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Um drone espacial militar dos Estados Unidos aterrissou neste sábado (12) no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, depois de permanecer quase dois anos e meio em órbita, informou a Boeing em um comunicado.

A aeronave não tripulada X-37B, cujo primeiro voo ocorreu em 2010, passou, no total, mais de 10 anos no espaço, e voou mais de 1,3 bilhão de milhas durante seis missões, acrescenta a nota.

"Esta missão destaca o enfoque da Força Espacial na colaboração para a exploração espacial e a expansão do acesso de baixo custo ao espaço para nossos parceiros, dentro e fora do Departamento da Força Aérea", disse o general Chance Saltzman, chefe de operações espaciais.

Lançado em sigilo, o X-37B foi desenvolvido para a Força Aérea pela United Launch Alliance, uma 'joint venture' entre a Boeing e a Lockheed Martin.

O drone tem nove metros de comprimento, uma envergadura de 4,5 metros e funciona a base de painéis solares.

Esta última missão teve como objetivo testar a reação de certos materiais no espaço, avaliar a forma em que a radiação no espaço afeta uma série de sementes e transformar a radiação solar em energia radioelétrica, segundo o exército americano.

A Nasa e a SpaceX decidiram estudar a viabilidade de outorgar à empresa de Elon Musk um contrato para impulsionar o telescópio espacial Hubble a uma órbita mais alta, com o objetivo de estender sua vida útil, disse nesta quinta-feira (29) a agência espacial americana.

O renomado observatório opera desde 1990 a cerca de 540 quilômetros da Terra, uma órbita que decai lentamente com o tempo.

O Hubble carece de propulsão a bordo para combater a pequena mas notável resistência atmosférica nessa área do espaço, e sua altitude foi anteriormente restabelecida durante missões do ônibus espacial.

O novo projeto envolveria uma cápsula SpaceX Dragon. “Há uns meses, a SpaceX abordou a Nasa com a ideia de estudar se uma tripulação comercial poderia ajudar a impulsionar nossa nave espacial Hubble”, afirmou a jornalistas o cientista-chefe da Nasa, Thomas Zurbuchen, e acrescentou que a agência havia aceitado o estudo sem custos.

Zurbuchen ressaltou, porém, que não há planos concretos no momento de conduzir ou financiar uma missão como essa até que se compreenda melhor seus desafios técnicos.

A SpaceX propôs a ideia em parceria com o Programa Polaris, uma empresa privada de voos espaciais tripulados dirigida pelo bilionário Jared Isaacman, que no ano passado alugou uma nave Dragon, da SpaceX, para orbitar a Terra com outros três astronautas privados.

Em resposta a um repórter que perguntou se poderia haver uma percepção de que a missão foi concebida para dar aos ricos tarefas no espaço, Zurbuchen respondeu: “Acredito que é apropriado que a consideremos devido ao tremendo valor que esse ativo de pesquisa tem para nós.”

Possivelmente um dos instrumentos mais valiosos da história científica, o Hubble continua fazendo importantes descobertas, incluindo a detecção, este ano, da estrela individual mais longe já vista, Eärendel, cuja luz levou 12,9 bilhões de anos para chegar à Terra.

Atualmente, o telescópio tem previsão de permanecer em operação ao longo desta década, com 50% de chances de sair de órbita em 2037, segundo Patrick Crouse, gerente de projeto do Hubble.

O magnata japonês Yusaku Maezawa, próximo turista que viajará ao espaço e visitará a Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês), disse nesta quinta-feira (14) que espera jogar badminton em órbita e garantiu que não está com medo, a dois meses da decolagem.

O voo previsto para dezembro marca o retorno da Rússia ao turismo espacial, em um momento de aquecimento da concorrência no setor, após os voos recentes realizados por empresas privadas americanas.

Nesta quarta-feira (13), o fundador da Amazon, Jeff Bezos, enviou ao espaço, por alguns minutos, o famoso ator William Shatner, 90 anos, que interpretava o personagem "Capitão Kirk" na série "Star Trek".

Por outro lado, o programa da Roscosmos, a agência espacial federal russa, em parceria com o grupo americano Space Adventure não se limita a um voo curto, mas envolve uma estada de 12 dias a bordo da ISS.

"Tenho uma lista de cerca de 100 tarefas que desejo cumprir a bordo da estação", disse Maezawa em coletiva de imprensa na Cidade das Estrelas, centro de formação de cosmonautas nos arredores de Moscou. "Por exemplo, jogar badminton no espaço" com o cosmonauta russo Aleksandr Misurkin, acrescentou.

O bilionário japonês e seu assistente Yozo Hirano decolarão com Misurkin em 8 de dezembro, do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, a bordo de uma nave Soyuz.

O excêntrico empresário de 45 anos, que fez fortuna com um site de varejo de moda, o maior do Japão, quer levar oito pessoas que o acompanhem em uma viagem ao redor da Lua em 2023 com a SpaceX, empresa de Elon Musk.

