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Em 1º de novembro, a temperatura média da superfície dos oceanos bateu recorde, com uma marca de 20,79ºC, segundo o Copernicus, programa de observação da Terra conduzido pela União Europeia.
A temperatura medida entre os paralelos 60 Sul e Norte no primeiro dia do mês foi 0,4ºC superior à média do período, em meio ao avanço de El Niño, caracterizado pelo aquecimento da superfície do Oceano Pacífico na região equatorial.
No entanto, segundo Bernardo Gozzini, diretor do Laboratório de Monitoramento e Modelagem Ambiental do Conselho Nacional de Pesquisas da Itália (Consorzio Lamma-CNR), o fenômeno não é suficiente para explicar o recorde.
"Valores fora da escala também foram registrados no Pacífico setentrional, no Atlântico e no Mar Mediterrâneo", disse.
Segundo ele, o aquecimento da superfície dos oceanos eleva a taxa de umidade na atmosfera e pode aumentar a ocorrência de eventos climáticos extremos.
E esse não é o único recorde de calor registrado pela Terra em novembro: no dia 17, a temperatura média do planeta superou pela primeira vez em mais de 2ºC a média do período pré-industrial, utilizado como referência para metas climáticas, com aquecimento de 2,07ºC.
A expectativa da comunidade científica é de que 2023 seja o ano mais quente já registrado pela humanidade. 

*Da Ansa

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 Marinha dos Estados Unidos informou nesta quinta-feira (22) que os sons detectados pelas equipes de resgate que tentam encontrar o submersível desaparecido perto dos destroços do navio Titanic eram apenas "ruídos de fundo do oceano".

Em entrevista à emissora Sky News, o contra-almirante da Guarda Costeira dos EUA, John Mauger, afirmou que os oficiais continuam suas análises, mas acrescentou que não esperará por um relatório completo para intervir.

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As autoridades responsáveis pelas operações de resgate continuarão procurando todas as "informações disponíveis" sobre os sons subaquáticos detectados nesta semana.

Apesar dos esforços das equipes de busca, são cada vez menores as esperanças de encontrar os cinco ocupantes do submersível Titan com vida, pois já terminaram as 96 horas de oxigênio que o veículo teria disponíveis.

A lista de ocupantes do Titan inclui o ex-militar francês Paul-Henry Nargeolet, o chefe norte-americano da empresa proprietária do veículo, Stockton Rush, o bilionário britânico Hamish Harding, o empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho, Suleman.

Da Ansa

O Miami Seaquarium, localizado no Sul da Flórida, nos Estados Unidos, divulgou uma nota na última quinta-feira (30) que a orca Lolita, animal cativo no local há 52 anos, será devolvida para o mar aberto em até dois anos. O anúncio foi feito na página oficial do aquário, que faz parte da Dolphin Company.

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Na publicação o aquário declara que “pela primeira vez, uma empresa privada com animais marinhos sob cuidado humano, e uma organização de bem-estar animal sem fins lucrativos, executaram um acordo vinculativo com um objetivo: devolver a amada Lolita ao seu lar natural.”

Foi assinado um acordo vinculativo entre o aquário e organizações da causa animal, que insistem há anos na libertação da orca. Mas ainda há outros passos para serem tomados até a soltura de Lolita, incluindo aprovação federal. O prazo dado pela empresa para que o animal seja solto na natureza é de 18 a 24 meses.

A orca foi capturada na década de 70 e levada para o aquário da Flórida quando ela tinha cerca de 5 anos de idade. Ela foi atração em apresentações por anos, até 2022, depois que o empreendimento mudou de proprietário. Segundo Eduardo Albor, presidente-executivo da Dolphin Co, “Encontrar um futuro melhor para Lolita é uma das razões que nos motivou a adquirir o Miami Seaquarium”.

O processo de mudança do habitat de Lolita dura anos. Ativistas tentam na justiça que o animal seja retirado do cativeiro com mais insistência desde 2015, quando a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica incluiu as orcas na lista de animais ameaçados de extinção.

Um ciclone extratropical que se intensificou no Oceano Atlântico, na altura da costa Sul do Brasil, tem provocado fortes chuvas no extremo sul da Bahia. Por conta disso, o governador Rui Costa (PT) decretou situação de emergência em 24 cidades baianas afetadas pelas fortes chuvas que atingem diferentes regiões do estado. 

Segundo a MetSul Meteorologia, o ciclone surgiu na costa do Rio de Janeiro no começo desta semana e foi se deslocando para o Sul do país, passando a se aprofundar em mar aberto. Um espiral de nuvens típicas de formação ciclônica começou a se formar na quinta-feira (9).

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A previsão é de que o ciclone se intensifique ainda mais ao longo desta sexta-feira (10). A MetSul aponta que três pessoas, de uma mesma família, morreram na cidade de Itamaraju e ao menos seis casas desabaram em deslizamento de terra.

As regiões do Prado, Jucuruçu, Teixeira de Freitas, Porto Seguro, Itacaré e Canavieiras são algumas das cidades que foram gravemente atingidas pelos fortes temporais.

