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A 76ª edição do Festival de Cinema de Cannes acontecerá de 16 a 27 de maio, com 19 filmes na disputa pela Palma de Ouro.

A seguir a lista de produções na mostra oficial:

##RECOMENDA##

. "Club Zero" de Jessica Hausner

A diretora austríaca de "Little Joe" conta a história de uma professora que aceita um emprego em uma escola de elite e estabelece um forte vínculo com cinco estudantes.

. "The zone of interest" de Jonathan Glazer

O cineasta britânico adapta um romance do autor inglês Martin Amis, que narra uma história ambientada em Auschwitz.

. "Fallen Leaves" de Aki Kaurismaki

O finlandês, diretor de "O Porto", conta a relação entre uma balconista e um funcionário do serviço de limpeza.

- "Les filles d'Olfa" de Kaouther Ben Hania

A tunisiana apresenta um filme "no limite do ensaio", de acordo com o diretor geral do festival, Thierry Frémaux. Em 2017, sua produção "Beauty and the dogs", sobre a violência machista, foi exibida na mostra Un Certain Regard.

. "Asteroid City" de Wes Anderson

O diretor americano levará várias estrelas ao tapete vermelho de Cannes. Adrien Brody, Jason Schwartzman, Tilda Swinton, Margot Robbie e Tom Hanks, entre outros, estão no filme, em que pais e estudantes se reúnem em uma cidade enigmática.

- "Anatomie d'une chute" de Justine Triet

A francesa Triet ("Sibyl") conta a história de uma mulher acusada pelo assassinato de seu marido. A alemã Sandra Hüller, que surpreendeu Cannes em 2016 com "Toni Erdmann", é protagonista.

. "Monster" de Hirokazu Kore-eda

O diretor de "Assunto de Família" volta a filmar em seu país natal, depois de rodar longas-metragens na França e na Coreia do Sul ("Broker", exibido em Cannes ano passado). Desta vez relata a história de crianças em uma escola marcada por um incidente.

. "Il sol dell'avvenire" de Nanni Moretti

O veterano cineasta italiano volta a Croisette com um filme sobre "cinema, circo e os anos 1950".

. "La Chimera" de Alice Rohrwacher

Depois de exibir "Lazzaro Felice" em 2018, a diretora italiana dirige um Josh O'Connor quase irreconhecível no papel de um jovem arqueólogo relacionado com um grupo de saqueadores na Itália dos anos 1980.

. "About dry grasses" de Nuri Bilge Ceylan

O cineasta turco recebeu a Palma de Ouro em 2014 com "Sonho de Inverno". Seu novo filme narra a história de um professor que enfrenta acusações de assédio sexual.

. "L'été dernier" de Catherine Breillat

Dez anos depois de seu filme anterior, "Abus de faiblesse", e de enfrentar graves problemas de saúde, a polêmica diretora francesa volta com a história de uma mãe de família que vive uma história de amor com o genro.

. "Le pot-au-feu de Dodin Bouffant" de Tran Anh Hung

O diretor de origem vietnamita venceu a Caméra d'Or em em Cannes em 1993 com "O Cheiro do Papaia verde". Seu novo filme, ambientado no fim do século XIX, mostra a relação entre Eugenie, uma renomada cozinheira, e Dodin, p gourmet para quem trabalhou nos últimos 20 anos.

. "Rapito" de Marco Bellocchio

Palma de Ouro honorária em 2021, o diretor italiano de "O Traidor", tem a possibilidade, aos 83 anos, de disputar o prêmio máximo com "Rapito", basado na história real de Edgardo Mortora, um menino judeu de 6 anos sequestrado e convertido à força ao catolicismo pela Igreja no século XIX.

. "May/December" de Todd Haynes

O americano volta a Cannes com um filme protagonizado por Julianne Moore e Natalie Portman, um drama sobre um casal com uma grande diferença de idade.

. "Firebrand" de Karim Aïnouz

O diretor brasileiro, que venceu a mostra Un Certain Regard em 2019 com "A Vida Invisível", apresenta um filme sobre o casamento do rei Henrique VIII com Catherine Parr, protagonizado por Alicia Vikander, Eddie Marsan e Jude Law.

. "The Old Oak" de Ken Loach

Aos 86 anos, o diretor britânico volta à competição oficial com um drama social e realista, fiel a seu estilo, ambientado no nordeste da Inglaterra, sobre o encontro entre o proprietário de um pub e uma refugiada síria.

. "Banel et Adama" de Ramata-Toulaye Sy

Jovem diretora senegalesa, Ramata-Toulaye Sy entra diretamente na disputa pela Palma de Ouro com seu primeiro filme, sobre um jovem casal que enfrenta as críticas em seu vilarejo.

. "Perfect days" de Win Wenders

O veterano cineasta alemão, vencedor da Palma de Ouro com "Paris, Texas" em 1984, apresenta um filme em três dimensões, ambientado nos banheiros públicos no Japão.

. "Jeunesse" de Wang Bing

O documentarista chinês está representado duas vezes em Cannes, com "Jeunesse" na disputa pela Palma de Ouro, e com "Man in black" nas sessões especiais.

De Park Chan-Wook a David Cronenberg, dos irmãos Dardenne a Albert Serra, esta é a lista dos 21 filmes que disputam a Palma de Ouro no 75º Festival de Cannes.

- "Crimes of the future", David Cronenberg

##RECOMENDA##

O diretor canadense ("Crash", "Marcas da violência") volta à competição aos 79 anos com um filme sobre transumanismo e metamorfose de órgãos, com Léa Seydoux, Kristen Stewart e Viggo Mortensen como protagonistas.

- "Holy Spider", de Ali Abbasi

O diretor de origem iraniana, vencedor da mostra "Un Certain Regard" em 2018 com "Border", está de volta com um suspense ambientado no Irã.

- "Triangle of Sadness", de Ruben Ostlund

O diretor sueco mordaz aspira a segunda Palma de Ouro (venceu em 2017 com "The Square") com uma comédia satírica que narra as aventuras dos passageiros de um cruzeiro de luxo em uma ilha deserta.

- "Broker", de Hirokazu Kore-eda

Depois de vencer a Palma de Ouro em 2018 com "Assunto de Família", o diretor japonês apresenta uma nova história sobre famílias, mas desta vez rodado na Coreia do Sul e com a estrela de "Parasita" Song Kang-ho.

- "Decision to leave", de Park Chan-Wook

Em 2004, o violento "Oldboy" venceu o Grande Prêmio. Desta vez o sul-coreano segue as buscas de um investigador sobre o assassinato de um homem encontrado nas montanhas, cujo principal suspeito é sua esposa.

- "Showing up", de Kelly Reichardt

O novo filme da cineasta independente americana ("First cow") aborda a vida de uma artista antes de uma exposição que vai mudar sua carreira. Com Michelle Williams como protagonista.

- "Boy from Heaven", de Tarik Saleh

O diretor sueco de origem egípcia, que ganhou fama com "Cairo Confidencial" (2017) retorna com seu ator favorito, Fares Fares, para retratar o Egito contemporâneo.

- "Tchaikovsky's wife", de Kirill Serebrennikov

O "enfant terrible" da cena russa, atualmente morando em Berlim depois de deixar a Rússia pouco depois do início da ofensiva contra a Ucrânia, retorna a Cannes ("Leto", "Petrov's Fever") com um filme histórico sobre a vida do compositor Pyotr Tchaikovsky. Pela primeira vez comparecerá ao evento.

