Tópicos | Pais e Filhos

Ir ao dentista pode ser um pesadelo para as crianças. Com a consulta marcada, muitos pais precisam lidar com a aversão que os filhos têm do local e convencê-los de que o cuidado é para o bem deles. Afinal, como orientam os especialistas, a falta de cuidados com a saúde bucal na infância pode acarretar consequências na vida adulta.

O recomendado pelos dentistas é que os pais levem as crianças o mais cedo possível ao consultório. Isso pode ser feito após o nascimento do primeiro dente, pois a criança pode já criar um vínculo com o local em que será cuidada. "Quando as crianças passam a frequentar o dentista mais velhas, podem criar uma opinião devido ao que já escutaram em relação às consultas", explica a dentista Simone Cesar. Outra dica é falar aos filhos apenas o necessário. "Muitas vezes, o medo não passa na cabeça da criança e quando são usadas frases como, 'não vai doer', pode gerar um medo desnecessário", orienta.

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A iniciação da criança no consultória pode ser acompanhando o tratamento do irmão mais velho. Assim, o mais novo pode observar o comportamento do outro. "Ajudará a criançar a perceber que a ida ao dentista é algo de rotina e que não acontecerá nada de ruim", afirma Simone, que também sugere que os pais procurem por um profissional especialista em crianças. "Procure sempre opções que proporcionem uma experiência e não só uma consulta".

Simone indica levar o brinquedo favorito do filho ao consultório do dentista. "Dessa forma, a odontopediatra conseguirá examiná-la utilizando o brinquedo, passando segurança e confiança para a criança", aconselha ela, que não recomenda levar a criança às consultas dos pais, já que alguns procedimentos, como canais ou extração de dentes, podem deixá-la traumatizada.

Outra dica da profissional é não utilizar o dentista para ameaçar ou recompensar a criança. Por isso, deve-se evitar frases como "se você não comer direito, vou te levar ao dentista" ou "se você se comportar bem na consulta hoje, vai ganhar um presente". A dentista Simone indica que é necessário que a criança entenda que a consulta é para o bem dela.

A relação entre pais e filhos no Brasil culturalmente tende a ser aproximada pela paixão de ver a bola rolar. O futebol tem uma relação íntima, afinal é bem provável que você torça para os mesmo time que seu pai. Nesses Dia dos Pais, o LeiaJá listou pais e filhos que se envolveram com futebol em suas carreiras. 

A começar pelo pernambucano do município de Paulista Rivaldo. Melhor do mundo em 1999, o ídolo do Barcelona, cria do Santa Cruz, deixou seu nome marcado no futebol mundial com conquistas importantes, entre elas a Copa do Mundo de 2002. Mas o herdeiro não tem tido o mesmo sucesso do pai. Rivaldinho, que se formou no Mogi Mirim, hoje atua pelo modesto Levski Sofia da Bulgária como atacante de área, diferente do que o esguio meia que era seu pai. 

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Filho de Rivaldo atualmente joga na Búlgaria Foto: Reprodução/Facebook

Em Pernambuco, um bom exemplo é a dupla Nelsinho e Eduardo Baptista, que tem uma história vitoriosa no Sport. Em 2008, pai e filho venceram juntos a Copa do Brasil, uma das maiores conquistas do clube. Nelsinho era treinador e tinha ao seu lado, como preparador físico, o filho. Juntos eles trabalharam por nove anos em diversos clubes do Brasil e também no Japão. Hoje em dia Eduardo segue os caminhos do pai como treinador. 

Juntos pai e filho conquistaram a Copa do Brasil de 2008 pelo Sport. Foto: Willian Aguiar/Sport Recife

Outro grande craque do futebol brasileiro também vê seu filho atualmente trilhar uma carreira parecida. Bebeto, que "embalou" Matheus em 1994, hoje torce pelo sucesso dele na aventura europeia. O filho do campeão do mundo atua pelo Sporting de Portugal e teve em 2019 sua melhor temporada com a equipe lisboeta. 