Os baianos que estão sendo atingidos pelas chuvas publicaram a situação calamitosa que estão vivendo nos últimos dias. Confira:

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A lava incandescente tem efeito devastador de imediato, mas em médio prazo revela-se um fertilizante no mar. Um estudo concluiu que a vida marinha se recuperou em três anos, após a erupção do vulcão Tagoro, nas Ilhas Canárias. A lava e os gases libertaram nutrientes que favoreceram o aumento de fitoplâncton (micro-organismos aquáticos), atraindo mais peixes, crustáceos e cefalópodes, como polvos e lulas.

O vulcão Tagoro, que entrou em erupção debaixo de água perto da ilha de El Hierro, vizinha de La Palma, em outubro de 2011, foi o objeto de estudo do Instituto Espanhol de Oceanografia e da Universidade de Las Palmas, em Gran Canaria.

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Tagoro

Tagoro permaneceu em atividade quase seis meses, o que causou alterações na temperatura, acidez e composição química da água do Mar de las Calmas. A vida marinha existente nesse recanto do Atlântico e que atraía os adeptos do mergulho foi exterminada.

O vulcão subaquático matou os peixes após a erupção, conforme a temperatura da água subiu e os níveis de oxigênio caíram.

As investigações, que se concentraram à volta da cratera, revelaram que a área fora do raio de 200 metros da chaminé vulcânica, estava repleta de vida, ao fim de três anos após a erupção.

"A lava é rica em ferro, além de magnésio e silicatos, e isso fornece nutrientes para a água", diz Carolina Santana González, oceanógrafa da Universidade de Las Palmas, em Gran Canaria, citada no The Guardian.

Além de registar um aumento de fitoplâncton, havia também peixes adultos, lulas e polvos, mas os cientistas lembram que se perdeu biodiversidade.

"Isso acontece quase imediatamente. A lava fertiliza a água e a área se recupera em curto espaço de tempo. No caso da ilha de El Hierro, a vida marinha restaurou-se quase completamente em três anos", afirmou Carolina González.

"É como um incêndio florestal. Ele destrói tudo, mas ao mesmo tempo fornece nutrientes para um novo crescimento. A diferença é que a vida marinha se recupera muito mais rápido do que uma floresta", acrescentou.

Em El Hierro, as análises químicas perto do cone do vulcão demonstraram que a concentração de ferro era quase 30 vezes maior que o nível normal.

As águas ao redor do vulcão também eram ricas em dióxido de carbono, que diminui os níveis de pH e, assim, ajuda os micro-organismos a absorver o ferro, diz o estudo.

Embora o ferro oxide na água e se forme em outros compostos, a baixa atividade vulcânica existente em El Hierro manteve a emissão desse nutriente.

Os cientistas também destacam o fenômeno que ocorre quando a lava empurra a água do fundo do mar, rica em nutrientes, para a superfície, facilitando a difusão desses nutrientes.

"Não podemos parar a natureza, mas a natureza possui mecanismos de regeneração rápidos e eficazes", diz Eugenio Fraile Nuez, responsável pelo monitoramento do vulcão La Palma, do navio do Instituto de Oceanografia atracado ao largo da costa onde a lava está caindo no mar.

"É por isso que não é uma catástrofe ambiental, mas muito pelo contrário: vulcões são vida", afirma.

Cumbre Vieja

Em La Palma, a lava está a cerca de 8 quilômetros de uma reserva marinha que cobre cerca de 3.500 hectares de mar. É o abrigo de anêmonas tropicais, douradas, algas castanhas, lagostas e tartarugas marinhas.

Durante as erupções do Cumbre Vieja, a lava já cobriu mais de 30 hectares de fundo de mar, até a profundidade de 24 metros, duplicando o tamanho da península criada recentemente na ilha.

Assim que o vulcão se estabilizar, em terra o quadro será sombrio. A lava destruiu 855 edifícios, tornou centenas de hectares de terra inutilizáveis, enterrou mais de 27 quilômetros de estrada, e cerca de 20% das plantações de banana se perderam. Mas, ao contrário da renovação em terra, que será mais lenta, a vida no mar é promissora.

Os seis anos de investigação das consequências da erupção do El Hierro podem dar pistas para entender como a crise climática pode afetar os oceanos, diz Carolina González.

Nesse contexto, a cientista lembra que "a maior ameaça à vida marinha da ilha não é o vulcão, mas a atividade humana. O verdadeiro problema é a pesca excessiva".

Nesta terça-feira (8) comemora-se o Dia Mundial dos Oceanos e o Dia dos Oceanógrafos. A data foi estabelecida durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento no Rio de Janeiro, em 1992, com o objetivo de alertar a população e transmitir a mensagem de conscientização sobre a importância dos oceanos, seja ela na vida do ser humano, ou da vida marinha. Posteriormente, em 2008, a Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou a data comemorativa.

De acordo com Carla Elliff, pesquisadora no Instituto Oceanógrafo da Universidade de São Paulo (USP) e editora do site “Bate-Papo com Netuno”, o Planeta Terra só existe dessa forma como nós conhecemos por causa dos oceanos. “Todo esse corpo de água está conectado e regula o clima e a forma como o planeta funciona”. A pesquisadora complementa dizendo que vários aspectos estão ligados aos oceanos, desde a ciclagem de nutrientes, até a geografia atual da Terra, como as praias mais longas ou mais curtas e até a composição dos relevos. “A importância do oceano é básica, a gente não consegue imaginar o nosso planeta sem o oceano como ele é hoje”, afirma.

