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A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Consumidor (Decon) prendeu na terça-feira, 30, em Goiânia, uma dentista que está sendo investigada por lesão corporal depois de realizar procedimentos estéticos que afetaram os rostos de pelo menos 13 pacientes. A defesa vê a prisão como "arbitrária e injusta".

Segundo a delegada que apura o caso, Debora Melo, Hellen Kacia Matias da Silva, de 45 anos, era investigada por exercício ilegal da profissão e execução de serviço de alta periculosidade desde setembro do ano passado.

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Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão em uma clínica onde trabalha, executado em novembro de 2023, foram encontradas mensagens em um celular que apontavam para o crime de lesão corporal. Diante disso e depois de ouvir as supostas vítimas, a delegada pediu a prisão preventiva da dentista e a Justiça acatou. O processo tramita em segredo.

No aparelho celular apreendido, havia, segundo a delegada, provas da deformação dos pacientes e também de que a dentista não dava assistência àqueles que a procuravam. "As mensagens evidenciavam casos ainda mais graves", diz.

Apesar da gravidade das lesões, não havia boletim de ocorrência registrado contra a dentista. Debora Melo acredita que, por se tratar de pessoas muito simples, apesar de não ficarem satisfeitos com os resultados, esses pacientes se sentiram intimidados para procurar a polícia e pedir reparação.

Treze pacientes foram ouvidos até agora e a clínica em que Hellen atuava foi interditada pela Vigilância Sanitária, que encontrou instrumentos cirúrgicos, anestésicos e medicamentos vencidos.

A dentista também foi autuada pelo órgão por infrações administrativas, uma vez que o alvará sanitário do estabelecimento não autorizava a realização de nenhum procedimento invasivo.

De acordo com a delegada, outros pacientes e funcionários da clínica ainda serão ouvidos antes que o inquérito seja concluído. Hellen Kacia passará por audiência de custódia nesta quarta-feira.

No inquérito original, aberto em setembro do ano passado, ela e outros três dentistas são investigados por realizarem procedimentos expressamente vedados pelo Conselho Federal de Odontologia (Resolução nº 230/2020).

De acordo com a polícia, as cirurgias plásticas eram ofertadas nas redes sociais por valores abaixo do mercado. Hellen também ministrava cursos para outros profissionais da saúde.

A profissional já responde a outros processos éticos que correm em segredo de Justiça, informou a delegada, e já foi condenada pelo Tribunal de Justiça de Goiás, em abril de 2023, a indenizar uma paciente que ficou com o nariz deformado após realizar um procedimento estético com a dentista. A indenização foi de R$ 10 mil.

A defesa de Helle diz que a prisão "foi feita de forma arbitrária e injusta, já que a mesma não descumpriu determinação da Justiça, que a proibia de realizar cirurgias estético faciais após o dia 22 de novembro".

Em nota, as advogadas Caroline Arantes e Thaís Canedo afirmam que a Justiça confundiu o procedimento realizado.

"A profissional - que tem a especialidade buco maxilo facial, realizou, após o dia 22 de novembro, procedimento reparador e não estético, dentro da competência da especialidade da profissional. Ela corrigiu lesão em uma paciente como uma complicação de procedimento (ectrópio) realizado anteriormente por uma outra profissional, o que é permitido pela resolução 65, artigo 41, do Conselho Regional de Odontologia (CRO)", diz o texto.

As alegações serão apresentadas à Justiça, reforça a defesa.

O Conselho Regional de Odontologia de Goiás, também em nota, afirmou "que as medidas administrativas pertinentes estão sendo tomadas pelo CROGO, obedecido o devido sigilo aplicável ao caso" e que tomou conhecimento da prisão da dentista pelos noticiários.

João Victor Pacheco, 28 anos, descobriu que tinha hanseníase aos 17 anos, quando trabalhava como padeiro. “Comecei a ter queimaduras, mas não sentia”. A diminuição ou perda da sensibilidade térmica é um dos sintomas da doença. “Desde então, comecei a minha luta, o ativismo” disse, em conversa com a jornalista Mara Régia no programa Viva Maria, da Rádio Nacional.

“Buscar o diagnóstico já é um grande desafio. Os profissionais de saúde não têm o conhecimento necessário, não fazem o que precisa ser feito. Estou no meu terceiro tratamento. Iniciei em 2014, depois, fui reinfectado, em 2017. Em 2019, tratei de novo, com resistência. Mas, se em 2014 tivessem examinado meus familiares, poderia não ter acontecido isso.”

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O jovem mora em Cuiabá, capital mato-grossense. O estado é considerado endêmico para hanseníase e ocupou, por muitos anos, o primeiro lugar no ranking brasileiro de casos. “De que adianta ter bastante caso diagnosticado e não ter serviço”, questiona o rapaz. Sobre o preconceito vivido desde os 17 anos, ele rebate: “Não sofro, mas acontece”.

“O preconceito e a discriminação fazem parte da realidade que a gente está. A gente coloca pra dentro da nossa mente o que é bom. E o preconceito só é bom quando a gente desconstrói esse preconceito. Mas, quando a gente recebe, não é bom não. É um pré-conceito, a pessoa está lá achando que é, mas só a gente sabe o que a gente passa.”

A técnica em nutrição Marly Barbosa de Araújo também denuncia a falta de conhecimento dos profissionais de saúde acerca da doença. Moradora de área nobre na capital federal, ela conta que o diagnóstico tardio veio em razão de falhas no atendimento, já que precisou passar por várias unidades até conseguir uma resposta.

“Digo sempre que eu sofri um ‘preconceito ao contrário’ dos profissionais de saúde. Como eu morava numa quadra de classe média alta em Brasília, eles não pensaram em hanseníase. Isso atrasou o meu diagnóstico. A gente tem que desmistificar que hanseníase é coisa de pobre. Doença não escolhe classe social.”

Marly conta que uma de suas vizinhas chegou a pedir que ela vendesse seu apartamento quando soube do diagnóstico de hanseníase e insinuou que o imóvel poderia ter sido desvalorizado em função da doença da proprietária. “Disse a ela: do mesmo jeito que eu era dona do meu, ela era dona do dela e, se ela quisesse, que vendesse o dela”.

“Mas não vamos querer dizer que o preconceito é falta de informação só não. Se fosse só falta de informação, o profissional de saúde não seria preconceituoso. Ele tem informação sobre a hanseníase e, ainda assim, eu sofri muito preconceito”, disse. “Pessoas esclarecidas também são preconceituosas”, concluiu.

Brasil

Entre janeiro e novembro de 2023, o Brasil diagnosticou ao menos 19.219 novos casos de hanseníase. Mesmo que preliminar, o resultado já é 5% superior ao total de notificações registradas no mesmo período de 2022.

Segundo as informações do Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase, do Ministério da Saúde, o estado de Mato Grosso segue liderando o ranking das unidades federativas com maiores taxas de detecção da doença.