Matheus, "embalado" por Bebeto em 1994 vive boa fase em Portugal. Foto: Reprodução/Instagram

O parceiro ideal de Bebeto, o baixinho Romário chegou aonde podia com seu futebol fatal, mas seu filho ainda segue brigando por mais espaço. Atacante assim como seu pai, Romarinho veste a camisa do Joinville onde atuou em 10 oportunidades sem nenhum gol marcado em 2020. 

Romarinho atualmente joga pelo Joinville. Foto: Reprodução/Facebook

Mas para alguns pais a alegria de ver um filho brilhando é duplicada. Ídolo de Vasco e Palmeiras nas décadas de 80 e 90 Iomar do Nascimento tem além dele, outros dois craques na sua casa. Rafinha e Thiago Alcântara. Entre idas e vindas ambos tiveram a chance de fazer parte da vitoriosa categoria de base do Barcelona. Em equipes distintas na atualidade os filhos de Mazinho seguiram o seu progenitor acumularam títulos no currículo. Thiago hoje joga no Bayern de Munique da Alemanha enquanto Rafinha que ainda é jogador do Barça segue emprestado ao Celta de Vigo. 

Rafinha ainda é jogador do Barcelona. Foto: Reprodução/Facebook

Toda relação entre pai e filho tem sua particularidade, mas essa se mistura com a história do Milan. O clã Maldini a décadas vem marcando presença na defesa rossonera a diferença é que o novo herdeiro, Daniel Maldini não atua como seu pai Paolo e seu avô Cesare que eram zagueiros. O jovem atacante estreou em 2019 pelo clube italiano e é o responsável por dar seguimento à "tradição". 

Daniel Maldini é mais um representante da familia no Milan. Foto: Reprodução/Facebook

Durante o período de isolamento por causa do coronavírus (Covid-19), o convívio entre as famílias aumentou, e cozinhar se tornou um passatempo entre pais e filhos. É o caso do cozinheiro Francisco Siqueira, 56 anos, que começou a notar que sua filha, Isabella Siqueira, 2 anos, estava preferindo a cozinha no lugar dos brinquedos. "Ela queria ficar comigo na cozinha observando o que eu estava fazendo. Um dia, ela pegou a cadeirinha e insistiu para que eu a deixasse ajudar", conta. "Procuro explicar como é prazeroso cozinhar e também os cuidados que devemos ter. Ontem por exemplo, fizemos pizza".

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Francisco Siqueira e a filha, Isabella Siqueira, fizeram pizza em casa | Foto: Arquivo Pessoal

Durante a pandemia, a jornalista Carolina Feital, 36 anos, também encontrou um momento de lazer na cozinha de sua casa com o filho Cauã Feital, 5 anos. "Quando em uma sexta à tarde a gente vai parar tudo para fazer um brigadeiro? Estamos tendo oportunidade de nos conectar mais e criar memórias afetivas", comenta.

Além do brigadeiro, Carolina e o filho já fizeram omelete colorido e bolos. A jornalista explica que cozinhar faz parte da rotina de escola de Feital, que usa desses momentos para ensinar as crianças conceitos básicos de matemática. "Eles estimulam a ida da criança para cozinha até para treinar quantidades, por exemplo dois ovos, uma lata de leite condensado, três cenouras", conta.

A jornalista Carolina Feital e o filho, Cauã Feital| Foto: Arquivo Pessoal

Esse tipo de rotina pode fortalecer o vínculo entre pais e filhos, melhorando a comunicação que, no futuro, pode favorecer em conversas mais íntimas, além de contribuir para independência da criança. "Também pode melhorar o desenvolvimento de habilidades e raciocínios aplicado a gestão da cozinha e solução de problemas", explica o psicólogo Vitor Melo.

