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A dona do iFood acaba de receber mais de R$ 1 bilhão (US$ 200 milhões) para investir em seu próprio crescimento. A Movile, que além do aplicativo de entregas também é dona das fintechs Movile Pay e Zoop e da startup de games Afterverse, fez mais uma captação e recebeu o seu maior investimento primário em única rodada desde a sua fundação. O responsável foi o grupo global de internet Prosus, principal investidor da Movile desde 2008.

"Esse valor será utilizado na nossa expansão para os próximos 12 meses e esse R$ 1 bilhão é uma aposta de que nossos mercados irão crescer", diz Patrick Hruby, presidente da Movile.

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O dinheiro, segundo Hruby, será destinado a todas as empresas do grupo, mas a companhia não abriu quais serão as parcelas direcionadas para cada negócio. O iFood, no entanto, ficará com a maior fatia em um momento em que o mercado fica cada vez mais disputado, com o crescimento do Rappi, do Uber Eats e também de novos entrantes, como a Merqueo.

O iFood quer expandir os seus negócios no segmento de supermercados, mas também nos serviços financeiros que a empresa fornece especialmente para os restaurantes. De acordo com o executivo, até agora já foram concedidos R$ 250 milhões em créditos para parte dos 150 mil estabelecimentos vinculados à plataforma. Uma fatia do valor do aporte, portanto, também será para aumentar esses empréstimos.

Além disso, o iFood também está de olho na sua operação colombiana. Em 2020, a companhia se fundiu com a Domicilios, que possui mais de 12 mil restaurantes em 30 cidades no país vizinho, o que representa uma fatia de quase 40% do mercado, de acordo com Hruby. "A Colômbia é a nossa grande aposta de crescimento em outros países", diz o executivo.

Fintech

Os serviços financeiros também devem receber uma considerável fatia dos investimentos e boa parte dos negócios da Movile envolvem diretamente o iFood. No fim do mês passado, a Zoop recebeu um aporte de R$ 170 milhões do grupo. A companhia, que tem entre os seus principais serviços o sistema de meios de pagamento e o crédito, transacionou R$ 20 bilhões - boa parte do valor relacionada ao iFood. Somente no ano passado, a fintech cresceu 150%.

Um dos negócios que mais movimentaram as contas da Zoop foi a Conta Digital iFood, criada em parceria com a MovilePay, que também é responsável por conceder e gerenciar os créditos dados pelo aplicativo de entregas. "A tendência de que todas as empresas precisarão oferecer serviços financeiros está ganhando cada vez mais força", diz Hruby.

Segundo Marcelo Nakagawa, professor de empreendedorismo do Insper, existe um movimento de as startups terem um pé nos serviços financeiros. "Todas as empresas que têm um volume relevante de transações financeiras podem pensar em ser fintechs hoje. Haverá cada vez mais soluções financeiras de empresas tipicamente não financeiras", diz.

Outro negócio que visa complementar o serviço é o de logística. Na Colômbia, por exemplo, a companhia fez um aporte na plataforma de entrega Mensajeros Urbanos no ano passado e, em 2021, realizou um investimento na startup argentina Moova, que tem como seu principal cliente a operação do Mercado Livre.

"O consumo por meio do e-commerce aumentou e as pessoas, mesmo fazendo mais compras, não querem mais esperar duas semanas para receber um pacote. Elas querem receber no mesmo dia e o mercado ainda não se mostra preparado para esse serviço de última milha", diz o executivo da Movile.

Em todas as vertentes também devem ser esperadas aquisições e novos aportes, de acordo com Hruby. "Estamos sempre buscando negócios interessantes, até mesmo para se criar novas verticais", afirma.

Para dar conta da expansão dos negócios, a companhia se prepara para contratar. Por ora, são 600 vagas abertas. O último aporte na Movile havia sido em 2018, quando os fundos Naspers Ventures e Innova Capital injetaram US$ 124 milhões. Já o aplicativo iFood recebeu mais dinheiro de lá para cá. Em novembro de 2018, o app recebeu US$ 500 milhões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Talvez poucas pessoas saibam dizer quem são David Velez, Fabrício Bloise e André Street. Mas certamente boa parte do País já ouviu falar das marcas criadas por eles, como Nubank, iFood, Playkids e Stone. Essa geração de empresários é a nova cara do capitalismo brasileiro, que tem como base tecnologia, inovação e criatividade.