Até o fim de novembro, o total de 3.927 novos casos no estado já superava em 76% as 2.229 ocorrências do mesmo período de 2022. Em seguida vem o Maranhão, com 2.028 notificações, resultado quase 8% inferior aos 2.196 registros anteriores.

Dia Mundial

O Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase é celebrado sempre no último domingo do mês de janeiro.

A hanseníase é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium Leprae, também conhecida como bacilo de Hansen (em homenagem à Gerhard Hansen, o médico e bacteriologista norueguês descobridor da doença, em 1873). O bacilo se reproduz lentamente e o período médio de incubação e aparecimento dos sinais da doença é de aproximadamente cinco anos, de acordo com informações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Os sintomas iniciais são manchas na pele, resultando em lesões e perda de sensibilidade na área afetada. Também pode acontecer fraqueza muscular e sensação de formigamento nas mãos e nos pés. Quando os casos não são tratados no início dos sinais, a doença pode causar sequelas progressivas e permanentes, incluindo deformidades e mutilações, redução da mobilidade dos membros e até cegueira.

O Corpo de Bombeiros foi acionado na noite dessa sexta-feira (22) para controlar um princípio de incêndio no Hospital Memorial São José, na avenida Agamenon Magalhães, no bairro do Derby, área central do Recife. A unidade precisou ser evacuada e os pacientes transferidos para outros hospitais durante a madrugada.

As equipes foram acionadas por volta das 23h35 e identificaram que o fogo começou na sala da máquina de ressonância. As chamas causaram um grande vazamento de gás que impedia a visibilidade até nas ruas vizinhas.

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Após detectar o vazamento, a orientação foi evacuar o hospital. Dez viaturas foram enviadas e realizaram o transporte dos pacientes para outras unidades de saúde durante a madrugada.

O cirurgião João Couto Neto, suspeito de erros médicos que teriam causado a morte de 42 pacientes e lesões em outros 114, em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, foi preso nesta quinta-feira, 14, em um hospital de Caçapava, no interior de São Paulo. Couto teve a prisão preventiva decretada após ser acusado pela Polícia Civil de homicídio doloso (com intenção de matar) em três inquéritos, em novembro. A defesa considera a prisão descabida e vai entrar com habeas corpus para que ele responda em liberdade.

Mesmo estando sob investigação, em fevereiro deste ano, Couto Neto conseguiu registro no Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). Segundo o órgão, o pedido de registro não poderia ser negado na ocasião, pois ele não estava totalmente impedido de exercer a Medicina, mas com restrição parcial. No Sul, o médico foi proibido de realizar cirurgias por 120 dias, mas o prazo já expirou. Mesmo assim, ele atuava em atendimentos não cirúrgicos.

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De acordo com a Polícia Civil, os três primeiros indiciamentos do profissional decorreram das mortes de dois homens e de uma mulher. Segundo a investigação, Couto realizava cirurgias de hérnia, vesícula e refluxo, mas vários procedimentos teriam sido realizados sem autorização dos pacientes.

Em um dos casos, uma paciente que se apresentou para a retirada de hérnia teria sido submetida a outro procedimento. Em outro caso, de endometriose, o médico teria deixado de retirar o útero da paciente, embora tivesse cobrado o plano de saúde pelo procedimento.

Uma ação da polícia realizada em dezembro do ano passado apurou outros casos em que, supostamente, o médico teria sido responsável por falhas que resultaram em mortes ou sequelas em pacientes. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no hospital em que ele atendia, em Novo Hamburgo, e no seu apartamento. Houve a apreensão de documentos, celulares e computadores. O material ainda é analisado pela investigação.

O defensor do médico, advogado Brunno de Lia Pires, disse que a prisão preventiva não tem base legal. "Qualquer jurista vê que essa prisão não tem qualquer fundamento. Prisão preventiva é quando há risco de fuga ou ameaça a testemunhas, o que não existe. Ele sequer foi impedido de exercer a Medicina. Essa medida decretada tem claro caráter intimidatório contra o médico. Vamos entrar com habeas corpus o mais breve possível", disse. "Estamos aguardando que o inquérito seja concluído e apresentado ao Ministério Público para, então, havendo denúncia e sendo recebida pelo juiz, apresentarmos a defesa prévia do médico."

Uma queda de energia no Hospital Otávio de Freitas, situado na zona oeste do Recife, na tarde desta sexta-feira (1), causou a transferência de 40 pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para outras unidades hospitalares da região metropolitana. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), atuou para a mudança das pessoas, sendo 17 crianças, para outras alas do hospital e para outras localidades. 

Segundo o Samu, as crianças foram remanejadas para setores do hospital não afetados pela falta de energia. Outros 23 adultos foram removidos para UTIs dos hospitais Barão de Lucena, Maria Lucinda, Memorial Jaboatão, Alfa, Hospital Eduardo Campos e Oswaldo Cruz, todos na Região Metropolitana do Recife. 

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O coordenador do Samu Metropolitano Recife, Leonardo Gomes, afirma que a operação foi complexa devido ao quadro de saúde de muitos pacientes. “Conseguimos chegar ao final de uma operação extremamente complexa, considerando a gravidade de pacientes, muitos deles pós-cirúrgicos ou com quadros respiratórios agudos, além dos diversos recursos logísticos envolvidos e o desafio de conseguir vagas de terapia intensiva para todos”, explica. 

A Secretaria Estadual de Saúde explicou à reportagem que houve um curto-circuito no transformador do Hospital Otávio de Freitas (HOF), ocasionando a queda de energia em alguns setores do Hospital. Em nota, a pasta informou ainda que técnicos da Neoenergia foram à unidade e a energia já foi restabelecida. 

A direção da unidade reforçou ainda que a medida de transferência se deu em caráter preventivo e que nenhum paciente sofreu prejuízo. 

 

Um princípio de incêndio, causado por um curto-circuito no quadro elétrico, foi registrado, nesta terça-feira (28), no quarto andar do Hospital Barão de Lucena, na zona Oeste do Recife. Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra o momento em que pacientes e acompanhantes ficaram alarmados com a fumaça nos corredores. 

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que o curto-circuito deixou alguns setores sem energia por alguns minutos, mas não foi preciso transferir pacientes. O fogo foi controlado pela equipe de manutenção no local, e o Corpo de Bombeiros não chegou a ser acionado para a ocorrência. 

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Repercussão 

Nas redes sociais, a deputada estadual Rosa Amorim (PT) comentou o ocorrido enfatizando o descaso do poder público com a estrutura do local. “É lamentável o estado que vemos as unidades de saúde em Pernambuco que estão sucateadas”, comentou a parlamentar.

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Acidentes durante o período junino costumam movimentar o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), do Hospital da Restauração (HR), no Centro do Recife. Durante as festas de Santo Antônio e São João, 33 pessoas deram entrada na unidade por queimaduras relacionadas às festividades.

O registro do HR aponta que os adultos foram as principais vítimas, com 21 dos casos. O índice de internamento corresponde a pouco mais de 50% do total de atendidos.

