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Thiago Carpini, técnico do Juventude, foi o escolhido para substituir Dorival Júnior, que deixou o São Paulo após aceitar o convite da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para assumir a seleção brasileira. O acerto foi cravado pelo GE e pelo UOL.

O clube terá de pagar uma multa rescisória de aproximadamente R$ 1 milhão ao Juventude. O clube fez sondagem ao argentino Juan Pablo Vojvoda, do Fortaleza, e o português Pedro Caixinha, do Red Bull Bragantino, mas ambos desejam permanecer em seus respectivos clubes.

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Aos 39 anos, a carreira de Carpini foi alavancada pela histórica campanha do Água Santa no Campeonato Paulista do ano passado. O treinador levou o time de Diadema à final da competição, deixando pelo caminho o Red Bull Bragantino e o próprio São Paulo. Na decisão, contra o Palmeiras, a equipe chegou a vencer o primeiro jogo, na Arena Barueri, por 2 a 1, mas acabou perdendo o título ao ser goleada, por 4 a 0, na partida de volta, no Allianz Parque. À época, Abel Ferreira elogiou o trabalho apresentado pelo jovem treinador, que foi eleito o melhor técnico da competição.

Após o Paulistão, Carpini recebeu sondagens de clubes da Série B do Campeonato Brasileiro. Com o Água Santa sem calendário nacional na ocasião, ele acertou a sua ida para o Juventude para a disputa da segunda divisão. Sob o comando do treinador, o time gaúcho terminou a competição em segundo, com 65 pontos, e garantiu o acesso à elite do futebol nacional. Carpini chegou a ser consultado pelo Santos para assumir o time em 2024, mas declinou para continuar no Juventude.

Natural de Valinhos, na Região Metropolitana de São Paulo, Carpini foi jogador profissional antes de seguir carreira de treinador. Atuando como volante, chegou a jogar em clubes como Atlético-MG, Bahia, Ponte Preta e Guarani, além de outros de menor expressão do futebol paulista. Antes de treinar o Água Santa, comandou o Oeste, Inter de Limeira e Ferroviária.

Da Redação, com Agência Estado

O Sport anunciou, nesta terça (12), a renovação do contrado do lateral-esquerdo Felipinho, que teve 50% dos direitos econômicos adquiridos e firmou vínculo em definitivo junto ao Leão até o término de 2026.

Com a camisa rubro-negra, atuando na sua posição de origem ou mais adiantado, ele disputou 49 partidas no ano, com quatro gols e três assistências. Ele já fazia parte do elenco quando o Sport conquistou o Campeonato Pernambucano.

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O lateral-esquerdo é o quarto jogador de contrato renovado para a próxima temporada. Antes dele, foram anunciadas as permanências do goleiro Jordan, do zagueiro Alisson Cassiano e do volante Fabinho.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu, nesta terça-feira (21), em Brasília, que as pessoas endividadas procurem os bancos para renegociar os seus débitos no âmbito do Programa Desenrola Brasil.

Nesta quarta-feira (22), o governo federal promove o “Dia D – Mutirão Desenrola”, ação em parceria com organizações da sociedade civil, bancos e outros credores para fomentar as renegociações de débitos e ampliar o alcance do programa. 

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“Não tenha medo, não tenha vergonha de conversar com alguém sobre sua dívida. Procure o banco e discuta com seriedade que você vai sair do banco de cabeça erguida, com o nome limpo na praça”, disse durante o programa semanal Conversa com o Presidente.  

Para o mutirão, os bancos vão aumentar os horários de atendimento de parte de suas agências, de acordo com as próprias políticas internas. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participou da live ao lado do presidente Lula, o desconto médio do Desenrola é de 83% da dívida, podendo chegar a 99%.  

Além de dívidas comerciais, cerca de 1,2 milhão de estudantes ou formados inadimplentes com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) podem renegociar as dívidas também com até 99% de desconto. O devedor deve procurar a agência do banco responsável pelo financiamento. 

Segunda etapa 

Nessa segunda-feira (20), o Programa Desenrola Brasil entrou numa nova fase. A Faixa 1 do programa, destinada à renegociação de devedores com renda de até dois salários mínimos ou inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), passará a renegociar dívidas de até R$ 20 mil. 

Débitos de R$ 5.000,01 a R$ 20 mil - após a atualização dos valores - poderão ser refinanciadas até 30 de dezembro. Após esse prazo, os descontos serão mantidos, mas a dívida só poderá ser quitada à vista. A Faixa 1 abrange dívidas bancárias, como cartão de crédito, e as contas atrasadas de outros setores, como energia, água e comércio varejista. 

Desde o início de outubro, a Faixa 1 do Desenrola renegocia dívidas de até R$ 5 mil na plataforma desenvolvida pela B3 (Bolsa de Valores), no site www.desenrola.gov.br. A portaria que regulamenta o programa definiu que, se após os 40 primeiros dias sobrassem recursos no Fundo Garantidor de Operações (FGO), fundo do Tesouro Nacional que cobre eventuais calotes de quem aderir à renegociação, o refinanciamento seria ampliado para débitos de até R$ 20 mil. 

Para acessar a plataforma de renegociação, o consumidor precisa ter cadastro no Portal Gov.br, com conta nível prata ou ouro e estar com os dados cadastrais atualizados. Em seguida, o devedor terá de escolher uma instituição financeira ou empresa inscrita no programa para fazer a renegociação. Em seguida, bastará selecionar o número de parcelas e efetuar o pagamento. 

Primeira etapa 

O Desenrola abrange dívidas negativadas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022. Aberta em julho, a primeira etapa do Desenrola - destinada à Faixa 2 - renegociou R$ 15,8 bilhões de 2,22 milhões de contratos em pouco mais de dois meses, até o fim de setembro. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), isso equivale a 1,79 milhão de clientes, já que um correntista pode ter mais de uma dívida. 

Além disso, seis milhões de pessoas que tinham débitos de até R$ 100 tiveram o nome limpo. Nesse caso, as dívidas não foram extintas e continuam a ser corrigidas, mas os bancos retiraram as restrições para o devedor, como assinar contratos de aluguel, contratar novas operações de crédito e parcelar compras em crediário. A desnegativação dos nomes para dívidas nessa faixa de valor era condição necessária para os bancos aderirem ao Desenrola. 

