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O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, e o líder da oposição, Pedro Sánchez, concordaram em convocar eleições regionais na Catalunha para janeiro de 2018 caso o governo intervenha na comunidade autônoma e destitua suas lideranças.

O pacto foi confirmado pela ex-ministra da Cultura e dirigente do Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe) Carmen Calvo, em entrevista à emissora pública "TVE". "O secretário-geral [do Psoe] Pedro Sánchez tem claro que isso é para levar a Catalunha às eleições", declarou.

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Segundo ela, a intenção do governo, liderado pelo conservador Partido Popular (PP), e do Psoe é fazer com que a iminente intervenção na Catalunha seja a menor possível. No entanto, Calvo acrescentou que seria "estupendo" se o presidente da comunidade autônoma, Carles Puigdemont, se antecipasse e convocasse ele mesmo as eleições.

Neste sábado (21), Rajoy presidirá uma reunião extraordinária do Conselho dos Ministros para ativar o artigo 155 da Constituição, que dá ao governo nacional o poder de suspender a autonomia de regiões consideradas em desacordo com a lei.

O premier deu por não respondida a carta enviada na semana passada a Puigdemont, na qual era questionado se a Catalunha havia de fato declarado sua independência. Para aplicar o artigo 155, Rajoy precisa do aval do Senado, onde tem ampla maioria, mas ele tenta costurar um acordo com a oposição para dar mais respaldo às suas ações.

Além de autorizar Madri a convocar eleições antecipadas na comunidade autônoma, o artigo 155 também permite que o governo assuma o controle dos Mossos d'Esquadra, nome da força policial catalã, e da emissora pública local, além de suas finanças.

A expectativa é que o Senado aprove a suspensão da autonomia da Catalunha no dia 27 de outubro. Puigdemont e os partidos separatistas que formam sua base aliada ameaçam formalizar a declaração de independência caso isso aconteça.

Não há dúvidas que um grande terremoto irá atingir Los Angeles, a pergunta é quando. As autoridades realizaram nesta quinta-feira (19) uma simulação, que ocorreu também em outras regiões do país. "Hoje é uma simulação, amanhã pode ser real", disse o prefeito Eric Garcetti.

E tanto pode ser que horas antes do terremoto de 7,1 graus de magnitude que matou 369 pessoas no México em 19 de setembro foi realizada uma simulação.

"Quando um desastre natural acontece precisamos ter um plano. É hora de levarmos a sério, de ter um plano e colocá-lo em prática. Vimos as imagens do México (...), isso poderia ter acontecido conosco", acrescentou o prefeito.

A falha de San Andreas, de 1.300 quilômetros, passa pela metrópole californiana, onde muitas pessoas não estão preparadas para o chamado "The Big One".

Em 17 de janeiro de 1994, um sismo de magnitude 6,7 em Los Angeles deixou 57 mortos e mais de 8.700 feridos.

O exercício, que acontece pelo 10º ano em todo 19 de outubro às 10h19 (15h19 de Brasília), simula um terremoto de 7,8 graus de magnitude, com um estimativa de 1.800 mortos e 213 bilhões de dólares em perdas no sul da Califórnia.

No museu de História Natural, um grupo de 10 crianças participou da simulação.

Entre elas estava Corina Méndez, de oito anos. Com tristeza, repetia a lição: "se agache, coloque as mãos sobre a cabeça e vire para a parede".

A simulação, feita em escolas e algumas bibliotecas, serve de treinamento para corpos voluntários de emergência. Em um jardim em frente ao museu, instalaram uma zona de atendimento aos feridos, dividida em cores de acordo com a gravidade.

Um simulador, instalado em uma espécie de trailer, permite sentir a brusca sacudida que muitos em Los Angeles e no resto da Califórnia ainda não sentiram.

"Los Angeles é a cidade mais preparada dos Estados Unidos, que é o mesmo que dizer que não estamos preparados", indicou Garcetti.

"Nenhuma cidade está", continuou, explicando que tudo depende da intensidade do terremoto.

Atualmente, a Prefeitura está desenvolvendo um aplicativo de alerta precoce, previsto para o ano que vem.

