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O balanço de mortos no deslizamento de terra ocorrido na segunda-feira (22) em uma zona montanhosa do sudoeste da China subiu para 44 nesta quinta-feira (25), depois de se encontrar a última pessoa dada como desaparecida, informou um veículo da imprensa estatal.

O drama aconteceu na manhã de segunda-feira na cidade de Liangshui, na província de Yunnan, uma das mais pobres do país.

Dezoito casas foram soterradas e mais de 200 pessoas foram retiradas do local.

O balanço anterior, divulgado mais cedo nesta quinta, indicava 43 mortos, mas o último corpo foi encontrado pouco depois sob os escombros.

Cerca de 200 equipes de resgate participaram das operações de busca na neve, enfrentando temperaturas abaixo de zero.

Deslizamentos de terra são comuns no montanhoso sudoeste da China, especialmente após as chuvas.

Em setembro passado, chuvas torrenciais na região sul de Guanxi causaram um deslizamento de terra em uma zona montanhosa. Pelo menos sete pessoas morreram, segundo a imprensa local.

Em agosto, mais de 20 pessoas morreram em um deslizamento de terra causado por enchentes no povoado de Xi'an, no norte do país.

O juiz Francisco de Jorge decidiu pelo julgamento do ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF) Luis Rubiales pelo beijo forçado que deu na jogadora Jenni Hermoso na final da Copa do Mundo da Austrália no ano passado.

Em sua decisão, após a conclusão da investigação do caso, o juiz da Audiência Nacional (principal instância criminal) considera que o beijo à atacante espanhola "não foi consensual e foi uma iniciativa unilateral e de surpresa", informou a Audiência em um comunicado.

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A decisão ainda cabe recurso na Câmara Criminal da Audiência Nacional, mas deixa Rubiales a um passo de ser julgado pelo beijo que deu em Hermoso na cerimônia de entrega das medalhas da Copa do Mundo da Austrália no ano passado.

O juiz considera que "a finalidade erótica ou não ou o estado de euforia e agitação vividos em consequência do extraordinário triunfo desportivo são elementos cuja consequência e consequências jurídicas devem ser avaliadas no julgamento oral".

- "Acusação sustentável" -

De Jorge assegura que neste momento a sua função limita-se a "avaliar que existem indícios suficientes da prática dos fatos narrados nos autos e que esses fatos são criminalmente relevantes, tornando uma acusação perfeitamente sustentável".

Mas lembrou que um beijo na boca "afeta a esfera de intimidade reservada às relações sexuais, particularmente no contexto de dois adultos".

Desde uma recente reforma do Código Penal espanhol, um beijo não consentido pode ser considerado agressão sexual, categoria criminosa que reúne todos os tipos de violência sexual.

As penas para o beijo forçado podem variar de multa a quatro anos de prisão, segundo fontes do Ministério Público.

"Não foi intencional. Não houve qualquer conotação sexual, foi apenas um momento de felicidade, a grande alegria do momento", afirmou Rubiales em entrevista ao programa de televisão britânico Piers Morgan Uncensored, em setembro passado.

O juiz De Jorge também concluiu pelo julgamento do ex-técnico feminino Jorge Vilda, o diretor esportivo da seleção masculina, Albert Luque, e o ex-gerente de marketing da RFEF Rubén Rivera pelas posteriores pressões recebidas por Hermoso.

O magistrado considera que há indícios de uma ação dos três, combinada com Rubiales, para "quebrar a vontade" da jogadora e "fazer com que ela concordasse em gravar um vídeo em que dizia que o beijo havia sido consentido".

- Beijo "inesperado" -

A decisão do juiz encerra assim a investigação do caso após a denúncia apresentada pelas jogadoras em setembro pelo beijo que Rubiales deu em Hermoso.

No dia 2 de janeiro, o juiz recebeu o depoimento de Hermoso, que reiterou que o beijo foi "inesperado" e "em nenhum momento consensual", segundo fontes judiciais informadas na época.

A jogadora afirmou ainda que sofreu "assédio constante" por parte de Rubiales e de seu entorno nos dias que se seguiram, o que "alterou sua vida normal, fazendo-a sentir-se nervosa e triste", segundo a mesma fonte.

O juiz também ouviu Rubiales, que defendeu perante o magistrado que o beijo foi consentido.

Rubiales inicialmente se recusou a renunciar devido às suas ações em uma polêmica assembleia da RFEF em 25 de agosto, mas nos dias seguintes enfrentou pressão do governo, da Justiça e do próprio mundo do futebol, até que em 10 de agosto apresentou sua renúncia.

O ex-presidente da Federação, suspenso por três anos pela Fifa, alegou que estava deixando o cargo devido a uma "campanha desproporcional" contra ele e ao desejo de não prejudicar a candidatura à Copa do Mundo de 2030.

Um avião militar da Turquia sofreu uma falha técnica minutos após decolar, nesta quinta (25), e precisou fazer um pouso de emergência próximo a uma avenida movimentada. O sobrevoo arriscado da aeronave tripulada foi filmado por um motorista que trafegava no local.

De acordo com o Ministério da Defesa, o modelo C-160 havia acabado de decolar da base aérea de Kayseri, na região central do país, para um treinamento quando apresentou defeitos técnicos.

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Ainda segundo a pasta, o avião pousou com segurança em uma área descampada ao lado da avenida e de prédios residenciais. Os pilotos e a tripulação não sofreram ferimentos.

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Os reguladores dos Estados Unidos aprovaram um plano detalhado de inspeção para permitir que os aviões Boeing 737 MAX voltem a voar, após um pouso de emergência que os manteve em solo desde o início de janeiro, anunciaram autoridades de segurança nesta quarta-feira (24).

Pouco depois de a Administração Federal de Aviação (FAA) anunciar os protocolos de inspeção para os Boeing 737 MAX 9, a United Airlines disse que espera que as aeronaves paradas voltem ao serviço a partir de domingo.

"Só devolveremos cada avião MAX 9 ao serviço uma vez que este processo de inspeção abrangente tenha sido concluído", disse um comunicado de Toby Enqvist, diretor de operações da United.

"Estamos preparando os aviões para voltar ao serviço programado a partir de domingo".

O anúncio da FAA é um passo importante depois que a agência deixou em terra 171 aviões MAX 9 após o incidente em 5 de janeiro em um avião da Alaska Airlines.

Os aviões 737 MAX parados têm a mesma configuração do avião da Alaska Airlines que sofreu a ruptura de um painel da fuselagem, expondo os passageiros ao ar livre e forçando um pouso de emergência.

Ninguém ficou ferido no incidente, mas os inspetores de segurança disseram que poderia ter sido catastrófico.

Sob o processo de "manutenção aprimorada" da FAA, as companhias aéreas realizarão uma inspeção em porcas e acessórios específicos, inspeções visuais detalhadas de plugues e componentes e abordarão "qualquer dano ou condição anormal", disse a FAA.

