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Quem vai aproveitar o fim de ano para descansar pode escolher entre opções interessantes para recarregar as energias para 2024. O LeiaJá separou nove sugestões para se preparar para o próximo ano sem ficar o dia todo na cama.

A neurocientista Livia Ciacci explica que a substância impõe limites ao funcionamento dos neurônios é a adenosina. A correria da rotina e o stress do trabalho fazem com que ela se acumule, o que pode começar a desligar os sistemas neurais que promovem a motivação. Nesse movimento, a adenosina também acaba acionando sistemas ligados à sensação de sonolência.

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 “A pessoa sai do trabalho, chega em casa cansada, mas se ela tentar descansar ainda insistindo em esforço mental vai continuará em fadiga. O mesmo vale para quem se cansa de responder os e-mails do trabalho, senta-se para ver uma comédia e continua com as notificações de e-mail com o celular na mão”, explicou a especialista.

Já que descansar vai além de apenas dormir, escolha bem como dedicar o tempo disponível para repouso. O descanso físico envolve o sono reparador, o relaxamento muscular e atividades que intensifiquem a circulação sanguínea. Descansar o corpo deve envolver mais movimento do que ficar parado. Por isso, evite ficar muitas horas na mesma posição, seja sentado ou em pé.

O descanso mental começa quando você tira da cabeça todas as preocupações do dia a dia. Seja através de meditação, leitura ou atividades criativas, a dica é ter um hobbie oposto à atividade profissional. Para ter uma relação melhor com as obrigações que ficam martelando a mente, faça uma lista com todas as pendências e pensamentos difíceis. Depois escreva ao lado como vai como vai resolvê-los.

O descanso emocional parte do autoconhecimento. Quando se permite ser atravessado por certas sensações, seja através da expressão artística, conversas significativas ou até mesmo ouvindo música sozinho, é possível olhar para si e se reconhecer para identificar como lidar com certas emoções de forma saudável.

O descanso sensorial começa com o afastamento de luzes fortes e ruídos altos. Repouse em ambientes menos luminosos e evite a fadiga cerebral. Vale também se expor a sensações diferentes, como pisar na grama, e se aproximar da natureza para ouvir os pássaros.

O descanso social vem da conexão com familiares e amigos. Aproveite o tempo livre para conversar com pessoas que você não vê há um tempo, compartilhar histórias e recordar algumas lembranças. Reforçar esses laços é fundamental.

O descanso espiritual ocorre no contato com a religiosidade e conexão com a natureza. A gratidão oferecida pela espiritualidade vem junto dos sentimentos de solidariedade e comunhão.

O descanso criativo é o momento de liberar a imaginação. Seja na arte em geral ou em outras expressões, dê espaço para os impulsos criativos. Também vale se aproximar dos filhos, sobrinhos e amigos para brincar, montar um quebra-cabeça ou desenhar.

O descanso tecnológico é um dos mais necessários diante da rotina ligada a telas. Se desconecte de aparelhos eletrônicos e aproveite para desacelerar. O descanso nutricional passa pela escolha de alimentos com nutrientes para potencializar o corpo e oferecer uma boa recuperação. Sem alimentos processados nesse período, aposte em alimentos mais naturais, como frutas, legumes e verduras. 

No mês de conscientização da cefaleia, o neurologista Leandro Calia, membro da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC) e do corpo clínico do Hospital Albert Einstein, alertou que as pessoas que costumam ter dores de cabeça, chamadas cefaleia na linguagem médica, devem procurar auxílio médico e não acreditar que a doença não tem tratamento. “Tem controle”, assegurou Calia, em entrevista à Agência Brasil.

O neurologista esclareceu que é denominada cefaleia crônica a cefaleia (dor) que ocorre mais do que 15 dias por mês, há mais de três meses. “Isso se chama cefaleia crônica diária”. Dos quatro tipos de cefaleia crônica diária, os mais frequentes são a enxaqueca crônica e a cefaleia crônica diária do tipo tensional. “Qualquer uma que durar mais de 15 dias por mês, por mais do que três meses”.

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Segundo Leandro Calia, a grande diferença entre cefaleias crônicas e cefaleias episódicas é o maior comprometimento na qualidade de vida nas pessoas que têm cefaleias crônicas. Não se deve usar também o termo enxaqueca como sinônimo de cefaleia, alertou o neurologista. “Não é a mesma coisa”.

