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Principal nome da seleção brasileira, Neymar virou motivo de preocupação tanto para o técnico Fernando Diniz quanto para o Al-Hilal, seu time, da Arábia Saudita. O atacante deixou o estádio Centenário, em Montevidéu, de muletas e usando uma proteção sobre a perna esquerda.

Ele se machucou ainda no primeiro tempo da derrota do Brasil para o Uruguai por 2 a 0. No momento da lesão, o time da casa vencia por 1 a 0. Neymar se envolveu numa dividida com o meia De La Cruz e caiu no gramado com dores. Chegou a levar a mão à cabeça e parecia chorar ao deixar o gramado, sem conseguir colocar o pé esquerdo no chão.

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Ao deixar o estádio, ele precisou do apoio de muletas. Em vídeo, o atacante ainda atendeu uma menina, que pediu uma foto com o jogador, antes de entrar no carro com dificuldades de andar.

Pelas redes sociais, ele fez uma referência a uma passagem bíblica, sem revelar detalhes sobre seu novo problema físico. "Esse foi o versículo que coloquei antes da partida: 'em seu coração, o homem planeja o seu caminho. Mas o Senhor determina seus passos' (Provérbios 16:9). Deus sabe de todas as coisas...", escreveu, antes de complementar. "Toda honra e toda glória sempre é tua, meu Deus, independente de tudo. Tenho fé."

Neymar passará por exames de imagem nesta quarta-feira para confirmar qual o tipo de lesão que sofreu na perna esquerda e iniciar o quanto antes o tratamento indicado. Neymar deve permanecer no Brasil por mais alguns dias antes de retornar ao Al-Hilal, na Arábia Saudita. Tudo vai depender da resposta de seus exames.

Brasil e Uruguai se enfrentaram pela quarta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo. Os uruguaios levaram a melhor e venceram por 2 a 0. Até aqui, a seleção de Fernando Diniz soma sete pontos, mesmo número do time celeste. Há seis vagas em jogo para a Copa de forma direta e uma para a repescagem. A Argentina, com 100% de aproveitamento, lidera a disputa.

A senadora Mara Gabrilli (PSD) respondeu à fala equivocada do presidente Lula (PT) sobre o aspecto negativo das muletas para sua aparência. Nessa terça (26), a parlamentar e integrante do comitê de direitos das pessoas com deficiência da ONU apontou que a colocação foi "capacitista".

Ao comentar sobre o período de afastamento para se recuperar de uma cirurgia para aliviar as dores de uma artrose no quadril, Lula disse que vai evitar fotos com o andador.

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"Vocês não vão me ver de andador, muleta, vocês vão me ver sempre bonito, como se eu não tivesse sequer operado, mas vou ter que ter um pouco de cuidado", afirmou o presidente.

A declaração foi criticada por Gabrilli, que considerou partir de uma visão "distorcida" e destacou que os equipamentos para auxiliar a locomoção não enfeiam ninguém.

"Caminhar, seja com andador, muleta ou cadeira de rodas não enfeia ninguém, tampouco subtrai o potencial do ser humano. E ainda demonstra o quanto essa pessoa deve lutar para conseguir exercer cidadania", rebateu a senadora. 

Com a missão de liderar o Flamengo nas principais competições da nova temporada, na tentativa de fazer o time carioca voltar a conquistar grandes troféus, o técnico Abel Braga admite que o futebol o ajudou a superar a morte do filho João Pedro, em julho de 2017, como se fossem "duas muletas".

"O futebol tem sido muito amoroso comigo. Ele colocou duas muletas para eu me apoiar: 'calma aí, cara, se apoia para não cair'. E é essa paixão que me mantém hoje vivo, totalmente voltado e direcionado para aquilo que eu mais gosto de fazer: tentar proporcionar vitórias e alegria aos torcedores", disse o treinador, em entrevista à TV Globo.

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João Pedro, então com 19 anos, faleceu há um ano e meio ao sofrer um acidente doméstico. Ele tinha crises de epilepsia e teria tido um mal-estar durante o banho e caído na janela panorâmica do banheiro do apartamento da família, no Rio de Janeiro. Na época, Abel treinava o Fluminense.

