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O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, afirmou na tarde deste domingo (15) que fugiu de seu país para evitar "um banho de sangue", após o grupo fundamentalista islâmico Talibã assumir o controle de Cabul e de boa parte do território afegão.

Ghani, que não confirmou para onde foi, disse que "incontáveis patriotas seriam martirizados e a cidade de Cabul seria destruída" se ele permanecesse no país. De acordo com a imprensa local ele teria ido para o Tajiquistão.

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"O talibã venceu... e agora são responsáveis pela honra, propriedade e autopreservação de seus compatriotas", disse o mandatário em um comunicado publicado no Facebook.

O presidente afegão deixou o país, entregando efetivamente o poder aos rebeldes, que entraram em Cabul nesta manhã após conquistar a maior parte das capitais de províncias do Afeganistão.

Segundo Ghani, os talibãs "não ganharam a legitimidade dos corações" e "agora terão que enfrentar um novo teste histórico".

"Nunca na história o poder seco deu legitimidade a ninguém e não dará a eles. Eles estão agora a enfrentar um novo teste histórico; ou vão proteger o nome e a honra do Afeganistão ou vão priorizar outros locais e redes", escreveu o líder afegão.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram que o grupo extremista já hasteou sua bandeira no palácio presidencial em Cabul. Com letras pretas indicando o testemunho de fé mulçumana, a bandeira havia sido usada pelo Talibã quando assumiu o poder na década de 1990 para anunciar o nascimento do Emirado Islâmico do Afeganistão pela primeira vez.

Mais cedo, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que nenhum país deverá reconhecer o Talibã como governo do Afeganistão.

"Não queremos que ninguém reconheça bilateralmente o Talibã", disse Johnson em um pronunciamento em vídeo, ressaltando que está claro que o país asiático terá os insurgentes no poder.

O britânico explicou que é preciso uma "posição unidade" da comunidade internacional para dialogar com o Talibã. "Queremos uma posição unida entre os que pensam da mesma forma, o tanto quanto pudermos", disse.

Conforme publicação da Sky News, o Conselho de Segurança da ONU se reunirá nesta segunda-feira (16) para discutir a situação no país.

Da Ansa

Shakeel Afridi, o médico que ajudou a localizar Osama bin Laden, e que está preso há sete anos, iniciou uma greve de fome em sua cela, informaram nesta segunda-feira seus advogados e sua família.

"É para protestar contra as injustiças e atitudes desumanas em relação a ele e sua família", disse seu irmão Jamil Afridi à AFP depois de visitá-lo na prisão da província de Pendjab (centro).

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Seu advogado Qamar Nadeem confirmou à AFP que seu cliente iniciou uma greve de fome.

Afridi organizou uma falsa campanha de vacinação contra a hepatite C, que serviu de cobertura para confirmar o esconderijo de Bin Laden, o chefe da Al-Qaeda morto em 2 de maio de 2011 pelas forças especiais americanas na cidade paquistanesa de Abbottabad.

Logo após o ataque, porém, o médico foi preso pelas autoridades paquistanesas. Julgado por ligações com extremistas - uma acusação considerada uma invenção - o médico foi condenado a uma sentença de 33 anos de prisão, que depois foi reduzida para 23 anos.

Um boneco de Osama Bin Laden está à venda nas prateleiras de uma loja de Stavropol, na Rússia. A figura de ação do terrorista responsável pelos ataques de 11 de setembro- que vitimou cerca de três mil pessoas- conta com acessórios e chama atenção pela semelhança.

Segundo o NR Region-online, citando a agência RIA, o boneco é equipado com miniaturas da bandeira da al-Qaeda, um fuzil AK 47 e um celular. Os interessados em adquiri-lo vão arcar com um valor equivalente a R$ 130.

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O Talibã anunciou nesta quarta-feira (13) uma rodada de conversas com representantes dos Estados Unidos que será realizada na segunda-feira em Islamabad, em uma reunião que surgiu do "convite do governo do Paquistão".