Disse que a cefaleia pode ser secundária, quando é sintoma de alguma doença, como um tumor, meningite, Covid-19, por exemplo. Mas pode ser primária, quando é uma doença por si só, isto é, não tem outra doença causando a dor. “Aí, são centenas de tipos de cefaleia”. Cefaleias primárias incluem a enxaqueca e cefaleia do tipo tensional, a cefaleia em salva (crises de episódios frequentes). Calia advertiu que a exemplo de outras doenças, como o diabetes, por exemplo, a enxaqueca primária tem tratamento. “Tem controle”, reiterou.

Limitação

De acordo com o especialista, a primeira causa de perda de um dia de trabalho, de estudo ou de qualidade de vida é a enxaqueca, abaixo dos 50 anos de idade. “Não é uma doencinha qualquer. É uma doença que limita muito a qualidade (de vida) das pessoas. Na enxaqueca crônica, a dor perdura durante mais de 15 dias no mês”. Insistiu que a pessoa que tem enxaqueca não deve lidar a doença como se ela fosse algo banal, simples, uma coisa qualquer ou uma desculpa para não ir ao trabalho. “As pessoas confundem uma dor de cabeça leve com a enxaqueca crônica, que é um inferno”. Informou que só 30% a 40% das pessoas que têm enxaqueca crônica têm carteira assinada, porque não conseguem manter um trabalho com uma dor que dura mais de 15 dias por mês.

A importância da conscientização sobre o assunto pode ser avaliada pelos dados a seguir, indicou Leandro Calia. Somente a enxaqueca acomete 16% das mulheres e entre 4% a 5% dos homens, o que significa que 20% da população mundial têm enxaqueca. Considerando a enxaqueca crônica, que dura mais de 15 dias de dor ao mês, por pelo menos três meses ou mais, o número atinge entre 1% a 2% da população mundial. Isso significa que a cada 100 pessoas, uma ou duas sofrem dessa doença.

Calia afirmou que há uma estigmatização, ou preconceito, em relação à enxaqueca, contra as mulheres, porque a enxaqueca ataca mais a população feminina. Lembrou, ainda, que a primeira causa de incapacitação nas pessoas que deixam de ir trabalhar ou estudar, no mundo, é dor lombar. “Só que dor lombar é uma condição que vem de diversas doenças. Centenas de doenças causam dor lombar em qualquer faixa etária”. A segunda causa é enxaqueca. Mas considerando pessoas abaixo de 50 anos, a enxaqueca passa a ser a primeira causa, com impactos econômicos. “Isso é um problema mundial”.

Tratamento

No Brasil, 2% da população têm enxaqueca crônica, enquanto 20% a 25% têm enxaqueca que não chega a durar 15 dias por mês de dor, há mais de três meses. “Se forem 10 a 12 dias, não é chamada crônica”, advertiu Calia. Para tratar a dor no dia em que ela se apresenta, os especialistas fazem um tratamento de resgate, com analgésico.

Ele explicou, contudo, que “tratar é não ter dor. Tratar a enxaqueca é controlar as crises de dor de cabeça para que elas não ocorram”. A isso se denomina tratamento preventivo. “É o único tratamento que mereceria esse nome”. Tem que tratar para a dor não ocorrer.

"Hoje existem medicamentos injetáveis, administrados em pontos nas regiões frontal, occipital (posterior da cabeça), temporal e posterior do pescoço, que relaxam a musculatura. Dessa forma, impede que os neurotransmissores levem os sinais de dor até o músculo, reduzindo a percepção pelo sistema central", completou a médica neurologista e neuropediatra, Thais Villa, diretora da Sociedade Brasileira de Cefaleia, e também titular da Academia Brasileira de Neurologia e membro do Conselho Consultivo do Comitê de Cefaleias na Infância e Adolescência da International Headache Society.

Leandro Calia explicou que se a pessoa pode fazer uso de medicamentos injetáveis uma vez por mês para que diminua a frequência de dor. Isso é controle, ou seja, diminuir a frequência de dias com dor, diminuir a duração de cada dor, a intensidade da dor, aumentar o efeito positivo dos remédios analgésicos quando a pessoa está com dor. “Mesmo quando a gente não consegue zerar a dor, tendo um controle como esse, os pacientes são eternamente gratos. Eles saem do inferno. Hoje existem vários tratamentos”. O grande alerta da conscientização é mostrar às pessoas que não devem cair no pressuposto de que não há tratamento para enxaqueca crônica. “Procura o médico e vai se tratar”, recomendou Calia.