A Roscosmos e a Space Adventures já trabalharam em conjunto para enviar empresários ao espaço em oito ocasiões, entre os anos de 2001 e 2009. As empresas não revelaram a quantia paga por Yusaku Maezawa, mas, segundo a revista "Forbes', uma "passagem" custaria entre 20 milhões e 35 milhões de dólares.

Os quatro turistas espaciais americanos passaram seu primeiro dia em órbita na espaçonave da SpaceX, fazendo pesquisas científicas e conversando com crianças de um hospital do câncer infantil, após decolar do Cabo Canaveral, na Flórida no dia anterior.

As crianças do Hospital St. Jude puderam falar com a equipe da missão Inspiration4, "e fizeram a pergunta que todas fazem: 'Há vacas na lua?'", tuitou o hospital.

Inspiration4 é a primeira missão espacial composta inteiramente por civis.

A tripulação "circulou a Terra 5,5 vezes, conduziu a primeira rodada de pesquisas científicas e comeu alguma coisa" antes de ir para a cama, revelou no Twitter a SpaceX, empresa fundada por Elon Musk.

Este último indicou em sua conta no Twitter que havia falado com a tripulação e que "está tudo bem".

Agora, os tripulantes terão acesso à imensa cúpula envidraçada instalada dentro da cápsula Dragon para oferecer aos passageiros uma visão de 360 graus do vazio espacial e que substitui o sistema normalmente destinado a atracar com a Estação Espacial Internacional (ISS).

O bilionário Jared Isaacman, a assistente médica Hayley Arceneaux, o engenheiro aeronáutico Chris Sembroski e a professora de geologia Sian Proctor orbitam a 590 quilômetros acima do nível do mar. Todos são novatos no espaço.

A Inspiration4, que orbita além da Estação Espacial Internacional (cerca de 400 km acima do nível do mar), é a primeira missão a ir tão longe no espaço desde a enviada para reparar o telescópio Hubble em 2009.

Seu objetivo é arrecadar US$ 200 milhões para o Hospital St. Jude e estudar os efeitos do espaço nesta tripulação de astronautas amadores.

- 14 humanos no espaço -

No entanto, outra importante meta da missão é mostrar que o espaço é acessível para pessoas comuns e não apenas para astronautas.

"Missões como a Inspiration4 ajudam a avançar os voos espaciais para permitir que todos entrem em órbita e além", disse Musk.

Com esta missão, um novo recorde é quebrado: há atualmente 14 humanos no espaço sideral. O recorde anterior era de 13 em 2009 na ISS.

Atualmente há sete pessoas na ISS e três astronautas chineses a bordo da espaçonave Shenzhou-12, que os levará para casa após 90 dias na estação espacial de Tiangong.

A aventura espacial fecha um verão boreal marcado pela batalha dos bilionários Richard Branson e Jeff Bezos para chegar à última fronteira.

Mas esses voos ofereciam aos passageiros apenas alguns minutos em gravidade zero, em vez dos três dias completos de órbita que a tripulação da Inspiration4 experimentará, antes de chegar à costa oeste da Flórida no sábado.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação lançará, na madrugada deste sábado (20), o nanossatélite brasileiro NanoSatC-Br2. O lançamento - feito em parceria com a agência aeroespacial russa Roscosmos - ocorrerá a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

O equipamento brasileiro será posto em órbita por um foguete Soyuz-2.1A - o mesmo usado nos últimos três lançamentos realizados em Baikonur. 

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Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o pequeno NanoSatC-Br2 - que pesa apenas 1,7 kg - terá como objetivo estudar o campo magnético da Terra e a influência de partículas de energia sobre o Brasil. O principal foco do NanoSatC-Br2 será o de viabilizar estudos e análises acadêmicas nos campos de engenharia, tecnologia espacial, geofísica e aeronomia (ciência que estuda as camadas superiores da atmosfera).

“Os alunos vão ajudar na operação do nanossatélite. O contato principal é depois deo equipamento lançado. Eles vão obter os dados científicos que estão chegando à Terra. O fato de os alunos terem esse contato na graduação é fantástico porque eles conhecem como funcionam o mercado de satélite e todo o processo que envolve a fabricação e aquisição de equipamentos, lançamento e operação dele no espaço”, afirmou o  professor de engenharia aeroespacial da Universidade Federal de Santa Maria, Eduardo Escobar Bürger.

De acordo com nota publicada pelo Inpe sobre o lançamento do NanoSatC-Br2, o desenvolvimento e o custo do lançamento são considerados baixos em relação a outras missões espaciais, como a que lançou o primeiro satélite 100% desenvolvido por brasileiros, o Amazonia-1, ao espaço.

“O satélite tem quatro objetivos. O científico, o tecnológico, o educacional - que é a participação dos alunos em todas as fases do ciclo de vida [do equipamento] - como também a missão dos radioamadores, que vão enviar sinais para o satélite, que por sua vez repetirá o sinal de volta”, explicou o professor Bürger.

O lançamento do NanoSatC-Br2 ocorrerá às 3h07 deste sábado (20) e terá transmissão ao vivo da TV Brasil e da Agência Brasil, que também poderá ser acompanhada pelas redes sociais da EBC.