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Quando se trata da relação entre oceano e planeta, uma das questões de maior relevância é a climatização. Segundo a pesquisadora, existe uma função do oceano chamada sumidouro de carbono. “A gente tem o carbono na nossa atmosfera, que é um tipo de gás do efeito estufa. Este fenômeno é essencial para a vida no planeta, caso não houvesse, a Terra seria muito gelada e não conseguiríamos viver”. Carla explica que a problemática que envolve o efeito estufa, na verdade, se trata da intensificação desse processo, que traz prejuízos.

A partir disto, a especialista aponta que é possível notar um aquecimento forçado, a partir do excesso de gases, dentro de um sistema que antes funcionava bem. “O oceano é um sumidouro de carbono. Até certo ponto é possível absorver o carbono e segurá-lo. Mas é possível que o oceano não consiga mais absorvê-lo, como se ele ficasse saturado. Estamos chegando nesse ponto, em que  o oceano em si está ficando mais quente”. Deste modo, Carla diz que existem épocas do ano em que a temperatura na superfície do mar aumenta e “afeta completamente” a vida nos oceanos.

Branqueamento de corais

Por conta dessas mudanças climáticas, a oceanógrafa conta que o padrão de vida de diversos animais aquáticos mudam, inclusive de peixes, corais, e até mesmo microorganismos, como plâncton. “Os recifes de corais são formados por corais e outros organismos construtores. Os corais vivem numa relação bem equilibrada de temperatura e acidez no oceano, mas com as mudanças climáticas, eles passam por um processo chamado branqueamento, em que perdem sua coloração e, com isso, podem morrer”.

Além disso, a pesquisadora afirma que existem estudos que mostram a possibilidade de migração de espécies. Regiões onde habitualmente tinham determinados tipos de peixes, agora podem não ter mais, uma vez que os animais estão buscando locais com águas mais frias. Desta forma, Carla explica que é possível entender que há uma relação entre ser humano e fauna, sendo que nessas regiões podem ter pescadores, que a partir da migração de espécies, não encontrarão mais os animais.

De acordo com a oceanógrafa, a pesca é uma forma de geração de empregos e oportunidade de renda, onde o homem usufrui dos recursos naturais em prol de alguma atividade econômica, assim como o turismo nas praias, atividades de extração mineral, de petróleo e gás. Além do transporte marítimo, que é “essencial” para a economia conhecida hoje. “São chamados de benefícios ecossistêmicos, que são vantagens que o ser humano tem, a partir do meio ambiente”, esclarece.

Para que as vidas aquáticas continuem em harmonia com o oceano, assim como a vida humana que também tem sua dependência dos mares, é necessário que haja a preservação do oceano, segundo Carla. Diversas instituições como a ONU tem levantado metas para que o meio ambiente aquático do planeta receba um maior cuidado. “Nós precisamos da sociedade mais conscientizada, que saiba da importância de fazer mudanças e que pressione os governos para que eles vejam que existe essa vontade popular de fazer as mudanças acontecerem”, orienta ela.

A pesquisadora Carla reforça que é importante ter uma data dedicada aos oceanos, para trazer uma mensagem de união. “Não conseguimos solucionar os problemas do oceano. Os problemas são complexos e as soluções também serão. Precisamos unir diferentes vozes, de lugares diferentes e de setores diferentes da sociedade civil”. Nesse sentido, a oceanógrafa diz que a interação da vida humana está ligada de forma direta e indireta às mudanças climáticas do oceano. “Por isso, precisamos ser guardiões do oceano, nesse sentido de preservação. Precisamos cuidar desse ambiente, que cuida tão bem da gente”, finaliza.

 

 

Um adolescente australiano, de 17 anos de idade, morreu no hospital uma semana depois de ter sido picado por uma cubomedusa em uma praia de Queensland, Austrália. Trata-se do primeiro caso letal deste tipo registrado na Austrália desde 2006, segundo mídia local ABC.

O incidente ocorreu em 22 de fevereiro, quando o jovem estava nadando na praia Patterson Point perto de Bamaga. O serviço de ambulância aérea transportou o jovem ao hospital, onde passou uma semana na unidade de terapia intensiva, mas não conseguiu se recuperar. Um representante da Polícia estadual informou na segunda-feira (1º) que o rapaz faleceu.

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Embora as mortes deste tipo sejam relativamente raras, os médicos afirmam que o recente incidente é um sinal claro de que se necessitam mais medidas para proteger das picadas de medusas marinhas as pessoas que vivem nas zonas rurais e remotas da Austrália.

Segundo a bióloga marinha conhecida internacionalmente Lisa-ann Gershwin, as vítimas de medusas provêm com maior frequência de comunidades remotas do país, que são menos conscientes dos perigos ligados a estes animais.

"Em áreas povoadas onde há redes de contenção, as pessoas são constantemente recordadas da presença de medusas, enquanto em áreas remotas não têm essa recordação constante", afirmou a especialista.

O adolescente é a 79ª vítima da cubomedusa, Chironex fleckeri, considerada uma das espécies mais venenosas do mundo desde que a Austrália iniciou seus registros no final do século XIX. Os tentáculos desta espécie alcançam até três metros de comprimento e estão cobertos de milhões de células urticantes que podem liberar um veneno extremamente poderoso quando são tocadas.