Diferentemente da segunda fase, a primeira etapa renegocia apenas débitos com instituições financeiras. Podem participar correntistas que ganhem até R$ 20 mil por mês e tenham dívidas de qualquer valor, o que permite a renegociação de débitos como financiamentos de veículos e de imóveis.

As renegociações para a Faixa 2 devem ser pedidas nos canais de atendimento da instituição financeira, como aplicativo, sites e pontos físicos de atendimento. 

 

Aliados há anos, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), iniciaram uma articulação para propor uma alternativa para a dívida de Minas Gerais, minar o governador Romeu Zema (Novo) e ganhar protagonismo regional para a disputa ao governo do Estado em 2026.

Diante do movimento, o próprio governador enviou ofício a Pacheco, em que pede ajuda na negociação com o governo federal. Procurado, o governo de Minas não se posicionou, mas o secretário de Governo, Gustavo Valadares, disse que "toda ajuda é bem-vinda".

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O principal pilar da estratégia é aproveitar a ausência de uma relação entre Zema e Luiz Inácio Lula da Silva e costurar com o presidente uma solução mais palatável para o Estado ingressar no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Em 11 meses, o governador ainda não teve uma reunião individual com Lula e é crítico à gestão petista. Enquanto isso, Pacheco se reuniu duas vezes com o presidente da República para discutir soluções para a situação fiscal de Minas Gerais, a última delas na segunda-feira, 13.

Proposta

A proposta de Zema e que está em discussão com o Tesouro Nacional e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais prevê como principal medida de contenção de gastos conceder apenas duas recomposições inflacionárias, de 3% cada, nos próximos nove anos.

A medida, impopular entre os funcionários públicos e os deputados estaduais, aumentaria a defasagem salarial em relação à inflação, atualmente em cerca de 35% desde 2015 para a maior parte das categorias do funcionalismo. O governador propõe ainda privatizar a Codemig, estatal lucrativa que explora nióbio, limitar concursos públicos e instituir um teto de gastos estadual.

Em entrevista a jornalistas mineiros após a aprovação da reforma tributária, Pacheco já havia esboçado uma nova proposta: realizar uma espécie de auditoria para calcular o valor real da dívida estadual, repassar o controle de estatais para a União - as principais são Cemig, Copasa e Codemig - como forma de abater o débito e utilizar créditos que Minas tenha com o governo federal para também pagar a dívida.

Prazo

Há ceticismo entre os políticos mineiros se a iniciativa de Pacheco vai prosperar. O prazo é curto: Minas Gerais precisa aderir ao Regime de Recuperação Fiscal até o dia 20 de dezembro. O Estado não paga a dívida com a União há cinco anos e, sem a adesão, teria de quitar R$ 18 bilhões já em 2024. Uma vez no programa, o valor cai para R$ 4 bilhões.

"Toda ajuda é bem-vinda", disse o secretário Gustavo Valadares. "Esse assunto está rodando aqui em Minas há muitos anos, na Assembleia Legislativa desde 2019. Ninguém conseguiu, desde então, outro caminho que não o regime de recuperação."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Destaque do Náutico no Campeonato Pernambucano sub-17, o atacante Caio Suassuna, sobrinho-neto do poeta Ariano Suassuna, está deixando os Aflitos. O próximo destino da promessa da base alvirrubra será Belo Horizonte, onde vai defender as cores do Cruzeiro.

O clube divulgou nota oficial explicando o caso, na tarde desta segunda-feira (6). No texto, afirma que tentou várias vezes assinar um contrato profissional com o atleta, que negou todas as investidas. Mesmo assim, acertou com a Raposa que vai manter 40% dos direitos econômicos de Caio, além de estipular um valor a ser pago pela equipe mineira caso opte por adquirir mais um percentual.

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Com Caio inspirado - marcou 11 gols no certame -, o Náutico chegou à final do Estadual Sub-17. Na final, entretanto, foi derrotado por 3 x 0 para o Sport e terminou amargando o vice-campeonato.

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Confira, na íntegra, a nota oficial do Náutico abaixo

O Clube Náutico Capibaribe vem a público esclarecer a negociação envolvendo o atleta Caio Suassuna e o Cruzeiro Esporte Clube.

O atleta, que defende nossas cores desde os nove anos, não possuía contrato profissional junto ao Náutico. Entre os diversos motivos para que isso acontecesse estão a idade (o jogador precisa ter no mínimo 16 anos) e as reiteradas negativas por parte do staff do próprio para a formalização de tal vínculo.

Foram feitas inúmeras tentativas para a formalização do vínculo profissional desde março deste ano, quando o atleta chegou aos 16 anos - todas foram negadas. Por isso seu contrato era apenas de formação.

Diante deste cenário, o Náutico, em negociação com o Cruzeiro, manteve 40% dos direitos econômicos do jogador, além de estipular um valor a ser pago pela equipe mineira caso opte por adquirir mais um percentual.

O Clube Náutico Capibaribe ressalta, ainda, que segue em busca do selo de Clube Formador da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que trará maior segurança ao clube junto aos atletas ainda em formação. Resta, apenas, a emissão do laudo do Corpo de Bombeiros de Pernambuco para que o processo seja concluído.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Angola nesta sexta-feira, 25, com o objetivo de reforçar os negócios de empresas brasileiras, entre elas a OEC, que pertence a Novonor (antiga Odebrecht), e a Embraer. Ao lado de 160 empresários, diplomatas brasileiros tentam retomar as relações com países atingidos pela Operação Lava Jato.

A visita de Lula traz à memória o esforço do governo petista para impulsionar a participação de empresas brasileiras em obras públicas no exterior. A Lava Jato desvendou esquemas de pagamento de propinas e lavagem de dinheiro de empreiteiras que atuavam em Angola e Moçambique.

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A Odebrecht pagou propinas a políticos e autoridades nos dois países e o antigo presidente da construtora, Marcelo Odebrecht, solicitou várias vezes que Lula usasse sua influência para favorecer a empresa na África.

