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No dia 12 de outubro, o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo (SP), promoverá um festival para comemorar o Dia das Crianças, das 9h às 18h. Na ocasião, o ingresso para as exposições e atividades será gratuito. Haverá contação de histórias; oficinas; shows de música, circo e mágica; e brincadeiras populares.

Veja a programação completa: 

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10h às 16h - Oficinas Monstros Urbanos, Paisagens Imaginadas e de Origami- Pátio B: O Núcleo Educativo do Museu da Língua Portuguesa realizará três oficinas. Em Monstros Urbanos, a ideia é identificar possíveis figuras que “se escondem” atrás de construções das cidades e desenhá-las. Já em Paisagens Imaginadas, os visitantes criarão um ambiente em um painel coletivo. Por fim, em Origami, serão oferecidas aulas de dobraduras;

10h às 17h - Caixa de Brinquedos - Pátio B: O Coletivo “Aqui que a Gente Brinca!” espalhará caixas com diversos objetos para que as crianças possam brincar. O conteúdo também desperta a memória da infância dos adultos, sendo uma atividade para toda a família;

10h às 18h - Malabares, perna de pau e brincadeiras infantis - Calçada do Saguão B: A Amarelo Cia. de Teatro realizará apresentações em perna de pau e de malabares. Também será possível participar de brincadeiras e ter acesso a brinquedos;

10h - Dança das cadeiras - Pátio B: A brincadeira popular terá uma versão com as faixas presentes na mostra “Essa nossa canção”; 

11h às 16h - DePara – escritas mirim - Calçada do Saguão B: A oficina consiste em escrever cartas e criar um mural coletivo com mensagens, palavras e expressões utilizando papéis, canetinhas e canetões;

11h - Coro Infantojuvenil da Fundação do Theatro Municipal - Saguão B: Sob regência de Regina Kinjo, Juliano Kerber no piano, Thiago Santos e Julio Henrique Schneider na percussão, o Coro Infantojuvenil da Fundação Theatro Municipal apresentará um repertório que vai de clássicos da bossa nova, como Garota de Ipanema á canções populares de forró, como Olha pro céu; além de musicalização de poemas;

12h - Histórias de Benê - Saguão B: A trupe de circo conta a história de Benê, uma criança que não gosta de ler. Ao mergulhar em um livro mágico, se depara com contos populares de diversas regiões do Brasil. Produzida pela Trupe Arlequinos & Colombinas, a peça usa língua brasileira de sinais e humor com o objetivo de promover o incentivo à leitura e o resgate de brincadeiras populares;

13h - Gincana S-O-L-E-T-R-A-N-D-I-N-H-O - Pátio B: Os educadores do museu convidarão os participantes a soletrar palavras que possuem escritas e sons parecidos, mas significados diferentes;

14h - Show da Olga - Saguão B: A palhaça Olga esqueceu que havia agendado um show e resolve ensaiar a apresentação junto a plateia, intercalando com música ao vivo, poesia e contação de histórias;  

15h - Mágico Brunno - Saguão B: A apresentação conta com a participação dos visitantes e é dividida em duas partes. A primeira envolve números de ilusionismo e a manipulação de objetos. Já, na segunda, há ventriloquia com o sapo engraçado Caco; 

16h - Charanguinha do França - Saguão B: Um dos blocos de Carnaval mais tradicionais de São Paulo levará sua versão infantil para o festival. Com instrumentos de sopro e percussão, a banda liderada pelo saxofonista Thiago França apresenta músicas populares brasileiras e autorais carnavalescas; 

Serviço - Festival de Dia das Crianças 2023

Data: 12 de outubro de 2023 

Horário: 9h às 18h

Local: Museu da Língua Portuguesa

Endereço: Praça da Língua, sem número – Luz, São Paulo/SP   

Entrada gratuita

Nesta segunda-feira (31), o Museu da Língua Portuguesa divulgou a programação do mês de agosto. Entre os destaques estão: o aniversário de 50 anos do hip-hop e a Jornada do Patrimônio, com entrada gratuita nos dias 16, 17, 18 e 20. Confira:

sábado, 12 de agosto 

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Sant’Ana apresenta Trap de Favela – Plataforma Conexões  

Na sexta edição do Plataforma Conexões 2023, o cantor e compositor Sant’Ana MC realiza o show “Trap de Favela". Através de recursos visuais e das letras de suas composições, o músico aborda a realidade das ruas da Zona Leste de São Paulo. O objetivo é difundir a cultura do trap, um dos subgêneros do rap.

Horário: 12h às 13h

Local: Saguão Central da Estação da Luz

Evento gratuito

 

19 e 20 de agosto, sábado e domingo

Presenças Negras na Construção da Cidade de São Paulo – 9ª Jornada do Patrimônio 

O Núcleo Educativo do Museu da Língua Portuguesa organiza a visita temática “Presenças Negras na Construção da Cidade de São Paulo”, durante o fim de semana da 9ª Jornada do Patrimônio, cujo tema é “Se a Cidade, Se a Cidade Fosse Minha”. 

No período da manhã, das 11h às 12h, a ideia é identificar a presença negra em edificações no bairro da Luz e no prédio da instituição. Já à tarde, das 15h às 16h, será apresentado ao público a trajetória do arquiteto Joaquim Pinto de Oliveira (1721-1811), mais conhecido como Tebas, um dos responsáveis pela construção de diversos espaços reconhecidos como patrimônio da cidade de São Paulo. 

A visita é gratuita. Para participar, é preciso se inscrever pelo e-mail educativo@museulp.org.br , há cerca de 20 vagas para cada horário.

 

sábado, 26 de agosto 

5º Sarau Hip-Hop no Museu  

Na quinta edição do Sarau Hip-Hop no Museu, o rapper e MC Xis recebe a DJ Cinara e o dançarino Danilo Kapela. Também haverá uma exposição de grafite, assinada por Fabiano Minu.

Horário: 12h às 14h  

Local Saguão Central da Estação da Luz  

Grátis  

 

Mostra temporária “Essa nossa canção” 

A exibição narra a relação entre o português e a música, passando por diversos gêneros, entre eles o hip-hop. Em um dos espaços, dez fãs do Racionais MC’s aparecem cantando à capela a música “Diário de um Detento”, um dos principais sucessos do grupo liderado por Mano Brown. Saiba mais no link. 

