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No futebol existe uma máxima de que a bola pune, que serve para times que jogam achando que a vitória virá a qualquer custo dada a sua hegemonia, não importando os artifícios que venham a utilizar, os adversários que irão enfrentar, etc. A vitória acontecerá de qualquer jeito. Mas nem sempre tudo ocorre como dentro do script, de vez em quando o destino prega peças e aquele que estava acostumado a vencer, acaba sendo derrotado.

Na política não é diferente. De nada adianta a arrogância, a empáfia, o clima de já ganhou, os artifícios utilizados para atingir o objetivo. Pode acontecer algo que mude todo o curso do projeto idealizado por aqueles que se acham donos do poder. No caso do Partido dos Trabalhadores a situação foi bem semelhante a um clube de futebol que se acha dono da bola, mas acaba sendo surpreendido pelos desfechos inesperados do futebol.

Durante o primeiro governo Dilma, o PT achou que tudo o que ele fizesse sairia ileso, haja vista que os mais variados escândalos de corrupção ocorridos nos governos do PT não tiveram ressonância na sociedade e em nada prejudicaram os projetos do partido de tentar se perpetuar no poder. Durante o processo eleitoral do ano passado houve dois momentos em que o PT correu sérios riscos de perder a disputa. O primeiro com a morte de Eduardo Campos, que permitiu a Marina Silva uma avalanche de intenções de votos nas pesquisas eleitorais. Mas, para a sorte do PT – ou seria azar? – João Santana conseguiu destruir qualquer chance de vitória de Marina, que acabou novamente num modesto terceiro lugar.

Já no segundo turno entre Dilma Rousseff e Aécio Neves, o tucano chegou até a virar o jogo nas pesquisas eleitorais, mas novamente a máquina de moer reputações foi bastante eficiente em seu propósito e permitiu mais quatro anos pra Dilma Rousseff, mesmo com os sinais bastante claros que a economia estava em frangalhos e a corrupção cada vez mais endêmica que putrefava o governo federal, o povo brasileiro preferiu reeleger Dilma.

Um festival de mentiras e omissões foi realizado por Dilma Rousseff presidente e Dilma Rousseff candidata, não se sabia quem mentia e omitia mais. O resultado veio a galope. Bastou vencer a eleição que Dilma colocou a fatura para ser paga pelo povo brasileiro, que com menos de um mês já dava indícios que estava arrependido pela infeliz escolha que decidiu fazer em outubro de 2014.

O tempo foi passando e a situação foi se agravando. Começou evidenciando a fraqueza política deste natimorto governo quando em fevereiro Eduardo Cunha impôs uma acachapante derrota ao Palácio do Planalto na disputa pela presidência da Câmara. Os meses foram passando e as evidências de que o governo Dilma apesar de ter sido legitimado nas urnas, se tornava cada vez mais ilegítimo politicamente.

As farsas do governo foram sendo descobertas uma a uma, o poderio político do Planalto foi reduzido a pó, e mesmo depois de tentar reverter a curva com distribuição de cargos, o governo não conseguiu quórum suficiente para votar matérias de seu interesse, como a apreciação dos vetos da presidente. Mas o gran finale estava preparado para a votação das pedaladas fiscais no TCU.

De nada adiantou o Planalto, através da AGU, espernear, e tentar politizar para consequentemente desqualificar o julgamento do TCU. Os ministros não se intimidaram com a postura predatória do Planalto em querer adiar a sessão arguindo suspeição de Augusto Nardes, relator do processo na Côrte de contas. O resultado foi mais uma humilhação em praça pública para Dilma, o advogado-geral da União Luis Inácio Adms, e todo o Palácio do Planalto.

Por oito votos a zero, o TCU rejeitou as contas de 2014 de Dilma Rousseff apontando os R$ 106 bilhões de pedaladas fiscais para tentar burlar a Lei de Responsabilidade Fiscal. Era o grau que faltava para a tese do impeachment pegar fogo. A decisão do TCU é apenas uma recomendação ao Congresso, mas com o apelo popular contra o governo, é inimaginável que os deputados e senadores revertam a recomendação do TCU, porque eles sabem que se agirem assim irão pagar muito caro por esta decisão.

Ganhar a eleição trouxe uma alegria momentânea ao PT de vencer a quarta disputa presidencial consecutiva, mas o custo do resultado foi altíssimo para o país. Os brasileiros se deram conta do cenário de caos que se instaurou no Brasil. A postura equivocada do governo federal uma hora seria punida. E ontem, como no futebol, a bola puniu o governo.

Líder – O deputado federal Eduardo da Fonte (PP) assumiu ontem a liderança do bloco formado por PP, PTB, PSC e PHS, que juntos possuem 82 deputados federais. Com isso o pernambucano se torna o líder do maior bloco partidário da Câmara dos Deputados. Os quatro partidos deixaram de integrar o bloco que era liderado pelo PMDB.

Aluisio Lessa – O deputado estadual Aluisio Lessa (PSB) acompanhou o governador Paulo Câmara ontem na solenidade de reativação da Usina Pedroza, em Cortês, na Mata Sul. O empreendimento vai moer 400 mil toneladas de cana gerando um faturamento na ordem de R$ 45 milhões. Aluisio Lessa comemora a retomada do setor sucroalcooleiro em Pernambuco.

Gravatá – O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco aprovou ontem, por unanimidade, uma intervenção no município de Gravatá. Foi constatada uma série de irregularidades na gestão do prefeito Bruno Martiniano, que tem uma das maiores rejeições de Pernambuco. Se efetivada, a intervenção ocorrerá até 31 de dezembro de 2016.

Tony Gel – Candidato preferido do Palácio do Campo das Princesas a prefeito de Caruaru, o vice-líder do governo na Alepe deputado Tony Gel (PMDB) aparece liderando as pesquisas pelo comando da capital do forró. Nas sondagem realizada pelo Instituto Freud, Tony Gel lidera com três pontos de vantagem sobre Raquel Lyra, segunda colocada.

RÁPIDAS

José Agripino – O ministro do STF Luis Roberto Barrozo autorizou a abertura de inquérito para investigar o presidente nacional do DEM senador José Agripino Maia (RN) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Agripino é suspeito de ter recebido propina da construtora OAS durante a construção da Arena das Dunas em Natal.

Negativo – O Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4) em Porto Alegre negou ontem o pedido de habeas corpus apresentado por Marcelo Odebrecht, presidente da empreiteira preso pela operação Lava Jato em junho.

Inocente quer saber – Qual será o próximo revés do Palácio do Planalto?

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa minimizou neste sábado (29), o poder do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tirar a presidente da República, Dilma Rousseff, do cargo por um processo de impeachment. Barbosa disse ter participado de vários julgamentos do TSE em que governadores foram destituídos de seus cargos, mas que tem dúvidas se o TSE tiraria do cargo um governador de São Paulo, Rio de Janeiro ou Minas Gerais. "Um presidente da República? Acho muito difícil", disse Barbosa, que acabou de fazer a palestra "O Poder e a ética no Brasil", durante o 7º Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais organizado pela BM&FBovespa em Campos do Jordão, interior de São Paulo.

Barbosa criticou a formação do TSE, composta por "advogados que tocam suas bancas de advocacias durante o dia e se tornam juízes à noite". "Tenho dificuldades para entender isso. Nos julgamentos, as dificuldades estão nestes advogados de funções ambíguas. Não vejo condições de o TSE de tirar um presidente da República", disse.

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Lava Jato

Perguntado se acredita na possibilidade de eventuais decisões do juiz Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato, serem anuladas por alguma instância jurídica superior, Barbosa disse que não. "Esses rapazes são especializados, eles conhecem bem o circuito de lavagem de dinheiro internacional", disse o ex-presidente do STF. Para ele, o que pode acontecer, tendo em vista que Moro é um juiz de primeira instância, é algum procedimento dele ser corrigido por magistrados mais experientes locados em instâncias superiores.

O que posso dizer sobre o juiz Moro é que estamos em outra era. Não tem nada a ver com o momento em que eclodiu o mensalão em 2005.

BNDES

O ex-presidente do STF criticou os empréstimos realizados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas "escolhidas" e que o Brasil gostaria de ver quais foram os ganhos oriundos dessas operações. "O Brasil gostaria de ver na ponta do lápis o ganho ao nosso país desse fomento à exportação de serviços à base de polpudos empréstimos de pai para filho feito pelo BNDES a empresas escolhidas", disse.

Barbosa criticou fortemente ainda as relações de "compadrio", que permeia muitas empresas com o governo. "Esse modelo de capitalismo de compadrio a determinados setores podem sim causar distorções comportamentais e mudar radicalmente a dinâmica do poder público e aqueles que optaram pelo mundo dos negócios", destacou o ex-ministro.

Segundo ele, "pouca gente" sabe que o "descalabro dos preços" praticados por muitos setores, como o de energia, é fruto dessa relação "espúria", entre o "setor político e a cúpula desses setores". "Além da frouxidão dos controles administrativos que decorrem dessas relações espúrias", disse.

