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A estimativa do número de desaparecidos após o forte terremoto que abalou o centro do Japão em 1º de janeiro triplicou nesta segunda-feira (8) e passa de 300, um balanço ainda provisório que, até momento, confirmou a morte de 168 pessoas.

Uma semana após o terremoto de magnitude 7,5, que também deixou 565 feridos, 323 pessoas estão desaparecidas, de acordo com um novo relatório das autoridades locais publicado nesta segunda-feira.

A maioria das pessoas, das quais não se tem notícias, é da cidade de Wajima, uma das mais afetadas pela catástrofe, na península de Noto, às margens do Mar do Japão. A cidade também foi palco de graves incêndios em decorrência do sismo.

Seguido por centenas de tremores secundários, o terremoto causou milhares de deslizamentos de terra e o desabamento de edifícios e estradas em toda a região. Também desencadeou um tsunami com ondas de mais de um metro de altura na costa da península de Noto, uma estreita faixa de terra com cerca de 100 quilômetros de extensão.

O tremor foi sentido até Tóquio, a 300 km de distância.

Milhares de equipes de resgate chegaram de diferentes pontos do país para apoiar os esforços de socorro e continuam as buscas nos escombros à procura de corpos.

Na segunda-feira, tiveram de lidar com a queda de neve na península de Noto, que depositou camadas de mais de 10 cm em alguns locais, e com temperaturas que não ultrapassaram os 4°C.

Teme-se a ocorrência de novos deslizamentos de terra, devido às chuvas, e espera-se que as condições de gelo compliquem ainda mais o tráfego nas estradas danificadas pelo terremoto, advertiram as autoridades.

Os serviços de resgate também continuam seus esforços para chegar a mais de 2.000 pessoas, algumas das quais se encontram em estado crítico, isoladas por estradas afetadas pelo terremoto, e para lhes entregar comida e equipamento.

O governador da província de Ishikawa, Hiroshi Hase, sublinhou no canal de televisão público NHK que é necessário "evitar a todo o custo mortes" entre os deslocados pelo desastre.

Cerca de 29.000 pessoas permaneciam abrigadas no domingo em 404 instalações oferecidas pelo governo.

- Situação crítica de saúde -

"Levar o mínimo de ajuda humanitária às pessoas para que possam sobreviver é um desafio", explicou Hisayoshi Kondo, chefe de uma equipe de assistência médica enviada para a zona, em entrevista ao canal de televisão Asahi, acrescentando que, "nas zonas isoladas, o abastecimento de água e de alimentos continua insuficiente".

Pelo menos 18.000 casas na região de Ishikawa seguiam sem eletricidade nesta segunda-feira, e mais de 66.100 não tinham água no domingo. E, de acordo com a imprensa local, das 29.000 vítimas instaladas em abrigos governamentais, muitas não tinham água, eletricidade e aquecimento suficientes.

"Quero melhorar as más condições nos abrigos", disse Hase à NHK.

"A primeira prioridade tem sido resgatar as pessoas que estão sob os escombros e chegar às comunidades isoladas", declarou o primeiro-ministro Fumio Kishida em uma entrevista ao mesmo canal no domingo.

O Exército enviou pequenos grupos de tropas a pé para cada uma das comunidades isoladas, relatou.

O governo também "mobilizou vários helicópteros da polícia e dos bombeiros (…) para acessá-las do céu", acrescentou Kishida.

O Japão registra centenas de terremotos todos os anos, e a maioria não causa danos, em função dos rígidos códigos de construção em vigor há mais de quatro décadas. Muitas das construções do país são, no entanto, antigas, especialmente em comunidades de zonas rurais como Noto.

O Japão ainda guarda a memória do devastador terremoto de 2011 que desencadeou um tsunami, deixou cerca de 18.500 mortos, ou desaparecidos, e causou uma catástrofe nuclear na central de Fukushima.

O Palácio do Planalto atualizou neste domingo (15) o número e informou que um grupo de 32 pessoas permanece abrigado nas cidades de Rafah e Khan Yunis, em Gaza, aguardando autorização para cruzar a fronteira com o Egito, de onde serão trazidos para o Brasil em avião da Presidência da República. Mais cedo, o governo brasileiro havia informado que eram 28 pessoas.

De acordo com a nota, são 22 brasileiros, sete palestinos com visto temporário ou autorização de residência no Brasil e mais três palestinos parentes próximos dos brasileiros. No grupo estão 17 crianças, nove mulheres e seis homens.

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O avião da Presidência da República que resgatará o grupo está em Roma, na Itália, desde a última sexta-feira (13). A aeronave aguarda a liberação do governo egípcio.

No sábado (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, para solicitar apoio à retirada dos brasileiros que aguardam autorização para deixarem a Faixa de Gaza pela fronteira com aquele país.

Na ligação, que ocorreu às 15h10, Lula informou a al-Sissi que, assim que os brasileiros cruzarem a passagem de Rafah, serão acompanhados pelo embaixador do Brasil no Egito até o aeroporto de Arish, onde embarcarão imediatamente em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) com destino ao Brasil. De acordo com o Palácio do Planalto, Lula também voltou a enfatizar a importância de se criar um corredor humanitário para a saída dos estrangeiros que querem retornar a seus países.

Mais de 110 milhões de pessoas vivem atualmente em situação de deslocamento ou exílio forçado, anunciou a ONU, que considera o número recorde uma "acusação" contra o estado do mundo.

A guerra na Ucrânia, o aumento dos refugiados do Afeganistão e os combates no Sudão elevaram os números de maneira dramática nos últimos meses, destaca o relatório do Alvo Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

O número de deslocados e refugiados, 108,4 milhões no fim do ano passado, registrou aumento de quase dois milhões desde então devido ao conflito no Sudão, afirma o relatório.

Desde o fim de 2021, a quantidade de pessoas em situação de deslocamento forçado, dentro ou fora de seus países, aumentou em 19,1 milhões, o avanço mais expressivo desde que a agência da ONU começou a publicar os balanços, em 1975.

O número de 110 milhões foi alcançado em maio.

