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Durante suas apresentações em Las Vegas, Adele pediu aos fãs que não lançassem objetos no palco, em resposta a uma nova moda que gerou incidentes com artistas como Bebe Rexha.

Rexha foi ferida em um dos olhos quando um espectador lançou um telefone contra ela durante um show em Nova York. A cantora country Kelsea Ballerini sofreu o mesmo com uma pulseira de um fã em Idaho.

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Em um incidente particularmente incomum, um espectador lançou um saco com cinzas de sua mãe no palco onde Pink se apresentava. "Esta é sua mãe?", disse Pink em vídeos que circulam nas redes sociais, antes de acrescentar: "Não sei como me sinto em relação a isso".

"Adele não vai consentir esse tipo de comportamento", declarou a artista em uma advertência carregada de palavrões que circulou nas redes sociais.

Em um vídeo no TikTok, a britânica afirmou que as pessoas parecem estar "esquecendo... a etiqueta do espetáculo neste momento".

"Não se atrevam, não se atrevam a jogar nada em mim", disse com uma risadinha. "Parem de lançar coisas nos artistas!".

Para motivá-los, a cantora utilizou um lançador de camisetas com brindes para alguns fãs sortudos.

No final do ano passado, Harry Styles também foi alvejado por um objeto em um dos olhos e, mais recentemente, por um buquê de flores no rosto.

"Esta moda de lançar objetos nos artistas enquanto estão no palco deve acabar", tuitou recentemente o cantor Charlie Puth.

"É uma falta de respeito e muito perigoso. Por favor, peço que aproveitem a música".

A chimpanzé Suíça tinha dez anos quando morreu em 2005 no Jardim Zoológico de Salvador, na Bahia, aguardando uma posição da Justiça sobre sua transferência para uma reserva ecológica. A decisão não veio a tempo, mas estabeleceu um paradigma importante para a causa animal: Suíça foi reconhecida como sujeito jurídico no processo.

O debate sobre a categorização dos animais no Direito brasileiro ainda é um desafio. No Código Civil, por exemplo, seu status passou de "coisa" para "bem" - o que na prática continua atraindo para eles o regime jurídico de objeto.

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"Em outros países, a legislação vem sendo atualizada para dizer que o animal, apesar de não ser um sujeito de direitos, não é uma coisa, que se alguém maltrata um animal comete crime", explica o professor de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Daniel Dias.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) reconhece, desde 1978, os animais como "seres sencientes". Isso significa que, se eles são capazes de sentir, não podem ser tratados como objetos.

Embora nosso Código Civil esteja desatualizado, o Brasil tem outras leis que caminham para formar um sistema mais robusto de proteção aos animais. A lei dos crimes ambientais, de 1998, por exemplo, estabelece punições para maus-tratos contra animais silvestres, domésticos ou domesticados.

"Estamos em uma fase de transição e, conforme nós venhamos a evoluir na própria proteção dos nossos direitos fundamentais, talvez a gente consiga alcançar esse patamar mais avançado civilizatório que é entender os animais como detentores de direitos à proteção. Não o direito especificamente de exercer direitos, porque eles não têm personalidade jurídica para isso, mas de ser objeto dessa atenção. Há obrigações que podem ser colocadas para a própria sociedade", defende o advogado Cássio Faeddo, que é mestre em Direitos Fundamentais.

A Constituição de 1988, no artigo 225, também estabelece a obrigação de proteção da fauna. O texto autoriza, no entanto, "práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro".

"A nossa Constituição tem uma visão mais holística do meio ambiente, entendendo o ser humano como parte dele e os animais não só como utilidades. Essa visão é até meio conflitante com o Código Civil, que entende os animais como coisas. O Código de 2002 reproduz ainda um antropocentrismo, as coisas em função do homem", explica Faeddo.

A exploração de animais em atividades "culturais" foi pano de fundo do julgamento das vaquejadas no Supremo Tribunal Federal (STF) em 2016. Popular na região Nordeste, a vaquejada é uma atividade recreativa em que dois vaqueiros, montados em cavalos distintos, buscam derrubar um boi, puxando-o pelo rabo. Os ministros proibiram a prática por verem "crueldade intrínseca".

O STF também criou um precedente importante ao validar, no ano passado, uma lei do Rio de Janeiro que proibiu testes de cosméticos e perfumes e de produtos de higiene pessoal e limpeza em animais.

Animais domésticos

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, no ano passado, a Lei 17.497, que endureceu as penas para maus-tratos de animais domésticos e criou um programa de proteção e bem-estar para os pets. O texto é um dos mais protetivos do País.

"Para o animal doméstico acaba tendo uma atenção mais diferenciada, digamos, do que se você for mexer em uma farra do boi, por exemplo, que é um assunto que chegou ao Supremo Tribunal Federal e se tornou um leading case sobre proteção de animais nessa parte de jogos, de rodeio. Aí entra um choque cultural", avalia Faeddo.

O advogado defende que há questões para além dos maus tratos de animais domésticos que precisam ser melhor regulamentadas, como o tratamento humanizado para os animais criados para abate e a proteção dos animais de rua.

"Sendo um país que não lida muito com precedente, nós teremos que legislar de uma forma mais completa", defende.

Jurisprudência

A advogada Letícia Yumi Marques, especialista em Direito Ambiental e coordenadora do curso de extensão em Direito Animal da Universidade Presbiteriana Mackenzie, afirma que o STF e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) caminham para reconhecer o direito dos animais.

"O Poder Judiciário começou a perceber que a tutela do animal como coisa ou bem não é mais suficiente para dar resposta jurídica para os casos nos tempos atuais", afirma. "O que mudou de 1988 para cá é a percepção de que os animais têm valor intrínseco, independente da utilidade que eles tenham para o ser humano."

A especialista lembra que as primeiras decisões nesse sentido começaram no Direito de Família, quando juízes precisaram decidir sobre a tutela do gato ou cachorro em processos de divórcio.