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Nos dias 12 e 13, véspera de Santo Antônio, oito pacientes deram entrada e três precisaram ser internados. Entre os dias 23 e 25, no feriado de São João, 25 pessoas foram atendidas no CTQ, dos quais 14 foram internados.

Comparados ao ano passado, os números gerais indicam um leve aumento, tanto de entradas quanto de internações, com 29 casos e 14 hospitalizações.

Para o chefe do Centro de Tratamento de Queimados do HR, Marcos Barretto, o número não é alarmante, mas poderia ser menor. “Isso é prova de que os alertas dados com a ajuda da imprensa surtiram algum efeito. Porém, grande parte desses casos poderia ser evitada, e os pacientes não estariam aqui ocupando leitos com causas que são evitáveis. Temos três causas principais: as escaldaduras, que são as queimaduras por líquidos quentes, enquanto as pessoas estão cozinhando; os fogos de artifício; e as queimaduras na fogueira, principalmente quando vão acendê-la”, detalhou o médico cirurgião. “Esse pessoal que veio buscar atendimento aqui, tanto quem precisou ficar internado como quem já recebeu alta, vai continuar tratamento ambulatorial até a alta definitiva”, completou Barretto.

Hoje (14) é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue. O objetivo da data é ressaltar a importância de doar sangue. Esse período de sensibilização coincide com uma das temporadas de maior necessidade de estímulo às doenças, que é a chegada do inverno. Isso porque, na estação, há uma queda acentuada no número de doadores, em razão das temperaturas mais frias e das doenças respiratórias típicas. Doar sangue é um gesto simples que pode salvar até quatro vidas.

Para fazer parte dessa corrente de solidariedade, a pessoa deve atender a alguns requisitos, como indica o Ministério da Saúde. Também é recomendado estimular campanhas para a doação de sangue, para a manutenção dos estoques dos bancos em nível de segurança e outras recomendações. Confira a seguir os sete requisitos para doar: 

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Ter idade entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 devem possuir consentimento formal do responsável legal); 

Pessoas com idade entre 60 e 69 só poderão doar sangue se já tiverem feito antes dos 60 anos; 

Apresentar documento de identificação com foto emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Carteira Nacional de Habilitação, Carteira de Trabalho, Passaporte, Registro Nacional de Estrangeiro, Certificado de Reservista e Carteira Profissional emitida por classe), serão aceitos documentos digitais com foto; 

Pesar no mínimo 50 kg; 

Ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas; 

Estar alimentado. Evitar alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação de sangue; 

Caso seja após o almoço, aguardar duas horas. 

Doação de sangue para pacientes doentes 

O ato de doar sangue é crucial para pacientes com doença renal crônica. Isso porque as doações auxiliam no tratamento da anemia, uma condição característica da doença, e permitem o transplante de rim com segurança.

O combate ao câncer também se beneficia da doação de sangue. A inovação no clássico tripé de enfrentamento da doença, que inclui cirurgia, radioterapia e quimioterapia, reduz o volume de células cancerosas e pode remover completamente o tumor. Como uma das principais formas de tratamento, a cirurgia é necessária em 70% dos casos. A operação é complexa e depende da disponibilidade de bolsas de sangue para sua realização. O tratamento do câncer está na própria transfusão sanguínea e é essencial para pacientes com leucemias.  

Pesquisas 

De acordo com um levantamento do Observatório de Oncologia, ela costuma ser indicada para dez mil pacientes a cada ano no Brasil.A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o percentual ideal de doadores para um país esteja entre 3,5% e 5% de sua população. No Brasil, esse número demonstra preocupação, pois não chega a 2%, segundo o Ministério da Saúde. O total é ainda mais alarmante quando comparado ao número de pessoas que necessitam de transfusão de sangue no país - cerca de três milhões de brasileiros.  

Somente no ano passado, foram abertos mais de 295 mil processos na Justiça, que contestam algum aspecto relacionado ao atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2021 e 2020, o total foi de 250 mil e 210 mil, respectivamente, o que indica aumento gradual, a cada ano. Apenas neste ano é que o número caiu significativamente, para cerca de 18 mil.

Em relação à rede privada, 2022 registrou 164 mil processos novos. Em 2021 e 2020, foram abertos 137 mil e 135 mil processos judiciais, respectivamente. Já neste ano, o total também foi inferior ao do SUS -, embora a comparação deva levar em consideração a magnitude do sistema público -, de 14 mil.

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A quantidade elevada no período de 2020 a 2022 pode sinalizar um boom por causa da pandemia de Covid-19. Porém, quando se observam outros dados, que não têm relação com o contexto da crise sanitária, percebe-se, nitidamente, a lentidão dos julgamentos. O tempo médio para o Poder Judiciário julgar a causa, quando o caso envolvia tratamento oncológico, ou seja, para câncer, tanto no SUS quanto na rede privada, era de 277 dias, em média, em 2020. Três anos depois, saltou para 322. Isso significa que uma pessoa em situação de fragilidade aguarda quase um ano até saber se terá direito a receber atendimento.

Um dos grupos de processos judiciais com mais demora é o referente a doações e transplante de órgãos. De 2020 para 2021, viu-se uma redução de 621 para 439 dias, em média. Contudo, em 2022, a duração média de tramitação até o julgamento foi de 825 dias. Em 2023, o patamar ainda não sofreu redução expressiva no que se refere a tempo de trâmites nos tribunais, ficando em torno de 713 dias.

O advogado Leonardo Navarro, integrante da Comissão de Direito Médico e Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em São Paulo, é especializado na área há cerca de 15 anos. Há uma década, segundo ele, começou a crescer o nível de judicialização da saúde no país, o que acendeu um alerta para o SUS, a Agência Nacional de Saúde (ANS) e as operadoras de saúde. A reação foi a de tentar evitar.

Depois de tanto tempo de carreira, Navarro diz não ver, atualmente, "grande dificuldade" para quem precisa acionar a Justiça a fim de assegurar um direito na área da saúde. "Temos aí diversas universidades que têm convênio com a OAB, com o próprio Judiciário, o Poder Público, justamente para viabilizar o acesso de pessoas que não têm renda. Em São Paulo, há uma Defensoria Pública super capacitada", comenta.

Navarro reconhece, no entanto, que nesse caminho percorrido por quem não tem condição de pagar honorários falta rapidez. "Tem agilidade? Tem aquela pessoalidade que teria com o advogado [contratado]? Não, lógico que não, mas tem a prestação de serviço pelo Estado", diz.

A presidente da Associação de Fibrose Cística do Espírito Santo, Letícia Lemgruber, tem como um dos temas e lutas de sua vida as doenças raras. Ela tem um filho com fibrose cística, que consiste no mau funcionamento das glândulas exócrinas, que produzem secreções. A doença afeta os órgãos reprodutores, pâncreas, fígado, intestino e pulmões.