"Há 110 milhões de pessoas que fugiram de suas casas devido a conflitos, perseguições, discriminações e violência, muitas vezes combinados com outros motivos e, em particular, com o impacto da mudança climática", afirmou o diretor do ACNUR, Filippo Grandi, em uma entrevista coletiva em Genebra.

"Os números são uma verdadeira acusação contra o estado de nosso mundo", acrescentou.

- Número em alta -

Em 2022 o balanço do ACNUR registrou 35,3 milhões de pessoas que buscavam refúgio em outros países e 62,5 milhões de deslocados internos.

Também foram registrados 5,4 milhões de demandantes de asilo e 5,2 milhões de pessoas, principalmente venezuelanas, que solicitaram proteção internacional.

"Temo que o balanço continuará aumentando", disse Grandi.

Os deslocados e refugiados enfrentam um "ambiente mais hostil, praticamente em todos os lugares, em particular quando trata-se de refugiados", afirmou.

Os governantes devem "convencer a opinião pública de que há pessoas que merecem obter proteção internacional", acrescentou.

- Pedir asilo "não é crime" -

Grandi afirmou que o plano do governo do Reino Unido de enviar solicitantes de asilo para Ruanda "não é uma boa ideia".

As respostas dos Estados Unidos são mais complexas, mas o ACNUR está "preocupado" com as novas dificuldades que os aspirantes de asilo enfrentam no país, destacou o diplomata italiano.

No mês passado entrou em vigor nos Estados Unidos uma norma que obriga os migrantes a solicitar uma consulta por meio de um aplicativo para smartphone (CBP One) ou a aproveitar programas de reunificação familiar ou permissões humanitárias para cotas de venezuelanos, haitianos, nicaraguenses e cubanos.

Nos dois casos, o pedido de asilo deve ser processado antes da chegada aos pontos de entrada do país.

Ao mesmo tempo, Grandi elogiou o acordo anunciado este mês pela União Europeia (UE) que pretende reduzir as tensões entre os 27 países membros e dar uma resposta "relativamente justa" às pessoas em deslocamento.

O acordo obriga todos países da UE a receber um determinado número de solicitantes de asilo procedentes de outro país do bloco que enfrenta uma grande pressão migratória ou a fazer uma contribuição financeira em caso de recusa.

Grandi fez um apelo para que UE, Estados Unidos e Reino Unido "mantenham suas portas abertas".

"Os demandantes de asilo não devem ser detidos. Pedir asilo não é crime", destacou.

- Medo pelo Sudão -

Grandi pediu uma ação global urgente para aliviar as causas e os impactos dos deslocamentos e afirmou que a situação financeira do ACNUR "não é boa este ano".

Os apelos da agência da ONU para enviar ajuda aos deslocados internos no Sudão conseguiram arrecadar apenas 16% dos fundos esperados. As doações para ajudar os países que acolheram os refugiados registraram apenas 13% da quantia necessária.

Quase 470.000 pessoas fugiram do país africano desde o início dos combates entre a junta militar no poder e grupos paramilitares em meados de abril e 1,4 milhão de sudaneses se tornaram deslocados internos.

O balanço do ACNUR também registrava no fim do ano passado 6,5 milhões de refugiados sírios, incluindo 3,9 milhões que vivem na vizinha Turquia.

Também havia 5,7 milhões de refugiados ucranianos, que fugiram após o início da invasão russa em fevereiro de 2022, na maior onda de refugiados na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

No ano passado, 339.000 refugiados retornaram para seus países e 5,7 milhões de deslocados internos voltaram para suas casas.

Os países que mais receberam refugiados em 2022 foram Turquia (3,6 milhões), Irã (3,4 milhões, Colômbia (2,5 milhões), Alemanha (2,1 milhões) e Paquistão (1,7 milhão).

Não é só o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que tem visto queda significativa de inscritos. Tradicionais vestibulares de universidades paulistas - como a Fuvest, da USP, o da Unicamp e o da Unesp - também vêm perdendo candidatos nos últimos anos.

Uma explicação é o próprio teste federal, que passou a ser usado por essas instituições na oferta de parte das vagas. Outros fatores são os impactos da pandemia, que trouxe déficits de aprendizagem e desestímulo para muitos jovens, sobretudo os mais pobres, que veem nas provas desafio inalcançável, e decidem nem tentar. A necessidade de trabalhar também deixa o sonho do diploma mais distante.

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Nas universidades estaduais de Campinas (Unicamp) e Paulista (Unesp), o total de concorrentes é o menor desde 2012: 61,6 mil e 67,5 mil, respectivamente. Já o total de candidatos na Universidade de São Paulo (USP) atingiu o menor índice em 2021, com 110,7 mil inscritos. Neste ano, a Fuvest, cuja 1ª fase será realizada neste domingo, 4, registrou ligeiro aumento, de quase 4 mil vestibulandos, mas ainda distante dos 172 mil registrados em 2013.

"É um grande quebra-cabeça, com várias peças", avalia o coordenador do Curso Anglo, Madson Molina. "Difícil falar de pandemia e não citar também o cenário econômico. Tem muitos alunos que abandonaram o projeto do ensino superior porque tinham de trabalhar. Um jovem que naturalmente seguiria para o ensino superior, mas precisou ir direto para o mercado de trabalho", avalia ele, que também vê impacto da transição etária no Estado, com a diminuição da quantidade de adolescentes.

A abrangência do Enem, outro dos motivos destacados por Molina, facilitou e barateou a vida dos vestibulandos. Antes, era preciso fazer várias provas, geralmente com poucos dias de diferença, pagar várias taxas de matrícula e até viajar para tentar a sorte em mais de uma instituição. Hoje, apenas com a nota do exame federal é possível concorrer no País todo.

"Acaba sendo uma estratégia dos candidatos de se dedicarem a uma prova de amplitude nacional e não perderem recursos de tempo com provas regionais, que não sabem terão bom desempenho", ressalta Mônaco, diretor-executivo da Fuvest.

Alta exigência assusta

Além disso, o nível de exigência das provas paulistas assusta Lívia Cabral, de 17 anos, que mira uma vaga em Medicina. Ela fez a Unicamp e achou o teste mais difícil do que nos anos anteriores - agora conta as horas para a Fuvest. "A dificuldade elevada não acompanha o nosso ritmo de pandemia em EAD (ensino a distância)", diz.