"Este é um dos dias mais importantes do ano", disse Garcetti. "Alguns acham que outros dias - aniversários, feriados - são mais importantes, mas este é o maior e mais importante dia do ano".

Pesquisadores da agência japonesa de exploração espacial (Jaxa) descobriram uma imensa cavidade subterrânea de 50 quilômetros de extensão na Lua, que alguns especialistas dizem que pode um dia servir para instalar uma base espacial.

Os dados da sonda de observação lunar japonesa Selene confirmaram a existência desta gruta, de 100 metros de largura e 50 quilômetros de extensão, que pode ter sido um túnel de lava vulcânica há 3,5 bilhões de anos.

"Acreditávamos que houvesse lugares como este (...) mas ainda não havíamos confirmado", declarou Junichi Haruyama, pesquisador da Jaxa, à AFP, nesta quinta-feira.

Localizado sob a área das colinas Marius, este enorme túnel poderia proteger os astronautas de variações de temperatura significativas e da radiação perigosa à qual estão expostos na superfície lunar, explicou Haruyama.

"Ainda não vimos o interior da caverna e esperamos que sua exploração nos dê mais detalhes", acrescentou.

Em junho passado, o Japão anunciou um projeto para enviar um astronauta para a Lua em 2030.

A primeira etapa do projeto consiste em participar de uma missão da Nasa (a agência espacial americana) para construir uma estação espacial em órbita em torno da Lua em 2025.

Já os Estados Unidos querem voltar para a Lua no âmbito de um programa de longo prazo, com o objetivo de enviar astronautas a Marte em 2030. A empreitada contaria com a participação de outras agências espaciais.

Um atentado realizado pelo grupo fundamentalista islâmico Talibã na província de Kandahar, no sul do Afeganistão, na noite da última quarta-feira (18), deixou pelo menos 43 militares mortos.

O ataque ocorreu em uma base do Exército afegão e começou com a explosão de dois carros-bomba. Em seguida, numerosos insurgentes invadiram o edifício militar e trocaram tiros durante horas com as forças de segurança.

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O Exército recebeu a ajuda da missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no país asiático, que atacou as posições talibãs e matou 10 terroristas. Seis soldados afegãos ainda estão desaparecidos.

Os carros-bomba utilizados na ação eram veículos de reconhecimento norte-americanos Humvee, roubados durante o longo conflito que assola a nação. Também na noite de quarta, seis agentes da Polícia do Afeganistão morreram em um tiroteio com talibãs na província setentrional de Balkh.

Na última terça-feira (17), uma série de ataques do grupo fundamentalista já havia deixado cerca de 80 mortos em quatro províncias do país. Tirado do poder pela invasão norte-americana de 2001, o Talibã segue ativo até hoje e comete recorrentes ataques no Afeganistão.

Os Estados Unidos ainda mantêm cerca de 10 mil soldados no país e estudam aumentar o contingente para conter o grupo fundamentalista. Os conflitos na nação asiática já geraram uma população de 1,8 milhão de deslocados internos e espalharam cerca de 2,5 milhões de refugiados pelo mundo.

O padre italiano Maurizio Pallù, que havia sido sequestrado na Nigéria, retornou a seu país nesta quinta-feira (19) e foi acolhido por fiéis e amigos no Aeroporto de Florença, sua cidade natal.

O sacerdote foi libertado na última quarta (18), seis dias depois de ter sido raptado por um bando armado nos arredores de Benin City, no sul do país africano, onde trabalhava como missionário havia três anos. Ele estava com um padre e uma estudante nigerianos.

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"O Senhor nos ajudou. Os anjos, os santos e a Virgem lutaram a nosso lado. Cristo renasceu, é o senhor da vida e da morte. Evangelizaremos a Nigéria, a África, o mundo", declarou Pallù ao desembarcar na Itália. Quando os jornalistas se aproximaram para entrevistá-lo, ele se limitou a dizer que queria ir para casa.

Ainda antes de deixar a Nigéria, o padre afirmou a uma emissora italiana que seus sequestradores eram muçulmanos, mas que o crime não tivera motivações religiosas. As circunstâncias de sua libertação não foram divulgadas. 