A inspeção garantirá que as peças "estejam em conformidade com o design original, que é seguro para operar", afirmou a FAA.

"Esta aeronave não será operada até que o processo seja concluído e a conformidade com o design original seja confirmada".

O ator americano Alec Baldwin, acusado de homicídio culposo após um disparo fatal em um set de filmagem, pediu nesta quarta-feira (24) um “julgamento rápido” perante o tribunal do Novo México, que cuida do processo.

Baldwin foi acusado na semana passada pela morte, em 2021, de sua diretora de fotografia, Halyna Hutchins, enquanto eles ensaiavam cenas do filme "Rust" em um set no Novo México, oeste dos Estados Unidos.

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O tribunal pediu a Baldwin que se apresentasse virtual ou presencialmente para responder pela acusação antes de 1º de fevereiro, segundo documentos legais aos quais a AFP teve acesso. A defesa do ator respondeu hoje com um pedido legal em que o ator demanda um julgamento rápido, de acordo com o estabelecido por lei.

Os advogados Luke Nikas e Alex Spiro, na primeira resposta oficial de Baldwin aos novos acontecimentos, argumentaram que o pedido busca "minimizar o vilipêndio público e a suspeita e evitar os riscos para provar a sua inocência que costumam surgir após um longo atraso no processo".

O ator, 65, havia sido acusado há um ano pelo caso, mas a promotoria retirou as acusações em abril, argumentando que surgiram “novos fatos”, que exigiam “mais investigação e análise forense”.

Segundo a nova acusação, um grande júri concluiu que há causa provável contra Baldwin, seja por uso negligente de arma de fogo ou por falta de precaução. Nos Estados Unidos, um grande júri é um grupo de cidadãos convocados para avaliar as provas e decidir se existem indícios suficientes para justificar levar alguém a julgamento.

Se for condenado no Novo México, Baldwin pode pegar até 18 meses de prisão. A armeira do filme, Hannah Gutierrez-Reed, foi acusada de homicídio culposo e adulteração de provas. Seu julgamento foi marcado para fevereiro.

Pelo menos seis civis morreram, e dezenas ficaram feridos, em ataques aéreos das forças russas, principalmente contra as cidades ucranianas de Kiev e Kharkiv, anunciaram as autoridades do país nesta terça-feira (23).

O governador da região de Kharkiv, Oleg Sinegubov, informou que mais de 50 pessoas ficaram feridas, e pelo menos cinco morreram, na capital regional com o mesmo nome, no nordeste da Ucrânia. O balanço anterior era de três mortos e pouco mais de 40 feridos.

Um fotógrafo da AFP viu na manhã desta terça socorristas retirando feridos e buscando sobreviventes em meio aos escombros de um edifício em ruínas.

Em Pavlograd, na região central de Dnipropetrovsk, "uma pessoa morreu, e outra ficou ferida", segundo as autoridades locais.

Em Kiev, 22 pessoas ficaram feridas, disse o prefeito da capital, Vitali Klitschko, acrescentando que "13 foram hospitalizadas, incluindo três crianças".

Segundo o ministro do Interior, uma pessoa em um hospital se encontra em "estado de morte clínica", mas as autoridades da capital ainda não confirmaram esse óbito.

Em um bairro da capital, um edifício e vários veículos pegaram fogo, segundo a mesma fonte. A ogiva não detonada de um míssil também foi encontrada em um apartamento.

Outras três pessoas ficaram feridas por fragmentos de mísseis na região de Kiev, disse o chefe da administração militar, Ruslan Kravchenko.

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Chmygal, prometeu que seu país "fará a Rússia pagar pelo sofrimento e pela dor que causou".

Anteriormente, o gabinete do prefeito de Kharkiv havia relatado que o bombardeio desta cidade causou "a destruição completa de uma seção de um prédio de apartamentos".

"As equipes de resgate estão agora tentando remover os escombros para procurar pessoas", disse o conselho.

Segundo o comandante em chefe do Exército ucraniano, Valeriy Zaluzhny, a Rússia disparou 41 mísseis contra a Ucrânia. No total, a defesa antiaérea destruiu 21, segundo a mesma fonte.

A Ucrânia está pedindo urgentemente a seus aliados ocidentais mais meios de defesa antiaérea para fazer frente às tropas russas, que lançaram uma ofensiva contra seu vizinho que dura quase dois anos.

Moscou negou ter alvejado civis nos bombardeios desta terça-feira, alegando que ataca apenas alvos militares.

Um terremoto de magnitude 7 sacudiu na madrugada desta terça-feira (tarde de segunda, 22, no Brasil) a fronteira entre China e Quirguistão, onde três pessoas ficaram feridas.

Autoridades locais enviaram uma equipe ao local do epicentro e cerca de 800 pessoas estavam prontas para atuar nos trabalhos de resgate, informou a agência de notícias estatal Xinhua.

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O sismo foi registrado pouco depois das 2h locais, a 13 km de profundidade, na região chinesa de Xinjiang, segundo dados revisados.

Duas casas residenciais e galpões de gado desabaram na área próxima ao epicentro, no condado rural de Wushi, que ficou sem eletricidade, segundo a imprensa estatal. Canais de TV de Nova Délhi noticiaram tremores fortes naquela cidade indiana, localizada a 1.400 km de distância.

- Réplicas -

Cao Yanglong, que estava em Aksu a negócios, disse à Xinhua que estava no 21º andar de um hotel e sentiu como se o estivessem sacudindo para tirá-lo da cama.

Após o primeiro tremor em Xinjiang, foram registradas três réplicas na região, com magnitudes entre 5 e 5,5.

Em Almaty, maior cidade do Cazaquistão, moradores foram para as ruas após o tremor, segundo imagens divulgadas pela imprensa e em redes sociais. Autoridades não relataram vítimas nem danos importantes.

Em Bishkek, capital do vizinho Quirguistão, pessoas também se refugiaram nas ruas. Bohobek Ashikeev, do Ministério de Situações de Emergência do Quirguistão, disse em mensagem de vídeo que não foram registrados danos nem baixas na cidade.

O tremor aconteceu um dia depois de um deslizamento de terra que soterrou dezenas de pessoas e causou pelo menos oito mortes no sudoeste da China.

Em dezembro, um terremoto no noroeste do país causou 148 mortes e obrigou milhares de pessoas a deixarem suas casas na província de Gansu. Foi o tremor mais letal registrado na China desde 2014, quando mais de 600 pessoas perderam suas vidas na província de Yunnan, no sudoeste do país.

No tremor de dezembro, as temperaturas abaixo de zero tornaram a operação de resgate ainda mais difícil.

Lançado em 24 de janeiro de 1984, o primeiro Macintosh completa 40 anos. Confira abaixo uma retrospectiva dos números relativos a essa antiguidade tecnológica da Apple, que, à frente de seu tempo, abriu caminho para os computadores modernos.