Com acesso à internet e computador próprio, a jovem ainda conseguia acompanhar as aulas remotas na pandemia. Mas segundo o Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), porém, 28,2 milhões de brasileiros de 10 anos ou mais não usavam a internet em 2021, sendo 3,6 milhões deles estudantes.

Rayssa Campos, da mesma idade e colega de Lívia no COC de Araraquara, no interior paulista, desistiu das universidades estaduais e prefere focar no Enem e em cursos privados. "Medicina nestas faculdades (USP, Unicamp e Unesp) é desumano, você tem de praticamente gabaritar a prova", opina a jovem, que diz não ter como ficar quatro ou cinco anos em um pré-vestibular.

"A Fuvest é difícil mesmo. Ela precisa ser difícil, porque o número de interessados é bastante grande. Se fazemos uma prova muito fácil, isso tem um impacto complicado, que é um número elevado de empates, o que deixa tudo ainda mais complexo", justifica Mônaco, da Fuvest.

Diretor da Comissão Permanente para o Vestibular da Unicamp (Comvest), José Alves atribui à covid e ao longo período de escolas fechadas grande parte da redução de inscritos. "Isso levou estudantes a ficarem mais desestimulados, é um processo seletivo exigente. Muitos candidatos talvez tenham se sentido pouco preparados para poder enfrentar uma maratona, como essa no caso da Unicamp", destaca.

Segundo Alves, foi justamente a carreira de Medicina, uma das mais disputadas na maioria dos processos seletivos, a principal responsável pela queda de inscritos deste ano. Para a entrada em 2023, a relação candidato/vaga para este curso é de 294. Embora alto, essa taxa na edição anterior era de 325 por vaga, ou seja, são 30 estudantes a menos na disputa por uma cadeira.

E como trazer mais alunos?

Mesmo com a alta cobrança de conteúdos e a possibilidade de fazer a prova perto de casa, a baiana Mariana Neri, de 16 anos, decidiu viajar para São Paulo, com uma amiga, com o objetivo de encarar a Fuvest. "O Enem dá poucas vagas para entrar na USP. Acredito que fazendo o vestibular tenho mais chances, por ter mais vagas", aposta.

Para 2023, a USP oferece oferecerá 11.147 vagas. Desse total 8.230 destinadas para seleção por meio da Fuvest e 2.917 vagas, pelo Enem. "De qualquer formam a gente também passeia e conhece a cidade", brinca Mariana, que também pretende se formar como médica na universidade paulista.

Ainda segundo ele, a ligeira alta nesta edição é fruto de uma série de novas ações conduzidas pela fundação. Dentre elas, destaca presença mais forte nas redes sociais e a visita de ex-alunos da USP vindos da rede pública às escolas que frequentaram para incentivar a inscrição dos adolescentes.

"Começamos essa movimentação e intensificamos, sobretudo na 2ª metade de setembro, porque percebemos impacto bastante positivo no número de inscrições que entravam nos dias seguintes das escolas visitadas", conta Mônaco.

Vaga no exterior também tira alunos das paulistas

Se na maior parte dos casos a baixa renda das famílias é um obstáculo determinante no caminho de jovens pobres até a universidade, do outro lado a perspectiva de ir para fora do País atrai estudantes de escolas particulares de São Paulo.

Lucas Faro, de 17 anos, é um deles. Aluno do colégio Pentágono, o jovem até se inscreveu na Fuvest, mas "apenas por fazer", em suas palavras. A meta dele é ser aceito em uma universidade dos Estados Unidos ou do Canadá, onde pretende se especializar na área de Economia e Ciência Política. Para se dedicar aos planos no exterior - o processo de admissão envolve também entrevistas e o envio de cartas -, ele abriu mão das provas de Unicamp e Unesp.

O Enem também se tornou uma porta de acesso a instituições de ensino superior no exterior. Por meio de acordos com o governo brasileiro, 51 instituições de ensino portuguesas aceitam a prova no processo de admissão, entre elas as universidades de Coimbra, do Porto e de Lisboa.

Vice-diretor de Inovações Pedagógicas do Pentágono, Bruno Alvarez acena que há ainda o movimento de ficar em São Paulo, mas optar por uma instituição de ponta na rede privada. Entre os nomes mais citados por especialistas, estão as faculdades do Einstein, FGV, Insper e ESPM. "Já ouvi muito um discurso de preferir uma universidade particular na capital do que ir para Unicamp, Unesp, ou até a USP de Ribeirão Preto", conta.

Em razão da realização da primeira fase da Fuvest neste domingo, 4, o trânsito na cidade de São Paulo passará por alterações. O tradicional fechamento da Avenida Paulista para carros só começará a vigorar a partir das 13h. Além disso, ciclofaixas de lazer passarão por adaptações de funcionamento e a circulação de ônibus será reforçada para os locais de prova.

Não serão ativadas as ciclofaixas de lazer da Praça Panamericana à Avenida Afrânio Peixoto, "compreendendo a Ponte Cidade Universitária e a Rua Alvarenga, e as Avenidas Afrânio Peixoto (acesso à Portaria 1 da USP) e Valdemar Ferreira", explicou a Prefeitura.

Após as 13h, serão ativadas as ciclofaixas da Avenida Paulista, entre a Praça Osvaldo Cruz e a Rua da Consolação, em ambos os sentidos, e da Avenida Bernardino de Campos, entre as ruas Vergueiro e do Paraíso.

Durante o dia, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) avisou que estará acompanhando trânsito a fim de manter a fluidez e facilitar a chegada dos estudantes ao local de prova.

SPTrans reforça os ônibus

A SPTrans divulgou uma listagem de linhas que circulam pelos locais de prova da primeira fase. Além disso, a responsável pelo transporte público da capital também garantiu o reforço na operação de duas linhas que realizam o percurso entre a Estação Butantã e a USP para atender aos candidatos.

As linhas 8012/10 e 8022/10, denominadas Metrô Butantã - Cidade Universitária, circulam no interior da Cidade Universitária e serão reforçadas com 10 viagens extras.