"Quando começaram a tutelar, no caso da separação de casais, quem ficava com animal, começaram a perceber que não é só o direito das partes A e B, do casal que está se separando, de ficar com o animal, mas também é um direito do animal, já que existe ali um laço, um vínculo de afeto, de convivência", explica. "Passou-se até a usar o instituto da guarda desse animal, entendendo também já aí o que hoje se chama de família multiespécie."

Outro debate recente gira em torno da possibilidade de admitir os animais no polo ativo dos processos, ou seja, como parte da ação judicial.Esse movimento vem crescendo desde pelo menos 2020. Em setembro do ano passado, a Justiça do Ceará deu ganho de causa em ação indenizatória "movida" por um cachorro.

"Tem vários casos de ações que os autores, os seres humanos vinculados a esses pets, tentam promover a ação em nome do bichinho. Já houve uma protetora de animais que colocou todos os animais que viviam no terreno abandonado no polo da ação, os bichinhos demandando seus direitos", explica Letícia. "Aqui em São Paulo, por exemplo, o Tribunal de Justiça do Estado tem uma jurisprudência tendente a não aceitar os animais no polo ativo das ações, mas já tem tribunais que aceitam. Na minha opinião, esse movimento tem muito mais importância para o ativismo da causa animal do que efeito prático, porque na prática a lei vai ter que ser cumprida da mesma forma."

Um container esquecido há muito tempo que guarda centenas de artigos da carreira do ex-astro argentino do futebol Diego Maradona pode se revelar um verdadeiro baú do tesouro para colecionadores, e inaugurar uma nova frente na disputa por seu patrimônio.

Camisas assinadas por Sergio Aguero, Ronaldo Nazário, Harry Kane e Hristo Stoichkov estão entre os itens do container, que esteve armazenado nos arredores de Buenos Aires, assim como bolas do Barcelona, Napoli e Boca Juniors e uma placa oferecida pela Fifa a Maradona.

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Também há camisas usadas pelo próprio ídolo, assim como lembranças de cunho político presenteadas pelos líderes de esquerda que ele tanto admirava. Uma camisa do Brasil tem o nome de Lula nas costas, e existe uma carta do falecido líder cubano Fidel Castro.

"Você superou o mais difícil dos testes para um atleta e um jovem de origem humilde", escreveu Fidel ao jogador, que passou vários anos em Cuba se recuperando do vício em drogas e álcool.

Maradona morreu de infarto no mês passado, aos 60 anos de idade. A existência do container com centenas de itens foi indicada às autoridades judiciais, e seu conteúdo foi catalogado, disse uma fonte próxima da família de Maradona à Reuters. O butim pode intensificar as batalhas legais em andamento pelo patrimônio, que a revista Forbes estimou valer entre 10 milhões e 40 milhões de dólares.

Os resquícios da pandemia da Covid-19 atingiram a educação brasileira em vários aspectos. Um deles, sem dúvidas, diz respeito à organização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que após polêmicas e reclamações, definiu as datas da prova para janeiro e fevereiro do próximo ano. A doença também repercutiu de forma significativa nas exigências do processo seletivo, como no caso da obrigatoriedade do uso de máscaras durante a aplicação do Exame. 

Com a exigência do uso de máscaras, os candidatos do Enem precisam redobrar a atenção quanto aos objetos obrigatórios para os dias do Exame. Se antes as principais orientações eram para que os estudantes levassem caneta esferográfica na cor preta, em material transparente, documento oficial com foto, além do cartão de inscrição, agora a máscara para combate à Covid-19 passa a ser um dos objetos essenciais em prol da saúde dos concorrentes e para a realização da prova.

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No edital do Enem impresso, o termo “máscara” aparece por, no mínimo, 18 vezes. A primeira orientação do documento informa que “é proibida a entrada do participante no local de prova após o fechamento dos portões e sem a máscara de proteção à Covid-19”.

O documento da seleção também alerta que o candidato que descobrir o nariz e a boca no momento da prova será eliminado do certame. Entretanto, há, segundo o edital, um determinado instante em que a retirada do objeto do rosto é permitida. “Durante a identificação do participante, será necessária a retirada da máscara de proteção à Covid-19, sem tocar sua parte frontal, prosseguida da higienização das mãos com álcool em gel próprio ou fornecido pelo aplicador, antes de entrar na sala de provas”, informa o edital. É importante lembrarmos que, no Enem 2020, as provas terão fotos dos candidatos.

E na hora do lance? Até o momento, o edital do Exame não traz informações sobre se os candidatos poderão retirar a máscara para se alimentarem. Desde o dia 31 de julho, o LeiaJá solicitou um esclarecimento à assessoria de imprensa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) – órgão responsável pela organização da prova -, mas, até o fechamento desta matéria, não tivermos retorno.

A estudante Maria Eduarda da Silva, de 17 anos, reside na cidade de Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco. Ela é uma dos 5,8 milhões de candidatos que devem atentar para utilização da máscara durante o processo seletivo. “É mais uma coisa para ser anotada em minha lista do que não devo esquecer”, brinca a jovem que almeja aprovação em fisioterapia.

Maria Eduarda está no terceiro ano do ensino médio e fará a prova do Enem pela segunda vez. Ainda sobre a máscara, a estudante teme desconforto na hora da avaliação, mas entende que o objeto é importante para o combate à Covid-19.

Para evitar problemas, ela pretende utilizar a máscara enquanto estiver estudando em casa, na tentativa de adaptar-se à obrigatoriedade. “Passar cinco horas com uma máscara no meu rosto vai ser bastante sufocante”, acrescentou a candidata.

Obrigatoriedade esperada

De acordo com a professora de história, sociologia e filosofia, Thais Almeida, o uso obrigatório de máscaras no Enem já era algo esperado. Nesse sentido, ela indica que os estudantes intensifiquem a utilização do objeto para a sua saúde e também como uma estratégia de adaptação à exigência da prova.

“Entendo a atitude do Inep como correta, porque a gente não pode esquecer que esta prova está sendo feita em um contexto de pandemia mundial e considerando que o Brasil está entre os países com maiores números de casos e de mortes, seria uma irresponsabilidade absurda se o Inep não exigisse o uso obrigatório. A gente já está nessa rotina há um tempo. A máscara já está como uso obrigatório de um modo geral”, comentou a docente em entrevista ao LeiaJá.