Hidrelétrica

O imbróglio jurídico envolveu a empresa Exergia Brasil, de Taiguara Rodrigues dos Santos, irmão da primeira mulher de Lula, que recebeu valores milionários como subcontratada na empreiteira brasileira. A ação penal era relativa ao suposto favorecimento da Odebrecht nas obras de modernização e ampliação da hidrelétrica de Cambambe, sobre o Rio Cuanza, em Angola.

Lula era suspeito de atuar para pressionar a liberação de recursos em favor da obra, entre 2008 e 2015. O processo foi trancado e encerrado, conforme a defesa do presidente. O Ministério Público pediu a absolvição de parte dos crimes dos quais o petista era acusado. Lula sempre negou irregularidades.

A obra envolveu financiamento à exportação de bens e serviços de engenharia com US$ 464 milhões do BNDES. Desde o início da política de financiamento dos serviços de engenharia, Angola figurou como o principal destino de recursos. Segundo diplomatas brasileiros, o governo angolano é considerado um bom pagador e quitou várias parcelas da dívida antecipadamente.

Recursos

Angola é país africano que mais recebeu recursos do BNDES, em financiamentos de obras de engenharia a construtoras brasileiras. O banco destinou US$ 3,2 bilhões para projetos como a hidrelétrica de Cambambe.

Tanto o BNDES quanto o Itamaraty falam em retomar os financiamentos de empresas brasileiras em Angola, mas não há projetos prontos para serem anunciados. Lula também já defendeu o retorno das operações com o banco quando esteve na Argentina, em janeiro.

"O governo Bolsonaro apagou Angola. É a porta do Brasil para a África", disse o presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana. "Sem financiamento, crédito e garantias, não se exporta nada. Precisamos nos reorganizar com o BNDES, a Camex, que as coisas sejam feitas com mais transparência."

Brasil e Angola têm uma cooperação estratégica e desenvolvem parcerias em diversas áreas, como defesa, agricultura, saúde pública e educação. A Força Aérea de Angola tem interesse em comprar quatro aviões KC-390, da Embraer. Como os angolanos dependem da importação de alimentos, o Brasil pode se tornar ainda mais relevante por meio da exportação.

Tecnologia

Angola busca desenvolver tecnologia no campo e tenta replicar a experiência de produção agrícola no Vale do Rio São Francisco, em parceria com a Embrapa, no Vale do Cunene, na fronteira com a Namíbia. O projeto já está em andamento. "Precisa de investimentos e de empresários dispostos a correr riscos", disse o embaixador Carlos Duarte, secretário de África e Oriente Médio do Itamaraty.

Entre os entraves estão a falta de rotas de transporte marítimo frequentes diretas entre os dois países, o que encarece o frete. A comunidade brasileira tem cerca de 20 mil pessoas, grande para os padrões do Brasil no exterior, com variedade de perfis e mão de obra qualificada. Angola é o país que mais atrai brasileiros na África.

Segundo Lula, é necessário atualizar as políticas para o continente. "Seria insuficiente repetir receitas do passado", disse o presidente. Em mais de uma ocasião, Lula prometeu abrir novamente representações diplomáticas na África, a começar pelas que foram fechadas no governo anterior.

Meio ambiente

O presidente também deseja coordenar políticas climáticas com os africanos. Ontem, ele defendeu uma aliança no combate às mudanças climáticas, na desertificação e na preservação das florestas tropicais.

Em outro aceno, Lula disse que vai tentar incluir a União Africana no G-20 e defendeu que um país do continente esteja representado no Conselho de Segurança da ONU. O Brasil busca uma vaga permanente e acaba de obter uma sinalização de apoio da China durante a cúpula do Brics.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A delegação da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) fracassou em sua tentativa de mediação para restituir o poder ao presidente eleito democraticamente no Níger, onde os militares golpistas anunciaram a ruptura dos acordos de cooperação com a França.

"Os emissários da CEDEAO partiram na noite de quinta-feira depois que não conseguiram uma reunião com o líder dos militares que tomaram o poder na semana passada, o general Abdourahamane Tiani, nem com o presidente derrubado, Mohamed Bazoum", afirmou um integrante da delegação nesta sexta-feira (4).

A delegação era liderada pelo ex-presidente nigeriano Abdulsalami Abubakar e tinha como objetivo "apresentar as demandas dos líderes da CEDEAO", de acordo com um comunicado divulgado pela presidência da Nigéria.

A organização regional adotou sanções econômicas contra o Níger no fim de semana e deu prazo até o próximo domingo para que Bazoum, derrubado em 26 de julho, retorne ao poder, sob a ameaça de um possível uso da "força".

A CEDEAO destacou, no entanto, que uma intervenção militar é "a última opção sobre a mesa".

Os comandantes militares dos países da CEDEAO estão reunidos na capital da Nigéria, Abuja, para examinar a situação no Níger.

Os golpistas alertaram na quinta-feira que responderiam de forma imediata a qualquer "agressão ou tentativa de agressão contra o Estado do Níger" por parte da CEDEAO.

Em sua declaração, eles excluíram de suas ameaças os "países amigos" suspensos da CEDEAO, em referência a Burkina Faso e Mali, que também são governados por militares que deram golpes para tomar o poder.

Estes dois países alertaram em um comunicado conjunto que "qualquer intervenção militar contra o Níger seria considerada uma declaração de guerra".

Os golpistas denunciaram vários acordos de defesa com a França, incluindo os vinculados à presença de tropas francesas no Níger e o "estatuto" dos militares que participam na luta contra os grupos extremistas.

- "Consequências devastadoras" -

Bazoum - que está detido com sua família - afirmou na quinta-feira que se for bem-sucedido, o golpe terá "consequências devastadoras para a região e o mundo inteiro".

Em sua primeira declaração pública desde que foi derrubado, em um artigo publicado no jornal The Washington Post, Bazoum pediu ao governo dos Estados Unidos e à comunidade internacional que ajudem "a restaurar a ordem constitucional".

Em várias cidades do Níger, milhares de pessoas expressaram apoio aos golpistas na quinta-feira, dia em que o país celebrou o aniversário da independência do país da França, conquistada em 1960.

Alguns manifestantes gritaram frases contra a França e exibiram bandeiras da Rússia.