Data: Até março de 2024

De terça a domingo, das 9h às 16h30 (com permanência até as 18h)  

R$ 20 (inteira); R$ 10 (meia)  

Ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/68203  

 

Exposição principal do Museu da Língua Portuguesa 

O rap também é destaque na exposição principal do Museu da Língua Portuguesa, que relata a história do português falado no Brasil e ressalta a influência de outras línguas, meios de comunicação e gêneros musicais.

A experiência “Português do Brasil” traça um panorama histórico da língua, onde é possível assistir à apresentação dos Racionais MC’s interpretando a canção “Negro Drama”. Já na Praça da Língua, há experiência imersiva audiovisual, o rapper Rappin’ Hood declama o poema “Epigrama”, de Gregório de Matos (1636-1696). Por fim, nas telas interativas do “Nós da Língua”, os visitantes podem ler mini biografias de artistas do rap de países africanos, como Dama do Bling e Azagaia. 

 

Museu da Língua Portuguesa 

Horário de funcionamento: Terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência até as 18h)  

Endereço: Praça da Luz, sem número - Centro Histórico de São Paulo/SP

Nesta sexta-feira (14), acontece a estreia da mostra “Essa Nossa Canção”, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. A exibição narra a relação entre o português e a música, passando por diversos gêneros: bossa nova, sertanejo, rock, samba, funk ao axé, chorinho e forró.

A experiência já começa no elevador, onde público é surpreendido por uma intervenção sonora, composta por cantos como “Ôôôôô”, “Ilariê”, “Aê-aê-aê” - editados para formar uma única canção Em seguida, há a instalação sonora “Palavras Cantadas”, que conta com 54 músicas nacionais à capela, mesclando versos das seguintes faixas: Trem das Onze, de Adoniran Barbosa; Salve, de Mano Brown; e Nem Luxo Nem Lixo, de Rita Lee e Roberto de Carvalho; entre outras.

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A segunda sala traz dez obras do cancioneiro nacional, com novos intérpretes, ligando o clássico ao contemporâneo. Carlinhos Brown canta “O Vento”, de Dorival Caymmi; Felipe Araújo e João Reis, emprestam suas vozes para “Tristeza do Jeca”, de Angelino de Oliveira; José Miguel Wisnik e Xênia França ficam com o clássico “Garota de Ipanema”; Johnny Hooker e Luiz Tatit interpretam “Conceição”, de Jair Amorim e Dunga, sucesso no repertório de Cauby Peixoto; e Juçara Marçal performa “Sinal Fechado”, de Paulinho da Viola. 

Dez slammers também realizam a própria versão de “Construção”, de Chico Buarque; e dez fãs dos Racionais MC’s cantam o rap Diário de um Detento. “Todas aparecem aqui por serem exemplos reveladores de determinadas relações entre canções e língua em território brasileiro. Do uso de frases bem coloquiais até o debate que questiona se o rap anuncia o ‘fim da canção'”, explicam os curadores da exposição, Carlos Nader e Hermano Vianna.

O terceiro ambiente é dividido em dois espaços. Em um deles, os visitantes podem assistir o documentário “As Canções” (2011), de Eduardo Coutinho. No longa, o diretor conversa com indivíduos anônimos, que cantam suas músicas favoritas e revelam histórias pessoais relacionadas às faixas. Já no outro, os cineastas Quito Ribeiro e Sérgio Mekler lançam uma obra inédita, composta por pequenos trechos de músicas: “Homem com H”, conhecida na voz de Ney Matogrosso; Beijinho no Ombro, sucesso de Valesca Popozuda, Índia, do repertório de Roberto Carlos; e “O Caderno”, de Toquinho. A última sala apresenta manuscritos de canções de: a sertaneja Marília Mendonça (1995-2021), o rapper MC Xis e o sambista Cartola (1908-1980). A mostra ainda possui uma linha do tempo, com aparelhos como vitrola, disco de 78 rpm, fitas K7 e iPods.

Os ingressos custam entre R$10 (meia-entrada) e 20 reais (inteira); com gratuidade para crianças até sete anos e para o público geral, aos sábados. Eles podem ser retirados na bilheteria do local ou pela internet.

Serviço - Exposição “Essa Nossa Canção”

Data: 14 de julho de 2023 á março de 2024

Horário de funcionamento: De terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência até as 18h)  

Local: Museu da Língua Portuguesa - Acesso pelo portão A

Endereço: Praça da Luz, sem número - Centro Histórico de São Paulo/SP

Ingressos online aqui

No mês do Carnaval, o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo terá uma programação inspirada no data mais festiva do ano. 

A exibição principal traz uma série de ações a respeito do feriado. Na Praça da Língua, por exemplo, o planetário projeta textos e marchinhas do compositor brasileiro Lamartine Babo (1904-1963). Já na experiência Falares, há totens do maracatu, incluindo um da cantora Alcione.

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O museu funcionará normalmente em 18, 19 e 21 de fevereiro. No dia 20 estará fechado. Na Quarta-Feira de Cinzas (22) abrirá ao meio dia. Confira dia a dia o que será oferecido ao público:

17 de fevereiro, sexta-feira - Biricar de Carnaval: O coletivo Biricar ensinará o público a fazer adereços de Carnaval, como máscaras, tiaras e outros acessórios; com tecidos, enfeites e carimbos alfabéticos. Horário: 10h30 às 12h30. Local: Calçada do Saguão B do museu

18 de fevereiro, sábado - Bloco Sainha de Chita - O bloco é voltado para crianças e ocorre das 11h às 12h. O repertório inclui samba, frevo, ijexá, axé e carimbó - ritmos utilizados nas composições autorais do grupo, como “Tô de Férias”, “E o neném fica com quem?” e “Quente, queimando”.  Local: Calçada do Saguão B

19 de fevereiro, sábado - Oficina de Máscara: O Núcleo Educativo do museu da Língua Portuguesa realizará uma oficina de máscaras. O objetivo é estimular a criatividade de jovens e adultos na montagem de adereços para o Carnaval.  Horário: 10h às 12h. Local: Saguão B 

23 de fevereiro, quinta-feira - Bailinho da Terceira Idade - O museu promoverá uma baile para os coletivos e moradores idosos do bairro da Luz - onde está localizado. Horário: 14h às 16h. Local: Saguão B

A participação nas atividades é gratuita. Os ingressos do museu custam R$10 (meia-entrada) e 20 reais, com gratuidade aos sábados e para crianças até sete anos. Podem ser retirados no site https://www.sympla.com.br/ ou na bilheteria local. 