O Macintosh, um equipamento compacto com tela e unidade de disquete, democratizou o computador, graças a uma interface que permitia aos usuários simplesmente clicar nos ícones com o mouse, um dispositivo da década de 1960 e que a Mac difundiu.

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Antes, apenas quem entendia de programação tinha acesso aos computadores, que obedeciam a linhas de comando complicadas.

- 1984 -

O primeiro Macintosh foi lançado no mercado com grande alarde.

Em 22 de janeiro de 1984, dois dias antes de seu lançamento, o computador da Apple apareceu em um dos eventos mais acompanhados do mundo: o Super Bowl, final do campeonato de futebol americano. Naquele ano, o evento foi assistido por 77,6 milhões de telespectadores, segundo o grupo Nielsen, especializado em medição de audiência.

O anúncio de 60 segundos, chamado "1984" e dirigido pelo cineasta Ridley Scott (de "Alien" e "Blade Runner"), foi inspirado no romance distópico "1984", de George Orwell, com uma tela representando o "Big Brother" - e o concorrente IBM - destruído por uma atleta vestida com as cores da Apple.

A marca de maçã mordida, sob o impulso de seu cofundador Steve Jobs, pagou US$ 800 mil à época (US$ 2,5 milhões ou R$ 12,3 milhões hoje) pelo espaço publicitário, além de centenas de milhares pela produção do vídeo, segundo o livro "Apple Confidential 2.0: The Definitive History of the World's Most Colorful Company" (sem tradução no português), de Owen Linzmayer.

- US$ 2.495 -

O primeiro Macintosh foi um produto de luxo. Foi vendido em 24 de janeiro de 1984 nos Estados Unidos por US$ 2.495, em torno de US$ 7.400 hoje (R$ 36,5 mil na cotação atual), mas seu preço caiu rapidamente para US$ 2.195.

O Mac era mais acessível que seu principal concorrente, o PC da IBM, que custava US$ 3.270 (US$ 10 mil hoje, ou R$ 49,4 mil na cotação atual), mas era o dobro do valor do Apple II, o best-seller da marca na época.

Hoje, os computadores MAC originais são vendidos em leilão por 2.000 euros (quase US$ 2.200, ou R$ 10,8 mil na cotação atual). E os documentos internos de sua apresentação datados de outubro de 1983, ainda mais valorizados pelos colecionadores, ultrapassaram os US$ 12 mil em 2022 no Leilão RR.

- 370.000 vendas -

A Apple esperava vender 250.000 Macintoshes em 1984, informou o jornal americano The New York Times em abril desse ano. Embora os números oficiais sejam secretos, a marca teria vendido 372.000 no primeiro ano, além de um milhão de Apple IIs, segundo Jeremy Reimer, blogueiro de história da tecnologia.

Estes números, louváveis em uma época em que os computadores ainda não haviam se democratizado, são 15 vezes mais modestos do que as vendas atuais de computadores Apple.

O grupo de Cupertino (Califórnia) venderá cerca de 22 milhões (MacBook, iMac...) em 2023, segundo as consultorias Gartner e IDC. Com entre 8% e 9% das vendas globais, a Apple está em quarto lugar, depois da Lenovo, HP e Dell.

- 9 polegadas -

A tela do primeiro Mac, bem menor que os atuais, tinha 9 polegadas, em torno de 23 cm na diagonal. Em comparação, os iMacs mais recentes oferecem uma tela de 23,5 polegadas (60 cm), e alguns laptops MacBook têm 16 polegadas (41 cm).

Com 34,5 cm de altura, 24,4 cm de largura e 27,7 cm de profundidade, o primeiro Mac podia, apesar do peso de 7,5 kg, ser levado "para qualquer lugar, até mesmo em um avião", segundo matéria da AFP de janeiro de 1984.

- 128 KB -

O primeiro Mac tinha 128 KB de memória RAM, ou seja, cerca de 131.000 bytes. 128 KB é, por exemplo, o tamanho de uma foto de baixa resolução, ou de um arquivo Excel muito pequeno.

Hoje, poucos computadores têm menos de 8 GB (8,6 bilhões de bytes) de RAM, e o mais potente da Apple, o Mac Pro, tem até 1,6 milhão de vezes mais RAM (192 GB) que seu antecessor.

A memória RAM permite que o computador armazene temporariamente os dados necessários para executar uma tarefa. Quanto maior a memória, mais tarefas complexas e simultâneas o computador pode realizar.

Quarenta anos depois de revolucionar os computadores de uso pessoal, a Macintosh pode reviver os seus dias de glória ao se juntar à onda da Inteligência Artificial (IA) para não ser descartada.

A Apple lançou o Macintosh em 1984 com um anúncio de televisão marcante que o apresentava como um ataque anti-establishment contra um futuro distópico.

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Os computadores, conhecidos como "Mac", ganharam adeptos por sua facilidade de uso e sua interface gráfica, entre outras características.

"A influência do Mac foi enorme", afirmou à AFP o diretor de pesquisas do grupo Futurum, Olivier Blanchard. "Cada laptop e PC tentou imitar o Mac e seu sucesso", acrescentou.

Este modelo se tornou a opção preferida dos amantes da Apple, bem como de artistas, cineastas e outros profissionais do setor de criação.

Apesar disso, os computares com Windows que dominaram os ambientes de trabalho, onde comumente se encontra máquinas de baixo custo sincronizadas com ferramentas fabricadas pela Microsoft e outros.

Para reverter este cenário, a empresa tem visitado companhias para destacar o uso de suas máquinas equipadas com "computação espacial" Vision Pro, para o qual começou a receber pedidos na última sexta-feira (19), com um preço em torno de US$ 3.500 (R$ 17 mil na cotação atual).

"A Apple está fazendo mais para entrar nos negócios", afirmou Carolina Milanesi, analista da Creative Strategies. "Está claro que com o Vision Pro eles pretendem entrar no espaço empresarial e, para isso, vincularam-no ao Mac", completou.

- Era do PC com IA -

Segundo analistas, o mercado mundial de computadores pessoais, que entrou em colapso com a ascensão dos smartphones, está sendo renovado pela tendência de trabalhar e fazer cursos em casa, bem como pelo enorme interesse na adaptação da Inteligência Artificial aos PCs.

"A IA é uma dessas mudanças que ocorrem uma vez por geração no mercado de PCs", analisou Blanchard à AFP. "Os PCs estão prestes a se tornar muito mais poderosos e fáceis de usar com a incorporação de recursos generativos de IA", afirmou".

É como de repente poder contar com toda uma equipe de assistentes profissionais para lhe ajudarem com qualquer coisa em que esteja trabalhando em seu computador, comparou.

Os dados usados para a IA permanecerão nos PCs, mantendo-os protegidos e economizando custos de computação em nuvem, acrescentou.

