativa de bens e serviços.

Os famosos já têm os holofotes em cima deles por conta da profissão que resolveram seguir e pela vida pública. Mas algumas celebridades se destacam ainda mais ao se doarem para boas ações, mostrando que essa pode ser uma boa maneira de deixar o dia a dia mais leve. Sorocaba e Biah Rodrigues, por exemplo, se solidarizaram com os moradores de ruas que estavam passando frio em São Paulo. O casal, então, decidiu preparar sopas quentinhas para distribuir pela cidade paulistana.

Você é especial demais, meu amor, disse o cantor sertanejo para a ex-miss.

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Os dois ainda aproveitaram o bolo de aniversário do filho, Theo, de dois anos de idade, para entregarem junto com a marmitinha.

Resolvemos cortar em pequenos pedaços para distribuir com a sopa nesse frio, contou Biah.

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Se pudessem fazer um pedido ao Papai Noel, as mulheres que estão em situação de rua no Centro do Recife pediriam para que suas vidas melhorassem. No entanto, sem os seus desejos realizados, a única alternativa que eles encontraram foi viver da compaixão do próximo, que leva comida, bebidas, roupas e produtos de higiene pessoal para elas.

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Na frente da Caixa Econômica da Praça da República, área central do Recife, as pessoas em situação de rua que lá se encontram se aproximam de todos os carros que param, na esperança de receberem a ajuda daqueles que, no espírito natalino, decidiram tirar um pouco do seu tempo para a solidariedade.

É assim, de solidariedade em solidariedade, que Sheila Maria, 43 anos, consegue sustentar os seus seis filhos. Diferente de muitos, ela até tem uma residência fixa, mas sem emprego, encontra na rua a única forma de conseguir sobreviver, já que sua renda de 200 reais por mês, que recebe do Bolsa Família, não dá para pagar o aluguel de 300 reais, comprar comida e cuidar de todas as necessidades básicas de sua família.

“Eu queria trabalhar vendendo minhas coisinhas na praia, na rua, porque eu gosto de trabalhar, gosto de ter o meu dinheiro. Faz muito tempo que eu não consigo arrumar um emprego, então eu fico aqui na rua pra ganhar as minhas coisas e dar de comer aos meus filhos”, diz.

Se pudesse fazer um pedido ao Papai Noel, Sheila não queria riqueza,só um emprego, para que ela saísse da situação que se encontra. “Eu tô aqui porque estou precisando. Se eu pudesse fazer um pedido, eu pediria a ele um trabalho para sair de manhã e só chegar de noite, com o meu dinheirinho no bolso”, revela. 

Essa situação difícil está sendo a mesma realidade de Aparecida dos Santos, 38 anos, que foi despejada de sua antiga casa por não ter como pagar o aluguel. Na rua, com suas duas filhas, ela luta não só contra a fome, mas também contra os abusos. Até roubos ela já sofreu de outras pessoas que estão na situação de rua. 

Sua única fonte de renda também é o Bolsa Família, que paga todos os meses R$ 160. Com esse valor, ela não consegue pagar um quarto para morar e comprar comida para sua família. “Se eu pagar o aluguel, eu não como. Se eu comer, eu não pago o aluguel. O jeito é viver assim, na rua, dependendo da ajuda dos outros, revela”.

Ela diz que na rua vive com medo, por ela e por suas filhas, que já sofreram tentativas de abuso sexual. “Aqui eu tenho que lutar para sobreviver de todas as formas. Meu sonho é que as coisas melhorassem para a gente, tenho fé em Deus que tudo isso vai passar”, complementa.

A população em situação de rua piorou bastante com a pandemia da Covid-19. Elisangela da Silva, 37 anos, é outra que encontrou na rua sua forma de sobrevivência. Antes da pandemia, ela conseguia trabalhar fazendo faxinas. No entanto, há dois anos que ela viu sua fonte de renda acabar quase que por completo, conseguindo sobreviver apenas com o auxílio pago pelo governo federal e com o Bolsa Família no valor de R$ 117.

“Antes da pandemia eu vivia bem melhor, mas depois piorou tudo porque agora eu não faço mais nada. Eu tenho quatro filhos e a nossa sorte é que eu tenho uma casa própria, mas eu preciso conseguir a comida e a única forma que eu tenho é essa, vindo pra rua todos os dias”, conta.