Nesta sexta-feira, um decreto assinado pelo general Taini suspendeu o toque de recolher que estava em vigor desde 26 de julho.

No texto publicado Washington Post, Bazoum advertiu que "toda a região do Sahel central" pode cair sob a influência russa por meio do grupo paramilitar Wagner, cujo "terrorismo brutal" foi demonstrado na Ucrânia.

A França mantém 1.500 soldados no país africano para ajudar na lutar antijihadista. Durante a semana, o país retirou 1.079 pessoas do Níger, mais da metade deles franceses.

O ministério da Defesa da Espanha informou que um avião militar pousou nesta sexta-feira na capital do Níger, Niamey, para repatriar os civis espanhóis que desejam abandonar o país.

Os militares golpistas retiraram do ar na segunda-feira a Radio France Internationale (RFI) e o canal de televisão France 24, uma medida condenada por Paris e que a União Europeia considerou "inaceitável" nesta sexta-feira.

A partir desta segunda-feira (24), os brasileiros com contas atrasadas, de qualquer natureza ou valor e independentemente de sua renda, poderão recorrer aos órgãos de defesa do consumidor de estados e municípios a fim de negociar suas dívidas.

Coordenado pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e batizado de Renegocia!, o mutirão nacional se estenderá até o dia 11 de agosto. A iniciativa visa auxiliar os cidadãos em dificuldades financeiras antes que suas dívidas superem suas capacidades de pagamento.

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“Estamos começando hoje [segunda-feira] o mutirão de renegociação de dívidas”, anunciou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ao participar da coletiva de imprensa sobre a operação que a Polícia Federal (PF) deflagrou esta manhã, no Rio de Janeiro, para deter o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, suspeito de envolvimento na morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), em 14 de março de 2018.

“Importante frisar que temos a participação de aproximadamente 250 Procons estaduais e municipais [no Renegocia!]. Este mutirão é importante e se estenderá pelas próximas semanas”, acrescentou o ministro.

O mutirão nacional para renegociação de dívidas acontece pouco mais de um mês após o governo federal lançar o Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes, o Desenrola Brasil.

Em junho, o Palácio do Planalto editou o Decreto 11.567/2023, elevando de R$ 303 para R$ 600 a quantia mínima da renda de qualquer cidadão brasileiro que deve ser preservada em caso de negociações de dívidas atrasadas.

De acordo com a Senacon, o Renegocia! e o Desenrola Brasil são ações complementares. A diferença entre as duas ações é que no Renegocia! não há um valor limite para a dívida e nem restrição de renda dos consumidores que queiram negociar não só dívidas bancárias, mas também com lojas e serviços como água e luz. Ficam de fora do programa apenas as dívidas com pensão alimentícia, crédito rural e imobiliário, que não podem ser repactuadas.

Já no Desenrola Brasil, foram definidas duas faixas de adesão ao programa. A faixa 1 é para quem tem renda mensal de até dois salários mínimos, o que atualmente soma R$ 2.640, e ainda para devedores inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Para esse grupo, a dívida não pode ultrapassar R$ 5 mil. A faixa 2 atende aos devedores com renda mensal de até R$ 20 mil, e que podem quitar as dívidas de forma parcelada, a partir de 12 prestações.

Além de promover a mediação entre credores e devedores, a Senacon também promove educação financeira e conscientização sobre o consumo de crédito responsável. O objetivo é incentivar os consumidores a refletirem sobre suas finanças pessoais e adotarem práticas que evitem o superendividamento, tais como o planejamento financeiro e o consumo consciente.

A Senacon já dispõe de um canal dedicado a fornecer informações e orientações sobre o superendividamento no Brasil, incluindo seus principais conceitos e dicas práticas para evitar e superar essa condição.

Durante esta terça (28), quarta (29) e quinta-feira (30) o Procon Pernambuco, órgão ligado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), promove o Mutirão de negociações de dívidas que encerra as programações da semana do consumidor. Os atendimentos serão realizados no horário das 9h às 13h, no bloco C da FCAP, localizado na Av. Sport Club do Recife, 252, em frente ao Sport Club do Recife.

No mutirão serão atendidas as negociações de débitos com bancos; empresas de telefonia, incluindo os serviços de TV a cabo e internet, e Compesa. Além da presença Defensoria Pública. O Procon-PE ressalta que o atendimento só poderá acontecer diante da apresentação dos documentos, é necessário a cópia e original do RG, CPF e comprovante de residência, além da comprovação da dívida, como nota fiscal, faturas ou contratos.

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Da assessoria

A Executiva Nacional do PSB aprovou nesta quinta-feira, 9, a proposta de formar uma federação partidária com o PDT e o Solidariedade. De acordo com a legenda, a decisão ocorreu por ampla maioria. A partir de agora, o presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, está autorizado a dar continuidade às negociações.

"A realidade do sistema político exige uma racionalização do número de partidos no País, que apresentem programas mais claros à sociedade e, com isso, acredito que podemos ampliar a base de apoio ao campo progressista nas eleições de 2024 e 2026", disse Siqueira, ao defender a federação como uma nova força de centro-esquerda no País.

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No ano passado, o PSB chegou a ensaiar uma adesão à federação formada entre o PT, o PV e o PCdoB, mas lideranças socialistas temiam que o partido perdesse autonomia e espaço nos Estados para os petistas. A avaliação agora é que, como o PDT e o Solidariedade são legendas do tamanho equivalente ao do PSB, essa federação seria mais equilibrada.

Participaram da reunião da Executiva do PSB o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, os governadores João Azevêdo, da Paraíba, e Renato Casagrande, do Espírito Santo, além dos líderes do partido na Câmara, Felipe Carreras (PE), e no Senado, Jorge Kajuru (GO).

Pela lei, os partidos que se unem em federações devem atuar juntos por pelo menos quatro anos no Congresso e nas eleições majoritárias, o que significa que devem lançar um único candidato a cargos como o de presidente da República, governador, prefeito e senador.

O União Brasil e o PP também negociam uma federação, mas o acordo está travado por impasses regionais. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um dos articuladores, disse na última segunda-feira, 6, que o arranjo seria uma etapa para a fusão entre as duas siglas.