O psicólogo destaca que levar os filhos homens à cozinha pode quebrar o estereótipo de que cozinhar é uma atividade da mulher. Além disso, as crianças podem aprender sobre organização, desenvolvimento, valores culturais da família e tradições. "Há o aprendizado da valorização da comida a respeito da diversidade dos alimentos e o processo do cultivo, entrar em contato com o que de fato está comendo, como esse alimento chegou até a casa e como foi preparado", diz.

Para a coordenadora e professora do curso de Gastronomia da Universidade Guarulhos (UNG), Déborah Sisti, cozinhar pode ser um momento de lazer para muitos adultos, pois a pratica se torna um momento de aproximação e uma oportunidade para ensinar as crianças que os alimentos possuem grande importância na saúde do ser humano. "Um simples bolo de cenoura, muito conhecido, agrega valor nutricional. Bolo de abobrinha? Sim, e os pequenos sequer saberão que este legume faz parte desta delícia", afirma.

Outro ponto que a cozinha pode ensinar as crianças, são as questões de reaproveitamento, limpeza, nutrição e respeito ao alimento. "Em nosso país não temos a cultura de levar as crianças a cozinha. Medo? Talvez. Mas sabemos que os pequenos tem um poder incrível quando se ensina o certo, tornam-se adultos conscientes", informa Déborah.

A coordenadora ensina a receita do "pão de minuto" para que os pais possa praticar ao lado dos filhos. Será necessário os seguintes ingredientes: 160 g de farinha de trigo; 80 g de fubá mimoso; 300 ml de leite integral; 50 g de açúcar; um ovo; 80 g de manteiga derretida; 3 g de sal; e 10 g de fermento químico em pó.

Para prepará-lo, misture os ingredientes secos e reserve. Misture em outro recipiente o restante dos ingredientes. Depois una as duas misturas até que se tornem homogêneas, e por último, leve para assar em forma untada (pode ser forma de bolo inglês, de furo central, ou assadeira retangular) e enfarinhada (poderá ser em forminhas individuais) em forno a 180º C por 10 minutos, depois abaixe a temperatura para 160ºC e asse por mais 15 minutos.

Déborah destaca algumas variações, como parte do leite que pode ser substituída por leite de coco. Uma banana amassada pode ser agregada a massa, mas deve ser polvilhada com açúcar cristal na massa antes de levá-la ao forno para ter uma crosta crocante.

Para acabar com o tédio durante o período de isolamento social, alguns pais estão apresentando aos filhos os jogos de tabuleiro, já que muitos deles remetem à própria infância. O setor de brinquedos, que inclui os jogos analógicos, teve um aumento de 643% no período de 15 a 24 de março, segundo a pesquisa do sistema antifraude de pagamentos pela internet Konduto.

Os tabuleiro tem sido a principal fonte de diversão da professora Carla Martins, 41 anos, mãe da Júlia Martins, 14 anos, e Luísa Martins, 11 anos, que usam jogos geográficos para conhecer curiosidades, culturas e a localização de outros países. "Os jogos contribuem para interação de pais e filhos e ensinam as crianças que em alguns momentos ganhamos e em outros perdemos", diz.

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Carla Martins com as filhas, Júlia e Luísa | Foto: arquivo pessoal

Mesmo na era tecnológica, em que os jogos digitais ganham cada vez mais destaques, as filhas de Carla têm demonstrado preferência pelos jogos analógicos. "Elas têm celular e videogame, mas como eu nunca incentivei muitos os jogos eletrônicos, elas brincam bem pouco", comenta.

Os jogos digitais podem ensinar as crianças a respeitar regras de convivência, como o ato de aguardar a vez para jogar, mas é na interação com os adultos, por meio dos jogos de tabuleiro, que acontecem momentos únicos em suas memórias afetivas. "Essas brincadeiras podem proporcionar um excelente desenvolvimento cognitivo, muito além disso, contribui para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais", explica a pedagoga Rita André.

