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O prefeito de Nova York, Eric Adams, viu seu nome envolvido em uma série de escândalos recentemente, incluindo uma acusação de agressão sexual e denúncias de corrupção que poderiam inviabilizar suas ambições políticas.

O FBI e o Ministério Público local investigam se uma construtora nova-iorquina, supostamente ligada ao governo turco, utilizou "laranjas" para doar dinheiro à campanha de Adams para a prefeitura, cargo que assumiu em 2022.

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Outrora visto como um possível candidato presidencial pelo Partido Democrata, o segundo prefeito negro de Nova York luta agora pela sua sobrevivência política.

O ex-governador do estado de Nova York Andrew Cuomo, que renunciou em 2021 em meio a denúncias de má conduta sexual, sugeriu aos aliados que poderia concorrer à prefeitura se Adams fosse afetado pelo escândalo, informou o site Politico.

Cuomo assediou sexualmente 13 funcionárias públicas, segundo o acordo alcançado na sexta-feira com o Departamento de Justiça.

A posição de Adams nas pesquisas despencou quando ele tentou efetuar cortes orçamentários, incluindo o fechamento das bibliotecas aos domingos, o que ele atribui ao desvio de fundos para enfrentar o fluxo sem precedentes de imigrantes para a cidade.

A cidade que nunca dorme enfrenta preços estratosféricos de aluguel, alimentação e lazer.

Mas a analista Mary Snow, que em uma pesquisa recente registou que apenas 28% dos nova-iorquinos aprovam a gestão de Adams, não descarta as suas chances de reeleição.

"A história nos mostra que é possível que o prefeito Adams supere os 28% de aprovação em seu trabalho", afirma.

"Em 2003, o ex-prefeito Mike Bloomberg tinha 31% de aprovação por seu trabalho e ganhou mais dois mandatos".

- Oposição aumenta -

Os adversários de Adams reagiram com cautela à denúncia de agressão sexual, apresentada no último minuto com base em uma lei municipal especial que permitia que ações civis para casos expirados fossem apresentadas durante um ano, até novembro passado.

A denunciante acusou Adams de agressão sexual, lesões e discriminação laboral com base em gênero e sexo em 1993.

"Não me lembro de ter conhecido essa pessoa. Eu nunca machucaria ninguém dessa forma", disse o prefeito aos repórteres.

Adams é alvo de outra investigação sobre a origem dos fundos para a sua campanha para a Prefeitura de Nova York, que busca determinar se ele recebeu dinheiro do governo turco.

Eric Leroy Adams, de 63 anos, criado por mãe solo, começou sua carreira na polícia de Nova York, onde foi capitão, antes de entrar para política local no Partido Democrata. Foi deputado estadual e presidente do distrito do Brooklyn, em Nova York, antes de ser eleito prefeito da metrópole de 8,5 milhões de habitantes em 2021.

- "Grande fatura política" -

No cargo, Adams tornou-se tão famoso por suas gafes quanto por suas roupas elegantes.

O prefeito fez da imigração um ponto central de sua campanha política, atacando o governador republicano do Texas, Greg Abbott, por transportar migrantes da fronteira sul para a cidade, e o governo federal que parece ignorar seus pedidos de ajuda.

Adams disse à imprensa que o atração dos imigrantes por Nova York é consequência de ser "vítima de seu próprio sucesso".

Mas os recursos da cidade ficaram escassos, apesar de um conjunto de medidas destinadas a conter o fluxo de migrantes. Uma política para expulsar imigrantes com crianças dos abrigos da cidade após 60 dias provocou indignação entre os ativistas.

O professor de Política da Universidade de Columbia, Robert Shapiro, disse que "embora possa ser uma oportunidade para Adams mostrar seu valor enfrentando o governador do Texas e outros, sem apoio estadual, federal e outros apoios financeiros, esta questão pode lhe render uma grande fatura política".

"Acredito que esta questão e a corrupção na questão do financiamento de campanha podem ter o seu preço politicamente", disse ele à AFP.

Snow, a pesquisadora, alertou que "há um alto nível de preocupação entre os eleitores de que a cidade de Nova York não será capaz de acomodar o fluxo de imigrantes".

"Apenas 26% dos eleitores aprovam a forma como ele está lidando com a crise", acrescentou,

No entanto, o início do ano rendeu a Adams uma espécie de colete salva-vidas depois do anúncio de que a cidade se beneficiará de um superávit orçamentário de 2,6 bilhões de dólares (12,7 bilhões de reais) em 2024, o que poderá mitigar a necessidade de cortes drásticos em serviços essenciais, como a segurança.

Dois fãs americanos da cantora Madonna fizeram uma denúncia contra a artista em um tribunal civil de Nova York, onde a acusaram de negligência, devido a atrasos em seus shows.

Em denúncia feita anteontem e conhecida pela AFP nesta sexta-feira (19), Michael Fellows e Jonathan Hadden processam a rainha do pop, a gigante Live Nation e o ginásio Barclays Center, do Brooklyn, e exigem uma indenização devido aos atrasos de até duas horas nos shows realizados por Madonna em dezembro passado.

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A cantora, 65, retomou a turnê "Celebration" na Europa (no outono), e, depois, na América do Norte, após ser internada em junho passado devido a uma infecção bacteriana.