Na visão de Lira, o País terá, em alguns anos, apenas sete ou oito partidos, devido à reforma eleitoral de 2017, que dificulta o acesso de agremiações pequenas e com pouca capilaridade nacional aos recursos dos fundos partidário e eleitoral.

Além de PT, PV e PCdoB, outros partidos que formaram federações no ano passado foram o PSDB e o Cidadania, de um lado, e o PSOL e a Rede de outro.

Dois partidos que integram a base de apoio do Palácio do Planalto abriram negociações para formar um bloco fora da órbita do PT. PSB e PDT articulam uma federação de centro-esquerda para fugir do que chamam de "hegemonismo" petista. O assunto já foi tratado em conversas reservadas pelo presidente interino do PDT, André Figueiredo, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, e o presidente do PSB, Carlos Siqueira.

As federações partidárias foram criadas na reforma eleitoral aprovada pelo Congresso em setembro de 2021 e já valeram para as disputas do ano passado. O modelo prevê que dois ou mais partidos atuem de forma unificada nas eleições e na legislatura seguinte. Pela legislação, essa união deve se sustentar por no mínimo quatro anos. A federação atua no Legislativo como uma única bancada, sem que os partidos tenham a obrigação de se fundir.

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No caso das negociações entre PDT e PSB, divulgadas pelo jornal O Globo, Siqueira também já foi procurado pelo presidente do Solidariedade, Paulinho da Força. O dirigente do PSB vai apresentar a ideia à Executiva Nacional do partido em reunião marcada para esta quinta-feira, 9.

'Espaço próprio'

"Já tivemos uma experiência boa com o PSB na legislatura anterior, quando formamos um bloco. A federação seria importante para valorizar nossa atuação no Congresso e organizar um espaço próprio para chegarmos nas eleições municipais sem sermos satélites do PT", disse ao Estadão o sindicalista Antonio Neto, vice-presidente do PDT.

Na disputa presidencial de 2022, o PDT lançou Ciro Gomes, candidato que adotou uma narrativa antipetista e crítica a Lula, enquanto o PSB - partido ao qual se filiou o agora vice-presidente Geraldo Alckmin - apoiou o petista. Depois do pleito, porém, o PDT entrou na base governista após receber a pasta da Previdência.

"Nossa motivação não é estar contra ninguém, mas ser uma nova força na centro-esquerda. A nova legislação tende a levar a um afunilamento (do número de partidos) sob pena do desaparecimento. A federação é uma exigência da realidade", disse Siqueira. "A federação com o PT travou porque eles tinham uma visão hegemônica", disse em relação à tentativa de parceria com petistas em 2022. Tanto PSB quanto PDT saíram menores das urnas. O PSB caiu de 32 para 14 deputados federais eleitos e o PDT, de 28 para 9.

PP e União Brasil

Em outro movimento partidário, PP e União Brasil chegaram a um impasse na articulação para formar uma federação de centro-direita. O PP estava na coligação de Jair Bolsonaro (PL), e o União Brasil comanda três ministérios no governo petista. As negociações agora enfrentam divergências regionais. Os dois partidos esperavam bater o martelo até meados deste mês.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

  Para os cidadãos que estão na base de dados de inadimplência da Serasa e que necessitam negociar as suas dívidas diretamente com os credores, é possível regularizar as pendências em uma das quase 11 mil agências dos Correios abertas pelo País. A parceria entre a estatal e a Serasa Experian permite aos brasileiros terem acesso ao atendimento presencial do serviço “Limpa Nome”.

A ideia é dar mais uma opção aos consumidores que desejam renegociar suas dívidas através de pontos físicos, como as agências dos Correios. Desta forma, os cidadãos têm mais facilidade para obter informações sobre sua vida financeira e renegociar créditos com diversas instituições dentro da plataforma.

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Uma vez que a dívida é negociada, o cidadão tem seus dados retirados do cadastro de restrição, tendo, assim, a possibilidade de adequar-se financeiramente. Esta edição do Feirão Limpa Nome acontece até 31 de março de 2023.

Há ainda o serviço de consulta a acordos que foram gerados e reimpressão de 2ª via de boletos.

Os valores para realização do serviço nas agências são os seguintes: 

  • R$ 4,20 por dívida negociada; e   

• R$ 3,00 por consulta a acordos (reimpressão de 2ª via de boletos). 

Por motivos de segurança, é obrigatório que o cidadão apresente documento de identificação oficial que contenha o número do CPF.

Central de serviços – Esta é mais uma parceria a integrar o portfólio do Balcão do Cidadão dos Correios. A empresa já presta vários serviços ao cidadão, como emissão de CPF; certificado digital; consulta ao Serasa; documentos achados e perdidos.

Por meio do Balcão do Cidadão, os Correios seguem ampliando a parceria com instituições públicas e privadas para a oferta de serviços e outras conveniências em suas agências. É uma oportunidade para órgãos públicos e empresas que necessitem potencializar a prestação de multisserviços, com o benefício da infraestrutura e da capilaridade das unidades de atendimento da estatal.

*Da assessoria 

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), confirmou a negociação do governo Lula com a montadora chinesa BYD para a retomada da antiga fábrica da Ford em Camaçari (BA).

"Vem aí a retomada do desenvolvimento industrial do nosso Nordeste! O governo Lula negocia a instalação da montadora chinesa BYD, onde funcionava a antiga fábrica da Ford, em Camaçari. Lula vai visitar a China e dialogar sobre a instalação. Estamos na torcida!", escreveu Rodrigues em publicação na sua conta oficial do Twitter.

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A planta de Camaçari foi desativada pela Ford no início de 2021, em meio ao encerramento das suas atividades produtivas no País.

Desde o ano passado, rumores apontavam que a montadora chinesa BYD, uma das líderes mundiais na fabricação de carros elétricos, estava interessada na unidade baiana.

No sábado, 25, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, também informou na rede oficial que o governo afirmou que o governo está negociando a reabertura da planta.

Após se encontrar com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil deseja alterar alguns termos do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul. Ainda assim, o petista estimou que as negociações tenham um desfecho até o final do semestre.