A pedagoga dá cinco dicas de jogos para os pais brincarem com seus filhos durante a quarentena: "Banco Imobiliário", o jogo de adivinhação "Imagem e Ação", "Jogo da Vida", "War" e "Resta Um".

Na maioria das vezes, os pais são uma inspiração e uma forte influência para muitos filhos, no gosto musical, na escolha do time de futebol, nos hobbies e até mesmo na profissão. Ele é o heroi, o melhor amigo ou então o sócio. O importante é dividir o amor em comum.

O publicitário Lucas Lopez Weishaupt, 30 anos, divide o amor pelo time com o pai, Jairo Roque Weishaupt, 63 anos. A paixão pelo Corinthians é uma herança de família que nasceu com o avô paterno. “Eu e meu pai temos uma relação muito boa. Ele é meu melhor amigo e com certeza o futebol é importante nessa relação, foi uma coisa que sempre uniu a gente” afirma.

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Os dois vão aos jogos de futebol todos os meses, mas o que realmente importa para Weishaupt, é poder torcer, gritar, e vibrar ao lado do pai. “Ver o Timão levar o título é um lucro, manter a tradição ao lado dele é o mais importante”, ressalta.

Jairo Weishaupt e Lucas Weishaupt | Foto: acervo pessoal

Morar longe do pai nem sempre é uma desculpa para aproveitar a vida juntos. O músico César Henrique Damaceno Mendes, 26 anos, mora no interior de São Paulo, e seu pai, Paulo Henrique Mendes, 54 anos, mora na capital paulista. Mesmo assim, quase todos os finais de semana eles se encontram para praticar airsoft. “Dentro do esporte ele é como se fosse um comandante pra mim, quando ele é alvejado, é minha prioridade salvá-lo, jamais deixarei meu pai para trás”, garante.

Para o músico, praticar esporte com o pai é uma das maneiras de aumentar o laço entre pai e filho. “Sempre fomos muito próximos, principalmente agora com o airsoft ficamos mais tempos juntos”, conta Mendes.

Paulo Mendes e César Mendes | Foto: acervo pessoal 

Já Lucas de Paula Custódio, 25 anos, não divide só o amor pelo hobbie com o pai, Edison Libonatti Junior, 54 anos, mas também o apelido de Cascatinha. Pai e filho trabalham juntos nos comércios da família. Aos finais de semana, eles participam de campeonatos de motocross. “Nós dois temos uma ligação muito forte. É claro que as vezes acontecem alguns atritos, afinal, estamos juntos todos os dias. Mas nada grave, o amor prevalece”, diz.

Para Cascatinha, todos os finais de semana acontece algo marcante para ambos, desde um treino para as competições até quando caem da moto. “Meu pai representa tudo pra mim. Eu quero ser como ele”, declara.

Edison Libonatti (Cascata) e Lucas Custódio (Cascatinha) | Foto: acervo pessoal 

 

Suzanna Freitas, filha de Kelly Key com o cantor Latino, usou suas redes sociais para falar sobre sua relação com o pai biológico. Respondendo à perguntas dos fãs, ela contou qual sua proximidade com ele e quem reconhece como seu pai de fato,  o artista ou o padrasto, Mico Freitas.

Demonstrando naturalidade em relação ao tema, Suzanna explicou que não há problemas entre ela e Latino. "Como ele não mora comigo, não quer dizer que nós não falamos, nós nos falamos. Não temos uma relação próxima, mas não somos brigados, podem ficar tranquilos". Ela também disse que a proximidade entre os dois é pequena mas que existe.

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A jovem também foi perguntada sobre quem considera ser seu pai de fato, Latino ou Mico Freitas, marido de Kelly Key. "Os dois são meus pais! Só que o meu padrasto me criou como filha desde que eu tinha dois anos de idade. E minha relação com o Latino é muito distante, até porque ele não mora comigo e tem mais nove filhos para criar".