Sem parar de trabalhar em razão da perda familiar, Abel seguiu no comando do time tricolor até a metade do ano passado, quando pediu demissão. No fim de 2018, foi anunciado como novo treinador do Flamengo com a missão de devolver o time aos grandes títulos, após bater na trave em competições como o Brasileirão, a Copa do Brasil e a Copa Sul-Americana, nos últimos anos.

"Tinha que ser o Flamengo, porque é o desafio maior. Por esse favoritismo, aquela coisa 'que vai ganhar, vai ser esse ano', e não tem sido. Então isso é um desafio muito grande", afirmou Abel ao explicar a sua escolha - ele teria recebido propostas de diversos clubes nos últimos meses.

O técnico evitou apontar o que faltou ao time nas últimas temporadas. Mas admitiu que faltou certa liderança dentro de campo, principalmente no último Brasileirão. "Falta alguma coisinha, foi isso o que eu disse a eles. Temos que descobrir. Esse perfil é fundamental, mas não se adquire com facilidade, em uma semana, duas semanas de trabalho", comentou.

"Temos que ver as respostas não nas vitórias, mas nas dificuldades. São elas que fazem crescer. Preciso conhecer as respostas, saber se preciso de um 'maluco' dentro de campo. Mas está claro que falta alguma coisa", declarou Abel Braga.

Neste domingo, o treinador e os jogadores embarcaram rumo aos Estados Unidos para a disputa da Florida Cup, torneio amistoso que será realizado na próxima semana.

Perder uma das pernas após um assalto não foi o suficiente para que o sujeito não voltasse a praticar novos crimes na cidade de São Vicente, litoral de São Paulo. Câmeras de segurança flagraram um criminoso, sem uma perna e com as muletas na bicicleta, usada para o crime, arrancando um colar de ouro de uma idosa que passava na rua.

O suspeito flagrado roubando o colar estava na companhia de um comparsa, que não agiu diretamente no crime. A Polícia Militar informou à um portal de notícias que os dois suspeitos já haviam sido identificados (não revelaram os nomes) e que estão realizando buscas para encontrá-los.

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A PM é quem confirma a informação de que um dos suspeitos flagrados na ação perdeu uma das pernas em outro assalto praticado por ele na mesma cidade.

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Superação, determinação, força de vontade e garra são sinônimos e pode parecer até mesmo redundante utilizar todos esses adjetivos para definir alguém. Mas no caso de Deyvison Gonçalves, 33 anos, ainda é pouco. As mãos calejadas podem despertar curiosidade sobre qual a profissão do recifense, mas nem de longe revela o que o tatuador, paratleta e ex-professor de capoeira foi capaz de fazer ao transformar um acidente de trânsito, em exemplo de vida. 

Era manhã de uma sexta-feira do ano 2013. Deyvison não pretendia ir trabalhar nesse dia, mas de última hora decidiu atender um cliente no estúdio de tatuagem no qual era proprietário. Ele não imaginava que a decisão repentina iria transformar, em questão de segundos, a sua vida. Quando de deslocava à empresa, um carro desgovernado invadiu a contramão, nas proximidades do bairro de Afogados, e se chocou na sua moto. Ele perdeu uma parte da perna direita na mesma hora. Ali, no chão, em meio ao desespero, teve que lutar pela própria vida. “Pensei que estava tudo acabado quando me vi no chão, pensei que já era e de imediato pensei em minha família”.

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Já no hospital, o estado de Deyvison era grave por ter perdido muito sangue. Teve três paradas cardíacas e pegou duas bactérias no hospital. Não morreu por muito pouco, segundo os médicos. O tatuador ficou internado durante um mês e 15 dias. Apaixonado por corrida e ao se ver sem uma das pernas, veio a depressão. Mas, tinha de reagir. Poucos meses depois, incentivado pelo amigo, voltou a tatuar, mas seria o esporte que daria a reviravolta em sua vida.

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Em julho de 2017, após participar de uma trilha, percebeu que era capaz de fazer muito mais coisas do que imaginava. Em dezembro, ele contou que brincando falou aos amigos que participaria de uma corrida e pediu para a organização separar seu kit. “Recebi uma ligação para ir pegar o kit, fui buscar sem ter muita noção do que estava acontecendo. Foram seis quilômetros correndo de muleta, que finalizei em duas horas e meia, eu não sei como consegui. Só sei quando eu vi as pessoas aplaudindo e incentivando, eu senti uma sensação única. Eu não imaginava que a corrida iria trazer uma emoção tão grande. Eu pensei então que poderia treinar e fazer muito melhor na próxima corrida”, relembrou animado. 

