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Juliana Caldas compartilhou um vídeo no Instagram em que fala sobre o filme Amor Sem Medidas, estrelado por Leandro Hassum e Juliana Paes. A atriz criticou o filme pela abordagem do nanismo como uma forma de piada e também pelo personagem não ser de fato um ator portador de nanismo. A critica da atriz viralizou e Leandro Hassum resolveu se pronunciar.

"Não dá mais para aceitar hoje um filme que faz você sentar e rir disso, rir dos outros, rir da condição do outro, sabe? No caso, né, da deficiência do nanismo", declarou ela.

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O filme retrata a relação de uma pessoa que possui a deficiência do nanismo com uma outra que não tem a condição, personagem interpretada por Juliana Paes.

"Primeiro porque a pessoa que faz o personagem que tem nanismo, o ator não tem nanismo, que é o próprio Leandro Hassum. Eles fizeram computação gráfica, diminuíram [o Hassum] em computação gráfica, essas coisas, para mostrar que ele tem baixa estatura. E, depois disso, a maior parte do filme tem piadas totalmente capacitistas, totalmente preconceituosas e que, cara, não dá para aceitar hoje em dia".

A atriz até comparou como as piadas de racistas, homofóbicas e gordofóbicas não são aceitas e não teriam sido levadas como algo normal.

"Porque o filme é de humor. Quando a gente fala sobre o nanismo, a maior parte das vezes é nessa forma de piada e totalmente capacitista e preconceituosa. O nanismo é considerado uma deficiência. Aí você rir disso hoje em dia não dá mais para aceitar".

Juliana ressaltou que essa situação não poderia passar batida e considerou a situação uma falta de respeito com todas as pessoas portadoras de nanismo.

"Mas não dá para passar batido a falta de respeito com o próximo. Ainda mais no momento no mundo de hoje, sabe? E todas as outras pautas a gente vê que são levadas a sério. E aí quando você põe a pauta de nanismo, a maioria das vez não é levada a sério".

Diante das fortes críticas feitas por Caldas, Leandro Hassum, protagonista do longa, resolveu se pronunciar. Segundo o Adoro Cinema, ele emitiu o seguinte comunicado:

"Sinto muito de verdade, pois jamais quero, através dos meus filmes e arte, causar dor. Ao contrário, meu propósito sempre será divertir, entreter, pois acredito no humor agregador para a família toda. O filme conta uma história de amor, de pertencimento e de inclusão, valorizando as capacidades de seus personagens e repudiando qualquer preconceito, de qualquer espécie. Vivemos num mundo ainda distante do ideal, mas que vem caminhando no sentido de não dar espaço a nenhum tipo de preconceito, segregação ou exclusão. Esta foi a intenção, por meio da leveza do humor, abordar a importância de vivermos num mundo com mais amor e respeito, onde ser aceito e amado independe de características físicas. Fico aqui com o coração doído por, de algum modo, não ter transmitido isso a Juliana Caldas e estou mais que aberto a acolhê-la com meu total carinho e respeito".

Às vésperas do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, a atriz Juliana Caldas teceu duras críticas ao filme da Netflix 'Amor sem medidas', protagonizado por Leandro Hassum e Juliana Paes. Chorando, a artista disse não ter se sentido “representada” pela trama que aborda o nanismo e chamou as piadas contidas no roteiro de “capacitistas” e “ridículas”.

Juliana Caldas ficou bastante conhecida pelo grande público ao interpretar Estela, na novela ‘O Outro Lado do Paraíso”, uma jovem que era maltratada pela mãe por ser anã. No Instagram, a atriz publicou um vídeo falando sobre a nova produção da Netflix, estrelada por Hassum, e chorou a classificar o longa como “capacitista”.