- "Les amandiers", de Valeria Bruni Tedeschi

O novo filme da atriz e diretora franco-italiana mostra uma escola de teatro fundada por um conhecido diretor e dramaturgo, Patrice Chéreau, com a aids como pano de fundo.

- "Tori et Lokita" de Jean-Pierre e Luc Dardenne

Os irmãos belgas, duas vezes laureados com a Palma de Ouro em Cannes, narram a amizade de dois adolescentes procedentes da África exilados na Bélgica.

- "Armageddon Time", de James Gray

O diretor americano relembra a vibrante Nova York dos anos 1980 com um filme sobre uma escola dirigida pelo pai do ex-presidente Donald Trump. Com Anne Hathaway e Anthony Hopkins.

- "Nostalgia", de Mario Martone

O primeiro filme em competição em Cannes do diretor italiano, que adapta um romance do mesmo título, ambientado em Nápoles.

- "Stars at noon", de Claire Denis

A diretora francesa, premiada em fevereiro no Festival de Berlim com "Avec amour et acharnement", apresenta desta vez um romance ambientado na Nicarágua.

- "Close", de Lukas Dhont

O diretor belga, vencedor do Camera d'Or em 2018 em sua estreia em longa-metragem "Girl", trata neste filme da amizade entre dois adolescentes que são separados de forma traumática.

- "Frère et soeur", de Arnaud Desplechin

Depois de participar na mostra oficial em 2019 com o policial "Roubaix, une lumière", o cineasta francês apresenta um drama familiar que narra o reencontro dos filhos de um casal que acaba de falecer. Com Marion Cotillard e Melvil Poupaud.

- "RMN", de Cristian Mungiu

O diretor romeno, vencedor da Palma de Ouro por "4 meses, 3 semanas, 2 dias", volta a analisar as mazelas que afligem o seu país com um filme rodado na Transilvânia.

- "Leila's Brothers", de Saeed Roustaee

Depoos do celebrado policial "A Lei de Teerã", pouco se divulgou sobre o novo filme deste jovem diretor iraniano.

- "Eo", de Jerzy Skolimowski

Aos 83 anos, esta grande figura do cinema polonês voltou a seu país depois de morar na Califórnia para narrar uma história com participação da francesa Isabelle Huppert.

- "Pacifiction" de Albert Serra

O iconoclasta diretor espanhol, premiado na mostra "Un Certain Regard" por "Liberté" em 2019, narra uma história de amor e literatura que se passa no Taiti. Com Benoît Magimel e Sergi López.

- "Un petit frère" de Léonor Seraille

"Caméra d'Or" por "Montparnasse Bienvenüe" em 2017, a francesa conta a história de uma família de migrantes no subúrbio de Paris.

- "Le otto Montagne" de Felix Van Groeningen e Charlotte Vandermeersch

O diretor belga de "Alabama Monroe" e a atriz de "Bélgica" adaptam o livro do italiano Paolo Cognetti sobre a amizade de dois jovens, um que vive na cidade e outra em uma região de montanhas.

O Festival de Cannes iniciou a corrida pela Palma de Ouro nesta quarta-feira (18) com o filme "Tchaikovsky's Wife", do cineasta russo Kirill Serebrennikov, crítico a seu governo, e com Tom Cruise que garante o glamour ao tapete vermelho, com seu novo "Top Gun".

O filme do cineasta russo, sobre a tumultuada relação entre o famoso compositor e sua esposa Antonina Miliukova, é um dos 21 longas em disputa neste ano.

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"Toda obra de arte, atualmente, tem um conteúdo político (...) Nossa declaração é sobre arte, liberdade e também fragilidade da natureza humana, de cada vida", disse Serebrennikov, de 52 anos.

A arte "é estritamente contra a guerra", acrescentou o cineasta, conhecido por se posicionar a favor da comunidade LGBTQ+.

Sua presença era muito esperada, já que em outras edições, nas quais disputou com "Petrov's Flu" (2021) e "Leto" (2018), não pôde comparecer porque cumpria pena por desvio de fundos, em um caso denunciado por seus defensores como uma manobra política.

Serebrennikov, filho de uma ucraniana, relatou recentemente à AFP seu "horror, tristeza, vergonha e dor" diante da invasão russa da Ucrânia.

Os organizadores do concurso se posicionaram desde o início da ofensiva russa, no final de fevereiro, e anunciaram que não receberiam "representantes oficiais russos, instâncias governamentais ou jornalistas da linha oficial".

A participação por videoconferência do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na cerimônia de abertura na terça-feira confirmou o tom político desta edição.

- "Um novo Chaplin" -

"Precisamos de um novo (Charlie) Chaplin que demonstre que o cinema não está mudo", disse Zelensky a um auditório de estrelas.

O festival incluiu em sua programação vários diretores ucranianos, como o veterano Serguei Loznitsa e o diretor Maksim Nakonechnyi. Também apresenta o filme "Mariupolis 2", do lituano Mantas Kvedaravicius, morto em abril nesta cidade ucraniana.

O presidente do júri, o ator francês Vincent Lindon, declarou na terça-feira que espera que o clima "seja digno, respeitoso (...) e que seja uma homenagem aos que vivem dias muito mais difíceis que os nossos".

Outro filme com apresentação nesta quarta-feira é "The eight mountain", dos belgas Felix Van Groeningen e Charlotte Vandermeersch, sobre a amizade de dois garotos, um que vive na cidade, outro na montanha.

Sem dúvida, o momento mais esperado do dia será durante a tarde, com "Top Gun: Maverick", de Tom Cruise.

A chegada ao tapete vermelho do astro de Hollywood, de 59 anos, promete ser espetacular. A Patrulha da França, esquadrão de acrobacias da Força Aérea, sobrevoará a Croisette durante a festa. Cruise, que visitou o grupo pela manhã, "inspirou uma geração de pilotos", tuitou a patrulha, junto com uma foto com o ator.

Cruise esteve em Cannes pela última vez em 1992 com "Um sonho distante", ao lado de sua esposa à época, Nicole Kidman. Agora, ele retorna na pele do veterano aviador, encarregado de treinar uma equipe para uma missão perigosa.

Ao contrário de outros grandes nomes de Hollywood, como Kevin Costner, Mel Gibson e Bruce Willis, o ator conseguir se manter em alta na maior parte de seus 40 anos de carreira, inclusive nos tempos atuais, quando os super heróis dominam o setor.

Com sua presença, o festival mantém a tradição de receber um grande número de estrelas da sétima arte em seu tapete vermelho, pode onde passaram recentemente Brad Pitt, Leonardo Di Caprio e Cate Blanchett.

De Park Chan-Wook a David Cronenberg, dos irmãos Dardenne a Albert Serra, esta é a lista dos 21 filmes que disputam a Palma de Ouro no 75º Festival de Cannes, que começa nesta terça-feira (17).

- "Crimes of the future", David Cronenberg

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O diretor canadense ("Crash", "Marcas da violência") volta à competição aos 79 anos com um filme sobre transumanismo e metamorfose de órgãos, com Léa Seydoux, Kristen Stewart e Viggo Mortensen como protagonistas.

- "Holy Spider", de Ali Abbasi

O diretor de origem iraniana, vencedor da mostra "Un Certain Regard" em 2018 com "Border", está de volta com um suspense ambientado no Irã.

- "Triangle of Sadness", de Ruben Ostlund

O diretor sueco mordaz aspira a segunda Palma de Ouro (venceu em 2017 com "The Square") com uma comédia satírica que narra as aventuras dos passageiros de um cruzeiro de luxo em uma ilha deserta.