Serviço - Museu da Língua Portuguesa

Endereço: Praça da Luz, sem número - Centro Histórico de São Paulo/SP

Horário de funcionamento: Terça a domingo, das 9h às 16h30, com permanência até as 18h.

A instalação O Conto da Ilha Desconhecida, inspirada em livro de mesmo nome do escritor português José Saramago, está em cartaz no Museu da Língua Portuguesa, na estação da Luz, em São Paulo, até o dia 24. As crianças que forem visitar o local podem participar ainda do projeto Estação Férias – Lugares para Mirar, que promove uma série de oficinas e atividades socioeducativas. A visita à instalação e a participação nas oficinas são gratuitas e não precisam de agendamento: basta se dirigir ao Saguão B do Museu da Língua Portuguesa.

“É uma programação especial de férias, de terça-feira a domingo, e temos atividades inspiradas em O Conto da Ilha Desconhecida, do José Saramago, porque o Museu da Língua Portuguesa integra as instituições que celebram o centenário do Saramago”, explicou Marília Bonas, diretora-técnica do Museu da Língua Portuguesa. “Saramago tem essa fama de ser um autor difícil. Mas ele tem uma produção muito extensa e uma produção, inclusive, de literatura infantil e infanto-juvenil. O Conto da Ilha Desconhecida é um livro para todas as idades e a gente o escolheu porque ele consegue trazer e se conectar intergeracionalmente. E esse é um compromisso do museu: ampliar os horizontes quando estamos falando de literatura”, acrescentou.

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O Conto da Ilha Desconhecida fala da possibilidade de se realizar sonhos. Um homem vai ao rei e lhe pede um barco para viajar até uma ilha desconhecida. O rei lhe pergunta como pode saber que essa ilha existe, já que ela é desconhecida. O homem argumenta que assim são todas as ilhas até que alguém desembarque nelas. Há várias interpretações possíveis para o livro, mas o que o museu busca com as atividades é proporcionar uma experiência lúdica ao público.

A começar pela instalação que foi criada pela companhia teatral Pia Fraus e que consiste em uma barca inflável de sete metros de comprimento. Dentro da barca se encontram os personagens do livro: uma série de bonecos feitos dos mais diferentes materiais. A barca pode ser visitada diariamente. E, aos domingos, às 10h30, ainda há contação de histórias no local.

Ao lado da barca, foram instaladas mesas para as atividades e oficinas de férias. Ali, há espaço para escrita, leitura de livros, confecção de materiais e as crianças podem se sentar próximo a uma máquina de escrever para registrar seus pedidos ao rei. Foi o que os primos João Augusto e Matheus fizeram.

“Pedi um outro barco ao rei para poder colocar mais pessoas na tripulação”, contou Matheus, 11 anos. Já o primo João Augusto, 13 anos, fez um pedido mais pessoal. “Eu pedi ao rei para ser jogador”, falou ele.

João e Matheus participaram das atividades após terem visitado o museu. Matheus gostou muito do que encontrou por lá. “O Museu conta a história da língua [portuguesa], das pessoas. É muito legal. Bem divertido. A parte que eu mais gostei foram os totens, onde tem pessoas falando em outras línguas. Dá para você conhecer um pouco da outra língua”, contou. “Vim aqui passear com minha tia-prima, minha mãe e meu primo. Foi a primeira vez que vim e achei sensacional. Gostei de tudo”, falou João Augusto.

A dona de casa Erinalva Gomes da Rocha, mãe de João Augusto, contou ter aproveitado o período de férias para levar o filho e o primo ao museu. “Acho ótimo [ter uma atividade para as crianças nas férias] porque assim tiramos eles do celular e da tecnologia. Distrai a cabeça, aprende”, falou ela à reportagem.

A administradora Silvana Watanabe também aproveitou uma visita que fez ao museu com as duas filhas e a sobrinha para conhecer o espaço  em homenagem a Saramago. “Nós viemos ao museu e acabamos vendo essa exposição. Aqui elas descobriram a máquina de escrever e acharam muito legal. Gostaram do carimbo também”, disse ela à Agência Brasil.

Silvana diz ter o hábito de sempre levar as filhas a museus. “A cultura é muito importante para as crianças. Conhecer pessoalmente e tocar é muito mais lúdico para elas do que só estudar nas escolas”, falou ela.

“A ação educativa está com o ateliê aberto, onde as pessoas podem entrar em contato de forma poética com o conto. E, diariamente, estamos oferecendo oficinas. Uma delas é a Objetos de Mirar, onde a ideia é que as crianças possam construir objetos ópticos como monóculos e lunetas, com a ideia de ver com mais poesia o cotidiano. E também temos a oficina Embarcar, em que as crianças aprendem a construir embarcações com folhas, com páginas dos livros, já suscitando a ideia de que a própria leitura é uma viagem”, disse Rochele Beatriz, supervisora das oficinas promovidas pelo museu.

A Estação Férias ocorre de terça a domingo, das 10h as 17h, com as oficinas acontecendo às 10h30 e às 14h. Mais informações sobre a programação de férias do Museu da Língua Portuguesa podem ser obtidas aqui.

Nesta sexta-feira (5) é comemorado o Dia Nacional da Língua Portuguesa, data instituída pela Lei nº 11.310, em 2006, que homenageia o nascimento do escritor, jornalista, advogado e político Ruy Barbosa (1849-1923). Para celebrar o quinto idioma mais falado do planeta, a equipe do LeiaJá visitou o Museu da Língua Portuguesa (MLP), localizado em São Paulo (SP).

Fechado desde 2015 por conta de um incêndio, o Museu retomou as suas atividades durante o segundo semestre de 2021, de maneira totalmente renovada, mas com algumas restrições de público devido à pandemia do Covid-19, que inclui também o uso obrigatório de máscara durante a estadia.

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O MLP está localizado no prédio Estação da Luz (1901), considerado patrimônio cultural nacional, estadual, municipal e suas atrações estão concentradas no segundo e terceiro andar do edifício.

Ao iniciar a tour pelo segundo andar, é possível encontrar a sessão "Línguas do Mundo", que apresenta o nome e sonoridade de 23 línguas das mais de sete mil presentes no mundo, entre elas, o grego, árabe, família indo-europeia, xavante e claro, o próprio português.

Na sessão "Laços de Família", é possível ver as origens da língua portuguesa. A "Rua da Língua", apresenta um corredor de 106 metros de comprimento, com as palavras mais populares do dia-a-dia.