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Segundo Juliana, a produção aborda o nanismo de forma pejorativa e depreciativa, trazendo muitas piadas preconceituosas. Além disso, o personagem principal da história, interpretado por Leandro Hassum, foi vivido por um ator que não é portador de nanismo, o que exigiu o uso de computação gráfica para que o artista aparecesse na tela como se o fosse. “A gente fala tanto da importância da representatividade no mundo só que, tô aqui dando minha opinião como pessoa e como artista. Eu não me senti em nenhum momento do filme representada, primeiro porque a pessoa que faz o personagem que tem nanismo não é uma pessoa que tem nanismo, e depois, a maior parte do filme tem piadas capacitistas e não dá pra aceitar isso”.

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A atriz disse ainda que não conseguiu ver o filme completo e chorou ao afirmar que o nanismo “não é levado a sério”. Ela também cobrou mais empatia das pessoas e mencionou o ‘Dia Internacional da Pessoa com Deficiência’ para justificar a importância de seu apelo. “Quando a gente fala, aborda no humor, sobre o nanismo a maior parte das vezes é nessa forma de piada e totalmente capacitistas e preconceituosas. não dá mais pra aceitar hoje um filme que faz você sentar e rir disso, rir dos outros, rir da condição do outro, da deficiência. Não dá pra passar batido a falta de respeito com o próximo”. 

 

É bem provável, se você gosta de surfe, que já tenha escutado ao menos uma vez o termo “Brazilian Storms”. O nome foi dado pela imprensa americana à nova geração do surfe brasileiro, no ano de 2011, que desde então vem fazendo parte do circuito mundial pela Liga Mundial de Surfe (WSL) e ganhando destaque. O país, que nunca havia vencido um título mundial, conquistou logo quatro nos últimos anos, com Gabriel Medina (2 vezes), Adriano de Souza e Ítalo Ferreira. 

Roberto Pino

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Mas se você pensou que essa história só teriam esses nomes, se enganou. Foi com um filho de Jaboatão dos Gurarapes, Pernambuco, que o Brasil conquistou mais um mundial. Roberto Pino trilhou o caminho do sucesso, mas no surfe adaptado. Único de uma família com quatro irmãos que nasceu com nanismo, ele precisou começar sua carreira disputando com atletas “normais” como ele mesmo conta. Em 2020, Pino foi convocado para o Campeonato Mundial de Surfe Adaptado, torneio organizado pela Associação Internacional de Surfe (ISA), e retornou como “Melhor Surfista Anão do Mundo”. 

Conhecendo o surfe

A reportagem do LeiaJá passou um dia acompanhando a rotina de Roberto. Confira:

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Roberto também falou com carinho do local exato onde começou, no “Hotelzinho” em Piedade. “Foi minha escolinha, hoje tá proibido por causa de tubarão, infelizmente aconteceram várias obras aí no litoral que afetaram nesses ataques. Só de lembrar fica chateado”, lamenta.  

Roberto treina diariamente pensando em voltar a disputar o mundial. Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens

Na sua casa expõe com orgulho suas conquistas, entre elas as quatro medalhas em mundiais dentre diversas outras. Antes de sair para mais um dia de surfe, pensando no Campeonato Pernambucano, Roberto é o responsável pelo almoço da família e assim que termina ele e seu filho Octávio já iniciam a rotina de sempre separando todo o equipamento. 

O preconceito

"Logo no começo, o pessoal não me conhecia muito, eu senti sim, várias vezes (o preconceito), e ao longo do tempo eu fui mostrando meu surfe, minha capacidade, minha determinação, me superando passando por cima de vários limites o pessoal passou a ter orgulho, achava isso o máximo (...) hoje comigo não tem preconceito no surfe mais comigo, eu tenho em outros lugares, supermercados, lugares públicos", completa.

“Quando eu chegava ninguém me conhecia olhavam meio assim, depois saiam com a cara amarrada putos porque perderam para o anão”, ri.

Assim que chegamos na praia, o respeito por ele é expressado pelos companheiros, todos o cumprimentam. Enquanto captamos imagens dele na água as ondas eram celebradas fora pelos amigos do surfe: "o anão é bom". 

Roberto fala com gratidão de todo esse carinho, reconhece sua representatividade e conta da emoção de carregar o peso de ser o 'Melhor Surfista Anão do Mundo'. 