Mesmo nessa situação complicada, ela tem fé que tudo vai melhorar e, se pudesse fazer um pedido ao Papai Noel, assim como todas as outras, queria que ele pudesse ajudar com um emprego. “Ajudara a mim e a todos os meus filhos", pontua.

O curso intitulado “Pobreza, Trabalho e Lutas Sociais: Pessoas em Situação de Rua no Brasil” está sendo promovido pelo Grupo de Estudos Pobreza, Trabalho e Lutas Sociais (Populus), em parceria com o Núcleo de Estudos Eleitorais, Partidários e da Democracia (NEEPD) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

O projeto busca beneficiar pessoas em situação de rua, sendo ministrado nas sedes da Pastoral do Povo da Rua - Recife, localizada na Igreja de Santa Cecília, no bairro da Boa Vista, no Recife. Com carga de 40 horas e encontros realizados às quartas-feiras, a qualificação tem o objetivo de instruir e empoderar os alunos sobre seus direitos, a partir da compreensão da realidade social em que se encontram.

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Entre os temas abordados estão os tópicos “Lutas Sociais e Formação do Estado Brasileiro” e “Política Nacional para a População em Situação de Rua”, que foram debatidos entre abril e agosto deste ano. Para mais informações, é possível entrar em contato pelo e-mail do Grupo Populus, populus.gp@gmail.com, e e-mail do NEEPD: neepdufpe@gmail.com.

Por Thaynara Andrade

A Flórida impôs a exigência de comprovação de residência para vacinar contra a Covid-19, em um esforço para conter o chamado "turismo de vacinas".

A medida, no entanto, fará com que os imigrantes sem documentos não sejam imunizados, assim como os sem-teto e de baixa renda, denunciam os líderes comunitários.

“É muito lamentável que a consequência deste novo regulamento acabe excluindo algumas das pessoas mais vulneráveis em nossa comunidade, que são aqueles que não têm documentos”, disse à AFP nesta sexta-feira (21) Lily Ostrer, médica residente do Hospital Jackson Memorial em Miami e membro do sindicato médico CIR / SEIU.

A Flórida, um estado marcado cultural e economicamente pela imigração - um em cada cinco habitantes nasceu no exterior - limitou suas vacinas a residentes permanentes e temporários, estes últimos são chamados "pássaros da neve" (pássaros migratórios) por passarem apenas o inverno nesta região do sudeste americano.

A decisão foi tomada depois de relatos de turistas dos Estados Unidos ou do exterior que viajaram ao estado - que atualmente vacina todos os maiores de 65 anos - apenas para se imunizarem, em um novo fenômeno denominado "turismo de vacinas".

Embora a Flórida tenha administrado mais de 1,3 milhão de doses, o processo é lento e às vezes caótico. Portanto, a advertência assinada pelo chefe da Saúde da Flórida, Scott Rivkees, indica que, devido à escassez de vacinas, os candidatos devem apresentar comprovante de residência, que pode ser uma carteira de motorista, uma conta de algum serviço público ou uma carta de um banco.

Mas os imigrantes sem documentos não podem ter carteira de motorista da Flórida e, na ausência de documentação, geralmente têm serviços públicos em nome de terceiros. Além deles, cidadãos sem-teto ou extremamente pobres também podem ser excluídos da vacinação.

Thomas Kennedy, coordenador da organização de direitos dos imigrantes United We Dream, na Flórida, disse que a nova medida "cria uma barreira cruel e deliberada para muitos moradores da Flórida, incluindo imigrantes sem documentos, mas também para muitas pessoas sem acesso a uma casa".

Muitas dessas pessoas também estão em alto risco de contrair o coronavírus porque são trabalhadores essenciais ou moram com várias pessoas em pequenas casas.

Além disso, os sem documentos não têm acesso à saúde pública.

“O acesso à vacina deve estar disponível para todos, independentemente de onde vivam ou de seu status de imigração”, disse Kennedy à AFP.

Ostrer, a médica e sindicalista, reforçou que, além disso, essas pessoas são desproporcionalmente mais afetadas pela pandemia.

“Para que as vacinas sejam eficazes, precisamos vacinar o maior número possível de pessoas”, disse ela. “Qualquer política que exclua pessoas da vacinação não é uma boa política de saúde pública”.

As autoridades sanitárias do Vaticano começaram nesta quarta-feira (20) a vacinação anti-Covid de moradores de rua que frequentam as estruturas de acolhimento do país.