"Os três shows no Barclays Center deveriam começar às 20h30, mas Madonna não subiu ao palco antes das 22h30, e o público deixou o local depois da 1h", denunciaram os fãs, argumentando que a cantora "mostrou dificuldade e certa negligência" no cumprimento da programação e fez com que o público enfrentasse problemas para voltar para casa no meio da noite.

Segundo o documento judicial de 18 páginas apresentado à promotoria do Brooklyn, em Nova York, "Madonna tem um longo histórico" de atrasos em seus shows, às vezes de horas. Nenhuma das partes citadas na denúncia respondeu ao contato feito pela AFP.

O prefeito de Nova York, Eric Adams, negou ter agredido uma mulher há três décadas, que o processou sob uma lei que expira nesta quinta-feira (23) e que permite que vítimas de violência sexual denunciem seus agressores mesmo que os fatos tenham prescrito.

A acusação, apresentada virtualmente na noite de quarta-feira, responsabiliza o prefeito por "agressão sexual, lesões e discriminação no trabalho por motivo de gênero e sexo da demandante, retaliação, ambiente de trabalho hostil e imposição intencional de angústia emocional", segundo o documento apresentado no Tribunal Superior de Justiça de Nova York.

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Os eventos teriam ocorrido em 1993, quando ambos trabalhavam na prefeitura de Nova York.

Essas alegações "não são de modo algum verdadeiras", reagiu o prefeito de origem afro-americana nesta quinta-feira, feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos.

"Nunca faria nada para machucar ninguém", declarou Adams, eleito prefeito de Nova York em 2022.

Antes, seu porta-voz havia assegurado que o prefeito "não sabe quem é essa pessoa". "Se eles se conheceram alguma vez, ele não se lembra", concluiu.

A denunciante, Lorna Beach-Mathura, que também acusa outras instituições públicas da cidade na mesma ação civil, pede uma compensação financeira mínima de US$ 5 milhões (R$ 24,4 milhões).

Eric Leroy Adams, de 63 anos, fez carreira na polícia de Nova York, onde foi capitão antes de ingressar na política local pelo Partido Democrata.

O prefeito está sendo investigado sobre a origem dos fundos para sua campanha à prefeitura de Nova York, buscando determinar se ele recebeu dinheiro do governo da Turquia.

Nos últimos dias, o Tribunal Supremo de Nova York recebeu várias denúncias de agressão sexual amparadas na Adult Survivor Act, que permite apresentar casos já prescritos e que, após um ano em vigor, expira nesta quinta-feira à meia-noite.

Além de Adams, também foram denunciados o vocalista da banda de rock Guns N' Roses, Axl Rose, o ator Jamie Foxx e o rapper Sean Combs, que, apesar de ter chegado a um acordo com uma denunciante, foi alvo de uma nova ação por agressão sexual nesta quinta-feira.

Um homem dos Estados Unidos foi acusado de perseguir e assediar uma mulher do interior do estado de Nova York usando um avião de pequeno porte durante quatro anos. Michael Arnold, de 65 anos, compareceu pela primeira vez ao tribunal na quarta-feira, 5, em Bennington, Vermont e se declarou inocente na quinta-feira, 5.

De acordo com o FBI, Arnold estava perseguindo Cassie Wilusz, uma mulher de Schuylerville, Nova York, dona de um café cujo Arnold era cliente. Nestes anos, ele voava baixo sobre a vila onde ela mora e, em determinados momentos, chegou a ser visto jogando tomates do avião. Em junho, em entrevista ao portal local Times Union, Cassie descreveu o assédio como "um pesadelo".

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"Ele começou a sobrevoar minha casa, me mandando fotos da minha casa, da minha piscina, do meu quintal, de mim, da minha família, dos meus amigos", disse ela. "Ele me disse que o carma vai me pegar. Ele disse que eu matei meu pai" - que morreu em um incêndio em 2017 - "e que vou matar meu marido. Liguei para a polícia, mas isso nunca para", ela disse ao Times Union em junho.

O homem já estava sob uma ordem temporária de proteção emitida em maio para "cessar e desistir de voar toda e qualquer aeronave" depois de ser acusado de quatro anos de assédio vindo do céu. Ele foi preso na noite de terça-feira, 3, enquanto dirigia para o Aeroporto Estadual William H. Morse em Bennington, Vermont, onde estacionou seu monomotor Cessna 180, disse a polícia.

Ele foi acusado de perseguição agravada, violação de uma ordem de prevenção de abusos, resistência à prisão, impedimento de um funcionário público e fornecimento de informações falsas à polícia. Ele foi libertado pagando fiança, sob diversas condições, incluindo não ter contato com a mulher, não persegui-la e ficar a 91 metros de sua casa e empresa, bem como longe de todos os aviões.

Ao ser preso, ele disse que não havia perseguido ninguém e negou que estivesse pilotando seu avião no dia anterior - quando um sargento do Gabinete do Xerife do Condado de Saratoga, que estava investigando onde ele guardava o avião, o flagrou sobrevoando a região. Ele afirmou que estava viajando com alguém e disse ao policial que não teve contato com a mulher e que se quisesse machucá-la poderia facilmente fazer isso, mas nunca fez, de acordo com o depoimento.

Cassie disse à polícia que há muito tempo temia por sua segurança e temia que Arnold pilotasse seu avião até sua casa, afirmam os documentos judiciais. Arnold está proibido de pilotar qualquer avião sob a ordem que permanece em vigor até 30 de novembro.