A agência federal de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, a FDA, aprovou nesta quarta-feira (18) a comercialização da segunda terapia gênica no mundo para tratar linfomas agressivos.

Este novo tipo de tratamento consiste em modificar geneticamente o sistema imunológico de um doente para combater as células cancerígenas.

A FDA (Food and Drug Administration) havia autorizado em agosto a primeira terapia gênica, o Kymriah, do laboratório Novartis, para tratar uma forma muito agressiva de leucemia em crianças e adultos jovens.

A Yescarta, aprovada esta semana, foi desenvolvida inicialmente pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos e a patente foi adquirida pela empresa Kite Pharma. Esta foi comprada recentemente pelo grupo Gilead por 11,9 bilhões de dólares.

A terapia foi autorizada pela FDA para adultos que sofrem de uma forma agressiva de linfoma diferente da doença de Hodgkin, que não responderam a uma série de dois tratamentos de quimioterapia.

Quase 3.500 pessoas por ano poderiam estar nesta condição nos Estados Unidos, de acordo com o grupo Gilead.

Esta imunoterapia consiste em extrair células imunológicas do paciente para modificá-las geneticamente em laboratório e cultivá-las, antes de reinjetá-las em apenas uma dose.

O custo do tratamento para uma pessoa é de 373.000 dólares, mais barato que o Kymriah, avaliado em 475.000 dólares.

A Novartis, no entanto, informou em agosto que não cobraria dos pacientes que não respondessem ao tratamento no primeiro mês.

A atriz francesa Danielle Darrieux morreu na terça-feira, aos 100 anos, depois de participar de mais de uma centena de filmes, com frequência interpretando personagens elegantes.

O estado de saúde "havia deteriorado um pouco recentemente após uma queda", afirmou à AFP seu companheiro, Jacques Jenvrin.

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A atriz morreu em casa, no noroeste da França.

Arquétipo da beleza de sua geração, loura e delicada, teve um início de carreira precoce e aos 14 anos participou de "Semente do Mal", do diretor Billy Wilder.

Ela trabalhou em Hollywood e na Broadway nos anos 1930 e foi aclamada pelo filme romântico "A Sensação de Paris", de 1938.

Durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou durante a ocupação nazista da França, inclusive para o estúdio Continental, dirigido pelos alemãs, o que a levou a ser chamada de colaboracionista.

Apesar disso, após a libertação da França pelos aliados, Darrieux continuou emplacando sucessos, especialmente sob a direção do cineasta francês Max Ophuls, em filmes como "O Prazer" e "Conflitos de Amor".

Também participou em "Cinco Dedos", de Joseph Mankiewicz, e interpretou a rainha da Espanha em "Entre o Amor e o Trono", de Jean Cocteau. Também integrou o elenco de "Duas Garotas Românticas", de Jacques Demy.

Mais recentemente apareceu em "8 Mulheres", de François Ozon, e em 2007 emprestou sua voz para a animação "Persepolis", indicada ao Oscar.

Darrieux se casou três vezes, com o cineasta Henri Decoin, o milionário Porfirio Rubirosa e o roteirista Georges Mitsinkidès, que faleceu nos anos 1990. Com este último, adotou um filho, que morreu pouco depois do marido.

O corpo de um homem, resgatado em um rio da Patagônia, interrompeu a campanha politica na Argentina, faltando quatro dias para as eleições legislativas de domingo (22). Os candidatos, tanto do governo, quanto da oposição, suspenderam os últimos atos, previstos para quinta-feira (19), à espera da necrópsia que vai determinar se o morto é Santiago Maldonado – um artesão de 28 anos. Ele foi visto pela última vez há 79 dias, num protesto dos índios mapuches no sul do país, que foi reprimido pela gendarmeria (a polícia militar argentina).

“O caso Maldonado tem uma forte conotação politica, porque ele desapareceu há quase três meses,  num episódio envolvendo as forças de segurança”, explicou à Agência Brasil o analista politico Roberto Bacman. “Ele é um desaparecido da democracia, num país que ainda não curou as feridas do regime militar”.