Outro ponto de destaque são as telas sensíveis ao toque, que possibilitam a interação dos visitantes para juntar sílabas e formar diferentes palavras, ou pesquisar pelo significado de um determinado vocábulo.

Nas paredes do MLP é possível ver uma grande variedade de poemas e versos escritos por grandes nomes da literatura, como por exemplo “Memórias da Emília” (1936) do escritor Monteiro Lobato (1882-1948).

Durante a estadia da equipe do LeiaJá no MLP, foi apresentado o filme “O que pode a língua”, do documentarista brasileiro Carlos Nader. Na sequência, o público foi encaminhado para o Planetário das Palavras, que por meio de luzes projetadas no telhado do MLP, apresentou uma seleção de diversos textos literários e canções que fazem parte da história da Língua Portuguesa.

O MLP pode ser visitado de terça a domingo, das 9h às 16h30 e os visitantes podem permanecer no local até as 18h. Os ingressos podem ser obtidos por R$20 a inteira ou R$10 a meia entrada. A entrada é gratuita aos sábados e de acordo com o site oficial, crianças de até sete anos possuem acesso gratuito.    

O Museu da Língua Portuguesa, instalado na histórica Estação da Luz, foi reinaugurado hoje (31) com a presença de representantes de países lusófonos, entre eles os presidentes de Cabo Verde e Portugal. O português Marcelo Rebelo de Sousa condecorou a instituição com a Ordem de Camões, a honraria foi concedida pela primeira vez. O público poderá visitar o espaço a partir deste domingo (1º).

O prédio sofreu um incêndio de grandes proporções em 21 de dezembro de 2015 e teve que ser completamente reformado. Além do conteúdo das exposições, que foi revisto e ampliado, o museu contará, a partir da reabertura, com um novo terraço, com vista para o Jardim da Luz e a torre do relógio, e instalações de reforço da segurança contra incêndio.

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“Aqui viemos para dizer que uma língua é uma alma feita de milhões de almas, pela qual se ama, se sofre, se cria, se chora, se ri, se pensa, se escreve, se fala”, celebrou Sousa. O presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, destacou a união dos países lusófonos e as contribuições de escritores. “Uma língua que foi cada vez mais apropriada e reconstruída e acarinhada, afagada pelos deuses, os deuses da nossa língua comum são, para além dos nossos povos humildes, aquelas que a melhor a trabalham e divulgam.”

Foram investidos cerca de R$ 85 milhões nas obras de reconstrução com diversos apoiadores privados e do governo do estado de São Paulo e do governo federal, pela Lei de Incentivo à Cultura. As obras começaram em 2017 e foram acompanhadas pelos órgãos federais, estaduais e municipais de proteção do patrimônio histórico e artístico.

“Este é o primeiro museu do mundo dedicado a um idioma e que está de volta depois de um longo período de reforma. (...) Voltou melhor, com mais recursos, mais tecnologia, ampliado e fortalecido com todos os cuidados que foram objeto dessa reconstrução do museu”, declarou o governador de São Paulo, João Doria.

Exposições

Novas instalações entre as exposições de longa duração marcam a reabertura do museu. Elas ficam dispostas no segundo e no terceiro andar do prédio. Entre as novidades, está a “Línguas do mundo”, na qual mastros se espalham pelo hall com áudios em 23 diferentes idiomas. Foram escolhidas línguas, entre as mais de 7 mil existentes, que tenham relação com o Brasil, incluindo expressões originárias, como yorubá, quimbundo, quéchua e guarani-mbyá.

Os sotaques e as expressões do português no Brasil ganham espaço na instalação “Falares”. E os “Nós da Língua Portuguesa” mostram os laços e a diversidade cultural entre os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). O idioma é falado em cinco continentes por 261 milhões de pessoas.

Continuam a ser exibidas, assim como nos quase 10 anos em que o museu esteve ativo, a instalação “Palavras Cruzadas”, que mostra influências históricas no português falado no Brasil e a “Praça da Língua”, que homenageia a língua falada, escrita e cantada com um espetáculo de som e luz. A praça, uma espécie de planetário, traz poemas e músicas interpretados por nomes como Maria Bethânia e Matheus Nachtergaele. 

O museu tem curadoria de Isa Grinspum Ferraz e Hugo Barreto e contou com a colaboração de artistas, músicos, linguistas, entre outros profissionais.

Fechado desde dezembro de 2015, quando foi parcialmente destruído por um incêndio de grandes proporções, o Museu da Língua Portuguesa, na Luz, centro do São Paulo, vai reabrir as portas no dia 25 de junho de 2020. O anúncio foi feito pelo governador João Doria (PSDB) nesta segunda-feira, 16.

As obras do museu foram concluídas nesta tarde. Ao todo, a revitalização custou R$ 81,4 milhões - a maior parte do valor foi financiado com o dinheiro do seguro pelo incêndio, além de empresas privadas.

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"Todos os que estão envolvidos vão cumprir este prazo para que, no dia 25 de junho, então até a metade do ano que vem, o museu possa estar novamente entregue à população", disse Doria

Entre as novidades na estrutura física, o Museu da Língua Portuguesa ganhou um acesso direto pela Estação Luz, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) - uma aposta do governo para atrair mais público. A estimativa é de 600 mil visitantes no primeiro ano da reabertura.

No último andar, também está previsto funcionar um café a céu aberto, com vista para o Parque da Luz e a Pinacoteca. O equipamento não existia antes.

Público geral poderá visitar a partir do dia 27

O governo publicou chamamento para definir a organização social que ficará responsável por administrar o Museu da Língua Portuguesa. Os seis meses, quando permanecerá fechado, devem servir para tratar de questões administrativas e burocráticas, e também organizar o acervo.

Segundo a gestão Doria, no dia da inauguração está previsto um evento com a presença de presidentes e representantes de países lusófonos, sem a presença de público. Já no dia seguinte, 26 de junho, a visitação ficará restrita às pessoas que trabalham nas obras.

Só no dia 27 é que o público em geral poderá conferir o Museu da Língua Portuguesa. Na ocasião, um sábado, a entrada será gratuita.

A Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito que investigou o incêndio que destruiu o Museu da Língua Portuguesa, no centro da cidade. Ninguém foi indiciado e o laudo da perícia aponta que o fogo foi provocado por um "defeito em um dos holofotes".