A reunião será um novo capítulo nas negociações em curso para tentar um acordo de paz para o Afeganistão. "Um encontro entre as equipes de negociação (do Talibã) e dos Estados Unidos está programado para 18 de fevereiro em Islamabad", disse o porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, em um comunicado.

Na nota, ele acrescentou que os representantes do Talibã também "realizarão uma reunião com o primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, para discutir em profundidade as relações entre o Paquistão e o Afeganistão".

"Soubemos do anúncio público dos talibãs, mas não recebemos nenhum convite formal para as negociações", reagiu uma porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos à AFP em Washington, sem descartar, contudo, a realização da reunião.

"Não vamos negociar em público, no começo de um longo processo que pensamos continuar conduzindo por canais diplomáticos confidenciais", disse a porta-voz, assegurando que Washington apoia toda iniciativa de diálogo.

O jornalista Adam Robinson revelou ao Daily Mail que Osama Bin Laden tinha planos para cometer um ataque terrorista durante a Copa do Mundo na França, em 1998.

O alvo seria o time da Inglaterra, composto por jogadores como David Beckham e Michael Owen. Segundo Adam, o ataque aconteceria no jogo de abertura contra a Tunísia, e seria brutal, sanguinário e audacioso. Seriam usadas granadas e armas contra os jogadores.

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Bin Laden teria comprado uma propriedade em Wembley, na Inglaterra, como tentativa de descobrir informações em Londres. Durante as preparações para a Copa, a al-Qaeda planejava usar uma organização Islamista da Argélia, a GIA, para atacar não só a Inglaterra, mas também os Estados Unidos.

Em seu livro, Robinson compartilha um documento de um membro da al-Qaeda, de 1997, que dizia que Bin Laden pediu a eles que observassem os movimentos de David Seaman (goleiro), Alan Shearer (o jogador mais famoso), e o empresário, Hoddle. Enquanto isso, Bin Laden teria ficado de olho em Beckham e Owen.

Segundo Robinson, Bin Laden teria ajudado a organizar o plano e ofereceu ajuda financeira e armas. Além disso, a GIA teria enviado pessoas para treinamento em um campo da al-Qaeda.

Os terroristas também atacariam a platéia, jogando uma granada nos torcedores do time inglês.

Felizmente nada disso aconteceu, né?

Osama bin Laden Hussein, um iraquiano de 16 anos, iria finalmente mudar de nome e parar de se chamar como o famoso líder extremista, mas na quarta-feira (29), quatro dias antes de completar seu desejo, morreu eletrocutado em seu trabalho.

"Ele nasceu no final de 2001, logo após o atentado da Al-Qaeda contra as Torres Gêmeas (em Nova York)" em 11 de setembro, explica à AFP seu primo, Mohamad. O saudita Osama bin Laden era o então líder da organização extremista.

"Em tempos de Saddam Hussein a imprensa iraquiana havia apresentado Bin Laden como um herói e não como um terrorista", conta Mohamad. O pai do jovem iraquiano, falecido, vivia no campo e colocou esse nome em seu filho, explica.

Uma decisão que teve consequências nefastas. O menino sofreu desde pequeno. Após a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, em 2003, soldados americanos revistaram sua casa ao saber que lá vivia um Bin Laden, e depois não se atrevia a sair de seu bairro sunita de Azamiya, em Bagdá, para não se deparar com algum posto de controle.

Para ganhar a vida, vendia chá na rua. O destino lhe sorriu quando uma emissora de televisão local o entrevistou. "O ministro do Interior, Qassem al-Araji, viu a minha entrevista na televisão na qual ele implorava para mudar de nome, e há dois meses me pediu para conhecê-lo junto com sua família", explica o jornalista Ahmad al-Hajj à AFP.