Estima-se que a Apple se concentre na computação de IA da mesma forma que se concentrou nos smartphones.

A empresa já utiliza a Inteligência Artificial em sua câmera, na assistente digital Siri e outros dispositivos. Embora pareça estar atrasada na disputa, é provável que esteja projetando seu próprio chip de computador para "Macs com IA", declararam analistas.

Para Milanesi, o mercado geral de computadores crescerá com a participação do Mac, apesar de seus altos preços.

"Definitivamente há mais oportunidades para a Apple do que as pessoas imaginam", disse a analista.

"Se o Mac não se tornar um Mac com IA no próximo ano, a Apple será questionada. A IA é literalmente tudo e a Apple não pode evitar", completou Blanchard.

Em um navio militar francês perto da costa do Egito, palestinos feridos recebem atenção médica, algo que se tornou inalcançável na sitiada Faixa de Gaza depois de meses de guerra.

Sentado em uma cadeira de rodas, Abdulrahman Iyad torce as mãos no colo, apoiando-as suavemente perto dos pregos que se projetam de suas coxas. No celular, ele vê fotos de sua família, todos mortos em uma explosão que destruiu seu rosto.

"Saí voando e bati na parede da casa do nosso vizinho. Minha perna ficou presa debaixo de um telhado que desabou", contou Iyad à AFP no porta-helicópteros francês "Dixmude", convertido em hospital para cuidar de civis palestinos feridos.

"Quando acordei no hospital, meus tios me disseram que tinham me visitado, mas eu não me lembrava de nada", disse ele.

A casa de Iyad, assim como grande parte do território palestino onde Israel enfrenta o movimento islamista Hamas desde o início de outubro, foi transformada em escombros.

A guerra começou em 7 de outubro, quando os combatentes do Hamas lançaram um ataque sem precedentes contra Israel. O ataque deixou 1.140 mortos, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números israelenses. Entre os mortos, estão mais de 300 soldados.

Israel respondeu com uma ofensiva militar que deixou pelo menos 25.295 mortos em Gaza, a grande maioria mulheres, adolescentes e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

As missões de busca e resgate se tornaram quase impossíveis no território, deixando milhares de pessoas presas e talvez mortas sob os escombros, segundo os médicos.

O sistema de saúde está quase completamente em colapso, com os hospitais sobrecarregados e os médicos forçados a cuidar de um número crescente de vítimas com cada vez menos recursos.

- Choque -

O navio francês começou a atender pacientes em novembro, perto da costa do porto de El-Arish, 50 km a oeste da fronteira do Egito com Gaza. No convés do navio, um grupo de pacientes e seus familiares se reúnem em torno de uma mesa, jogando cartas.

Entre eles estava Nesma Abu Gayad, uma palestina gravemente ferida quando sua casa foi bombardeada.

"Fui tratada em alguns hospitais de Gaza antes de chegar ao Egito", disse ela à AFP, que perdeu o pé esquerdo.

"O próximo passo será uma prótese, mas preciso de uma referência e de viajar para o exterior para recebê-la", explicou.

Marine, uma médica francesa do "Dixmude" que forneceu apenas seu primeiro nome, disse que o navio recebeu apenas 120 pacientes, todos casos graves que exigiram longos períodos de internação.

Trata-se de uma pequena minoria entre as mais de 62.000 pessoas feridas em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território.

Salle, outra médica francesa a bordo do "Dixmue", ficou chocada com os ferimentos que diz ter encontrado.

"Sou militar, de modo que trato dos ferimentos de guerra dos nossos soldados franceses e aliados. Mas o que me chocou foi encontrá-los em civis", afirmou.

O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, insistiu nesta segunda-feira (22) em uma solução baseada em dois Estados para o conflito israelense-palestino, e garantiu que Israel não conseguirá alcançar a paz em Gaza apenas com meios militares.

"Queremos construir uma solução de dois Estados. Então, vamos conversar sobre isso", disse Borrell ao chegar a uma reunião de ministros das Relações Exteriores da UE em Bruxelas.

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Borrell fez estas declarações antes de os ministros europeus realizarem reuniões separadas em Bruxelas com o chanceler israelense, Israel Katz, e seu homólogo palestino, Riyad al Maliki.

Segundo Borrell, "a paz e a estabilidade não podem ser construídas apenas por meios militares. (...) Qual outra solução vocês consideram? Fazer todos os palestinos partirem? Matá-los?".

O chanceler espanhol, José Manuel Albares, afirmou que Madri defende a convocação de uma conferência da paz para "implementar a solução de dois Estados".

"Um Estado palestino realista e viável envolve Gaza e a Cisjordânia sob a mesma Autoridade Nacional palestina, conectadas por um corredor para que haja continuidade territorial, com acesso ao mar através de um porto em Gaza, e com a sua capital em Jerusalém Oriental", disse o ministro.

- Contatos de alto nível -

Os ministros da UE também convidaram seus homólogos saudita, Faisal Bin Farhan Al Saud, jordaniano, Ayman Safadi, e egípcio, Sameh Shoukry. Também está previsto um diálogo com o secretário-geral da Liga Árabe, o egípcio Ahmed Abul Gheit. Nenhum encontro presencial entre Katz e Riyad al Maliki está programado.

De todos estes interlocutores árabes, os ministros da UE querem conhecer seus pontos de vista, já que Bruxelas considera que todos eles poderão desempenhar um papel importante após o fim do conflito.

Uma fonte diplomática da UE admitiu que não se espera nenhuma decisão concreta dessas negociações, mas acrescentou que a presença de Katz e de Al Maliki em Bruxelas no mesmo dia deve ser vista como um "símbolo forte".

"Acho que não devemos ter expectativas muito altas (...). A ideia é ter uma discussão aprofundada (...), tentar perceber qual é a posição de cada um", disse a mesma fonte.

A UE já manifestou a sua preocupação com o alto número de vítimas nos bombardeios lançados por Israel contra Gaza após o ataque do Hamas em 7 de outubro, que deixou cerca de 1.140 mortos em solo israelense.

De acordo com o movimento islamista palestino, mais de 25 mil pessoas morreram em Gaza até o momento pelos ataques de Israel.

No entanto, o bloco não conseguiu até agora alcançar uma posição unificada sobre a necessidade de um cessar-fogo.

- Tensão no Mar Vermelho -

Na sexta-feira, em um discurso na Universidade de Valladolid, na Espanha, Borrell lamentou a recusa de Israel em criar um Estado palestino.

No mesmo discurso, Borrell observou que Israel "criou" e "financiou" o Hamas como forma de enfraquecer a influência da Fatah, o movimento secular do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, com sede na Cisjordânia.

Na reunião desta segunda-feira, os ministros europeus também planejam discutir uma possível missão da UE no Mar Vermelho, onde os rebeldes huthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, atacaram vários navios mercantes.