Centenas de animais, entre eles um camelo, uma coruja, serpentes, um jacaré, pôneis, avestruzes, gansos, coelhos, além de cães e gatos, foram abençoados, neste domingo (1º), na catedral de São João, o Divino, em Nova York, por ocasião do dia de São Francisco de Assis, durante uma cerimônia celebrada pelo bispo da diocese de Nova York, Andrew Dietsche.

Celebrada no primeiro dia de outubro, a cerimônia deste ano foi especial após ter sido suspensa desde 2018 por um incêndio na igreja e pela pandemia de Covid-19.

O labrador preto de Jon Shweky, um judeu, e Christine Cookman, uma católica, foi um dos animais que receberam a bênção. A partir de novembro, ele se tornará cão-guia.

"Queríamos trazê-lo para que recebesse a bênção para que tenha boa saúde e boa sorte, esperando que se torne guia para deficientes visuais", disse Cookman à AFP.

Kirstin Portecella, de 62 anos, acompanhada da mãe, Dagmar, e de sua cadelinha, "Sadie", estava feliz por visitar novamente a catedral com seu novo 'pet', pois é o único dia do ano em que os animais podem entrar na igreja. "Fazem parte do nosso amor incondicional", justifica.

Com espaço para 1.500 pessoas, que pagaram 15 dólares (75 reais) para assistir à cerimônia de duas horas, a catedral neogótica, situada na altura da rua 111 do lado oeste da cidade, que começou a ser construída em 1892 e continua inacabada, estava praticamente lotada.

Os 'pets', em sua maioria cães, aguardaram pacientemente a cerimônia, que contou com apresentações do coro da catedral, além de um balé afro, interrompidos apenas por algum latido esporádico, embora muitos tenham ficado alvoroçados quando o camelo chegou. Um deles chegou a urinar em uma coluna do templo, cuja cúpula foi construída pelo arquiteto espanhol Rafael Guastavino.

Trazidos por voluntários, os animais aguardaram em suas jaulas e caixas na parte de externa da catedral até que chegasse a sua vez de receberem, um a um, a bênção do bispo.

A cidade de Nova York começou a se recuperar, neste sábado (30), depois de ter sido inundada após uma tempestade ontem, que registrou um dos dias mais chuvosos das últimas décadas. À medida que moradores retornavam para suas casas, o tráfego era retomado nas rodovias, metrôs e aeroportos que foram temporariamente fechados por causa da forte chuva. Mais chuva é esperada para hoje, mas sem a mesma intensidade, disse a governadora Kathy Hochul. Ontem, ela declarou estado de emergência na cidade.

Com as precipitações, praticamente todas as linhas de metrô foram suspensas parcialmente, desviadas ou estavam com atrasos. O serviço ferroviário Metro-North de Manhattan chegou a ser suspenso ontem, mas começou a ser retomado à noite. Em Nova York, 44 dos 3,5 mil ônibus ficaram parados e o serviço foi interrompido em toda a cidade, disseram autoridades de transporte. Alguns problemas de serviço continuaram neste sábado.

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Autoridades da cidade disseram que receberam relatos de seis apartamentos em porões inundados ontem, mas todos os ocupantes conseguiram sair em segurança. A inundação ocorreu dois anos após o furacão Ida ter causado chuvas recordes e matado pelo menos 13 pessoas em Nova York. Embora não tenham sido relatadas mortes ou feridos graves ontem, a tempestade trouxe memórias do evento, relataram moradores.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta terça-feira (19), em Nova York, da abertura da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Tradicionalmente, cabe ao governo brasileiro fazer o primeiro discurso da Assembleia Geral da ONU, seguido do presidente dos Estados Unidos. Essa tradição vem desde os princípios da organização, no fim dos anos 1940.

Em mensagem nas redes sociais, Lula diz que vai discursar na ONU às 9h (horário local, 10h no Brasil), 20 anos depois de sua primeira assembleia e 14 anos após o último discurso como presidente. 

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É a oitava vez que o presidente brasileiro abrirá a assembleia da ONU. A comitiva do Brasil é formada por 12 ministros. Sete ministros participarão de eventos ligados diretamente à assembleia. Os demais não fazem parte da delegação, mas estão na cidade cumprindo agendas oficiais.

Na manhã dessa segunda-feira (18), Lula teve encontros com o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, e com o com o presidente da Confederação Suíça, Alain Berset. No domingo (17), um dia após chegar a Nova York, o presidente participou de reunião com empresários e de um jantar oferecido pelo presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes.

Amanhã (20), o presidente vai se reunir com o líder da Ucrânia, Volodimir Zelensky. O encontro foi confirmado pelo Palácio do Planalto e deverá ocorrer na parte da tarde, mas o horário exato ainda não foi informado.

A reunião bilateral será a primeira entre os dois líderes desde que Lula assumiu o mandato. O Brasil é um dos países, como a Índia e a China, que vem proclamando publicamente uma postura de neutralidade na guerra entre a Ucrânia e a Rússia. Por isso, havia uma expectativa do encontro entre Lula e Zelensky desde maio deste ano, quando ambos participaram da Cúpula do G7, no Japão, o que acabou não ocorrendo.

No mesmo dia do encontro com Zelensky, Lula será recebido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em evento que já estava previsto há algumas semanas. Os mandatários vão lançar uma iniciativa global para promoção do trabalho decente.