"Vamos trabalhar de forma muito dura para que a gente possa concretizar esse acordo. Mas algumas coisas têm que ser mudadas", declarou Lula em coletiva de imprensa após o encontro com Scholz no Palácio do Planalto. "Nós vamos fechar esse acordo UE-Mercosul, se tudo der certo, até fim do semestre", acrescentou.

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No pronunciamento, Lula falou em achar um meio termo que "melhore para quem se sente prejudicado". "Vamos sentar à mesa da forma mais aberta possível", afirmou o petista. De acordo com o presidente, ao Brasil é muito cara a questão das compras governamentais, do que seria difícil abrir mão. "A compra governamental é uma forma de fazer crescer pequenas indústrias", avaliou, ao lado de Scholz.

O acordo UE-Mercosul está travado na ratificação nos países-membros do bloco europeu.

OCDE

O presidente também afirmou que o Brasil tem interesse em entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas negociando os termos.

"O Brasil tem interesse em participar da OCDE. O que queremos é saber qual seria o papel do Brasil na OCDE", declarou o presidente no Palácio do Planalto após se encontrar com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz. "Nós estamos dispostos a discutir outra vez e queremos saber as condições", acrescentou.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o Congresso Nacional negociaram um pagamento extra de R$ 16,3 milhões em emendas parlamentares para cada deputado e senador em troca da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição ainda nesta terça-feira, 20.

O valor é o preço colocado por líderes do Centrão para aprovar a PEC e deve vir dos recursos que estavam reservados ao orçamento secreto, após o Supremo Tribunal Federal derrubar o mecanismo. Na prática, a negociação mantém domínio dos congressistas sobre ao menos parte dos repasses mesmo após a decisão da Corte.

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Antes da decisão do Supremo, estavam reservados R$ 19,4 bilhões para as emendas de relator (RP9), a base do orçamento secreto em 2023. Agora, Lula e líderes do Congresso negociam o futuro desses recursos no Orçamento do ano que vem. O acordo costurado, conforme a Coluna do Estadão antecipou, é que metade seja destinada às emendas individuais, que contemplam todos os deputados e senadores de forma igualitária, e a outra metade fique vinculada aos ministérios do governo.

Se o acordo prosperar, o valor que cada deputado e senador terá direito por meio das emendas individuais em 2023 subirá de R$ 19,7 milhões para R$ 36 milhões, atingindo uma quantidade histórica para esse tipo de recurso. As emendas individuais são impositivas pela Constituição, ou seja, o governo é obrigado a bancar e direcionar os recursos para onde o parlamentar definir.

A "herança" do orçamento secreto virou condição exigida pelo grupo do presidente da Câmara ,Arthur Lira (PP-AL), para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, prevista para ser votada na Câmara ainda nesta terça-feira, 20. Os líderes da Casa fecharam um acordo com a equipe de Lula para aprovar a proposta, mas reduzindo a validade da medida de dois para um ano.

Inicialmente, a equipe de Lula queria usar os recursos do orçamento secreto para pôr R$ 9,7 bilhões em ações de saúde, educação e assistência social e outros R$ 9,7 bilhões em investimentos de infraestrutura, obras e compra de equipamentos.

A intenção do futuro presidente é controlar o direcionamento desses repasses, mesmo admitindo a negociação com parlamentares. Líderes do Centrão, no entanto, não abrem mão do poder sobre a verba, que estava reservada para o orçamento secreto e é considerada intocável pelo grupo que hoje domina esses recursos, sob comando de Lira.

Diante do impasse, a negociação envolve agora um acordo para ratear o dinheiro. O futuro ministro da Economia, Fernando Haddad, se reuniu na manhã desta terça-feira, 20, com Lira para negociar a votação da PEC, após uma conversa separada com Lula. O presidente eleito insiste na aprovação da PEC para garantir recursos ao tomar posse, no dia 1º de janeiro.

Aliados do presidente eleito afirmam que os recursos do orçamento secreto que voltarão para o guarda-chuva do Executivo podem inicialmente ficar vinculados às emendas de comissão do Congresso e, no próximo ano, serem remanejados para programas e obras em municípios, sob a coordenação dos ministérios. "Haverá entendimento com sugestões de projetos por parlamentares dentro da programação de investimentos do país", afirmou o senador eleito Wellington Dias (PT-PI), escalado por Lula para negociar a aprovação da PEC e o Orçamento de 2023.

Carimbo

Após o julgamento do Supremo, o relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), aliado de Lula, propôs a transferência dos recursos para as emendas de comissão, carimbadas com o código RP-8. Esses recursos são indicados pelas comissões permanentes da Câmara e do Senado, grupo formado por parlamentares para discutir propostas em áreas específicas, como Saúde, Educação e Infraestrutura. O plano ganhou a simpatia do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A cúpula da Câmara admite a possibilidade de irrigar as emendas de comissão. Deputados do Centrão, porém, resistem à ideia de deixar os recursos com esses colegiados. A avaliação deles é de que dificilmente será possível direcionar as verbas para os mesmos lugares e obras que hoje são contemplados pelo orçamento secreto, como asfalto e compra de tratores. Como revelou o Estadão, várias dessas compras foram feitas sob suspeita de superfaturamento.

A diferença entre a emenda individual e a de comissão é que, na individual, todos os deputados e senadores têm direito ao mesmo valor. Atualmente, estão reservados R$ 19,7 milhões para cada um no ano que vem, valor que pode crescer com a negociação.

O aumento seria garantido por meio de uma alteração na PEC da Transição. A emenda individual fica completamente vinculada à intenção do parlamentar, que aponta para onde vai o dinheiro e no que será gasto, e o governo é obrigado a bancar. Na emenda de comissão, o Executivo tem um controle maior para remanejar o dinheiro ou até mesmo bloquear o pagamento.

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está reunido com deputados na residência oficial da Câmara negociando pontos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. Mais de 25 deputados participam do encontro, que também conta com a participação do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

O PT busca formas de evitar a desidratação da proposta, mas deputados já dão como certa a aprovação de uma emenda supressiva para reduzir de dois para um ano a ampliação do teto de gastos em R$ 145 bilhões.

