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O Armazém do Campo do Recife, inaugurado no mês de abril, além de ser um espaço para a comercialização de produtos orgânicos, de livros e de café, agora sediará, no terceiro andar do local, uma universidade pública intitulada de Universidade Popular Gregório Bezerra. O intuito é oferecer cursos de curta duração, para alunos oriundos de escolas públicas, voltados para diversas áreas, especialmente no campo político e agrário e das Ciências Sociais.

A abertura deverá ser realizada no mês de agosto. A quantidade de alunos beneficiados, porém, ainda não foi definida.

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De acordo com o coordenador do armazém e diretor estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Paulo Mansan, a ideia é que sejam firmadas parcerias da universidade com institutos federais de ensino superior, para a implementação de novos cursos. Entre os cursos confirmados estão os de realidade brasileira e a faculdade de espanhol, que está sendo viabilizada pelo Consulado da Venezuela que irá disponibilizar professores venezuelanos.             

O Armazém do Campo conta com três andares. O último andar, onde vai funcionar a universidade, é composto por quatro salas de aula e mais um auditório. Há ainda um lugar na parte traseira do andar que brevemente será aproveitado para atividades ligadas à Universidade.

“A ideia é construir cursos direcionados às pautas discutidas nos movimentos sociais como feminismo e sindicalismo que são mais voltados para os militantes. Também queremos que funcione além do espaço físico”, explica Mansan.

O ingresso à universidade será totalmente gratuito. O processo de seleção ainda está sendo discutido entre os organizadores. Paulo Mansan adiantou que serão adotadas as cotas sociais bem como as raciais, assunto que já é defendido pelo MTST no meio educacional. 

O modelo de universidades populares, criado pelo MST, já existe em outros Estados do Brasil. A primeira foi a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), criada em 2005, que abrange as fase da alfabetização até cursos técnicos reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC). O nome é em homenagem ao educador Florestan Fernandes, que durante a sua vida, foi um grande defensor da educação pública brasileira.

Em Recife, a universidade que leva o nome de Gregório Bezerra faz referência ao pernambucano que se dedicou à política e aos movimentos sociais. Diante das condições precárias de vida, Gregório precisou ir ao campo cedo para trabalhar com agricultura. Na ditadura militar, foi atuante na defesa das causas sociais em Pernambuco.

O Armazém do Campo fica na Rua do Imperador, área central do Recife. Saiba mais sobre o projeto na reportagem do LeiaJá.

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Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) fecharam uma das principais vias do Recife, nesta quarta-feira (14). Entulhos e pneus foram incendiados no cruzamento da avenida Agamenon Magalhães com a rua Odorico Mendes, no bairro de Campo Grande. A via já foi liberada pela Corpo de Bombeiros. 

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Os militantes do MTST têm duas principais demandas: a definição de uma data fixa para o recebimento de auxílio-moradia no Estado e, na esfera nacional, o lançamento do programa Minha Casa, Minha Vida III. Segundo o reverendo Marcos Cosmo, coordenador-estadual do MTST, uma reunião foi marcada com o secretário de Habitação de Pernambuco, Marcos Baptista. 

“Hoje queremos reiterar (as demandas) e dizer que o recado foi dado. Se não formos atendidos, podemos voltar às ruas novamente, porque a dinâmica de movimento social é essa”, afirmou Marcos Cosmo, ao lembrar que mais de 1400 famílias pernambucanas recebem auxílio-moradia. Segundo o coordenador, a flexibilidade da data de pagamento gera constrangimento a quem receber o valor. 

Para Jailton Silva de Oliveira, coordenador-geral da Organização de Luta por Moradia Digna, a presidenta Dilma Rousseff  “tem que se posicionar e garantir à população” que o Minha Casa, Minha Vida seja oferecido. 

Com informações de Jorge Cosme.

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