A professora entende que a utilização da máscara pode gerar alguns desconfortos entre os estudantes, como um óculos que pode ficar com as lentes manchadas por causa do ar que sai das brechas da máscara. Porém, a educadora alerta que é necessário se acostumar com o objeto e entender que esses desconfortos não podem se sobressair em relação aos riscos do novo coronavírus.

“Os inconvenientes não se sobrepõem ao risco de contágio. O aluno deve procurar máscara que se encaixe melhor no rosto, que seja mais confortável”, alerta Thais Almeida.

A docente ainda critica o fato de o Inep não ter esclarecido, até o momento, como será o procedimento para o momento dos lanches dos candidatos, já que o edital não permite descobrir o nariz e a boca na hora da prova. “Por um lado o Inep acerta, quando impõe o uso da máscara, mas por outro, mais uma vez, não esclarece em detalhes como vão ficar essas questões – do lanche –“, diz a professora.

O Enem impresso será realizado nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021. Já a prova digital está prevista para 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Outros detalhes informativos podem ser vistos no site do Exame.

No começo do mês de maio, a Uber anunciou que estaria começando o serviço de envio de objetos pelo aplicativo. A nova categoria, chamada de Uber Flash, aporta na capital pernambucana nesta quarta-feira (10). Usuários do aplicativo poderão solicitar viagens para enviar itens e artigos pessoais para seus amigos e familiares pelo mesmo preço do UberX.

Além de Recife, outras nove cidades também devem receber a novidade como, Curitiba, Goiânia, Brasília, Florianópolis, Manaus, Fortaleza, Campinas, Santos e São José dos Campos. De acordo com a companhia, a categoria foi lançada com o objetivo de colaborar com o distanciamento social durante a pandemia de coronavírus e, ao mesmo tempo, possibilitar uma opção complementar de ganhos para os motoristas.

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Os objetos mais enviados

De acordo com a Uber os itens mais enviados pelo Uber Flash, desde que começou a funcionar em alguns estados do sudeste, têm sido presentes, flores, comida, documentos, roupas e chaves. Outros itens que podem ser enviados pelo serviço são pacotes e outros artigos pessoais, de porte médio ou pequeno, que possam ser acomodados com segurança no porta-malas do veículo.

Para minimizar o contato físico, a recomendação da empresa é usar o chat do aplicativo para conversar com o motorista parceiro e fornecer mais orientações para o envio, se necessário. Não são permitidos itens de valor ou cujo transporte seja proibido por lei ou pelas regras da categoria. Antes de cada solicitação, as regras do Uber Flash serão exibidas no aplicativo para que o usuário possa verificar e concordar antes de seguir com o pedido.

Confira como pedir 

Abra o aplicativo da Uber e digite o endereço de retirada e de entrega do item que você deseja enviar.

Selecione a opção Uber Flash, reveja as regras, e confirme o envio.

Esteja com o item pronto para entregar ao motorista parceiro e informe, via chat do aplicativo, o nome do destinatário e as orientações para a entrega. Quando o motorista chegar, você deve entregar o item a ele.

Compartilhe a viagem com o destinatário que irá receber o item para que ele possa seguir os detalhes do envio em tempo real.

A Uber vai dar uma forcinha para quem precisa entregar ou buscar pertences na casa de outras pessoas. Por conta do distanciamento social, instaurado para combater o avanço do novo coronavírus, a empresa vai possibilitar uma opção chamada Uber Flash, que entre artigos pessoais para amigos e familiares. 

Cobrando o mesmo valor da tarifa do UberX. a partir desta segunda-feira (11), os usuários poderão solicitar viagens Uber Flash. Inicialmente, a categoria estará disponível nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Salvador, mas deve se expandir nas próximas semanas.

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Podem ser transportados objetos como pacotes, presentes, documentos e outros artigos pessoais, de porte médio ou pequeno, que possam ser acomodados com segurança no porta-malas do veículo. Para minimizar o contato físico, a recomendação da empresa é usar o chat do aplicativo para conversar com o motorista e fornecer mais orientações para o envio, caso seja necessário.

Não é permitido enviar itens de valor ou cujo transporte seja proibido por lei ou pelas regras da categoria. Antes de cada solicitação, as regras do Uber Flash serão exibidas no aplicativo para que o usuário possa verificar e concordar antes de seguir com o pedido.

A mulher de Michel Temer (MDB), Marcela, pediu ao juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, que devolva seu celular, seu iPad, um talão de cheques e um contrato de locação apreendidos pela Operação Descontaminação - desdobramento da Lava Jato que investiga o ex-presidente por suposta propina milionária nas obras da usina de Angra 3, no Rio. Marcela Temer afirma que o mandado de busca da Polícia Federal pegou bens de seu "uso exclusivo" e "extrapolou os limites fixados" pelo magistrado.

"Restou apreendido pela Polícia Federal bens de propriedade e uso exclusivo da Peticionária, notadamente, (i) o seu celular; (ii) seu iPad; (iii) um talonário de cheques e, (iv) um contrato de locação", relatou a defesa de Marcela, representada pelos advogados Átila Machado, Luiz Castro e Leonardo Peret.

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"A despeito da clareza solar da restrição imposta ao cumprimento da medida as pessoas investigadas - e suas pessoas jurídicas -, é certo que a Autoridade Policial a frente do cumprimento da ordem judicial extrapolou os limites fixados por Vossa Excelência e, expressamente, constantes do mandado de busca e apreensão."

Temer foi preso no dia 21 quando saía de casa em São Paulo. O ex-presidente passou quatro dias recolhido na Superintendência da Polícia Federal do Rio em uma sala de 46m². Na segunda-feira, 25, o desembargador Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) mandou soltar o emedebista e outros sete alvos da Descontaminação.