 

O almoço está pronto, os presentes foram escolhidos a dedo e as fotos para serem publicadas nas redes sociais começam a movimentar o Dia dos Pais. Celebrada neste domingo (12), a data reúne momentos que marcaram as histórias do super-herói da casa. Visto como uma figura de aventuras quando os filhos são pequenos, o papel de pai imortaliza memórias familiares.

As palavras e atitudes brotam sentimentos que serão levados por toda vida, principalmente quando as relações com as crias geram afetos, cobranças, dúvidas, apegos e revoltas. Com as celebridades não é diferente. A fama chega, oferece benefícios, mas não poupa a paternidade de mostrar o que realmente acontece quando o assunto gira em torno dos herdeiros.

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O LeiaJá listou alguns papais famosos que causaram na mídia impactos amorosos e revoltas seletivas para quem está acompanhando de fora os "Casos de Família".

Bruno Gagliasso

O ator, conhecido pela beleza e por ser um dos nomes de talento da teledramaturgia brasileira, tornou-se pai de Titi, de apenas 4 anos. Enquanto Giovanna Ewbank estava a serviço do programa Domingão do Faustão, na África, Bruno recebeu uma ligação da amada: "Amor, sou mãe". Sem saber o que estava acontecendo, Giovanna explicou que Titi a escolheu para ser sua mãe durante visita a um abrigo de órfãos em Lilongwe, capital do Malawi, em 2015.

Em um ano e meio, o casal viajava para acertar a adoção da criança. Bruno teve que morar na África ao receber da Justiça a guarda provisória da filha. Só em maio de 2016, Bruno Gagliasso trouxe Titi de vez para conhecer o seu lar. 

Marcos Mion

O apresentador da Record, que vai substituir Roberto Justus no reality show "A Fazenda", faz questão de mostrar sua rotina com a família nas redes sociais. Pai de três filhos, frutos do relacionamento com a esposa Suzana Gullo, Mion não esconde o prazer que sente ao registrar os momentos íntimos vividos no lar.

Romeu, filho mais velho, de 13 anos, é autista, e sempre está dando orgulho aos pais pelo desenvolvimento que apresenta diariamente. Em junho, no Instagram, Marcos Mion publicou um vídeo em que dança ao lado do primogênito. "Quando a gente dança o mundo inteiro some e não existe nada mais prazeroso e importante do que o elo formado ali naquele momento", escreveu.

Ricky Martin

A sensualidade 'caliente' do cantor circula o mundo desde que fazia parte do grupo Menudo. Após investir na carreira solo e mostrar que não era só um rostinho bonito, Ricky foi além. Sempre discreto, ele decidiu encarar a paternidade.

O artista contratou uma barriga de aluguel para carregar seus dois bebês, os gêmeos Matteo e Valentino, que neste mês completam dez anos. Disposto a viver intensamente com os filhos, Ricky Martin tirou dois anos de férias para se dedicar exclusivamente à função de pai que era tão desejada. 

Latino

O cantor ganhou o estrelato na década de 1990 com o hits "Me Leva" e "Só Você". Mas o sucesso conquistado trouxe algumas dores de cabeça para Latino. Uma delas foi a acusação de estar devendo a pensão alimentícia de um dos seus nove filhos.

Em 2017, segundo o jornal Extra, Latino teve a prisão decretada por não realizar o pagamento de mais de um ano da dívida que estava atrasada. 

Pelé

O tricampeão mundial pela Seleção Brasileira virou ídolo de uma nação. Desde os anos 50, Pelé entrou para a história do futebol como um dos melhores jogadores do mundo. Já com a carreira consolidada, a intimidade familiar veio à tona. O Brasil acompanhou o drama de Sandra Regina Machado Arantes do Nascimento Felinto, que lutou por anos na Justiça para ser reconhecida como filha do astro do esporte.