"É uma honra isso, nunca imaginava que iria acontecer um negócio desse comigo na minha carreira de atleta que só tenho seis anos de competição, mas muito feliz com essa conquista, mais um sonho realizado", completou.

O treinos são quase sempre na companhia do seu filho e da sua filha. Foto. Arthur Souza/ LeiaJáImagens

Roberto e seu filho ficam por horas sno mar. O herdeiro, segundo ele, tem tudo para "ser melhor que o pai", brinca. A 'secura' para entrar na água assim que chega praia é admirada carinhosamente pelo pai que se orgulha em falar que além de atleta 'é coach' (treinador) dos seu filhos.

Na primeira etapa do Campeonato Pernambucano que aconteceu em Porto de Galinhas, no Cupe, no sábado (31) Roberto ficou com a nova posição, mas restam três etapas para se recuperar. O torneio não tem a categoria surfe adaptado e Roberto compete com atletas sem nanismo ou qualquer outra deficiência.

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Conhecido por ser um esporte em que você precisa de boa estatura para ganhar destaque, alguns casos no mundo do basquete mostram que nem sempre a altura é impedimento para algumas pessoas. Reese Turner é anão e com 1,30m, seus arremessos de três sido mostrados mundo fora.

 Com 17 anos, o armador Reese Turner é integrante da equipe do Cushing High School que fica no Texas. A baixa estatura não é problema para Reese, que chama atenção pela habilidade e facilidade nos chutes do perímetro.

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Na atualidade, o jogo na NBA tem sofrido mudanças especialmente nas bolas de três, que tem sido cada vez mais importante na era “Stephen Curry”, considerado o melhor chutador de 3 da NBA. Com isso, sem muita briga dentro do garrafão, a liga começa a abrir espaço para jogadores menores com bom arremesso, justamente o que tem feito Reese ganhar destaque, mas será que a NBA tem espaço para um anão?

O jogador, nas suas redes socias, sempre usa a hashtag “coração acima de altura” e quer ser inspiração para outras pessoas e em uma das publicações ele ainda desdenha dos “haters” e salienta seu bom momento. A NBA nunca teve um anão na sua história: o menor jogador a atuar na liga foi Muggsy Bogues com 1,60m.

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O surfista pernambucano Roberto Pino, único atleta da delegação nacional com nanismo, foi convocado pela Associação Internacional de Surf e Confederação Brasileira para representar o Brasil no Mundial de Surfe Adaptado, na Califórnia (EUA).

A competição reúne vários atletas com alguma deficiência física ou visual e acontece entre os dias 29 de novembro e 3 de dezembro desde ano. Para participar, o competidor deve custear todas as despesas relacionadas ao evento. Com a aproximação da viagem, o pernambucano iniciou uma campanha online para angariar fundos e viabilizar a participação na competição.

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As doações têm valor mínimo de R$ 10 e podem ser feitas com qualquer cartão de crédito. Os interessados também podem realizar depósitos em conta corrente (Conta 30008-3, Agência: 1031, Operação: 013 - Caixa Econômica Federal). Roberto Pino disputará na categoria AS1-Stand 1, referente a atletas que surfam de pé ou joelhos e possuem deficiência em membro superior ou amputação com prótese abaixo do joelho.

 

Os noveleiros de plantão já estão se preparando para dar adeus à novela A Força do querer, que termina nesta sexta (20), mas, sua sucessora, Do outro lado do paraíso, promete fazer jus ao sucesso do folhetim anterior. Escrita por Walcir Carrasco, a próxima trama das 21h, exibida pela Rede Globo, estreia na próxima segunda (23), e traz em seu roteiro o debate de temas fortes. Um deles é o nanismo, que será ilustrado através da personagem Estela, vivida pela atriz Juliana Caldas.