A ideia é implantar três navios de combate no Mar Vermelho. Por enquanto, Itália, França, Países Baixos, Alemanha e Bélgica manifestaram vontade de participar, enquanto Espanha se distanciou da iniciativa.

Segundo a ideia original, a missão naval da UE teria a missão de derrubar mísseis ou drones lançados pelos huthis contra navios mercantes, mas não de realizar ataques a alvos terrestres no Iêmen.

Estados Unidos e Reino Unido, países da Otan, já realizaram vários ataques aéreos contra alvos huthis no Iêmen.

No entanto, a decisão sobre essa missão é esperada apenas no próximo mês, uma vez que ainda há detalhes por definir.

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A agência espacial japonesa desligou a alimentação elétrica de sua sonda SLIM, menos de três horas depois de seu pouso histórico, com o objetivo de poupar suas baterias, na esperança de restaurar suas funções.

Existe uma "possibilidade" de que o módulo de pouso lunar Smart Lander for Investigating Moon (SLIM), que teve um problema com seus painéis solares, possa ser reativado, disse a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (22).

"Segundo os dados telemétricos, as células solares da SLIM estão orientadas para o oeste. Se, no futuro, a luz solar chegar à Lua pelo oeste, acreditamos que seja possível produzir energia e, no momento, estamos nos preparando para seu restabelecimento", declarou a agência.

"Conseguimos completar a transmissão de dados técnicos e imagens adquiridas durante a descida e na superfície lunar antes do corte de energia", disse a JAXA na rede social X, acrescentando que se recebeu um "grande volume de dados".

O Japão se tornou no sábado (20) o quinto país a conseguir um pouso bem-sucedido na Lua.

Após 20 minutos de descida, a JAXA disse que seu módulo pousou na superfície da Lua e conseguiu estabelecer comunicação.

Os painéis solares pararam de funcionar, porém, o que significa que sua sonda, apelidada de "Moon Sniper" ("franco-atirador lunar" em tradução literal) por sua tecnologia de precisão, terá bateria apenas por "algumas horas", disse Hitoshi Kuninaka, da agência JAXA.

Os responsáveis pela missão priorizaram a coleta de dados enquanto fosse possível, embora Kuninaka tenha sugerido que as baterias poderão voltar a funcionar assim que o ângulo da luz solar mudar.

SLIM é uma das muitas novas missões lunares que países e empresas privadas lançaram 50 anos depois de Neil Armstrong pisar na superfície do satélite da Terra.

- "Sucesso" -

A JAXA espera poder analisar os dados obtidos durante o pouso na Lua, o que ajudará a determinar se a sonda cumpriu seu objetivo de se colocar em um raio de 100 metros do local previsto.

A SLIM deveria pousar em uma cratera, na qual se acredita ser possível acessar o manto da Lua, a camada abaixo da crosta que normalmente é encontrada em grande profundidade.

As duas sondas foram implantadas com sucesso, disse a JAXA. Uma está equipada com um transmissor, e outro foi projetada para rodar pela superfície lunar e enviar as imagens de volta à Terra.

Este pequeno veículo espacial, um pouco maior do que uma bola de tênis, foi desenvolvido em conjunto com a empresa que criou os brinquedos Transformer.

Embora a precisão do pouso precise ser verificada, "acho que a missão é um grande sucesso", disse Jonathan McDowell, astrônomo do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian.

As duas missões anteriores do Japão, uma pública e outra privada, fracassaram.

Em 2022, o país insular enviou a sonda lunar Omotenashi, sem sucesso, como parte da missão americana Artemis 1. Em abril, a "startup" ispace tentou se tornar a primeira empresa privada a chegar à Lua, mas perdeu a comunicação com sua nave após um "pouso forçado".

Pelo menos 47 pessoas foram soterradas em um deslizamento de terra na província de Yunnan, no sudoeste da China, nesta segunda-feira (22), informou a imprensa estatal.

O colapso ocorreu às 5h51 (18h51 de domingo em Brasília no condado de Zhenxiong, nordeste de Yunnan, de acordo com a agência estatal Xinhua.

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A televisão estatal CCTV informou que em torno de 18 casas foram soterradas e que mais de 200 pessoas foram "retiradas com urgência" na região.

Duas pessoas foram encontradas mortas na área à tarde, relatou a CCTV, citando um jornalista no local.

As autoridades lançaram uma resposta de emergência com mais de 200 equipes de resgate e dezenas de caminhões de bombeiros, entre outros equipamentos, segundo a CCTV.

"Na hora, achei que fosse um terremoto, mas depois vi que era a colina colapsando", disse um morador à mesma emissora.

Imagens de uma emissora de televisão local transmitidas nas redes sociais mostram socorristas em trajes laranja e de capacete em formação frente a uma estação dos bombeiros.

Em outras imagens, as equipes de resgate aparecem escavando em meio às casas soterradas, onde eram visíveis alguns pertences pessoais.

O presidente chinês, Xi Jinping, pediu "todos os esforços possíveis", segundo a CCTV.

Xi "exigiu que se organizem rapidamente forças de resgate (...) e que se façam esforços para reduzir as baixas, medida do possível", acrescentou a rede.

O presidente também lembrou que é "necessário conduzir adequadamente o trabalho de dar alívio às famílias dos mortos e realocar as pessoas afetadas".

A CCTV transmitiu a imagem de um bombeiro resgatando um morador preso em uma casa.

O chefe da aldeia rural onde ocorreu o incidente se recusou a comentar o incidente, ao ser contactado por telefone pela AFP, afirmando estar "muito ocupado".

As temperaturas em Zhenxiong atingiram -4°C na manhã desta segunda-feira, de acordo com dados meteorológicos.

A Xinhua indicou que estão em curso esforços para determinar o que aconteceu.

Deslizamentos de terra são comuns em Yunnan, uma região remota da China onde cadeias de montanhas escarpadas colidem com o planalto do Himalaia.

A China sofreu uma série de desastres naturais nos últimos meses, alguns causados por condições climáticas extremas.

Em um deles, em agosto passado, mais de 20 pessoas morreram em um deslizamento de terra causado por fortes chuvas na cidade de Xi'an, no norte do país.

Em setembro, chuvas torrenciais na região sul de Guanxi causaram um deslizamento de terra que matou pelo menos sete pessoas, segundo a imprensa local. E, em junho, um deslizamento de terra na província de Sichuan, no sudoeste do país - também remota e montanhosa - deixou 19 mortos.

O turismo mundial vai recuperar este ano seu nível anterior à pandemia da Covid-19, depois de um bom 2023 para o setor em praticamente todas as regiões, incluindo o continente americano, anunciou a agência da ONU especializada nesse setor.

Cerca de 1,3 bilhão de turistas viajaram para o exterior no ano passado, em comparação com 900 milhões em 2022, e 450 milhões, em 2021, afirmou a Organização Mundial do Turismo (OMT), com sede em Madri, em um comunicado.