- "Broker", de Hirokazu Kore-eda

Depois de vencer a Palma de Ouro em 2018 com "Assunto de Família", o diretor japonês apresenta uma nova história sobre famílias, mas desta vez rodado na Coreia do Sul e com a estrela de "Parasita" Song Kang-ho.

- "Decision to leave", de Park Chan-Wook

Em 2004, o violento "Oldboy" venceu o Grande Prêmio. Desta vez o sul-coreano segue as buscas de um investigador sobre o assassinato de um homem encontrado nas montanhas, cujo principal suspeito é sua esposa.

- "Showing up", de Kelly Reichardt

O novo filme da cineasta independente americana ("First cow") aborda a vida de uma artista antes de uma exposição que vai mudar sua carreira. Com Michelle Williams como protagonista.

- "Boy from Heaven", de Tarik Saleh

O diretor sueco de origem egípcia, que ganhou fama com "Cairo Confidencial" (2017) retorna com seu ator favorito, Fares Fares, para retratar o Egito contemporâneo.

- "Tchaikovsky's wife", de Kirill Serebrennikov

O "enfant terrible" da cena russa, atualmente morando em Berlim depois de deixar a Rússia pouco depois do início da ofensiva contra a Ucrânia, retorna a Cannes ("Leto", "Petrov's Fever") com um filme histórico sobre a vida do compositor Pyotr Tchaikovsky. Pela primeira vez comparecerá ao evento.

- "Les amandiers", de Valeria Bruni Tedeschi

O novo filme da atriz e diretora franco-italiana mostra uma escola de teatro fundada por um conhecido diretor e dramaturgo, Patrice Chéreau, com a aids como pano de fundo.

- "Tori et Lokita" de Jean-Pierre e Luc Dardenne

Os irmãos belgas, duas vezes laureados com a Palma de Ouro em Cannes, narram a amizade de dois adolescentes procedentes da África exilados na Bélgica.

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O diretor americano relembra a vibrante Nova York dos anos 1980 com um filme sobre uma escola dirigida pelo pai do ex-presidente Donald Trump. Com Anne Hathaway e Anthony Hopkins.

- "Nostalgia", de Mario Martone

O primeiro filme em competição em Cannes do diretor italiano, que adapta um romance do mesmo título, ambientado em Nápoles.

- "Stars at noon", de Claire Denis

A diretora francesa, premiada em fevereiro no Festival de Berlim com "Avec amour et acharnement", apresenta desta vez um romance ambientado na Nicarágua.

- "Close", de Lukas Dhont

O diretor belga, vencedor do Camera d'Or em 2018 em sua estreia em longa-metragem "Girl", trata neste filme da amizade entre dois adolescentes que são separados de forma traumática.

- "Frère et soeur", de Arnaud Desplechin

Depois de participar na mostra oficial em 2019 com o policial "Roubaix, une lumière", o cineasta francês apresenta um drama familiar que narra o reencontro dos filhos de um casal que acaba de falecer. Com Marion Cotillard e Melvil Poupaud.

- "RMN", de Cristian Mungiu

O diretor romeno, vencedor da Palma de Ouro por "4 meses, 3 semanas, 2 dias", volta a analisar as mazelas que afligem o seu país com um filme rodado na Transilvânia.

- "Leila's Brothers", de Saeed Roustaee

Depoos do celebrado policial "A Lei de Teerã", pouco se divulgou sobre o novo filme deste jovem diretor iraniano.

- "Eo", de Jerzy Skolimowski

Aos 83 anos, esta grande figura do cinema polonês voltou a seu país depois de morar na Califórnia para narrar uma história com participação da francesa Isabelle Huppert.

- "Pacifiction" de Albert Serra

O iconoclasta diretor espanhol, premiado na mostra "Un Certain Regard" por "Liberté" em 2019, narra uma história de amor e literatura que se passa no Taiti. Com Benoît Magimel e Sergi López.

- "Un petit frère" de Léonor Seraille

"Caméra d'Or" por "Montparnasse Bienvenüe" em 2017, a francesa conta a história de uma família de migrantes no subúrbio de Paris.

- "Le otto Montagne" de Felix Van Groeningen e Charlotte Vandermeersch

O diretor belga de "Alabama Monroe" e a atriz de "Bélgica" adaptam o livro do italiano Paolo Cognetti sobre a amizade de dois jovens, um que vive na cidade e outra em uma região de montanhas.

O cineasta americano Spike Lee, presidente do jurí do Festival de Cannes, anunciou neste sábado a Palma de Ouro para a francesa Julia Ducournau, por seu filme "Titane", o que a torna a segunda mulher a ganhar o prêmio máximo da competição.

Lee anunciou o nome do filme vencedor aparentemente de forma acidental, no começo da cerimônia.

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Estes são os 24 filmes na disputa pela Palma de Ouro na 74º edição do Festival de Cannes, cujo resultado será anunciado neste sábado (17).

- "Annette", do francês Leos Carax. Protagonizado por Adam Driver e Marion Cotillard, que personificam um casal de estrelas cuja vida muda com a chegada de sua primeira filha.

##RECOMENDA##

- "Benedetta", do holandês Paul Verhoeven. Retrato de uma freira homossexual ambientado no século XV e baseado em fatos reais.

- "The French Dispatch", do americano Wes Anderson. Filmado no sudoeste da França e protagonizado por Bill Murray, Tilda Swinton, Benicio del Toro e Adrien Brody.

- "Tout s'est bien passé", do francês François Ozon. Adaptado do romance homônimo de Emmanuèle Bernheim, sobre uma filha que ajuda o pai a morrer. Com Sophie Marceau, Charlotte Rampling e André Dussollier no elenco.

- "Tre piani", do italiano Nanni Moretti. Duas décadas depois de ganhar a Palma de Ouro, o diretor volta a Cannes com um filme sobre várias famílias que moram no mesmo prédio.

- "A Hero", do iraniano Asghar Farhadi. Um thriller psicológico com o qual o oscarizado cineasta voltou a filmar em seu país natal.

- "Flag day", do americano Sean Penn. Sobre a vida dupla de um pai de família.

- "Red Rocket", do americano Sean Baker. Um filme de cinema independente que narra o retorno de uma estrela pornô à sua pequena cidade no Texas.

- "Petrov's Flu", do russo Kirill Serebrennikov. Um filme entre o sonho e a realidade que retrata a vida de um quadrinista na Rússia pós-soviética.

- "Memoria", do tailandês Apichatpong Weerasethakul. Tilda Swinton interpreta uma orquidófila que viaja à Colômbia para visitar sua irmã e começa a ouvir sons estranhos.

- "Titane", da francesa Julia Ducournau. Protagonizado por Vincent Lindon, conta o retorno de um menino desaparecido há 10 anos e o reencontro com seu pai.

- ""Haut et fort", do marroquino Nabil Ayouch. Um filme ambientado no mundo do hip hop que descreve a criatividade da juventude de Marrocos.

- "Bergman Island", da francesa Mia Hansen-Love. Um casal de cineastas americanos se estabelece na ilha que inspirou o cineasta sueco. Tim Roth é o protagonista.

- "Drive my car", do japonês Ryusuke Hamaguchi. Um filme basado em uma obra de Haruki Murakami.

- "The story of my wife", da húngara Ildikó Enyedi. Um drama com os franceses Léa Seydoux e Louis Garrel.