Em 1996, Sandra, que foi ex-vereadora da cidade de Santos, Litoral de São Paulo, ganhou a ação, mas mesmo assim continou longe do convívio do "rei do futebol. Ela morreu em 2006 vítima de um câncer de mama.

Joe Jackson

O empresário Joe Jackson, que faleceu há dois meses, era conhecido por ser bastante exigente. As cobranças na época do grupo 'Jackson 5', onde os filhos dominavam os topos das paradas da indústria musical, entre os anos 60 e 70, eram explícitas. Michael Jackson, que morreu em 2009, fazia questão de demonstrar sua rejeição.

Os históricos de agressão física eram retratados por debaixo dos panos, mesmo com os irmãos fazendo o maior sucesso. O médico que cuidou de Michael, Conrad Murray, afirmou em vídeo ao site The Blast que o cantor foi quimicamente castrado pelo pai. A decisão do empresário foi para manter a voz do artista impecável.

Fotos: Reprodução/Instagram/Wikimedia Commons

No segundo domingo do mês de agosto é celebrado o Dia dos Pais. Para essa data especial, sugerimos dez filmes que abordam a relação entre um pai e seus filhos das mais diversas maneiras: seja com leveza, piadas, drama e realismo, ou envolvendo ciúmes e outros conflitos, mostrando também o quão incondicional pode ser esse amor. Confira:

A Vida é Bela:

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Durante a Segunda Guerra Mundial na Itália, o judeu Guido (Roberto Benigni) e seu filho Giosué são levados para um campo de concentração nazista. Afastado da mulher, ele tem que usar sua imaginação para fazer o menino acreditar que estão participando de uma grande brincadeira, com o intuito de protegê-lo do terror e da violência que os cercam.

O Pai da Noiva:

George Banks é um pai de família de que adora sua vida — ama sua esposa Nina e os filhos Annie e Matty, e vive em uma perfeita harmonia familiar. Mas tudo muda quando George recebe uma notícia-bomba: sua filha vai se casar! Acometido de uma crise de ciúmes, George cria mil confusões da festa de noivado ao grande dia, para não perder a única filha.

Moonlight:

O filme apresenta três etapas na vida de Chiron/’Black’, explorando as dificuldades que ele enfrenta ao ser criado em um bairro violento em Miami, com forte presença do tráfico. Nesse processo, ele tem que lidar com o descobrimento da sua própria identidade e sexualidade, e o abuso físico e emocional que recebe ao longo destas transformações.

Treinando o Papai:

Joe Kingman, um rico e famoso jogador de futebol americano, e sua equipe tentam ganhar um campeonato. Repentinamente, Joe é surpreendido por uma grande notícia: ele tem uma filha, resultado da última aventura amorosa com sua ex-esposa. Agora ele precisa equilibrar sua vida pessoal e profissional com as necessidades da filha.

Capitão Fantástico:

Ben tem seis filhos com quem vive longe da civilização, no meio da floresta, em uma rígida rotina de aventuras. As crianças lutam, escalam, leem obras clássicas, debatem, caçam e praticam duros exercícios, tendo a autossuficiência sempre como palavra de ordem. Certo dia um triste acontecimento leva a família a deixar o isolamento e o reencontro com parentes distantes traz à tona velhos conflitos.

À Procura da Felicidade:

Chris Gardner enfrenta uma vida difícil. Despejado de seu apartamento, este pai solteiro e seu filho não têm onde morar. Chris consegue um estágio não remunerado em uma firma de prestígio. Sem dinheiro, os dois são obrigados a viver em abrigos, mas Chris está determinado a criar uma vida melhor para ele e seu filho.

Procurando Nemo:

Em seu primeiro dia de aula, esquecendo os conselhos do pai superprotetor, o peixe Nemo é capturado por um mergulhador e acaba no aquário de um dentista. Enquanto Nemo tenta bolar um plano para escapar, seu pai cruza o oceano para resgatá-lo.

Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas:

Quando Edward Bloom fica doente, seu filho William viaja para ficar com ele. William tem uma relação tensa com Edward porque seu pai sempre contou histórias exageradas sobre sua vida e William achou que ele nunca disse a verdade.

Mesmo no leito de morte, Edward narra histórias fantásticas. Quando William, que é um jornalista, começa a investigar os contos de seu pai, ele começa a entender o homem e sua mania de contar histórias.

O Paizão:

Sonny Koufax tem 32 anos de idade e passou toda a sua vida fugindo das responsabilidades. Mas quando sua namorada decide trocá-lo por um homem muito mais velho, ele resolve provar que está pronto para uma vida adulta com o objetivo de reconquistar o seu grande amor. Desesperado, Sonny adota um menino de cinco anos, Julian, para tentar impressionar a ex-namorada. Sem jeito para ser pai, aos poucos Sonny aprende a lidar com a nova situação e passa a gostar da criança.

Hotel Transilvânia:

O Hotel Transilvânia é um resort cinco estrelas que serve de refúgio para que os monstros possam descansar do árduo trabalho de perseguir e assustar os humanos. O local é comandado pelo Conde Drácula, que resolve convidar os amigos para comemorar o 118º aniversário de sua filha Mavis. O que ele não esperava era que Jonathan, um humano sem noção, fosse aparecer no local justo quando o hotel está repleto de convidados e, ainda por cima, se apaixonasse por Mavis.

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Neste domingo (14), as famílias brasileiras estão reunidas para celebrar o Dia dos Pais. É o momento deles ganharem presentes, um carinho e atenção especiais, e escolherem o menu do almoço comemorativo. Mas, na casa da estudante Stefannia Cardoso, o que o papai Pedro escolherá será a música para embalar a comemoração. E a filha vai ouvir o setlist satisfeita pois os dois compartilham do mesmo gosto musical, sendo assim, na hora de botar a vitrola pra rodar não há desentendimento. 

Stefannia (22) e Pedro (69) são de gerações bem distintas, mas a música e, sobretudo a paixão pelo rock, os une numa relação que vai além da ligação 'pai e filha': "Ele é muito mais meu amigo do que meu pai. É uma delícia porque não tem aquela censura que geralmente pode existir entre pais e filhos", declara a estudante. Ela conta que aprendeu a ouvir bandas como Creedence, Bee Gees e os Beatles desde pequena e de forma bem natural. "Ele nunca parou pra me obrigar a ouvir música, mas sempre tinha aquela 'musiquinha' de fundo. Enquanto ele trabalhava, ficava ouvindo o 'rádinho' e eu acabei me acostumando com aquele som". 

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A menina cresceu e conheceu outros sons. "Chegou uma hora, na adolescência, que o amor pelo rock brotou", relembra. Foi aí que a casa da família Cardoso passou a receber o peso do grunge e do heavy metal com Scorpions, Pearl Jam, Red Hot Chilli Peppers e Iron Maiden. Então, quem antes influenciou passou a ser influenciado, e o pai Pedro se viu 'batendo cabeça' junto com a filha: "Ela veio com essa fortaleza que é o rock pesado e eu assimilei as músicas. Eu gosto que ela me apresente coisas novas", diz o pai.  

                                                      

Mas a paixão mesmo dos dois é o quarteto de Liverpool. Os Beatles foram os responsáveis pelo início desta troca de influências entre eles e costuma ser a trilha sonora dos momentos entre pai e filha. "Geralmente, no fim de semana, a gente pega aquela 'gelada' e a música de praxe", conta Stefannia. Entre a cerveja e o bate papo, eles acabam fazendo uma viagem pela linha do tempo da música passando por suas bandas preferidas. 