Segundo o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, cerca de 25 sem-teto atendidos regularmente pela Esmolaria Apostólica, órgão de caridade do papa Francisco, receberam a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus da Biontech e da Pfizer.

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"Nesta manhã, no átrio da Sala Paulo VI, enquanto prossegue o plano de vacinação do Estado da Cidade do Vaticano, um primeiro grupo de cerca de 25 moradores de rua hospedados regularmente pelas estruturas de assistência e moradia da Esmolaria Apostólica recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19", disse.

De acordo com Bruni, "outros grupos" serão vacinados nos próximos dias. Os papas Francisco, 84 anos, e Bento XVI, 93, receberam a primeira dose do imunizante na semana passada.

Da Ansa

Candidatos à Prefeitura de São Paulo criticaram ontem a declaração de Celso Russomanno (Republicanos) segundo a qual moradores de rua seriam mais resistentes à Covid-19 por não tomarem banho todos os dias. Além de provocar reação de adversários, a fala do deputado também gerou incômodo no Palácio do Planalto. Segundo assessores do presidente Jair Bolsonaro envolvidos com a campanha em São Paulo, a ordem é para que o candidato do Republicanos apareça o mínimo possível e evite manifestações que possam causar desgaste.

"Infelizmente, um outro candidato está tratando a população de rua como se fosse uma classe diferente de ser humano", disse o prefeito Bruno Covas (PSDB), que busca a reeleição. "Condeno a fala por ser preconceituosa", disse. Ainda segundo Covas, a fala de seu adversário não tem nenhum embasamento científico que demonstre a relação entre tomar banho e o novo coronavírus.

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Candidato do PSOL, Guilherme Boulos disse que ficou "enojado". "Acho que foi a pior declaração desta campanha até aqui. Entendi como um escárnio, uma piada. É brincar com o sofrimento das pessoas. Coisa de quem não tem humanidade", afirmou. Márcio França (PSB) classificou a declaração como "péssima". "As pessoas mais vulneráveis à covid são exatamente as que têm menos condições e recursos de acesso à saúde e higiene."

Jilmar Tatto (PT) se manifestou pelas redes sociais, lembrando o mote de campanha de Russomanno. "Quem fala grosso com trabalhador e despreza pessoas em situação de rua não pode dizer que defende o povo", escreveu o candidato petista.

Nessa quarta, Russomanno reafirmou que moradores de rua e da Cracolândia têm "imunidade" à Covid-19. "Estava fazendo uma consideração de que a ciência tem que explicar por que eles (moradores de rua) são imunes. Eles têm mais resistência que a gente. O que eu disse é que se alardeava que os moradores e rua seriam dizimados pela Covid-19. E não foi o que aconteceu", declarou ele na saída de um almoço com empresários. Mais cedo, em nota, o candidato afirmou que sua fala de anteontem foi "deturpada".

Ao defender o isolamento vertical - modalidade de afastamento defendida pelo presidente Jair Bolsonaro em que apenas pessoas de grupos de risco da covid-19 ficam em casa -, o deputado Celso Russomanno (Republicanos) sugeriu que moradores de rua podem ser mais resistentes ao novo coronavírus porque não conseguem tomar banho todos os dias.

"Temos casos pontuais, não temos uma quantidade imensa de moradores de rua com problema de covid. Talvez eles sejam mais resistentes que a gente porque eles convivem o tempo todo nas ruas, não têm como tomar banho todos os dias, etcetera e tal. Mas não era o que se esperava", disse o deputado, que é candidato à Prefeitura de São Paulo e está em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. A frase foi dita por Russomanno na coletiva de imprensa realizada após a participação dele em um evento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que vem recebendo todos os postulantes ao cargo de prefeito.

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"Todo mundo esperava que a covid tomasse conta de todo mundo, até porque eles (moradores de rua) não têm esse afastamento que foi pré-estabelecido por orientações da Organização Mundial da Saúde e pelo governo e eles estão aí", afirmou.

O deputado disse ainda conhecer casos de famílias que residem em moradias superlotadas nas quais não há nenhum caso da doença. "Se a gente andar pela periferia e entrar nas casas, como eu entro quando estou defendendo o consumidor, por problema de geladeira de um eletrodoméstico - são pessoas que geralmente vivem com quatro, cinco pessoas em um mesmo cômodo e que não têm afastamento absolutamente nenhum e que a família inteira não contraiu a doença", disse.