O número do ano passado equivale a 88% do nível de 2019, antes da pandemia, ano em que 1,46 bilhão de turistas viajaram pelo mundo, o que foi um recorde.

A recuperação do ano passado se deveu a um forte impulso no Oriente Médio, onde as chegadas de turistas ultrapassaram o nível de 2019 em 22%, mas também no continente americano, onde atingiram 90% do nível de 2019.

Embora a OMT não tenha apresentado números específicos, observou que as sub-regiões da América Central e Caribe também ultrapassaram, em 2023, os níveis anteriores à emergência sanitária.

Na Europa, principal destino turístico do mundo, a atividade atingiu 94% de seu nível pré-pandemia.

"Os dados mais recentes da OMT destacam a resiliência e a rápida recuperação do turismo", celebrou o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, no comunicado.

"Essa recuperação já está tendo um forte impacto nas economias, no emprego, no crescimento e nas oportunidades para as comunidades em todo o mundo", observou.

- Otimismo matizado -

Uma estimativa preliminar divulgada pela OMT indica que as receitas geradas pelo turismo internacional atingiram US$ 1,4 bilhão (R$ 6,8 bilhões) no ano passado. A contribuição econômica do turismo, incluindo o tráfego aéreo, chegou a 3% do PIB global.

Essa tão aguardada recuperação deve continuar nos próximos meses. Segundo a agência da ONU, este ano, as chegadas de turistas devem superar o nível de 2019 em 2%, marcando um novo recorde.

De acordo com a OMT, a atividade se beneficiará do aumento do turismo na China, graças à flexibilidade do regime de vistos para muitos países, incluindo França, Alemanha e Itália, e às viagens de cidadãos chineses para outras partes do mundo.

A recuperação do turismo chinês deve beneficiar a Espanha, o segundo destino mundial no ano passado com 84 milhões de turistas recebidos, um número inédito, conforme o governo.

"Estamos no caminho certo para que continuemos assim em 2024", afirmou o ministro espanhol do Turismo, Jordi Hereu, em entrevista coletiva.

A previsão poderá ser afetada, no entanto, pelas "turbulências econômicas e geopolíticas", especialmente no Oriente Médio, onde o turismo deverá ser afetado pelas consequências do conflito entre Israel e o Hamas, afirmou a OMT.

"A inflação persistente, as taxas de juro elevadas, os preços voláteis do petróleo e as perturbações no comércio poderão continuar impactando nos custos de transporte e alojamento em 2024", advertiu.

Nesse contexto, os turistas poderão preferir visitar "destinos mais próximos", acrescentou a OMT.

O módulo Moon Sniper do Japão iniciará na meia-noite de sexta-feira para sábado (20) a sua tentativa de chegar à Lua, que, se for bem-sucedida, colocaria o arquipélago asiático no seleto grupo de países a conseguir um pouso controlado no satélite da Terra.

Com sua missão Smart Lander for Investigating Moon (SLIM), o Japão quer se tornar a quinta nação a alcançar uma alunissagem com êxito, depois dos Estados Unidos, União Soviética, China e Índia.

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Mas o módulo de pouso lunar japonês, com uma sonda rolante desenvolvida por uma empresa de brinquedos, foi projetado para fazer isso com uma precisão sem precedentes.

O lançamento desta nave, apelidada de Moon Sniper, será realizado pela agência espacial japonesa (JAXA, na sigla em inglês) a partir da 00H00 desta sexta-feira (19) para sábado, no Japão (12H00 de sexta em Brasília).

Caso tudo corra conforme o planejado, o pouso pode ocorrer apenas 20 minutos depois.

A nave deve ser posicionada em um raio de 100 metros em relação ao ponto de referência fixado na superfície do satélite, uma margem muito mais estreita do que as habituais áreas de pouso de vários quilômetros.

Um êxito reverteria a má fase do setor aeroespacial japonês, que acumulou duas missões lunares e vários lançamentos de foguetes mal-sucedidos.

Bem como a Índia, que lançou o seu primeiro programa espacial de baixo custo em agosto, a missão japonesa têm como objetivo o polo sul da Lua, muito pouco explorado.

Segundo Emily Brunsden, um pouso seguro no satélite natural terrestre seria "algo muito importante", disse a professora de astrofísica e diretora do Astrocampus da Universidade de York.

"A precisão de pouso de Moon Sniper é um enorme salto tecnológico que permitirá projetar missões para abordar questões de pesquisa muito mais específicas", explicou à AFP.

Mas a missão é "excepcionalmente complexa tecnologicamente", alertou Brunsden. "Geralmente há apenas uma chance de acertar, então o menor erro pode levar ao fracasso", acrescentou.

- Origem da Lua -

O módulo de pouso tentará se colocar em uma cratera, de onde acredita-se que será capaz de acessar o manto da Lua, a camada interna sob sua crosta.

"As rochas aqui expostas são cruciais para a investigação sobre a origem da Lua e da Terra", disse à AFP Tomokatsu Morota, professor da Universidade de Tóquio especializado em exploração lunar e planetária.

A precisão da nave será crucial em sua tentativa de se estabilizar no terreno rochoso e irregular, que examinará com uma câmera, segundo Morota.

A agência espacial japonesa já havia conseguido pousar em um asteroide, mas o desafio é maior na Lua porque a gravidade é mais intensa.

A missão também quer entender o mistério sobre a possível presença de água no satélite, fator-chave para a eventual construção de bases lunares.

"A possibilidade da comercialização lunar depende da existência de água nos polos", afirmou Morota.

A sonda esférica e metálica da missão, com um tamanho um pouco maior que uma bola de tênis e equipada com uma câmera, foi desenvolvida pela Jaxa junto à empresa de brinquedos Takara Tomy.

Mais de 50 anos após o ser humano chegar à Lua, diversos países e empresas privadas tentam alcançar o feito. No entanto, muitos terminam em explosões, falhas de comunicação e outros problemas técnicos.

Neste mês, um módulo de pouso lunar americano de uma empresa privada teve que retornar à Terra por conta de um vazamento de combustível e a Nasa adiou os planos de enviar missões tripuladas à Lua de seu programa Artemis.

Rússia, China, Coreia do Sul e Emirados Árabes Unidos, entre outros, também tentam chegar ao corpo celeste.

Em 2022, o Japão enviou, sem sucesso, a sonda lunar Omotenashi como parte da missão americana Artemis 1.

Em abril do ano passado, a startup ispace tentou se tornar a primeira empresa privada a chegar à Lua, mas perdeu a comunicação com sua espaçonave após um "pouso forçado".

A Coreia do Norte informou, nesta sexta-feira (19), que testou um "sistema de armamento nucleares submarino" em resposta aos exercícios navais conjuntos de Washington, Seul e Tóquio, envolvendo um porta-aviões nuclear americano.