Na casa de Temer, a PF pegou pendrives, agendas, papeis manuscritos, fita cassete, celulares, revólveres e espingardas e até um cartão de aniversário para o filho do ex-presidente, assinado pelo empresário Vanderlei de Natale, também alvo da operação e a quem a Lava Jato atribui lavagem de dinheiro no esquema.

"Michelzinho, desejamos à você este ano novo que inicia em sua vida muita saúde, alegrias e muitas felicidades. Parabéns pelo seu aniversário", escreveu o empresário.

A Descontaminação investiga os crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. A Procuradoria da República apura pagamentos ilícitos que teriam sido feitos por determinação do empresário e delator José Antunes Sobrinho - ligado à empreiteira Engevix - para um esquema cuja liderança é atribuída a Michel Temer e também mira desvios de recursos da Eletronuclear para empresas indicadas por aliados do ex-presidente.

O Ministério Público Federal afirma que identificou um "sofisticado esquema" de propina na contratação das empresas Argeplan, AF Consult Ltd e Engevix para a execução do contrato de projeto de engenharia eletromecânico 01 de Angra 3. De acordo com a investigação, a Eletronuclear contratou a empresa AF Consult Ltd, que se associou às empresas AF Consult do Brasil e Engevix.

Participam da AF Consult do Brasil, segundo a Lava Jato, a finlandesa AF Consult Ltd e a Argeplan. Os investigadores relatam que a AF Consult do Brasil e a Argeplan não tinham pessoal e expertise suficientes para a realização dos serviços e, por isso, houve a subcontratação da Engevix.

Durante o contrato, narra a operação, o coronel Lima solicitou ao sócio da empresa Engevix o pagamento de propina em benefício de Michel Temer. Os procuradores afirmam que houve pagamento de propina no final de 2014 com transferências totalizando R$ 1,091 milhão da empresa Alumi Publicidades para a empresa PDA Projeto e Direção Arquitetônica, controlada pelo coronel Lima.

As investigações apontaram que os pagamentos feitos à AF Consult do Brasil envolveram o desvio de R$ 10,859 milhões, "tendo em vista que a referida empresa não possuía capacidade técnica, nem pessoal para a prestação dos serviços para os quais foi contratada".

Temer nega que tenha cometido qualquer irregularidade. Após a soltura do ex-presidente, seus advogados, que haviam dito que a prisão era abusiva e desnecessária, divulgaram a seguinte nota:

"A decisão do desembargador federal Antonio Ivan Athié, que concedeu liminar para determinar a imediata liberação do ex-presidente, merece o reconhecimento de todos os que respeitam o ordenamento jurídico e as garantias individuais inscritas na Constituição da República".

Diversos objetos e joias que pertenceram a Frank Sinatra, guardados por sua quarta e última esposa, Barbara, serão postos à venda nesta quinta-feira em um leilão em Nova York.

O objeto mais caro, um enorme anel de noivado confeccionado com um diamante de 20 quilates que Sinatra deu a Barbara em uma taça de champanhe, já foi arrematado. A joia foi vendida por 1,7 milhão de dólares, informou a Sotheby's.

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O anel foi um dos dois que o artista deu à modelo, pedindo que ela escolhesse o que mais gostasse, sem propor nada.

"Ela disse: 'Bem, escolhi o diamante, você escolhe em que dedo o coloco', e foi assim que virou seu anel de noivado", contou Quig Bruning, vice-presidente e especialista em joalheria da Sotheby's.

Entre as outras peças do leilão estarão dezenas de artigos que fazem parte da história de 22 anos de união do casal, como obras de arte e móveis de suas casas em Palm Springs, Los Angeles e Malibu.

Também serão postas à venda cartas assinadas, livros e fotografias que mostram a amizade de Sinatra com cada presidente de Estados Unidos, de Harry Truman a Bill Clinton. Também há uma vasilha em forma de alface, com valor estimado de entre 50.000 e 70.000 dólares.

Os lotes incluem recordações da vida privada de Sinatra e pinturas feitas pelo próprio artista, avaliadas entre 8.000 e 12.000 dólares.

Um leilão online de objetos pessoais e coleções do astrofísico britânico Stephen Hawking, morto no último mês de março, arrecadou um total de 1,8 milhão de libras esterlinas (mais de R$ 8,8 milhões). O pregão, organizado pela casa Christies, foi realizado entre os dias 31 de outubro e 8 de novembro.

Entre os objetos arrematados, destaca-se a cadeira de rodas "high-tech" do cientista, que foi vendida por 296 mil libras (R$ 1,4 milhão), que serão destinados ao Instituto Stephen Hawking, que promove o estudo da cosmologia e à Associação de Doenças Neuromotoras.

O objeto que obteve maior valor foi uma cópia da tese de doutorado de Hawking, intitulada "Propriedades de Universos em Expansão", entregue na Universidade de Cambridge em 1965, quando Hawking tinha 24 anos. O trabalho foi arrematado por 584 mil libras (R$ 2,8 milhões), valor quatro vezes maior que o lance mínimo.

No total, foram vendidos 22 objetos, incluindo escritos originais de Isaac Newton, Charles Darwin e Albert Einstein, que pertenciam a Hawking. O cientista, que morreu aos 76 anos, padecia de esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença que o impedia de andar e o obrigo a comunicar-se por um sintetizador de voz. 

Da Ansa

Os mais de 5 milhões de candidatos que se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) devem ficar atentos ao que é permitido levar na hora da avaliação. As provas têm datas marcadas para os dias 4 e 11 de novembro. O Ministério da Educação (MEC) recomenda seguir as regras para evitar eliminações.

Entre os objetos que não podem ser levados para a sala de aula estão livros, notas ou papéis impressos; aparelhos eletrônicos; armas de qualquer espécie; acessórios que cubram cabelos ou orelhas, como boné, chapéu, viseira ou gorro. Ainda são proibidos: borracha; caneta de material não transparente; lápis, corretivo, apontador e relógios.