Barbosa disse que esse modelo acaba criando um modelo capitalista "quebrado e com a iniciativa privada desincentivada". "A dependência excessiva de benefícios empresariais concedidos pelo Estado corrompe toda a lógica do princípio capitalista, começando pela livre concorrência e livre iniciativa, que são pilares de todo o sistema econômico e se apropriam do esforço da sociedade, esforço que deveria fomentar a superação das desigualdades", disse.

Outra crítica, destacou, é sobre os concursos públicos, que hoje recrutam pessoas que são treinadas a responder "perguntas que se repetem" e não aquelas aptas a exercer o cargo público.

O advogado Antônio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, tem se movimentado no intuito de se lançar ao posto de prefeito de Olinda pelo PSB. Ele também alimenta o desejo de ter parte significativa da Frente Popular em torno do seu projeto. No mês de junho, na Casa da Rabeca, Tonca, como é conhecido, juntou parte significativa do meio político pernambucano para dar, no seu aniversário, o pontapé inicial rumo à prefeitura de Olinda nas eleições de 2016. Ele tem se reunido com algumas pessoas visando discutir um projeto consistente para a cidade.

É inegável a capacidade técnica de Antônio Campos, que é um advogado bem-sucedido, com excelente inserção no meio cultural, mas para ser prefeito é preciso muito mais. O que aparentemente ele não está conseguindo ter esse 'plus'. Nas pesquisas, de acordo com informações de bastidor, Tonca está com apenas um dígito, e não tem demonstrado crescimento em relação a sondagens anteriores.

Se fosse uma eleição de W.O. não teria muito o que discutir. Tivemos casos em 2012 que o Palácio do Campo das Princesas, leia-se Eduardo Campos, implodiu candidaturas adversárias em detrimento de projetos aliados que tinham dificuldades de crescimento. Mas o cenário em Olinda não é bem esse.

Para a disputa pela Marim dos Caetés existem pelo menos quatro nomes extremamente competitivos que são: a deputada federal Luciana Santos (PCdoB), a deputada estadual Teresa Leitão (PT), o deputado estadual Ricardo Costa e a segunda colocada na eleição de 2012, Izabel Urquiza, ambos do PMDB.

Imaginar que o PT, o PMDB e o PCdoB desistirão de projetos majoritários em Olinda para satisfazer um PSB sem Eduardo Campos para passar com o rolo compressor por cima de quem cruzasse o caminho é sonhar demais. Então, a candidatura de Tonca começa a entrar água antes mesmo de ir pra rua.

O PCdoB exige do PSB apoio para manter a parceria no Recife. O PMDB tem Jacilda Urquiza pedindo por Izabel, e ainda tem Ricardo Costa que pode migrar para o PSDB para viabilizar seu projeto. No caso do PT não há mais nenhum óbice para que Teresa Leitão dispute a prefeitura, como aconteceu em 2012. Todos os adversários de Tonca possuem, além de uma identificação maior com a cidade, o teste das urnas, que o irmão de Eduardo ainda não tem.

Está cada vez mais difícil Antônio Campos convencer o PSB e o Palácio do Campo das Princesas a apostar alto no seu projeto. Resta saber se ele vai conseguir surpreender como Eduardo fez em 2006. Mas, pelo andar da carruagem, a situação não é nada boa para insistir com o projeto.

Itambé - O prefeito Bruno Ribeiro (PSB) vem cuidando dos maiores problemas da cidade e discutindo soluções junto com a sociedade. No dia 12 deste mês foi debatida a questão da segurança. Nesta sexta-feira (21), o tema foi resíduos sólidos e, em setembro, será discutida a situação hídrica do município, que é a única cidade da Mata Norte onde a água é municipalizada.

Honra - O presidente da Arpe, Ettore Labanca, após as vaias que o governador Paulo Câmara recebeu da militância do PT no fórum Dialoga Brasil, realizado nesta sexta-feira (21), com a presença da presidente Dilma Rousseff, afirmou que era uma honra para o governador ser vaiado por quem rouba, assalta e forma quadrilha.

Gravatá - O deputado estadual Waldemar Borges, que é líder do governo na Alepe, tem se animado para a disputa pela prefeitura de Gravatá no ano que vem pelo PSB. É que pesquisas internas apontam a total inviabilidade da reeleição do prefeito Bruno Martiniano, que é considerado um dos piores prefeitos de Pernambuco.

Jarbas Vasconcelos - Em entrevista ao jornalista Mário Sérgio Conti, da GloboNews, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) afirmou que nos seus 45 anos de vida pública nunca viu uma crise política parecida como a atual e que se Dilma Rousseff não renunciar, tem que ser tirada do cargo.

RÁPIDAS

Negativo - Após rumores dando conta da saída do vice-presidente Michel Temer da articulação política, o ministro da secretaria-geral da presidência da República, Miguel Rossetto, descartou esta possibilidade, dizendo que Temer tem feito um extraordinário trabalho.

Restituição - Vários contribuintes estão reclamando da demora no crédito da restituição do Imposto de Renda neste terceiro lote. A Receita Federal não está repassando o valor da restituição alegando que os dados não conferem. Tem gente desconfiando que o governo não está pagando pra ganhar tempo.

Inocente quer saber - Armínio Fraga tem razão quando diz que ainda não chegamos ao fundo do poço?

O País está atolado na maior crise política, econômica e institucional da sua história. Dilma tomou posse em janeiro e já se vão mais de sete meses sem governar, isolada politicamente, insistentemente derrotada no Congresso e agora ameaçada de ter suas contas reprovadas por recomendação do Tribunal de Contas da União.

A crise tem nome, atende por Dilma. Não dá para bater em nenhuma outra porta. Enquanto ela resistir, maior os efeitos desastrosos na economia e na política. Dilma perdeu, na verdade, todas as condições para ser protagonista do processo de superação da crise. Falta-lhe envergadura, experiência política, postura de estadista.

A situação política atual da presidente Dilma é pior do que a enfrentada em 1992 pelo então presidente Fernando Collor de Mello, que acabou depois sofrendo um processo de impeachment. É fácil remontar um País quando todos os ministérios estão contaminados, fundos de pensão, bancos oficiais, BNDES? Essa é uma tarefa extremamente árdua, difícil.

Dilma tenta, forçadamente, criar uma agenda positiva, mas seus discursos são hilários. É um fato que moralmente o Governo não tem mais nada a dizer. Melhor seria se Dilma ficasse calada em muitas ocasiões. O único pronunciamento que o Governo pode fazer no momento é “nada a declarar”.

A cara de Dilma é a de um Governo decadente e desmoralizado. Acho que teremos racionamento de óleo de peroba, pois foi exatamente o governo dela que em dezembro de 2014 teve que aprovar a vergonhosa Lei do Calote, para criar a peça bizarra de superávit negativo. Tudo para que não fosse punida por crime de responsabilidade, gastando muito mais do que podia. Ou seja, Dilma quebrou o país.

O governo dela deliberadamente quebrou o País e está levando a uma inflação de quase 8% nos últimos meses acumulados. O dólar está alto por que o Brasil está quebrado, e os Estados Unidos estão indo muito bem. Conforme o Globo, nos Estados Unidos o “desemprego em fevereiro caiu de 5,7% para 5,5%, menor taxa desde 2008. Foram criados no mês quase 300 mil empregos em território americano.

Não existe isso de “crise mundial” que justifique tamanho afundamento de nossa economia, como em alguns momentos a presidente insiste em pregar para justificar nosso caminho irreversível ao fundo do poço. Na América Latina, para sermos realistas, sem tapar o sol com a peneira, como ela sugere, só estamos melhor que Argentina e Venezuela. Mas isso não significa absolutamente nada em termos de mérito.

FUZIL APONTADO– Voz corrente que se ouve nos bastidores de Brasília depois da prisão do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, na operação Lava Jato: “Ora, se Dirceu é um “dos líderes principais”, se os presidentes das maiores empreiteiras já foram presos e alguns viraram delatores, se todos os operadores e funcionários corruptos já foram identificados, quem mais falta? Estão apontando o fuzil para Lula, vão prendê-lo e acusá-lo de ser o grande chefe”.

A conta de Lula– Se vier a ser confirmada a informação de que o carequinha Marcos Valério, preso como um dos operadores do mensalão, teria entregue à Justiça Federal uma suposta conta de Lula no exterior, o juiz Sérgio Moro terá encontrado o elo do esquema Lava Jato com o ex-presidente. A conta teria sido especificada por Marcos Valério em 2012, quando prestou depoimento ao Ministério Público Federal. Segundo o publicitário, era identificada pelo número 01-00685-000, do banco francês Crédit Lyonnais, atual banco Crédit Agricole.

Cunha exclui o PT– Os principais partidos da base aliada e da oposição fecharam um acordo com o objetivo de excluir o PT do comando das comissões parlamentares de inquérito (CPIs) que serão criadas neste mês, entre as quais a CPI do BNDES. De acordo com parlamentares, o acordo foi negociado em um jantar segunda-feira passada na residência do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que rompeu com o Palácio do Planalto e passou a integrar a oposição ao governo.