- "Ahed’s knee", do israelense Nadav Lapid. Um cineasta enfrenta a morte de sua mãe.

- "Compartment N. 6", do finlandês Juho Kuosmanen. Um "road-movie" sobre uma mulher que pega um trem romo ao círculo polar ártico.

- "The worst person in the world", do norueguês Joachim Trier. Relata a história de uma mulher em Oslo que busca refazer sua vida.

- "La fracture", da francesa Catherine Corsini. Um filme ambientado em um hospital, com Valeria Bruni Tedeschi e Marina Foïs.

- "Les intranquilles", do belga Joachim Lafosse. Drama que explora os meandros do trastorno bipolar.

- "Les Olympiades", do francês Jacques Audiard. Filmado em um bairro multiétnico de Paris, conta com a premiada Céline Sciamma no roteiro.

- "Lingui", do chadiano Mahamat-Saleh Haroun. Drama sobre uma adolescente grávida no Chade, onde o aborto é proibido.

- "Nitram", do australiano Justin Kurzel. Um filme que através da lembrança de um massacre com dezenas de mortos em 1996 aborda a venda de armas.

- "France", do francês Bruno Dumont. Léa Seydoux encarna uma famosa jornalista cuja vida muda totalmente após um acidente.

Chegou a hora da revanche de Sean Penn? Cinco anos depois de a crítica vaiar seu filme em Cannes, o ator e diretor americano retorna neste sábado (10) em competição pela Palma de Ouro com "Flag Day", no qual atua ao lado dos filhos.

Baseado em uma história verídica, "Flag Day" conta a vida de um pai adorado por sua filha por seu "magnetismo e capacidade de tornar a vida uma grande aventura". Mas, ao mesmo tempo, esse homem leva "uma vida secreta como ladrão de bancos", segundo a sinopse.

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Penn, de 60 anos, interpreta o papel principal pela primeira vez em um de seus filmes, ao lado de sua filha Dylan, de 30 anos, e de seu filho Hopper Jack Penn, em um papel mais coadjuvante.

Em 2016, o filme de Penn "A Última Fronteira", estrelado por Javier Bardem e Charlize Theron, foi tão criticado que nem chegou aos cinemas nos Estados Unidos.

O artista esteve presente pela primeira vez em competição em Cannes com "Loucos de Amor" (1997), de Nick Cassavetes, pelo qual ganhou o prêmio de melhor atuação.

Com "Flag Day" o diretor concorre pela terceira vez à Palma de Ouro ("A Última Fronteira", "A Promessa", 2001).

Como ator, Penn trabalhou com diretores como Clint Eastwood ("Sobre Meninos e Lobos", com o qual ganhou um Oscar), Terrence Malick ("Além da Linha Vermelha") e Gus Van Sant ("Milk: A Voz da Igualdade", segundo Oscar).

- Coletes amarelos na França -

"Flag Day" concorre com 23 outros filmes pelo principal prêmio do festival, que será entregue no dia 17 de julho pelo júri presidido pelo cineasta americano Spike Lee.

Até o momento, sete estrearam e a crítica já começou a se posicionar. "Annette", o musical com Adam Driver e Marion Cotillard que abriu a competição na terça-feira, é de longe o favorito.

Mas "The worst person in the world", o retrato sutil de um homem de trinta anos assombrado por dúvidas - o que estudar? Quem amar? O que fazer com tanta liberdade? -, atraiu a atenção como um espelho fiel da geração dos milenials, conquistando a aprovação geral.

Trata-se do último filme da trilogia ambientada em Oslo do norueguês Joachim Trier, interpretado por uma atriz até então pouco conhecida, Renate Reisnve.

Dois filmes baseados em fatos reais e estrelados por lésbicas também foram exibidos na sexta-feira. Embora as semelhanças terminem aqui.

O primeiro, "Benedetta", esperado filme do holandês Paul Verhoeven, é um retrato de uma freira lésbica na Itália do século XVII.

Como as protagonistas femininas de seus filmes anteriores "Instinto Selvagem" (Sharon Stone) e "Elle" (Isabelle Huppert), Benedetta, interpretada pela francesa Virginie Efira, desenvolve uma capacidade de manipulação que transforma a congregação em que vive desde criança.

"La fracture", por sua vez, resgata o fenômeno dos coletes amarelos na França, movimento de protesto social que em 2018 colocou o governo em apuros.

O filme, dirigido pela francesa Catherine Corsini, recria um país em brasa: a cólera das classes populares, seu divórcio das autoridades e, ao mesmo tempo, homenageia as enfermeiras, que dão tudo de si nos serviços da emergência em troca de muita precariedade. Tudo isso com uma boa dose de humor para torná-lo mais digerível.

Na mostra paralela Um Certo Olhar, um dos dois filmes latino-americanos em disputa também estreou na sexta-feira: "La Civil", da diretora romeno-belga Teodora Ana Mihai, um filme que poderia ser definido como ação, mas que conta a realidade crua da violência no México.

Estes são os 24 filmes que vão disputar a Palma de Ouro na 74º edição do Festival de Cannes:

- "Annette", do francês Leos Carax. Protagonizado por Adam Driver e Marion Cotillard, que personificam um casal de estrelas cuja vida muda com a chegada de sua primeira filha.

##RECOMENDA##

- "Benedetta", do holandês Paul Verhoeven. Retrato de uma freira homossexual ambientado no século XV e baseado em fatos reais.

- "A Crônica Francesa", do americano Wes Anderson. Filmado no sudoeste da França e protagonizado por Bill Murray, Tilda Swinton, Benicio del Toro e Adrien Brody.

- "Tout s'est bien passé", do francês François Ozon. Adaptado do romance homônimo de Emmanuèle Bernheim, sobre uma filha que ajuda o pai a morrer. Com Sophie Marceau, Charlotte Rampling e André Dussollier no elenco.

- "Tre piani", do italiano Nanni Moretti. Duas décadas depois de ganhar a Palma de Ouro, o diretor volta a Cannes com um filme sobre várias famílias que moram no mesmo prédio.

- "A Hero", do iraniano Asghar Farhadi. Um thriller psicológico com o qual o oscarizado cineasta voltou a filmar em seu país natal.

- "Flag day", do americano Sean Penn. Sobre a vida dupla de um pai de família.

- "Red Rocket", do americano Sean Baker. Um filme de cinema independente que narra o retorno de uma estrela pornô à sua pequena cidade no Texas.

- "Petrov's Flu", do russo Kirill Serebrennikov. Um filme entre o sonho e a realidade que retrata a vida de um quadrinista na Rússia pós-soviética.

- "Memoria", do tailandês Apichatpong Weerasethakul. Tilda Swinton interpreta uma orquidófila que viaja à Colômbia para visitar sua irmã e começa a ouvir sons estranhos.

- "Titane", da francesa Julia Ducournau. Protagonizado por Vincent Lindon, conta o retorno de um menino desaparecido há 10 anos e o reencontro com seu pai.

- "Casablanca Beats", do marroquino Nabil Ayouch. Um filme ambientado no mundo do hip hop que descreve a criatividade da juventude de Marrocos.

- "Bergman Island", da francesa Mia Hansen-Love. Um casal de cineastas americanos se estabelece na ilha que inspirou o cineasta sueco. Tim Roth é o protagonista.

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- "The story of my wife", da húngara Ildikó Enyedi. Um drama com os franceses Léa Seydoux e Louis Garrel.

- "Ahed’s knee", do israelense Nadav Lapid. Um cineasta enfrenta a morte de sua mãe.