A agência espacial do governo estadunidense, Nasa, disponibilizou na última terça-feira (31) uma ferramenta que permite visualizar a foto que o telescópio Hubble capturou no dia do aniversário do usuário.

O telescópio, que está prestes a completar 30 anos fora de órbita, registra desde 1990 imagens diárias da galáxia. No site, além da foto, o usuário pode visualizar o nome e uma breve descrição da imagem. As imagens surpreenderam o público, que foi às redes sociais compartilhar a descoberta.

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Para descobrir qual imagem a Nasa fez no dia do seu aniversário, acesse www.nasa.gov, coloque mês e dia do nascimento, clique em "submit" e aguarde o site carregar a imagem.

SpaceX anunciou nesta terça-feira (18) uma nova sociedade para enviar quatro turistas à órbita mais distante já alcançada por um cidadão comum, em uma missão que poderá acontecer em 2022, com custo de US$ 100 milhões.

A empresa fechou um acordo com a Space Adventures, que tem sede em Washington e serviu como intermediária para enviar oito turistas à Estação Espacial Internacional (ISS) por meio das naves espaciais russas Soyuz.

O primeiro deles foi Dennis Tito, que pagou US$ 20 milhões por uma permanência de oito horas na ISS, em 2001. O último a fazer essa viagem foi Guy Laliberte, fundador do Cirque du Soleil, em 2009.

Segundo a proposta, os novos turistas viajariam na cápsula Crew Dragon, da SpaceX, que foi desenvolvida para transportar astronautas da NASA e que deve fazer o seu primeiro voo tripulado nos próximos meses.

"Nossa meta é tentarmos chegar a uma, duas ou três vezes da altura da estação", disse Tom Shelley, presidente da Space Adventure, à AFP.

A ISS orbita a 400 quilômetros sobre a superfície da Terra, mas a altitude exata da missão Space Adventures definiria a SpaceX, acrescentou Shelley.

À princípio, poderia acontecer no final de 2021, ainda que "o mais provável é que ocorra em algum momento de 2022", informou.

A cápsula foi desenvolvida para levar astronautas da superfície da Terra a ISS. Com um espaço de apenas nove metros quadrados, não há áreas privadas para dormir, tomar banho ou usar o banheiro.

A duração da missão dependerá do que os passageiros quiserem, acrescentou Shelley.

- Semanas de trenamento -

Questionado sobre o preço, Shelley ressaltou: "Não é barato".

O custo para o lançamento de um foguete Falcon 9 é de US$ 62 milhões, de acordo com os números públicos, além da fabricação de uma nova cápsula Dragon. Poderia ultrapassar os US$ 100 milhões?

"Sua estimativa é correta, não posso comentar os números específicos, mas sim, esses são os componentes que estarão no custo total", ressaltou.

Diferentemente da viagem turística à estação, que precisou de seis meses de treinamento dos participantes em Moscou, essa missão precisará de quatro semanas de treinamento nos EUA.

Depois de 12 anos, Space Adventures também quer enviar mais dois turistas em um foguete russo a ISS, em 2021.

Em 2005, a empresa anunciou que enviaria dois turistas ao redor da lua, mas Shelley depois confirmou que essa missão foi cancelada.

Outras empresas relacionadas ao turismo espacial é a Virgin Galactic, de Richard Branson, e a Blue Origin, de Jeff Bezos.

As duas estão desenvolvendo naves espaciais para enviar turistas para depois da linha do espaço, situada a cerca de 80 a 100 quilômetros da atmosfera terrestre. As passagens para viajar com a Virgin Galactic têm preços a partir de US$ 250 mil.

A oferta da SpaceX é muito mais ambiciosa e será impulsionada pelo foguete Falcon 9, que colocou satélites no espaço e enviou astronautas a ISS.

Ao mesmo tempo, a Boeing está construindo uma cápsula tripulada chamada Starliner, que também tem a intenção de levar astronautas americanos a plataforma ISS.

O Irã lançou neste domingo um satélite no espaço "com sucesso", mas não conseguiu colocá-lo em órbita, em um revés por seu programa espacial que os Estados Unidos acusam de encobrir o desenvolvimento de seus mísseis.

"O Simorgh (foguete) lançou com sucesso o satélite Zafar no espaço, mas o lançador não atingiu velocidade suficiente para colocar o satélite na órbita desejada", disse Ahmad Hoseini, porta-voz do Ministério da Defesa, segundo uma fonte de televisão.

O ministro iraniano de telecomunicações Mohamad Javad Azari Jahromi admitiu no Twitter que o lançamento "falhou".

"Mas somos IMPARÁVEIS! Temos outros grandes satélites iranianos por vir!", acrescentou.

O satélite foi lançado às 19h15 (horário local, 12h45 horário de Brasília) e cumpria os planejados "90% de sua trajetória", com 540 km de altura, disse Hoseini.