As conclusões do inquérito foram transmitidas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) nesta quinta-feira, 4. O incêndio, que atingiu o museu no dia 21 de dezembro de 2015, destruiu parcialmente a estrutura e matou o brigadista Ronaldo Pereira da Cruz, que tentava combater as chamas.

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No dia do incêndio, a Estação da Luz, que funciona no mesmo complexo, foi evacuada e os trens pararam de circular. A área não tinha o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).

A estrutura vem passando por obras de restauração. Em maio deste ano, a Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa anunciou que o Museu da Língua Portuguesa deve reabrir as portas no primeiro semestre de 2020.

O Museu da Língua Portuguesa deve ser reaberto no primeiro semestre do próximo ano, disse nessa segunda-feira (6) o secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Sérgio Sá Leitão. O museu está fechado para reconstrução desde que foi atingido por um incêndio, em dezembro de 2015 . A data exata para a reabertura do museu será anunciada em outubro.

Sá Leitão esteve, na tarde desta segunda-feira, fazendo uma vistoria nas obras do museu, junto com representantes de empresas patrocinadoras das obras. “Pudemos constatar que as obras estão no ritmo certo, no cronograma e serão concluídas, tudo leva a crer, no prazo que é 31 de outubro deste ano. Uma vez as obras concluídas, temos um prazo estimado em torno de seis meses para a implantação do museu, com todo o revestimento, equipamentos e todo o material que será exposto. É um museu que tem muita interatividade e muito conteúdo audiovisual”, disse o secretário.

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Os investimentos para as obras são estimados em R$ 80,9 milhões, sendo que um terço desse valor era referente ao seguro feito pelo museu e cerca de R$ 20 milhões captados por meio da Lei Rouanet. “Parte dos recursos investidos aqui tem incentivo da Lei Rouanet. Outra parte é investimento direto ou investimento via seguro. Mas é claro que a Lei Rouanet é um instrumento importantíssimo de apoio ao desenvolvimento das atividades culturais e criativas do Brasil. Somos defensores e entusiastas desse mecanismo”, disse Sá Leitão.

O secretário disse que, em breve, o governo estadual fará uma chamada pública para selecionar a organização social que fará a gestão do Museu da Língua Portuguesa. “Não é um museu que será gerido diretamente pelo governo do estado de São Paulo, mas por uma organização social. Esse é o modelo no qual acreditamos e consideramos que é o melhor modelo de gestão para os museus”, disse.

As obras

Até agora, foram concluídas as etapas de restauro das fachadas e esquadrias e de reconstrução da cobertura, faltando as obras de adaptação interna, que deve ser finalizada até outubro.

“Tem todo um tripé com que trabalhamos: arquitetura, museografia e conteúdo. Com relação à obra, fizemos todo um processo de restauro das fachadas e um novo telhado, pois a cobertura foi toda perdida no incêndio. Fizemos um desenho mais contemporâneo. Isso já foi concluído e estamos agora no andamento da parte interna da obra, que é um processo mais lento”, disse Lúcia Basto,  gerente-geral da área de Patrimônio e Cultura da Fundação Roberto Marinho. A fundação assinou um convênio com o governo do estado em janeiro de 2016 para reconstrução do museu.

Para o telhado, foi usada uma madeira proveniente da Amazônia. Segundo Lúcia, a opção pela madeira foi considerada a maneira mais segura para a obra. “A madeira é a mais segura, mais do que a estrutura metálica porque, quando há fogo, ele consome uma determinada espessura dessa madeira. Então, optamos por colocar ela [a madeira] um pouco mais dimensionada para que ela não rompa caso haja algum tipo de ataque de incêndio”, disse Lúcia.

Para prevenir futuros incêndios, disse Lúcia, foi montado um grupo de trabalho, com a participação do Corpo de Bombeiros. “Essa era a segunda vez que este prédio estava pegando fogo. Então definimos que nós íamos colocar, por exemplo, um splinkler [dispositivo que descarrega água em caso de incêndio], que não é uma exigência pela configuração da construção, mas nós pusemos. Tudo o que podíamos fazer a mais para fazer essa proteção, foi feito, para que possamos ficar tranquilos no futuro”, explicou Lúcia.

Dia da Língua Portuguesa

Para marcar o Dia Internacional da Língua Portuguesa, celebrado ontem (5), o Museu da Língua Portuguesa preparou atividades especiais que estão sendo realizadas no saguão da Estação da Luz. As atividades ocorrem até amanhã (7).

Com o tema Museu, Escola e Território, quem passar no local poderá aproveitar uma programação que inclui apresentações musicais, poesia falada (slam), teatro, oficinas de texto e contação de histórias, entre outros. Na tarde de hoje, a Oficina Infinity Class recontou histórias conhecidas por meio do hip hop. Também houve uma oficina de criação de mapas e cartografia.

Olantina Miranda Oliveira, 68 anos, participou hoje da atividade com mapas. Ela disse ter ficado sabendo do evento e ter ido à Estação da Luz por “curiosidade”. “Está legal. Esses desenhos aqui são um barato. Passa o tempo na cabeça da gente”, disse, rindo. Olantina nunca visitou o Museu da Língua Portuguesa, mas disse que pretende visitar o lugar quando ele for reinaugurado. 

Hélio Ferreira da Silva, 57 anos, parou no saguão da Estação da Luz para ver a contação da história do Brasil por meio do hip hop. “Parei para ver a história. Estou achando legal. Estou observando as crianças escutando [crianças de uma escola, que também estavam escutando a história]”.

Lei Rouanet

Sá Leitão disse que uma reunião entre secretários de Cultura do Rio de Janeiro e de São Paulo está sendo planejada com o ministro da Cidadania, Osmar Terra. Na reunião, a pauta deverá ser as mudanças na Lei Rouanet. 

“Reconhecemos que o limite e algumas regras que foram incluídas [na antiga Lei Rouanet] nos parecem criar alguns problemas para determinadas áreas da cultura. Por isso, secretários de cultura dos municípios e dos governos estaduais do Rio de Janeiro e de São Paulo se uniram a entidades da sociedade civil, no sentido de elaborar um conjunto de propostas de melhorias e de aperfeiçoamento nessa instrução normativa. Já solicitamos ao ministro Osmar Terra uma audiência, que está sendo marcada”, disse.