Nesta segunda-feira (18), a primeira-dama Janja Lula da Silva, ao lado de ministras, participou do encontro de mulheres líderes globais na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), realizado no estado de Nova York, nos Estados Unidos. Através de suas redes sociais, a socióloga disse ter ficado "emocionada" com o evento de lideranças femininas.

"Junto com lideranças globais, prefeitas, empreendedoras, ministros e representantes da ONU, conversamos sobre importantes iniciativas que irão acontecer no Brasil com relação a equidade de gênero e empoderamento feminino. Emocionada de ouvir relatos tão potentes quanto o da Rohey Malick, prefeita de Banjul, em Gâmbia, e o da prefeita de Eastpointe Monique Owens. Seguimos juntas na construção de um mundo mais justo, igual e inclusivo!", escreveu.

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Janja estava acompanhada de quatro ministras da gestão Lula (PT): Cida Gonçalves, do Ministério das Mulheres; Esther Dweck, do Ministério da Gestão e Inovação; Margareth Menezes, do Ministério da Cultura); e Nísia Trindade, que está no comando do Ministério da Saúde. As deputadas Natália Bonavides (PT-RN), Dandara (PT-MG) e Jack Rocha (PT-ES) e as senadoras Augusta Brito (PT-CE) e Ana Paula Lobato (PSB-MA), também estiveram presentes.

O evento reuniu, além de figuras políticas, empresarias reconhecidas mundialmente, como a presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, e representantes da ONU.

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A amizade é dar sem esperar nada... O Gominho com certeza sabe bem como ser um amigão para Preta Gil. Além de ter ficado com ela por alguns dias enquanto ela ainda estava internada após ter feito cirurgia para tratar do câncer no intestino , ele também homenageou a cantora em um desfile.

Após a apresentação das roupas da marca Bela Brand, que foram assinadas por Gominho, ele fez uma homenagem para lá de especial para a amiga. O influenciador, os artistas e modelos que desfilaram apareceram com uma camiseta escrito Preta é Nossa.

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No discurso, Gominho contou que Preta gostaria de estar lá com eles e também iria desfilar com eles. Ele continuou dizendo que que sem ela ele não estaria lá. Nos comentários, Gil se declarou ao amigos:

Vocês são demais, que emoção essa homenagem.

Uma noite memorável marcou o Madison Square Garden, em New York, nos Estados Unidos, na última sexta-feira (1º), durante o show do grupo RBD. Enquanto a plateia já estava em êxtase com a apresentação, uma surpresa especial aconteceu. Maria Paula, a filha da cantora mexicana Dulce Maria, subiu ao palco durante a performance da icônica música Rebelde, e derreteu o coração dos fãs.

O público viu a pequena, de dois anos de idade, fruto do casamento de Dulce com Paco Álvarez, usando o tradicional uniforme da banda e o blazer vermelho carregava o símbolo da paz nas costas, uma homenagem às raízes da mãe e uma representação da mensagem que a artista promoveu durante toda a carreira. O traje de Maria Paula incluía ainda franjas em strass nos ombros e uma estrela cintilante na frente.

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O momento mais comovente da noite ocorreu quando Dulce pegou sua filha nos braços e, com orgulho, a levantou aos céus, exibindo o símbolo da paz em um gesto que ressoou nas mais de 20 mil pessoas presentes na plateia. O marco foi um tributo à música, à família e aos valores que a estrela mexicana sempre promoveu.

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Nova York quer implementar a primeira tarifa de circulação de veículos nos Estados Unidos, mas a medida enfrenta uma dura oposição, inclusive por parte dos motoristas dos icônicos táxis amarelos da cidade.

Parecido com o que se faz há tempos em Londres e em Singapura, o plano pretende melhorar a qualidade do ar na "Big Apple", descongestionando as engarrafadas ruas de Manhattan.

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Também busca aumentar a receita essencial para modernizar um sistema de metrô em ruínas usado por cerca de quatro milhões de nova-iorquinos todos os dias.

Prevista para entrar em vigor em 2024, a medida já foi contestada na Justiça, o que expõe a dificuldade de se tributar os motoristas em um país onde o carro é o rei do transporte.

As autoridades insistem em que a cobrança da taxa ajudará o meio ambiente, ao reduzir a poluição, e tornará o tráfego na agitada cidade mais eficiente, reduzindo o tempo de deslocamento.

"A tarifa de congestionamento é uma oportunidade geracional", disse John McCarthy, porta-voz da Autoridade de Transporte Metropolitano de Nova York (MTA).

O plano pretende cobrar dos motoristas por circularem abaixo da rua 60 na ilha de Manhattan, uma área que abrange os bairros financeiros de Midtown e Wall Street.

A MTA ainda não definiu as tarifas, mas estuda cobrar US$ 23 (em torno de R$ 112, na cotação atual) por circular nos horários do "rush", e US$ 17 (R$ 83), para os momentos de menos fluxo.

E isso incomoda muitos. O motorista de táxi Wein Chin está preocupado com o fato de que a tarifa, que os motoristas repassariam aos clientes, resultaria em menos viagens. O motorista ganha entre US$ 300 e US$ 400 por semana (R$ 1.470 e R$ 1.960) e já está tendo problemas para pagar um empréstimo de US$ 170.000 (R$ 833 mil). A quantia foi usada para tirar sua carteira de motorista.