"Com a ajuda de Deus e as melhorias que faremos nos próximos lançamentos, essa parte da missão também se desenvolverá bem", disse .

"Atingimos a maioria dos objetivos que tínhamos e adquirimos dados e, em um futuro próximo, analisando esses dados, prosseguiremos para as próximas etapas", afirmou Hoseini.

- Provocação -

Esse lançamento, que os Estados Unidos chamaram de "provocação", ocorreu em um contexto de tensões entre Teerã e Washington, depois que os Estados Unidos se retiraram unilateralmente de um acordo sobre o programa nuclear iraniano em maio de 2018, e restabeleceram uma série de sanções contra a República Islâmica.

Os Estados Unidos acusam o Irã de violar a resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, que determina que "não se realize nenhuma atividade ligada a mísseis balísticos projetados para transportar cargas nucleares, o que inclui disparos de projéteis que utilizam a tecnologia desses mísseis".

O programa de satélites da República Islâmica preocupa os ocidentais, mas o chefe da agência espacial nacional, Morteza Berari, afirmou que o Irã defende o "uso pacífico do espaço".

"Todas as nossas atividades no campo espacial são transparentes", afirmou.

O satélite lançado pesava 113 quilos e deveria ser capaz de fazer 15 voltas completas por dia em torno da Terra. Ele deveria ser colocado em órbita a 530 km da Terra pelo lançador Simorgh, que não conseguiu atingir a velocidade necessária para fazê-lo.

Sua "missão principal" era "coletar imagens", em particular para estudar e prevenir terremotos, "prevenir desastres naturais" e desenvolver a agricultura.

O chefe da agência espacial iraniana também indicou que sua organização planeja concluir a construção de "cinco outros satélites antes do final do ano [iraniano] de 1399", ou seja, março de 2021.

- Novo míssil balístico -

Neste domingo, a Guarda Revolucionária, o exército ideológico do regime, também lançou um míssil balístico de curto alcance que, segundo ela, poderia ser impulsionado por um reator de "nova geração" projetado para colocar satélites em órbita.

"As conquistas reveladas hoje são a nossa chave para entrar no espaço", disse o general Hossein Salami, chefe da Guarda, revelando o míssil e o novo reator, equipado com um "bico móvel" permitindo "manobrabilidade além da atmosfera".

Em janeiro de 2019, Teerã fracassou em colocar em órbita seu satélite Payam, que as autoridades disseram ter como objetivo coletar dados ambientais.

Neste domingo, respondendo a um tuíte perguntando o que o Irã faria se o lançamento de Zafar falhar, o ministro Jahromi disse: "Vamos tentar novamente".

O lançamento de Zafar acontece dois dias antes do 41º aniversário da Revolução Islâmica e quase duas semanas antes das eleições legislativas.

A nave espacial indiana Chandrayaan-2 entrou na órbita lunar nesta terça-feira, executando uma das manobras mais difíceis de sua histórica missão à Lua.

Depois de quatro semanas de viagem, a nave completou a inserção na órbita lunar como previsto, informou um comunicado da agência espacial indiana (ISRO, na sigla em inglês).

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A Inserção Orbital Lunar (LOI, na sigla em inglês) "foi completada com êxito às 9H00 (0H30 de Brasília) como previsto, usando o sistema de propulsão a bordo. A duração da manobra foi de 1738 segundos", afirmou a ISRO.

A Índia pretende ser a quarta nação, após Rússia, Estados Unidos e China, a levar uma nave espacial à Lua.

Se o restante da missão transcorrer de acordo com o planejado, a sonda indiana fará a alunissagem no polo sul do satélite no dia 7 de setembro.

A inserção desta terça-feira foi uma das operações mais complicadas da missão, porque se tivesse se aproximado da Lua a grande velocidade, a sonda se perderia no espaço.

E em caso de velocidade abaixo da necessária, a gravidade da Lua teria atraído a sonda, o que provocaria uma colisão.

A Chandrayaan-2 ("Carro lunar" em hindi) decolou do centro de lançamento de Sriharikota, sudeste da Índia, em 22 de julho.

A agência espacial indiana afirmou que a missão ajudará os cientistas a ampliar a compreensão sobre a origem e a evolução da Lua com estudos topográficos detalhados, análises mineralógicas e uma série de experimentos.

Nova Délhi destinou 140 milhões de dólares para a missão, um valor muito inferior ao utilizado pelas outras grandes agências espaciais para missões deste tipo.

O satélite brasileiro de telecomunicações SGDC - de uso militar e civil - foi colocado em órbita nesta quinta-feira (5), a partir do Centro Espacial de Kourou (CSG), na Guiana francesa.

O lançamento foi realizado às 18H51 locais (18H51 de Brasília), pouco mais de uma hora após o previsto, e 28 minutos depois o SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas) se separou do foguete Ariane 5.

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O SGDC, lançado por encomenda da Telebras S.A., tem por objetivo garantir uma comunicação segura por satélite das Forças Armadas e do governo, e ao mesmo tempo fornecer serviços de comunicação de banda larga a territórios isolados do Brasil.