O Museu da Língua Portuguesa, localizado no centro da cidade de São Paulo, está com inscrições abertas para o edital que deve definir a programação cultural para o Dia Internacional da Língua Portuguesa, que será comemorado com atividades gratuitas entres os dias 5 e 7 de maio. Artistas, educadores e escritores podem se escrever pelo site até 10 de abril. Este ano, a celebração traz como tema "Escola, Museu e Território" e o museu busca propostas em literatura, música, teatro, performance e artes integradas, que proponham a reflexão sobre a pluralidade do idioma e as formas que ele é representado na arte ou no cotidiano. Essa é a terceira edição da comemoração promovida pelo museu, que está em reconstrução após o incêndio ocorrido em dezembro de 2015. A previsão é que o local seja reaberto para a visitação do público em 2020.

A destruição do prédio e de grande parte do acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro chocou muitas pessoas entre a noite de domingo (2) e a manhã desta segunda-feira (3), quando os bombeiros ainda estavam trabalhando no local para conter os últimos focos do incêndio. 

Este tipo de problema, infelizmente, não é uma novidade na história do Brasil. Em outras ocasiões, perdas irreparáveis foram causadas pelo fogo em outros grandes e importantes museus.

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Museu da Língua Portuguesa

A principal torre do Museu da Língua Portuguesa, que fica dentro da Estação da Luz, em São Paulo, foi um caso recente de incêndio antes do caso do Museu Nacional do Rio de Janeiro, em 21 de dezembro de 2015. 

Além da destruição do acervo (que era majoritariamente digital), um funcionário do museu veio a óbito e a estrutura do local ficou comprometida. A cobertura da torre do museu foi reconstruída em julho deste ano e a reinauguração está prevista para o ano de 2019.

Cinemateca Brasileira

A Cinemateca Brasileira, que reúne cerca de 250 mil rolos de filmes brasileiros de diversas épocas, além de um acervo não fílmico composto por cerca de 1 milhão de documentos e objetos, teve cerca de mil rolos de filmes datados da década de 1950 destruídos quando uma de suas câmaras de depósito de filmes pegou fogo em fevereiro de 2016. 

O estrago não foi maior pois, além de grande parte do acervo já estar digitalizado, a instituição dispunha de um tipo de construção em que as paredes não se comunicam com o teto e não há instalações elétricas, para evitar que o fogo se espalhe em caso de um curto-circuito levar a um incêndio.

Memorial da América Latina

Em 2013, apenas dois anos antes do incêndio que destruiu o Museu Nacional da Língua Portuguesa, o auditório Simón Bolívar do Memorial da América Latina, que também fica em São Paulo, pegou fogo devido a um curto-circuito. 

A destruição do prédio e de grande parte do acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro chocou muitas pessoas entre a noite de domingo (2) e a manhã desta segunda-feira (3), quando os bombeiros ainda estavam trabalhando no local para conter os últimos focos do incêndio. 

Instituto Butantan

Em 2010, o Instituto Butantan foi atingido por um incêndio que, de acordo com o Ministério Público de São Paulo, teve origem criminosa e culposa (causada por negligência), destruiu o maior acervo de cobras do país, com 80 mil espécimes catalogados, junto com outros répteis, artrópodes, tartarugas, cágados e jabutis. 

À época, o curador do instituto, Francisco Franco, afirmou que as perdas causadas pelo incêndio significaram “uma perda para a humanidade” pois, de acordo com ele, “toda informação que se podia haver sobre biodiversidade, ecologia, biologia e distribuição geográfica a respeito de serpentes estava armazenada no prédio incendiado”. 

Museu de Arte Moderna do Rio

Em 1978 o Museu de Arte Moderna do Rio foi atingido por um incêndio que destruiu telas de artistas como Pablo Picasso, Miró, Matisse, Cândido Portinari e Salvador Dali, além de todos os volumes do acervo da biblioteca de artes visuais, causando um prejuízo financeiro de R$ 60 milhões. 

Apenas 50 peças do acervo foram salvas e, tamanho foi o estrago, que somente nos anos 1990 grandes instituições internacionais voltaram a confiar no Brasil para abrigar exposições de grande porte. 

Investigações da época apontaram um curto-circuito causado por instalações elétricas defeituosas como um possível motivo, mas a causa do incêndio que significou uma das maiores perdas para o patrimônio artístico do Brasil nunca foi esclarecida por completo.

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O Dia Internacional da Língua Portuguesa, comemorado em 5 de maio, será celebrado com eventos gratuitos e abertos ao público até sábado na Estação da Luz, em São Paulo. A programação conta com shows de música, apresentação de poesia, exposições, narração de histórias e oficinas.

A celebração será ao lado do Museu da Língua Portuguesa, em reconstrução após um incêndio que aconteceu em 2015, e parte da pergunta “Qual é a sua língua portuguesa?” para percorrer sobre os sotaques e influências do idioma falado em nove países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Princípe e Timor-Leste.

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A programação completa das comemorações pode ser consultada no site do Museu da Língua Portuguesa.

 

Um ano após o Museu da Língua Portuguesa, localizado no Centro de São Paulo, ter sido destruído em incêndio, o espaço começou a ser reconstruído nesta quarta-feira, 21.

A reinauguração do museu está programada para o primeiro semestre de 2019 e o custo total da obra será de R$ 65 milhões. Destes, R$ 34 milhões vem da iniciativa privada. A reforma se tornou possível a partir de uma parceria entre o governo federal e estadual, a Fundação Roberto Marinho, os grupos Energias de Portugal (EDP), Itaú e Globo.

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O museu - O espaço foi oficialmente em 20 de março de 2006, na Praça da Luz. Já o incêndio que destruiu o prédio que abriga o museu ocorreu em 21 de dezembro de 2015. 

Quase um ano após um incêndio que destruiu suas instalações, o Museu da Língua Portuguesa demitiu seu diretor técnico, Antonio Carlos de Moraes Sartini, e estrutura o ano de 2017 sem funcionários relacionados ao trabalho museológico da instituição e sem nenhuma atividade cultural e educativa.

Ao contrário do que ocorreu neste ano, quando a decisão do Museu da Língua foi manter exposições e eventos externos enquanto sua sede, no histórico prédio da Estação da Luz - tombado como patrimônio nas esferas municipal, estadual e federal -, precisa ser recuperada dos danos do incêndio, todo o planejamento de 2017 está sendo feito com foco nas obras de reconstrução.

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"Estamos reconfigurando o escopo de atuação da organização social (o IDBrasil Cultura, Educação e Esporte, que faz a gestão do museu desde 2012), de modo a focar os trabalhos nesse acompanhamento. A prioridade passou a ser as obras: há uma demanda legítima da sociedade para que devolvamos isso o mais rápido possível", afirma Renata Motta, coordenadora da unidade de preservação do patrimônio museológico da Secretaria de Estado da Cultura.