Os exercícios "ameaçavam seriamente a segurança" do Norte, por isso, em resposta, Pyongyang "fez um importante teste de seu sistema de armamento nuclear submarino Haeil-5-23", de acordo com um comunicado do Ministério da Defesa feito pela agência de notícias estatal KCNA.

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No ano passado, o isolado país comunista já havia anunciado a realização de vários testes de um suposto drone submarino de ataque nuclear (uma versão diferente do Haeil) que poderia desencadear "um tsunami radioativo". À época, analistas duvidaram de que Pyongyang tivesse esse tipo de armamento.

Esta semana, Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão fizeram exercícios navais ao longo da costa da ilha de Jeju que, segundo os países aliados, seria uma resposta ao lançamento de um míssil hipersônico, por parte da Coreia do Norte, no domingo (14).

As manobras mobilizaram nove navios dos três países, incluindo o porta-aviões americano "USS Carl Vinson".

Um porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Norte disse nesta sexta-feira que esses exercícios "constituem uma causa de maior desestabilização da situação regional e são um ato que ameaça seriamente a segurança", segundo a KCNA.

O porta-voz não revelou a data exata do teste, mas disse ter garantido que sua "postura de contra-ataque submarino baseada em armas nucleares está se aperfeiçoando ainda mais".

"Suas diferentes ações de resposta marítima e submarina continuarão dissuadindo as manobras militares hostis dos navios dos Estados Unidos e de seus aliados", acrescentou.

A situação na Península Coreana piorou nos últimos meses, com ambos os lados renunciando a um acordo fundamental para conter as tensões, o que aumenta sua segurança fronteiriça.

Na semana passada, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, declarou o vizinho do Sul como seu "principal inimigo" e dissolveu as agências governamentais dedicadas a promover a cooperação e a reunificação da península. Também ameaçou iniciar uma guerra, se Seul violar "nem que seja 0,001 milímetro" de seu território.

- Mobilização de drones? -

O novo anúncio do teste submarino "é um claro sinal da mobilização dos drones Haeil para usá-los em sua frota marítima", disse Hong Min, analista do Instituto Coreano para a Unificação Nacional, em Seul.

"O comunicado do Norte ilustra a posição de Pyongyang de que responderá proporcionalmente aos exercícios militares do Sul, do Japão e dos Estados Unidos", acrescentou.

Ainda assim, o Norte parece que tenta não "cruzar a linha para provocar um conflito armado".

Ahn Chan-il, um desertor norte-coreano que se tornou analista do Instituto Mundial de Estudos Norte-Coreanos, disse à AFP que era "difícil determinar as capacidades exatas" do suposto sistema de armas nucleares submarinas de Pyongyang.

"Considerando o nível científico em matéria de defesa da Coreia do Norte e o fato de a arma ainda esteja em fase de desenvolvimento, ainda não se encontra em uma etapa que represente uma ameaça significativa", afirmou.

Em sua habitual reunião política no final do ano, Kim ameaçou um ataque nuclear contra o Sul e pediu o reforço do arsenal militar de seu país ante uma guerra que pode "estourar a qualquer momento".

No domingo, a Coreia do Norte disparou um míssil hipersônico de combustível sólido e dias antes de realizar exercícios de fogo real perto da tensa fronteira marítima com o Sul.

Em resposta, Seul ordenou manobras de seu Exército e evacuou algumas ilhas perto da fronteira. No final do ano anterior, Kim conseguiu pôr em órbita o primeiro satélite espião do país, para o qual, segundo Seul, recebeu ajuda da Rússia em troca do fornecimento de armas para Moscou para a guerra na Ucrânia.

A Inteligência Artificial (IA) generativa poderia revolucionar o cuidado com a saúde, facilitando, por exemplo, o desenvolvimento de medicamentos ou acelerando a detecção de doenças, mas a OMS acredita que é necessário prestar mais atenção aos riscos.

Em um documento publicado nesta quinta-feira (18), a Organização Mundial da Saúde analisou os perigos e benefícios do uso de grandes modelos multimodais (LMM, na sigla em inglês), um tipo de tecnologia de IA generativa em ascensão na área da saúde.

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Esses LMM podem utilizar vários tipos de dados, incluindo texto, imagens e vídeos, e gerar resultados que não se limitam ao tipo de dados inseridos no algoritmo.

A organização define cinco áreas que poderiam utilizar a tecnologia: triagem, para responder, por exemplo, a solicitações por escrito dos pacientes; pesquisa científica e desenvolvimento de medicamentos; para fins de educação na medicina e enfermagem; tarefas administrativas; e uso por parte dos pacientes, por exemplo, para analisar sintomas.

Por trás do grande potencial, entretanto, a OMS adverte que os LMM podem fornecer resultados falsos, imprecisos, tendenciosos ou incompletos.

"À medida que os LMM são cada vez mais utilizados na assistência médica e na medicina, os erros, o mau uso e, portanto, os prejuízos para as pessoas são inevitáveis", afirmou a OMS.

- Gigantes tecnológicos -

O documento também apresentou novas diretrizes sobre ética e gerenciamento dos LMM, com mais de 40 recomendações para governos, empresas de tecnologia e planos de saúde sobre como se beneficiar dessa tecnologia de maneira segura.

"As tecnologias de IA generativa têm o potencial de melhorar os cuidados de saúde, mas apenas se aqueles que desenvolvem, regulam e usam essas tecnologias identificarem e levarem plenamente em consideração os riscos associados", afirma o cientista-chefe da OMS, Jeremy Farrar.

A organização pede a criação de normas de responsabilidade para "garantir que os usuários prejudicados por um LMM sejam devidamente indenizados ou tenham outras formas de recurso".

A organização também questionou se os LMM estariam cumprindo as regulamentações existentes, especialmente em relação à proteção de dados.

Além disso, o fato de que os grandes modelos multimodais são frequentemente desenvolvidos e implementados por gigantes tecnológicos é preocupante, segundo a OMS, que recomenda a participação de profissionais de saúde e pacientes no processo.

Outro ponto mencionado pela OMS foi a vulnerabilidade desses sistemas frente os riscos de cibersegurança, que poderiam comprometer as informações dos pacientes e até mesmo a segurança da assistência médica.

Por fim, a organização conclui que os governos deveriam encarregar as autoridades reguladoras de aprovar o uso dos LMM na assistência médica, e pede auditorias para avaliar o impacto dessa tecnologia.

Todas as terças-feiras, centenas de aposentados se reúnem na cafeteria de uma loja de móveis e decoração Ikea em Xangai, com a esperança de encontrar um companheiro, apaixonar-se e romper a solidão que invade a derradeira etapa de suas vidas.

Neste dia, idosos ocupam a maioria das mesas da espaçosa cafeteria da loja em Xangai, trocando as clássicas almôndegas suecas da casa por seus próprios sanduíches, chá e até bebidas alcoólicas trazidas de casa.