- "Compartment N. 6", do finlandês Juho Kuosmanen. Um "road-movie" sobre uma mulher que pega um trem romo ao círculo polar ártico.

- "The worst person in the world", do norueguês Joachim Trier. Relata a história de uma mulher em Oslo que busca refazer sua vida.

- "La fracture", da francesa Catherine Corsini. Um filme ambientado em um hospital, com Valeria Bruni Tedeschi e Marina Foïs.

- "Les intranquilles", do belga Joachim Lafosse. Drama que explora os meandros do trastorno bipolar.

- "Les Olympiades", do francês Jacques Audiard. Filmado em um bairro multiétnico de Paris, conta com a premiada Céline Sciamma no roteiro.

- "Lingui", do chadiano Mahamat-Saleh Haroun. Drama sobre uma adolescente grávida no Chade, onde o aborto é proibido.

- "Nitram", do australiano Justin Kurzel. Um filme que através da lembrança de um massacre com dezenas de mortos em 1996 aborda a venda de armas.

- "France", do francês Bruno Dumont. Léa Seydoux encarna uma famosa jornalista cuja vida muda totalmente após um acidente.

Estes são os 24 filmes que vão disputar a Palma de Ouro na 74º edição do Festival de Cannes:

- "Annette", do francês Leos Carax. Protagonizado por Adam Driver e Marion Cotillard, que personificam um casal de estrelas cuja vida muda com a chegada de sua primeira filha.

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- "Benedetta", do holandês Paul Verhoeven. Retrato de uma freira homossexual ambientado no século XV e baseado em fatos reais.

- "A Crônica Francesa", do americano Wes Anderson. Filmado no sudoeste da França e protagonizado por Bill Murray, Tilda Swinton, Benicio del Toro e Adrien Brody.

- "Tout s'est bien passé", do francês François Ozon. Adaptado do romance homônimo de Emmanuèle Bernheim, sobre uma filha que ajuda o pai a morrer. Com Sophie Marceau, Charlotte Rampling e André Dussollier no elenco.

- "Tre piani", do italiano Nanni Moretti. Duas décadas depois de ganhar a Palma de Ouro, o diretor volta a Cannes com um filme sobre várias famílias que moram no mesmo prédio.

- "A Hero", do iraniano Asghar Farhadi. Um thriller psicológico com o qual o oscarizado cineasta voltou a filmar em seu país natal.

- "Flag day", do americano Sean Penn. Sobre a vida dupla de um pai de família.

- "Red Rocket", do americano Sean Baker. Um filme de cinema independente que narra o retorno de uma estrela pornô à sua pequena cidade no Texas.

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- "Memoria", do tailandês Apichatpong Weerasethakul. Tilda Swinton interpreta uma orquidófila que viaja à Colômbia para visitar sua irmã e começa a ouvir sons estranhos.

- "Titane", da francesa Julia Ducournau. Protagonizado por Vincent Lindon, conta o retorno de um menino desaparecido há 10 anos e o reencontro com seu pai.

- "Casablanca Beats", do marroquino Nabil Ayouch. Um filme ambientado no mundo do hip hop que descreve a criatividade da juventude de Marrocos.

- "Bergman Island", da francesa Mia Hansen-Love. Um casal de cineastas americanos se estabelece na ilha que inspirou o cineasta sueco. Tim Roth é o protagonista.

- "Drive my car", do japonês Ryusuke Hamaguchi. Um filme basado em uma obra de Haruki Murakami.

- "The story of my wife", da húngara Ildikó Enyedi. Um drama com os franceses Léa Seydoux e Louis Garrel.

- "Ahed’s knee", do israelense Nadav Lapid. Um cineasta enfrenta a morte de sua mãe.

- "Compartment N. 6", do finlandês Juho Kuosmanen. Um "road-movie" sobre uma mulher que pega um trem romo ao círculo polar ártico.

- "The worst person in the world", do norueguês Joachim Trier. Relata a história de uma mulher em Oslo que busca refazer sua vida.

- "La fracture", da francesa Catherine Corsini. Um filme ambientado em um hospital, com Valeria Bruni Tedeschi e Marina Foïs.

- "Les intranquilles", do belga Joachim Lafosse. Drama que explora os meandros do trastorno bipolar.

- "Les Olympiades", do francês Jacques Audiard. Filmado em um bairro multiétnico de Paris, conta com a premiada Céline Sciamma no roteiro.

- "Lingui", do chadiano Mahamat-Saleh Haroun. Drama sobre uma adolescente grávida no Chade, onde o aborto é proibido.

- "Nitram", do australiano Justin Kurzel. Um filme que através da lembrança de um massacre com dezenas de mortos em 1996 aborda a venda de armas.

- "Par ce demi-clair matin", do francês Bruno Dumont. Léa Seydoux encarna uma famosa jornalista cuja vida muda totalmente após um acidente.

Nesta segunda-feira (17), a plataforma de streaming Reserva Imovision divulgou os lançamentos que chegam ao catálogo nesta semana. Ao total são cinco títulos, sendo que na quinta-feira (20) é a estreia exclusiva de “Os Relatórios sobre Sarah e Saleem” (2018). Já na sexta-feira (21) estarão disponíveis os ganhadores da Palma de Ouro do Festival de Cannes: “A Criança” (2005); “Entre os Muros da Escola” (2008);  “Tio Boonmee – Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas” (2010) e “Eu, Daniel Blake” (2016).

Desde que esta plataforma de streaming estreou no Brasil, em todas as semanas ocorrem estreias inéditas e exclusivas, às quintas-feiras. Desta vez, o Reserva Imovision começa pela obra dirigida por Muayad Alayan, que conta a história sobre uma mulher israelita, dona de uma confeitaria que se envolve em um caso com um homem palestino, que trabalha como entregador. Esta relação vai envolver políticas extremas e pode afetar a família de ambos.

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Já na sexta-feira, os novos títulos vão abordar diversos gêneros: “A Criança” foi dirigido por Jean-Pierre e Luc Dardenne e conta a história sobre um casal de delinquentes que vivem de pequenos furtos e estão prestes a ganhar um bebê. “Entre os Muros da Escola” mostra o drama de um professor que dá aulas em uma escola na periferia de Paris e precisa lidar com situações de violência e tensões étnicas. 

Os outros dois títulos disponíveis na sexta são “Tio Boonmee”, uma fantasia com drama em que o diretor da obra, Apichatpong Weerasethakul, apresenta a história de um homem que tem graves problemas nos rins e decide passar seus últimos dias no campo com a família. Mas é surpreeendido pelo espírito de sua esposa morta, que retorna ao mundo dos vivos. E por fim, “Eu, Daniel Blake” traz uma narrativa sobre um homem que se afasta do trabalho por conta de uma parada cardíaca e busca auxílio financeiro do governo.

O júri presidido pelo diretor mexicano Alejandro González Iñárritu deu neste sábado a Palma de Ouro do Festival de Cannes ao filme "Parasite", do sul-coreano Bong Joon-ho. O espanhol Antonio Banderas ganhou o prêmio de melhor interpretação por "Dolor y gloria".

Favorito da competição, junto com Pedro Almodóvar, o sul-coreano tirou o maior prêmio do festival do consagrado diretor espanhol, que disputou a Palma de Ouro pela sexta vez. Antonio Banderas, que interpreta um cineasta no ostracismo, dedicou o prêmio a Almodóvar, "seu mentor".