"Com isto vamos democratizar o fenômeno digital em nosso país, já que a banda larga chegará a todos os rincões do Brasil", disse à imprensa o presidente Michel Temer, que acompanhou o lançamento de um centro da Força Aérea em Brasília.

Segundo o governo, o satélite permitirá blindar as comunicações militares e ampliar a capacidade das Forças Armadas em operações nas fronteiras terrestres e em resgates em alto mar, além de melhorar o controle do espaço aéreo brasileiro.

"É o primeiro satélite operado completamente por brasileiros, e permitirá nossa soberania e independência", destacou o ministro da Defesa, Raul Jungmann. O projeto custou ao Brasil mais de 2,7 bilhões de reais. O satélite estará operacional a partir de meados de junho, posicionado a quase 36.000 km da superfície terrestre, informou a Força Aérea Brasileira.

O mesmo foguete Ariane colocou em órbita o satélite KOREASAT-7, da operadora sul-coreana Ktsat, que tem como objetivo melhorar a banda larga e a cobertura na Coreia do Sul, Filipinas, Índia e Indonésia.

A Índia colocou em órbita nesta quarta-feira (15) 104 satélites com um único foguete, anunciou a agência espacial do país, um novo recorde mundial. 

Às 09h28 (01h58 de Brasília), um lançador orbital PSLV (Polar Satellite Launch Vehicle) deixou a plataforma de Sriharikota (sudeste da Índia) transportando um satélite indiano de observação da Terra de 714 quilos e 103 nano-satélites, em sua maioria de países estrangeiros, de um peso total de 664 quilos.

Após meia hora de ascensão a 27.000 km/h, a Organização de Investigação Espacial indiana (ISRO) anunciou que a missão foi um sucesso. "A missão PSLV-C37/Cartosat-2 Series lançou com êxito os 104 satélites", tuitou a ISRO.

"Minhas mais sinceras felicitações às equipes da IRO", declarou, por sua vez, o diretor da agência espacial indiana, Kiran Kumar. O recorde anterior de lançamentos simultâneos estava nas mãos da Rússia, que em junho de 2014 havia colocado em órbita 39 satélites.

É um "êxito excepcional", declarou o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que busca que o país se torne uma verdadeira potência espacial. Este lançamento "é um novo momento de orgulho para nossa comunidade científica espacial e para a nação", tuitou o primeiro-ministro nacionalista.

Administrar simultaneamente uma quantidade tão grande de satélites - por mais leves que sejam - exige uma precisão extrema, afirmam os especialistas.

"Lançar tantos satélites ao espaço de uma só vez é um desafio técnico porque eles não têm a mesma trajetória", indicou Mathieu J Weiss, representante do Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES) francês na Índia.

"Além disso, é preciso evitar que se toquem no momento do lançamento", acrescentou Weiss.

O mercado do lançamento de satélites comerciais não para de crescer, em um contexto no qual a telefonia, a internet e as empresas precisam cada vez mais de meios de comunicação.

A Índia, cujo programa espacial é conhecido pela otimização dos gastos, compete diretamente neste setor com outros atores internacionais.

Em particular, enfrenta a emergência de sociedades privadas especializadas, o chamado movimento de empreendedores do "new space" (novo espaço), como SpaceX ou Blue Origin.

Desde o início do programa de lançamento de satélites comerciais, em 1999, a ISRO havia colocado em órbita até hoje 79 satélites estrangeiros.

A Índia soube combinar confiabilidade e redução de custos para "assumir um lugar no mercado espacial mundial", opinou Ajay Lele, do Instituto de Estudos e Análises de Defesa de Nova Déli.

Em 39 missões, o lançador PSLV sofreu apenas um acidente, em seu primeiro lançamento, em 1993.

O programa espacial indiano, lançado nos anos sessenta, chamou a atenção do mundo em 2014, quando conseguiu colocar uma sonda em órbita em torno do planeta Marte.

O projeto custou apenas 73 milhões de dólares, menos que o filme "Gravidade" e apenas 10% do que a Nasa pagou por uma missão similar.

Símbolo da conquista indiana do espaço, Mangalyann, como os indianos chamam popularmente a sonda cujo nome oficial é MOM (Mars Orbiter Mission), aparece nas novas notas de 2.000 rúpias colocadas em circulação pelo governo.

O fundador da Amazon, Jeff Bezos, revelou nesta segunda-feira planos para construir um foguete chamado "New Glenn", desenhado para levar pessoas ao espaço e colocar satélites em órbita.

Bezos, também proprietário do jornal The Washington Post, disse que trabalha no projeto há quatro anos e que o lançamento acontecerá no final desta década. O aparelho terá 82m de altura para dois estágios e 95m para o terceiro estágio, fazendo com que seja o foguete mais alto do mercado, incluindo o SpaceX Falcon 9 (89m).