Da Sputnik Brasil

Recentes ataques de baleias a diferentes tipos de embarcação ao longo do litoral de Portugal e Espanha têm deixado cientistas surpresos.

Os incidentes, protagonizados pelas orcas, comumente chamadas de "baleias assassinas", têm sido relatados desde finais de julho.

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Desde então, pelo menos dois barcos já tiveram seus lemes danificados, enquanto outros apresentaram danos consideráveis devido a investidas das orcas, segundo publicou o jornal The Guardian.

O último dos incidentes se deu próximo de Coruña, na Espanha, na última sexta-feira (11). Na ocasião, a empresa Halcyon Yachts conduzia um barco de dez metros para o Reino Unido quando uma orca se chocou com a popa pelo menos 15 vezes. No vídeo abaixo é possível ver o momento em que a orca atingiu a embarcação.

Quase que simultaneamente, alertas por rádio foram feitos após orcas terem sido vistas a cerca de 110 quilômetros de Vigo, na Espanha, próximo de uma área de outras duas colisões.

Em 30 de agosto, um navio de bandeira francesa solicitou ajuda à Guarda Costeira espanhola relatando estar "sob ataque" de um grupo de orcas.

Enquanto isso, em 29 de julho, um barco próximo do cabo de Trafalgar ficou cercado por nove orcas. Batendo no casco da embarcação por cerca de uma hora, as baleias lograram fazer o barco girar 180 graus, danificando motor e leme da embarcação.

Segundo Victoria Morris, que estava no barco, a ação das baleias foi "totalmente orquestrada". Outros ataques semelhantes também foram reportados.

'Gangue de baleias'?

Embora não se saiba se os incidentes são protagonizados pelo mesmo grupo de baleias, de acordo com a especialista em baleias Ruth Esteban, é muito improvável que tal comportamento esteja sendo apresentado por dois grupos de baleias.

Por sua vez, Alfredo López, biólogo da Coordenação para o Estudo de Mamíferos Marinhos na Galícia, Espanha, as baleias vão para a costa no mês de setembro a partir do golfo de Cádiz para buscar atum na baía de Biscaia.

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Da Sputnik Brasil

Um novo estudo publicado segunda-feira (2) na revista Nature Climate Change chegou à conclusão que "as tendências ambientais na dinâmica costeira" e "a recessão costeira impulsionada pela subida do nível do mar" podem quase arrasar metade das praias do mundo até o final do século XXI.

Segundo o estudo, o nível do mar tem subido ao longo dos últimos 25 anos, e mesmo que ocorra uma mitigação moderada das emissões de gases de efeito estufa, mais de um terço das costas do planeta poderá desaparecer até o final do século, prejudicando fortemente a indústria do turismo costeiro em muitos países.

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"Além do turismo, as praias arenosas muitas vezes atuam como a primeira linha de defesa contra tempestades e inundações costeiras, e sem elas os impactos de eventos climáticos extremos serão provavelmente maiores", disse à AFP o autor principal da pesquisa Michalis Vousdoukas, que também é pesquisador do Centro Comum de Pesquisas da Comissão Europeia. "Temos que nos preparar."

A concentração econômica e de infraestruturas como função da alta densidade populacional nas áreas costeiras à volta do mundo agrava o impacto das mudanças climáticas, indicam os cientistas.

Previsões do estudo

O estudo concluiu que o México, China, Rússia, Argentina, Índia, Canadá, Chile, EUA, e também o Brasil, seriam fortemente afetados pela recessão da linha costeira devido à elevação do nível do mar, tempestades resultantes de furacões e tufões e diminuição do sedimento dos rios represados. A Austrália seria a mais afetada, com os pesquisadores estimando que cerca de 14.500 quilômetros da costa do país poderiam desaparecer nos próximos 80 anos.

Para determinar a rapidez com que as praias poderiam ser destruídas, os pesquisadores usaram três décadas de imagens de satélite para estimar a futura erosão em dois cenários de mudanças climáticas. No "pior cenário", no qual as emissões de gases de efeito estufa continuariam sem restrições, seja através de atividades humanas ou de fatores ambientais como o degelo do pergelissolo, o mundo poderia perder até 50% de suas praias arenosas, ou seja, 132.000 quilômetros.

Na situação menos terrível, em que as temperaturas globais não aumentariam mais de 3 graus Celsius, cerca de 95 mil quilômetros de costa poderiam desaparecer até o final do século, levando à preservação de uma média de 42 metros de largura de praia ao redor do mundo em 2100.

O estudo também apela à "projeção e implementação de medidas de adaptação eficazes" para evitar a erosão da linha costeira.

"A ligação que o estudo faz da degradação costeira global à combustão [de combustíveis fósseis] é um avanço histórico", disse Jeffrey Kargel, cientista sênior do Instituto de Pesquisa Planetária em Tucson, Arizona, que não participou do estudo, ao portal Phys.org. Kargel também observou que a erosão costeira em partes do sul da Ásia "é esperada ser extremamente rápida".

Corroboração da pesquisa

Um relatório publicado pelo Painel de Segurança Nacional, Militar e de Inteligência do Centro de Clima e Segurança na segunda-feira (2) também descobriu que as mudanças climáticas podem representar graves ameaças aos "ambientes, infraestruturas e instituições de segurança" se as emissões globais de gases de efeito estufa continuarem aumentando.