"Não sei se conseguiria sobreviver, pagando a hipoteca e sustentando uma família", disse à AFP o homem de 55 anos, que emigrou de Mianmar para os Estados Unidos em 1987.

A Aliança de Trabalhadores de Táxi de Nova York, um sindicato que representa 21.000 taxistas, calcula que essa cobrança pode significar uma perda de renda para os motoristas de US$ 8.000 por ano (R$ 39, 2 mil). Seus filiados saíram às ruas nas últimas semanas para exigir a isenção da cobrança da taxa.

O presidente do sindicato, Bhairavi Desai, disse que a taxa pode significar uma sentença de morte para alguns profissionais já atingidos nos últimos anos por uma onda de motoristas do Uber e pela pandemia da covid-19.

- Emissões -

As autoridades propuseram descontos para contemplar os nova-iorquinos de baixa renda. Cerca de 700.000 veículos entram na zona de pedágio proposta todos os dias, com carros trafegando a uma média de 11 km/h, devido aos engarrafamentos, segundo as autoridades.

A iniciativa da MTA pretende reduzir em 10% o tráfego diário e, portanto, as emissões de dióxido de carbono. As autoridades citam estudos que indicam que, no centro de Londres, as emissões de CO2 caíram 20% após a introdução de uma tarifa similar em 2003.

“Sabemos que a poluição dos veículos é uma das principais causas da crise climática que prejudica tanto nosso planeta quanto nossa saúde”, declarou Tim Donaghy, da ONG Greenpeace.

Este projeto levou anos para ser criado em Nova York. O magnata Michael Bloomberg propôs um pedágio em 2007, quando era prefeito pelo Partido Democrata (2002-2017), mas foi somente em 2019 que os legisladores locais finalmente chegaram a um acordo.

O governo federal americano deu sinal verde para a proposta em junho deste ano, e as diferentes autoridades locais se comprometeram a introduzir o imposto na primavera (outono no Brasil) de 2024.

Mas o estado vizinho de Nova Jersey respondeu processando o governo, alegando que o plano representaria um fardo financeiro injusto para aqueles que precisam dirigir até Manhattan para trabalhar. Esse estado também se opõe a que seus moradores tenham de pagar pela melhoria do sistema de metrô de Nova York.

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, acredita que o processo de Nova Jersey não impedirá que a taxa seja promovida.

O MTA estima que as novas tarifas vão gerar em torno de US$ 1 bilhão (R$ 4,9 bilhões na cotação atual) por ano para melhorias no sistema de transporte.

"É uma vitória completa para o transporte público, o trânsito e o meio ambiente", disse à AFP o porta-voz do grupo de defesa do transporte público Riders Alliance, Danny Pearlstein.

A insatisfação do torcedor do Palmeiras com sua presidente, Leila Pereira, está atravessando fronteiras. A cobrança por reforços na equipe alviverde se intensificou primeiro após a compra de um avião por parte da mandatária. Depois, pela eliminação para o São Paulo na Copa do Brasil. Agora os protestos chegaram aos Estados Unidos.

Leia Pereira está atualmente em Nova York e uma torcida organizada do Palmeiras aproveitou a oportunidade e chamou a atenção da presidente de uma maneira muito peculiar. Foi alugado um telão em plena Times Square um dos lugares mais turísticos e com altíssimo fluxo diário de pessoas de Manhattan. As mensagens "cadê nossos reforços" e "cumpra suas palavras e promessas" foram exibidas em português e em inglês, além de mostrar imagens da torcida em frente à Academia de Futebol.

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Além da mensagem nas ruas de Nova York, a torcida ainda se manifestou nas redes sociais. "Já que ela tá de férias, enquanto a torcida inteira do Palmeiras está pedindo reforços. O protesto chega até ela", escreveu.

No Brasileirão, o Palmeiras atualmente ocupa a 5ª colocação, com 28 pontos, numa área da tabela bastante acirrada. A equipe alviverde entra em campo neste domingo contra o América-MG, fora de casa. Na Libertadores, tem pela frente o Atlético-MG pelas oitavas de final. A primeira partida acontece na próxima quarta-feira, mesma data em que será encerrada a janela de transferências.

Um guindaste quebrou parcialmente nesta quarta-feira(26) em uma movimentada área de Nova York, batendo em um edifício vizinho e provocando uma chuva de escombros.

Quatro pessoas ficaram levemente feridas quando o braço do equipamento caiu pouco antes das 11h30 GMT (8h30 em Brasília), depois que um incêndio atingiu sua cabine de comando na 10ª Avenida, perto de Hudson Yards, um novo polo de desenvolvimento imobiliário a oeste de Manhattan, informaram fontes oficiais.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o braço do guindaste batendo nos vidros de um arranha-céu enquanto os pedestres fogem dos detritos que caem sobre a calçada.

O prefeito Eric Adams assegurou que o acidente poderia ter sido muito pior: "tivemos uma sorte imensa nesta manhã", disse à imprensa.

O chefe adjunto dos bombeiros de Nova York, Joseph Pfeifer, disse que a grua içava 16 toneladas de concreto quando os cabos foram danificados pelo fogo. Ainda assim, garantiu que o operador da grua viu o incêndio e tentou apagá-lo mas as chamas o obrigaram a abandonar a cabine, são e salvo.