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A PEC também deve ser promulgada fatiada, apenas com pontos consensuais entre as duas Casas. Mas os trechos já avaliados pelo Senado que não contam com concordância da Câmara ainda estão em discussão.

A proposta está na pauta da Casa, os debates já tiveram início no plenário, e a votação em dois turnos é dada como certa ainda hoje. Para ser aprovada, a PEC precisa do aval de pelo menos 308 deputados.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou a aliados que poderá deixar petistas do núcleo duro do partido fora dos ministérios do novo governo. A justificativa oficial é a de que Lula não quer enfraquecer o PT ao convocar todos os seus expoentes para compor a Esplanada dos Ministérios.

Nesse desenho, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, pode ficar sem cargo no governo. Deputada federal reeleita pelo Paraná, ela tem mandato à frente do partido até 2024 e não pode acumular funções com a presidência da sigla, segundo o estatuto do PT. A saída de Gleisi do cargo abriria um processo interno de disputa, que demandaria a articulação política de Lula para a escolha do novo presidente.

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Além disso, petistas que participam das discussões na transição lembram que Lula sempre apoiou Gleisi em cargos de destaque, mesmo diante de movimentos contrários a ela no partido e na bancada federal.

Outro nome próximo ao presidente eleito que pode ficar sem ministério - mas não sem cargo em Brasília - é o de Aloizio Mercadante. O ex-ministro participou de todas as campanhas de Lula e teve papel de protagonismo na disputa de 2022 como coordenador do plano de governo. Mercadante também esteve ao lado de Lula nas viagens nacionais e internacionais e nas articulações políticas. O Estadão apurou que ele deve receber a incumbência de uma função influente ao lado do presidente eleito, dentro do Palácio do Planalto.

Vice-presidente eleito Geraldo Alckmin coordena a equipe de trabalho, que conta com nomes como Marina Silva, André Janones, Gleisi Hoffmann e o advogado do presidente eleito, Cristiano Zanin

Lula concorreu com uma frente de dez partidos no primeiro turno, ampliada na segunda rodada. O petista também precisou do apoio de diferentes setores da sociedade civil e da classe empresarial para vencer a acirrada disputa contra Jair Bolsonaro (PL). Mais de uma vez, Lula repetiu que seu governo iria "além do PT" e seria composto por quadros que representassem todo o apoio recebido durante as eleições.

Cobrança

A promessa tem provocado um difícil xadrez para o presidente eleito, que se vê diante da cobrança por espaço de seu próprio partido. Petistas pedem vagas em 12 a 15 ministérios, em um cenário de 30 a 33 pastas. Nesta conta, consideram que o PSB deve ter dois ministérios e o PCdoB, PSOL, PDT e Cidadania ficariam com uma pasta cada. O PV e a Rede, ainda no cenário traçado por petistas, dividiram um ministério. O MDB, o PSD e o União Brasil também terão assento na Esplanada.

No caso do MDB, o partido cobra duas cadeiras - uma indicada pela bancada da Câmara e outra pela do Senado. Se depender do MDB, a senadora Simone Tebet, filiada ao partido e cotada para o Desenvolvimento Social, entraria na "cota pessoal" de Lula.

O PSD de Gilberto Kassab também tenta garantir dois ministérios - senadores e deputados da legenda se reuniram com Lula nesta terça-feira, 29. Presidente do PSD, Kassab se encontrou com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e integrantes do grupo de transição no último fim de semana, durante evento no Guarujá organizado pelo Esfera Brasil com empresários, políticos e magistrados.

Além dos partidos, o desenho dos ministérios também tem de contemplar nomes de setores que foram importantes para Lula na disputa de 2022 e considerar a diversidade racial e de gênero. Integrantes do PT admitem que Lula não deve conseguir montar um governo paritário em termos de número de homens e mulheres, mas avalia que deve haver uma "participação relevante" de ministras - elas devem ter a preferência do petista e ocupar aproximadamente um terço dos ministérios, algo em torno de dez cadeiras. A representação racial também pesará nas escolhas.

Dois conselheiros próximos de Lula dizem que a configuração da equipe começou a ficar mais clara para o presidente eleito. Os sinais externados são de que ele deseja contar com Fernando Haddad na Fazenda, com o ex-ministro José Múcio na Defesa e com o ex-chanceler Mauro Vieira no Itamaraty.

No Palácio do Planalto, as principais vagas seriam do PT: o governador da Bahia, Rui Costa, na Casa Civil; e o deputado Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde, de volta à articulação política, nas Relações Institucionais. A Secretaria-Geral da Presidência poderia ficar com o advogado Marco Aurélio Carvalho.

Representante do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio também é um possível nome para chefiar a Controladoria-Geral da União (CGU), embora já tenha defendido para a vaga o advogado Vinícius Marques de Carvalho, ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O deputado Emídio de Souza, muito próximo a Lula, pode ocupar uma vaga no Planalto em cargos como a chefia de gabinete ou a própria Secretaria-Geral da Presidência. O Planalto também deve abrigar um gabinete da futura primeira-dama, Janja da Silva.

Na Saúde, poderia haver o retorno de ex-ministros como Arthur Chioro ou José Gomes Temporão. A governadora do Ceará, Izolda Cela, é a principal aposta na Educação.

Cotado para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, poderia assumir a Advocacia-Geral da União (AGU) ou a Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ) no Planalto. Ex-SAJ, o procurador Jorge Messias também aparece na cotação para a AGU.

Para Direitos Humanos, Silvio Almeida ficaria com a vaga do PSOL, deixando caminho livre para Márcio França (PSB), interessado em pastas como Cidades ou Transportes. Se a cota do PSOL for de Almeida, o deputado eleito Guilherme Boulos ficaria fora do ministério.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva afirmou a parlamentares do PT durante reunião fechada nesta quinta-feira (1º) que a deputada e presidente do partido, Gleisi Hoffmann, deve ficar à frente da legenda, em vez de ser escolhida como ministra do futuro governo. Lula disse na reunião que não quer "esvaziar" o PT, levando os principais quadros para compor o governo, o que em sua visão fragilizaria o partido no Congresso.

Segundo um dos integrantes da legenda, Lula disse que não pode repetir uma experiência do passado que não foi exitosa. A informação foi confirmada ao Estadão por três petistas presentes na reunião.