Russomanno citou esses casos de falta de isolamento ao defender a verticalização do isolamento social. "Se você sair para a periferia, você vai ver que o isolamento não existe. O isolamento existe na classe média alta, nas periferias não. Eu estou rodando as periferias desde quando começou a pandemia, fazendo o que vocês fazem, fazendo reportagens", defendeu.

"Esse isolamento deveria ter sido feito, depois dos primeiros 30 dias, de forma vertical, cuidando das pessoas com problemas respiratórios, das pessoas cardíacas, dos idosos, das pessoas com deficiência. Deveria ter sido cuidado disso, e não fechado o comércio do jeito que foi feito, quebrando e desempregado todo mundo", argumentou. As declarações foram dadas durante a coletiva de imprensa após a fala dele na ACSP.

Na ocasião, ele foi questionado por um repórter sobre um trecho de sua participação no evento em que defendeu o isolamento vertical e afirmou que a pandemia não teria afetado - da maneira como o governo paulista esperava - os moradores de rua e os moradores da região da cracolândia, no centro de São Paulo.

Com a morte dos moradores de rua José Luiz de Araújo Conceição, 61 anos, e Vagner Aparecido Gouveia de Oliveira, 37 anos, depois que comeram uma marmita que, possivelmente, estava envenenada, a mulher que preparou a refeição disse à Polícia Civil que a sua família também comeu o mesmo alimento e não passou mal.

A situação aconteceu em Itapevi, Grande São Paulo, A mulher, que não teve o nome revelado, prestou depoimento nesta última quarta-feira (22) e foi liberada. Os investigadores apreenderam a comida, que passará por análise para saber se estava estragada ou envenenada. Os corpos das vítimas também serão examinados.

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A comida havia sido distribuída gratuitamente na terça-feira (21). Além das vítimas fatais, uma adolescente de 17 anos e um garoto de 11 anos, que comeram a refeição depois que o pai pegou uma das marmitas e levou pra casa, estão internadas em estado gravíssimo. 

O delegado Aloysio Ribeiro, responsável pela investigação, explicou situação em entrevista ao G1. "Tem comida de uma semana que está lá com eles. Pode ser essa comida estragada, que pode ter causado esse óbito, assim como pode ser uma contaminação proposital, um envenenamento. Só os laudos vão ajudar a dar uma resposta", disse.

Depois que um homem passou de carro na madrugada desta quarta-feira (22), em Itapevi, São Paulo, e entregou marmitas para um grupo de moradores de rua, dois deles acabaram morrendo envenenados. Um pai de família, que passava pelo local, também pegou a marmita e levou para casa. As suas duas filhas, de 11 e 17 anos, comeram a refeição e acabaram sendo intoxicadas.

Segundo a Band, as crianças estão em estado gravíssimo em um hospital da região. Além dos moradores de rua, um cachorro que foi alimentado morreu. 

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O prefeito da cidade de Itapevi, Igor Soares, foi quem divulgou a situação em suas redes sociais. “Estou indignado com alguns seres que se chamam de 'humanos'! Recebi logo cedo a informação que foram distribuídas marmitas com comida contaminada em Itapevi”, publicou. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo.

Na última semana, Val Marchiori foi criticada na internet. O motivo da ira das pessoas se deu por conta de uma entrevista que Bia Doria, primeira-dama de São Paulo, deu para a socialite. No encontro, a esposa do governador João Doria afirmou que não é correto alimentar os moradores de rua. Após o vídeo do encontro viralizar, Val rompeu o silêncio e resolveu falar sobre o assunto.

Ela contou ao jornal 'Extra' que as duas foram mal interpretadas. "Este encontro com a Bia Doria aconteceu porque, depois que fui às ruas e vi a situação das pessoas, me senti comovida, meu filho Eike chegou a derramar lágrimas, então liguei para Bia para sondar quais eram as ações que o governo estava tomando frente a esta situação e aproveitar para dar minha contribuição", disse.

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Val Marchiori contou também que transitou por dificuldades antes da fama: "Já passei fome! Muita gente que me criticou não sabe o que é isto. Eu sei! Falo com propriedade! Portanto, eu bem sei que ninguém está nas ruas porque quer. Estas pessoas são vítimas da sociedade, do seu próprio psicológico, vítimas de políticos corruptos, vítimas do sistema".