Para quem utiliza o Bilhete Único para viajar nos transportes, a companhia lembra que, aos domingos, quem possui o Bilhete Único Estudante pode utilizar até quatro ônibus diferentes em um período de duas horas. Já quem tem o Bilhete Único com créditos comuns pode utilizar até quatro ônibus, em um período de oito horas durante o domingo e feriados, pagando somente uma passagem.

O Partido Liberal (PL) concedeu ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP) o número de campanha 2222. O registro antes pertencia ao deputado federal Tiririca (SP), que disputou com a sequência nas urnas desde 2010, por três mandatos. Agora, o comediante, que já foi o congressissta mais votado do país e acumula eleições com marcas superiores a um milhão de votos, deve seguir a candidatura sob o número de campanha 2255.

A decisão havia sido tomada em maio e causou incômodo em Tiririca, segundo a repercussão à época. A oficialiazação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porém, aconteceu apenas nesta quarta-feira (9). O parlamentar chegou a afirmar que desistiria de sua candidatura à reeleição caso o número fosse cedido a Eduardo. 

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"Aconteceram umas coisas com o partido que me deixaram meio chateado. Estão querendo pegar meu número para dar para o Eduardo Bolsonaro", disse, em maio. "Se for verdade, vou desistir da eleição. Isso é como transferir boa parte dos meus votos para Eduardo Bolsonaro”. 

Em resposta, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, afirmou, à época, que o martelo estava batido e que o número seria transferido para Bolsonaro. "O Tiririca é muito importante para o PL. Mas, se ele desistir de ser candidato, paciência", declarou o líder partidário. 

O novo número de campanha de Eduardo deve acompanhar a sequência também escolhida para a candidatura à reeleição do seu pai, Jair Bolsonaro, com o número 22. Com o “2222”, Tiririca venceu as eleições de 2010, 2014 e 2018. Foram Tiririca recebeu 445.521 votos por São Paulo na última eleição. O congressista foi o deputado mais votado no Brasil em 2010, com 1.348.295 dos votos pelo Estado, e reeleito na eleição seguinte, em 2014, novamente ultrapassando um milhão de votos. 

 

O número de mortos no desabamento de um prédio no centro da China subiu para 53, informou a imprensa estatal nesta sexta-feira, ao encerrar os trabalhos de resgate.

"As pessoas presas e incomunicáveis após o acidente foram todas encontradas", destacou a emissora estatal CCTV. "Dez pessoas foram resgatadas, e 53, morreram", acrescentou.

A oficial municipal Wu Guiying pediu desculpas à sociedade pelo acidente nesta sexta-feira, e disse que estava "extremamente angustiada".

A 10ª pessoa resgatada foi retirada dos escombros por volta da meia-noite desta quinta-feira, após passar quase seis dias soterrada. O número de mortos no desabamento divulgado anteriormente era de 26.

A estrutura destruída abriu um buraco na paisagem urbana densa de Changsha.

Desabamentos de prédios não são incomuns na China, devido aos padrões fracos de segurança e construção, bem como à corrupção entre os funcionários encarregados da fiscalização.

A prefeitura de Mariupol, na Ucrânia, divulgou neste domingo (13) que 2.187 pessoas morreram na cidade desde o início da invasão russa, e 24 de fevereiro.

De acordo com um comunicado divulgado no Telegram, as vítimas foram mortas pelas forças russas e por "bombardeios impiedosos de bairros residenciais".

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No último período de 24 horas, foram registrados pelo menos 22 bombardeios contra alvos civis e caíram mais de 100 bombas na cidade estratégica situada às margens do Mar de Azov.

"Os ocupantes atacam cinicamente e deliberadamente edifícios residenciais, áreas densamente povoadas, destroem hospitais infantis e infraestrutura urbana. Até o momento, 2.187 habitantes de Mariupol foram mortos em ataques russos", disse o prefeito da cidade no Telegram.

Nos últimos dias, o vice-prefeito de Mariupol, Serhiy Orlov, chegou a afirmar que mais de 1,2 mil corpos foram enterrados em valas comuns.

Da Ansa

O número de mortos na cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, subiu para 204, segundo informações do Corpo de Bombeiros.

A corporação confirmou que 204 pessoas foram mortas em função das fortes chuvas que atingiram o município fluminense na semana passada. Além disso, pelo menos 51 indivíduos estão desaparecidos.

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Assim como em outros dias, as operações de busca das equipes de resgate foram afetadas na quarta-feira (23) em função da chuva.

Na terça (22), por exemplo, as ruas da Cidade Imperial ficaram novamente alagadas e as ações dos bombeiros foram interrompidas.

As autoridades confirmaram que pouco mais de 810 pessoas estão recebendo atendimentos da Assistência Social, tanto que 13 escolas foram abertas pelo município para acolher a população local que mora nas áreas de risco.

Com mais de 200 mortos, essa foi a maior tragédia da história de Petrópolis, tendo superado as chuvas de 1998, quando mais de 130 pessoas faleceram por conta dos deslizamentos e enchentes.

Da Ansa

A Prefeitura do Recife divulgou nesta sexta-feira (11) que a média de positividade da Covid-19 na cidade caiu cerca de 30% nas últimas três semanas. O Executivo garante que a redução é resultado do empenho e trabalho de conscientização realizados junto à população recifense. 

Segundo a prefeitura, do dia 23 a 29 de janeiro foram realizados 21.342 testes rápidos nos centros de testagem e nas unidades de saúde da capital. Desse total, 10.229 foram positivos, o que corresponde a 47,9%. Na semana seguinte, de 30 de janeiro a 5 de fevereiro, 39.968 testes foram feitos, com resultado positivo em 13.986, ou seja, 35%.  

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Com os dados dos últimos dias, a Prefeitura do Recife também constatou a tendência de  queda progressiva. No dia 3 deste mês, o percentual de positividade, somando os centros de testagem e as oito unidades de saúde, estava em 33,4%. No dia seguinte, caiu para 25,9%. No dia 7, estava em 25,2%. Já no último dia 9, o índice de positividade chegou a 22,2%. De 3 a 9 deste mês, a média ficou em 25,8%.