Reação imediata– No Palácio do Planalto, há preocupação com a estratégia montada pelo presidente da Câmara de criar quatro novas CPIs em conjunto com a oposição. Para assessores diretos da presidente Dilma Rousseff, a exclusão do PT do comando das novas comissões de inquérito é um sinal claro de que haverá direcionamento na condução dos trabalhos. O governo teme a repetição do modelo da CPI da Petrobras, na qual os alvos passaram a ser, exclusivamente, o PT e o Planalto.

Rapidez na investigação – Do governador Paulo Câmara (PSB) sobre a crise nacional: "Temos que respeitar as investigações espero que elas sejam cada vez mais céleres e que continuem acontecendo se preciso. O que nos preocupa é a instabilidade política que isso gera. Nós defendemos que as investigações sejam feitas e que tudo seja apurado, porém que seja mais rápido porque a crise política atrapalha a crise econômica".

CURTAS  

UNIDADE– Em entrevista ao Frente a Frente, o deputado Miguel Coelho disse que vai trabalhar intensamente a unidade do PSB em Petrolina. Escolhido para presidir a Comissão Provisória do Diretório Municipal de Petrolina, o parlamentar é o nome preparado pelo pai, o senador Fernando Bezerra Coelho, para disputar a Prefeitura daquele município, mas terá que convencer o deputado Lucas Ramos, também pré-candidato.

LÁ E CÁ– Aos vereadores de Arcoverde, que rejeitaram a proposta do colega Luciano Pacheco (PSD), de redução dos seus salários: O presidente da Câmara de Vereadores de Jacarezinho, no norte do Paraná, precisou deixar a Casa em um camburão da Polícia Militar, devido à revolta dos moradores da cidade. Valdir Maldonado (PDT) se recusou a colocar em discussão um projeto de iniciativa popular, que previa a redução dos salários dos parlamentares dos atuais R$ 6,2 mil para apenas um salário mínimo.

 

Perguntar não ofende: Que fim levou o deputado estadual Alberto Feitosa (PR)? 

Durante os governos Jarbas Vasconcelos e Eduardo Campos o estado de Pernambuco conseguiu uma série de investimentos como a Refinaria Abreu e Lima, da Hemobrás, o Estaleiro Atlântico Sul, a Fábrica da Jeep e muitos outros empreendimentos que colocaram Pernambuco em outro patamar econômico.

Essa situação ficou mais consistente durante o governo Eduardo Campos que era um político completo porque além de ser um exímio gestor, era um grande articulador e com uma grande persuasão que poucos eram capazes de dizer não ao "Galego dos Olhos Azuis" como era conhecido no meio político. 

A liderança foi construída ao longo do tempo em que foi secretário da Fazenda, deputado federal, ministro da Ciência e Tecnologia e se acentuou durante seus sete anos e três meses de governo, que lhe colocaram num rol de lideranças importantes do cenário político nacional. Sua morte deixou um vácuo muito grande na política brasileira, mas foi muito mais latente no estado de Pernambuco.

Restou ao governador Paulo Câmara herdar o cargo de Eduardo, mas será a disputa contra o Ceará e contra o Rio Grande do Norte para atrair o centro de conexões de voos nacionais e internacionais da LATAM para o estado que poderá colocar o governador Paulo Câmara num patamar acima da média, ainda que esteja anos-luz de distância da capacidade política do seu criador. 

Se fosse Eduardo o governador de Pernambuco, talvez nem houvesse essa disputa, porque ele seria capaz de transformar um limão numa limonada e convenceria com argumentos sólidos a importância dos investidores do hub apostarem em Pernambuco em detrimento do Ceará e do Rio Grande do Norte. 

Caso o governador Paulo Câmara não consiga trazer o Hub para o estado, por mais que ele seja um gestor extremamente qualificado e tenha o respeito e a admiração de quem o cerca, sua imagem como sucessor de Eduardo no estado poderá ficar comprometida. 

Promessa - Uma das promessas de campanha do prefeito Geraldo Julio foi o fim dos pontos de alagamento no Recife. Durante as chuvas que aconteceram esta semana, ficou claro que o prefeito em dois anos e meio da sua gestão não foi capaz de cumprir a promessa. 

Listão - No listão do empresário Ricardo Pessoa da UTC Engenharia que envolve vários políticos está o deputado federal Eduardo da Fonte (PP). De acordo com a mídia nacional o progressista recebeu R$ 300 mil do esquema que distribuiu quase R$ 70 milhões com políticos de vários partidos. 

Internado - O ministro da Fazenda Joaquim Levy deu entrada na noite de ontem no Hospital do Coração em Brasília. Ele foi diagnosticado com embolia pulmonar e estava com viagem marcada para as 9 horas de hoje com destino a Washington na comitiva da presidente Dilma Rousseff. 

Recursos - Na visita que fez a Pernambuco ontem, o ministro das Cidades Gilberto Kassab assegurou para o governador Paulo Câmara a quantia de R$ 300 milhões para obras de esgotamento sanitário nas cidades de Garanhuns, Timbaúba e Arcoverde. 

RÁPIDAS 

Redução - A Câmara dos Deputados estuda reduzir o período das campanhas eleitorais dos atuais noventa dias para apenas quarenta e cinco. Com isso os políticos esperam reduzir consideravelmente os custos de uma eleição. 

Fies - A partir de agora será mais caro aderir ao Financiamento Estudantil do governo federal. Em vez de pagar 3,4% ao ano de juros, a taxa será de 6,5%. Porém, o prazo para pagamento que era de duas vezes o período do curso ficou para três vezes. 

Inocente quer saber - Renata Campos poderá substituir Geraldo Julio na disputa pela prefeitura do Recife? 

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Brasileiro não desanima, nem desiste fácil. Apesar da derrota por 7 a 1  contra a Alemanha durante a Copa do Mundo, a maioria dos torcedores ainda confia na Seleção Canarinha. A expectativa em relação ao desempenho do Brasil na Copa América é positiva, pelo menos foi isso que relatou os torcedores que se reuniram para acompanhar a estreia da seleção brasileira em um bar no Espinheiro, Zona Norte do Recife. 

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O estudante Luiz Melo comentou que a atuação do Brasil na Copa pode não ter sido das melhores, mas  a seleção vai continuar sendo favorita. “Para mim nada mudou. Aquele jogo foi uma fatalidade, a seleção estava sem o Neymar e o Thiago Silva. O Brasil tem tradição no futebol. Acredito que a seleção vai acabar sendo favorecida”.  

Já Rafael Raposo ressaltou que  o episódio da Copa do Mundo influenciou na crença dos brasileiros na seleção.  “Sem dúvida a derrota do Brasil decepcionou e pode ter refletido até na repercussão da seleção da Copa América, pois até a venda de ingressos foi menor. Mas a gente que gosta de futebol de verdade, acredita no desempenho da nossa seleção”, afirmou o estudante.

Mas há quem ainda tenha um pé atrás com a seleção.  O engenheiro Weidson Varella acredita o  Brasil vai ter que trabalhar muito o futebol para engatar novamente. Mas ressaltou que o grupo está conseguindo se sobressair. “Com o Dunga o futebol está diferente do que foi visto na Copa. Mas ainda acho que ela chega à final, mas perde”, brincou.  A observação do engenheiro ainda foi complementada pelo amigo Henrique Sampaio. O auditor acrescentou que apesar da desorganização estrutural do futebol e da Seleção brasileira, “O grupo possui técnica e isso pode sobressair nos jogos”. 

Na visão da fonoaudióloga Danielle Pinto, os jogadores brasileiros  estão se mostrando mais confiantes. Segundo a jovem, o vexame contra Alemanha vai ser difícil de esquecer, mas a seleção tem que reconquistar a confiança do povo.  “O jogo contra a Alemanha virou piada, foi humilhante. No entanto a seleção está se mostrando melhor dentro de campo, espero não me decepcionar novamente”. 

Os recentes escândalos de corrupção envolvendo a Federação Internacional de Futebol (FIFA) acabaram levantando a suspeita de algumas pessoas em relação a Copa de 2014. Para o taxista Jonathas Bueno, a Copa foi vendida. “Ver o Brasil levar quatro gols em 15 minutos e perder a partida por 7x1 foi humilhante. Pode passar 50 anos e o povo não vai esquecer daquilo tudo. Para mim, venderam a Copa de novo, como acho que aconteceu em 1998”, reclamou Jonathas, que apesar de se dizer desacreditado no futebol brasileiro continuou acompanhando o jogo de estreia enquanto trabalhava.

Era uma noite promissora. Vindo do Rio de Janeiro, o carioca, torcedor do Flamengo, tinha se programado para conhecer o famoso estádio do Arruda. Mesmo com a chuva que já caía na capital pernambucana, ele não desanimou. A dificuldade para encontrar um táxi era grande devido à uma greve surpresa de motoristas de ônibus, mas ele não desanimou.

Já eram 18h30 quando finalmente conseguiu um transporte. O taxista, tricolor doente, também queria ir para o jogo, então a corrida era perfeita para os dois. O carioca suspirou aliviado. Parecia que as coisas estavam melhorando. Com o trânsito provocado pela chuva, a corrida não saiu por menos de 40 reais, mas o que importava era chegar no Arruda a tempo de ver o jogo.