"Osama bin Laden estava assustado ao entrar na 'zona verde' (uma área com muita segurança onde ficam os ministérios em Bagdá), mas o ministro o recebeu bem e brincou com ele. Inclusive lhe deu de presente um iPhone e pediu que escolhesse outro nome", lembra Hajj.

Como o jovem não sabia que nome escolher, o ministro optou por Ahmad. Osama bin Laden soube no início da semana que receberia seus novos documentos de identidade no domingo.

Nos últimos tempos, mais seguro de si mesmo, conseguiu encontrar um emprego em uma loja de peças de reposição. Na quarta-feira, seu chefe o mandou buscar mercadoria no telhado, ele escorregou e segurou em um cabo elétrico para não cair. Morreu eletrocutado.

Soldados americanos mataram o ex-líder da Al-Qaeda Osama bin Laden em uma operação realizada em 2 de maio de 2011 no Paquistão.

Há exatos seis anos, um grupo de militares da marinha norte-americana avançava sobre a cidade de Abbottabad, no Paquistão, com o objetivo de matar o terrorista responsável pelos atentados de 11 de setembro que deixaram mais de três mil vítimas em 2011.

Durante a operação, que durou cerca de 40 minutos, os Estados Unidos perderam um dos dois helicópteros usados no ataque. O até então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, seguiu a operação minuto a minuto pela "Situation Room" da Casa Branca. Além de Osama Bin Laden, líder da Al-Qaeda, mais quatro pessoas foram mortas naquela noite, incluindo uma das mulheres do terrorista.

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Desde setembro de 2010, os EUA reuniam informações importantes sobre Osama Bin Laden, e todas elas aumentaram a esperança de o terrorista ser encontrado na cidade de Abbottabad. No entanto, a confirmação de morte definitiva veio com um teste de DNA.

Horas após o ataque, pouco antes da meia-noite em Washington, a morte de Bin Laden foi anunciada em um pronunciamento de Obama. Ele ressaltou que o fundador da Al-Qaeda tinha sido morto ''pelos Estados Unidos''.

''Quando entramos, ficamos chocados com o que encontramos: um prédio enorme de acesso reestrito, 1 milhão de dólares, mas sem telefone ou internet'', afirmou um dos militares a respeito da invasão. O corpo de Bin Laden permaneceu nas mãos dos norte-americanos por cerca de 12 horas, antes de ser atirado ao mar. O "enterro" foi precedido ainda de um funeral islâmico tradicional a bordo do porta-aviões Carl Vinson, dos EUA, nas águas do Golfo Pérsico.

Integrantes da família do terrorista Osama bin Laden, ex-líder da Al-Qaeda, morreram em um acidente aéreo com um jato particular da Embraer no Reino Unido. A informação foi confirmada na noite da sexta-feira (31) pelo embaixador da Arábia Saudita no país, o príncipe Mohammed Bin Nawaf Bin Abdel-Aziz. O representante saudita não revelou a identidade das vítimas.

"A embaixada acompanhará a apuração das circunstâncias do acidente junto a autoridades britânicas e trabalhará para acelerar o translado dos corpos das vítimas para que sejam veladas e enterradas no reino", garantiu o príncipe, em declaração postada na sua conta do Twitter.

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A polícia britânica afirma que quatro pessoas, um piloto e três passageiros, morreram quando o jato caiu em um estacionamento perto do fim da pista de pouso do aeroporto de Blackbushe. Andrew Thomas, que estava em um leilão de automóveis no local, disse à BBC que o Embraer Phenom 300 "despencou sobre os carros e explodiu com o impacto", deixando diversos veículos em chamas. Nenhuma pessoa em solo ficou ferida no acidente. A aeronave havia decolado no aeroporto de Malpensa, em Milão.