Atualmente, a Secretaria de Saúde do Recife tem capacidade para realizar 11.700 testes rápidos de antígeno por dia. Este número foi ampliado em 30% nos últimos dias, quando a Prefeitura já oferecia uma média de nove mil testes rápidos diariamente. A cidade conta com 13 centros exclusivos de testagens para o diagnóstico de covid-19, além de oito unidades de saúde onde também é possível realizar o exame, totalizando 21 pontos na cidade. 

O número de fumantes diminuiu constantemente nos últimos anos, mas os esforços para combater o tabagismo devem continuar diante do ativismo da indústria do tabaco, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em 2020, 1,3 bilhão de pessoas consumiam tabaco no mundo, 20 milhões a menos do que há dois anos, segundo novo relatório da instituição.

A queda deve continuar até 2025, quando são esperados cerca de 1,27 bilhão de fumantes, ou seja, aproximadamente 20% da população mundial com mais de 15 anos.

Em 2000, a proporção era de quase um terço.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, comemorou o declínio, mas advertiu que "há um longo caminho a percorrer e a indústria do tabaco fará o que for preciso para defender os enormes lucros que obtém com a venda de seu produto mortal."

Segundo estatísticas da OMS, o tabaco mata mais de 8 milhões de fumantes a cada ano e 1,2 milhão de pessoas morrem devido ao tabagismo passivo.

O número de mortos continuará aumentando, apesar da redução no consumo, "porque o tabaco mata lentamente".

A OMS comemora o fato de 60 países estarem no caminho certo para atingir a meta de redução voluntária do consumo de 30% entre 2010 e 2025. É quase o dobro do que há dois anos.

"Estamos vendo grandes avanços em muitos países", disse Ruediger Krech, que dirige o departamento de promoção da saúde da OMS, ao afirmar que "essa conquista é frágil".

Segundo o relatório, com apenas US$ 1,68 de investimento per capita em medidas de acompanhamento para o abandono do tabagismo, 152 milhões de fumantes poderiam parar de fumar até 2030.

Embora os números - que não incluem os cigarros eletrônicos, que têm grande adesão - estejam diminuindo, o relatório aponta que 36,7% dos homens e 7,8% das mulheres no mundo continuavam usando o tabaco no ano passado.

A isso se somam 38 milhões de jovens entre 13 e 15 anos, ou seja, 10% do total de adolescentes dessa faixa etária.

Na Europa, 18% das mulheres continuam a usar tabaco, consideravelmente mais do que em todas as outras regiões do mundo, e "as mulheres europeias estão reduzindo seu uso mais lentamente" do que no resto do mundo.

A região oeste do Pacífico deve ter a maior taxa de consumo masculino em 2025 (45%).

A Igreja Católica conta com 1,34 bilhão de fiéis em todo o mundo, um número que cresceu em todos os continentes, com exceção da Europa, segundo as estatísticas publicadas nesta quinta-feira (21) pelo Vaticano.

Em 31 de dezembro de 2019, o número de católicos chegava a 1.344.403.000, ou seja 15.410.000 pessoas a mais em relação ao ano anterior, segundo os dados coletados pela agência Fides, o órgão de informação dos missionários católicos.

Em 2009, dez anos atrás, a agência Fides contabilizou 1.180.665.000 católicos.

A Europa registrou uma queda de 292.000, enquanto a África registrou o maior aumento (+8,3 milhões), seguida pelas Américas (+5,3 milhões), Ásia (+1,9 milhão) e Oceania (+118.000).

Nas Américas, não foi especificada a quantidade para América do Norte e do Sul.

No total, os católicos representam 17,74% da população mundial, calculada em 7.577.777.000.

O número de padres foi estabelecido em 414.336 (+271 em relação a 2018), mas diminuiu na Europa (-2.608), América (-690) e Oceania (-69).

Já África (+1,649) e Ásia (+1,989) registraram um aumento dos padres, o que confirma que o futuro da Igreja se encontra nesses dois continentes e compensa o declínio na Europa e nas Américas.

Há dez anos, em 2009, Fides fez a mesma observação sobre a Europa, com uma queda do número de padres (-1.674).

Novamente foi registrada uma crise vocacional, já que o número de seminaristas está em 114.058, com uma queda de 1.822. Somente a África registrou um aumento (+509).

A Igreja Católica foi abalada nos últimos anos por vários escândalos de abusos sexuais contra menores cometidos por religiosos.

As estatísticas foram retiradas do último "Anuário Estatístico da Igreja" e oferecem uma visão geral da Igreja Católica no mundo, devido à 95ª Jornada Mundial dos Missionários que se acontece no domingo.

Os efeitos da pandemia de Covid-19 nos serviços de saúde estão destruindo anos de combate à tuberculose e, pela primeira vez em mais de dez anos, as mortes por essa doença estão aumentando, alertou a OMS nesta quinta-feira (14).

A situação não parece melhorar: um número crescente de pessoas não sabe que tem a doença, para a qual há tratamento e pode ser curada, afirma a Organização Mundial da Saúde (OMS) em seu relatório anual sobre tuberculose, que abrange 2020.

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A OMS estima que cerca de 4,1 milhões de pessoas tenham tuberculose, mas não foram diagnosticadas ou não foram oficialmente declaradas, um número muito superior aos 2,9 milhões de 2019.

A pandemia de Covid-19 reverteu anos de progresso global na luta contra a tuberculose, uma doença causada por uma bactéria que afeta os pulmões.

De acordo com o relatório, no ano passado houve 214 mil mortes por tuberculose entre pessoas HIV-positivas (em comparação com 209 mil em 2019) e 1,3 milhão de mortes por tuberculose entre outros pacientes (em comparação com 1,2 milhão em 2019). Ou seja, cerca de 1,5 milhão de mortes no total, número que não era alcançado desde 2017, segundo a OMS.

"Este relatório confirma nossos temores de que a interrupção dos serviços básicos de saúde devido à pandemia reduziria a nada os anos de progresso contra a tuberculose", insistiu Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em um comunicado.

"Esta é uma notícia alarmante que deve servir como um sinal de alerta global sobre a necessidade urgente de investir e inovar para preencher as lacunas no diagnóstico, tratamento e atendimento às milhões de pessoas afetadas por esta doença evitável e tratável", acrescentou.