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Trata-se do sexto intérprete espanhol recompensado na história da disputa. A atriz anglo-americana Emily Beecham conquistou o troféu de melhor interpretação por seu papel de cientista e mãe divorciada, em "Little Joe", de Jessica Hausner.

O Grande Prêmio foi para a franco-senegalesa Mati Diop, a primeira mulher negra africana a competir pela Palma de Ouro, por seu filme "Atlântico", uma crônica social que aborda o tema dos migrantes do ponto de vista dos que ficaram no país.

O brasileiro "Bacurau", dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, recebeu o Prêmio do Júri, junto com o francês "Les Misérables".

"Bacurau" narra a história de um pequeno povoado do sertão perseguido por um grupo de assassinos americanos. O filme é visto como uma mensagem de resistência ao atual governo de extrema-direita do Brasil.

"Trabalhamos para a cultura no Brasil e o que precisamos é de seu apoio", disse Kleber Mendonça Filho ao receber o prêmio. O diretor já competiu pela Palma de Ouro em 2016 com "Aquarius". Os irmãos Dardenne, grandes assíduos do festival, ficaram com o prêmio de melhor direção por "O jovem Ahmed", sobre a radicalização islâmica de um adolescente.

O júri do Festival de Cannes, presidido este ano pelo diretor mexicano Alejandro González Iñárritu, vai se trancar neste sábado (25) em uma mansão protegida pela polícia, cuja localização é desconhecida, para decidir os vencedores.

De acordo com o regulamento do Festival, o júri deve "obrigatoriamente" entregar sete prêmios: Palma de Ouro, Grand Prix, Prêmio do Júri e as distinções de direção, roteiro e interpretação feminina e masculina.

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A lista de prêmios só pode contar com um prêmio ex aequo, mas esta modalidade não pode ser aplicada à Palma de Ouro.

Outra disposição: um filme só pode receber um prêmio, exceto o prêmio de Melhor Roteiro e do Júri que podem ser associados a um prêmio de interpretação, com prévia autorização do presidente do Festival, Pierre Lescure.

Dentro destas disposições, o júri tem certa liberdade, como foi o caso em 2013 com a Palma de Ouro para o filme "Azul é a cor mais quente", compartilhado entre seu diretor, Abdellatif Kechiche, e suas duas protagonistas, Léa Seydoux e Adèle Exarchopoulos.

Uma champanheira serve de urna: os membros do júri depositam um pequeno papel dobrado em quatro.

As decisões são tomadas por maioria absoluta nas duas primeiras rodadas e por maioria relativa nas seguintes. Lescure e o delegado geral do Festival, Thierry Frémaux, assistem às deliberações, mas não fazem parte da votação.

Assim que possível, os responsáveis pelo Festival telefonam aos produtores para dar as notícias, boas ou más.

"Minhas mensagens não podem ser mais lacônicas", diz Frémaux em seu livro "Seleção Oficial: Diário". "'O filme não ganhou nada, me desculpe', 'O filme ganhou alguma coisa, a equipe tem que voltar'".

"Em geral, (os perdedores) me respondem 'de novo?' (...) Aos laureados sou obrigado a não divulgar" o prêmio obtido.

A cerimônia de premiação começa às 17H15 GMT (14h15 de Brasília) no histórico Palácio dos Festivais.

Esses são os 21 filmes em competição pela Palma de Ouro, entregue neste sábado (25), no Festival de Cannes:

- "Os Mortos Não Morrem" de Jim Jarmusch (Estados Unidos), filme de abertura. Com Bill Murray, Adam Driver, Tilda Swinton e uma horda de zumbis liderados por Iggy Pop e Tom Waits.

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- "Dor e glória" de Pedro Almodóvar (Espanha). Retrato de um diretor melancólico encarnado por Antonio Banderas, junto a Penélope Cruz. Filme mais autobiográfico do cineasta espanhol.

- "O Traidor" de Marco Bellocchio (Itália). Baseado na história do primeiro arrependido da máfia siciliana. Coproduzido pelo Brasil.

- "The wild goose lake" de Diao Yinan (China). Filme sobre a relação entre um líder de uma banda em busca de redenção e uma prostituta.

- "Parasita" de Bong Joon Ho (Coreia do Sul). Uma família no desemprego se interessa pelo ritmo de vida de uma família riquísima, até que seus destinos se cruzam.

- "O Jovem Ahmed" de Jean-Pierre e Luc Dardenne (Bélgica). Sobre a radicalização de um adolescente.

- "Roubaix, une lumière" de Arnaud Desplechin (França). Inspirado em um fato real, sobre um grupo de policiais. Com Léa Seydoux ("A Vida de Adèle").

- "Atlântico" de Mati Diop (França/Senegal), ópera prima. Em um subúrbio de Dacar, os trabalhadores de uma obra decidem deixar o país em busca de uma vida melhor.

- "Matthias e Maxime" de Xavier Dolan (Canadá). Dois amigos de vinte anos começam a se sentir atraídos um pelo outro.

- "Little Joe" de Jessica Hausner (Áustria). Sobre a manipulação genética em um futuro próximo.

- "Mektoub my love: Intermezzo", de Abdellatif Kechiche (França). Segunda parte de "Mektoub my love: canto um", na competição da Mostra de Veneza em 2017, uma ode ao amor e ao desejo que segue um grupo de jovens nos anos 1990.

- "Sorry we missed you" de Ken Loach (Grã-Bretanha). A luta diária de uma família contra a precariedade na Inglaterra.

- "Os Miseráveis" de Ladj Ly (França), ópera prima. A violência policial em um subúrbio de Paris, onde vive o diretor.

- "A hidden life" de Terrence Malick (Estados Unidos). A história de Franz Jägerstätter, objetor de consciência austríaco que foi executado pelos nazistas.

- "Bacurau" de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles (Brasil). Um diretor viaja para o interior do Brasil e se descobre que os habitantes escondem segredos perigosos. Com Sonia Braga.

- "La Gomera" de Corneliu Porumboiu (Romênia). Um policial romeno chega à ilha canária de La Gomera para ajudar um delinquente a escapar da prisão.

- "Frankie" de Ira Sachs (Estados Unidos), com Isabelle Huppert e Marisa Tomei. Três gerações participam de uma experiência de um dia: uma viagem para a cidade portuguesa de Sintra.

- "Portrait de la jeune fille en feu" de Céline Sciamma (França). Uma pintora do século XVIII recebe a encomenda de fazer o retrato de casamento de uma jovem.

- "It must be heaven" do palestino Elia Suleiman. Relato autobiográfico sobre o exílio do diretor de sua Palestina natal.

- "Era uma vez em Hollywood", de Quentin Tarantino (Estados Unidos). Novo filme do diretor que revisita a Los Angeles de 1969 através da história de uma estrela de televisão e sua dublê para cenas de ação, com Leonardo DiCaprio e Brad Pritt.

- "Sibyl" de Justine Triet (França). Uma escritora convertida em analista decide voltar a escrever e encontra inspiração em uma jovem que lhe faz revelações.

Seis anos depois da Palma de Ouro por "Azul é a cor mais quente", o diretor franco-tunisiano Abdellatif Kechiche escandalizou Cannes com um filme produzido, em grande parte, em uma boate, e com imagens pornográficas "gratuitas", de acordo com muitos críticos.

Em "Mektoub My Love: Intermezzo", na disputa pelo maior prêmio, o diretor filma um grupo de jovens em uma cidade no litoral do sul da França. Após cenas na praia, o filme se concentra em uma discoteca, com uma profusão de imagens lascivas, incluindo uma cena de 13 minutos de sexo oral.