Um dos obstáculos para pacientes de doenças raras é conseguir as chamadas drogas órfãs, ou seja, medicamentos para seu tratamento, que ganharam esse nome por serem produzidas por big pharmas e por seu alto valor, o que implica dificuldade para obter pelo SUS e a necessidade de se recorrer à judicialização.

Como exemplo de lentidão, no acesso a medicamentos, Letícia menciona o ivacaftor, que foi a recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para ser oferecido, pelo SUS, ao tratamento de pacientes com a fibrose cística, feita em dezembro de 2020. Somente em outubro de 2022, conforme relata a representante da associação, é que pacientes com o diagnóstico da doença podem ter a medicação gratuitamente, pela rede pública.

"Ou seja, demora muito até chegar à mão do paciente. E é exatamente porque essas etapas acabam tendo uma velocidade incompatível com a progressão da doença, especialmente das doenças raras, que o paciente não tem outro caminho para acessar a medicação que não o Judiciário", diz ela, que também presta consultoria à Associação Brasileira de Assistência à Mucoviscidose (Abram).

"A primeira barreira é o tempo dessas etapas. A segunda é a exigência de registro na Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], que permite o acesso pelo SUS. Se o laboratório não pede o registro, ele nunca vai acessar por meio do SUS, só judicialmente. E a terceira barreira é o preço. Aí que vem a nossa briga", acrescenta.

A Agência Brasil pediu um posicionamento do Ministério da Saúde e da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) sobre a judicialização, mas não teve retorno até o fechamento desta matéria.

Mais uma anestesista é preso por suspeita de estupro a mulheres em cirurgias. A prisão do colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo, de 32 anos, ocorreu nesta segunda-feira (16) pela Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav). De acordo com a polícia, Andres Eduardo se gravou abusando das vítimas. Em uma das imagens, ele chega a esfregar e colocar o pênis na boca de uma vítima.

Além disso, o anestesista é investigado por produzir e armazenar pornografia infantil e foi a partir disso que a polícia descobriu os abusos. Andres, que estava em situação regular no Brasil, foi preso em casa, na Barra da Tijuca, área nobre do Rio de Janeiro. Na ocasião, o médico estava dormindo e foi acordado para receber voz de prisão. O acusado atuava em hospitais público e privados.

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Os protestos antidemocráticos que impedem o tráfego em rodovias de todo o País já causam prejuízo para pacientes que precisam se deslocar para consultas, exames e tratamentos de alta complexidade, como cirurgias oncológicas, quimioterapia e hemodiálise. Há relatos de doentes que, por causa dos bloqueios, perderam atendimentos que demoraram meses para conseguir agendar.

As manifestações atrapalham ainda a entrega de medicamentos e insumos para hospitais, laboratórios e clínicas, que já observam queda nos estoques, além de dificultar a chegada de profissionais da saúde aos seus locais de trabalho.

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No município de Taquara (RS), na Região Metropolitana de Porto Alegre, ao menos cinco pacientes com câncer perderam atendimentos por ficarem presos na estrada. "Uma paciente perdeu uma cirurgia ginecológica (oncológica), os outros pacientes perderam consultas. A maioria era primeira consulta, que são reguladas pelos municípios de origem e que os pacientes geralmente levam muitos meses para conseguir", contou Vitória Silva, que trabalha no setor de regulação de um hospital que atende SUS no município e é referência em oncologia para cidades da região.

"Essas consultas são super importantes para que eles possam iniciar o tratamento", disse ela ao jornal O Estado de S. Paulo.

Vitória conta que alguns médicos estenderam seus plantões até mais tarde para conseguir atender outros pacientes que se atrasaram horas por causa dos bloqueios.

Crianças com câncer perdem sessões de quimioterapia

Em Florianópolis, crianças com câncer perderam sessões de quimioterapia por ficarem presas nas estradas de Santa Catarina, um dos Estados mais afetados pelas manifestações antidemocráticas. Segundo relato feito pela oncologista pediátrica Amanda Ibagy nas redes sociais, as crianças não conseguiram chegar a tempo na segunda-feira (31), e só puderam comparecer nesta terça (1º) ao "provarem" para os manifestantes que tinham câncer.

"Hoje (terça-feira) elas conseguiram (chegar), mas tiveram que sair muito cedo, ficaram presas nos bloqueios. Só deixaram passar porque elas tinham uma cartinha nossa, dizendo que elas têm câncer. Uma inclusive teve que tirar a touquinha para mostrar que a criança era careca. Isso tudo é muito triste porque, além de ter que lidar com a dor dos procedimentos, ainda tem essa incerteza se vão chegar ou não para o tratamento da criança", disse a médica, em sua página no Instagram.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, a médica contou que o paciente que mostrou a careca para conseguir autorização para passar no bloqueio é um menino de quatro anos que enfrenta uma leucemia. De acordo com a oncologista, a família mora em Lages, na Serra Catarinense, e saiu às 2 horas da madrugada de casa para conseguir chegar na manhã desta terça em Florianópolis. Foram seis horas na estrada em um trajeto que costuma demorar pouco mais de três horas.

"As mães entravam em contato com a gente desesperadas pedindo uma carta para provar que as crianças estavam indo para tratamento oncológico. Os pacientes que estavam em carros de secretarias da saúde até conseguiam passar, mas as que estavam com carro particular tinham dificuldade", relatou Amanda.

Uma das mães de paciente pediu que a equipe médica enviasse o documento detalhado para ela reconhecer a autenticidade em cartório para mostrar aos manifestantes e à Polícia Rodoviária Federal nos dias das próximas sessões de quimioterapia.

Ainda em Santa Catarina, a Prefeitura de Navegantes informou que profissionais da saúde não estavam conseguindo chegar aos postos de saúde. Ao menos três Unidades Básicas da Saúde (UBS) do município estavam sem médico na manhã desta terça.

Atraso em insumos para tratamento de leucemia

Em São Paulo, os pais de Clara, de 2 anos, que faz tratamento contra uma leucemia, sofrem com o atraso dos insumos para o medicamento quimioterápico que a menina precisa tomar todos os dias. O estoque que os pais tinham terminou nesta terça-feira e uma nova quantidade do medicamento foi solicitada pelo hospital que atende a criança na semana passada, com entrega prevista para segunda, 31, o que não se concretizou por causa das paralisações.

"A empresa transportadora disse que não tem previsão de quando vai conseguir entregar", conta a mãe de Clara, a enfermeira Marina Martins Ondei, de 36 anos.

Sem o remédio, a família conseguiu com outro hospital a doação de comprimidos para mais três dias e não sabe como dará continuidade ao tratamento caso o abastecimento não seja normalizado até a próxima sexta-feira. "Esses bloqueios insanos não vão prejudicar apenas minha filha, mas várias crianças que precisam chegar a outras cidades para fazer seus tratamentos. Isso é muito grave", disse ela.