A família bin Laden deserdou Osama em 1994, quando o governo saudita retirou sua cidadania devido a suas atividades militantes. Osama foi morto pelas tropas norte-americanas no Paquistão em 2011. Sua família é grande e abastada. O pai de Osama, Mohammed, que morreu em 1967, era bilionário e foi fundador do grupo Binladen, um conglomerado que conquistou diversos contratos no setor de construção na Arábia Saudita. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

A Casa Branca desmentiu um artigo que afirma que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enganou o público em relação à morte de Osama bin Laden.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que o texto do jornalista Seymour Hersh no London Review of Books está cheio de inexatidões e falsidades.

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Segundo Hersh, Bin Laden foi secretamente mantido como prisioneiro pelos paquistaneses, que teriam ajudado os EUA a encenar um ataque. O jornalista atribui a informação a um general aposentado do serviço secreto do Paquistão e a várias fontes não identificadas nos EUA e no Paquistão.

Segundo o governo americano, os paquistaneses não souberam com antecedência sobre o ataque. Fonte: Associated Press

A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, por suas iniciais em inglês) vai parar de usar campanhas de vacinação como fachada para operações de espionagem. A promessa foi feita por Lisa Monaco, conselheira de contraterrorismo da Casa Branca.

Numa carta endereçada aos reitores de 13 escolas de saúde pública dos EUA na semana passada e cujo teor veio a público nesta segunda-feira, Lisa Monaco informa que a CIA concordou com a nova diretriz. Ainda segundo ela, a CIA também aceitou não usar os materiais genéticos obtidos por intermédio de tais programas.

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O método foi usado em operações como a caçada ao líder da rede extremista Al-Qaeda, Osama bin Laden, assassinado pela CIA em 2011. Na ocasião, o médico paquistanês Shakil Afridi trabalhou em campanhas de vacinação contra a poliomielite em Abbottabad como parte dos esforços norte-americanos para obter amostras genéticas de crianças que moravam no local onde Bin Laden se escondia.

No ano passado, os reitores das escolas de saúde pública dos EUA fizeram críticas diretas à CIA pelo uso de campanhas de vacinação como método de espionagem.

A poliomielite estava quase erradicada do planeta na virada do milênio, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A partir de 2003, no entanto, a doença ressurgiu em dezenas de países da África, da Ásia e do Oriente Médio, quando clérigos islâmicos da Nigéria promoveram um boicote a uma campanha de vacinação sob a alegação de que a imunização seria parte de um complô norte-americano. Fonte: Associated Press.

Três senadores americanos, entre eles o republicano John McCain, criticaram na noite de quarta-feira o filme mais recente da cineasta Kathryn Bigelow, censurando-a por ter afirmado que a tortura foi decisiva na busca e morte de Osama Bin Laden em maio de 2011.

Em uma carta enviada ao diretor-geral da Sony Pictures, Lynton Michael, McCain e os senadores democratas Diane Feinstein e Carl Levin manifestaram seu desacordo com o filme "A Hora Mais Escura", que a crítica já especula que será em um dos indicados da próxima edição dos prêmios Oscar.

"O filme mostra de forma muito imaginativa agentes da CIA torturando várias vezes detidos, que terminam por dar informações decisivas" que permitem encontrar o esconderijo do chefe da Al-Qaeda em Abbottabad, no norte do Paquistão, afirmam os senadores na carta.

"Examinamos os registros da CIA e constatamos que não é exato. 'A Hora Mais Escura' é inexato e acreditamos que vocês têm a obrigação de afirmar que o papel da tortura na perseguição (de Bin Laden) não está baseado em fatos, mas que oferece ficção narrativa ao filme", de acordo com a carta.

Perguntado pela AFP, um porta-voz da Sony Pictures se limitou a responder utilizando declarações feitas na semana passada por Bigelow e pelo roteirista do filme, Mark Boal: "Trata-se de uma operação de inteligência de 10 anos levada às telas em um filme de duas horas e meia".

"Representamos diferentes práticas controversas e métodos de inteligência que foram utilizados na busca de Bin Laden", disseram Bigelow e Boal.