"No ano que vem, portanto, possivelmente não teremos atividades ao público, já que há esse revocacionamento do contrato", completa ela. Atividades externas só ocorrerão se houver algum patrocínio da iniciativa privada.

Conforme o Estado apurou, dos cerca de 60 funcionários que atuavam no Museu da Língua Portuguesa até o incêndio, apenas 12 seguem trabalhando atualmente, até o término dos projetos externos em andamento - em fevereiro do ano que vem. A partir de então, da equipe original, devem ser mantidos apenas dois ou três da área administrativa. "O fato de o museu não ter um acervo físico, ou seja, todo o nosso acervo é digital, acabou sendo uma vantagem diante da fatalidade que aconteceu", afirma Renata. Ou seja: a natureza da instituição prescinde equipes zelando pelos seus itens enquanto se aguarda a obra.

No momento, secretaria e organização social estão preparando o plano para o ano que vem. Entre os aspectos em discussão, está a própria renovação do contrato, que vence em 30 de novembro. Já há um consenso entre as partes que o mesmo deve ser renovado. O valor do repasse do Estado para a organização ainda não foi definido, mas deve ser semelhante ao deste ano - R$ 2,7 milhões. No ano passado, com o museu em pleno funcionamento, o aporte foi de R$ 6,7 milhões.

No dia 21 de dezembro de 2015, o local foi destruído por um incêndio de grandes proporções, que deixou um morto e levou à sua interdição. Ocupando 4,3 mil m² em três andares da Estação da Luz, o museu foi inaugurado em 2006 e, em seus últimos três anos de operação, recebeu 1,6 milhão de visitantes.

Obras

Para as obras de reconstrução, já há o valor total da indenização do seguro - R$ 39 milhões, dos quais cerca de R$ 5 milhões já foram utilizados para obras emergenciais no início do ano. Com este valor, entretanto, seria possível, conforme avaliam os gestores, apenas um museu "como o anterior". "A ideia é fazermos uma atualização tecnológica. Para tanto, já está em curso um plano de captação com parceiros da iniciativa privada", diz Renata.

É tabu falar em prazo. O receio é de que qualquer descumprimento seja interpretado como atraso. Internamente, discute-se como meta a reabertura em 2019.

Pouco mais de dois meses depois de ser parcialmente destruído por um incêndio de grandes proporções, o Museu da Língua Portuguesa, no histórico prédio da Estação da Luz, região central de São Paulo, deve começar suas obras de recuperação.

De acordo com a Secretaria de Estado da Cultura, o objetivo dessa primeira fase é "preparar o conjunto arquitetônico para os trabalhos de restauro e recuperação". Serão realizadas a impermeabilização das lajes expostas, a instalação de sistemas de drenagem e a construção de uma sobrecobertura provisória, com o objetivo de evitar a infiltração de água da chuva no edifício, preparando-o para todo o período de restauro.

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A secretaria informa que os trabalhos serão iniciados imediatamente. Desde o fim do ano passado, equipes têm atuado no local diariamente em atividades de limpeza e de retirada dos escombros.

Com duração estimada de dez semanas, esta etapa ainda deve liberar as entradas principais da Estação da Luz para circulação de passageiros da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô - acessos hoje interditados pela Defesa Civil. Desde a liberação da estação, no dia 30 de dezembro, os cerca de 400 mil usuários diários usam os acessos da Rua Cásper Líbero e na frente da Pinacoteca.

O orçamento para esta primeira etapa de obras é de R$ 1,8 milhão, valor coberto pelo seguro da instituição. De acordo com informações da Secretaria da Cultura, a intervenção já foi aprovada pelos três órgãos de proteção ao patrimônio histórico, o Iphan, o Condephaat e o Conpresp - a Estação da Luz é tombada nas três esferas.

Histórico

Ocorrido em 21 de dezembro, o incêndio deixou um morto, o bombeiro civil Ronaldo Pereira da Cruz, e interrompeu as atividades do Museu da Língua Portuguesa. Em janeiro, foi assinado um convênio entre a Secretaria da Cultura, a Fundação Roberto Marinho e a organização social ID Brasil para a reconstrução da instituição. Inaugurado em 2006, o Museu da Língua recebeu quatro milhões de visitantes em seus quase 10 anos de atividades.

Enquanto permanece fechado por tempo indeterminado, o museu deve continuar expondo seu acervo cada vez mais em outros espaços. Desde a semana passada, por exemplo, a exposição Estação da Língua, com parte do acervo principal da instituição, está em cartaz na cidade de Araraquara, no interior paulista.

Com 300 metros quadrados de área expositiva - e os mesmos recursos audiovisuais que consagraram o Museu da Língua -, a mostra fica ali até o início de abril. A próxima cidade a receber a atração será Pirassununga, também no interior do Estado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ainda não há previsão para a liberação da Estação da Luz, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), na região central de São Paulo. O embarque e o desembarque estão vetados desde que um incêndio destruiu o Museu da Língua Portuguesa, há uma semana.

Na tarde deste domingo, 27, três técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) fizeram uma avaliação das estruturas abaladas pelo incêndio e apresentaram um laudo, em uma reunião de mais de três horas, a integrantes da direção da CPTM e representantes da Defesa Civil e da Secretaria Municipal de Cultura. O IPT solicitou novas obras de reforços estruturais, que deixarão o prédio fechado por pelo menos mais dois dias

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De acordo com o responsável pelo trabalho, José Theophilo Leme de Moraes, engenheiro civil do IPT, a primeira avaliação, feita no dia seguinte ao incêndio, definiu que fossem feitas diversas intervenções para fortalecimento das estruturas abaladas. Mas a nova avaliação, após a limpeza do local, mostrou que ainda há pontos que necessitam de reforços. "Com a limpeza e a remoção dos escombros, pudemos perceber que mais pontos necessitam de fortalecimento", disse Moraes. A estação não será liberada enquanto as intervenções não forem concluídas.

Os reforços da estrutura são feitos por meio do chamado "atirantamento" de vários pontos, segundo Moraes. "O atirantamento consiste em amarrar cabos de aço na parede abalada e na parede oposta. Com isso, se houver uma pendência para qualquer um dos lados, uma parede ajuda a outra a não cair", afirmou o engenheiro. Segundo ele, o procedimento já havia sido executado, por solicitação do IPT após uma primeira vistoria. "Mas, com a limpeza parcial do edifício, vimos que havia necessidade de fortalecer mais alguns pontos."