O Hospital de Amor (antigo Hospital do Câncer de Barretos), no interior de São Paulo, informou que as paralisações já afetam o setor de suprimentos da unidade, que "deixou de receber mantimentos alimentícios, exigindo uma readequação no cardápio, mas não ocasionando danos aos pacientes, acompanhantes e colaboradores".

De acordo com o hospital, pacientes tiveram dificuldades para retornarem para suas cidades de origem, pois o transporte precisou ser remarcado devido aos bloqueios.

Pacientes em tratamento renal também estão sendo prejudicados. De acordo com a Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), "estoques de insumos e medicamentos para o tratamento de doentes renais já começam a ficar em estágio crítico e pacientes relatam dificuldade em chegar às clínicas em algumas cidades". A entidade destaca que cerca de 150 mil brasileiros dependem da diálise realizada três vezes por semana para sobreviver.

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) também manifestou preocupação diante dos bloqueios. De acordo com a entidade, "laboratórios de medicina diagnóstica de todas as regiões brasileiras já registram dificuldades em relação ao transporte e abastecimento de insumos, como reagentes e contrastes, e até mesmo de amostras coletadas dos pacientes para processamento de exames".

No Pará, população ribeirinha perde cirurgias

No Estado do Pará, pacientes com cirurgias agendadas em um hospital do município de Belterra não compareceram por causa dos bloqueios. Graças a uma iniciativa da ONG Zoé, a unidade de saúde abriu uma agenda excepcional de cirurgias, exames e consultas nesta semana para atender a população ribeirinha de povoados do entorno. A expedição organizada pela ONG reuniu 30 profissionais da saúde, entre eles mais de 20 médicos, para atender a população gratuitamente.

"Estamos fazendo cirurgia laparoscópica e aberta, colonoscopia, endoscopia, ultrassom, clínica médica e dermatologia. Mas eles (manifestantes) fecharam a BR, então há uma dificuldade de locomoção e essas pessoas acabaram prejudicadas e não conseguiram chegar ao hospital. Algumas especialidades estão tendo uma ociosidade até. O que a gente traz é algo que eles não têm no dia a dia, então isso (bloqueios) gera um prejuízo para a população. É uma pena", disse Marcelo Averbach, cirurgião, colonoscopista e cofundador da ONG Zoé.

"Em termos do direito de ir e vir, não podemos deixar que a saúde, que é um direito universal, seja prejudicado", afirmou o endoscopista Marco Aurélio D'Assunção, também fundador da ONG e outro médico que integra a expedição.

Aproveitando-se da fragilidade emocional e do momento delicado, é cada vez mais comum criminosos se passarem por médicos ou funcionários de hospitais na tentativa de conseguirem dinheiro de familiares que têm algum parente internado. Recentemente, o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) alertou todos os hospitais privados sobre o conhecido golpe aplicado por estelionatários envolvendo pacientes internados.

"Golpistas têm adentrado o sistema informativo de estabelecimentos de saúde e emitido cobranças às famílias com pacientes internados sobre a necessidade de cirurgias ou compra de medicamentos", afirmou o SindHosp. "Foram emitidos vários comunicados aos estabelecimentos de saúde, sugerindo que todos os hospitais alertem os familiares dos pacientes no ato da internação para que não deem qualquer valor solicitado em nome do hospital. Solicitações financeiras que anônimos façam a familiares devem ser comunicadas à administração do hospital para a tomada de medidas policiais."

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No comunicado intitulado "Golpe na saúde é alerta para proteção de dados", a entidade pede que, entre as ações, os hospitais revejam os processos de segurança interna para prevenir a invasão e o uso indevido de dados.

O presidente do Sindhosp, Francisco Balestrin, afirma que as informações pessoais ficam protegidas porque existem níveis de acesso diferentes a informações do paciente para a administração, enfermagem, equipes de suporte e médicos. No entanto, vazamentos criminosos podem ocorrer. Ele orienta ainda que os serviços de saúde providenciem a divulgação de informativos para colaboradores, pacientes, visitantes e acompanhantes.

Em abril, a entidade já havia sinalizado que a pandemia da covid-19 influenciou a retomada dessa prática ilegal antiga envolvendo o ecossistema da saúde. De forma ilícita, bandidos conseguem descobrir informações sobre o paciente, desde dados médicos até contato de familiares mais próximos que poderiam transferir valores para quitar procedimentos.

"Nem os hospitais nem as clínicas pedem qualquer tipo de complementação para qualquer procedimento, para qualquer medicação. Isso não existe. Imediatamente deve dispensar essa conversa, entrar em contato com a administração do hospital, do laboratório ou clínica, para que possam ser tomadas todas as medidas, não só administrativas, mas, na maioria parte delas, também policiais e legais em relação à busca desses meliantes que tentam se aproveitar desses momentos das pessoas", afirma Balestrin.

Em depoimento ao Estadão, o filho de uma paciente que esteve internada no Hospital Santa Catarina, na Avenida Paulista, na Bela Vista, relata que recebeu uma ligação durante o momento delicado. "Disseram que era da enfermaria e queriam falar com algum parente", disse ele, que preferiu não se identificar.

Imediatamente, ele ligou para o hospital e soube que ninguém de lá havia telefonado. "Ou seja, continua a ação de quadrilhas junto a pacientes de hospitais. É um golpe antigo. Eles se aproveitam do estado emocional dos familiares em um momento muito delicado. O que me assusta é como sabem que minha mãe está lá e qual o número da minha casa", questionou. No momento da internação, ele recebeu um folder com as informações de alerta sobre o golpe telefônico.

Em nota, o Hospital Santa Catarina - Paulista afirma que não faz ligações para o paciente ou familiares. "Como medida de segurança, no momento da internação, todos os pacientes recebem um informativo sobre possíveis golpes relacionados à instituição. Durante toda a estadia do paciente em nossa rede, a comunicação é feita pela equipe assistencial responsável diretamente para o acompanhante ou a pessoa responsável pelo paciente", afirmou.

Nas redes sociais, também há relatos recentes de familiares que receberam ligação de golpistas pedindo dinheiro referente a tratamento de paciente internado em hospital. Nesta quinta-feira, 11, a influencer digital Bic Müller, que está com o pai na UTI, contou ter sido alvo de golpistas. Em resposta, vários usuários do Twitter contaram suas experiências.

Em abril deste ano, Diogo Mussi, irmão de Rodrigo Mussi, que sofreu um acidente de carro, divulgou nas redes sociais uma mensagem que recebeu enquanto o ex-BBB estava internado. "Tentaram se passar por um médico do Hospital das Clínicas. Me pediu R$ 7 mil para que meu irmão tivesse remédios que não possuem no HC. O pior é se passar por um médico do HC, dando informação sobre a gravidade do estado de saúde do Rod. Meu coração quase parou. Já passei tudo para a polícia", publicou ele.