- Índia e Indonésia -

O aumento dos óbitos compromete a estratégia da OMS de reduzir as mortes pela doença em 90% e a taxa de incidência da tuberculose em 80% até 2030, em comparação com 2015.

De acordo com as previsões da organização, o número de pessoas que desenvolvem tuberculose e morrem pode ser "muito maior em 2021 e 2022".

Houve muitos impactos negativos: os confinamentos complicaram o acesso dos pacientes às instalações de saúde e a pandemia mobilizou profissionais da saúde e recursos financeiros e técnicos.

O número de novos diagnósticos e pacientes declarados pelas autoridades caiu para 5,8 milhões em 2020, ante 7,1 milhões em 2019.

A queda nos casos notificados é observada principalmente na Índia, Indonésia, Filipinas e China.

A oferta de tratamento preventivo para tuberculose também sofreu: cerca de 2,8 milhões de pessoas tiveram acesso em 2020, o que representa uma redução de 21% em um ano.

Além disso, o número de pessoas tratadas para tuberculose resistente a medicamentos diminuiu 15%, de 177 mil em 2019 para 150 mil em 2020, o que equivale a aproximadamente um em cada três que precisam.

Os gastos globais com diagnóstico, tratamento e prevenção da tuberculose também caíram, de US$ 5,8 bilhões para US$ 5,3 bilhões em 2020, menos da metade da meta de financiamento global, definida em US$ 13 bilhões por ano até 2022.

As tarefas de busca foram retomadas nesta segunda-feira (5) em Atami, cidade costeira na região central do Japão, onde um deslizamento de terra deixou pelo menos três mortos e dezenas de desaparecidos.

Com a ajuda de máquinas, soldados e socorristas retiravam montanhas de escombros e abriam passagem entre a lama.

Até o momento foram confirmadas três mortes, mas o balanço é considerado provisório.

Vinte pessoas são consideradas oficialmente desaparecidas. Porém, mais de 48 horas depois do deslizamento, as autoridades ainda tentam determinar o paradeiro de outras dezenas que, acredita-se, estavam na região no momento da tragédia.

"O número de pessoas das quais não temos notícias caiu agora para 80, das 113 iniciais", afirmou à AFP Hiroki Onuma, porta-voz de gestão de catástrofes em Atami.

"Estamos trabalhando duro para consolidar os números o mais rápido possível", completou.

O prefeito de Atami, Sakae Saito, anunciou no domingo que o balanço de 20 pessoas oficialmente desaparecidas era "um número baseado nas informações enviadas ao governo da localidade na fase inicial da catástrofe" e que, portanto, poderia sofrer mudanças.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, confirmou nesta segunda-feira a incerteza sobre o número de mortos e ressaltou a prioridade para a busca por sobreviventes.

"O governo nacional, ao lado das autoridades nacionais, vai determinar quantas pessoas estão desaparecidas", declarou Suga.

As equipes de resgate "estão fazendo todo o possível para salvar o maior número de pessoas, o mais rápido possível", disse o primeiro-ministro.

Quase 130 casas e outros edifícios foram destruídos ou danificados no deslizamento de terra, que atingiu uma zona residencial de Atami na manhã de sábado e deixou um cenário desolador de destruição.

As buscas, interrompidas em alguns momentos pela chuva, foram retomadas nesta segunda-feira, com a participação de socorristas, policiais e soldados.

Atami, uma cidade balneária na encosta de uma montanha, 90 km ao sudoeste de Tóquio, registrou 313 mm de chuva em 48 horas na sexta-feira e sábado, contra a média de 242 mm no mês de julho nos últimos anos.

As fortes chuvas devem continuar nesta segunda-feira no município de Shizuoka, onde fica Atami, assim como em outras áreas do Japão, informou a agência meteorológica nacional, que advertiu para a possibilidade de mais deslizamentos de terra.

Nesta segunda-feira foram emitidas ordens de evacuação não obrigatórias para 35.700 pessoas no país, principalmente no município de Shizuoka.

Grande parte do Japão está em plena temporada de chuvas, o que provoca inundações e deslizamentos de terra.

De acordo com os cientistas, o fenômeno é agravado pela mudança climática, pois a atmosfera mais quente retém mais água e aumenta o risco e a intensidade das chuvas extremas.

Nos últimos anos, o país enfrentou várias inundações recordes, com deslizamentos de terra, em diversos casos com um elevado número de vítimas.

A Índia ultrapassou oficialmente nesta quarta-feira (12) as 250.000 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia, mas os dados anunciados oficialmente neste país de 1,3 bilhão de pessoas apontam para um balanço muito maior.

De acordo com o ministério da Saúde indiano, 4.205 pessoas morreram nas últimas 24 horas, elevando o balanço total de mortos para 254.197. As infecções ultrapassam 23,3 milhões, depois de somar quase 350.000 a mais.

A nova onda sobrecarregou hospitais, crematórios e cemitérios. E embora a incidência do vírus pareça estar diminuindo nas grandes cidades, atinge duramente áreas rurais no interior, onde vivem dois terços da população.

"As mortes são muito mais numerosas do que revelam nossos dados oficiais", disse à AFP o pesquisador independente em Políticas de Saúde e Bioética Anant Bhan, para quem "mesmo um número três ou quatro vezes maior seria uma estimativa subestimada".

Os números não batem, especialmente em Gujarat (oeste), o estado natal do primeiro-ministro indiano, o nacionalista hindu Narendra Modi, e governado pelo Bharatiya Janata Party (BJP).

Em Rajkot, por exemplo, 154 mortes foram oficialmente reportadas entre 1º e 23 de abril, embora as autoridades de saúde da cidade tenham registrado 723.

No mesmo período, Bharuch declarou oficialmente 23 mortos, mas, de acordo com funcionários de crematórios e cemitérios, 600 funerais foram realizados no total.

- Sem coveiros suficientes -

O chefe de Governo regional de Gujarat, Vijay Rupani, garantiu que estavam seguindo as orientações do Conselho Indiano de Pesquisa Médica, estipulando que apenas mortes "diretamente provocadas" pela covid-19 podem ser registradas como tal.

Em contrapartida, os óbitos relacionados à coexistência de duas ou mais doenças no mesmo indivíduo (comorbidade) não são considerados.