Em 2016, um forte vendaval quebrou um guindaste na Baixa Manhattan e uma pessoa morreu.

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O sindicato de funcionários de apoio dos teatros de Nova York alcançou um acordo provisório nesta quinta-feira (20) que evitou o fechamento da Broadway neste fim de semana, que viria na esteira da greve dos atores de Hollywood.

A International Alliance of Theatrical Stage Employees (IATSE), que representa 1.500 ajudantes de palco e outros trabalhadores de bastidores, havia iniciado o processo de votação para entrar em greve.

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Mas o sindicato chegou a um acordo com a Disney Theatrical e o grupo comercial da indústria Broadway League, que representa os proprietários de teatros e produtores, anunciaram as partes em comunicado.

O acordo ainda deve ser ratificado pelas bases da IATSE e será apresentado aos filiados nos próximos dias, acrescenta a nota.

"Foi evitada a greve, embora o contrato deva ser aprovado pelos filiados", declarou o porta-voz do sindicato, Jonas Loeb.

O acordo foi alcançado depois que a IATSE autorizou ontem a votação para decidir pela paralisação.

A imprensa americana informou que a greve paralisaria o famoso distrito teatral de Nova York a partir desta sexta, o que seria um duro golpe em plena alta temporada de verão e em um momento no qual economia da cidade mal vinha se recuperando dos efeitos da pandemia.

Se a greve tivesse sido aprovada, 28 espetáculos seriam interrompidos na Big Apple e outros 17 que estão atualmente em turnê nos Estados Unidos e no Canadá.

A ameaça de greve se soma à primeira paralisação da indústria do cinema e da televisão em 63 anos, que fechou Hollywood e ameaça o gigantesco negócio.

Cerca de 160.000 atores abandonaram o trabalho na semana passada depois que as negociações com os estúdios de produção terminaram sem acordo.

Os atores se juntaram aos milhares roteiristas que já estavam em greve há algumas semanas.

A Broadway obteve mais de 1,6 bilhão de dólares (R$ 7,6 bilhões, na cotação atual) em receitas, com mais de 12,3 milhões de ingressos vendidos na temporada 2022-2023 que terminou em maio, segundo a Broadway League.

Com letras de músicas do rapper Jay-Z cobrindo a fachada da Biblioteca Pública do Brooklyn e o Yankee Stadium preparado para receber um show dos pioneiros do Hip Hop, o gênero musical completa 50 anos de nascimento nos bairros negros e latinos de Nova York.

Dentro da biblioteca, uma grande exposição percorre a carreira icônica de Shawn Corey Carter, o nome verdadeiro de Jay-Z, que construiu seu legado como um conto de fadas moderno.

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Ex-traficante do "Marcy Projects", bairro operário onde cresceu no Brooklyn, o atual marido de Beyoncé, com quem forma um dos casais mais poderosos da música, se tornou um dos maiores rappers americanos nas décadas de 1990 e 2000 e um empresário de sucesso à frente do império de entretenimento Roc Nation, que idealizou a retrospectiva.

"Sinceramente, não fui a muitas exposições. Então, ver isso, do meu rapper favorito, é muito legal", diz Jamarly Thomas, ou Jay-T, acrescenta com um sorriso, o jovem de 31 anos que trabalha em um armazém do Bronx.

"Para muitos jovens afro-americanos que vêm para cá, ele (Jay-Z) pode ser a prova de que você pode ir longe", complementa.

Amanda Brown, nascida no Brooklyn, acrescenta que espera que Jay-Z "receba todos esses elogios" em vida.

O rapper de 53 anos, autor de sucessos como "Hard Knock Life (Ghetto Anthem)" e "Izzo" (H.O.V.A.), ultrapassou as fronteiras do Rap com a ode à Nova York "Empire State of Mind", e ao longo da sua carreira, 14 de seus álbuns alcançaram o número um da lista americana Billboard 200, cinco a menos que os Beatles.

Com entrada gratuita, a exposição "The Book of HOV" (um dos apelidos de Jay-Z) foi inaugurada na sexta-feira e, no fim de semana, foram registradas longas filas para visitar ou se registrar na biblioteca e obter um dos 13 novos modelos de cartões para membros carimbados com as capas dos discos do artista.

- Nascido no Bronx -

A homenagem ao rapper é uma prévia da abertura, no dia 2 de agosto, de mais uma retrospectiva sobre a história do Hip Hop no "Hall des Lumières", a sede nova-iorquina da rede Culturespaces.

Também são esperadas sessões de grafitti e breakdancing em bibliotecas, festas e shows. São muitas as iniciativas para comemorar os 50 anos dessa corrente nascida no Bronx para esquecer a pobreza e a discriminação contra negros e latinos, transformada em uma indústria multimilionária que também se estende ao esporte e à moda.

"Celebrar 50 anos é extraordinário. Porque nada disso tinha valor. Quando começamos, ninguém queria contratar um DJ, um MC ou um breakdancer", diz Ralph McDaniels, coordenador de Hip Hop das bibliotecas do bairro de Queens, cujo programa de televisão "Video Music Box" foi essencial ao Rap local nos anos 80 e 90, contando com estrelas como Jay-Z, Nas, LL Cool J e The Notorious B.I.G, assassinado em 1997.