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Na Argentina, os organismos de direitos humanos até hoje exigem a “devolução com vida dos 30 mil desaparecidos” da ditadura (1976-1983). Muitos deles foram levados a centros clandestinos de tortura e depois jogados de aviões no Rio da Prata, ou enterrados em fossas comuns – sem deixar rastro. O “desaparecimento forçado” passou a ser um crime que não prescreve e cujos responsáveis estão sendo julgados e punidos até hoje, mais de 30 anos após o retorno da democracia.

Santiago Maldonado sumiu no dia 1º de agosto, na província de Chubut, no sul da Argentina, a 80 quilômetros da estação de esqui de Bariloche. Ele participava de um protesto de ativistas indígenas, reclamando terras ancestrais, perto da fronteira com o Chile, adquiridas pela empresa Benetton nos anos 1990. Os manifestantes estavam bloqueando uma estrada e as forças de seguranças foram chamadas para retirá-los e liberar o trânsito. Segundo testemunhas, Maldonado foi visto pela última vez sendo arrastado pelos gendarmes.

Desde então, a família do jovem, movimentos sociais de esquerda e organizações de defesa dos direitos humanos têm feito campanha – nas ruas e nas redes sociais – por Santiago Maldonado. O rosto do jovem, de cabelos longos e barba, está em cartazes espalhados pelo centro de Buenos Aires e em uma página de Facebook, pedindo a “aparição com vida de Santiago Maldonado”.

O caso ganhou relevância nacional e internacional, virando tema da campanha eleitoral em curso, que vai renovar metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado. A eleição é considerada um termômetro para medir o nível de satisfação dos argentinos com a primeira metade de governo do presidente Mauricio Macri. E, também, saber se ele terá suficiente apoio para concluir bem os últimos dois anos de mandato e se candidatar à reeleição.

“Até agora, as pesquisas de opinião indicam que o governo fará uma boa eleição. Tem a seu favor sinais de reativação econômica, após três anos de recessão, e os escândalos de corrupção envolvendo a ex-presidente Cristina Kirchner, que foi indiciada pela Justiça”, disse Bacman. Mas, segundo ele, “o aparecimento de um corpo, que pode ser de Maldonado, sacudiu o cenário politico”.

Candidata opositora ao Senado, Cristina Kirchner participou de uma missa em homenagem a Santiago Maldonado, somando-se às críticas da família sobre a falta de avanços na busca do jovem desaparecido. Na campanha, seus aliados acusaram o governo de proteger as forças de segurança, sem investigar a atuação dos policiais na repressão do protesto indígena.

O governo nega as acusações e diz que fez tudo a seu alcance. A ministra de Segurança, Patricia Bullrich, disse que não iria acusar os policiais por um crime que nem sequer foi provado na Justiça, “por causa da pressão midiática”. Segundo os aliados de Macri, Cristina Kirchner está usando o caso para distrair a atenção dos eleitores dos escândalos de corrupção ocorridos durante seu governo (2007-2015).

Essa semana, o governo ordenou mais uma busca no Rio Chubut, com a ajuda de mergulhadores e cães, próximo do lugar onde Santiago Maldonado desapareceu. Dessa vez encontraram o corpo de um homem, vestido, boiando. No bolso, ele carregava a carteira de identidade do artesão.

O irmão, Sergio Maldonado, e a cunhada, Andrea Antico, viajaram para acompanhar a operação. “Não confiamos em ninguém, porque desde o primeiro momento nos atacaram. Foi duríssimo”, disse Andrea, na quarta-feira (18). A família pediu aos políticos e à imprensa que evitassem especular até a realização de uma necrópsia e de um teste de DNA, para identificar o corpo.

Mas, a quatro dias das eleições legislativas, o noticiário foi dominado por especulações e teorias conspiratórias – inclusive a de que o corpo havia sido “plantado” para encerrar as investigações.

O governo da Espanha anunciou nesta quinta-feira (19) que ativará o artigo 155 da Constituição, que dá a Madri o poder de intervir na administração da Catalunha e suspender sua autonomia.