Ansiedade, estresse, depressão, rotina inadequada de sono são algumas condições que podem disparar crises de enxaqueca, que perduram por até 72 horas. Outras causas importantes são insônia, jejum prolongado, pouca ingestão de água, sedentarismo e o consumo em excesso de cafeína e bebidas alcoólicas.

A 2ª Vara Criminal da Comarca de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, condenou um médico neurologista pelo crime de violação sexual mediante fraude. Ele é acusado de tocar os seios de paciente durante consulta. 

Segundo o processo, o crime ocorreu em 22 de novembro de 2017, no bairro Maurício de Nassau, em Caruaru, na terceira consulta da paciente. A mulher havia procurado o neurologista identificado pelas iniciais S.H. de A.J. por estar com insônia, agitada e nervosa devido a crises de ansiedade e pânico. 

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Em determinado momento da consulta, o médico teria se posicionado atrás da cadeira da mulher dizendo "Você está muito tensa, você precisa relaxar e se acalmar." Em seguida, ele colocou a mão esquerda em cima do seio direito dela e fez massagem no pescoço e no ombro enquanto a chamava de "minha branquinha, minha braquela". Segundo o documento, a denunciante ficou paralisada.

O processo narra que o acusado colocou a mão por baixo da roupa e do sutiã da mulher, que imediatamente contraiu o corpo, fazendo com que o neurologista voltasse para sua cadeira.

Ao deixar o local, a paciente foi até a Delegacia da Mulher. Lá, duas escrivães teriam dito que ela precisava ter provas, sugerindo que  voltasse ao consultório e tentasse filmar as condutas do médico, "pois sem provas ficaria difícil fazer alguma coisa." A mulher disse ter ficado transtornada, pois não poderia fazer nada.

No dia seguinte, o médico ligou para a paciente, devido ao fato dela não ter agendado nova consulta. Ela aproveitou a oportunidade para gravar o telefonema. Durante a ligação, o médico diz "você gostou, né? Foi gostoso", mas afirma que agiu mal e pede perdão. Segundo o processo, ele contou que "veio uma coisa em sua cabeça lhe dizendo 'toque ela, toque ela'.”

A mulher teve o quadro de saúde mental agravado após o episódio, com mais crises de pânico e receio de sair de casa e dar continuidade ao tratamento médico. Em sua denúncia, ela relatou que ficou sabendo que o acusado já era acostumado a ter esse comportamento com outras pacientes.

À Justiça, o neurologista negou que tivesse praticado o ato libidinoso, afirmando que realizava apenas exames de toque nos pontos próximos aos seios. 

O juiz responsável pela sentença, Pierre Souto Maior Coutinho de Amorim, destaca que a conversa gravada denota um conteúdo impróprio em uma relação estritamente profissional e comprova que o acusado realizou a conduta ilícita. "Não restam dúvidas de que o réu praticou os atos libidinosos de maneira a dificultar a livre manifestação de vontade da vítima, visto que tais atos ocorreram de maneira dissimulada, induzindo a vítima a acreditar que seus atos libidinosos decorriam do desenvolvimento da consulta médica", disse o magistrado.

O réu foi condenado a prestar serviços à comunidade por dois anos e 22 dias. Os serviços deverão ser feitos uma vez por semana pelo período de sete horas em local a ser definido. Ele deverá pagar cinco salários mínimos referente à pena de prestação pecuniária. O juiz ainda determinou o pagamento de indenização de R$ 20 mil por danos morais. "(...) o réu se aproveitou do momento de intensa fragilidade mental da vítima, a qual vinha passando por diversos problemas pessoais e também de saúde, fatos estes de total conhecimento por parte do réu em razão do seu acompanhamento médico", escreveu o juiz.

O neurologista Eduardo Melo, do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), deu dicas valiosas para prevenir os fatores de risco que culminam em um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Nesse domingo (1º), Tom Veiga, o intérprete do Louro José, morreu aos 47 anos após sofrer da doença, popularizada como 'derrame'.

