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Na manhã desta terça-feira (11), o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, e o secretário de Turismo, Rodrigo Novaes, reuniram a imprensa no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do Estado, para detalhar as novas restrições que visam conter o avanço da Covid-19 e da Influenza em Pernambuco. Devido ao aumento de casos e solicitações de leitos para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o Gabinete de Enfrentamento à Covid definiu novas medidas de segurança para a população pernambucana. 

O novo decreto, que entra em vigência na próxima sexta (14), determina que para ter acesso a bares, restaurantes, cinemas, museus e teatros - lugares onde recorrentemente é feita a retirada da máscara -, será necessário apresentar comprovação de vacinação. Os eventos terão público máximo reduzido para três mil pessoas e, além do passaporte vacinal, será preciso apresentar teste negativo de Covid-19. As medidas são válidas até 31 de janeiro. 

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A comprovação de vacinação será de duas doses ou dose única para pessoas até 54 anos e de dose de reforço para pessoas acima de 55 anos. Nos eventos, além do passaporte vacinal será exigida a apresentação de teste negativo de Covid, sendo com 24 horas de antecedência para exames de antígeno e de 72 horas para exames de RT-PCR. O número máximo de frequentadores será de 50% da capacidade do espaço ou três mil pessoas em locais abertos e de mil pessoas, em locais fechados. 

O secretário André Longo falou sobre a aceleração de ocorrência das doenças respiratórias no Estado nessas duas primeiras semanas de 2022, o que alavancou os indicadores epidemiológicos. Segundo ele, o aumento é atribuído ao surto de Influenza H3N2. "Só com os esforços do governo do estado não seremos capazes de proteger a população, precisamos da cooperação de todos. É por isso que o comitê de enfrentamento decidiu adotar a partir da próxima sexta pelos próximos 14 dias novas medidas no sentido de rever nosso plano de convivência", frisou. 

Longo afirmou, ainda, que as novas medidas visam atingir as mais de 500 mil pessoas no estado que ainda não se vacinaram e que corroboram para a circulação do vírus, sobretudo da nova variante Ômicron que, segundo o secretário, pode causar quadros graves em não-vacinados. "Essas medidas também têm o objetivo de estimular a vacinação dessas pessoas vulneráveis. Essas pessoas não podem estar circulando nesses ambientes onde há um maior potencial de contaminação". 

Reforçando a fala de André Longo, o secretário de Turismo de Pernambuco, Rodrigo Novaes, disse que as regras valem também para eventos abertos e jogos de futebol, bem como eventos sociais como casamentos e festas de formatura. "Em todos os eventos acima de 300 pessoas é necessário a apresentação do teste negativo".  Sobre lugares como praias, parques e feiras públicas, a regra é que o uso da máscara e o distanciamento social sejam cumpridos. 

Por fim, André Longo reforçou que, caso as novas medidas não sejam suficientes, novas restrições ainda mais rígidas serão adotadas. Ele ainda frisou o apelo pela vacinação dos vulneráveis. "A pandemia chega a 2022 sem ter acabado e os próximos dias podem ser muito graves se nós não mudarmos de atitude. O governo não é onipresente e não podemos ser fiscais de cada cidadão, cada cidadão tem que fazer minimamente sua parte", disse

O Citigroup comunicou a seus funcionários que planeja seguir com os avisos prévios e, nas próximas semanas, encerrar os contratos dos trabalhadores que não estiverem vacinados contra a covid-19.

O banco nova-iorquino deu até a próxima sexta-feira, 14, para que a vacinação seja realizada, como comunicado ao fim de outubro. Depois disso, quem ainda não estiver vacinado será colocado em licença, disse o banco, segundo pessoas a par do assunto. Os contratos em questão seriam encerrados em 31 de janeiro, de acordo com fontes.

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Cerca de 95% dos funcionários do banco estão vacinados no momento, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. O número tem aumentado e deve continuar em crescimento, disseram. O banco, que conta com 65 mil empregados nos Estados Unidos, está permitindo isenções religiosas e médicas para funcionários e está seguindo as leis locais. (FONTE: DOW JONES NEWSWIRES)

Prefeito do Recife, João Campos (PSB) sinalizou a preocupação, na noite desse domingo (5), com os não vacinados no Brasil e como isso reverbera no mundo, sendo importante a exigência de um passaporte da vacina. O pessebista aproveitou o debate na GloboNews, ao lado dos prefeitos Alexandre Kalil, de Belo Horizonte, e Ricardo Nunes, de São Paulo, para alfinetar o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“É importante destacar que o Brasil não pode virar paraíso dos não-vacinados. A gente tem que exigir o comprovante da vacinação para entrar aqui. É assim que a União Europeia está fazendo, os Estados Unidos, e a gente precisa também garantir essa exigência. E que ela partirá de uma medida do Governo Federal. O diálogo é fundamental. Quando a gente faz parte de uma República Federativa, é preciso haver civilidade, ter capacidade de diálogo e que de fato faz muita falta a ausência de coordenação nacional”, observou João.

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“A pandemia ceifou mais de 616 mil vidas no Brasil e, por muitas vezes, houve omissão do Governo Federal para conduzir esse debate. É preciso levar a sério a técnica, ciência e evidências que se comprovam com muitos estudos. Essa forma como o debate foi colocado, muitas vezes estimulado de maneira equivocada pelo Governo Federal, atrapalhou muito as decisões tomadas pelas esferas e comitês, do ponto de vista técnico. Nosso papel, nas grandes cidades, é poder ter muita firmeza no debate, poder ouvir todas as partes, mas decidir com muita coerência e com respeito às evidências científicas”, emendou.

João Campos também reafirmou a necessidade de garantir maiores limitações para quem não tomou a vacina. “A vacinação é uma estratégia de imunização coletiva. É uma pandemia agressiva, que só passa se você conseguir promover uma vacinação coletiva. Somos um país muito grande, um destino turístico muito forte. Que nós não sejamos vistos como um grande celeiro de pessoas que toleram a não-vacinação. Para isso, aqui no Recife, investimos mais de R$ 35 milhões em toda estrutura de vacinação, como instalação de 22 centros e mais 800 profissionais dedicados a isso”, observou.

 Carnaval

O impacto da Covid-19 nas grandes festas como as de fim de ano e o Carnaval também foi abordado pelo prefeito. Ele disse que nos próximos 10 dias deve avançar no debate com as cinco capitais com os maiores carnavais do país.

“Eu tive uma reunião com o prefeito Eduardo Paes (Rio de Janeiro) e lá surgiu uma ideia de juntarmos os cinco maiores carnavais do Brasil: Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte para poder compreender como as cidades estão se preparando para um eventual carnaval ou a não realização dele. Fizemos um primeiro encontro e a expectativa é que daqui a pelo menos 10 dias, a gente possa avançar esse debate entre as gestões municipais. Cada cidade, cada prefeito, tem autonomia para decidir, mas quando a gente compartilha informações, protocolos, números, angústias e pontos seguros, a gente pode ter maior firmeza para tomar a decisão. Estamos em fase de conversa entre as equipes técnicas para em seguida tentar avançar e buscar uma posição harmônica entre as cidades”, disse o prefeito no programa GloboNews Debate.

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