O primeiro-ministro Mariano Rajoy deu por não respondida a carta enviada na semana passada ao presidente da comunidade autônoma, Carles Puigdemont, na qual era questionado se a região havia de fato declarado sua independência.

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"Que ninguém duvide que o governo usará todos os meios a seu alcance para restaurar a legalidade e frear a deterioração econômica que os responsáveis pela Generalitat [o governo catalão] provocam na Catalunha", declarou o porta-voz de Rajoy, Iñigo Méndez de Vigo.

No próximo sábado (21), haverá uma reunião extraordinária do Conselho dos Ministros para confirmar a aplicação do artigo 155, um fato inédito na democracia espanhola. Esse trecho da Constituição autoriza Madri a adotar as "medidas necessárias" para forçar uma comunidade autônoma a respeitar a lei - Rajoy defende que o plebiscito de 1º de outubro é ilegal.

Com isso, a Espanha poderá assumir o controle das finanças da Catalunha, destituir seus dirigentes e até dissolver o Parlamento regional, convocando novas eleições. Para aplicar o artigo 155, Rajoy precisará do aval do Senado, onde o governo tem ampla maioria. A previsão é que a Câmara Alta aprove a intervenção até o fim da semana que vem.

Carta

Em sua carta a Rajoy, enviada pouco antes do fim do prazo estipulado pelo governo da Espanha, Puigdemont reafirma que decidiu suspender os efeitos do plebiscito de 1º de outubro, quando mais de 90% dos eleitores disseram "sim" à independência, para dar oportunidade ao "diálogo".

"Essa suspensão continua vigente. A decisão de aplicar o artigo 155 corresponde ao Governo do Estado, com prévia autorização do Senado. Apesar de todos esses esforços e nossa vontade de diálogo, que a única resposta seja a suspensão da autonomia indica que não se está consciente do problema e não se quer conversar", diz a carta do presidente catalão.

Segundo ele, se Madri persistir nessa postura e "continuar a repressão", o Parlamento da Catalunha "poderá proceder, se o achar oportuno, para votar a declaração formal de independência".

O Partido Democrático Europeu Catalão (PDeCAT), principal legenda da base de apoio a Puigdemont, também já pediu o prosseguimento da declaração de independência em caso de aplicação do artigo 155.

Até o momento, a Espanha recusou todas as ofertas de negociação feitas pela Catalunha por questionar a legalidade do plebiscito. A postura do gabinete de Rajoy foi reforçada pelo pronunciamento feito pelo rei Felipe VI após a votação, quando o monarca defendeu as ações do Estado para evitar a secessão.

O primeiro-ministro se encontra atualmente em Bruxelas, onde participará de uma reunião do Conselho Europeu, principal órgão político da União Europeia.

O estado do Texas adiou nesta quarta-feira (18) a execução de um assassino em série confesso para investigar revelações de última hora que potencialmente vinculam o réu a um crime pelo qual outra pessoa será executada.

Anthony Shore foi condenado pelo estupro, tortura e assassinato de três meninas e uma jovem em Houston, crimes praticados entre 1986 e 1995.

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Mas a Promotoria temeu que ele confessasse em uma carta divulgada após a sua morte outro assassinato pelo qual um colega do corredor da morte no Texas será executado no mês que vem.

Em uma revista na cela de Shore, feita em julho, as autoridades encontraram material relacionado com o assassinato em 1998 de uma estudante de 19 anos chamada Melissa Trotter, incluindo cópias de provas apresentadas à Justiça e fotos da cena do crime.

Larry Swearingen foi condenado pelo assassinato de Trotter e sua execução está prevista para 18 de novembro.

"O fato de Shore estar em posse destes documentos sugeriu a remota possibilidade de que Shore tenha algum tipo de relação com a morte de Trotter", declarou em um comunicado a advogada do distrito de Harris, Kim Ogg.

Os promotores acreditam que Shore pretendia confessar o crime em uma nota por escrito, que seria revelada após a sua morte, lançando dúvidas, portanto, na culpa de Swearingen e talvez impedindo sua execução.

"Estamos totalmente certos de que Swearingen é culpado", escreveu o promotor Brett Ligon em carta ao governador, Greg Abbott. "Mas permitir que Shore se declarasse culpado deste crime depois de sua execução lançaria dúvidas sobre o procedimento judicial no caso".

