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A polícia britânica anunciou nesta quarta-feira (13) a prisão de outros seis jornalistas como parte da investigação do escândalo das escutas telefônicas no extinto tabloide britânico News of the World. A Scotland Yard anunciou, em um comunicado, que identificou uma "nova suposta conspiração para interceptar mensagens de voz" por parte de funcionários do jornal em 2005 e 2006, diferente da que terminou com uma série de acusações formais.

"Como parte das novas linhas de investigação, seis pessoas foram presas nesta manhã como suspeitos de conspiração para interceptar comunicações telefônicas", disse o comunicado. São três homens e três mulheres, de 36 a 46 anos, que são "jornalistas ou ex-jornalistas", afirma o texto, que não informa suas identidades. A polícia indicou que todos os detidos estão sendo interrogados e que os agentes realizavam inspeções em vários locais.

Cinco das prisões ocorreram em Londres e a sexta em Cheshire (Noroeste da Inglaterra). Os investigadores apontam, por sua vez, que "em seu devido tempo falarão com as supostas vítimas destas escutas". O News of the World, que precisou ser fechado em julho de 2011 devido ao escândalo das escutas, é acusado de ter grampeado desde 2000 as mensagens de voz dos telefones de 800 pessoas, incluindo famosos, políticos e membros da família real, mas também vítimas de crimes, para tentar obter informações exclusivas.

Autoridades do Reino Unido acusaram formalmente nesta terça-feira oito pessoas envolvidas no escândalo dos grampos telefônicos feitos por jornalistas do tabloide News of the World, de propriedade do magnata Rupert Murdoch. Entre eles estão o ex-integrante do governo do primeiro-ministro David Cameron, Andy Coulson, e a protegida de Murdoch, Rebekah Brooks.

A promotora Alison Levitt disse à repórteres que Coulson e Brooks, ambos ex-editores do News of the World, estão sendo acusados pelo papel que desempenharam na interceptação ilegal da comunicação de mais de 600 pessoas. Entre as vítimas da espionagem estão personalidades como os atores Brad Pitt e Angelina Jolie, o jogador de futebol Wayne Rooney e o ex-beatle Paul McCartney. "Existem evidências suficientes para um prospecto realista de condenação", disse a promotora.

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O anúncio foi um importante acontecimento na saga que mobilizou e às vezes horrorizou os britânicos - e que não dá sinais de terminar. Um oficial de polícia graduado disse no inicio da semana que sua força está investigando mais de 100 denúncias, que incluem ação de hackers e acesso ilegal à registros médicos.

Após deixar o News of the World, Coulson foi trabalhar como chefe de comunicação de Cameron. Brooks era a executiva-chefe do News International, também de propriedade de Murdoch. Outros sendo acusados são os jornalistas Stuart Kuttner, Greg Miskiw, Neville Thurlbeck, James Weatherup e Ian Edmondson.

Coulson, Brooks e Kuttner são acusados de conspirar para invadir correio de voz da garota Milly Dowler, de 13 anos, cujo desaparecimento em 2002 emocionou a Inglaterra. Dowler foi encontrada morta, e a revelação de que o News of the World grampeou seu telefone revoltou o país. Os três negam as acusações.

Miskiw e Weatherup são acusados de interceptar mensagens dos atores Jude Law e Sadie Frost; Edmondson e Weatherup de espionar Paul McCartney, sua ex-esposa Heather Mills, e políticos incluindo o vice-primeiro-ministro John Prescott; Thurlbeck and Weatherup de grampear Jolie e Pitt. As informações são da Associated Press.

O ex-primeiro-ministro da Grã-Bretanha, John Major, disse nesta terça-feira que o magnata da mídia Rupert Murdoch tentou influenciar os acordos do governo com a União Europeia (UE), até mesmo ao insinuar que o premiê poderia perder apoio dos jornais do tycoon midiático se ele não mudasse o rumo político. Major foi primeiro-ministro do Reino Unido entre 1990 e 1997. Ele liderou o Partido Conservador após Margareth Thatcher.

Major deu seu testemunho nesta terça-feira à investigação britânica sobre ética na mídia, que foi convocada após ter sido mostrado que o tabloide News of the World, de Murdoch, grampeava chamadas telefônicas de autoridades, de personalidades e de fontes do jornal. O tabloide foi fechado no ano passado, mas desde então o escândalo cresceu e envolveu líderes políticos criticados por terem relações muito próximas a Murdoch.

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Major afirma que Murdoch lhe fez essas declarações em fevereiro de 1997, três meses antes das eleições gerais, que os conservadores perderam para os trabalhistas. Mas Major também afirmou que Murdoch não lhe disse diretamente para mudar a política do governo, embora "tenha deixado claro que ele não gostava da minha política europeia e que gostaria que ela fosse mudada".

Murdoch disse então que seus jornais não podiam apoiar mais o governo conservador, a menos que ele mudasse sua política, afirmou Major. "Tanto quanto eu consigo me lembrar, ele não fez menção à independência editorial, mas referiu-se a todos os jornais dele como 'nós'", afirmou Major.

O período de governo de Major foi dominado pelo tema Europa na Grã-Bretanha - a libra britânica sofreu um ataque especulativo em 1992, o país deixou o mecanismo europeu da taxa de câmbio (que existiu antes criação do euro em 1999) e Major frequentemente teve que lutar com seu partido sobre o quanto envolvida a Grã-Bretanha deveria estar com a União Europeia.