Na ocasião, a assessoria de imprensa do Hospital das Clínicas esclareceu que é um hospital público e que não solicita depósitos para realização de procedimentos ou para aquisição de medicamentos de pacientes em tratamento no complexo."Se qualquer paciente ou familiar receber uma ligação desta natureza, a orientação, que está disponível no site e nos canais telefônicos do complexo, é não fazer o depósito e reportar imediatamente o caso para a Central de Monitoramento e Segurança do HC pelo número (11) 2661-7050. O HCFMUSP informa ainda que, até o momento, não foi identificado nenhum profissional do seu corpo clínico a partir das informações postadas nas redes sociais da família do paciente", informou, em nota.

O que dizem a polícia e o Procon

Com os dados dos pacientes em mãos, os criminosos procuram ligar para o familiar em um momento em que não está com o doente, afirmando que há custo em aberto para a realização de um procedimento que o convênio médico não cobre. Em seguida, pedem depósitos bancários para que o mesmo seja realizado com urgência.

Para evitar que familiares caiam no golpe, hospitais devem disponibilizar informativos na recepção, assim como entregar folhetos aos pacientes e familiares. Até mesmo no telefone, podem conter avisos. Nas alas de internação, profissionais devem requerer a assinatura do responsável em um termo que contenha a informação que o serviço de saúde não requer nenhum tipo de pagamento extra durante a recuperação do paciente.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) afirma que as forças de segurança paulistas estão empenhadas diuturnamente no combate à todas as modalidades criminosas, incluindo o estelionato - independentemente do meio em que aconteça.

"A Polícia Civil esclarece que é essencial o registro da ocorrência em uma delegacia territorial ou pela Delegacia Eletrônica, para que o crime seja devidamente investigado e os autores punidos", disse, em nota.

A denúncia, no entanto, ainda gera receio na maioria, em razão de ter o familiar internado ou mesmo depender do plano futuramente. Vítimas do golpe procuradas pelo Estadão preferiram não participar da reportagem e disseram ainda ter receio até mesmo de realizar um boletim de ocorrência, ou seja, o número de ocorrências pode ser ainda maior que o registrado oficialmente.

De acordo com Guilherme Farid, diretor executivo do Procon-SP, é importante ainda que os consumidores fiquem muito atentos a qualquer tipo de ligação que não solicitada, principalmente em situações em que se encontram mais vulneráveis. "Todas as tratativas financeiras devem ser feitas presencialmente no hospital. Nada deve ser feito por telefone", afirma ele.

Sobre a prática ilegal, ele reforça que os dados dos consumidores estão disponíveis para venda em ambientes ilícitos da internet. "Por esta razão, o consumidor deve desconfiar de qualquer ligação que receba utilizando seu nome e dados. Geralmente, o criminoso se utiliza disso para dar credibilidade para a ligação", reforçou o especialista.

Conforme Farid, se o familiar foi vítima do golpe, ele pode pedir a devolução dos valores pagos junto ao hospital e ao plano de saúde (se for o caso), principalmente se os criminosos tiverem fornecido informações do paciente que apenas o hospital e a operadora tenham conhecimento como é o caso de dados pessoais e informações sobre a internação do mesmo.

"O hospital e a operadora de plano de saúde têm responsabilidade mesmo que não haja como saber quem foi o responsável pelo vazamento desses dados. O consumidor deve procurar, primeiramente, os fornecedores (hospital e operadora). Se o caso não for resolvido diretamente com as empresas, pode registrar reclamação no Procon. Entendemos que o hospital é responsável solidário por este tipo de problema", afirma Farid. Para reparação de danos morais a questão deve ser levada ao poder judiciário.

Confira algumas dicas preventivas:

- Fique atento ao número que realizou a chamada, se é o mesmo do hospital. Anote-o;

- Anote também a conta bancária beneficiária do correntista falso;

- No dia da internação, procure dar um telefone do familiar menos emocional, que possa perceber rapidamente que se trata de um golpe;

- Entre em contato com a administração do hospital ou tesouraria para ter informações sobre possíveis cobranças, a maioria já informa que não liga para solicitar transferências bancárias;

- O consumidor não deve efetuar o pagamento antes de verificar a veracidade junto ao hospital;

- Além do hospital, também entre em contato com o plano de saúde para saber sobre o procedimento médico;

- Considerado estelionato, se possível, faça um boletim ocorrência para denunciar o crime. Procure a Delegacia de Polícia mais próxima de sua casa ou realize o registro pela Delegacia Eletrônica;

Jamais repasse informações por internet ou telefone sem confirmar se está falando com um canal oficial.

A família de Amilton Gomes da Hora, de 67 anos, denuncia que recebeu o corpo de outro paciente do Hospital Getúlio Vargas, no Cordeiro, Zona Oeste do Recife. Ele estava internado na UTI da unidade e morreu no último sábado (23), vítima de uma infecção generalizada.

Os familiares teriam sido impedidos de ver o corpo e informados que só parentes de primeiro grau poderiam liberá-lo. A esposa do aposentado teve acesso apenas à certidão de óbito e estranhou que o corpo era identificado como de uma pessoa branca, diferente das características de Amilton.

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A liberação veio na segunda (25), de acordo com o G1, na presença de um irmão do paciente, que confirmou que não se tratava de Amilton. O corpo apresentado tinha duas pernas e seu irmão havia amputado uma.

O advogado da família acredita que o corpo tenha sido trocado e enviado para Sanharó, no Agreste de Pernambuco. Ele também suspeita que ainda possa estar perdido dentro do HGV, mas deve pedir à Justiça a autorização para exumar o corpo que foi enterrado no interior.

A direção do Hospital Getúlio Vargas confirmou a troca, se solidarizou com as famílias e disse que ainda apura os fatos. A unidade acionou o setor jurídico e acrescentou que presta assistência aos familiares.

O Hospital aponta que o primeiro corpo liberado, que seria de Amilton, foi reconhecido oficialmente por um familiar. "As tarjetas de identificação dos pacientes foram colocadas corretamente e que todos os demais trâmites de identificação foram seguidos adequadamente pela equipe do hospital. Ambos os falecimentos ocorreram no último sábado (dia 23/07), sendo um deles reconhecido oficialmente por um familiar que realizou a liberação junto à unidade no mesmo dia, e o segundo foi reconhecido apenas nesta terça-feira (26/07)", reforçou em nota.

Também em nota, a Polícia Civil informou que a denúncia foi feita na Delegacia do Cordeiro, na terça (26), como “outras ocorrências contra pessoa”. As investigações foram iniciadas e vão seguir até o esclarecimento dos fatos.

O número de casos de varíola dos macacos (monkeypox) no Brasil chega a 37, segundo informações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro. A secretaria confirmou ontem o sexto caso no estado. Agora, são cinco ocorrências na capital e uma na cidade de Maricá, no Grande Rio.

Já Minas Gerais confirmou o seu primeiro caso, um homem com 33 anos, que esteve na Europa no período entre 11 e 26 deste mês. Segundo a Secretaria de Saúde mineira, trata-se de um caso importado.

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“O paciente está estável, em isolamento domiciliar. Os contactantes estão sendo monitorados e, até o momento, não houve identificação de caso secundário”, informa a nota.