Começaria uma nova etapa na vida de Deyvison até se tornar profissional. O trauma foi transformado em vontade de vencer. Hoje, atleta do Sport na modalidade atletismo, no qual reúne salto em altura, salto a distância, lançamento de dardo e de disco. O pernambucano é o terceiro colocado em Pernambuco em lançamento de dardo em sua categoria.

O paratleta sabe que, sozinho, nada se consegue. Nessa jornada, conta com o apoio fundamental dos treinadores Daniel Gonçalves, do Sport Club, e de Herbert, da assessoria esportiva HB Running. A rotina é puxada e precisa de disciplina e muita persistência. Pela parte da manha e tarde, Deyvison se dedica ao estúdio de tatuagem, localizado na avenida Recife. À noite, na maioria vezes, se desloca de bicicleta de sua residência, também nas mediações do estúdio, até o Colégio Santos Dumont, onde treina, no bairro de Boa Viagem. 

Deyvison é, hoje, considerado uma promessa. Se antes finalizava de muleta, uma corrida de 6 km em duas horas e meia, o tempo passou para 50 minutos. Neste ano, na famosa Corrida das Pontes, ele foi o único de sua categoria a concluir a prova de 10 km.

O paratleta quer passar os próprios recordes. Na Maratona da Uninassau, que acontece no próximo dia 30, ele se prepara para correr 21 km em um tempo estimado de cinco horas. Ele diz que o foco é conseguir concluir a prova. “Essa é a minha meta. Vou concluir a prova motivada por todos que me tem como um exemplo. São muitas as pessoas que se espelham em mim”. Ele parece não ter limites. Garante que vai chegar aos 41 km e a meta, no futuro, é se tornar um ultramaratonista e também cursar a faculdade de educação física.

Júlio Gomes/LeiaJáImagens

O sonho da Prótese    

Deyvison tem um sonho e luta para alcançá-lo: conseguir arrecadar o valor total para a compra de uma prótese específica para corrida de longas distâncias com encaixe externo em fibra de carbono e encaixe interno em silicone com anel móvel. 

O valor no mercado desse tipo de prótese pode chegar até R$ 360 mil. Para alcançar o objetivo, ele precisa de R$ 37 mil. Para isso, foi criado uma vaquinha virtual no site www.vakinha.com.br. Uma corrida, a da superação, que será realizada no dia 28 de outubro, também será realizada em solidariedade. Todo o valor arrecadado será revertido para a compra da prótese.

Ele luta contra o tempo para adquirí-la até, no máximo, em dezembro. O objetivo: treinar com ela para atingir os índices necessários para participar do Campeonato Brasileiro Paraolímpico. Ele precisa conseguir os índices, após a adaptação que pretende conseguir em dois meses, até julho de 2019, para ser convocado. Deyvison está confiante. “Eu creio que a gente vai chegar no valor”.

Não para por aí. Também pretende chegar à Paraolimpiada, em 2020, que será realizado em Tóquio. “Depois que comecei a correr, a minha vida melhorou muito. Não vivia tão bem quanto vivo hoje. Ninguém é melhor do que ninguém, a vontade que eu tenho é de me superar, de ir além e ver todas as pessoas me incentivando e agradecendo vem alimentando o meu sonho”.

No final da entrevista, ele mostrou com orgulho as inúmeras medalhas, oito pódios e troféus que já vem conquistando. Apenas o início. “Hoje sei que nada estava perdido. Eu acho que tudo tem dois olhares, algo para ser extraído, um propósito maior, precisamos ver além. Ser cristão também me ajudou muito, a saber, qual era o meu propósito”.

Ele encoraja as pessoas. “Desistir da vida, jamais. Eu poderia ter desistido de tudo, mesmo assim não desisti porque aprendi que a vida é feita de momentos bons e ruins e hoje tenho uma visão totalmente diferente. Além disso, esse sonho já não é só meu, muitos sonham comigo. Sempre vai ter um caminho”.

Júlio Gomes/LeiaJáImagens

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