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Lula e Gleisi deixaram o encontro juntos, no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), acompanhados de Janja da Silva, futura primeira-dama, e do ex-senador e deputado eleito Lindhberg Farias (RJ).

Na saída, Gleisi disse que a reunião foi "boa" e que, assim como estavam conversando com os demais partidos, era necessário discutir internamente com o PT também. Parlamentares elogiaram a presidente nacional da sigla no encontro e a vitória de Lula, bem como destacaram importância de construir uma base política e social sólida.

A decisão de Lula ocorre no momento em que o próprio PT e siglas aliadas a Lula disputam espaços no xadrez ministerial. Quem acompanhou a conversa diz que Lula deverá anunciar os ministros a partir da próxima semana. Ele não indicou nomes, mas sinalizou a conselheiros próximos ter o desenho do primeiro escalão na cabeça.

O PT vai fazer um documento endereçado a Lula com indicações de pastas que deseja ocupar. Isso será debatido na próxima semana e selado em uma reunião do diretório nacional do partido no dia 8, para a qual Lula foi convidado. A sinalização de Lula, segundo presentes, é de que uma parte de seu ministério, portanto, deve ser anunciada apenas depois disso.

Entre os ministérios que os petistas indicaram que querem comandar estão os da Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Cidades. Segundo relatos, Lula sinalizou que o núcleo de governo - que inclui a Fazenda e Casa Civil, por exemplo - e as pastas sociais tendem a ficar com o partido, mas sempre considerando a negociação com a coalizão de partidos que o elegeu.

Em tom de piada, Lula se queixou dos pedidos que tem recebido das demais legendas. "Se bobear eu tenho que entregar o meu cargo e o do Alckmin também", disse o presidente eleito, sobre como andam as negociações com as demais siglas.

A fala também foi interpretada no PT como uma maneira de minimizar expectativas a respeito do espaço que o partido terá no governo. Lula deixou claro que não necessariamente o PT irá levar todas as pastas pedidas.

Gleisi ficou encarregada de ouvir as demandas internas dos petistas e tentar uma conciliação com os pedidos de outras legendas. O combinado é que não sejam formalizados nomes para as "áreas de interesse" do PT, embora os filiados do partido mais cotados sejam conhecidos.

Gleisi é uma das coordenadoras da transição governamental e ex-ministra da Casa Civil no governo Dilma Rousseff. Ela sempre teve o apoio de Lula para presidir a legenda, mesmo diante de resistências na própria bancada.

Como o Estadão mostrou, outro coordenador da transição que pode ficar de fora do ministério, embora com cargo influente no Palácio do Planalto, é o ex-ministro Aloizio Mercadante. Lula, no entanto, não abordou a situação dele durante o encontro.

Lula deve anunciar na próxima semana José Múcio como ministro da Defesa. A expectativa é que ele seja oficializado na terça-feira, 6, um dia depois da reunião em Brasília com uma comitiva de alto nível político enviada pelo presidente dos EUA Joe Biden.

Nos dias 1º e 2 de dezembro, consumidores e consumidoras da capital pernambucana vão poder negociar dívidas com bancos, operadoras de telefonia, de energia e água. Mutirão será realizado no Compaz Ariano Suassuna, bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife.

Consumidores e consumidoras da capital pernambucana com dívidas com operadoras de energia e água, bancos e empresas de telefonia móvel poderão negociar os seus passivos. Nos dias 1º e 2 de dezembro, o Procon Recife realizará um Mutirão Presencial de Negociação de Dívidas Vencidas no Compaz Ariano Suassuna, localizado no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife.

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Na quinta-feira (1º), a entrega de fichas para atendimento será realizada a partir das 8h, cujo atendimento começa às 9h e segue até 17h. Já na sexta(2), dia de jogo do Brasil na Copa do Mundo, o horário será reduzido, com entrega das fichas a partir das 8h e atendimento das 9h às 13h.

Participam da ação os bancos Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Santander, Bradesco, Itaú e Banco do Nordeste. Entre as empresas de telefonia, estarão Oi, Tim, Claro e Vivo. O mutirão contará com guichês representativos para esses credores, além de Celpe (Neoenergia) e Compesa. Uma parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) vai gerar um relatório, identificando se o consumidor está inscrito no SPC e Serasa.

O secretário Executivo do Procon Recife, Pablo Bismack, destaca que para negociar as dívidas será necessário apresentar o CPF, documento de identificação com foto, comprovante de residência do Recife e débito da empresa reclamada. Se a negociação for feita em nome de outra pessoa, vai ser preciso levar também uma procuração.

Mutirão de negociação de dívidas vencidas

Local: Compaz Ariano Suassuna. Av. Gen. San Martin, 1208 - Cordeiro.

Dias: 1º/12( 9h às 17h) 02/12 (9h às 13h)

Da assessoria

Até a próxima quarta-feira (30), consumidores podem negociar dívidas em atraso com condições especiais por meio do Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira. A ação é uma iniciativa conjunta da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), do Banco Central (BC), da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e de Procons de todo o país.

De acordo com a Febraban, instituições participantes do mutirão oferecem, por exemplo, parcelamentos, descontos no valor da dívida e taxas de juros reduzidas para refinanciamento.

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Podem ser negociadas dívidas no cartão de crédito, cheque especial, crédito consignado e nas demais modalidades de crédito que estejam em atraso e não possuam bens dados em garantia.

Como participar

Quem tem interesse em participar deve acessar a página do mutirão. Lá, e possível acessar o Registrato, sistema do Banco Central que leva à lista de dívidas em nome do consumidor.

As dívidas, segundo a Febraban, podem ser negociadas diretamente com o banco ou por meio do Portal ConsumidorGovBr. Os interessados devem apresentar uma proposta de negociação à instituição credora. O banco tem até 10 dias para analisar a solicitação e apresentar uma resposta.

Entre 2020 e 2022, por meio de iniciativas como esta, mais de 22 milhões de contratos em atraso foram repactuados, superando R$ 1,1 trilhão de saldo negociado. Na edição mais recente do mutirão, que durou 25 dias – de 7 a 31 de março –, 1,7 milhão de contratos foram renegociados.

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