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Sobretudo homens, transeuntes gritavam: “sai daí”, “que p* é isso”, “vão pra casa”. Intrépidas, dez ativistas do Coletivo Rua das Vadias mantiveram-se enfileiradas por alguns minutos sobre uma das faixas de pedestre da Ponte Duarte Coelho, interrompendo o trânsito para que sentidos além das buzinas e vaias circulassem. Assim, a população precisou parar e escutar os vagidos emitidos pelo grupo, carregando baldes na cabeça e corpos ensopados de tinta guache vermelha. A dor das mulheres foi exposta no coração do Recife que, a ela, reagiu com indiferença e pressa para chegar a algum outro lugar.

Intitulada 'Rojas', a performance contou com convocatória pública nas redes sociais, aberta a mulheres cis e transgênero. Focado em desenvolver ações voltadas para temáticas de gênero e sexualidade, o Rua das Vadias já havia realizado perfomances como “Afetus” e “Água Dura”, também apresentado no Centro do Recife, na Marcha das Vadias de 2019. “Mais do que nunca o corpo se move contra censuras, preconceitos e machismos, vamos às ruas. Nossos corpos são do mundo, compõem as atmosferas caóticas das esquinas, das vielas e avenidas”, escreveu o grupo, em postagem nas redes sociais.

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Alguns registros da perfomance Rojas:

Em convocatória pública, grupo pediu que artistas vestissem roupas claras e levassem baldes para a ação. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

O governo de Michel Temer não quer deixar por menos os prejuízos causados pelos protestos que aconteceram no último dia 24 de maio, no ato chamado “Ocupa Brasília”. A Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com uma ação na Justiça para cobrar dos movimentos sociais e centrais sindicais os danos causados no Ministério da Agricultura. A AGU quer R$ 1,6 milhão dos organizadores.

Segundo a AGU, R$ 1,1 milhão seria para recuperar a estrutura física e R$ 530 mil que corresponde a um dia do salário dos servidores públicos, que pararam o trabalho para esvaziar o prédio na data. 

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Segundo informação divulgada pela Folha de S. Paulo, a AGU deve entrar com outras ações ainda esta semana, que se refere aos outros seis prédios atingidos. O valor total que será cobrado deve chegar aos R$ 5 milhões, aproximadamente.

Sobre o assunto, a Força Sindical disse que a manifestação foi “pacífica e organizada” e que não tinha nada a ver com os “baderneiros”, referindo-se aos Black blocs. O ato foi promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), entre outros. 

Por sua vez, a AGU disse que o fato de não conseguir identificar os protestantes não justifica a isenção de culpa dos que organizaram a manifestação. A advogada-geral da União, ministra Grace Mendonça, chegou a  dizer nessa terça-feira (30) que “atos de vandalismo não tem respaldo na Constituição Federal”. 

A polícia turca ocupou nesta terça-feira (4) a sede de um dos principais canais de televisão pró-curdos em Istambul e interrompeu a exibição dos programas.

Dezenas de jornalistas da emissora IMCTV estavam reunidos na redação e na sala de controle quando os policiais interromperam a exibição dos programas, de acordo com imagens exibidas ao vivo.

"Nunca vão calar a imprensa livre", gritavam os funcionários do canal antes da interrupção dos programas.

Ao meio-dia, a emissora não exibia mais a programação, mas os jornalistas se expressavam por meio do aplicativo Periscope nos telefones celulares.

Ao mesmo tempo, centenas de mensagens de solidariedade aos jornalistas circulavam pelas redes sociais.

A IMCTV, fundada em 2011, recebeu na semana passada uma notificação para o encerramento de suas atividades, relacionado à investigação após o golpe de Estado frustrado de 15 de julho.

A decisão judicial envolve 12 emissoras de TV suspeitas de vínculos com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e de apoiar o "terrorismo".

Depois da decisão, o canal foi retirado do satélite turco, mas continuava transmitindo seus programas on-line e com o satélite europeu Hotbird.

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