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Bezos indicou ainda que sua companhia, a Blue Origin, aprendeu muito com o foguete New Shepard, um veículo suborbital de 19m desenhado para no futuro levar turistas ao espaço. "Construir, voar, aterrissar o New Shepard nos ensinou muito sobre como desenhar para a reutilização prática e operacional. E o New Glenn incorpora tudo nesta aprendizagem", afirmou Bezos em um comunicado.

O foguete foi batizado em homenagem a John Glenn, o primeiro astronauta a orbitar a Terra. O propulsor é reutilizável e poderá voltar à Terra depois que a nave decolar e tiver os estágios liberados. SpaceX e Blue Origin obtiveram lançamentos e pousos de sucesso, fatores fundamentais para essas naves reutilizáveis.

A Blue Origin entrou na corrida de voos comerciais ao espaço e lançamento de satélites, na qual seu principal concorrente é a SpaceX, liderada pelo empresário Elon Musk.

A sonda espacial americana Juno transmitiu a sua primeira imagem desde que entrou na órbita de Júpter, segundo a NASA.

A sonda Juno foi lançada ao espaço em agosto de 2011. Em 5 de julho passado, ela corrigiu o seu voo e entrou na órbita do planeta gigante de gás, onde permanecerá até 20 de fevereiro de 2018. Cada volta da sonda em torno de Júpiter leva 53 dias.

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“A primeira imagem enviada pela sonda Juno a partir da órbita de Júpiter” – indica o comunicado da NASA publicado no Twitter.

A foto foi tirada em 10 de julho, quando a sonda ficou a uma distância de 4,3 milhões de quilômetros de Júpiter. Na foto são visíveis formações atmosféricas no planeta, incluindo a Grande Mancha Vermelha, bem como três dos quatro maiores satélites do planeta: Io, Europa e Ganimedes.

“As primeiras imagens do planeta com alta resolução serão tiradas em 27 de agosto, quando a Juno passar perto de Júpiter”, – promete Candice Hansen, pesquisadora envolvida no projeto da sonda.

Um planeta-anão de cerca de 700km de diâmetro operando em uma órbita muito distante além de Netuno foi descoberto por uma equipe de astrônomos, anunciou nesta terça-feira (12) o Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) francês.

"O planeta está atualmente a 9,7 bilhões de quilômetros do Sol, mas sua órbita é muito elíptica e ele pode se afastar até 19 bilhões de quilômetros" da nossa estrela, informou à AFP o astrônomo Jean-Marc Petit, pesquisador do CNRS, que faz parte desta equipe internacional.

O Minor Planet Center (MPC) da União Astronômica Internacional (UAI) acaba de conceder-lhe o status de planeta anão. Este serviço responsável pela recolha de informações sobre objetos menores (cometas, asteroides) do sistema solar deu um nome provisório ao planeta em questão, 2015 RR245.

Observações adicionais devem contribuir para aperfeiçoar a avaliação do tamanho e sua composição.

O objeto celeste RR245 foi detectado através de observações feitas em setembro com o telescópio Canadá-França-Havaí (CFHT) instalado em Mauna Kea, no Havaí, como parte do programa internacional "Origem do Sistema Solar Externa" (Ossos).

Em fevereiro, o astrônomo canadense John Kavelaars detectou pela primeira vez o RR245 nas imagens do Ossos.

"Ele estava lá na tela --- esse ponto de luz se movendo tão lentamente se deveria estar, pelo menos, duas vezes mais longe do Sol do que Netuno", explica Michele Bannister, da Universidade de Victoria, em Columbia, citado em uma declaração do CFHT.

Cinco anos após o seu lançamento, a sonda Juno funciona bem e deve entrar na órbita de Júpiter no próximo dia 5 de julho, como previsto, para explorar os mistérios do maior planeta do Sistema Solar, informou a Nasa nesta quinta-feira.

A sonda de quatro toneladas, movida por energia solar, se encontra atualmente a menos de 14 milhões de quilômetros de seu destino, e efetuará uma série de voos a apenas 4.667 km da espessa camada nublada do gigante planeta gasoso, durante uma missão científica que durará 16 meses.

Os voos da Juno superarão o recorde de aproximação de 43.000 km de Júpiter, estabelecido pela sonda americana Pioneer 11, em 1974.

Durante os voos, os instrumentos da sonda penetrarão na espessa camada nublada de Júpiter para estudar as origens do planeta, suas estruturas, atmosfera e magnetosfera.

Um foguete russo Soyuz colocou em órbita dois satélites na noite desta segunda-feira (25), um de observação da Terra e outro de física fundamental, informou a empresa Arianespace. O comunicado foi divulgado horas após o lançamento do foguete Soyuz do centro espacial de Kurdo, na Guiana Francesa

O voo Soyuz VS14 - o primeiro de 2016 - colocou em órbita o satélite Sentinel-1B, do programa Copernicus da Comissão Europeia, que visa obter informação operacional sobre terras submersas, oceanos e a atmosfera terrestre com o objetivo de "determinar as políticas em matéria de meio ambiente e segurança", informou a Arianespace.