- Leilão -

O nascimento deste gênero proeminente data de 11 de agosto de 1973. Nesse dia, no térreo de um prédio na Sedgwick Avenue, número 1520, no Bronx, um DJ de origem jamaicana, Clive Campbell, conhecido como DJ Kool Herc, inovou: colocou o mesmo disco em dois toca-discos, isolou as sequências de ritmos e percussão e as estendeu, inventando o que viria a ser o "breakbeat", elemento essencial do Hip Hop.

Cinquenta anos depois, o precursor se apresentará no palco do Yankee Stadium, em um megaevento que também contará com a presença dos veteranos Grandmaster Caz, Kurtis Blow, The Sugarhill Gang, a pioneira Roxanne Shante, Lil Kim, Ice Cube, Snoop Dogg e Run DMC.

O Hip Hop chegou até mesmo ao mundo dos leilões. Desde terça-feira, um anel de rubis e diamantes que pertenceu a Tupac Shakur, um ícone da costa oeste californiana - embora nascido no Harlem - que foi assassinado em 1996, pode ser adquirido na Sotheby's. O preço estimado da joia na forma de uma coroa real varia entre $ 200.000 e $ 300.000 (entre R$ 959,890 e R$ 1,4 milhão, na cotação atual).

Dois esqueletos reconstruídos de dinossauros, um deles de uma espécie associada ao lendário monstro do Lago Ness, serão leiloados em 26 de julho na Sotheby's, em Nova York, anunciou a empresa nesta terça-feira (11).

Batizada de "Nessie", esta espécie rara de plesiossauros, um réptil marinho, tem o valor estimado de entre 600 e 800 mil dólares (entre 2,9 e 3,8 milhões de reais, na cotação atual). Um aumento considerável, em comparação aos 456 mil euros (2,4 milhões de reais, na mesma cotação) pagos em 2010 em Paris, em outro leilão organizado pela Sotheby's. Naquela ocasião, o esqueleto pertencia ao antigo acervo de um museu privado alemão, de acordo com o catálogo da organização.

Descoberto em 1990 em Blockley, em Gloucestershire (Reino Unido), "cerca de 75%" do esqueleto está preservado, o que é considerado "excepcional", segundo Cassandra Hotton, diretora do departamento de ciências e cultura popular da Sotheby's.

Com um pescoço longo, o plesiossauro é associados na cultura contemporânea ao monstro do Lago Ness, uma lenda do folclore escocês, ainda que esta teoria tenha sido refutada por cientistas.

A Sotheby's o colocará à venda em 26 de julho, em Nova York, junto ao esqueleto de um pteranodon, um réptil voador com 6 metros de envergadura, com valor estimado entre 4 e 6 milhões de dólares (entre 19,4 e 29,2 milhões de reais).

Os dinossauros costumam ser estrelas frequentes em leilões. O recorde de vendas é o de um esqueleto de Tiranossauro Rex, vendido em 2020 por 31,8 milhões de dólares (154,9 milhões de reais).

Depois de mais de meio século fazendo história na música com canções como "Hotel California", o grupo de rock Eagles anunciou, nesta quinta-feira (6), uma turnê de despedida que começará em 7 de setembro no Madison Square Garden, em Nova York.

O grupo anunciou 13 datas iniciais e garantiu que "fará tantos shows em cada mercado conforme a demanda do público", antecipando que a turnê se estenderá até 2025.

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"Os Eagles tiveram uma odisseia milagrosa de 52 anos, apresentando-se para todos os tipos de público ao redor do mundo", comemora o comunicado da banda.

"Nossa longa carreira durou muito mais do que qualquer um de nós poderia ter sonhado. Mas tudo tem seu tempo, e chegou a hora de fecharmos o ciclo", acrescenta.

Segundo a nota, a última turnê foi nomeada "The Long Goodbye" (O longo adeus) e reunirá roqueiros veteranos, como Steely Dan e Deacon Frey, filho de um dos fundadores do grupo, Glenn Frey.

A banda, que vendeu mais de 150 milhões de discos em todo o mundo, coleciona seis Grammys, um prêmio honorário Kennedy Center e também foi incluída no Hall da Fama do Rock and Roll em seu primeiro ano de elegibilidade.

"Esperamos ver todos que pudermos antes de terminarmos", continua o grupo. "O mais importante é que agradecemos de todo o coração por abraçarem esta banda e sua música".

"No fim das contas, vocês são a razão pela qual conseguimos continuar por mais de cinco décadas. Este é o nosso canto do cisne, mas a música continua e continuará", conclui o comunicado.

A incidência de tubarões na costa de Long Island, em Nova York, nos Estados Unidos, voltou a preocupar as autoridades locais. Nessa semana, quatro ataques foram registrados em dois dias. 

Na segunda (3) e na terça (4), quatro banhistas foram mordidos na praia. De acordo com o relato de uma das vítimas, um homem de 47 anos, a água estava na altura do peito no momento do ataque. 

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A abertura de uma das praias mais populares do estado chegou a ser atrasada pelas autoridades antes dos ataques da terça, após drones identificarem a presença de cerca de 50 tubarões perto da areia, informou a CBS New York

O comissário da Polícia de Suffolk, Rodney Harrison, afirmou que a preocupação vem desde o verão do ano passado, quando oito incidentes com tubarão foram registrados em Long Island. "Tivemos uma temporada no ano passado em que seis nadadores foram mordidos por tubarões, então isso se tornou um pouco preocupante", disse à WABC

"Ele estava pedindo ajuda aos gritos". Quase três semanas depois da morte por asfixia de Jordan Neely, causada por um passageiro no metrô de Nova York, familiares e amigos se despediram dele em um funeral carregado de emoção no Harlem, que virou um clamor por justiça.