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Este encontro semanal acontece há mais de dez anos, embora a empresa sueca tenha tentado impedir que sua cafeteria fosse sede deste singular clube dos corações solitários.

"Não tenho vergonha de dizer isso, não são apenas os jovens que precisam de amor. Os idosos também", disse à AFP Qingqing, ex-diretor de uma casa de repouso.

Na China, há mais de 297 milhões de pessoas de 60 anos, ou mais, e cerca de 25% são solteiros, de acordo com dados oficiais. No passado, os núcleos familiares multigeracionais eram a regra, mas atualmente muitos idosos vivem solitários.

Em uma pesquisa de 2016 da Universidade Renmin, em Pequim, um idoso em cada quatro disse se sentir sozinho.

"Estou sozinho o tempo todo. Sinto que a vida é chata na minha idade... Sempre quis ter uma companheira", comentou Gu Yijun, um instrutor de direção aposentado de 73 anos.

Ele costuma viajar uma hora e meia de transporte público para chegar aos encontros, confiante em suas chances de sucesso. "É também uma forma de relaxar e se divertir. Melhor do que se olhar no espelho em casa", disse à AFP.

- "Cuidado e interação" -

A maioria dos que frequentam as reuniões conta que soube do evento por amigos.

"Há algumas dificuldades práticas para irmos a lugares mais elegantes", comenta Xu Yizhen, amiga de Qingqing.

Inicialmente, a Ikea tentou impedir as reuniões, aumentou a segurança, isolando mesas e colocando cartazes de proibição. Mas teve de ceder quando o assunto foi noticiado na imprensa chinesa e internacional.

A multinacional "compreendeu a solidão dos idosos deste bairro que precisam de cuidados e interação, por isso a loja lhes oferece um lugar onde podem se sentir em casa e encontrar amigos", disse um representante da empresa à AFP.

Mas essa loja de móveis e decoração não é o único ponto de encontro da terceira idade em Xangai. Alguns também frequentam o Parque do Povo nos finais de semana.

As possibilidades de encontrar um amor verdadeiro em um local, ou outro, são difíceis de prever. Alguns não consideram fácil encontrar um companheiro nas reuniões da Ikea.

O pintor Li Shiqi, um frequentador há dez anos, disse que alguns frequentadores têm padrões "bem altos".

"Disseram-me que a taxa de sucesso aqui é inferior a 3%", afirma.

Mas Li teve sorte no mês passado, embora sua paquera esteja viajando.

"Tínhamos uma queda um pelo outro por causa de sua boa aparência e de sua idade relativamente jovem", disse o homem de 74 anos.

"Se estivermos prontos para iniciar um relacionamento amoroso, quando ela voltar, ficaremos juntos", afirma.

A Apple permitirá que aplicativos usem sistemas alternativos de pagamento, mas sob condições que já preocupam desenvolvedores como a Epic Games, que travou uma batalha jurídica por mais de três anos sobre o assunto.

"A Epic desafiará o plano de conformidade de má-fé da Apple nos tribunais", disse o CEO da Epic, Tim Sweeney, na rede social X na noite de terça-feira.

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A Apple acabou de detalhar as mudanças que implementará em um documento judicial.

O grupo californiano vai agora permitir que desenvolvedores de aplicativos nos Estados Unidos possibilitem que seus usuários façam compras digitais (em videogames, assinaturas, entre outros) sem passar pelo sistema de pagamento da App Store, algo que até agora era inevitável.

Se a mudança for concluída, os desenvolvedores não pagarão mais à Apple uma comissão de até 30%, mas ainda terão de pagar uma comissão de 27% e cumprir outras condições restritivas, segundo os advogados da Apple "para minimizar os riscos consideráveis de links externos pagos".

"Esses termos são necessários para proteger a privacidade e a segurança dos usuários, manter a integridade do ecossistema Apple, promover o fluxo de informações, evitar confusão dos usuários e permitir uma revisão eficaz dos aplicativos dos desenvolvedores", argumentam.

A Apple planeja auditar os desenvolvedores para verificar se eles estão pagando essa comissão.

"Isso acaba com a concorrência de preços. Os desenvolvedores não podem oferecer produtos digitais mais baratos na web depois de pagar 3% a 6% a um processador de pagamentos terceirizado, e este novo imposto da Apple de 27%", protestou Sweeney.

O dirigente da Epic também critica a Apple por excluir os usuários do "fluxo normal de pagamentos do aplicativo", o que, em sua opinião, poderia desencorajá-los.

A Epic acusa a Apple e o Google de abusarem de seu poder sobre a economia móvel global por meio de seus sistemas operacionais iOS e Android.

O movimento de abanar o rabo dos cachorros pode ter surgido durante o processo de domesticação, como traço selecionado diretamente pelos seres humanos, ou pode ter sido um subproduto da seleção de outros traços, como a docilidade.

As hipóteses evolutivas emergiram a partir de recentes pesquisas científicas, publicadas na revista Biology Letters por pesquisadores das Universidades de Turim e La Sapienza de Roma, juntamente com a Universidade de Medicina Veterinária de Viena e o Instituto Max Planck de Psicolinguística nos Países Baixos.

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Os cães convivem com os humanos há cerca de 35 mil anos, mas muitos de seus comportamentos ainda permanecem um enigma científico, como o abanar da cauda.

Sabe-se que a cauda é movida para o lado direito em resposta a estímulos positivos (como a visão do dono) e para o lado esquerdo em caso de emoções negativas (como aquelas provocadas pela visão de um cão desconhecido e dominante). No entanto, ainda não é totalmente claro como esse comportamento evoluiu.

Uma primeira hipótese sugere que o comportamento de balançar a cauda pode ter sido um dos objetivos do processo de domesticação, com os humanos inconscientemente selecionando cães que balançavam a cauda com mais frequência e ritmicamente.

Estudos multidisciplinares mostram que o cérebro humano é atraído por estímulos rítmicos, que desencadeiam respostas agradáveis envolvendo as redes cerebrais do sistema de recompensa.

Uma segunda hipótese sugere a existência de uma ligação genética entre a docilidade e a anatomia da cauda dos cães: a seleção inicial para a docilidade pode ter causado alterações no desenvolvimento com repercussões em vários traços, como a anatomia da cauda.

Isso estaria em linha com os resultados de um experimento de longo prazo que tentou replicar o processo de domesticação em raposas prateadas, criadas por 40 gerações e selecionadas diretamente pela docilidade.

De acordo com ambas as hipóteses, a seleção do comportamento de balançar a cauda pode não ter sido uniforme entre as diferentes raças: por exemplo, cães de caça podem balançar a cauda com mais frequência do que cães pastores e ter sido submetidos a pressões seletivas diferentes durante o processo de domesticação.

Da Ansa

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