Com o Copernicus, "em menos de seis dias qualquer ponto da Terra" pode ser localizado, destacou a Arianespace. O Sentinel-1B é o terceiro satélite lançado para o programa Copernicus, após o Sentinel-1A, em abril de 2014, e o Sentinel-2A, em junho de 2015.

O Soyuz também colocou em órbita o satélite Microscope (micro-satélite de resistência aerodinâmica compensada para a observação do princípio de equivalência), encarregado de comprovar, com uma precisão 100 vezes maior que na Terra, o princípio da equivalência entre massa inercial e massa gravitacional descrito por Albert Einstein.

O Soyuz também colocou em órbita três "Cube-Sats", nano-satélites em forma de cubo criados por estudantes europeus com base no programa "Fly Your Satellite", da agência espacial europeia, cujo objetivo é promover os talentos científicos.

A sonda japonesa Hayabusa-2 conseguiu entrar em sua órbita de destino, exatamente um ano depois de seu lançamento para um asteroide primitivo, anunciou, nesta segunda-feira (14), a agência espacial japonesa.

No dia 3 de dezembro, aproximou-se da Terra para obter impulso com os efeitos da gravitação, antes de se direcionar para o pequeno asteroide Ryugu. A agência analisará durante uma semana a trajetória da sonda para determinar se está localizada em uma boa órbita, segundo os meios japoneses.

O asteroide, que tem uma forma quase esférica de menos de um um quilômetro de diâmetro, é chamado assim devido a um castelo mítico de um conto popular do país. A sonda deveria alcançá-lo em meados de 2018.

O objetivo da missão consiste no recolhimento de pó do subsolo desse corpo terrestre, que contém carbono e água, para tentar compreender quais matérias orgânicas e aquosas existiam inicialmente no sistema solar. O regresso do aparato à Terra está previsto para 2020.

Hayabusa-2 é muito parecida com a primeira sonda Hayabusa, que a agência espacial japonesa lançou em 2003 em direção a outro asteroide. Mas a nova versão dispõe de tecnologias mais avançadas, após as inúmeras falhas que empanharam a primeira missão, que alcançou seu objetivo por pouco.

A sonda deve liberar sobre o asteroide um veículo robotizado, Minerva 2, e um aterrizador chamado de Mascot, concebido pelo Centro Francês de Estudos Espaciais (Cnes, na sigla em francês) e seu homólogo alemão DLR.

Mascot, cuja autonomia não supera as 12 horas, utilizará quatro instrumentos, entre eles um microscópio espectral de fabricação francesa que permitirá conhecer a composição mineralógica do solo do asteroide Ryugu.

O misterioso avião-robô do Exército americano deve pousar na Terra esta semana depois de permanecer 22 meses em órbita, informaram autoridades nesta terça-feira (14), mas a missão da nave permanece envolta em sigilo.

A espaçonave não tripulada X-37B, que parece uma miniatura dos aposentados ônibus espaciais, tem seu retorno aguardado depois de seu lançamento em 11 de dezembro de 2012, em uma missão que autoridades oficiais dizem ser altamente secreta.

"Os preparativos para o terceiro pouso do X-37B estão em andamento na Base Vandenberg da Força Aérea" americana, na Califórnia, informou um porta-voz da instituição, capitão Chris Hoyler.

"A data e a hora exata do pouso dependem de considerações técnicas e climáticas", prosseguiu Hoyler.

Uma fonte da Defesa informou que o avião espacial provavelmente pousará em algum momento esta semana e que missões futuras visarão a estender as capacidades técnicas do veículo, bem como seu tempo em órbita.

Mas a autoridade, que falou sob condição de ter sua identidade preservada, recusou-se a discutir exatamente o que o avião transporta ou qual é o seu propósito.

"Os parâmetros específicos não podem ser informados", informou o oficial.

Analistas afirmam que o X-37B poderia ser uma plataforma para espionagem espacial, utilizado inclusive para bisbilhotar satélites de outros países.

Mas autoridades negaram anteriormente que o projeto tenha qualquer relação com a criação de uma "arma espacial" capaz de derrubar outros satélites.

Segundo a Força Aérea, o X-37B é capaz de testar tecnologias para espaçonaves "reutilizáveis" e conduzir experimentos não específicos que podem ser estudados na Terra.

Fabricado pela gigante aeroespacial americana Boeing, o X-37B pesa cinco toneladas e tem 8,8 metros de comprimento, com envergadura de cerca de 4,5 metros.

Viajando a velocidades 25 mais rápidas que a do som, o veículo é lançado ao espaço a bordo de um foguete e, assim que conclui a missão, retorna da órbita como um avião.

Mas, ao contrário do ônibus espacial civil da Nasa, possui dois estabilizadores na traseira ao invés de um, o que explica o seu formato em "V".

É preciso agir rapidamente para reduzir a quantidade de lixo espacial em volta da Terra, que pode contaminar algumas órbitas nas próximas décadas, afirmaram especialistas internacionais após uma reunião esta quinta-feira na Alemanha. Restos de foguetes, satélites antigos, ferramentas deixadas para trás pelos astronautas são os vestígios de quase cinco mil lançamentos desde o início da era espacial e que, sob o efeito de deslocamentos e impactos em série (Síndrome de Kessler), não param de se multiplicar.