Em Lucknow, capital do estado de Uttar Pradesh (norte), no cemitério muçulmano de Aishbagh, o coveiro Hafiz Abdul Matee lembra que, antes da pandemia, aconteciam entre quatro a cinco enterros por dia.

"Hoje, 45 corpos de vítimas da covid foram enterrados aqui", disse à AFP. "Aumentamos o número de coveiros, mas não é o suficiente, porque os homens se cansam e adoecem", explicou.

Os números oficiais em outros estados, como Haryana (norte), também não batem com o número de enterros. De acordo com a imprensa local, o mesmo ocorre em Nova Delhi.

- "Batalha de dados" -

"Nossa estimativa é que o governo não registra 50% das mortes por covid-19", disse à AFP Jitender Singh Shanty, chefe de um dos 26 crematórios da capital.

Contactado pela AFP, o porta-voz do partido de Modi, R.P. Singh, rejeita que os números sejam subestimados e atribui a diferença às manobras políticas. "Ninguém pode esconder cifras hoje em dia".

"Na Índia, não estamos apenas lutando contra uma pandemia, mas também uma séria batalha de dados, compartilhamento de dados e transparência", comentou à AFP Rijo M. John, economista e pesquisador em saúde pública.

Para Anant Bhan, dados imprecisos tornam difícil para a população e o governo entender a pandemia. "Se os dados não são bem conhecidos, não é possível lançar uma resposta eficaz", acrescenta.

Sonalika Sahay, uma estudante universitária de 22 anos, questiona os dados oficiais: "O governo diz que (...) a situação está melhorando. Como é possível então que os corpos sejam jogados aos rios às dezenas?"

O Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE) tem novidade para o eleitor. Desde o dia 29 de abril, o "Disque Eleitor" passará a ser um canal permanente de atendimento e acesso aos serviços da Justiça Eleitoral.

A central de atendimento, que antes funcionava apenas em anos eleitorais, passará a atender o eleitor de qualquer lugar do estado, de segunda a sexta-feira, de 8 às 14 horas, apenas em dias úteis, no número (91) 3346-8100.

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O canal disponibilizado pelo tribunal vai facilitar e oferecer orientação aos eleitores sobre diversos serviços, como cancelamento de inscrição eleitoral, multas e transferências. Abaixo, veja vídeo informativo do TRE.

Por Thalles Puget.

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Segundo divulgado pelo governador Paulo Câmara (PSB) nesta quinta-feira (8), Pernambuco teve o primeiro trimestre menos violento em sete anos. Analisando os dados do programa Pacto Pela Vida referentes ao período, o Estado teve uma redução de aproximadamente 16% no número de vítimas.

Os dados referem-se aos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), em relação ao mesmo período correspondente a 2020. O governador salienta que as estatísticas de março também indicam o 43º mês consecutivo de redução nos roubos e furtos em Pernambuco.

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O governo estadual aponta que, considerando toda a série histórica do Pacto Pela Vida, os primeiros três meses deste ano registraram o menor número de homicídios desde 2014, quando ocorreram 828 CVLIs. O detalhamento dos dados deve ser divulgado no dia 15 de abril.

De acordo com o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua, mesmo diante de um cenário econômico bastante desfavorável o Estado continua fazendo a criminalidade recuar, obtendo indicadores importantes na garantia da normalidade no dia a dia das cidades. 

“Casos de roubos e homicídios são investigados com rigor e os responsáveis são levados ao sistema de justiça criminal. Nosso objetivo é sempre ampliar o raio da prevenção e fortalecer a contra resposta àqueles que insistem em afrontar a lei e a paz social”, ressaltou Pádua.

De acordo com o Governo de Pernambuco, o estado registra, em fevereiro e janeiro deste ano, queda do número de homicídios e roubos. Os novos dados foram apresentados durante reunião do Pacto Pela Vida (PPV), realizada na manhã desta quinta-feira (04), mas as estatísticas completas, com os recortes de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) e Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVP) – homicídios e roubos, respectivamente – só serão divulgadas no próximo dia 15.

“Os resultados de 2021 são positivos, tanto no CVLI quanto no CVP. Estamos com redução em várias áreas e já temos um planejamento para atuar onde a violência ainda insiste em crescer. Além da proteção das pessoas, as forças de segurança têm um papel fundamental na prevenção e no cumprimento das normas de combate ao coronavírus em Pernambuco. Pedimos a todos, nesses meses de março e abril, em que nós ainda não temos vacinas suficientes, que redobrem o cuidado para que as normas sanitárias sejam respeitadas em todo o Estado”, comenta o governador Paulo Câmara.

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Para o secretário estadual de Defesa Social, Antonio de Pádua, a redução dos índices estão ligados ao posicionamento do policiamento ostensivo em áreas estratégicas, com foco na resolução de homicídios, bem como ao fortalecimento de operações de repressão qualificada, desarticulando quadrilhas com atuação no tráfico de drogas e crimes contra a vida. “A Operação Zodíaco colaborou para que revertêssemos o cenário, verificado em 2019, em 12 Áreas Integradas de Segurança. Nesses territórios específicos, a retração foi até maior que a média estadual. Também devemos destacar a eficiência das operações de repressão qualificadas desencadeadas pela Polícia Civil”, coloca.

 A Plataforma Fogo Cruzado registrou aumento de 54% de tiroteios na comparação entre agosto de 2020 e de 2019. De acordo com os dados, neste ano, o mês contabilizou 143 tiroteios/disparos de arma de fogo na Região Metropolitana do Recife (RMR), no mês, bem como 173 pessoas baleadas (destas, 104 morreram e 69 ficaram feridas), 75% a mais que as 99 baleadas (77 morreram e 22 ficaram feridas) no mesmo período do ano anterior.

Houve, contudo, uma diminuição de 50% no número de adolescentes baleados. Duas crianças (com idade inferior a 12 anos) e quatro adolescentes (com idade entre 12 anos e 18 anos incompletos) foram baleados em agosto, dos quais uma criança e três adolescentes morreram.