Logo após o jantar, os dois maiores jornais de Murdoch, o News of the World e o The Sun, apoiaram Tony Blair nas eleições gerais de 1997, que acabaram com o governo conservador. Major enfrentaria de qualquer maneira uma disputa eleitoral muito difícil contra Blair, um jovem político cuja estrela estava em ascensão, mas a perda do então influente The Sun ajudou a selar seu destino político.

Tony Blair e seu sucessor trabalhista, Gordon Brown, também testemunharam na investigação sobre os grampos e a relação que tinham com o império midiático de Murdoch. Brown disse na segunda-feira que os jornais de Murdoch ajudaram a minar o esforço de guerra britânico no Afeganistão, uma década após Major. As investigações sobre os grampos feitos por jornalistas e executivos do agora defunto News of the World já resultaram em três investigações criminais que levaram a mais de 40 prisões no Reino Unido.

As informações são da Associated Press.

Andy Coulson, ex-diretor de comunicação do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, foi detido nesta quarta-feira sob suspeita de falso testemunho no julgamento de um ex-parlamentar escocês, no mais recente caso ligado às denúncias de irregularidades dos tabloides britânicos.

Coulson, de 44 anos, foi preso pela polícia da Escócia na residência dele em Londres sob a acusação relacionada ao depoimento que ele prestou em um caso de grande repercussão na Alta Corte de Glasgow, em 2010, quando o político Tommy Sheridan foi condenado por falso testemunho.

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Sheridan havia vencido um processo contra o agora extinto tabloide News of the World, alegando que ele fora envolvido em um escândalo de sexo e drogas. Porém, mais tarde ele foi preso por três anos após um júri em 2010 determinar que Sheridan cometeu perjúrio quando processou o jornal.

Coulson era o editor do tabloide quando as histórias sobre Sheridan foram publicadas e trabalhou como diretor de comunicação de Cameron quando prestou depoimento no julgamento. Ele saiu do News of the World em 2007, após um repórter e um investigador privado serem presos em relação a crimes de grampos telefônicos.

No entanto, no mesmo ano, Coulson foi nomeado como diretor de comunicação de Cameron, que na época era o líder da oposição no Reino Unido. Ele deixou o cargo em janeiro do ano passado em meio a novas revelações sobre a extensão dos grampos telefônicos no tabloide. As informações são da Associated Press.

O comitê parlamentar do Reino Unido que proibiu a escuta ilegal feita pelo tabloide News of the World, da News Corp., que já não está mais em circulação, divulgou um relatório final nesta terça-feira concluindo que o executivo-chefe do jornal, Rupert Murdoch, "não é uma pessoa apta a exercer a administração de uma grande empresa internacional". O documento também acusou vários executivos da empresa de enganarem o Parlamento britânico, segundo reportagem do The Wall Street Journal.

O relatório afirma que Murdoch e o filho dele, o diretor operacional da News Corp., James Murdoch, presidiram uma cultura de "cegueira voluntária" na News Corp. O documento também acusa James Murdoch de exibir uma "falta de curiosidade", até mesmo uma "ignorância deliberada", ao lidar com o escândalo das escutas telefônicas enquanto ocupava o cargo de gerente de supervisão da unidade do jornal britânico da empresa, News International, desde o fim de 2007 a 2012.

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Segundo o documento, três ex-executivos da unidade do jornal britânico da News Corp. enganaram o Parlamento em 2009: Les Hinton, ex-executivo-chefe da unidade Dow Jones & Co. da News Corp.; Colin Myler, editor do News of the World's de 2007 até o fechamento do tabloide no ano passado; e Tom Crone, principal advogado do jornal.

A comissão diz que uma série de afirmações dos ex-executivos feitas em 2009 eram falsas, incluindo a alegação de que a escuta ilegal de correio de voz foi feita apenas por um repórter e a afirmação de que as escutas tinham sido investigadas exaustivamente pela empresa. O relatório diz que o objetivo da News Corp. em todo o caso foi o de "encobrir ao invés de investigar irregularidades e punir os infratores."

A News Corp. divulgou um comunicado dizendo que irá "examinar cuidadosamente" o relatório e vai responder em breve. A empresas acrescentou que "reconhece plenamente as irregularidades significativas no News of the World e pede desculpas a todos, cuja privacidade foi invadida". As informações são da Dow Jones.

A polícia britânica fazia buscas nos escritórios dos jornais do magnata da mídia Rupert Murdoch neste sábado (28), após prender um oficial de polícia e quatro funcionários atuais do staff do tabloide The Sun, como parte de uma investigação sobre supostos pagamentos de propinas para policiais.

As detenções ampliam o escândalo sobre práticas ilegais para um segundo jornal de propriedade de Murdoch. O caso já levou ao fechamento do tabloide the "News of the World" em julho de 2011.

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A polícia metropolitana de Londres informou que dois homens com 48 anos e outro com 56 anos foram presos em suas casas sob suspeita de corrupção no início da manhã deste sábado. Outro homem de 42 anos foi detido posteriormente em um posto policial de Londres.

A News Corp., conglomerado de Murdoch, confirmou que os quatro eram atualmente funcionários do The Sun. Um quinto homem, um policial de 29 anos, foi preso no posto no qual trabalhava.

As informações são da Associated Press.

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