O relatório conclui que "mesmo em cenários de baixo aquecimento, cada região do mundo enfrentará sérios riscos à segurança nacional e global nas próximas três décadas".

"Níveis mais elevados de aquecimento representarão riscos catastróficos, e provavelmente irreversíveis, para a segurança global ao longo do século XXI", acrescenta o relatório, observando que tais riscos incluem desestabilização das economias dos países, desigualdade regional, efeitos negativos sobre a infraestrutura civil e militar, "respostas etno-nacionalistas" e conflitos por recursos hídricos.

Da Sputnik Brasil

Um vídeo registrado por um ambientalista mostra um tubarão-branco sangrando até a morte ao ficar preso em uma gaiola de metal específica para o mergulho de turistas. O caso ocorreu em outubro, na ilha de Guadalupe, no México. Porém, a denúncia foi publicada na última sexta-feira (6).

Nas imagens, um dos principais predadores do oceano aparece se contorcendo com a cabeça presa dentro da gaiola, enquanto a água é manchada por seu sangue. Após se debater, ele afunda no mar. Segundo Arturo Islas Allende, ele ficou preso por 25 minutos, sem nenhuma tentativa de resgate.

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O responsável pela denúncia alega negligência da operadora do serviço. Em resposta, a Nautilus diz que cumpriu os procedimentos propostos pelas autoridades ambientais e argumentou que é raro encontrar um animal tão agressivo na região. O predador está presenta na lista de espécies vulneráveis da União Internacional para a Conservação da Natureza.

Confira

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Para conter óleo e resíduos despejados no mar, a rede australiana de barbearias Grand Royal resolveu usar o cabelo de seus clientes para confeccionar barreiras ecológicas de contenção artesanais. A iniciativa se deu após uma parceria feita com a Universidade de Tecnologia de Sydney e a entidade Sustainable Salons - 'Salões sustentáveis'.

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A grande quantidade de cabelo que iria parar no lixo dos salões é recolhida e envolvida em um tecido. A estrutura do instrumento cria uma barreira física e absorve o óleo derramado.

A Sustainable Salons coleta até 95% das lixeiras de salões e redireciona o material para reciclagem. Todo valor ganho com a reciclagem é doada a organizações sociais dedicadas a alimentar pessoas em condição vulnerável.

Desde o fim de agosto, um derramamento criminoso de óleo cru atingiu mais de 770 localidades do Litoral brasileiro, sobretudo na região Nordeste. O impacto sem precedentes contaminou o ambiente marinho ainda não foi solucionado pelas autoridades competentes.

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Uma latinha de refrigerante produzida há mais de duas décadas foi encontrada nas areias da praia da Ilha de Palmas, no município do Guarujá, Litoral de São Paulo. O cilindro de alumínio vagou pelo oceano antes de ser encontrado no último dia 12. A aparição reacende o debate sobre os cuidados ambientais no Brasil, sobretudo enquanto a costa nordestina sofre com derramamento de óleo.

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A lata foi localizada enquanto o portuário Renato Lemos Miranda caminhava na região. Ele contou que percebeu o material entre as pedras e utilizou um pedaço de ferro - supostamente outro lixo 'devolvido' pelo mar - para recolhê-lo.  

Mesmo deteriorada, a latinha manteve as cores. O portuário afirma ter visto a validade datada para novembro de 1998. 

Confira a publicação

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Um imenso lixão está se formando no fundo do mar brasileiro, alimentado por milhares de toneladas de cascalho encharcado de óleo, em decorrência das perfurações em campos de petróleo feitas sem o devido tratamento ambiental. O problema é grave porque pode envolver a liberação de substâncias contaminantes, como elementos cancerígenos.

Apuração do jornal O Estado de São Paulo junto a técnicos do setor revela que uma série de divergências de entendimento sobre o assunto, envolvendo o Ibama e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), simplesmente deixaram o tema sem solução. O resultado é o descarte de sedimentos sem critério técnico e acompanhamento ambiental.

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Os cascalhos sujos são retirados no momento em que as brocas das plataformas de petróleo perfuram o fundo do mar para chegar ao óleo. Nesta etapa, extraem toneladas de sedimentos misturados com o óleo.

Em vez de sugar esse material até a superfície, para que seja tratado e depois liberado, as petroleiras simplesmente deixam no próprio local. Não se trata de pouca coisa. Por ano, são perfurados pelo menos 200 poços de petróleo no litoral brasileiro.

O volume de cascalho retirado na perfuração de cada poço equivale a pelo menos dez caminhões lotados desses sedimentos. Isso significa que, em média, cerca de 2 mil caminhões cheios desse material encharcado de óleo são abandonados no fundo do mar, por ano.

Uma das substâncias normalmente encontradas nesses resíduos é conhecida pela sigla HPA. Trata-se um hidrocarboneto muito conhecido na área médica, por causa de seu alto potencial de causar câncer.

O Ibama tentou, em 2018, dar uma solução ao problema. Instrução normativa publicada pelo órgão dava prazo até 30 de setembro deste ano para que todas as petroleiras, como a Petrobrás, adequassem suas tecnologias e sondas para que retirarem os cascalhos que deixam no fundo do mar. Não se tratava de nada excepcional, já que há tecnologia disponível e esse tipo de procedimento é exigido em outros países, como Estados Unidos, México, Noruega, Reino Unido e Angola.