A socialite Val Marchiori saiu do conforto do seu apartamento luxuoso em São Paulo, nesse final de semana, para ajudar moradores de rua na Praça da Sé. A atitude da apresentadora e empresária se deu no mesmo dia em que um vídeo seu entrevistando Bia Doria deu o que falar nas redes sociais. A esposa do governador João Doria criticou quem alimenta as pessoas em situação de vulnerabilidade.

Nos Stories, no Instagram, Val divulgou fotos da ação solidária. "Ajudar faz bem", disse ela, em um dos registros publicados na plataforma. De máscara e salto alto, a loira distribuiu mantimentos na companhia dos filhos: "Eu e minha família fazendo doações para moradores de rua".

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Demonstrando boa intenção, Val Marchiori acabou sendo detonada pelos internautas. "Ela não me engana com essa atitude de ajudar quem precisa. Nós sabemos o que ela é de verdade", disparou um dos usuários do Twitter. "Quem faz militância pra socorrer nossos irmãos, sabe que com este modelito e esse sapato só dá pra posar para as fotos", comentou outra pessoa.

A socialite Val Marchiori liberou um vídeo polêmico, na sua conta do Instagram. O conteúdo publicado na rede social mostra uma entrevista com Bia Doria, esposa do governador de São Paulo, João Doria. A primeira-dama acabou dando uma declaração embaraçosa para Val, dizendo que não é correto as pessoas alimentarem os moradores de rua.

"As pessoas que estão na rua… Não é correto você chegar lá na rua e dar marmita, porque a pessoa tem que se conscientizar de que ela tem que sair da rua. A rua hoje é um atrativo, a pessoa gosta de ficar na rua", explicou a artista plástica. Ainda no bate-papo, Bia disse: "A pessoa quer receber comida, roupa, uma ajuda, e não quer nenhuma responsabilidade. Isso está muito errado".

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Nas redes sociais, a fala da esposa de João Doria foi bastante criticada. "Agora me responde se gente que compra bolsa de 30 mil reais e diz que morador de rua é privilegiado por receber marmita não é fascista. Na boa, a diferença de Bolsonaro pra Amoedo e Doria é só o polo e o sapatênis", disparou um dos internautas.

Confira:

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Com a intensificação das regras de isolamento social, que entraram em vigor neste sábado (16), a circulação de pessoas e veículos foi alterada para tentar manter parte da população em suas casas. Porém, a fome não pode esperar, nem mesmo durante a quarentena. Em bloqueios espalhados pela cidade agentes de trânsito permitem que grupos que distribuem alimentos para pessoas em situações de vulnerabilidade continuem atuando, com algumas restrições. 

Voluntário em um grupo que distribui marmitas no centro do Recife, Sérgio Ricardo, foi uma das pessoas paradas no bloqueio da Avenida Agamenon Magalhães, sentido Recife. Os agentes chamaram a atenção do rapaz, que estava utilizando um veículo de placa ímpar, cuja a circulação permanece proibida nos dias pares e realizaram orientações educativas para que ele pudesse continuar as atividades. 

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“A gente orienta para que eles sigam o decreto do rodízio de placas. Nós não vamos restringir porque eles estarão ajudando outras pessoas e a nossa intenção também é ajudar”, explica o coordenador de trânsito Rui Eduardo.  “Se for nos dias pares, pegue um carro que é de placa par”, orienta. O agente também pede para que os voluntários se atentem aos horários de circulação. “Não adianta sair de oito horas dizendo que vai entregar almoço. Ele [o voluntário] sai de um horário de onze horas vai fazer a ação e a gente verifica se ele está com o equipamento certinho para a gente ter a certeza e liberar a ida para a ação solidária”.

De acordo com Sérgio, uma das orientações foi que os voluntários providenciassem um ofício indicando que pertenciam a alguma organização ou grupo de apoio para poder circular. “A nossa declaração está sendo as marmitas. Eles estão sendo bem flexíveis, de fato. Passamos aqui antes para pegar as marmitas e agora estamos nos dirigindo à Rua do Imperador para entregá-las aos moradores de rua”, conta. O rapaz explicou que usou um carro de placa ímpar porque teve um imprevisto com o veículo que conseguiu de placa par. “Hoje, a gente só tinha esse carro”.