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Entre as vítimas figura uma criança de 11 anos, vítima de bala em uma chacina no dia 9 em Ipojuca, que matou cinco pessoas e deixou outras 12 feridas. Em cinco dos tiroteios registrados em agosto de 2020 houve vítimas de bala perdida (2 pessoas morreram e 4 ficaram feridas). Já em agosto de 2019, apenas um caso foi contabilizado, tendo terminado com um morto por bala perdida.

Com 56 registros, Recife é a cidade da região metropolitana a liderar o ranking de tiroteios. Jaboatão dos Guararapes aparece em segundo lugar (25), seguido por Olinda (12), São Lourenço da Mata (12) e Igarassu (10). Os bairros mais violentos são Cohab, no Recife (5), seguido de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes (4), Nova Descoberta (4), na capital.

De acordo com a Plataforma Fogo Cruzado, 4 crianças e 63 adolescentes foram baleados no Grande Recife, durante o primeiro semestre de 2020. Em comparação com o mesmo período de 2019, o número de crianças baleadas (6) diminuiu 33% e o de adolescentes baleados (54) aumentou 17%. Neste ano, uma criança e 40 adolescentes morreram em decorrência de tiros.

Considerando as medidas de isolamento social e a institucionalização da quarentena adotadas pelo Governo de Pernambuco no período, é possível afirmar que ficar em casa não vem sendo garantia de segurança para estes grupos. Dos adolescentes baleados no Grande Recife, quatro foram atingidos dentro de casa e três faleceram. Dentre eles, está Anderson Manoel da Silva, de 16 anos, morto a tiros enquanto dormia, no bairro do Desterro, em Abreu e Lima, em 23 de abril.

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Bala perdida

Dentre as vítimas de bala perdida, quatro eram crianças e seis adolescentes, das quais uma criança e um adolescente foram vítimas fatais. Assim, em comparação com o ano passado, quando foram atingidas por bala perdida três crianças e um adolescente, houve aumento de  33% no número de crianças baleadas e  de 500%  na quantidade de adolescentes baleados.

Recife lidera ranking

Com 15 adolescentes mortos e outros oito feridos à bala, Recife foi a cidade que registrou o maior número de incidentes envolvendo jovens atingidos por armas de fogo. Em segundo lugar, Jaboatão dos Guararapes teve nove mortos e três feridos, seguido pelo Cabo de Santo Agostinho, com três mortos e quatro feridos.

O presidente Jair Bolsonaro disse na quinta-feira (10) que o Brasil "se aproxima de 10 milhões de pessoas que perderam emprego de carteira assinada", mas não apresentou os levantamentos estatísticos que comprovam o encolhimento no mercado de trabalho formal no País nessa magnitude.

"Se aproxima de 10 milhões de pessoas que perderam emprego de carteira assinada", disse o presidente ao chegar ao Palácio da Alvorada no início da noite. Segundo ele, dos 38 milhões de autônomos, 80% perderam poder aquisitivo.

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Uma demissão de 10 milhões, como citou o presidente, mostraria que a pandemia do novo coronavírus foi capaz de, sozinha, dizimar praticamente um terço do mercado de trabalho formal no Brasil. O País tem hoje cerca de 33 milhões de trabalhadores com carteira assinada.

Ao ser confrontado pelos jornalistas sobre a origem do número, Bolsonaro disse que ele foi repassado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e que ele mesmo, o presidente, tinha se surpreendido. Mas afirmou que tem visto que num pequeno comércio de cinco empregados, a prática mostra que três têm sido demitidos. Sobre o dado dos autônomos, Bolsonaro afirmou que era da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sem entrar em detalhes.

Questionado sobre a origem do dado e sobre como a equipe econômica avalia tamanho impacto no mercado de trabalho apesar das medidas adotadas, com recursos públicos, para manter os empregos, o Ministério da Economia informou que "não irá se manifestar".

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que reúne essas informações e é mantido pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, está com a divulgação suspensa porque as empresas estão com dificuldades para enviar os dados em meio à pandemia e uma mudança nos sistemas da pasta. O último número, divulgado em janeiro, foi referente ao fechamento do ano de 2019.

O termômetro mais próximo seria o número de pedidos de seguro-desemprego, que somaram 804.538 entre o começo de março e a primeira quinzena de abril de 2020. Outros 200 mil pedidos devem estar represados devido ao fechamento de agências do Sine, segundo os próprios técnicos da área econômica anunciaram na semana passada. Ou seja, pelos números oficiais do Ministério da Economia, o desemprego como consequência da pandemia teria atingido 1 milhão de pessoas, aumento de 150 mil em relação ao mesmo período do ano passado.

Já a Pnad Contínua, pesquisa sobre o mercado de trabalho do IBGE, mostra uma melhora no mercado de trabalho formal no primeiro trimestre deste ano ante igual período de 2019 - o dado mais recente divulgado pelo órgão. O número de trabalhadores do setor privado com carteira aumentou em 178 mil nessa comparação.

Contrário

O discurso da equipe econômica tem ido na direção contrária. Na quinta mesmo, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, divulgou vídeo nas redes sociais comemorando a manutenção de 6 milhões de empregos formais a partir das negociações para reduzir jornada e salário ou suspender contratos.

O governo prevê gastar R$ 51,2 bilhões para pagar benefícios aos trabalhadores, numa compensação pela perda temporária no salário. Com isso, espera que a crise resulte num número bem menor de demissões, por volta de 3,2 milhões.

A declaração do presidente foi dada no mesmo dia em que Bolsonaro foi pressionado por setores da indústria a adotar medidas de retomada da atividade econômica. Ele recebeu os empresários acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes. O grupo seguiu depois a pé para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde se reuniu com o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli.

O presidente assinou e publicou na quinta-feira um decreto que inclui o setor de construção civil e as atividades industriais no rol de atividades essenciais, que podem funcionar durante a pandemia da covid-19, desde que "obedecidas as determinações do Ministério da Saúde". A norma vem num momento em que um número cada vez maior de municípios tem adotado ou falado em adotar medidas de "lockdown" (confinamento obrigatório) na tentativa de conter o avanço da doença.

"Vamos colocar novas categorias com responsabilidade e observando as normas do Ministério da Saúde. Porque senão, depois da UTI, é o cemitério, e não queremos isso para o Brasil", disse Bolsonaro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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