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O celular deverá ser colocado no envelope porta-objetos entregue na hora da aplicação da prova. Fones de ouvido ou qualquer transmissor, gravador ou receptor de dados e imagens, vídeos e mensagens também não serão permitidos. De acordo com o MEC, os candidatos que descumprirem as normas de objetos portados serão eliminados. 

Candidatos que utilizam artigos religiosos como burca e quipá deverão permitir a revista. O MEC ainda orienta que os participantes não devem recusar, sem justificativa, a passagem pela revista eletrônica e pela coleta de dado biométrico, assim como ter seus objetos revistados eletronicamente. O LeiaJá preparou um vídeo com alguns objetos que não são permitidos; assista e fuja da eliminação.

O que levar?

Na hora da prova, é necessário levar um documento de identificação válido com foto e caneta esferográfica de tinta preta e fabricada em material transparente. São aceitos como documento cédulas de identidade expedidas por Secretarias de Segurança Pública, Forças Armadas, Polícia Militar e Polícia Federal.

Ainda são aceitas identificações fornecidas por ordens ou conselhos de classes que por lei tenham validade como documento de identidade, além de Carteira de Trabalho e Previdência Social; Certificado de Dispensa de Incorporação; Certificado de Reservista; Passaporte; Carteira Nacional de Habilitação com fotografia; ou identidade funcional.

Para estrangeiros e refugiados, é permitida a identidade expedida pelo Ministério da Justiça para estrangeiros, bem como Protocolo Provisório de Solicitação de Refúgio emitido pelo Departamento de Polícia Federal; Carteira de Registro Nacional Migratório; ou Documento Provisório de Registro Nacional Migratório.

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Bella Thorne vem enfrentando problemas de segurança em sua casa. Recentemente, a atriz sofreu duas tentativas de invasão, sendo que na segunda os ladrões conseguiram roubar pertences que equivalem cerca de 150 mil dólares, o que, em reais, ultrapassa os 620 mil.

Segundo o site TMZ, os invasores quebraram o vidro da frente e entraram pouco tempo depois que Bella saiu. As câmeras de segurança registraram o momento, porém os ladrões não foram identificados, já que estavam com os rostos cobertos. As malas da própria atriz foram usadas para levar os objetos roubados, como jóias personalizadas, roupas e bolsas.

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Há um mês a atriz já havia sofrido uma tentativa de invasão e dessa vez estava em casa. O ladrão quebrou uma janela, mas acabou fugindo.

A investida já está sendo investigada pela polícia.

Localizado no Bairro do Recife, o museu Cais do Sertão recebe, de terça a domingo, pernambucanos e turistas que estão em busca de conhecimentos sobre diversas situações que fazem parte da história dos brasileiros. Mas uma visita ao local pode esbarrar em desfalques de objetos eletrônicos e multimídia, recursos centrais na exposição, que aposta em interatividade e no tom lúdico. A reportagem do LeiaJá esteve no equipamento cultural e constatou os problemas.

No primeiro piso do museu, percebe-se a falta de manutenção dos equipamentos, ou sua ausência. Em meio aos acervos pessoais de gangaceiros, símbolos do Nordeste, além de contar um pouco da carreira do cantor Luiz Gonzaga, fones de ouvido que estão conectados a monitores com vídeos, trazendo relatos de pessoas, não funcionam.

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Telas que estão funcionando se misturam a monitores desligados que ficam ali, expostos, sem explicação. Com capacidade para cinco jogadores, um videogame gigante instalado no térreo não dá sinal de vida. Ao lado, um painel contendo as fotografias de Tiago Santana, xilogravuras de Stênio Diniz e pinturas de Antonio Bandeira interage solitariamente com uma estrutura que deveria abrigar dois televisores, mas tem apenas espaços vazios.

O Túnel do Capeta, uma das atrações que mais recebe o apreço de quem visita o museu, é famoso pela camuflagem entre espelhos e televisores. Ao chegar no ambiente, é notória a falta de equipamentos que não reproduzem a imagem das pessoas através de câmeras espalhadas. O LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Turismo de Pernambuco (Seturpe) para obter esclarecimentos.

Em nota, a gestão estadual do Cais do Sertão se posicionou sobre alguns questionamentos levantados pela reportagem. Confira:

Processo de troca/conserto dos equipamentos

O Cais do sertão possui uma equipe de profissionais dos setores de Operações e Museologia, habilitados a identificar todos os problemas relacionados a equipamentos e infraestrutura. 

Por se tratar de um espaço museológico que prima pela educação, e possui no bojo de sua estrutura didática processos de interação pública com os equipamentos, vale ressaltar que constantemente trabalhamos na orientação das pessoas quanto ao uso adequado dos equipamentos e dos espaços ocupados durante as visitas, o que também nos faz diariamente realizar vistorias, adequações e manutenções. 

Tão logo identificado qualquer problema nos equipamentos disponibilizados, as equipes são acionadas e imediatamente iniciamos os processos de restauro, conserto ou manutenção daqueles equipamentos que podem ser dada as suas especificações técnicas. Alguns equipamentos são exclusivos - ressaltamos que alguns deles e/ou suas peças não são fabricados no país -, ou ainda, de restrita manutenção e/ou conserto. Isso requer maior tempo de cuidados e correções, considerando, principalmente, as restrições legais, que regem as normas e procedimentos para a compra e manutenção de materiais e equipamentos por meio da irrestrita observância às normas e legislação pertinentes ao uso do recurso público.

Orientação aos visitantes quando objetos quebrados são detectados

Dispomos de uma equipe técnica habilitada e apta a exercer a função de educadores sob qualquer circunstância, inclusive adversa, diante de problemas técnicos ou estruturais que possam ser momentaneamente apresentados. Ressaltamos que não apenas os educadores, mas todos os colaboradores do Centro Cultural Cais do Sertão, em seu processo de qualificação realizado pela gestão, são submetidos permanentemente a um processo de orientação quanto à necessidade de atendimento de qualidade e utilizar-se de transparência para garantir, mesmo com alguns equipamentos em manutenção temporária, que os conteúdos sejam aplicados em sua plenitude.