Na última quinta-feira (29), o Dia Mundial do AVC reforçou a conscientização sobre a importância do combate à doença. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 100 mil brasileiros morrem por ano em decorrência do derrame cerebral.

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O médico explica que a condição ocorre quando os vasos sanguíneos do cérebro são obstruídos e a parte do órgão atingida começa a ser destruída. Para reduzir a chances de sofrer um derrame, ele sugere que os pacientes controlem fatores de risco como a hipertensão arterial, a diabetes, o colesterol e triglicerídeos elevados, o sedentarismo e o uso de cigarro. “Se buscamos prevenir esses fatores de risco e temos uma boa qualidade de vida, a chance de apresentar um AVC diminui bastante”, garante.

“Todo paciente que apresenta subitamente fraqueza de um lado do corpo, dificuldade para mover os membros (braço e perna) – acompanhado de dormência ou não –, alteração na fala e na compreensão de palavras, tontura/desequilíbrio e alterações na visão, deve procurar imediatamente um serviço de urgência para realizar tratamentos que podem aumentar as chances de reversão da doença", alerta o especialista. Confira mais informações no vídeo produzido pela UFPE:

Um psiquiatra foi flagrado humilhando e ameaçando uma enfermeira de um hospital particular em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Ele foi à unidade receber atendimento e chamou a profissional de "incompetente" e miserável", na madrugada dessa terça-feira (11).

Deitado em uma maca, o registro mostra que o médico levantou-se para agredir a enfermeira e cobrar medicamentos. Identificado como Gilberto Luna, ele realiza atendimentos neurológicos e de psiquiatria e chegou a afirmar que a denunciaria para a gerência geral do Hospital Nossa Senhora de Fátima.

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Para tentar explicar os insultos, Luna afirmou que estava alcoolizado após comemorar a evolução do centro médico em que atende, em um centro hospitalar. "Todos os funcionários e eu fomos comemorar ontem. Alguns funcionários beberam cerveja e eu sou amante do vinho. Ontem me excedi na quantidade de vinho e fui buscar atendimento para hidratação no hospital", relatou em um vídeo.

O agressor continua: "chegando lá, como estava alterado, com certeza fui incorreto em exagerar, mas a 'felicidade' acabou me controlando, e acabei referindo palavras que não são adequadas a uma funcionária". Mesmo humilhando a profissional, Gilberto reiterou o pedido de desculpas ao ressaltar que "só tem amor a enfermagem".

Confira

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Você sabe o que é esclerose lateral amiotrófica? Esta doença vem sendo bastante repercutida nas redes sociais nos últimos dias, através do “Desafio do Gelo”, feito por alguns famosos. Mas, finalmente, o que ela faz? Quais os sintomas? O neurologista do Real Hospital Português Ricardo Amorim explicou o que é, de fato, a enfermidade que tem levado muita gente a aderir o desafio e tomar um verdadeiro banho de água gelada. 

Portal LeiaJá – O que é a esclerose lateral amiotrófica?

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Ricardo Amorim – Também conhecida por doença de Lou Gehrig, a esclerose lateral amiotrófica é algo neurodegenerativo proressivo e fatal, ou seja, a pessoa perde a conexão com o neurônio motor. 

LeiaJá – Quais os sintomas da doença?

R.A – Perda de força progressiva, dificuldade de engolir e falar, além de contrações espontâneas dos músculos.

LeiaJá – Existe cura?

R.A - Não. Um medicamento, chamado Riluzol, retarda o aparecimento dos sintomas (citados à cima), mas não tem poder de cura. Infelizmente, a doença pode levar a morte. 

LeiaJá – A esclerose lateral amiotrófica é uma doença genética?

R.A - Não, mas também não é uma doença contagiosa. Muitos estudos ainda precisam ser realizados para nos mostrar como é possível ter a enfermidade. 

LeiaJá – Por que esta doença só veio à tona agora?

R.A – Ela sempre existiu, mas só passou a ficar mais conhecida depois que um tenista de 45 anos descobriu que estava com a doença e resolveu divulgá-la.

 

Desafio do Gelo -  É uma brincadeira que incentiva a doação de US$ 100 à ALS Foundation, instituição que combate a doença. Para participar, é preciso tomar um banho de água fria em até 24 horas. Quem não quiser tomar o banho gelado, pode optar por doar US$ 100 para a causa ou fazer as duas coisas.

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