Em março, porém, o atual presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, suspendeu a norma que exigia adequação das petroleiras, após forte pressão da ANP. A decisão de Bim pegou o Ibama de surpresa, porque o presidente suspendia os efeitos de uma instrução normativa que seus próprios técnicos, depois de longa fase de estudos sobre o tema, tinham aprovado.

As empresas do setor, que tinham iniciado seus estudos e medidas para se adequarem às regras, paralisaram os projetos. A alegação de Bim para suspender a exigência é de que seria necessário aguardar decisão da Advocacia Geral da União (AGU), que entrou no caso.

Após avaliar o imbróglio, a AGU decidiu, em abril, que o Ibama poderia estabelecer as exigências que julgar necessárias para a situação. Até hoje, porém, nada foi efetivamente decidido, ou seja, o descarte dos cascalhos no mar segue sem definição técnica ou exigência normativa sobre o que deve ser feito.

Só uma

Nas águas brasileiras, hoje, a única companhia exploradora de petróleo que trata seus rejeitos é a Equinor. A empresa norueguesa recolhe, faz o tratamento e separa o óleo de 100% dos sedimentos que retira do fundo do mar, descartando no oceano cascalhos sem óleo e sem os fluidos que usa nas brocas.

Na Petrobrás, o tema ainda não sai das salas de reunião. Questionada sobre o assunto, a estatal declarou que, "em conjunto com as demais empresas do setor, vem dialogando com o Ibama e fornecendo informações técnicas que possam colaborar no desenvolvimento de uma política de gerenciamento de resíduos em operações offshore alinhada às melhores práticas internacionais".

A empresa não respondeu por que ainda não realiza o procedimento e, tampouco, quando deve começar a retirar os cascalhos com hidrocarbonetos que deixa no oceano. "Esta política de gerenciamento de resíduos deve ser implantada em consonância com as necessidades de desenvolvimento da indústria no País", informou.

Só a Petrobrás tem mais de 130 plataformas de petróleo na costa brasileira. Com a ausência de instruções normativas claras, técnicos do Ibama têm solicitado, precariamente, informações das petroleiras para compreender a extensão das medidas adotadas e o impacto que o problema ambiental produz.

Recorrente

Essa não é a primeira vez que a presidência do Ibama dispensa um parecer técnico do setor de petróleo. Em abril, o Estado revelou que o órgão federal rejeitou uma análise de seus próprios servidores, para liberar o leilão de campos de petróleo em uma área próxima do Parque Nacional de Abrolhos, na Bahia. A área técnica apontou que a exploração de quatro blocos localizados na bacia Camamu-Almada poderia levar problemas ao santuário ecológico, no caso de qualquer incidente com derramamento de óleo.

A pedido do Ministério do Meio Ambiente, porém, que destacou a "relevância estratégica" da área, Bim decidiu rejeitar o parecer e liberar a oferta do bloco no leilão previsto para outubro. A decisão enfrenta resistência do Ministério Público Federal, de organizações socioambientais e do Congresso. O presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, senador Fabiano Contarato (Rede -ES), moveu ação para que a ANP exclua sete blocos de petróleo da rodada de licitações.

Regra do Ibama aumentaria riscos, diz ANP

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) declarou que não concorda com as exigências feitas em 2018 pelo Ibama, porque elas aumentariam o "risco de acidente com consequências", como a ocorrência de "vazamento significativos, pela determinação de recolhimento de 100% do cascalho na fase reservatório".

Não é o que dizem técnicos do setor ouvidos pelo Estado, ao lembrarem que se trata de um sistema já usado em outros países. A ANP afirmou, inicialmente, já ter prestado todos os esclarecimentos ao Ibama e não comentaria mais nada. Depois da reportagem insistir em um posicionamento, disse estar "em entendimentos com o Ibama para aprimorar os requisitos da instrução normativa, evitando que ela gere problemas à segurança operacional de instalações de perfuração marítimas".

Divergência. Presidente do Ibama, Eduardo Bim, informou, em nota, que "havia divergência jurídica entre Ibama e ANP" e, por isso, decidiu suspender os efeitos da norma "até que fosse resolvida a divergência jurídica".

A ANP discorda do Ibama sobre a aplicação da Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, para o descarte de cascalhos. Segundo a agência, o assunto deve ter critérios estabelecidos pela Lei do Óleo.

A AGU concordou com essa visão, mas deu ao Ibama a liberdade de definir, qual, afinal, serão as normas usadas. O órgão ambiental, porém, continua sem definir o assunto.

O Ibama declarou que "já adotava critério para descarte" antes da norma de 2018 e, por isso, a ausência de regra "não representa a falta de controle ambiental". Mas o órgão disse existirem "critérios técnicos que precisam ser discutidos" e "a ideia é adotar as melhores práticas internacionais para a questão". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O americano Victor Vescovo, 53 anos, é responsável pelo novo recorde de mergulho solo mais profundo da história e que possibilitou a descoberta de objetos plásticos no ponto mais profundo do oceano.