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Ele sabia que não seria um jogão. Santa Cruz e ABC não é bem o tipo de jogo de que se espera um primor de técnica, mas ia conhecer o estádio e se entreter com um jogo que tinha o ingresso barato. Pagou 10 reais para entrar e acabou entrando com o taxista tricolor, que também só tinha dinheiro para este setor – atrás do gol da Rua das Moças – onde conseguiram um lugar coberto, longe de chuva e com visão privilegiada do campo. Ótimo. Estava feito o programa.

Por volta dos 27 minutos o ABC fez um gol e um barulho estranho veio de cima do setor onde estava ele e o seu amigo taxista. Era a torcida do time potiguar. Estranhamente colocada no anel superior, exatamente acima dos tricolores que haviam pagado o ingresso mais barato para o jogo. Animada e sem controle – havia 3 policiais “vigiando” a torcida visitante – os fãs do ABC jogaram algum pedaço de ferro ou madeira que fez um estrondo e provocou um princípio de correria na arquibancada.

Parecia ruim, mas houve um lado positivo. O carioca e o taxista tricolor foram beneficiados pelo incidente e conseguiram passar para a arquibancada central do estádio – que antes do jogo era vendida pelo triplo do preço que pagaram. Um segurança do Santa Cruz foi o autor da benevolência de abrir o portão para que alguns mudassem de lugar.

A partir daí a tranquilidade reinou. Tirando o refrigerante desconhecido que foi “obrigado” a experimentar – não haviam os tradicionais para vender – pela bagatela de 5 reais e o salsichão frio que comeu, tudo estava bem. Lugar legal, sem chuva, com o taxista e alguns outros tricolores para conversar enquanto assistiam um jogo de baixo nível técnico. Mas ok, tinha pagado 10 e estava vendo o jogo em um local que custava 30. Os que pagaram 30 não estavam tão satisfeitos assim.

Terminada a pelada, que acabou mesmo 1 a 0 para o ABC, era a hora de ir para o hotel. Não teria que brigar por um táxi porque seu amigo taxista tricolor já tinha combinado a volta pelo mesmo preço. Tentou sair pelo mesmo portão que entrou. Mas o, antes benevolente, segurança não quis abrir. Tinham então que dar a volta no estádio para sairem por outra porta.

Já na saída, próximo ao ginásio do "Arrudinha", o carioca e o taxista tricolor se depararam com um tumulto. Sem saber muito o que fazer, ficaram esperando e não puderam ir em direção ao táxi, que estava estacionado em uma paralela da Rua das Moças, há poucos metros de onde eles haviam entrado. Como não conseguiram sair pelo mesmo local, estavam do outro lado.

Começou então um corre-corre grande, vindo em direção à eles. O taxista tricolor, valente, ficou estático esperando que tudo não passasse de um exagero de quem corria. Já o carioca sumiu no meio dos que corriam.

O taxista tricolor ficou. E a história continua com ele.

Já com raiva porque havia perdido uma corrida de 40 reais, o taxista tricolor resolveu ir de encontro ao foco da confusão. Seu carro estava do outro lado da bagaceira. Sabia que corria algum risco, mas tinha que pegar o carro o quanto antes, para recuperar o prejuízo de ter perdido o cliente certo. Nada havia de lhe acontecer. Não com ele. Um cidadão de bem, com dois filhos para criar e muito anos de vida pela frente.

Ao passar pelo meio da confusão, o taxista tricolor percebeu que estava numa enrascada. Ouviu barulhos de tiro, mas imaginou que eram balas de borracha da polícia. Infelizmente já estava acostumado com a situação, afinal, em todos os protestos e reintegrações de posse ocorridos recentemente, a prática da polícia era esta.

Estava errado. Ao passar ao lado de um policial, recebeu o recado de que os tiros não partiam da polícia. Deitou-se no chão e esperou o tiroteio passar. Aos poucos, a zuada foi parando, mas começou o “barulho”. Levantado do chão, o taxista tricolor foi interrogado pela polícia como se tivesse participado de algum crime, sendo obrigado a ficar detido enquanto não conseguia provar que apenas procurava seu carro.

Para completar, desorientado e nervoso após o ocorrido, não achou seu táxi nos 30 minutos seguintes, debaixo de chuva. Felizmente, sobreviveram ao jogo de futebol, que eles e mais 5 mil pessoas escolheram como programa na noite de uma sexta-feira chuvosa no Recife.

Em meio às insatisfações de algumas alas do PSB nos Estados como é o caso em Pernambuco, por exemplo, que não concorda com a fusão com o PPS, o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, convocou o Conselho de Presidentes Estaduais para uma reunião na tarde nesta terça-feira (12). O encontro será realizado na sede do partido em Brasília, e deverá contar com a presença do vice-presidente nacional da legenda, governador Paulo Câmara (PSB), que não divulgou agenda pública hoje e do presidnete estadual do PSB-PE, Sileno Guedes.

A principal pauta da reunião é a discussão sobre a possível fusão do PSB com o Partido Popular Socialista (PPS). Para isso, Siqueira deseja conhecer a opinião de cada estado e a posição de cada um dos membros do partido. Até agora, já foram realizadas reuniões com a Executiva Nacional do PSB e a Bancada do PSB na Câmara dos Deputados.

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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, acredita que a lei responsável pela regulamentação da terceirização no país – que teve o texto principal aprovado na Câmara dos Deputados, nesta quarta (8) – é um avanço para a economia brasileira. Durante passagem pela Zona da Mata pernambucana, no III Fórum Empresarial do Polo Econômico de Goiana e Entorno, o político enfatizou que não foi a lei que inventou a terceirização, mas o mercado de trabalho e suas imposições. 

“É uma realidade do mundo e do Brasil. A lei me parece um avanço na medida que estabelece uma relação de segurança jurídica, que era o grande problema da terceirização, ao não dar segurança nem a empresa contratante, nem aos trabalhadores da empresa contratada. Acredito que a lei foi uma necessidade, imperativo de uma realidade presente ao mercado”, observou Monteiro Neto. 

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Ao avaliar o cenário de crise econômica do país, Armando critica quem tem visão apocalíptica e exalta a confiança. “O Brasil, durante toda sua trajetória, demonstrou extraordinária capacidade de solucionar crises esporádicas. Volto a repetir que os pessimistas, no Brasil, estão sempre condenados a perder. Estou seguro que até o final do ano reequilibraremos a economia para retomarmos firmemente o crescimento do país”, assevera o ministro. 

“Não cogito deixar o partido”, diz Armando sobre possível fusão do PTB com o DEM

Principal liderança do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) em Pernambuco, Armando Monteiro Neto comentou sobre a possível fusão da legenda com o Democratas (DEM) e não se mostrou à favor. “Não cogito deixar o partido, não teria razão de deixar. Não se sabe bem por que interesses, alguns setores da executiva nacional querem avançar neste entendimento. Não temos nada contra os quadros do DEM em Pernambuco, mas não podemos ser contraditórios. Por exemplo, somos (prol) Governo no Plano Federal, eles oposição. No Estado, somos oposição e o DEM está com o Governo. Precisa haver coerência”. 

Mesmo garantindo que não tem a intenção de deixar o PTB, Armando disse que, se na hipótese de a fusão ser concretizar, “se, no final, não restar outra alternativa, então procurarei outros caminhos coerentes com minha posição”. Ventila-se a possibilidade de Armando migrar para o Partido Democrático Trabalhista (PDT). O político não confirma a informação. 

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Representação da inocência, beleza, rodeada de fantasias sobre amor, sem perder a delicadeza. Assim as mulheres eram retratadas na maioria das produções da TV aberta até a década de 70. Com o passar do tempo, a reflexão em torno do universo feminino ganha nova cara. As mulheres do século 21 conquistam papeis imponentes, esbanjam determinação e exalam sensualidade na programação de entretenimento.

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Na teledramaturgia é possível encontrar a mulher como dona de casa, profissional renomada, símbolo sexual, periguete. São muitas as faces femininas abordadas, mas a representação ainda não satisfaz o olhar crítico do telespectador. 

“A exposição das mulheres na TV não é equivalente à diversidade feminina que existe na sociedade. Poucas vezes você  encontra a mulher na condição de protagonista, formadora de opinião, sendo sujeito da sua própria história. Elas são apresentadas de maneira patriarcal, machista, geralmente como coadjuvante e objeto de desejo”, afirma o jornalista Ivan Moraes Filho, ressaltando que a atual apresentação do ser feminino na TV não condiz com a forma como a mulher gostaria de ser representada.

Alguns autores acreditam que a ascensão feminina está na quebra de paradigmas relacionados ao corpo. Na tentativa de construir a imagem da mulher que mais se aproxima da realidade atual, as produções acabam trazendo à tona alguns tabus. A minissérie Felizes para Sempre, por exemplo, veiculada pela TV Globo, apresentou a atriz Paola Oliveira em um papel polêmico. Interpretando Danny Bond, ela surge como uma estudante universitária, garota de programa e lésbica. Mas tal representação da mulher moderna na ficção não agradou a todos. A estudante Gleice Lira enxergou no papel da atriz a exemplificação do machismo, que vende a mulher como objeto sexual.

