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Os Estados Unidos derrubaram nesta quinta-feira (18) um avião não tripulado iraniano no estreito de Ormuz, que se aproximava perigosamente de um navio americano, informou o presidente Donald Trump.

"O (USS) Boxer tomou uma ação defensiva contra um drone iraniano que tinha se aproximado a uma distância muito, muito pequena, de umas 1.000 jardas" [cerca de 1 km], anunciou Trump na Casa Branca. "O drone foi destruído imediatamente", destacou. 

A derrubada da aeronave ocorre em um momento de tensões crescentes na região do Golfo entre os Estados Unidos e o Irã. "Esta é a última de muitas ações provocadoras e hostis do Irã contra navios que operam em águas internacionais", prosseguiu Trump.

"Os Estados Unidos se reservam o direito de defender as instalações de seu pessoal e seus interesses, e exorta todas as nações a condenar a liberdade de navegação e o comércio mundial do Irã", afirmou.

O mandatário também fez um chamado a outros países para que protejam seus navios no estreito e colaborem com os Estados Unidos.

Um porta-voz do Pentágono, Jonathan Hoffman, confirmou o incidente, que ocorreu às 10H00 local (02H30 Brasília), quando o USS Boxer se preparava para entrar no estreito de Ormuz.

Já o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, declarou não ter conhecimento da perda de qualquer drone do país.

"Não temos informação sobre a perda de drone hoje", disse Zarif ao chegar à sede das Nações Unidas para uma reunião com o secretário-geral, Antonio Guterres.

Os Guardiões da Revolução do Irã, o Exército de elite da República Islâmica, informaram ter retido um "petroleiro estrangeiro" e seus 12 tripulantes no dia 14 de julho por suposto contrabando de combustível, após uma série de incidentes com navios-tanque nesta região sob alta tensão há mais de dois meses.

No dia 20 de junho, o Irã derrubou um drone americano nas sensíveis águas do Golfo, em meio a uma série de ataques contra petroleiros que Washington atribuiu a Teerã.

Trump cancelou então, de última hora, medidas de represália contra o Irã, para evitar o alto custo humano da reação dos EUA.

Washington reforçou sua presença militar na região, acusando o Irã de estar por trás dos atos de sabotagem contra quatro navios na região do Estreito de Ormuz, em maio, e de dois ataques, em meados de junho, a dois petroleiros - um japonês e um norueguês - no Golfo de Omã.

Teerã nega qualquer envolvimento nos ataques.

O Golfo Pérsico e o Estreito de Ormuz - por onde passa um terço do transporte marítimo de petróleo do mundo - estão no centro da escalada entre Estados Unidos e Irã.

Enquanto Washington tenta formar uma coalizão internacional para escoltar os navios mercantes no Golfo, o chefe do Comando Central dos EUA, Kenneth McKenzie, se comprometeu "energicamente" nesta quinta-feira a garantir a segurança do transporte marítimo nesta zona, durante visita à Arábia Saudita.

A tensão entre Teerã e Washington passou a crescer desde que os EUA se retiraram do acordo nuclear de 2015 com o Irã e voltaram a aplicar sanções à República Islâmica.

Em maio de 2018, o governo de Donald Trump abandonou unilateralmente do acordo internacional firmado com Teerã, e estabeleceu uma série de sanções econômicas para pressionar o Irã.

Em resposta, o Irã passou a ignorar certas cláusulas do tratado, incluindo o limite de urânio enriquecido autorizado para produção pela República Islâmica.

O Irã vai retomar a realização de manobras navais no Golfo Pérsico e anunciou planos para outro exercício no estratégico Estreito de Ormuz para o fim desta semana, segundo relata a imprensa regional.

Unidades navais da Guarda Revolucionária começarão um exercício de quatro dias em águas iranianas em South Pars, um campo de gás conjunto do Irã e Catar, segundo um porta-voz da Guarda Revolucionária citado pela agência de notícias Fars.

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O exercício, chamado de "Fajr 91", visa aprimorar a "capacidades na execução de manobras defensivas e de segurança", segundo informou o almirante Alireza Nasseri, sem dar mais detalhes. A manobras começarão nesta sexta-feira.

Separadamente, as unidades da Marinha começam, também na sexta-feira, um exercício chamado "Velayat 91", cobrindo uma área que inclui o Estreito de Ormuz, o Mar de Omã e partes do Oceano Índico, segundo informou o almirante chefe Habibollah Sayari, em comentários reproduzidos pela agência de notícias ISNA.

Navios, submarinos e sistema de defesa de mísseis serão testados durante o exercício. "Nós vamos definitivamente respeitar as fronteiras marítimas dos nossos vizinhos, e conduzir nossas manobras com base nas regras internacionais. O Irã visa demonstrar suas capacidades de defesa naval ao realizar esse exercício, e enviar uma mensagem de paz e amizade para os nossos vizinhos", disse o almirante.