O pai, os avós maternos, tias e tios, foram os últimos a se despedir de Neely, um homem negro de 30 anos que ganhava a vida imitando Michael Jackson nas ruas da metrópole, na igreja batista Mount Neboh, no Harlem.

Neely morreu asfixiado pelo ex-fuzileiro naval Daniel Penny, de 24 anos, que o imobilizou com uma chave de pescoço, pouco depois que o imitador havia entrado no metrô gritando que estava sentindo fome e sede, no dia 1º de maio.

A morte de Neely colocou em evidência os problemas de saúde mental de muitas pessoas sem-teto, além do medo e da insegurança, particularmente no metrô, e a desigualdade socioeconômica nesta metrópole de 8,5 milhões de habitantes. E também o viés racial dos órgãos de justiça.

Em sua homilia, o reverendo Al Sharpton - fundador da organização National Action Network, que defende os direitos civis e uma justiça igualitária para todos, e arcou com as despesas do funeral e do enterro de Neely - não poupou críticas à política social de Nova York, o templo do capitalismo.

"A parte triste, a parte mórbida, é que Jordan esteve asfixiado durante a maior parte de sua vida", disse Sharpton.

"Jordan estava pedindo ajuda aos gritos", ressaltou, antes de recordar que "as pessoas com problemas mentais [...] são criminalizadas. Elas precisam de ajuda, e não de abusos", acrescentou o reverendo, em meios aos aplausos do público que lotou a igreja.

"Sem justiça, não existe paz", entoavam os presentes, entre os quais estava a congressista democrata de esquerda por Nova York, Alexandria Ocasio-Cortez. Ela foi uma das primeiras vozes a pedir a responsabilização de Daniel Penny, que, depois de ser interrogado pela morte de Neely, foi inicialmente liberado sem acusações.

Diante do clamor de muitas organizações de defesa dos direitos humanos e movimentos políticos de esquerda, a Justiça nova-iorquina indiciou Penny por homicídio culposo em segundo grau no dia 12 de maio. O ex-militar responderá em liberdade após pagar uma fiança de 100.000 dólares (cerca de R$ 500.000).

Uma campanha lançada para arrecadar recursos para sua defesa somava cerca de US$ 2,6 milhões (quase R$ 13 milhões) nesta sexta-feira.

Na homilia, Sharpton também arremeteu contra o governador conservador da Flórida, Ron DeSantis, apontado como um dos pré-candidatos do Partido Republicano para as eleições presidenciais de 2024 e que havia classificado Penny de "bom samaritano".

"O bom samaritano ajuda a quem tem problemas, não os asfixia", declarou o religioso.

Neely, que perdeu a mãe quando tinha 13 anos, assassinada brutalmente, tinha um histórico de problemas mentais e diversas passagens pela polícia, a maioria delas por delitos menores.

Aos 18 anos, e após anos de prática, passou a imitar as danças de Michael Jackson como forma de ganhar a vida.

"Ele atuava diante de milhares de pessoas nas ruas de Nova York e no metrô, onde era bem conhecido e amado", diz o panfleto distribuído aos presentes com o programa do funeral e fotografias de diferentes fases de sua vida.

O suposto assassino do jovem negro Jordan Neely, um artista de rua imitador de Michael Jackson, de 30 anos, ocorrida em 1º de maio no metrô de Nova York, entregou-se à polícia nesta sexta-feira (12), antes de ser formalmente indiciado pela Promotoria por homicídio culposo em segundo grau.

Daniel Penny, um ex-sargento do Corpo de Fuzileiros Navais de 24 anos, entregou-se em uma delegacia de polícia do sul de Manhattan, antes de comparecer perante um juiz do Tribunal Criminal de Manhattan para ouvir as acusações feitas contra ele pela Promotoria.

Penny dominou e estrangulou Neely, que entrou no vagão do metrô gritando que estava com fome e sede e "exausto". O episódio lembrou a morte do afro-americano George Floyd em 2020, por asfixia, sob a pressão do joelho de um policial, dando origem ao movimento "Black Lives Matter".

De acordo com o IML de Nova York, Neely morreu de "compressão" do pescoço, resultando em "homicídio".

A polícia confirmou que, ao chegar ao local, os policiais "encontraram um homem de 30 anos inconsciente que foi levado para o hospital Lenox Hill Health Plex, onde foi declarado morto".

A morte deste jovem sem-teto, com problemas mentais e conhecido da polícia por dezenas de detenções, gerou inúmeros protestos na cidade, exigindo justiça para o responsável.

Em uma gravação feita pelo jornalista mexicano Juan Alberto Vázquez, vê-se uma pessoa imobilizando a vítima e outras pessoas ao seu redor, conversando com ela e verificando seu pulso.

Nova York debate como reduzir o número de pessoas com problemas de saúde mental que vivem nas ruas. Em novembro passado, o prefeito Eric Adams anunciou um plano de internação forçada para moradores de rua com graves problemas psiquiátricos, agravados pela pandemia da covid-19.

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