Desde 1978, a quantidade de lixo espacial triplicou, o que aumenta o risco de colisões, advertiu o diretor do departamento de lixo espacial da Agência Espacial Europeia (ESA), Heiner Klinkrad.

"Em algumas poucas décadas, este entorno poderá ficar instável", afirmou Klinkrad durante a 6ª Conferência Europeia sobre Lixo Espacial, celebrada durante quatro dias em Darmstadt (Alemanha).

Atualmente, há mais de 23.000 fragmentos de lixo com mais de 10 centímetros - segundo estimativas da Nasa e da ESA -, a maioria em órbitas baixas (abaixo dos 2.000 km), utilizadas por satélites de observação da Terra ou pela Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Quanto aos objetos entre um e dez centímetros, haveria centenas de milhares no espaço. Embora tenham aparência inofensiva, estes fragmentos, lançados a uma velocidade média de 25.000 km/h, podem avariar um satélite, afirmam os especialistas.

Em média, a cada ano a Estação Espacial Internacional deve fazer uma manobra para evitar uma potencial colisão. E, segundo a ESA, a cada semana uma dúzia de objetos se aproximam a menos de 2 km de um satélite.

As zonas mais afetadas são as órbitas polares situadas entre 800 e 1.200 km de altitude sobre a superfície terrestre, áreas onde se concentram vários satélites de observação.

Se os lançamentos continuarem no ritmo atual e nada for feito para reduzir a quantidade de resíduos espaciais, o risco de colisão pode ser multiplicado por 25, segundo projeções das agências espaciais.

Pior ainda, se atualmente os lançamentos fossem imediatamente suspensos, o número de objetos no espaço continuaria aumentando como consequência do "efeito Kessler".

Para tratar este problema, é preciso colocar sistematicamente os satélites desativados em vias especiais, onde acabarão se desintegrando na alta atmosfera terrestre, sem causar inconvenientes.

É preciso ainda retirar do espaço os fragmentos grandes, 5 a 10 por ano, a fim de estabilizar a situação, recomendaram os especialistas.

"Há um forte consenso sobre a necessidade urgente de agir rapidamente para retirar estes resíduos", afirmou Klinkrad no encerramento da conferência de Darmstadt, que reuniu 350 atores da indústria espacial.

Para alcançar este objetivo, a ESA, junto com outras agências espaciais, estudam várias soluções para desviar a trajetória dos resíduos à atmosfera: braços mecânicos, pinças gigantes, motores instalados nos resíduos, arpões, redes de reboque ou uma arma para bombear o objeto e mudar seu curso.

Tudo isso implica um custo, mas é inferior ao que custaria a destruição dos satélites devido a um choque contra estes resíduos (ao redor de US$ 100 bilhões de dólares).

Mas na melhor das hipóteses, essas "missões de limpeza" não começarão antes de dez anos.

A Nasa quer capturar um pequeno asteroide e puxá-lo para a órbita da Lua, como parte de um plano de longo prazo de estabelecer postos tripulados permanentes no espaço, afirmou um senador americano.

Para tirar o projeto do papel, o presidente Barack Obama disponibilizará cerca de US$ 100 milhões à agência espacial europeia em seu orçamento de 2014, que ele submeterá ao Congresso na quarta-feira, anunciou o senador Bill Nelson em um comunicado.

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"Isto faz parte daquilo que será um programa muito mais amplo", explicou o senador democrata. "O plano combina a ciência de mineração em um asteroide, o desenvolvimento de métodos para desviá-lo, bem como além de encontrar um lugar para desenvolver formas de viajar até Marte", acrescentou.

O plano prevê que uma nave robô capture o asteroide e o puxe na direção da Terra, deixando-o em uma órbita estável ao redor da Lua, perto o suficiente para que, dentro de oito anos, astronautas possam ir em sua direção.

Um plano similar foi inicialmente proposto em 2012 por especialistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), e o grupo, juntamente com outros altos cientistas de campo, prepararam desde então um estudo detalhado sobre a possibilidade de execução do projeto.

"Seria a primeira tentativa da humanidade de modificar os céus para possibilitar o estabelecimento permanente de seres humanos no espaço", afirmaram cientistas em seu relatório. Segundo análises de especialistas, o objetivo de Obama de enviar uma missão tripulada para um asteroide próximo à Terra até 2025 é impossível, em vista dos atuais e projetados níveis de financiamento da Nasa.

Mas usar um veículo não tripulado para trazer um asteroide de 500 toneladas para perto de casa mudaria o jogo e levaria os seres humanos a um asteroide até 2021, quatro anos antes do prazo final.

Uma vez estando lá, "haveria atividades de mineração, pesquisa sobre formas de desviar o asteroide da rota de colisão com a Terra e a testagem do desenvolvimento de uma tecnologia para uma viagem rumo ao espaço sideral e a Marte", destacou Nelson no comunicado.

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