“Me senti ofendida. Para ser mulher não é preciso se prostituir, se vender. Precisamos ter dignidade para conseguir conquistar nosso espaço na sociedade”, opina Gleice.

Seguindo o mesmo viés, a cineasta Kátia Mesel afirma que a programação televisiva do Brasil não consegue transmitir as conquistas das mulheres ao longo dos anos, pois insiste na abordagem pejorativa. “A mulher é tratada como subcategoria. Apesar de ter galgado avanços nos meios de comunicação, ainda se negativiza muito a imagem feminina. Eu, por exemplo, me sinto distanciada dessa imagem transmitida na TV aberta”, pontua.

Com um ponto de vista distinto, a atriz Ingra Lyberato defende que a representação feminina na TV é reflexo da realidade. A artista ressalta que a mulher objeto não é fruto da imaginação do autor.

“A TV retrata muito bem o que existe na sociedade, pois a mulher objeto sempre existiu. A novidade está na abordagem da mulher independente, pois conquistamos essa liberdade há pouco tempo e ainda estamos aprendendo a lidar com elas. A mulher objeto vai continuar existindo, mas cabe a nós escolher se queremos assumir esse papel”, conclui a atriz.

Programas humorísticos são ainda mais polêmicos a respeito da abordagem feminina, pois além da exploração da sensualidade, as mulheres são tachadas como ‘burras’. O programa Pânico na TV é um dos humorísticos que utiliza esse tipo de conotação. As assistentes de palco esbanjam sensualidade em trajes minúsculos. Sobra beleza, mas a escassez de inteligência é grande. A  estratégia é atrair o olhar masculino, unindo o humor ao estereótipo de que mulher bonita e ‘gostosa’ não pode ser inteligente. Machismo, homofobia, exploração da mulher como objeto são recorrentes nesse tipo de programa.

“Numa época em que o culto ao corpo tem sido valorizado, não faz sentido mostrar que só as mulheres bonitas são burras. Inteligência nunca esteve relacionada à beleza. Acho uma idiotice a banalização desses programas que exibem a mulher e o pobre como indivíduo de baixa qualidade”, crava a estudante de direito Manuela Arruda.

Em contrapartida, no jornalismo tem sido cada vez mais recorrente a presença feminina nas bancadas. Na grade da Rede Globo, elas comandam ou dividem a apresentação de todos os programas do gênero. No SBT, a paraibana Raquel Sheherazade ganhou notoriedade pela ancoragem polêmica. E na Record, a bancada do jornal matinal é exclusivamente feminina.  

No entanto, Ivan Moraes ressalta que apesar das mudanças realizadas nos telejornais ao longo dos últimos anos, o espaço ocupado pelas mulheres na coordenação dos programas ainda é pequeno. “Hoje, a mulher começa a  aparecer à frente das bancadas. Mas isso não quer dizer que elas tenham protagonismo na fala destes programas, pois as emissoras ainda são controladas por homens e as posições de chefias ainda são prioritariamente masculinas”.

No ponto de vista da integrante do movimento Marcha Mundial das Mulheres, Bruna Leite, o sistema capitalista é o maior influenciador da representação da imagem negativa do sexo feminino na televisão. Segundo a jovem, apenas um sistema distinto poderia ler a imagem da mulher de forma correta. “O sistema capitalista não pauta a luta das mulheres e ainda reflete a imagem delas como mercadoria. Se as bandeiras democráticas fossem refletidas na televisão aí sim estaríamos bem representadas”, pontua.

O dia Internacional da Mulher é tempo de celebrar, mas principalmente refletir a cerca do papel delas perante a sociedade. A representação do universo feminino na tela da TV aberta é passível de questionamentos. Por esse motivo, algumas mulheres soltaram o verbo a respeito do que pensam sobre a representação da mulher na TV brasileira.

Confira os depoimentos:

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Em eleição para composição de mesas diretoras no Legislativo há uma praxe entre os partidos: o cumprimento do acordo na votação nos candidatos oficiais. Com isso, dificilmente quem se aventura em candidaturas avulsas têm chances de virar o jogo, a não ser que os deputados traiam.

Para trair, no caso dos deputados governistas, o preço tende a sair caro. No PSB, partido majoritário na Casa, com 15 representantes, o nome oficial para a Primeira-Secretaria é o do ex-prefeito do Cabo, Lula Cabral, mas Diogo Moraes está correndo por fora, ameaçando registrar sua candidatura avulsa.

Tem alguma chance? O voto é secreto, é verdade, mas se a própria bancada do PSB não seguir a orientação do partido quem ficará mal na fita será a cúpula socialista e por tabela o governador Paulo Câmara. Diz uma peça teatral que para trair basta apenas coçar.

No caso de um governo em início, poucos têm coragem de coçar, porque o risco de ser tratado a pão e água ao longo dos quatros anos é realíssimo. Uma candidatura avulsa saindo de qualquer partido por falta de consenso pode ser até natural, mas da legenda oficial, que está com a caneta na mão, é grave.

Grave porque expõe profundamente o governador, cria um clima de instabilidade e desconfiança, abrindo um precedente grave para derrotas em matérias de interesse do Governo. Diogo tem esta força aparente para desafiar o seu partido e o governo? Evidentemente que não.

NA CORTE– Devido ao congestionamento nos voos para Brasília, praticamente toda a bancada pernambucana já está na capital desde ontem, para a posse do novo Congresso amanhã. Os novatos fizeram os procedimentos de praxe, como a criação de senha e o treinamento da votação no painel eletrônico, como o tucano Daniel Coelho, que, entusiasmado, postou uma imagem nas redes sociais testando a sua senha.

O pepino é estadual– Na audiência com o ministro dos Transportes, quinta-feira passada, em Brasília, o ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento) e o senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, não colocaram em pauta a precária situação da BR-232 porque, segundo Humberto, a estrada é da inteira responsabilidade do Estado. E agora, José?

Derrota à vista – Dilma pode jurar que não, mas é senso comum que seu Governo está empenhado em eleger Arlindo Chinaglia para presidir a Câmara. Se o petista perder, a presidente sofrerá sua primeira derrota. Não é novidade a rejeição do candidato do governo. Em 2001, Aécio Neves derrotou o candidato do governo FH, Inocêncio Oliveira. Em 2005, Severino Cavalcanti venceu o candidato do governo Lula, Luiz Greenhalgh.

Azarão sem chances– Aliado do candidato do PMDB à Presidência da Câmara, o deputado não acredita que o socialista Júlio Delgado (MG) se transforme no azarão da eleição para renovação da mesa diretora no próximo domingo. “Apesar do esforço do PSDB, Júlio Delgado é vítima da migração para o voto útil. Ele já não é aquele candidato que disputou contra Henrique Alves”, observou.

Tratamento Vip– Em Brasília desde ontem, para tomar posse como mandato federal amanhã no Congresso, o secretário estadual de Turismo, Felipe Carreras, procurou o ministro Juca Ferreira para tratar de assuntos relacionados ao Estado e sentiu que Pernambuco será bem tratado. “Senti que o ministro vai investir bastante no turismo no Nordeste, especialmente em Pernambuco”, afirmou.

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LICENÇA– Dos 25 deputados da bancada federal que tomam posse amanhã, quatro se licenciam imediatamente para o secretariado de Paulo Câmara: Sebastião Oliveira (PR), Felipe Carreras (PSB), Danilo Cabral (PSB) e André de Paula (PSD). Mas todos terão direito a votar na eleição da mesa diretora.

RENÚNCIA– O vereador Raul Jungmann, da bancada do PPS no Recife, renuncia ao mandato na próxima segunda-feira para tomar posse como deputado federal. Como suplente, assume o mandato porque Paulo Câmara convocou quatro federais para o secretariado.

 

Perguntar não ofende: Dilma será derrotada na eleição da mesa diretora da Câmara dos Deputados? 

No Sudeste, região ainda mais rica do País, que hoje sofre o mesmo drama da falta de água como o Nordeste, os governadores do Rio, São Paulo e Minas foram rápidos no gatilho para buscar uma solução duradoura a curto prazo: a transposição do rio Paraíba do Sul.

Na pressão, o Governo Federal aprovou a inclusão do projeto no PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. Por meio de canal dos reservatórios Jaguari e Atibainha custará R$ 830,5 milhões, quase uma transposição do São Francisco, inicialmente cotada em R$ 1,1 bilhão.

A obra faz parte dos projetos de segurança hídrica que o governo de São Paulo apresentou à presidenta Dilma para reforçar o abastecimento de água. A Sabesp será a responsável pela obra, que aumentará a disponibilidade hídrica no sistema Cantareira em 5,1 metros cúbicos por segundo.