O Irã frequentemente realiza testes com mísseis e manobras navais para destacar sua força militar. Além disso, o país rotineiramente ameaça fechar o Estreito de Ormuz, um pequena passagem na entrada do Golfo Pérsico por onde passa quase um terço da produção mundial de petróleo.

Os EUA já alertaram ao Irã que qualquer tentativa de fechar o Estreito de Ormuz será vista como uma "linha vermelha", ou seja, uma ação que abre caminho para intervenção militar. As informações são da Dow Jones.

A Marinha iraniana disse nesta segunda-feira que as forças do país têm total controle do estratégico Estreito de Ormuz, no Golfo Pérsico, mas que não planejam fechá-lo. Pela região passa um quinto de todo o petróleo do mundo.

Os comentários foram feitos pelo Almirante Ali Reza Tangsiri, comandante das forças navais da Guarda Revolucionária. "Os inimigos regularmente dizem que o Irã quer fechar o Estreito de Ormuz. Mas nós afirmamos que não é sábio obstruir o estreito quando o Irã está utilizando-o", disse Tangsiri para a agência de notícias oficial do governo, a IRNA. A declaração parece ter sido feita para reforçar as afirmações de domínio militar iraniano sob Ormuz, em meio ao incremento da presença da Marinha dos Estados Unidos na região.

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A mensagem de Tangsiri também é vista como um esforço para assegurar o mercado internacional de petróleo de que o Irã, que antes das recentes sanções era segundo maior produtor da Opep (Organização de Países Exportadores de Petróleo), não vai prejudicar o abastecimento mundial. Os preços do petróleo estão sendo influenciados por preocupações de que Teerã poderia interromper o tráfego de petroleiros em retaliação às sanções impostas contra seu programa nuclear.

O Irã vem ameaçando fechar Ormuz há meses, mas subiu o tom após o boicote ao petróleo iraniano decidido pela União Europeia neste mês. A medida diminuiu bastante as vendas de petróleo do pais.

Na semana passada, um grupo de políticos defendeu propostas que forçariam o governo a fechar Ormuz. Até agora, o Parlamento iraniano não tomou qualquer medida em relação à questão, e não está claro se os deputados poderiam forçar uma ação militar na região, que é controlada em conjunto com Omã. As informações são da Associated Press.

Autoridades dos Emirados Árabes Unidos (EAU) afirmaram que um importante oleoduto terrestre que contorna o Estreito de Ormuz começou a operar, dando ao país membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) garantias contra as ameaças do Irã de bloquear a estratégica via marítima.

O diretor-geral da municipalidade de Fujairah, onde termina o oleoduto, no Oceano Índico, Mohammed Saif al-Afkham, informou que as autoridades inauguraram o projeto neste domingo. O oleoduto tem início no oeste dos EAU.

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A estatal Companhia Internacional de Investimento em Petróleo, que está por trás do projeto, confirmou que o primeiro embarque foi enviado pelo oleoduto, que pode transportar pelo menos 1,5 milhão de barris de petróleo bruto por dia.

O Irã tem repetidamente ameaçado fechar o Estreito de Ormuz, no Golfo Pérsico, em retaliação ao embargo internacional imposto sobre as exportações de petróleo do país. Pela via passa um quinto da oferta mundial da commodity. As informações são da Associated Press.

O presidente do grupo de chefes de Estado do Irã, o general Hasan Firouzabadi, afirmou que a decisão sobre se o governo vai ou não bloquear o estreito de Ormuz - a passagem pela qual é transportado um quinto dos fluxos de petróleo mundiais - está nas mãos do líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei.

Firouzabadi afirmou que o Irã tem um plano de contingência para fechar a passagem, mas Khamenei, como comandante das forças armadas, terá de tomar a decisão final. Os comentários da autoridade foram feitos duas semanas depois de a União Europeia implementar um embargo total ao petróleo do país por causa da recusa iraniana em interromper o programa de enriquecimento de urânio.

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As declarações de Firouzabadi foram publicadas pela agência de notícias semioficial Fars. A Guarda Revolucionária do Irã alertou que Teerã ordenará o fechamento do Estreito de Ormuz se as exportações do país forem bloqueadas. As informações são da Associated Press.

Os países-membros da União Europeia concordaram nesta segunda-feira em embargar o petróleo do Irã, como parte de uma série de sanções contra o país por seu programa nuclear. As medidas incluem um embargo imediato a novos contratos para petróleo e petroquímicos. Os contratos existentes poderão vigorar até 1º de julho. O Irã ameaçou retaliar o embargo com o fechamento do Estreito de Ormuz, por onde passam de 20% a 40% do petróleo exportado por ano, segundo diversas estimativas. Além do embargo ao petróleo iraniano, chanceleres dos 27 países da UE concordaram em congelar os ativos do Banco Central do Irã nos países do bloco europeu. A escalada da crise iraniana comporta vários riscos - de aumento do preço do barril do petróleo, de crescimento da instabilidade financeira mundial e de uma potencial ação militar para manter a passagem de Ormuz aberta.