Ao contrário de empresas tradicionais, que ainda sofrem para superar a grave crise que assolou o País, seus negócios crescem a dois dígitos por mês, empregam como nunca e valem bilhões de reais - só as cinco maiores companhias dessa nova economia (Nubank, 99, Stone, PagSeguro e Movile) valem cerca de R$ 89 bilhões. No jargão do mercado, elas são chamadas de unicórnio, startups que alcançaram a marca de US$ 1 bilhão em valor de mercado.

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Criada em 2012 por André Street e Eduardo Pontes, a Stone está bem acima desse patamar. A empresa de meios de pagamentos, mercado conhecido pelas "maquininhas", captou US$ 1,5 bilhão na bolsa americana Nasdaq em outubro e hoje está avaliada em R$ 31 bilhões. A valorização traduz o potencial de crescimento da empresa, que elevou em 104% a carteira de clientes em 2018 e, até setembro, já havia faturado R$ 1,04 bilhão, com crescimento de 102% em relação a igual período de 2017.

Os números, avalia o presidente da companhia, Augusto Lins, são reflexo da cultura da empresa, voltada para inovação. "Isso é resultado de anos de trabalho, que só agora aparece para o público." Outro diferencial, diz ele, está nos profissionais que trabalham na companhia: "Nossos funcionários são desafiados a criar soluções. Aqui não temos tempo para mimimi." Atualmente, a Stone tem 5% de participação no mercado, 3,5 mil funcionários e 200 vagas em aberto.

O banco digital Nubank ainda não abriu capital na bolsa, mas é a aposta do mercado para este ano. Fundado em 2013, a instituição teve aporte de US$ 90 milhões da chinesa Tencent e vendeu US$ 90 milhões em ações para outros investidores no ano passado. No total, a empresa do colombiano David Velez já captou US$ 420 milhões e está avaliada em US$ 4 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões).

A líder em valor entre essas empresas bilionárias é a Pagseguro, que captou US$ 2,3 bilhões na bolsa americana em 2018 e hoje vale R$ 34 bilhões. Ao contrário das demais, no entanto, a empresa nasceu dentro de um grupo já estruturado no mercado, o Uol.

Lacunas

Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), Amure Pinho, uma das estratégias de sucesso dessas empresas é atuar em lacunas deixadas pela velha economia, como as falhas de mobilidade urbana, baixa oferta de crédito e custos elevados dos serviços financeiros. No geral, a ideia é resolver problemas que atormentam a vida do brasileiro.

É o caso da Movile, com seu iFood - plataforma de entrega de comida - que virou uma facilidade para moradores de grandes cidades. Última a entrar para o grupo das empresas bilionárias, a companhia tem participação em outros 9 negócios, que vão de serviços financeiro, entrega e localização geográfica.

A companhia, liderada por Fabrício Bloisi, já recebeu aportes de US$ 854 milhões de grandes investidores como os fundos Naspers Ventures e o brasileiro Innova Capital - este último mantido por Jorge Paulo Lemann.

Para dar conta do crescimento, contratou 800 pessoas em 2018 e abriu 600 vagas neste ano. "A palavra de ordem para 2019 é hiper crescimento, vamos acelerar ainda mais o ritmo da empresa", diz Helisson Lemos, diretor de operações da Movile, que em oito anos cresceu a uma taxa de 60% ao ano.

"O Brasil demorou para entender o poder da indústria de tecnologia", diz Paulo Veras, fundador da 99, vendida em 2018 para a chinesa Didi Chuxing. Na avaliação dele, esse ecossistema evoluiu de 2008 para cá e veio para ficar. "Não é uma nova bolha da internet; nunca tivemos tantas empresas de qualidade como agora."

Para Veras, essa leva de startups (bilionárias) vai reposicionar o Brasil no novo capitalismo mundial. "No passado, os jovens queriam trabalhar num banco ou numa grande empresa. Hoje querem empreender e estão mais preparados (parte deles fez curso ou passou temporadas no Vale do Silício)."

De empreendedor a investidor

Eles ajudaram a fundar algumas das mais importantes startups do País, venderam suas participações e agora estão de volta ao mercado no papel de investidor. Paulo Veras decidiu ser sócio de startups em estágio inicial depois que a chinesa Didi Chuxing comprou o controle de sua 99 no começo de 2018. "Estou mais na linha de investidor anjo", disse ele.

Só no ano passado Veras aportou recursos em três negócios: na CargoX, empresa de tecnologia e transporte; na Digibee, plataforma digital para integração de sistemas e serviços; e na Looqbox, companhia de inteligência empresarial. "Empreendedor não se aposenta nunca, mas estou tentando evitar (abrir um novo negócio) por um tempo", diz ele, que fundou seis empresas desde 1995.