Juliana Caldas é uma modelo anã, de 1m22, e faz sua estreia em novelas no próximo folhetim da faixa das 21h, na Globo. Ela vai dividir cenas com um dos maiores nomes da teledramaturgia brasileira, a atriz Marieta Severo, que interpretará Sophia, sua mãe. Na trama, elas viverão sérios embates devido ao abandono materno sofrido por Estela por conta do nanismo.

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Esta é a primeira vez que o tema será abordado em novelas. Em seu perfil no Facebook, Juliana falou um pouco sobre a missão de abordar o tema na televisão aberta: "Não é, e não tem que ser a sociedade que nos dirá quem somos e sim cabe a nós mostrar para sociedade ‘Quem somos’ e ‘O que queremos ser’. Antes de sermos anões somos seres humanos e temos que nos colocar com respeito para que a sociedade nos respeitem.Eu farei minha parte espero que você também faça a sua."

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A Justiça condenou uma escola particular de Votorantim, interior de São Paulo, a pagar indenização de R$ 20 mil por danos morais, após ter negado vaga a uma criança com nanismo. A decisão considera que a negativa da matrícula é dotada de "preconceito e de nítido conteúdo discriminatório" e classifica a conduta da escola como "reprovável". A sentença, da 2a Vara Cível de Sorocaba, dada no dia 11 de dezembro, foi divulgada na última sexta-feira, 15, e ainda cabe recurso. A escola nega a discriminação e informou que vai recorrer à instância superior.

A recusa da matrícula aconteceu em 2012, quando a supervisora de materiais Maria Zilda Aparecida Jacoia tentou matricular o filho Guilherme Simões Novo, na época com seis anos, na primeira série do ensino fundamental no Colégio Bela Alvorada. Ela conta que foi com o marido, Gerson Simões Novo, conhecer o local e ambos gostaram da escola.

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Conforme o processo, tudo ia bem até o momento em que a direção do colégio descobriu que a criança era anã. A informação inicial, de que havia vagas, virou negativa com a desculpa de que uma funcionária havia esquecido de dar baixa.

Desconfiando de preconceito, a mãe ligou na escola dias depois e, sem se identificar, confirmou que havia vagas na primeira série. A funcionária chegou a recomendar que ela se apressasse em levar os documentos. Para se certificar, Maria Zilda pediu a uma amiga que ligasse para a escola, confirmando a vaga. As conversas foram gravadas. Quando ela se identificou e disse que era para seu filho, já não havia mais vagas. Os pais decidiram processar a instituição por danos morais depois de perceberem a angústia do filho, que também tinha gostado da escola.

A juíza Ana Maria Baldy Moreira Farrapo considerou ter ficado "clara e evidente a discriminação" após ter constado na ficha do requerente da vaga sua deficiência. "Conforme as ligações telefônicas avaliadas por esse juízo, é evidente o tratamento diferente feito pelas prepostas do requerido, quando eram informadas que a vaga seria para o autor." Para a juíza, qualquer ação ou omissão que se traduza em manifestação de preconceito ou discriminação ou que exponha pessoa ao ridículo e à exclusão, converte-se em ilícito civil.

"Salienta-se que a atitude da ré é dotada de preconceito e de nítido conteúdo discriminatório em razão do autor ser portador de acondroplastia (nanismo), revela conduta reprovável e, a toda evidência, causou humilhação e imensurável abalo à honra e à imagem do autor", diz na sentença. Segundo a juíza, o menino não estava sendo privado apenas de uma simples matrícula, mas de sua acessibilidade ao estudo e integração social.

A direção do Colégio Bela Alvorada informou em nota que seu departamento jurídico ainda não foi intimado da decisão judicial, mas vai entrar com recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo para reafirmar que não tem como conduta praticar qualquer ato discriminatório. "No caso em análise, houve a interpretação equivocada pela genitora do menor das informações que lhe foram prestadas, sendo certo que em nenhum momento foram criados obstáculos para a matrícula do referido menor."

A nota informa ainda que o colégio possui reconhecida atuação no sistema de inclusão, trabalhando com vários tipos de patologias, "não havendo porque considerar que esse caso tenha sido tratado de forma diversa".

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