O explorador, que fez a viagem no dia 1º de maio, desceu 10.972 metros na fossa mais profunda do Oceano Pacífico, localizada nas Ilhas Marianas. "Vasculhei o fundo do mar à procura de formas de vida diferentes, formações geológicas únicas, objetos feitos por humanos. E sim, tentei descobrir se existia um ponto ainda mais profundo do que aquele descrito na década de 1960", disse Vescovo, ao canal CNN Travel.

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Além das sacolas plásticas e embalagens de doces, o pesquisador afirmou que o mergulho rendeu mais quatro descobertas possíveis de novos seres marinhos nunca visto até então.

por Rodrigo Viana

Por causa das mudanças climáticas, mais de 50% dos oceanos terão mudado de cor em 2100. A tendência é que as regiões azuis e verdes se intensifiquem, segundo estudo do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), dos Estados Unidos.

O estudo publicado na revista Nature Communications conclui que o aquecimento global está provocando grandes alterações nas populações de fitoplâncton, algas com capacidade de fazer fotossíntese, o que vai afetar a cor dos oceanos.

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Os resultados estimam que as zonas azuis, como a dos subtrópicos, ficarão mais azuis, refletindo a redução dos níveis de fitoplâncton - e de vida em geral. Já as verdes, como observado perto dos polos, devem ficar ainda mais verdes, uma vez que temperaturas mais quentes tendem a causar proliferação de espécies de fitoplâncton.

A cor do oceano depende de como raios de sol interagem com moléculas da água. Elas absorvem quase toda a luz solar, exceto a parte azul do espectro, que é refletida de volta. Assim, áreas do oceano aberto, com menos vida, aparentam azul intenso. Quando há organismos no mar, eles podem absorver e refletir diferentes comprimentos de onda de luz, dependendo de suas propriedades, o que muda a percepção da cor.

O fitoplâncton, por exemplo, contém clorofila, pigmento que absorve mais a porção azul da luz para fazer fotossíntese, e menos verde. Assim, mais verde é refletido de volta e áreas ricas em algas ficam dessa cor.

Modelo

Os cientistas desenvolveram um modelo que simula o crescimento e a interação de várias espécies de fitoplâncton e como variam à medida que as temperaturas aumentam. E reproduziram o modo como o fitoplâncton absorve e reflete a luz e como afeta a cor do mar, considerando a mudança climática.

Stephanie Dutkiewicz, a diretora de pesquisa do projeto, prevê que mudanças em fitoplâncton podem mudar cadeias alimentares, o que ela vê como "potencialmente sério". Mas admite dificuldade de definir se isso se deve à mudança climática ou à variação natural da clorofila. "Fenômenos como El Niño ou La Niña causariam mudança na clorofila, porque varia a quantidade de nutrientes no sistema." (Com agências internacionais).

Com seis quilos de resíduos plásticos no estômago, uma baleia foi encontrada morta e apodrecendo encalhada no Parque Nacional da Indonésia. A condição do animal era tão ruim que parte do seu corpo tinha sido levado pelo mar, o que impediu a realização da necropsia para descobrir a causa da morte.

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Dentre as coisas encontradas na barriga da baleia estavam copos, garrafas, sacos e até chinelos, tudo que havia sido descartado no oceano. A situação foi compartilhada pela organização de proteção animal WWF Indonésia. No Facebook, centenas de pessoas comentaram chocadas com a situação do animal marinho.

Neste sábado (20) e domingo (21) acontece o Circuito Recifense de Veleiros de Oceano. O ponto de partida e chegada das regatas será no Marco Zero, e a competição é válida pelo Campeonato Pernambucano de Oceano 2018.

As duas primeiras regatas serão realizadas no sábado, a partir das 10h, horário em que serão feitos os primeiros procedimentos da competição. Já a última disputa acontecerá no domingo, às 11h. O percurso das regatas será definido de acordo com as condições de vento.

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As inscrições podem ser feitas na Secretaria do Cabanga ou na Reunião dos Comandantes, nesta quinta-feira (18). O custo é de R$ 50 por tripulante.

Por Thiago Herminio

Em defesa ao descarte de plásticos nos oceanos e para sensibilizar a população sobre a importância de conservar o ambiente marinho, um mutirão de limpeza em ação voluntária será realizado neste sábado (14) na praia do Pina, Zona Sul do Recife. O evento ocorre das 8h às 18h. Os interessados em participar da ação podem acessar o site mutirão Recifee confirmar a inscrição que é gratuita.

O evento “Oceano Sem Plástico”  contará com a participação de agentes especialistas nas áreas de Educação Ambiental e Conservação da Marinha que vão conversar com banhistas na busca de conscientizar a população sobre o problema do descarte incorreto do lixo no meio ambiente. O intuito dos organizadores é reunir centenas de pessoas, incluindo banhistas, catadores, barqueiros, agentes de saúde e estudantes. 

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Os voluntários que vão participar da ação serão divididos em grupos, com orientação de um profissional envolvido, e cada um deles será responsável por coletar um material específico. O objetivo é colher o máximo possível de micro plásticos - embalagens, canudos, bitucas de cigarro, e tampinhas de garrafa, que, devido ao tamanho reduzido, se misturam à areia da praia.