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À margem de uma série de diálogos banais, nas três horas e meia de filme, o cineasta se dedica aos corpos das mulheres, sobretudo nádegas, que se movem sem parar ao ritmo da música. Até chegar à cena explícita de sexo oral nos banheiros - imagens "pornográficas gratuitas", segundo The Hollywood Reporter.

"Tentei mostrar o que me faz vibrar, os corpos, os ventres", justificou Kechiche, de 58 anos, na entrevista coletiva.

O projeto do filme foi "celebrar a vida, o amor, a música, o corpo e buscar uma experiência cinematográfica", completou.

Na véspera, na projeção de gala do filme, vários espectadores deixaram a sala, entre eles a atriz que protagoniza a cena de sexo oral, Ophélie Bau. Nesta sexta-feira, na sessão de fotos e na entrevista coletiva de imprensa da equipe, ela também não esteve presente.

No final da projeção, Kechiche saiu literalmente correndo da sala, embora primeiro tenha pego o microfone para dizer: "Peço desculpas por manter vocês aqui sem adverti-los e agora vou embora!".

- O 'desastre' de Cannes -

"Mektoub My Love: Intermezzo" é a segunda parte de "Mektoub my Love: canto uno", um filme com imagens muito sensuais sobre alguns destes jovens na praia, apresentado na Mostra de Veneza em 2017, onde recebeu vaias, mas também elogios por sua estética.

Em Cannes, a crítica não demorou a reagir ao filme que se tornou o mais polêmico de La Croisette.

O "desastre" de Cannes, escreve Justin Chang, crítico do Los Angeles Times, que se pergunta se o Festival de Cannes está "trolando" os espectadores, ao incluir esta produção na competição oficial, onde concorrem grandes figuras da Sétima Arte, como o britânico Ken Loach, o americano Terrence Malick, ou o espanhol Pedro Almodóvar.

O crítico do jornal espanhol El País, Carlos Boyero, admirador de "Azul é a cor mais quente", vai além em sua reação: "Que tipo de substâncias o diretor ingeriu e como afetaram seu cérebro para cometer tamanha e infinita estupidez?".

Outros apreciaram o filme, como o crítico francês Philippe Rouyer, que considerou que Kechiche "radicaliza seu método para nos fazer compartilhar uma noite louca de desejos em uma discoteca. Parabéns a todos os intérpretes que se entregaram totalmente para recriar este transe magistralmente filmado".

A forma de filmar os corpos femininos de Kechiche também incendiou as redes sociais.

"Sem créditos, sem uma verdadeira narração. Uma introdução sobre um cu, planos sobre cus, e mais. Uma discussão sobre cus. Mais cus. E acaba com um cu. Praia. Discoteca. Cunni. Discoteca. Fim. Me agrada o cinema de Kechiche mas aí não acompanho...", lamentou o diretor francês Thibaut Buccellatto no Twitter.

"Para você público, contei todos os planos que mostram cus no #MektoubMyLoveIntermezzo: tem 178. Se tirarmos isso, acho que o filme dura 20 minutos", tuitou a jornalista Anaïs Bordages.

Não é a primeira vez que Kechiche causa polêmica. As atrizes principais de "Azul é a cor mais quente", Léa Seydoux e Adèle Exarchopoulos, denunciaram duras condições de filmagem, pouco depois de ganhar a Palma de Ouro em 2013.

Outro escândalo persegue o cineasta. Uma mulher de 29 anos o denunciou por agressão sexual no ano passado. No início de maio, uma fonte ligada ao caso afirmou que a investigação segue seu curso. Questionado hoje sobre o assunto, Kechiche considerou a pergunta "perversa" e garantiu ter a "consciência tranquila no que diz respeito às leis".

Incansável em seu combate contra o ultraliberalismo, o diretor britânico Ken Loach apresenta "Sorry We Missed You", nesta sexta-feira (17), em Cannes, e pode se transformar no primeiro cineasta da história a conquistar três Palmas de Ouro.

Três anos depois de ser coroado na Croisette com "Eu, Daniel Blake", Loach conta a história de Ricky e Abby, pais de dois filhos e que, apesar de trabalharem incansavelmente, não conseguem uma vida melhor.

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Cansado de rodar de emprego em emprego, Ricky decide comprar uma van para trabalhar como transportador por conta própria, embora ligado a uma agência. Um novo trabalho baseado em um "contrato zero horas" que terá repercussões desastrosas em sua família.

Em uma alusão direta à "uberização" da sociedade, ou à terceirização dos empregados, o cineasta britânico tenta mostrar a precariedade do mercado de trabalho atual, onde não é necessário que "um patrão use o chicote, porque o trabalhador explora a si mesmo".

E essa situação de insegurança no trabalho faz a extrema direita crescer, alerta o diretor.

"Se não resolvermos isso, a extrema direita continuará avançando, porque as pessoas ficarão cada vez mais infelizes, mais indignadas, sem esperança. Terão cada vez mais medo", declarou Loach na coletiva de imprensa do filme na quinta-feira.

"A extrema direita se expande pelo medo", enfatiza.

Ele também ataca as mudanças climáticas. "Tudo que se compra é entregue usando energias fósseis, e elas destroem o planeta", apontou.

- Cidadania de Cannes -

Com "Sorry We Missed You", Loach, de 82 anos, mostra um de seus trabalhos mais "poderosos, com cenas que tiram o fôlego", segundo o crítico David Rooney, do veículo especializado The Hollywood Reporter.

Para Lee Marshall, da revista Screen, "estamos diante de um dos melhores filmes britânicos" e, para Carlos Boyero, do El País, "é um filme verdadeiro e excitante".

Junto com seu roteirista habitual, Paul Laverty, Loach volta a situar sua história em Newcastle, no nordeste da Inglaterra, um "microcosmo com uma tradição de luta", segundo ele.

Grande assíduo da Croisette, onde participou mais de uma dúzia de vezes, Loach brincou que deveria receber a "cidadania de Cannes".

Com sua outra Palma de Ouro por "Ventos da liberdade" em 2006, ele faz parte do seleto grupo de cineastas que têm dois grandes prêmios, incluindo o austríaco Michael Haneke, o sérvio Emir Kusturica e os irmãos belgas Luc e Jean-Pierre Dardenne.

Nesta 72ª edição do festival, um dos mais ambiciosos dos últimos anos, grandes pesos-pesados da Sétima Arte competem pela cobiçada Palma de Ouro.

Os Dardenne, também presença constante no concurso, estão de volta aos holofotes de Cannes com "O jovem Ahmed".

O cineasta espanhol Pedro Almodóvar, com "Dolor y gloria", aspira pela sexta vez a sua primeira estatueta.

Curiosamente, o diretor espanhol já perdeu duas vezes para o veterano britânico. Foi em 2006, quando Almodóvar apresentou o filme "Volver", e em 2016, com "Julieta".

O longa Bacurau, filme do diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho acaba de ganhar seu primeiro teaser. A prévia do longa, que conta também com a direção de Juliano Dornelles, foi publicado, nessa sexta (10), na internet.

O filme é uma mistura de aventura e ficção científica e foi gravado no sertão. A trama fala sobre um pequeno povoado que sofre com a morte de uma moradora muito querida, Dona Carmelita. Após sua morte, a comunidade também desaparece dos mapas.

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Gravado no sertão do Seridó, divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba, o filme é uma co-produção Brasil Brasil-França e tem autoria e direção divididos entre Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Bacurau está concorrendo à Palma de Ouro, em Cannes. O festival acontece na França, entre os dias 14 e 25 de maio.