O tempo de realização das obras vai depender do ritmo da empreiteira, segundo Moraes. "É um trabalho de cerca de dois dias", afirmou. Após a conclusão das obras de reforço uma nova avaliação será feita. Só então poderão ser realizados testes com trens sem passageiros, em baixa velocidade, para avaliar se a estrutura do edifício tem condições que permitam reabertura da estação.

Pagamento

O procedimento agora consiste em limpar o local, instalar o fortalecimento da estrutura nos pontos restantes e realizar a inspeção final. As ações de remoção do lixo, escoramento e restauração - que não têm prazo para ser concluídas - serão pagas pela Organização Social IDBrasil Cultura, Educação e Esporte, que é responsável pela gestão do museu. A empresa não divulgou o valor das obras. O seguro feito para o museu é de R$ 45 milhões.

Uma empresa de engenharia realiza, desde quarta-feira, obras emergenciais para a estabilização de uma parede interna do edifício. Uma viga havia sido dilatada pelo calor do fogo, desestabilizando a parede. A empresa usou guindastes para retirar partes carbonizadas de vigas de madeira do telhado e executou o atirantamento das paredes, a fim de reforçar a estabilidade do prédio. A retirada do entulho do piso, no entanto, não será feita nessa fase das obras emergenciais.

Os trens não circulam na Estação da Luz desde o dia do incêndio, afetando a rotina de pelo menos 1,1 milhão de passageiros da CPTM. Enquanto as obras prosseguirem, não circulam os trens da Linha 7-Rubi - entre as Estações Barra Funda e da Luz - e os trens da Linha 11-Coral, entre as Estações Brás e da Luz. Embora as composições da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) continuem funcionando na Luz, os usuários precisam fazer baldeações para seguir viagem para as Estações Barra Funda, na zona oeste, e Brás, no centro.

Da mesma forma, continuam fechados os acessos à estação pela Rua Mauá e pela Praça da Luz. Os passageiros precisam usar os acessos subterrâneos do Metrô, também na Rua Mauá, para conseguir embarcar nos trens. A calçada no entorno do complexo também foi bloqueada e o trânsito pela Praça da Luz permanece interditado para o transporte público e para automóveis desde o dia do incêndio.

Embora o museu e a estação do prédio pertençam ao governo do Estado, foi a Prefeitura de São Paulo, por meio da Defesa Civil, que manteve a interdição do prédio. Mesmo quando se suspender a interdição, o embarque da CPTM só deve ocorrer pela Rua Mauá e por outro acesso lateral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Defesa Civil da Prefeitura de São Paulo decidiu nesta quarta-feira (23)que a Estação da Luz vai ficar interditada para passageiros e trens, por tempo indeterminado, até que a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) atenda a uma série de pedidos e medidas do órgão e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O ramal atende cerca de 300 mil passageiros por dia.

A companhia terá de fazer obras de escoramento na parede interna da área afetada pelo incêndio que destruiu o Museu da Língua Portuguesa, localizado no mesmo prédio, na segunda-feira (21). Segundo a Prefeitura, existe um risco de que a estrutura caia sobre as plataformas de embarque e desembarque dos trens.

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Além disso, também deverá ser feita a retirada total dos escombros e das estruturas de madeira da cobertura da área atingida. O madeiramento pressiona as paredes queimadas da estação. As decisões foram tomadas pela prefeita em exercício, Nádia Campeão (PCdoB), e a Defesa Civil.

A Praça da Luz vai permanecer fechada para carros, e a calçada da estação ficará interditada. Um esquema de trânsito será desenvolvido pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

O fechamento de plataformas na Luz das Linhas 7 e 11 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) deixou superlotadas, no horário de pico, as plataformas da Estação Barra Funda, na zona oeste da capital na terça-feira (22) Por volta das 18h30, pessoas disputavam um lugar mais perto das portas do metrô. Outras preferiam aguardar a diminuição do movimento em bancos ou sentadas no chão.

Com o incêndio, a técnica de farmácia Aline Moreira, de 24 anos, que mora em Perus, na zona oeste de São Paulo, passou a levar três horas para chegar ao trabalho, nas imediações da Estação Vergueiro do Metrô, trajeto que fazia em uma hora. "Tive de sair de casa às 18 horas. Contando com o tempo de espera nas plataformas e as baldeações, estou demorando três horas para chegar ao trabalho."

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Havia queixas de quem fazia trechos menos longos. "Está mais complicado para voltar para casa. Eu costumo ir para Itaquera pegando o trem na Luz, porque faço o percurso em 25 minutos. De metrô, dá 40", diz a tecnóloga em sistemas elétricos Camila França, de 27 anos.

No Brás, o embarque ocorria sem filas às 18 horas. A dificuldade era como chegar em casa. "Ficou horrível. Trabalho na Paulista e ia para a Luz, pela Linha Amarela, para pegar o trem. Agora, tenho de ir à República, que está lotada, para entrar na Linha Vermelha e pegar o trem no Brás", disse Vanessa Boscolo, de 28 anos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Técnicos do Instituto de Pesquisa Tecnológica, da Defesa Civil, da Polícia Técnico-Científica, do Corpo de Bombeiros e de uma empresa de restauração fazem, desde as 11h de hoje (22), uma vistoria no prédio do Museu da Língua Portuguesa, atingido por um incêndio na tarde de ontem (21). Segundo o coordenador da Defesa Civil do município, Milton Bersolli, os técnicos avaliam ainda a Estação da Luz, que faz parte do complexo onde fica o museu.

Não há previsão para a reabertura da estação, fechada desde ontem. "Todos os órgãos vão elaborar laudo e, com base nesse trabalho, vamos definir a liberação ou não da estação. Quando liberada, ela só funcionará pelo acesso da Rua Mauá".

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Bersolli disse que o museu não deve ser liberado e que depois de todas as análises, o interessado terá que protocoloar os pedidos necessários na prefeitura para fazer a limpeza e a restauração do prédio. "Enquanto isso não ocorrer, o prédio continua interditado".

O coordenador da Defesa Civil voltou a afirmar que um funcionário informou que o incêndio começou depois da troca de uma luminária. "O que vai constatar e provar a causa será a perícia. Inicialmente, não foi apontada outra causa, mas não podemos apontar isso como o motivo".

Não há previsão para o fim da vistoria.

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