“Antes a gente passava o dia todinho com fome”

Na Rua do Imperador, no bairro de Santo Antônio, Centro, moradores de rua faziam fila para ter acesso as marmitas entregues por Sérgio. Danúbio, 63, que mora pelas vielas do entorno há cerca de dez anos, disse que desde que começou a quarentena a ajuda tem melhorado a vida de todos que habitam na região. “Eles estão ajudando a gente. Tem café da manhã, almoço, jantar, roupa. Tá vendo? Eu, feito gente?”, disse o morador. “Antes a gente passava o dia todinho com fome, de noite é que vinha coisa ‘pra gente’, agora vem o dia todinho”, conta emocionado.

O grupo Anjos da Noite, que presta assistência à pessoas em situação de rua no Centro do Recife, está com uma nova campanha para ajudar essa população durante a pandemia do coronavírus. Além de estarem arrecadando alimento e materiais de higiene pessoal, os voluntários querem fazer a distribuição de 700 máscaras de tecido para os moradores de rua do entorno da praça Maciel Pinheiro, na Boa Vista. As doações serão feitas no próximo domingo (3). 

A ideia surgiu após os voluntários do projeto perceberem o estranhamento dos moradores de rua ao verem as pessoas usando as máscaras. Eles, então, perceberam a necessidade de levar, além da alimentação, essas ferramentas que auxiliam na prevenção ao coronavírus, bem como informações acerca da pandemia e como se proteger dela.  

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Sendo assim, o grupo iniciou uma campanha para montar kits de higiene e arrecadar máscaras de tecido reutilizáveis para serem doadas juntamente com a alimentação. O Anjos da Noite é formado por voluntários e não dispõe de nenhum apoio governamental ou da iniciativa privada. Interessados em apoiar a campanha podem entrar em contato através do Instagram @anjosdanoite_pe, ou pelo telefone (81) 9 8743-7732 (Falar com Conceição Rodrigues). Também existe uma conta na qual podem ser realizados depósitos: Agência: 0923; Operação: 013; Conta Poupança: 000984954575-0; CPF: 711.417.464-09; Nome: Ivone Beatriz R Zarzar.

 

A população em situação de rua está cada vez mais se refugiando nos vagões do metrô de Nova York em meio à crise econômica causada pelo coronavírus, uma questão que, segundo o prefeito Bill de Blasio e o governador Andrew Cuomo, será resolvida.

Um vídeo filmado por um motorista do metrô na cidade e divulgado pelo jornal New York Post mostra moradores de rua dormindo em quase todos os vagões, alguns carregando sacolas plásticas, malas e caixas cheias de pertences.

"Eu tenho que ir trabalhar lá dentro?", diz o motorista no vídeo. "Não faz sentido".

Outros vídeos parecidos, além de uma série de fotos, também foram publicadas pelo New York Daily News.

"O que acontece nesses vagões é desagradável", disse Cuomo na terça-feira.

A redução de mais de 90% do uso do metrô permitiu que houvesse mais espaço nos trens e nas estações, que acabaram por se tornar refúgio para os sem-teto.

Nesta quarta-feira, Cuomo pediu ao MTA, que gerencia o transporte público de Nova York - que é uma entidade independente, mas que ainda depende do governo estatal, não do município - para limpar e desinfetar os trens todas as noites.

"Isso precisa acabar", disse ele. "Os trens devem ser limpos e os sem-teto devem receber os serviços adequados", acrescentou.

Cuomo disse que exigia da prefeitura um plano para desinfetar os trens todas as noites.

"Qualquer trabalhador essencial que pegar o metrô deve saber que foi desinfetado na noite anterior", disse Cuomo a repórteres nesta quarta.

"Queremos que eles consigam trabalhar. Não queremos que fiquem em casa", ressaltou.

Há alguns anos, o MTA foi alvo de uma batalha entre o governador e o prefeito, antigos rivais, que acusam um ao outro por sua deterioração, sujeira e falta de investimento.

No início da semana, o prefeito propôs à entidade responsável pelo transporte público que feche todos os dias, entre a meia-noite e às cinco da manhã, 10 estações no final das viagens.

Isso permitiria uma limpeza mais completa, além de que a polícia e os serviços responsáveis por retirar os sem-teto dos vagões e das estações e propor-lhes asilo em abrigos.

No entanto, a superlotação levou a uma explosão de casos de COVID-19 nesses abrigos.

Nas redes sociais, usuários enfatizaram que a população em situação de rua é forçada a dormir no metrô por falta de opções seguras.

O fechamento de cafés e restaurantes de fast food privou muitas dessas pessoas o uso de banheiros, o acesso à água e a um lugar para descansar.

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