Horas antes de ter aplicada a injeção letal, um juiz suspendeu a execução de Shore.

Hoje com 55 anos, Shore ficou conhecido como "O assassino do torniquete", pois estrangulou suas quatro vítimas, a mais velha com vinte anos e a menor com nove, com uma espécie de torniquete.

Seus advogados argumentam que ele não deveria ser executado, pois teria sofrido danos cerebrais em um acidente de carro sofrido no começo dos anos 1980.

A ministra de Administração Interna de Portugal, Constança Urbano de Sousa, renunciou ao cargo nesta quarta-feira (18), após a segunda tragédia com incêndios no país em apenas quatro meses.

A saída foi confirmada por meio de um comunicado do gabinete do premier António Costa. "A ministra da Administração Interna apresentou-me formalmente o seu pedido de demissão em termos que não posso recusar", diz o comunicado. A pasta é responsável pelos serviços de emergência portugueses.

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Em sua carta de renúncia, Sousa afirma que já havia tentado deixar o cargo após os incêndios que mataram 64 pessoas em Pedrógão Grande, no centro do país, mas que na época ela foi mantida no governo por Costa.

No entanto, a tragédia do fim de semana, quando diversos focos de fogo deixaram um saldo de 41 vítimas nos distritos de Coimbra, Viseu, Guarda e Castelo Branco, fez o primeiro-ministro aceitar a demissão de Sousa.

"Durante a tragédia deste fim de semana voltei a solicitar, logo após o seu período crítico, que aceitasse a minha cessação de funções, pois apesar de esta tragédia ser fruto de múltiplos fatores, considerei que não tinha condições políticas e pessoais para continuar no exercício deste cargo, muito embora contasse com a sua confiança", diz a ministra.

Na última terça-feira (17), a oposição anunciou uma moção de desconfiança contra o governo de centro-esquerda liderado por Costa, que viu sua popularidade ser abalada pelos incêndios em Portugal. 

A Turquia enviou profissionais e equipamentos médicos para os mais de 300 feridos no atentado que ocorreu na Somália, o maior atentado desde 11 de setembro. O ministro da Saúde turco, Ahmet Demircan, chegou na segunda-feira (17) a Mogadíscio com 33 profissionais, entre médicos, socorristas e enfermeiros. Demircan se reuniu com o primeiro-ministro somali, Hassan Ali Khayre, e logo após se encontrou com feridos no hospital Recep Tayyip Erdogan.

“Dois cirurgiões, dois traumatologistas e dois cirurgiões plásticos se deslocaram para garantir a reabilitação e compensar a falta de profissionais”, expõe a nota divulgada pelo Governo de Ancara. O Crescente Vermelho turco (organismo semelhante à Cruz Vermelha) doou a população itens de ajuda humanitária como alimentos, cobertores e barracas. Ao menos 40 somalis feridos foram transportados para Ancara. Lá serão tratados na rede de hospitais públicos de Polatli, no sudoeste da capital, que dispõe de métodos para socorrer feridos de traumatismos e queimaduras causados pelo atentado.

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“Seguindo instruções do presidente Erdogan (…), trabalhamos para oferecer assistência, apoio médico e transporte dos feridos à Turquia”, afirmou Demircan. (Por Beatriz Gouvêa)

Uma turista norte-americana de 24 anos denunciou ter sido estuprada na madrugada desta terça-feira (17), em Florença, no norte da Itália, em mais um caso de violência sexual contra mulheres no país europeu.

Com base na descrição fornecida pela turista, a Polícia acredita que o autor do crime tenha sido um "estrangeiro". A jovem está atualmente em um hospital, onde recebe o atendimento reservado a vítimas de abusos, chamado na Itália de "código rosa".

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Segundo a norte-americana, ela havia saído com amigas para dançar no centro histórico de Florença e acabou conhecendo um homem, com quem teria deixado a festa de madrugada. Já durante a manhã, por volta de 7h, ela retornou à pousada onde está hospedada acompanhada do suposto agressor.