Segundo o Ministério da Saúde, São Paulo tem 28 casos confirmados. Somando-se os dois registros do Rio Grande do Sul e os do Rio e de Minas, o Brasil chega a 37 casos.

A médica Mariana de Lima Alves, de 25 anos, virou tema de discussão em alta no Twitter após publicações suas na rede social viralizarem. Em seu perfil, Mariana costumava contar sobre a rotina com pacientes em diferentes unidades de saúde, pelas quais precisou passar para o cumprimento prático do curso de medicina. Nos seus relatos, eram comuns xingamentos e reclamações sobre demandas cotidianas da profissão, inclusive piadas com assuntos sérios de saúde e com pacientes gestantes.

De acordo com o site do Conselho Federal de Medicina, Lima obteve registro profissional em setembro de 2021, há menos de um ano. Apesar de ser paranaense, a jovem obteve seu diploma em Rondônia e atende na cidade de Ariquemes, no interior. O registro, porém, é também do Paraná. Após a repercussão das mensagens, Mariana mudou seu nome de usuário no Twitter e no Instagram algumas vezes, e em seguida desativou suas contas.

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“Gente, qual a 'tara' de vir no pronto socorro num feriado, por uma coisa que você já 'tá' sentindo há mais de 30 dias?” e “Tem que ser muito filha de uma p*ta pra vir uma da manhã no pronto socorro por conta de infecção urinária, viu? Não tem outra expressão pra descrever” foram alguns dos seus comentários.

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O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), pelo qual Mariana é inscrita, ainda não se manifestou sobre as declarações da médica. Até o momento desta publicação, o assunto seguia nos tópicos em alta do Twitter, com mais de sete mil interações só nesta segunda-feira (23). O CRM-PR já está ciente da situação, após o alto número de denúncias pedindo a cassação do registro.

"Seu e-mail foi recebido pelo Setor de Protocolo do CRM-PR e será encaminhado para o Setor competente para as devidas providências”, disse o Conselho a um usuário.

Confira a repercussão no Twitter:

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Um acidente envolvendo um ônibus que transportava pacientes para unidades de saúde e um caminhão de carga deixou ao menos sete mortos e treze pessoas feridas na manhã desta segunda-feira, 2, em Marechal Cândido Rondon, no Paraná. Segundo o Consórcio Intermunicipal Samu Oeste (Consamu), o ônibus é da Prefeitura de Pato Bragado, cidade do oeste do Estado, e transportava pacientes até o município de Cascavel.

O Corpo de Bombeiros e a Polícia Rodoviária também foram acionados para prestar atendimento no local do acidente. Em nota, a administração de Pato Bragado, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, disse que no coletivo estavam vinte pessoas, incluindo o motorista. As treze pessoas feridas foram encaminhadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Marechal Cândido Rondon. Dessas, duas em estado mais grave foram transferidas de helicóptero e ambulância.

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Equipes de Pato Bragado estão na UPA auxiliando nos atendimentos e também orientações às famílias das vítimas. A Secretaria de Saúde acrescenta que mantém contato com os familiares das vítimas na Unidade Básica de Saúde (UBS) Albino Edvino Fritzen.

Pacientes cardíacos e hipertensos estão preocupados com o recolhimento voluntário pelos laboratórios farmacêuticos Sanofi Medley e Sandoz de lotes do medicamento genérico losartana. A medida foi tomada preventivamente, entre setembro de outubro do ano passado, depois de encontrada presença das impurezas do tipo azido no produto.

Orientações aos pacientes

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A orientação da Anvisa é que os usuários de losartana não interrompam o uso do produto por conta própria. “A losartana pertence à classe conhecida como “sartanas”, que são medicamentos seguros e eficazes no controle do tratamento de hipertensão e insuficiência cardíaca, reduzindo significativamente o risco de derrame e infarto. A interrupção do tratamento com a losartana sem a orientação médica correta pode levar a problemas graves, tais como episódios de hipertensão”, alertou a agência.

Outra recomendação da Anvisa é que pacientes que tiverem alguma dúvida sobre o tratamento atual devem conversar com seu médico ou farmacêutico. Qualquer suspeita de eventos adversos deve ser notificada à Anvisa e informada ao médico responsável. A notificação pode ser enviada diretamente à agência pelo link.L

Lotes recolhidos

Os recolhimentos mais recentes de alguns lotes do medicamento losartana ocorreram em setembro e outubro de 2021 e os fabricantes já concluíram esse trabalho. Além dessa medida, a partir da publicação das resoluções da Anvisa que suspenderam a comercialização, nenhum lote desses produtos pode ser colocado à venda.

Sobre a presença da impureza “azido” encontrada nas medicações, a Anvisa explicou que ela pode ser resultado do próprio processo de fabricação do insumo farmacêutico ativo, ou seja, um subproduto de interações químicas que acontecem durante a produção da substância.

As substâncias têm sido identificadas pelo próprio controle de qualidade dos fabricantes, que seguem a regulamentação da Anvisa que determina o controle sobre impurezas em medicamentos. Este processo é contínuo dentro da rotina da empresa, a fim de garantir que os produtos comercializados sejam adequados ao consumo.

Riscos

Em relação a eventuais riscos para pacientes que fazem uso contínuo desses medicamentos, a Anvisa ressaltou que o recolhimento é uma medida de precaução. “Não existem dados para sugerir que o produto que contém a impureza causou uma mudança na frequência ou natureza dos eventos adversos relacionados a cânceres, anomalias congênitas ou distúrbios de fertilidade. Assim, não há risco imediato em relação ao uso desse medicamento”, disse a Anvisa em nota.

A agência continuará a monitorar a presença de impurezas nos medicamentos e adotará todas as medidas que forem necessárias à proteção da saúde da população. Os profissionais de saúde e pacientes podem comunicar à agência suspeitas de eventos adversos com o medicamento pelo VigiMed.

Nos links abaixo é possível conferir os produtos e os lotes, de acordo com o fabricante:

1) Losartana potássica – Sanofi Medley

2) Losartana potássica + hidroclorotiazida – Sanofi Medley

3) Lorsacor e losartana potássica – Sandoz

A lista completa de todos os medicamentos com determinação de recolhimento ou suspensão pode ser consultada aqui pelo link.

O aumento da demanda por testes de Covid-19 em meio ao agravamento de doenças respiratórias na Região Metropolitana do Recife fez com que a capital pernambucana e Olinda ampliassem os locais de exame. O LeiaJá listou os pontos disponíveis nos dois municípios. A Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes foi procurada, mas não informou sobre os centros até a conclusão da matéria.

Para evitar aglomerações e demora nos atendimentos, os pacientes sintomáticos do Recife devem agendar o exame a partir das 18h do dia anterior. Os testes rápidos de antígeno detectam o vírus ativo e saem cerca de 15 minutos após a coleta feita das 8h às 17h.