Equipamentos sem funcionalidade que ficam expostos no local

Existe todo um processo estrutural e de identidade expositiva, que foi concebida pelo grupo de Curadoria do Museu cais do Sertão que, em hipótese nenhuma, permite a remoção de peças, estruturas e equipamentos que fazem parte da expografia museológica. 

 Prazo para o reposicionamento dos objetos com defeitos

 Já foi iniciado um levantamento para diagnosticar os equipamentos que encontram-se com algum defeito. Com esse, relatório será dado início a todos os trâmites para o processo licitatório para a manutenção, conserto ou aquisição dos equipamentos que apresentam problemas, de forma que aguardamos sua finalização. 

Vários objetos de até 5.000 anos de antiguidade saqueados no Iraque em 2003 após a queda do regime de Sadam Hussein voltarão ao país, depois de terem sido identificados por especialistas do British Museum, anunciou nesta quinta-feira (9) o museu londrino.

A polícia de Londres confiscou em maio de 2003 oito objetos pequenos de um vendedor da capital britânica, e encarregou aos especialistas do British Museum que descobrissem sua origem. Foi determinado que vinham de Tello, no sul do Iraque, onde a instituição realiza um programa de escavações.

Vários destes objetos, entre eles três cones de argila, tinham inscrições cuneiformes que indicavam que provinham de um templo da cidade suméria de Girsu, hoje conhecida como Tello.

Entre os tesouros encontrados há um pequeno amuleto de mármore branco que representa um animal de quatro patas, um carimbo de mármore vermelho com dois quadrúpedes, um carimbo de calcedônia branca gravado, uma pequena cabeça de garrote de alabastro e uma pedra polida com uma inscrição cuneiforme.

Os objetos serão entregues formalmente na sexta-feira ao embaixador do Iraque no Reino Unido, Salih Hussain Ali. Este agradeceu ao British Museum seus "esforços excepcionais de identificação e devolução das antiguidades saqueadas no Iraque".

"Este tipo de colaboração entre Iraque e Reino Unido é vital para a preservação e a proteção do patrimônio iraquiano", disse o embaixador, citado pelo museu.

Para Hartwig Fischer, diretor do British Museum, a devolução destes objetos é um "símbolo das relações sólidas de trabalho que desenvolvemos nos últimos anos com nossos colegas iraquianos".

O British Museum está envolvido há bastante tempo na salvaguarda dos tesouros da história iraquiana. Já em 2003 advertiu sobre os saques do patrimônio cultural do país e em 2015 lançou um programa para formar os especialistas iraquianos sobre as últimas tecnologias para conservar e documentar melhor sua herança cultural.

Quase 400 objetos vikings foram roubados de um museu na Noruega durante o fim de semana de 11 a 13 de agosto, informou neste domingo o diretor do centro, descrevendo a perda como "incomensurável".

"Se não recuperarem os objetos roubados, isto será - sem dúvidas - a situação mais terrível ocorrida nos 200 anos de história dos museus noruegueses", disse à AFP Henrik von Achen, diretor do Museu Universitário de Bergen.

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As peças, em sua maioria joias e outros pequenos objetos de metal, "não têm valor monetário" e o valor do metal em si "também é pequeno", explicou. "No entanto, representa uma perda incomensurável devido ao seu valor cultural e histórico", afirmou.

Os ladrões entraram no sétimo andar do museu usando um andaime colocado na fachada do edifício. Os objetos vikings estavam guardados ali à espera de serem levados, em 14 de agosto, a um local com maior segurança.

"As medidas [de segurança] eram insuficientes", reconheceu o diretor.

Enquanto as autoridades norueguesas investigam o roubo em colaboração com seus sócios internacionais, o museu divulgou fotografias de todos os objetos nas redes sociais para "que sejam bem conhecidos e, portanto, mais difíceis de serem vendidos e mais fáceis de localizar", explicou von Achen.

A música sempre esteve presente na vida das pessoas. Ao longo dos anos, essa arte foi usada para retratar romances, tragédias, conquistas e até para fazer criticas. Foi na época da segunda Guerra Mundial que a utilização da música para fazer terapias começou a tomar força. Na época, as sessões de musicoterapia serviam para reabilitar os soldados que se feriam nos confrontos e com o tempo, isso foi alcançando outras pessoas.

Foi pensando por esse viés que a musicoterapeuta Kadna Cordeiro se tornou mestre em música, na Inglaterra, e hoje trabalha com um método que ela mesmo criou: o Hullabaloo - método que consiste em usar objetos comuns, como garrafas, panelas, tampinhas, pedaços de madeira e até canos, para fazer música. Kadna trabalha com o Hullabaloo fazendo sessões de musicoterapia com idosos, gestantes, pessoas com deficiência e até com animais. Segundo ela, a intenção do trabalho é o de mudar o estado de espírito e o humor de quem participa das sessões. "Partindo do princípio do ditado de que quem canta seus males espanta, é mais ou menos isso a musicoterapia", diz.

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Confira um pouco da história da musicoterapia e dos efeitos positivos do Hullabaloo:

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O secretário de Administração da Presidência da República, Antonio Carlos Paiva Futuro, informou ao juiz federal Sérgio Moro que confiscou 21 ‘tralhas’ do ex-presidente Lula. Os objetos estavam armazenados em uma sala no Banco do Brasil, no centro de São Paulo, e foram apreendidos em março de 2016 na Operação Lava Jato.

Foram confiscados um peso de papel, três moedas, um bibliocantos, cinco esculturas, duas maquetes, uma taça de vinho, uma adaga, três espadas, uma coroa, uma ordem, um prato decorativo e moedas antigas.

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Durante seus mandatos, entre 2003 e 2010, o petista recebeu centenas de itens. Após avaliação da Secretaria de Administração da Presidência, Moro autorizou, em 28 de abril, que o acervo de 21 bens fosse restituído em favor da União. A Comissão Especial da Secretaria da Presidência da República havia analisado 176 itens.