O sistema Cantareira atende a região da Grande São Paulo e já está usando o segundo volume morto, abaixo do nível da barragem, e o seu nível continua caindo enquanto as previsões de chuva ainda são escassas. A bacia do Paraíba do Sul também enfrenta dificuldades, sendo que uma de suas represas, a Paraibuna, esgotou o seu volume útil.

O Paraíba do Sul é também importante fonte de abastecimento de água do Rio de Janeiro. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), a interligação não vai ocorrer no atual período hidrológico, mas apenas após a conclusão das obras e quando estiverem em vigor as novas regras de operação dos reservatórios do Paraíba do Sul.

As licitações para as obras já estão autorizadas. O consenso foi firmado em uma reunião convocada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atuou como mediador. Os governadores se comprometeram a respeitar, nas obras, estudos de impacto ambiental e também a realizar ações de compensação ao meio ambiente, como a recuperação de matas ciliares.

Os governadores também concordaram que qualquer obra só poderá ser realizada com a anuência dos três Estados. A discussão chegou ao tribunal por meio de uma ação em que a Procuradoria Geral da República pede que os três estados sejam proibidos de realizar obras de captação de águas do Rio Paraíba do Sul para abastecer o sistema Cantareira.

Se o Governo agisse tão rápido assim também no Nordeste, certamente as obras hídricas que emperram o desenvolvimento de região já estariam em outro patamar, inclusive a mãe delas – a transposição do São Francisco, que anda devagar, quase parando.

FICA FORA– O ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento) diz que mantém sua posição contrária à reeleição na Assembleia, mas ressalta que não pretende influenciar o voto da bancada do PTB na Casa. “Eu converso com os companheiros, mas esta não é uma decisão”, disse em visita, ontem, ao polo automobilístico de Goiana, quando foi provocado a tratar também de política.

Boêmios se rebelam– A lei que regulamenta o funcionamento de bares e restaurantes no sítio histórico de Olinda, sancionada, ontem, pelo prefeito Renildo Calheiros, impondo, sem misericórdia, o fechamento, impreterivelmente, às 23 horas, foi recebida com profunda tristeza pelos boêmios. Há quem aposte num protesto bem-humorado pelas ladeiras da cidade.

Exportações– Armando disse, ontem, em Goiana, que o Plano Nacional de Exportações (PNE) deverá ser apresentado em um prazo máximo de 30 dias. O PNE, segundo ele, vai alavancar as exportações e reduzir o déficit da balança comercial brasileira, que chegou a R$ 4 bilhões em 2014, é uma das prioridades do governo da presidente Dilma Rousseff.

Briga na justiça– O ex-deputado Pedro Corrêa ingressou com representação contra o juiz da 1ª Vara de Execuções Penais, Luiz Rocha. Acusa o magistrado de autoritarismo e abuso de poder. Corrêa entrou com um pedido de autorização para passar o fim de ano junto à família, seguindo o mesmo ritual feito pelos advogados de José Dirceu, José Genoíno e João Paulo Cunha, também condenados na Ação Penal 470, mas Rocha negou.

Boa notícia– A prefeita de Arcoverde, Madalena Brito (PTB), assinou, ontem, a carta de anuência para instalação de uma fábrica com tecnologia italiana para produção de blocos de cimento expandido. Trata-se de um investimento da ordem de R$ 5 milhões, gerando mais de 50 empregos diretos e uma centena de indiretos, do grupo Isoltech.

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INFRAESTRUTURA– O prefeito de Goiana, Fred da Caixa (PTB), acompanhou o ministro Armando Monteiro, ontem, na visita ao polo automotivo da Fiat e aproveitou para encaminhar alguns pleitos para melhorar a infraestrutura da cidade e dar suporte aos novos investimentos.

TREVO– A Justiça Federal recebeu, ontem, denúncia oferecida pelo MP contra o segundo grupo da Operação Trevo, denominado “A Paraibana”. Mais cinco investigados viraram réus na Ação Penal nº 0001389-48.2015.4.05.8300, sendo um gerente de instituição financeira e quatro integrantes de suposta organização criminosa.

Perguntar não ofende: Fernando Bezerra antecipou a campanha para governador em 2018?

Na profunda e preocupante crise que o Estado vive desencadeada no sistema presidiário, o governador Paulo Câmara (PSB) cancelou a sua agenda pública, se recolheu ao gabinete refrigerado e não deu um pio. Pernambuco, pelo menos até o momento, não sabe, portanto, o que o governador pensa sobre o momento.

Para a linha de frente, escalou secretários e o comando da Polícia. Existem medidas e propostas do Governo? Sim, mas não explicitadas pelo chefe maior do Estado. Mas não seria aconselhável esperar comportamento diferenciado de Câmara, porque seu estilo é diferente do ex-governador Eduardo Campos.

Eduardo, ao contrário de Câmara, teria ido para a linha de frente desde o primeiro momento, enfrentando inclusive a mídia. Era seu estilo, agressivo, aguerrido e corajoso. E deu certo! Nas grandes crises, ninguém sangrou porque ele esteve o tempo inteiro no seu comando.

Falando, ouvindo, agindo e até dando o murro na mesa. Um grande político ou gestor se forja nas mais temíveis adversidades. Todo o ambiente é favorável ao forte; de um modo ou de outro ele o ajuda a cumprir a missão que se impôs e a conseguir ir porventura mais além das barreiras marcadas.

Voltaire, pensador francês, dizia que não existem grandes conquistadores que não sejam grandes políticos. “Um conquistador é um homem cuja cabeça se serve, com feliz habilidade, do braço de outrem”, ensinou ele. Esta lição provavelmente tenha levado Eduardo a ser agressivo na ação, diferente do seu sucessor.

Porque, convenhamos, Eduardo foi forjado na política. Câmara, na área técnica. São poucos os políticos que tinham o manejo da política como Eduardo. Num momento de uma crise como esta, ele usava a sua sabedoria política para vencer todas as barreiras. Eduardo fazia assim, porque ouvia pouca gente.

O que valia, de fato, para ele, era o seu feeling. Já Paulo, ouve muita gente, até pela pouca experiência política. Ao escrever “O Príncipe”, Maquiavel desejava guiar os governantes, alertando-os sobre as armadilhas da selva política, esta mesma selva que vive, hoje, Paulo Câmara.

Um príncipe, seguindo os preceitos de Maquiavel, não devia medir esforços nem hesitar, mesmo que diante da crueldade, se o que estivesse em jogo fosse a integridade nacional e o bem do seu povo.

Câmara age sem falar, tomando decisões em cima do conjunto do que pensa seus assessores mais próximos. Não sabe que as pessoas de sucesso na gestão pública são aquelas que sabem reconhecer a necessidade de provocar, em vez de esperar para se adaptarem ao que os outros dizem ou pensam.

COM UCHOA– Integrante da bancada de oposição na Assembleia, o deputado Romário Dias (PTB) vê um cenário favorável para a reeleição de Guilherme Uchoa (PDT) e garante que, independente de surgir um candidato para bater chapa, vota com Uchoa. “Mas esta discussão que observamos, hoje, pela mídia está equivocada”, alerta.

Até o PT chia– O PSDB parece ter razão quando diz que a presidente Dilma traiu seus eleitores. Petistas estão aderindo a esta linha política. O marido da deputada Maria do Rosário (PT-RS), Eliezer Pacheco, usou as redes sociais para lançar seu grito de guerra: “Não foi nisso que nós votamos.

A política é diabólica– A carta do deputado Alberto Feitosa (PR) apelando para o presidente da Assembleia, Guilherme Uchoa (PDT), renunciar, tem lá suas razões: abrindo mão da reeleição, Uchoa passa o comando da Casa para o PSB, o que abriria a possibilidade de o PR disputar a Primeira-Secretaria. Com quem? Com o próprio Feitosa. É a política do olhando do umbigo para baixo.

Chá de cadeira– O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), aguarda há mais de 20 dias uma audiência pedida ao governador Paulo Câmara (PSB) para resolver broncas no município que dependem diretamente do Estado. Mas nem um e-mail o Palácio manda ao prefeito justificando as razões da demora ou dificuldades de recebê-lo.

Aumento excluído– Sobre o comentário de ontem, o ex-secretário estadual de Imprensa, Ivan Maurício, esclarece que em nenhum momento o ex-governador João Lyra (PSB) negociou percentuais de aumento de salários com a Polícia Militar para pôr fim à greve do ano passado. “Todos os itens em implicavam em despesas de pessoal foram excluídos da pauta por ordem dos impedimentos da legislação eleitoral em vigor”, garantiu.

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FIAT– De volta a Pernambuco, o ministro Armando Monteiro, do Desenvolvimento, visita, hoje, a fábrica da Fiat em Goiana e depois almoça com a direção da montadora. Já o senador eleito Fernando Bezerra, em campanha para governador, visita a usina Pumaty, em Joaquim Nabuco.  

CUSTÓDIA– O prefeito de Custódia, Luiz Carlos (PT), garante que os servidores da ativa estão com seus salários em dia. Ressalta, entretanto, que há atraso com os aposentados, mas apenas de um mês, dezembro, com data marcada para pagamento: próximo dia 30.

Perguntar não ofende: Quando o governador vai sair da reclusão? 