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O Aplicativo Conecta Recife é a plataforma de agendamento para os seguintes pontos fixos:

- Parque da Macaxeira, na Zona Norte;
- Compaz Ariano Suassuna, no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste. 

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, os dois centros ofertam 800 testes diariamente. Duas unidades do Sesc também recebem o público com 600 testes diários:

- Sesc Santo Amaro, no Centro;
- Sesc Casa Amarela, na Zona Norte. 

Já o aplicativo Atende em Casa garante a marcação nas seguintes unidades da rede municipal de saúde:

- Policlínica Waldemar de Oliveira, em Santo Amaro, no Centro;
- Upinha Eduardo Campos, na Bomba do Hemetério, na Zona Norte;
- Centro de Saúde Professor Mário Ramos, em Casa Amarela, na Zona Norte;
- Upinha Moacyr André Gomes, no Morro da Conceição, na Zona Norte;
- Upinha Vila Arraes, na Várzea, na Zona Oeste; 
- Centro de Saúde Professor Romero Marques, no Prado, na Zona Oeste;
- Centro Social Urbano (CSU) Afrânio Godoy, na Imbiribeira, na Zona Sul;
- Policlínica Arnaldo Marques, no Ibura, na Zona Sul. 

Olinda

Em Olinda, a Prefeitura informou que 22 locais estão disponíveis, mas não especificou a capacidade de testagem diária. Não há necessidade de agendamento e os pacientes devem apresentar o comprovante de residência quando forem ao locais.  

- Centro de Testagem, ao lado da Policlínica João Barros Barreto, no bairro do Carmo. O atendimento ocorre de segunda à sexta, das 8h às 17h, e aos sábados até às 13h;
- Policlínica São Benedito, na Rua Dunas, de segunda à sexta, das 13h às 17h;
- Policlínica Rio Doce II, na Rua Coronel Frederico Lundgren, de segunda à sexta, das 13h às 17h;
- Clube Atlântico, Av. Sigismundo Gonçalves, 1002, no Carmo. 


As 18 unidades de atenção básica à saúde também ofertam o teste das 8h às 13h:

- Alto da Bondade II, Rua da Linha, S/N;
- Caixa D água I, Rua Francisco Gomes, S/N;
- Alto da Conquista I/II, Rua da Tijuca, S/N;
- Águas Compridas I/II, Estrada de Águas Compridas, S/N;
- Águas Compridas III, Rua Nelson de Melo Paes, Águas Compridas, S/N;
- Sapucaia II/III, Rua 02 de Fevereiro, S/N;
- Base Rural, Rua Margarida Alves S/N;
- Azeitona I, Rua Belmiro Odilon de Oliveira, 170;
- Sítio Novo I/II, Rua Isabel Burgo Vieira Ferreira, 146;
- Vila Manchete, Rua Genipapo, S/N;
- Amaro Branco, Rua Frei Afonso Maria, 240;
- Bultrins Monte II, Rua Pref. Manoel Regueira, 821;
- Ilha de Santana I/II, Av. da Integração, S/N;
- Rio Doce V Etapa, Rua 14, S/N;
- Jardim Atlântico, Rua Rutilo, 21;
- Jardim Fragoso, Rua Humberto de Lima Mendes, S/N;
- Cidade Tabajara I. Rua Nevada, 100;
- Cidade Tabajara II: Rua Potiguar S/N;
- USF Passarinho, na Estrada de Passarinho.

As autoridades chinesas fecharam, nesta quinta-feira (13), os hospitais da cidade de Xi'an (norte), cuja população está confinada desde 23 de dezembro, para "retificar" erros na aplicação das regras anticovid depois do aborto de uma mulher que foi impedida de acessar um serviço de emergência.

Xi'an, de 13 milhões de habitantes, conhecida em todo o mundo pelo seu exército de terracota, é uma das poucas cidades da China afetadas atualmente por pequenos surtos de Covid-19.

No início de janeiro, o hospital de Gaoxin negou a entrada durante duas horas de uma mulher grávida de oito meses, alegando que o teste negativo de covid havia ultrapassado o prazo de validade de 48 horas.

Uma foto mostrava a mulher sentada em um banco cercada por uma poça de sangue.

O diretor do Departamento de Saúde de Xi'an se desculpou publicamente. Antes, o governo da cidade anunciou a demissão do diretor do hospital e dos "funcionários pertinentes".

Em outro incidente, uma habitante afirmou que seu pai morreu de um ataque cardíaco após ser rejeitado "devido às normas relacionadas à pandemia".

Os dois hospitais envolvidos foram repreendidos e devem "suspender suas operações durante três meses para retificar", anunciou hoje o departamento municipal de saúde em um comunicado.

O hospital de Gaoxin recebeu a ordem de suspender seu diretor-geral e demitir vários funcionários, afirmou o texto.

O segundo hospital vai demitir o presidente, suspender o vice-chefe e destituir a chefe de enfermagem do serviço de consultas externas.

Os moradores de Xi'an se queixaram da falta de alimentos que, segundo eles, deve-se à organização caótica.

O surto de covid diminuiu consideravelmente nos últimos dias, com o registro de apenas nove casos nesta quinta-feira.

Desde 9 de dezembro, Xi'an registrou cerca de 2.000 casos de Covid-19.

Até 90% dos pacientes com Covid-19 em cuidados intensivos no Reino Unido não receberam uma dose de reforço da vacina, disse o primeiro-ministro britânico Boris Johnson nesta quarta-feira (29), descartando mais uma vez qualquer endurecimento das restrições antes do Ano Novo.

"Lamento dizer, mas a grande maioria das pessoas internadas em cuidados intensivos em nossos hospitais são as que não receberam uma vacina de reforço", destacou o líder conservador à margem de uma visita a um centro de vacinação.

"Falei com médicos que afirmam que até 90% das pessoas em cuidados intensivos não receberam uma dose de reforço", explicou, renovando seu apelo à população para que tome a terceira dose.

"Quem não está vacinado tem, em média, oito vezes mais chances de terminar no hospital", afirmou Johnson.

Diante de uma propagação veloz da variante ômicron, com um recorde de quase 130.000 casos registrados na terça-feira na Inglaterra e Gales, o Reino Unido lançou uma campanha de vacinação de reforço, que já permitiu administrar uma dose extra em quase 57% da população maior de 12 anos.

O objetivo é oferecer uma vacina de reforço a toda a população adulta antes do fim do ano.

Com base no avanço da vacinação e apesar do aumento das hospitalizações, Boris Johnson voltou a descartar nesta quarta-feira endurecer as restrições em vigor na Inglaterra para frear a propagação do vírus, ao contrário da Escócia, Gales e Irlanda do Norte, que fecharam as casas noturnas.

"A variante ômicron continua provocando problemas reais, vemos que os casos aumentam nos hospitais, mas é claramente menos virulenta que a variante delta e podemos seguir adiante como estamos fazendo", justificou o chefe de Governo.

No entanto, pediu à população para celebrar o Ano Novo "com prudência".

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