Em 8 de junho, Antonio Carlos Paiva Futuro enviou um ofício a Moro. "Informo a Vossa Excelência que a referida decisão desse douto Juízo foi cumprida dentro do prazo fixado, conforme comprova o anexo Termo de Recebimento, lavrado em 8 de junho próximo passado e firmado por servidores desta Secretaria e representantes do Banco do Brasil (Gerente Executivo da Unidade de Operações e Gerente do Setor), quando do efetivo levantamento dos mencionados bens, para fins de incorporação administrativa ao patrimônio da União Federal."

O secretário destacou a Moro que os itens estavam "no mesmo estado de conservação verificado quando da diligência anterior".

Quando autorizou, em abril, que os bens fossem confiscados, Moro observou que foram "recebidos em cerimônias oficiais de trocas de presentes com Chefes de Estados ou Governos estrangeiros, que têm algum valor mais expressivo, mas que não caracterizam presentes de caráter personalíssimo".

"Constatou este Juízo que havia alguns bens entre os apreendidos que teriam sido recebidos, como presentes, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o exercício do mandato, mas que, aparentemente, deveriam ter sido incorporados ao acervo da Presidência e não ao seu acervo pessoal. É que agentes públicos não podem receber presentes de valor e quando recebidos, por ser circunstancialmente inviável a recusa, devem ser incorporados ao patrimônio público", anotou Moro na ocasião.

Em abril, após a autorização de Moro para que os bens fossem confiscados, a defesa de Lula declarou que a decisão do juiz era ‘mais uma prova de sua parcialidade e perseguição contra o ex-Presidente’.

"O acervo privado de Lula, composto de documentos e presentes recebidos pelo ex-Presidente durante os seus dois mandatos, é resultado de um processo administrativo que tramitou em Brasília, perante a Presidência da República, e seguiu os critérios da Lei nº 8.394/1991, exatamente como ocorreu em relação a todos os ex-Presidentes da República desde a edição desse ato normativo. Nenhum ato relacionado ao acervo foi praticado em Curitiba, com confirmou em juízo a testemunha Claudio Soares Rocha, que organizou todo o processo. Além da questão da competência territorial, o tema é absolutamente estranho a uma Vara Criminal. Mais uma vez está-se diante de uma decisão absolutamente ilegítima, que integra o ‘lawfare’ contra Lula", destacou o advogado Cristiano Zanin Martins na ocasião.

A força-tarefa da Operação Lava Jato, no Paraná, pediu ao juiz federal Sérgio Moro que autorize a Secretaria de Administração do Planalto a incorporar uma parte das "tralhas" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao patrimônio da Presidência da República.

Os bens estavam no cofre-forte de uma agência do Banco do Brasil, em São Paulo, segundo a Operação Aletheia - que levou o ex-presidente para depor de forma coercitiva no dia 4 de março de 2016.

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Na ocasião, a Polícia Federal achou moedas, espadas, adagas, canetas, condecorações e outros objetos de valor que estavam armazenados no cofre do BB desde 2011, sem custo, segundo informou o gerente da agência.

Lula afirma ter recebido o que ele classificou como "tralhas" de presente quando exerceu os dois mandatos (2003/2010). Segundo a Procuradoria da República, os objetos estavam em nome de Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente, e da ex-primeira dama Marisa Leticia Lula da Silva - que morreu no dia 3 de fevereiro -, "conforme documentação que havia sido anteriormente apreendida por ocasião do cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do ex-presidente".

Em ofício de 17 de fevereiro, a força-tarefa da Lava Jato afirmou a Moro que a Secretaria do Planalto apresentou relatório e discriminou quais objetos devem ser incorporados ao patrimônio da Presidência.

O documento solicita ainda "autorização para a tomada das providências necessárias para incorporação dos bens em testilha ao patrimônio da Presidência da República".

O pedido da Procuradoria destaca que os bens estão descritos no "item 61" de um documento da Secretaria de Administração da Presidência. "O Ministério Público Federal requer que seja autorizada a Secretaria de Administração da Presidência da República a adotar as providências necessárias à incorporação, ao patrimônio da Presidência da República, dos bens descritos no item 61 Relatório Final da Comissão Especial", solicitam os procuradores.

Depoimento

No mesmo dia em que foram feitas as buscas no cofre, Lula foi conduzido coercitivamente para depor e, irritado, disse que não sabia onde estavam as inúmeras "tralhas" que ganhou quando presidente e que iria entregar tudo para o Ministério Público.

Antes disso, ele havia sido flagrado em um grampo com um advogado fazendo críticas às investigações sobre os presentes e dizendo que iria mandar tudo para um prédio do Ministério Público Federal em Brasília.

Defesa

"O pedido feito pela Força Tarefa da Lava Jato para que o juiz da 13ª Vara Criminal de Curitiba retire bens do acervo que Lula recebeu da Secretaria da Presidência da República, no final do seu segundo mandato, é mais um exemplo gritante dos abusos e da perseguição imposta ao ex-Presidente", diz a defesa do ex-presidente por meio de nota.

"A única interpretação possível é a de que a Lava Jato busca destruir a imagem e a história de Lula. A tentativa de retirar bens de seu acervo presidencial agora posta em curso é parte dessa estratégia impatriótica. Isso porque o processo de recebimento, catalogação e entrega dos bens relativos ao acervo de Lula seguiu os mesmos parâmetros aplicados para os demais ex-Presidentes da República desde 1991, quando entrou em vigor a Lei no. 8.394, que disciplina o assunto", continua o texto.

O ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso prestou depoimento ao juízo da 13a. Vara Federal Criminal de Curitiba, em 09/02/2017, e esclareceu que também mantém em seu acervo presentes recebidos de chefes de Estado e em eventos oficiais, exatamente o que a Força Tarefa quer retirar de Lula".

"Registra-se ainda que, se houvesse vício no processo administrativo que resultou na entrega do acervo de Lula, essa discussão deveria ser feita em Brasília, onde tramitou o processo administrativo. Ademais, somente poderia ser conduzida por um órgão cível da Justiça Federal, uma vez que a matéria é estranha à competência reservada às Varas Criminais". A nota é assinada pelo advogado Cristiano Zanin Martins.