"O filme mostra bem que nenhum destes métodos foi forçosamente decisivo na perseguição".

Bin Laden, que reivindicou ser o responsável - entre outros - pelos ataques contra as embaixadas dos Estados Unidos do Quênia e da Tanzânia em 1998 e dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra as Torres Gêmeas de Nova York e do Pentágono, faleceu no dia 1 de maio de 2011 em sua residência em Abbottabad em uma operação realizada por um comando de elite americano.

Levin é presidente da Comissão do Senado sobre as Forças Armadas, da qual McCain é membro, enquanto Feinstein preside a Comissão especial sobre Inteligência.

O imã radical jordaniano Abu Qatada, que já foi considerado o braço direito de Osama Bin Laden na Europa, foi libertado nesta terça-feira da prisão inglesa de Long Lartin após o pagamento de uma fiança, depois que a justiça britânica bloqueou sua extradição à Jordânia.

As redes de televisão britânicas mostraram Qatada, com uma espessa barba grisalha, deixando a prisão de Long Lartin, perto de Birmingham (centro da Inglaterra), no assento traseiro de uma caminhonete preta que deve transportá-lo para sua casa no noroeste de Londres.

O islamita, de 51 anos, será submetido a rígidas condições durante sua liberdade condicional, incluindo um toque de recolher de 16 horas diárias em sua casa, da qual poderá sair apenas entre 08h00 e 16h00.

Também será obrigado a usar uma pulseira eletrônica e terá acesso restrito a certas pessoas, assim como à internet, condições similares a sua libertação condicional anterior, entre fevereiro e abril.

A libertação de Qatada ocorreu um dia após a Comissão Especial de Apelações Sobre Imigração (SIAC), uma jurisdição especial encarregada de casos relacionados à segurança nacional, bloquear sua extradição à Jordânia para enfrentar um novo julgamento por seu suposto envolvimento em atentados terroristas.

Os juízes da Comissão decidiram que, apesar das garantias dadas pela Jordânia, não podiam ter certeza de que o imã radical nascido em Belém (Cisjordânia) teria um julgamento justo em seu país, onde algumas provas contra ele foram obtidas sob tortura.

A decisão foi um duro golpe para o governo britânico, que tenta há anos extraditar Abu Qatada, cujo verdadeiro nome é Omar Mohammed Othman. Segundo números oficiais, o caso pode ter custado ao contribuinte britânico cerca de um milhão de libras (1,6 milhão de dólares, 1,25 milhão de euros).

A ministra do Interior, Theresa May, classificou o veredicto de "profundamente insatisfatório" e anunciou na Câmara dos Comuns a intenção de recorrer e seguir lutando para "se livrar" de Abu Qatada.

"Qatada é um homem perigoso, um suposto terrorista, que é acusado de um crime grave em seu país, Jordânia", declarou.

May, que se envolveu pessoalmente nas negociações com a Jordânia após uma primeira decisão da Corte Europeia de Direitos Humanos (CEDH) contra a extradição, afirma que as autoridades de Amã asseguraram que Abu Qatada teria um julgamento civil público, acesso a advogados independentes e que uma recente mudança na Constituição impedia o uso de provas obtidas sob tortura.

O porta-voz do primeiro-ministro David Cameron reiterou nesta terça-feira que o ministério do Interior "dará todos os passos necessários para garantir que Qatada não signifique um risco para a segurança nacional".

"Acreditamos que temos as garantias corretas do governo jordaniano", acrescentou.

A Jordânia requer o islamita, a quem o juiz espanhol Baltazar Garzón descreveu como "o braço direito de Bin Laden", para voltar a julgá-lo por seu suposto envolvimento em atentados pelos quais já foi condenado à revelia em 1999.

Amã manifestou na noite de segunda-feira sua decepção pela decisão da justiça britânica e se declarou disposto a estudar a decisão judicial e as próximas medidas com o governo britânico.