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O programa Opinião Brasil especial de natal traz como tema a solidariedade entre as pessoas. O assunto é um dos mais falados e valorizados neste período de fim de ano. Para debater sobre a existência deste sentimento e as mais diferentes formas que ele pode se manifestar entre os indivíduos, o jornalista Thiago Graf entrevista a chefe do setor de comunicação da Legião da Boa Vontade em Pernambuco, Vania Besse, e a neuropsicóloga Edna Souza.

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Na edição, as convidadas ressaltam a evolução histórica da solidariedade e a influência dela na vida das pessoas. Elas explicam que esse sentimento pode ser manifestado de várias formas, não necessariamente com doações, que são comuns neste período natalino.

No programa, o público também vai conhecer um pouco mais do trabalho realizado pela Legião da Boa Vontade em todo o Brasil. A entidade leva apoio, alimentos, qualificação para famílias através de unidades instaladas em 72 cidades de 21 estados mais o Distrito Federal. A LBV está realizando até o fim do ano a campanha Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada dia!. O Opinião Brasil mostra os detalhes para quem quiser contribuir com as ações.

Além desses pontos, o programa ainda reservou espaço para mostrar o trabalho realizado pelos Doutores da Alegria, que neste fim de ano levam alegria e esperança para crianças em unidades públicas de saúde no Recife, com o espetáculo 'O Auto do Natal'. A equipe acompanhou uma das apresentações, realizada no Hospital da Restauração - o maior de Pernambuco.

Confira todos os detalhes no vídeo. O Opinião Brasil é apresentado por Thiago Graf e exibido toda semana no Portal LeiaJá.

O Brasil e Pernambuco avançam. O avanço de indicadores socioeconômicos deve ser reconhecido como um progresso e são resultado de uma sequência de eventos motivados por ações dos governos e dos indivíduos. Neste sentido, as eras FHC, Lula e Dilma contribuíram fortemente para o avanço do Brasil. Da mesma forma, as eras Jarbas Vasconcelos e Eduardo Campos possibilitaram Pernambuco avançar.

Dilma assumirá novo mandato com desafios, em particular, nos âmbitos econômico e de combate à corrupção. O Brasil não parou na era Dilma. No entanto, não apresentou índices de crescimento econômico semelhantes ao da era Lula. Por outro lado, a era Dilma manteve em ritmo agressivo as políticas de inclusão social, em particular, as educacionais. E Dilma acerta ao priorizar os programas de educação, como Pronatec, ProUni e Fies, já que tais programas ofertam condições de mobilidade social aos brasileiros.

Porém, a presidente pecou ao desprezar o controle da inflação. A alta da inflação afeta fortemente as classes C e D. Se por um lado foi garantida a inclusão social através de especificas ações, por outro, permitiu-se que a inflação corroesse o poder de compra das referidas classes. Foi preciso estratégias para o combate à inflação e a nomeação de Joaquim Levy para ministro da Fazenda chega como um acerto.

Práticas de corrupção não devem fazer parte da imagem de governos. Devemos reconhecer o avanço das instituições brasileiras no combate à corrupção e o avanço que contou com o apoio de diversos presidentes da República. Entretanto, a presidente Dilma Rousseff deve liderar a agenda de combate à corrupção no Brasil incentivando as instituições a combatendo eficazmente práticas ilícitas.

A era Jarbas iniciou processo de reformulação da máquina pública de Pernambuco e investiu maciçamente em infraestrutura. A era Eduardo continuou com as meritórias ações promovidas pelo governo Jarbas. E foi além, ao atrair alto montante de investimentos privados e da União. Com a contribuição do vice-governador João Lyra e de secretários qualificados, a era Eduardo inovou nas políticas de saúde e de combate à violência.

Paulo Câmara, governador eleito, assumirá com um desafio principal: manter as boas ações do governador Eduardo Campos. Com a contemplação do desafio principal, surge outro: a promoção de ações inovadores em diversas áreas, dentre as quais, infraestrutura, educação, saúde e segurança pública. Aliás, as políticas de educação do governo Federal, em particular o ProUni, podem servir de inspiração para o governador eleito.

Desejo boa sorte a presidente Dilma Rousseff e ao governador Paulo Câmara. Eles têm qualidades para realizar bons governos. Feliz 2015 para todos os brasileiros!

Sinais ruins para a economia em 2015: a arrecadação de impostos e contribuições federais, junto com as demais receitas (como royalties do petróleo), registrou forte queda real (após o abatimento da inflação) de 12,8% em novembro deste ano, para R$ 104,47 bilhões. A comparação foi feita com o mesmo mês do ano passado.

Segundo o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Secretaria da Receita Federal, Claudemir Malaquias, a arrecadação "pode ter um crescimento zero ou vir um pouco abaixo disso". Confirmada a previsão, será a primeira queda real (após o abatimento da inflação) desde 2009 - quando a economia brasileira sentiu os efeitos da crise financeira internacional.

É a primeira vez também que a Receita admitiu que a arrecadação pode ter queda real neste ano. No início de 2014, o Fisco estimava uma alta real de 3,5% na arrecadação. Depois, esta estimativa de crescimento passou para 2% e, posteriormente, para 1% de crescimento. No mês passado, a previsão passou a ser de um "crescimento real zero" em 2014.

De acordo com dados do Fisco, o tombo da arrecadação federal em novembro deste ano está relacionado com o forte ingresso de recursos de parcelamentos no mesmo mês do ano passado - quando as empresas fizeram o pagamento da principal parcela do Refis da Crise daquele ano.

Em novembro de 2013, houve a entrada de R$ 22,77 bilhões em recursos de parcelamentos. No mesmo mês deste ano, também houve ingresso de recursos do Refis, mas em valor bem mais baixo: R$ 8,14 bilhões.

Sem a diferença do ingresso de recursos dos parcelamentos de um mês para o outro, a arrecadação também teria ficado menor, neste mês, do que em novembro de 2013, mas por uma diferença muito pequena: cerca de R$ 800 milhões, de acordo com dados da Receita Federal.

MINISTROS– Dilma deve confirmar hoje a permanência dos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Arthur Chioro (Saúde) e Ricardo Berzoini (Relações Institucionais). Miguel Rossetto, hoje na pasta do Desenvolvimento Agrário, deve ser deslocado para a Secretaria-Geral, no lugar de Gilberto Carvalho, que, após 12 anos de Planalto, será realocado na presidência do conselho de administração do Sesi.

Só com consulta– Depois que reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" informou que o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), faz parte da lista de 28 políticos mencionados na delação premiada de Paulo Roberto Costa, a presidente Dilma decidiu ser mais cautelosa, consultando o Ministério Público antes de anunciar ministros supostamente citados pelo ex-diretor da Petrobras.

Lote do PMDB– Segundo interlocutores do vice-presidente Michel Temer, a definição sobre quais ministérios o PMDB irá comandar e os nomes dos futuros ministros peemedebistas ocorrerá hoje. Ele e Dilma devem voltar a se reunir ao longo do dia. Ao meio-dia, a petista receberá seus atuais ministros no Palácio da Alvorada para um almoço de confraternização de fim de ano.

Entrou na briga– Preterido pelo seu próprio partido, o PR, para o primeiro escalão do governador eleito Paulo Câmara, o deputado Alberto Feitosa está de olho agora na primeira-secretaria da Assembleia, cargo que deve ir para o PSB se o presidente Guilherme Uchoa (PDT) emplacar o quinto mandato.

Tesoura na ordem do dia – Em tempos bicudos, o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), fez, ontem, a última reunião do ano com o seu secretariado e deu ordem expressas para cortes de despesas em 2015, temendo as dificuldades que enfrentarão os municípios nos primeiros seis meses do ano que vem.

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SEM VOTO– Embora seja um parlamentar respeitado e com trânsito na bancada pernambucana dificilmente o mineiro Júlio Delgado (PSB), que ontem fez campanha no Estado, terá votos na representação estadual, que deve apoiar maciçamente a candidatura de Eduardo Cunha(PMDB-RJ) à presidência da Câmara.

GABINETES– Levados pelo presidente da Casa, Guilherme Uchoa (PDT), um grupo de deputados estaduais conheceu, ontem, as novas instalações da Assembleia no Estado. Segundo Uchoa, os novos gabinetes devem ser entregues aos parlamentares no dia 20 de janeiro.

Perguntar não ofende: Waldemar Borges está mesmo disposto a enfrentar a reeleição de Uchoa?

A inteligência artificial poderia ameaçar a humanidade, segundo a previsão do renomado cientista britânico Stephen Hawking, um cenário de ficção científica que volta a abrir o debate sobre a tecnologia e o futuro do ser humano.

A perguntas da AFP, antropólogos, futurologistas e especialistas em inteligência artificial se mostram divididos sobre os temores de Hawking.

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Os temores de um homem que brinca de ser Deus são antigos e alimentaram grande número de romances e filmes como "2001: uma odisseia do espaço", com seu computador mortal Hal 9000 ou, mais recentemente, o "Exterminador do Futuro", um androide matador.