Ao entrar no quarto, a jovem começou a chorar em frente às amigas e disse ter sido violentada. O caso é investigado pela Polícia de Florença, que está recolhendo imagens das câmeras de segurança da região para reconstituir o episódio. Outros detalhes do crime não foram divulgados.

Nos últimos meses, diversos casos de estupro deixaram a Itália em estado de choque, como o da alemã que foi violentada e amarrada a um poste em um parque de Roma. Além disso, uma turista canadense foi estuprada por um homem que se apresentara como "motorista" de uma empresa de transportes em Milão. Na maioria desses casos, os autores dos crimes eram estrangeiros.

A Comissão Europeia afirmou nesta terça-feira (17) que está "horrorizada" com o assassinato de Daphne Caruana Galizia, uma jornalista de Malta que denunciava a corrupção em seu país e que morreu na explosão de uma bomba em seu carro.

"Estamos horrorizados com o fato de que uma jornalista conhecida e respeitada, a senhora Daphne Caruana Galizia, perdeu a vida no que parece ter sido um ataque especificamente dirigido contra ela", disse o porta-voz do Executivo europeu, Margaritis Schinas.

"É um ato escandaloso. Agora esperamos que se faça justiça", disse.

Caruana Galizia "era uma pioneira do jornalismo investigativo em Malta", disse o porta-voz, antes de afirmar que o presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, e seus comissários "condenam com a máxima firmeza este ataque".

O filho da jornalista, Matthew Caruana Galizia, que também é membro do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), acusou nesta terça-feira as autoridades de Malta de cumplicidade no assassinato.

"Vocês são cúmplices, são responsáveis", escreveu no Facebook.

Os Estados Unidos conduziram o primeiro ataque aéreo no Iêmen contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI), destruindo dois campos de treinamento e matando "dezenas" de militantes da organização terrorista, informou o Pentágono nesta terça-feira (17).

Segundo as autoridades norte-americanas, os ataques tinham como objetivo acabar com as "tentativas do EI de adestrar novos combatentes". A rede CNN informou que, nos dois campos de treinamento destruídos, havia cerca de 50 homens do EI. Os centros de treinamento ficam na zona de Al-Bayda e eram usados para ensinar os combatentes a realizarem ataques com AK-47, metralhadoras e lançadores de foguetes.

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"O EI usou territórios de fora do controle do governo do Iêmen para planejar, inspirar e recrutar combatentes para ataques terroristas contra a América e seus aliados em todo o mundo. Há anos, o Iêmen é usado como hub por terroristas", disse o Pentágono. Alem do Estado Islâmico, a organização Aqap (Al Qaida na Península Arábica) também está na mira das forças norte-americanas. O Pentágono pretende reduzir a capacidade dos dois grupos de coordenar ataques no exterior e manter o controle de áreas do Iêmen.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estará na Coreia do Sul entre os dias 7 e 8 de novembro, em uma das etapas de sua primeira visita à Ásia, que acontecerá entre 3 e 14 do mesmo mês.

A viagem ocorrerá em meio à tensão com a Coreia do Norte e às trocas de ameaças entre o inquilino da Casa Branca e o regime de Pyongyang. "Inicialmente, havíamos convidado Trump para três dias, mas concordamos que ele e sua esposa [Melania] chegarão na manhã de 7 de novembro", disse um porta-voz do presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in.

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Em seu tour pela Ásia, o mandatário dos EUA também passará por Japão, China, Vietnã e Filipinas. Desde que assumiu o poder, em janeiro, Trump vem trocando ameaças com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, por conta do programa nuclear e balístico do país asiático.

A crise e o comportamento irascível dos dois levantaram temores de uma guerra na península, cenário que seria devastador não apenas para Pyongyang, mas também para a Coreia do Sul, uma das principais aliadas dos EUA na Ásia. 

O acesso das meninas ao ensino, inclusive básico, retrocede no Afeganistão, onde dois terços delas estão sem frequentar a escola, 16 anos após a queda do regime talibã - denuncia a ONG Human Rights Watch (HRW).