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Esses são os 21 filmes em competição a partir de 14 de maio pelo prêmio máximo do Festival de Cannes:

- "Os Mortos Não Morrem" de Jim Jarmusch (Estados Unidos), filme de abertura. Com Bill Murray, Adam Driver, Tilda Swinton e uma horda de zumbis liderados por Iggy Pop e Tom Waits.

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- "Dor e glória" de Pedro Almodóvar (Espanha). Retrato de um diretor melancólico encarnado por Antonio Banderas, junto a Penélope Cruz. Filme mais autobiográfico do cineasta espanhol.

- "O Traidor" de Marco Bellocchio (Itália). Baseado na história do primeiro arrependido da máfia siciliana. Coproduzido pelo Brasil.

- "The wild goose lake" de Diao Yinan (China). Filme sobre a relação entre um líder de uma banda em busca de redenção e uma prostituta.

- "Parasita" de Bong Joon Ho (Coreia do Sul). Uma família no desemprego se interessa pelo ritmo de vida de uma família riquísima, até que seus destinos se cruzam.

- "O Jovem Ahmed" de Jean-Pierre e Luc Dardenne (Bélgica). Sobre a radicalização de um adolescente.

- "Roubaix, une lumière" de Arnaud Desplechin (França). Inspirado em um fato real, sobre um grupo de policiais. Com Léa Seydoux ("A Vida de Adèle").

- "Atlântico" de Mati Diop (França/Senegal), ópera prima. Em um subúrbio de Dacar, os trabalhadores de uma obra decidem deixar o país em busca de uma vida melhor.

- "Matthias e Maxime" de Xavier Dolan (Canadá). Dois amigos de vinte anos começam a se sentir atraídos um pelo outro.

- "Little Joe" de Jessica Hausner (Áustria). Sobre a manipulação genética em um futuro próximo.

- "Mektoub my love: Intermezzo", de Abdellatif Kechiche (França). Segunda parte de "Mektoub my love: canto um", na competição da Mostra de Veneza em 2017, uma ode ao amor e ao desejo que segue um grupo de jovens nos anos 1990.

- "Sorry we missed you" de Ken Loach (Grã-Bretanha). A luta diária de uma família contra a precariedade na Inglaterra.

- "Os Miseráveis" de Ladj Ly (França), ópera prima. A violência policial em um subúrbio de Paris, onde vive o diretor.

- "A hidden life" de Terrence Malick (Estados Unidos). A história de Franz Jägerstätter, objetor de consciência austríaco que foi executado pelos nazistas.

- "Bacurau" de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles (Brasil). Um diretor viaja para o interior do Brasil e se descobre que os habitantes escondem segredos perigosos. Com Sonia Braga.

- "La Gomera" de Corneliu Porumboiu (Romênia). Um policial romeno chega à ilha canária de La Gomera para ajudar um delinquente a escapar da prisão.

- "Frankie" de Ira Sachs (Estados Unidos), com Isabelle Huppert e Marisa Tomei. Três gerações participam de uma experiência de um dia: uma viagem para a cidade portuguesa de Sintra.

- "Portrait de la jeune fille en feu" de Céline Sciamma (França). Uma pintora do século XVIII recebe a encomenda de fazer o retrato de casamento de uma jovem.

- "It must be heaven" do palestino Elia Suleiman. Relato autobiográfico sobre o exílio do diretor de sua Palestina natal.

- "Era uma vez em Hollywood", de Quentin Tarantino (Estados Unidos). Novo filme do diretor que revisita a Los Angeles de 1969 através da história de uma estrela de televisão e sua dublê para cenas de ação, com Leonardo DiCaprio e Brad Pritt.

- "Sibyl" de Justine Triet (França). Uma escritora convertida em analista decide voltar a escrever e encontra inspiração em uma jovem que lhe faz revelações.

O consagrado diretor japonês Hirokazu Kore-Eda conquistou neste sábado a Palma de Ouro de Cannes por "Shoplifters", uma crônica familiar onde cada membro esconde seus segredos, em uma disputa que também premiou Spike Lee.

Cinco vezes em competição, Kore-Eda, de 55 anos, finalmente levou o "graal" da sétima arte por seu filme "mais social", segundo suas próprias palavras.

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Spike Lee, de volta à Croisette depois de 27 anos, ficou com o segundo prêmio por "BlacKKKlansman", uma história real de um policial afro-americano que se infiltrou na Ku Klux Klan nos anos 1970.

O americano apresentou seu filme como uma mensagem contra o racismo e contra Donald Trump.

Em um festival marcado pelo histórico protesto de mulheres artistas e cineastas pela igualdade na indústria, uma delas, a libanesa Nadine Labaki, recebeu o Prêmio do Júri por "Capharnaüm", sem dúvidas o filme mais comovente da disputa, sobre uma criança e um bebê que sobrevivem nas ruas de Beirute.

Dois atores até agora desconhecidos, o italiano Marcello Fonte e a cazaque Samal Yeslyamova, também foram recompensados por seus respectivos papéis em "Dogman", do italiano Matteo Garrone, e "Ayka", do russo Sergei Dvortsevoy.

A cerimônia de entrega dos prêmios esteve marcada pelas declarações da italiana Asia Argento, uma das atrizes que acusou o produtor Harvey Weinstein de tê-la estuprado.

"Quero prever algo, Harvey Weinstein nunca mais será bem-vindo em Cannes", afirmou a atriz.

Após divulgação das novas regras para competir no Festival de Cannes, a Netflix optou por não exibir seus filmes na mostra. A empresa tinha selecionado diversos filmes, incluindo um documentário sobre Orson Welles, mas a empresa retirou todos os seus filmes de Cannes por medo de retaliações após se recusar a exibir seus filmes nos cinemas franceses.

Em entrevista à Variety, Ted Sarandos, o executivo da empresa de streaming, disse que temia por seus filmes e cineastas serem desrespeitados durante o festival francês: “Nós queremos que nossos filmes em um território justo com todos os cineastas. Existe um risco de irmos até lá e nossos filmes e cineastas serem desrespeitados no festival. Eu não acho que seria bom pra gente ir lá”, opinou.

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Sarandos também aproveitou para comentar as novas regras de Cannes para “manter a integridade” do festival, entre elas proibir tirar selfies no tapete vermelho:” Não é uma coincidência que Thierry também baniu selfies [no tapete vermelho] esse ano. Eu não sei quais outros avanços em mídia Thierry vai querer endereçar”. Thierry Fremau é o presidente do festival.

A partir de 2018, o Festival de Cannes adotou uma política de inclusão que proíbe filmes não exibidos em circuito comercial de participarem das competições. A Netflix poderia exibir seus filmes, mas não para concorrer à Palma de Ouro e outros prêmios do júri.

Os filmes "BlacKKKlansman" do americano Spike Lee e "Le livre d'image", do franco-suíço Jean-Luc Godard, foram selecionados para disputar a Palma de Ouro do Festival de Cannes, assim como as novas produções do dissidente iraniano Jafar Panahi e do russo sob prisão domiciliar Kirill Serebrennikov.

A organização do festival anunciou nesta quinta-feira (12), ao revelar a lista de filmes da mostra oficial, que enviará uma carta às autoridades iranianas para que Panahi possa comparecer ao festival e apresentar o filme "Three faces".

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Os organizadores também convidaram Serebrennikov para apresentar o filme "Leto".

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