Mas, atualmente, quem abordou o assunto foi um respeitado astrofísico. "As forças primitivas de inteligência artificial que já temos demonstraram ser muito úteis", admite Stephen Hawking que, vitimado por uma distrofia neuromuscular, se expressa através de um computador. "Mas penso que o completo desenvolvimento da inteligência artificial poderia significar o fim da raça humana", declarou, em entrevista recente à BBC.

Para não perder de vista o que acontece neste contexto, o multimilionário Elon Musk explicou já ter investido em empresas de inteligência artificial. "Devemos nos assegurar de que as consequências são boas, e não más", indicou. "Gostei que um cientista 'ciência pura' tenha dito isto. Eu digo isto há anos", declarou Daniela Cerqui, antropóloga da Universidade de Lausanne. "Delegamos cada vez mais prerrogativas dos seres humanos a estas máquinas para que sejam mais competentes que nós. Terminaremos transformados em seus escravos", afirmou.

Ao contrário, Jean-Gabriel Ganascia, filósofo e especialista em inteligência artificial, considera excessivo o grito de alerta de Hawking. "O risco é, sobretudo, o humano que usaria estas tecnologias para submeter" outros seres humanos, considera este professor da Universidade Pierre et Marie Curie, de Paris.

Desenvolver uma inteligência artificial "amistosa"

Nick Bostrom, futurologista da Universidade de Oxford, pensa que "a máquina inteligente conseguirá superar a inteligência biológica. Então, haverá riscos existenciais associados a esta transição".

"As máquinas já são mais fortes do que nós. Penso que também acabarão sendo mais inteligentes, embora não seja o caso atualmente", acrescentou.

Durante estes últimos anos, foram realizados enormes avanços no campo da inteligência artificial com relação à capacidade de tratar, analisar dados e responder perguntas.

No entanto, para Anthony Cohn, professor da Universidade de Leeds (centro do Reino Unido), ainda está longe da inteligência artificial geral completa, que preocupa Stephen Hawking. "Serão necessárias ainda várias décadas", estima.

Mathieu Lafourcade, especialista em inteligência artificial e em tratamento da linguagem da Universidade de Montpellier (sul da França), considera alarmista a advertência do físico.

Para este especialista francês, "em um futuro hipotético" talvez será preciso recorrer às máquinas em algumas áreas, pois suas capacidades intelectuais terão superado as nossas. "A máquina nos proporá uma solução que não chegaremos a compreender, mas na qual será preciso confiar".

Stuart Armstrong, outro futurologista da Universidade de Oxford, avalia que "as incertezas sobre o desenvolvimento da inteligência artificial são extremas".

"O problema é que é extremamente difícil programar objetivos compatíveis com a dignidade ou, inclusive, com a sobrevivência da humanidade", continua.

"Seria preciso programar quase todos os valores humanos perfeitamente no computador para evitar que a inteligência artificial não interprete 'erradicar a doença' como 'matar todo mundo' ou 'manter os humanos sãos e salvos e felizes' como 'enterrar todo mundo em um bunker com heroína'", afirma.

Para Armstrong, "os engenheiros devem levar a sério estes problemas e encontrar soluções para desenvolver uma inteligência artificial 'amistosa', plenamente compatível com os valores humanos".

O deputado federal Silvio Costa (PSC) afirmou que a privatização da Petrobras poderia melhorar a qualidade dos serviços oferecidos. A imagem da estatal, que ficou meio nebulosa após o escândalo que está sendo investigado pela operação Lava-Jato, poderia ganhar mais credibilidade. 

“Ela vai valer bilhões de dólares (...) Até porque a Petrobras estava privatizada. Era um grupo lá roubando a Petrobras. O povo não está preocupado se é privado ou público, o povo está preocupado com o serviço. Não privatizou os telefones? Não foi bom para o País? Não privatizou a energia? Então não tem dificuldade de privatizar”, pontuou o parlamentar, em entrevista concedida a uma rádio local.

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Ainda segundo o deputado, as empresas envolvidas no escândalo poderiam ser substituídas por construtoras internacionais. “As construtoras vão ficar inidôneas, mas vão aparecer outras construtoras. Eu, por exemplo, defendo o capital internacional”, cravou Costa.

O vice-presidente do PSDB e senador reeleito Alvaro Dias (PR) disse nesta terça-feira, 28, que a intenção da presidente Dilma Rousseff (PT) de aprovar uma reforma política no Congresso por meio de um plebiscito é um "novo equívoco". O modelo de se fazer uma consulta popular sobre as mudanças nas regras político-eleitorais antes de enviar uma proposta para votação no Congresso já havia sido rechaçada em meados do ano passado pelos parlamentares, após os protestos da metade de 2013.

Para o tucano, a sugestão de Dilma, apresentada durante seu discurso de vitória no domingo, 26, à noite, se trata de uma "manobra diversionista". Para ele, a reforma política tem sido debatida há décadas no Congresso e os partidos políticos já têm a "exata noção" do que deve ser alterado nas regras.

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"Me parece um novo equívoco (o modelo proposto por Dilma). Nós estamos diante de gravíssimos problemas no País e nenhuma manobra diversionista neste momento acrescenta ou contribui para a solução dos problemas nacionais", afirmou o senador do PSDB, que foi reeleito com a maior votação proporcional para o cargo destas eleições, 77% dos votos válidos.

'Desvio de foco'

Alvaro Dias, que está de licença do cargo até o início de dezembro, mas esteve no Senado no começo da tarde, disse que o fato de um novo Congresso ter sido escolhido nas eleições deste mês autoriza os parlamentares a realizar a reforma sem a necessidade, a priori, de se fazer uma consulta popular. "Saímos das urnas agora, portanto, autorizados a promovê-la. Eu não imagino um plebiscito nesta hora, seria um desperdício", argumentou ele, ao considerar a medida um "desvio de foco" e mais uma vez uma "manobra diversionista".

O tucano disse que a presidente poderia, por exercer um "cargo imperial", estabelecer um cronograma para se aprovar a reforma e enviar ao Congresso um projeto de lei em regime de urgência constitucional para que a proposta seja aprovada "o mais rapidamente possível". Esse tipo de projeto tranca a pauta do plenário da Câmara dos Deputados, se não for votado 45 dias após ter sido enviado pelo Executivo.

Embora diga que não seja necessária uma consulta popular, Alvaro Dias afirmou que poderia até discutir a realização de um referendo, caso ocorresse durante as eleições municipais de 2016. "Entendo que a reforma política amadureceu durante vários anos e nós sabemos que é preciso conferir ao País um novo poder político porque esse modelo produziu desgaste, é antiquado e está superado", afirmou. "Em matéria de consulta popular, o referendo seria o ideal, porque não há como desautorizar o Congresso recém-eleito. Ele está autorizado a realizar a reforma política", completou.

O Brasil e outros países da América Latina precisam enfrentar problemas estruturais, sob o risco de os níveis de investimento privado continuarem fracos e a atividade econômica desaquecida, alerta o Fundo Monetário Internacional (FMI). Ao mesmo tempo, o FMI afirma que condições adversas, como inflação no topo da meta e deterioração das contas externas em vários países da região, apontam para um limitado arsenal de medidas dos governos para estimular a atividade. Por isso, o relatório do Fundo fala da necessidade de reformas estruturais urgentes.

A política monetária de alguns bancos centrais da região também está em um dilema, destaca o relatório, sem citar nominalmente os países. A autoridade monetária precisa lidar com pressões inflacionárias persistentes ao mesmo tempo em que a atividade econômica está enfraquecida, destaca o FMI. A flexibilidade do câmbio permanece essencial para facilitar os ajustes externos.

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Pelo lado fiscal, um aumento de gastos públicos é ainda mais complicado em países com deterioração das finanças públicas, afirma o FMI no relatório, sem citar nomes. "Alcançar as metas (fiscais) estabelecidas dentro do arcabouço fiscal existente por meio de medidas de alta qualidade é crítico para preservar a credibilidade destas ferramentas, evitando futura evasão fiscal", ressalta o documento.

Citando o Brasil, o FMI destaca que as empresas locais passaram a tomar mais empréstimos em moeda estrangeira e a fazer captações no exterior, aproveitando os juros baixos no primeiro mundo. Isso aumentou a exposição delas a riscos externos. Por isso, o relatório fala que deve ser uma prioridade elevar as taxas de poupança doméstica, incluindo por meio de finanças públicas mais fortes. O cenário externo tende a ficar menos favorável, por exemplo, com a elevação dos juros nos EUA, por isso a necessidade de monitorar o setor financeiro e os passivos das empresas, destaca o relatório.

Nas reformas estruturais, o FMI fala de medidas, no Brasil, para melhorar a educação no curto prazo, aumentar a produtividade e a competitividade, além de se criar um ambiente de negócios que estimule o investimento privado. "Sem tais reformas, o crescimento pode continuar a desapontar em comparação à alta expectativa criada na década passada e colocar em risco as importantes conquistas sociais da região", conclui o texto.

"O desafio dos governos é restabelecer a confiança dos agentes", afirma o economista-chefe do FMI, Olivier Blachard.

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