Um estudo divulgado pelo Fórum Econômico Mundial aponta que até 2050 haverá mais plástico do que peixe nos oceanos. Por isto, o Projeto tem como urgência debater o assunto em evidência já que esses resíduos podem levar de 100 até 500 anos para se decompor e são descartados inadequadamente todos os dias nas praias, no mar, nos rios, nos canais e vias públicas. O evento é patrocinado pelo WWF-Brasil.

Serviço

Oceano Sem Plástico 

Quando: 14 de abril

Horário: 8h às 13h

Local:  Praia do Pina (na altura do JCPM)  

Inscrições gratuitas

Por André Cabral

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram um peixe robótico que pode dar aos cientistas um vislumbre pessoal e próximo da vida marinha, sem muitos dos riscos tipicamente associados à observação do oceano. O equipamento, chamado SoFi, é tão parecido com um peixe real que os animais nem parecem perceber sua presença.

Como o MIT News descreve, o robô usa câmaras infláveis ​​em sua cauda que imitam o movimento da cauda de um peixe real. Este sistema flexível pode ser ajustado rapidamente para alterar a velocidade do equipamento e ajudar nas manobras.

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Toda a metade traseira do peixe é feita de borracha de silicone e plástico flexível, e várias partes são impressas em 3D, incluindo a cabeça, que contém todos os componentes eletrônicos. Para reduzir a possibilidade de vazamento de água no maquinário, a equipe encheu a cabeça dele com uma pequena quantidade de óleo para bebês.

Em seus testes, os pesquisadores dizem que a vida aquática não parece incomodada pelo robô, o que contrasta com muitos sistemas de câmeras subaquáticas que os cientistas usam para observação. Diminuir o estresse sobre os animais é de suma importância, segundo o MIT.

A equipe do MIT agora está trabalhando em várias melhorias no SoFi. Os pesquisadores planejam aumentar a velocidade do peixe robótico melhorando o sistema de bombeamento e aprimorando o design de seu corpo e cauda. Eles dizem que podem usar uma câmera para permitir que ele siga automaticamente os animais marinhos.

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O Brasil está prestes a criar duas gigantescas áreas de proteção marinha, centradas nos dois pontos mais distantes de sua fronteira oceânica: o Arquipélago de São Pedro e São Paulo e a Cadeia Vitória-Trindade. Juntas, elas deverão proteger uma área do tamanho do Estado de Mato Grosso, com 900 mil quilômetros quadrados de mar aberto.

Apesar do isolamento geográfico, as ilhas sofrem com impactos da pesca, poluição e mineração. Tratam-se de ambientes únicos, com formações geológicas diferenciadas e repletos de espécies endêmicas, que não existem em nenhum outro lugar do mundo.

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Com a medida, o País garantirá com dois anos de antecedência o cumprimento da chamada Meta de Aichi, um compromisso internacional que demanda a proteção de ao menos 10% do território marinho de todas as nações até 2020. Hoje, essa cobertura no Brasil é de apenas 1,5%. Com as novas áreas protegidas, saltará para 25%.

"É uma mudança de escala nos nossos esforços de proteção marinha", disse o secretário de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, José Pedro de Oliveira Costa. "O mundo está se voltando para o mar, e nós queremos nos voltar também", destacou, citando iniciativas semelhantes por parte de países como Chile, Inglaterra e México.

As propostas foram abertas para consulta pública nesta semana, no site do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), como exige a lei. Audiências públicas estão marcadas para o início de fevereiro, no Recife (PE) e em Vitória (ES); e a expectativa é de que as unidades sejam criadas já em março. "Está tudo muito bem encaminhado", garante Costa. A proposta tem apoio do Ministério da Defesa e da Marinha, que possui bases de operação nos dois locais.

Rochedo

O Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP) é um afloramento de rochas nuas que se erguem do assoalho marinho a mais de mil quilômetros do litoral do Rio Grande do Norte, 630 km além de Fernando de Noronha.

A Marinha mantém uma pequena base na ilha principal desde 1998, como forma de garantir a soberania do País sobre o território. A proposta é transformar toda a Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do arquipélago em uma Área de Proteção Ambiental (APA), de 430 mil km², na qual a pesca e outras atividades terão de obedecer a regras de sustentabilidade. Uma área mais próxima às ilhas, de 140 km², que já é APA, seria reclassificada como Monumento Natural (Mona), com regras mais rígidas de proteção - incluindo a proibição da pesca.

"A área do arquipélago é muito pequena, então qualquer pesca lá pode ter um impacto enorme no ecossistema todo", diz o pesquisador Ronaldo Francini Filho, da Universidade Federal da Paraíba.

Cordilheira

A Cadeia Vitória-Trindade (CVT) é uma cordilheira de ilhas e montes submarinos que se estende por mais de mil quilômetros desde a costa do Espírito Santo até a Ilha da Trindade e o Arquipélago Martin Vaz. Nesse caso, há três propostas na mesa, todas incluindo a criação de uma grande APA redonda, de 472 mil km², centrada na Ilha da Trindade, mais uma ou duas áreas protegidas menores, classificadas como Monumento Natural, ao redor de ilhas e montes específicos.

"Nosso foco é no topo dos montes submarinos, que são os ambientes mais sensíveis e de maior biodiversidade", diz o pesquisador Hudson Pinheiro, da Academia de Ciências da Califórnia, que elaborou um diagnóstico da proposta para o ICMBio. "São ecossistemas únicos, que precisam ser protegidos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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