Um grupo extremista paquistanês, o Lashkar-e-Islam, negou nesta quinta-feira qualquer ligação com um médico que ajudou os Estados Unidos a localizarem a pista do terrorista Osama bin Laden na cidade de Abottabad, onde ele foi morto por comandos especiais da Marinha do EUA em maio do ano passado. O médico em questão, Shakil Afridi, foi sentenciado por um tribunal paquistanês na semana passada a 33 anos de prisão, o que enfureceu várias pessoas nos EUA.

Afridi conduziu uma campanha de vacinação, instruído pela Agência Central de Inteligência (CIA, pela inicial em inglês), que foi uma maneira de colher amostras do sangue de bin Laden em Abottabad, na casa fortificada onde o terrorista vivia com suas mulheres, filhos e asseclas na cidade paquistanesa. Inicialmente, se acreditava que Afridi pegou 33 anos de prisão porque espionou para a CIA, mas a publicação do veredicto pelo judiciário paquistanês trouxe outra versão, o médico foi acusado de colaborar com o grupo Lashkar-e-Islam, uma organização brutal e também criminosa, fora da lei no Paquistão e que opera na região do passo de Kyber, passagem nas montanhas para o Afeganistão.

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Em breve entrevista nesta quinta-feira, o comandante do Lashkar-e-Islam, Abdul Rashid, negou que Afridi fosse adepto do grupo ou até mesmo um simples colaborador. "Nós mataremos o agente estrangeiro (Afridi) se pudermos", disse Rashid. Segundo ele, o Lashkar-e-Islam já sequestoru Afridi no passado, após moradores das regiões montanhosas terem dito que ele recebia dinheiro dos serviços secretos, mas que o médico foi solto após uma advertência. Já um parente de Afridi afirma que isso não é verdade e que o Lashkar-e-Islam sequestrou o médico por dinheiro e que ele só foi libertado após o pagamento de vultuoso resgate. O irmão de Afridi e os advogados do condenado deram uma coletiva de imprensa nesta semana e disseram que ele não fez nada errado.

As informações são da Associated Press.

Há um ano os Estados Unidos davam um duro golpe contra o terrorismo internacional. Em uma operação sigilosa e bem sucedida, mais cercada de controvérsias, o homem mais procurado do mundo, líder da rede terrorista Al-Qaeda, Osama Bin Laden, foi morto.

Dez anos após a queda das torres gêmeas caía o responsável pelo maior ataque terrorista da história da humanidade, o pilar da organização que espalhou medo pelo Ocidente e que também ganhou ramificações no mundo mulçumano.

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A operação aconteceu durante a noite e foi executada pelo comando de elite da marinha americana. O objetivo não era capturar mas, sim, matar. A bordo de helicópteros os militares seguiram para próximo a Islambad, capital do Paquistão, e invadiram a fortaleza onde o terrorista se escondia com a sua família, local em que foi executado a tiros.

Os Estados Unidos disseram que o corpo dele, depois de passado pelos rituais do islamismo, foi jogado ao mar. A morte do homem mais odiado e temido do Ocidente soou como um acerto de contas para os americanos que foram às ruas comemorar, mas abalou as relações entre os Estados Unidos e o Paquistão, além de aprofundar a crise institucional no único país islâmico com armas atômicas.

O governo de Islamabad não foi comunicado, não participou da operação e reagiu com indignação acusando violar a soberania do país. Já os americanos questionaram como o líder do terrorismo suportou viver durante anos a apenas 100 quilômetros de Islamabad e perto da principal academia militar paquistanesa.

Um ano depois, a Al-Qaeda sobrevive sem seu líder, bem mais fragmentada. Incapaz de realizar ataques em nível mundial, a organização ainda inspira discípulos em todo o mundo que, organizados ou solitários, continaum defendendo a chamada Guerra Santa.

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