Para Stefannia e Pedro, a música serve como um fio condutor de uma relação de muita amizade e amor. "Esta sintonia que a gente tem é muito bacana e a gente pode compartilhar de tudo. Nem eu me sinto só, nem ele se sente só", diz a jovem. O pai, carinhosamente, concorda: "Fico muito agradecido a Deus porque nos entendemos. O gosto musical consegue unir mais forte ainda a amizade entre a gente. Se todos vivessem essa harmonia o mundo seria outro". Ao que tudo indica, o presente neste domingo, e em todos os demais dias, do papai Pedro é a parceria e sintonia com sua 'filha-amiga'. Como ele mesmo disse: "É espetacular". 

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Havia gente em Cannes, em maio, apostando que o júri presidido por Steven Spielberg ia atribuir a Palma de Ouro ao Japão. Era o comentário geral - "Like Father Like Son", que estreia nesta sexta-feira (27), como "Pais e Filhos", tem a cara de Spielberg. Tanto isso é verdade que Steven adquiriu os direitos de filmagem e vai fazer a versão hollywoodiana do filme de Hirokazu Kore-eda. Mas ele não deu a Palma para o diretor. Ela foi atribuída, pela unanimidade do júri, a "Azul É a Cor Mais Quente", de Abdellatif Kechiche. "Pais e Filhos" ganhou o prêmio especial do júri, e foi merecido.

Está sendo um final de ano atípico. Amanhã, última sexta de 2013, os filmes seguem estreando. "São Silvestre", de Lina Chamie, terá um lançamento pequeno, mas é o melhor brasileiro do ano que se encerra. "Pais e Filhos" só não está na listona dos maiores por um detalhe. Se Kore-eda o terminasse em aberto, com a caminhada de pai e filho - o travelling, o plano-sequência, ambos andando em paralelo, mas não juntos -, o impacto talvez fosse maior. É um belo filme sobre família, para compreender (decifrar?) a paternidade.

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"Pais e Filhos" narra uma história que se presta ao cinema de lágrimas. Começa com um empresário bem-sucedido, a mulher e o filho. O pai é um tanto distante. Um exame de rotina na escola revela que o garoto não pertence ao grupo sanguíneo dos pais. Não pode ser filho deles. Houve uma troca no hospital, quando o bebê nasceu. Crianças foram trocadas. O caso poderia seguir assim, mas a correção japonesa - os conceitos de honra - levam a algo que parece impensável. À troca das crianças.

Eles não são mais bebês. Percebem o que ocorre. Sofrem com as diferenças - e as duas famílias ficam dilaceradas. O outro pai tem uma oficina, é mais modesto, mas mais presente. "Meu tema é a transformação do pai poderoso. Ele começa o filme frio e distante, mas vai passar por uma mudança. O desafio foi sempre tentar evitar que essa transformação ocorresse banalmente aos olhos do espectador."

Com quase 3 milhões de espectadores já na época de Cannes, "Pais e Filhos" virou o maior sucesso de Kore-eda no Japão. Se não sumir de circulação, para não comprometer a futura versão de Spielberg, poderá muito bem se converter no maior êxito internacional do grande diretor.

O filme foi bem em todos os festivais de que participou. Ganhou prêmios (no plural) de público. No Japão, o que contou pontos foi o ator que faz o pai. Masaharu Fukuyama é um astro. Cantor, agrada às mulheres, embora tenha um contingente muito grande de fãs entre crianças e adolescentes de ambos os sexos. "Escolhi-o porque achei que ele se prestava ao que queria fazer. Não estou seguro de que seus fãs tenham aprovado integralmente o filme, e o papel. Ele aparece diferente. Quero crer que a história contribuiu para o sucesso. Os idosos lotaram os cinemas." Fukuyama, em Cannes, disse que se assustou com o convite de Kore-eda. "Não sou pai, confessei-lhe que não saberia como interpretar o papel. Mas ele me tranquilizou - disse que o filme era sobre um homem que aprende a ser pai, e que eu iria aprender." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PAIS E FILHOS

Diretor: Hirokazu Kore-Eda

Gênero: Drama, 120 minutos (Japão/ 2013)

Classificação indicativa: 12 anos

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