O juiz federal Sérgio Moro concedeu mais trinta dias para a Comissão Especial da Secretaria de Administração da Presidência da República avaliar as "tralhas" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão do magistrado acolhe pedido do secretário de Administração da Secretaria de Governo da Presidência da República, Antonio Carlos Paiva Futuro.

O prazo solicitado tem por objetivo "a conclusão dos trabalhos pela Comissão Especial destinada a averiguar, se e quais objetos depositados pelo ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em cofre do Banco do Brasil devem ser incorporados ao Patrimônio da Presidência da República".

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"Defiro o prazo adicional de 30 dias para a conclusão dos trabalhos, contados do fim do prazo original, findo o qual deverá ser apresentado o relatório final a este Juízo", determinou Moro na decisão de 17 de novembro.

A comissão que avalia os bens é composta por "representantes da Secretaria da Presidência da República, da Secretaria de Controle Interno da Diretoria de Documentação Histórica DDH do Gabinete Pessoal no âmbito da Presidência da República, e ulteriormente do Tribunal de Contas da União e do Instituto Brasileiro de Museu Ibram".

Em março deste ano, quando estourou a Operação Aletheia - desdobramento da Lava Jato que levou o ex-presidente para depor -, a Polícia Federal encontrou em um cofre no Banco do Brasil em São Paulo objetos que o ex-presidente chama de "tralhas" e relata ter recebido de presente quando exerceu os dois mandatos (2003/2010).

A busca achou moedas, espadas, adagas, canetas, condecorações e outros objetos de valor que estavam armazenados no banco desde 2011, sem custo, segundo informou o gerente da agência na ocasião.

No mesmo dia em que foram feitas as buscas no cofre, Lula foi conduzido coercitivamente para depor e, irritado, disse que não sabia onde estavam as inúmeras "tralhas" que ganhou quando presidente e que iria entregar tudo para o Ministério Público.

Antes disso, o ex-presidente havia sido flagrado em um grampo com um advogado fazendo críticas às investigações sobre os presentes e dizendo que iria mandar tudo para um prédio do Ministério Público Federal.

Um pedaço do Muro de Berlim, botas de caubói em pele de avestruz, joias com diamantes: um pouco da nostalgia dos anos Reagan foi leiloada, nesta quinta-feira (22), em Nova York, arrecadando US$ 5,7 milhões.

Os objetos vendidos - mais de 700 provenientes do rancho Bel Air, na Califórnia, onde Nancy e Ronald Reagan foram viver após oito anos na Casa Branca (1981-1989) - acabaram arrematados por valores superiores ao mínimo do catálogo da Christie's, que totalizava US$ 2 milhões.

Reagan morreu em 2004, 12 anos antes de sua mulher, Nancy, que faleceu em março passado, aos 94 anos.

As botas de caubói com o escudo dos Estados Unidos, feitas de pele de avestruz e pele de rã - um presente do ator Rex Allen nunca usado por Reagan - foram vendidas por US$ 199.500, muito acima dos US$ 20.000 do catálogo.

Um cronômetro marinho da Tiffany, oferecido ao presidente pelo cantor e ator Frank Sinatra e por sua mulher, Barbara, no dia de sua posse com a inscrição "Bem-vindo, sr. presidente", alcançou US$ 106.250, bem acima dos US$ 10.000 previstos inicialmente.

O preço mais alto ficou por conta do anel Bulgari com as cores da bandeira americana, ornado com diamantes, safiras e rubis, vendido por US$ 319.500.

Já o pedaço de nove quilos do muro de Berlim, caído em 1989 e guardado pelo então presidente Reagan, foi comprado por US$ 277.500.

Mais de 2.000 objetos da vida e da carreira de Pelé, o Rei do Futebol, único jogador da história a vencer três Copas do Mundo, começam a ser vendidos nesta terça-feira em Londres, em um leilão que pode arrecadar mais de quatro milhões de dólares.

A principal peça do leilão organizado pela casa Julien's, que deve prosseguir até terça-feira, é a réplica do troféu Jules Rimet que a Fifa deu a Pelé, que pode alcançar o valor de 600.000 dólares.

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As três medalhas dos Mundiais vencidos por Pelé (1958, 1962 e 1970) podem arrecadar 200.000 dólares e a bola com a qual marcou o gol de número 1.000 na carreira - pelo Santos contra o Vasco da Gama, no Maracanã em 19 de novembro 1969 - 60.000 dólares.

A venda total pode alcançar três milhões de libras (3,9 milhões de euros e 4,3 milhões de dólares). Deste valor, Pelé, 75 anos, doará parte ao hospital infantil Pequeno Príncipe, da cidade de Curitiba.

"Conversei muito com minha família, meus amigos e pessoas que sabem como podemos ajudar o hospital. Sempre procuro fazer algo para ajudar os pobres", disse Edson Arantes do Nascimento à AFP na apresentação do leilão em Londres, na semana passada.

"Se tiver como ajudar pessoas que ajudam as crianças, está ótimo. É o motivo pelo qual faço isso", completou.

Os fãs do Rei também poderão tentar arrematar uma camisa do Cosmos de Nova York, clube pelo qual jogou depois da carreira no Santos, e o anel de campeão da Liga americana de futebol de 1977.

Além de uniformes e chuteiras usadas com o Santos e com a seleção brasileira, também estará a venda o par de chuteiras que usou nas gravações do filme "Fuga para a vitória", que estrelou ao lado de Michael Caine e Sylvester Stallone.

Também foram colocados à venda vários troféus individuais, como o de jogador do século da Fifa ou de atleta do século XX concedido pelo jornal francês L'Équipe.

Outro objeto de forte valor simbólico é a tocha olímpica que carregou no revezamento da tocha dos Jogos de Atenas-2004.

O leilão também tem objetos mais pessoais, como velhos passaportes, relógios e até um boletim escolar.

"Todos esses objetos sempre estarão comigo no meu coração. Poderia ficar em casa com isso tudo, mas não iria ajudar ninguém", completou Pelé na semana passada.

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