Fábio Póvoa é outro exemplo do ciclo virtuoso criado no mercado de startups. Ele esteve na linha de frente da criação da Movile, dona das marcas iFood e Playkids. Ficou 12 anos na companhia até aproveitar uma rodada de investimento e vender sua participação. A exemplo de Veras, Póvoa também preferiu ficar na retaguarda dos negócios.

Ele aplicou todo o dinheiro recebido com a venda de sua participação na Movile em fundos multimercados e de renda fixa. O patrimônio está garantido, uma vez que Póvoa só destina a novos negócios o que recebe de juros pelas aplicações. Desde a saída na Movile, ele já investiu em oito startups e saiu de três. No total, aplicou R$ 10 milhões nas empresas.

Visão de Fora

Sergio Furio nunca tinha pisado no Brasil quando decidiu abrir uma startup de crédito no País. Formado em administração de empresas, o espanhol trabalhava numa consultoria nos Estados Unidos quando resolveu empreender. O primeiro passo foi pesquisar áreas e mercados com potencial de crescimento. Nessa busca, ele conheceu sua atual esposa, uma brasileira que abriu os horizontes de Furio para o mercado nacional. Foi ela quem mostrou as carências do setor de crédito no Brasil, com falta de recursos e juros altos.

Ao desembarcar no Brasil em 2012, contratou um grupo de seis pessoas para ajudar a desenvolver o projeto, que nasceu como BankFacil. Investiu R$ 200 mil no primeiro ano e criou uma plataforma que comparava as melhores taxas e condições de crédito no mercado. Dois anos depois já tinha 20 funcionários e, no ano seguinte, conseguiu um aporte de R$ 25 milhões de investidores estrangeiros.

Em 2016, então com 100 funcionários, Furio decidiu ir além e transformar o negócio numa fintech de crédito com garantia. O BankFacil virou, então, Creditas e fez mais duas grandes captações, de R$ 60 milhões e R$ 190 milhões. Desde o início, a empresa teve R$ 600 milhões de aportes - recursos que ajudaram a startup crescer. Hoje a fintech tem 570 funcionários e uma receita 5 vezes maior que a registrada em 2017. A carteira de empréstimos alcançou R$ 500 milhões no ano passado. "Em três anos, queremos ser 30 vezes maiores do que somos hoje; e em 10 anos, 100 vezes maiores." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta quarta (27), a Movile, empresa líder de marketplaces móveis, apresentou sua nova unidade, localizada na cidade do Recife, capital pernambucana. As empresas que compõem esse time ficarão sediadas no centro de inovação Overdrives, local que recebeu a imprensa para a coletiva de apresentação do novo escritório da multinacional.

Trabalhando com os segmentos de comida, tickets, mensageria, educação, logística e pagamentos, a Movile é investidora de empresas como o iFood, Sympla e Wavy. O escritório do Recife é o segundo fora de São Paulo e a escolha da cidade se deu pelo potencial de mercado e de mão de obra locais.

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Segundo a ‘head de gente’ da Wavy, Marcela Martins, o objetivo da criação de pontos fora da capital paulista é aumentar o alcance e o potencial dessas empresas: “Dessa forma a gente consegue atrair novas pessoas e a gente pode explorar mais a diversidade cultural e de formação”.

A gerente explicou que, após uma pesquisa, Recife foi considerado o lugar com maior oferta de mão de obra especializada: “O mercado de São Paulo já está muito explorado e a gente sabe que tem muitos talentos espalhados pelo Brasil”. Segundo Marcela, cada ‘hub’ deve gerar cerca de 10 novas oportunidades profissionais com a sua chegada.

Dona de aplicativos como o iFood, a empresa brasileira de tecnologia Movile promoverá um programa de capacitação gratuito de tecnologia chamado de AceleraDev Movile, em parceria com a startup Code:Nation. No Recife, a iniciativa ocorre no dia 2 de fevereiro. As inscrições devem ser realizadas no site até o dia 13 de janeiro.

Voltado para profissionais da área de desenvolvimento de software e estudantes de ciências exatas, o AceleraDev Movile tem foco em profissionais que atuam como back-end developers, , já que a grade será focada na linguagem Java, e utiliza a metodologia de aprendizado Challenge-based Learning (CBL).

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A ideia é selecionar 30 estudantes de cada cidade e prepará-los. Os alunos que mais se destacarem poderão ser contratados para atuar nas empresas do grupo Movile nas cidades participantes.

Além das aulas, os estudantes irão desenvolver projetos e terão mentoria de profissionais de empresas como iFood e Sympla. O objetivo é especializar os profissionais para que cada vez mais atendam às exigências da área de tecnologia e se tornem aptos para trabalhar em grandes empresas e startups.

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