A insegurança, a pobreza e os deslocamentos da população são as principais causas, aponta um relatório da HRW publicado nesta terça-feira (17), destacando o fracasso para o país e para a comunidade internacional, a qual interveio em massa desde 2001.

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"O objetivo declarado - garantir a escola para todas as meninas - está longe de ser alcançado", apesar de uma lei afegã que estipula que a escola é obrigatória até os 14 anos, indica a HRW.

A ONG cita números do governo: "3,5 milhões de crianças não vão à escola e, dessas, 85% são meninas".

A consequência é que "apenas 37% das adolescentes sabem ler e escrever", número que chega a 66% entre os meninos, acrescenta a HRW, alertando, contudo, para a falta de confiabilidade das estatísticas oficiais e para a dificuldade de reuni-las.

A ONG critica, sobretudo, as dificuldades para as garotas de terem acesso à educação e lembra que 40% do território está sob controle talibã, ou é disputado pelo grupo. Foram eles que proibiram a educação para meninas sob seu regime (1996-2001).

Elton John, uma das principais atrações musicais de Las Vegas, deixará de viver no hotel do Caesar's Palace no ano que vem, segundo informou o cassino nesta segunda-feira (16).

A lenda britânica do pop encerrará no dia 19 de maio o show "The Million Dollar Piano", que faz desde o ano de 2011 no teatro Colosseum do cassino, interpretando suas canções mais conhecidas em um elaborado espetáculo visual que inclui dezenas de telas.

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Quando deixar o hotel, John terá realizado seu show 207 vezes. Foi a segunda vez que ele morou no cassino após o espetáculo "The Red Piano", que interpretou 243 vezes entre 2004 e 2009.

John voltou a Las Vegas na semana passada depois de ter cancelado algumas apresentações prévias devido a uma infecção bacteriana contraída durante a turnê pela América do Sul.

O goleiro Choirul Huda, do Persela Lamongan, morreu neste domingo (15) na Indonésia após um forte choque com um companheiro de equipe durante jogo contra o Semen Padang pela primeira divisão do campeonato nacional. Aos 38 anos, Huda saiu do gol nos minutos finais do primeiro tempo para tentar fazer uma defesa após levantamento na área, mas foi atingido sem intenção pelo brasileiro Ramon Rodrigues.

Após a colisão, o goleiro ficou no chão se queixando de fortes dores no pescoço e no peito. Pouco tempo depois ele desmaiou e os médicos tentaram reanimar o atleta, mas sem sucesso. Huda ainda foi levado em estado crítico para um hospital próximo. No entanto, o atleta sofreu uma parada cardíaca e faleceu.

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Os jogadores de ambos os clubes foram informados da morte de Huda logo após o término do jogo. O clube, que atuou por quase 20 anos, prestou homenagens para o goleiro nas redes sociais, ao publicar uma foto chamando-o de "lenda" e "ídolo".

O diretor de cinema americano Woody Allen disse se sentir "triste" pelo produtor de Hollywood Harvey Weinstein, acusado de abuso e violência sexual, e chamou de "trágica" a situação das mulheres afetadas.

"Tudo sobre o caso Harvey Weinstein é muito triste para todos os envolvidos", disse Allen à emissora britânica BBC, no domingo à noite.

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Dezenas de mulheres denunciaram terem sofrido assédio e abuso sexual por parte de Weinstein, e algumas vítimas afirmam, inclusive, terem sido estupradas pelo poderoso produtor.

O caso veio à tona em uma matéria feita do jornal "The New York Times".

"É trágico para as pobres mulheres envolvidas e triste por Harvey, cuja vida ficou arruinada", disse Allen.

"Não há ganhadores nisso. É simplesmente muito, muito triste e trágico para essas pobres mulheres que tiveram de passar por isso", disse o premiado cineasta.

Cinco mulheres acusaram Weinstein, de 65, de tê-las violentado, e mais de 20 - entre elas Mira Sorvino, Rosana Arquette, Gwyneth Paltrow, Angelina Jolie e Léa Seydoux, relataram terem sofrido assédio sexual.

No passado, Woody Allen foi acusado por sua filha adotiva Dylan Farrow de ter abusado dela quando era criança.

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