Uma fonte diplomática afirmou que as sanções pelos Estados-membros entram em vigor assim que publicadas no boletim oficial da UE, possivelmente já na terça-feira. Porém haverá uma regulação adicional relativa ao setor privado, incluindo traders e companhias do setor de petróleo.

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"A pressão das sanções é feita para tentar e garantir que o Irã leve a sério nosso pedido para que venha à mesa" de negociações a respeito do programa nuclear, afirmou a chefe da política externa da UE, Catherine Ashton. Em outubro, Ashton enviou uma carta a Saeed Jalili, principal negociador nuclear do Irã, afirmando que seu objetivo era uma solução negociada "que restaure a confiança internacional na natureza exclusivamente pacífica do programa nuclear do Irã". Ela afirma não ter recebido resposta.

Negociadores da UE trabalham para garantir que o embargo puna apenas o Irã, e não por exemplo a Grécia, país em dificuldades financeiras que depende do petróleo barato iraniano. Os negociadores concordaram em fazer uma revisão dos efeitos das sanções, que deve ser concluída até 1º de maio, disse um diplomata pedindo anonimato.

Espanha, Grã-Bretanha e França elogiaram abertamente o embargo. O chanceler espanhol José Manuel García-Margallo disse que a Espanha comprará petróleo da Arábia Saudita. "A Arábia Saudita e os outros países árabes do Golfo (Pérsico) nos garantiram que venderão o petróleo ao mesmo preço que pagávamos ao Irã", acredita. Atualmente, a Espanha importa 20% do petróleo que consome do Irã.

O ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, William Hague, disse que o embargo ao petróleo iraniano faz parte de uma "série sem precedentes de sanções" ao regime iraniano por causa do programa nuclear. "Eu penso que isso mostra a resolução da Europa nesta questão", disse Hague.

O ministro das Finanças da Itália, Giulio Terzi, disse que o efeito do embargo ao petróleo iraniano será "quase nulo" sobre a economia italiana, uma vez que a Itália está diversificando suas compras de petróleo.

Mas a resposta inicial do Irã foi dura. Dois parlamentares iranianos ameaçaram fechar o Estreito de Ormuz. O parlamentar Mohammed Ismail Koswari, vice-líder do comitê de segurança nacional, disse que o Estreito "será fechado se a venda do petróleo iraniano for violada de qualquer maneira". O Estreito de Ormuz, que tem 54 quilômetros de largura no seu ponto mais fechado, é a única passagem do Golfo Pérsico para o Mar da Arábia, no Oceano Índico. Por Ormuz passa não só petróleo do Irã, mas também do Iraque, do Kuwait, da Arábia Saudita, do Bahrein e dos Emirados Árabes Unidos.

Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha afirmaram que não aceitarão o fechamento da passagem marítima. Muitos analistas duvidam que o Irã, caso decida fechar o Estreito, consiga manter um bloqueio por muito tempo. Mas Koswari alertou que, no caso de um fechamento, os EUA e seus aliados devem se abster de qualquer "aventura militar".

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Os contratos futuros do petróleo subiram mais de 3% em alguns minutos nesta terça-feira com o rumor do mercado de que o Irã teria fechado um grande canal de transporte de petróleo, mas acabaram reduzindo os ganhos quando a notícia se provou infundada.

Segundo os rumores, o governo iraniano teria fechado o Estreito de Ormuz. Localizado entre o Irã e Omã, o Estreito é a principal rota para transporte de petróleo no mundo, representando quase 33% de todo o petróleo negociado por via marítima, de acordo com o Departamento de Energia dos EUA (DOE, na sigla em inglês). A notícia apareceu em blogs financeiros e sites de notícias e levou os contratos futuros do petróleo na New York Mercantile Exchange (Nymex) a subirem 3,6%, para US$ 101,25 o barril.

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Uma autoridade iraniana desmentiu mais tarde a informação. Também um porta-voz da quinta frota da Marinha dos EUA, em Barém, disse que o tráfego de navios no Estreito estava fluindo normalmente. O rumor pareceu ser baseado em uma notícia divulgada na tarde de ontem de que um membro do parlamento iraniano disse que os militares do país se preparavam para fechar o Estreito.

Traders e analistas atribuíram o rápido rali à negociação eletrônica pré-programada, estabelecida para liquidar apostas em uma queda do mercado, logo que os preços comecem a subir substancialmente. As posições também chamadas de vendidas são cobertas pela compra de contratos, que o que gerou a onda de compras.

O mercado se moveu para baixo depois disso, mas ainda realizou ganhos, visto que os comerciantes que abandonaram as apostas em meio à queda dos preços demoraram a voltar. O contrato do petróleo para entrega em janeiro subiu US$ 2,37 dólar, ou 2,4%, e fechou em US$ 100,14 o barril na Nymex. O contrato do petróleo Brent para janeiro ICE Futures, de câmbio avançou US$ 2,24 dólares (+2,09%), para US$ 109,50 o barril. As informações são da Dow Jones.

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